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Departamento de Agronomia, Área de Fitotecnia,

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Academic year: 2021

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Manejo nos perfilhos para a propagação vegetativa da cebolinha

Milka F Lacerda1; Gustavo Henrique S de Oliveira1; Marcelo C de Medeiros1; Gustavo Hugo F de Oliveira2; Natália S Oliveira2, Roberto de A Melo3; José Luiz S

de Carvalho Filho4; Dimas Menezes4

1Discente na UFRPE – Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos, 52171-900 - Recife/PE,

milkaflacerda@hotmail.com; gustavooliveira@hotmail.com; celo_0810@hotmail.com; 2Pós-graduando

no PPGAMGP na UFRPE, ovatsug_11@hotmail.com; natalia.agro@yahoo.com.br;

3PNPD/Capes/Facepe na UFRPE, robertoagronomo@yahoo.com.br; 4Docente na UFRPE no

Departamento de Agronomia, Área de Fitotecnia, joseluiz.ufrpe@yahoo.com.br, dimas@depa.ufrpe.br

RESUMO

No Nordeste, alguns produtores quando vão implantar uma nova área possuem o hábito de cortar as folhas e as raízes da cebolinha. Os mesmos afirmam que a cultura começa a perfilhar mais rapidamente, com isso, vislumbra-se uma melhor produção. Esse trabalho teve por objetivo verificar a produção de cebolinha a partir de diferentes manejos nos perfilhos durante o seu preparo para a propagação vegetativa. O experimento foi conduzido na Horta Educativa do Departamento de Agronomia da UFRPE. Foram utilizadas perfilhos recém colhidos de cebolinha, multiplicados na própria horta de um clone utilizado na região. Transplantaram-se três perfilhos de cebolinha por cova a uma profundidade entre 3 e 4 cm do pseudo-caule. Foi adotado o espaçamento de 0,25 x 0,25 m, ficando a parcela experimental constituída por quatro fileiras com um total de dezesseis covas. O delineamento estatístico adotado foi o de blocos casualizados com quatro repetições e cinco tratamentos: 1. Planta inteira; 2. Poda das raízes; 3. Poda das folhas; 4. Poda das folhas e das raízes (a) (a parte aérea da muda ficou com 10 cm); 5. Poda das folhas e poda das raízes (b) (a parte aérea da planta ficou com 15 cm). A poda das folhas e poda das raízes (b), no qual a parte aérea da planta ficou com 15 cm e as raízes ficaram com 3 cm após a poda, mostrou-se superior à poda das folhas e das raízes (a) no qual a parte aérea da muda ficou com 10 cm e as raízes ficaram com 3 cm após a poda. Os resultados obtidos foram limitados apenas a uma época de cultivo. Assim, não permitem ainda a indicação da melhor forma de manejo nos perfilhos para a propagação vegetativa da cebolinha.

PALAVRAS-CHAVE: Allium schoenoprasum, Allium fistulosum, condimentares, poda.

ABSTRACT

Management tillers in the vegetative propagation of chives

In the Northeast, where some producers will deploy a new area have a habit of cutting the leaves and roots of onion. They argue that culture begins to affiliate soon, therefore, one glimpses a better production. This study aimed to verify the production of onions from different managements in tillers during its preparation for the vegetative propagation. The experiment was conducted at Horta Education, Department of Agronomy UFRPE. Were used tillers newly harvested green onions, multiplied own garden in a clone used in the region. Transplanted to three tillers per hill of green onions at a depth between 3 and 4 cm from the pseudo-stem. We adopted the spacing of 0.25 x 0.25 m, leaving the plot consisted of four rows with a total of sixteen holes. The statistical design used was randomized blocks with four replications and five treatments:

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shoot of the seedling was 10 cm), 5. Pruning leaves and root pruning (b) (a shoot of the plant was 15 cm). The pruning of leaves and root pruning (b), in which the plant canopy was 15 cm and the roots were 3 cm after pruning, was superior to the pruning of leaves and roots (a) in which the shoot of the seedling was 10 cm and the roots were 3 cm after pruning. The results were limited to just one growing season. So, do not yet allow an indication of how best to manage the tiller for the vegetative propagation of the chives. Keywords: Allium schoenoprasum, Allium fistulosum, condiments.

A cebolinha é uma cultura que desempenha importante papel social, em virtude de sua larga disseminação no Brasil, principalmente na periferia dos grandes centros de consumo; pela ocupação de pequenas áreas e mão-de-obra disponível, contribuindo decisivamente na formação da renda familiar (Belfort & Haag, 1983).

As plantas de cebolinha assemelham-se à cebola, porém caracterizam-se pelo intenso perfilhamento, formando uma touceira. As folhas são tubulares-alongadas, macias e aromáticas. Não se observa um bulbo diferenciado, podendo surgir uma pequena estrutura cônica (Filgueira, 2007). É rica em ferro e em vitamina C e A, serve como estimulante do apetite, ajuda no combate à gripe e nas doenças das vias respiratórias, além de auxiliar na digestão (Zárate et al., 2010).

A cebolinha é uma planta utilizada como condimento, estando presente em quase todas as regiões brasileiras, caracteriza-se por exigir um solo fértil, bem preparado, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Sendo de grande importância econômica para algumas cidades da região Nordeste (Heredia Z. et al., 2003). No Nordeste é componente indispensável do “vinagrete”, mistura de tomate, cebola, cebolinha e coentro picados e imersos em vinagre, utilizado como acompanhamento do feijão de corda e carne assada.

A colheita inicia-se entre 55 e 60 dias após o plantio ou entre 85 e 100 dias após a semeadura, quando as folha atingem de 0,20 a 0,40 m de altura (Filgueira, 2000). A cebolinha pode ser comercializada como folhosa ou planta inteira, possuindo essa última, melhor cotação comercial, obtendo-se o maior lucro, o que justifica a renovação da cultura (Filgueira, 2007). Em Pernambuco, inicia-se a colheita cerca de 45 dias após o transplante dos perfilhos.

Heredia Z et al. (2003) quando avaliaram a produção e renda bruta de cebolinha e de salsa em cultivo solteiro e consorciado constataram que a renda bruta total mostrou que o consórcio cebolinha-salsa foi melhor, com aumentos por hectare de 25,06% (R$

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7.830,00) e de 74,93% (R$ 16.740,00), quando relacionado com a renda da cebolinha ou da salsa em cultivo solteiro, respectivamente.

Na literatura foram encontrados alguns trabalhos desenvolvidos por pesquisadores que exploraram a nutrição mineral da cebolinha (Belfort & Haag, 1983), o cultivo solteiro e consorciado (Heredia Z. & Vieira, 2004), a podridão mole (Halfeld-Vieira & Nechet, 2008) e o plantio direto da cebolinha orgânica (Araújo Neto et al., 2010) dentre outros.

No Nordeste, alguns produtores quando vão implantar uma nova área possuem o hábito de cortar as folhas e as raízes da cebolinha. Os mesmos afirmam que a cultura começa a perfilhar mais rapidamente, com isso, vislumbra-se uma melhor produção. Esse trabalho teve por objetivo verificar a produção de cebolinha a partir de diferentes manejos nos perfilhos durante o seu preparo para a propagação vegetativa.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na Horta Educativa do Departamento de Agronomia, Área de Fitotecnia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Recife, situada a 8°54’47’’S, 34°54’47”W, altitude de 6 m, no período entre 09/01/2012 e 09/03/2012.

Foram utilizadas perfilhos recém colhidos, multiplicados na própria horta de um clone utilizado na região, estando o material em bom estado fitossanitário. Transplantaram-se três perfilhos de cebolinha por cova a uma profundidade entre três e quatro centímetros do pseudo-caule, em canteiros de alvenaria com área útil de 11,0 m de comprimento por 1,0 m de largura. As irrigações foram efetuadas através da microaspersores com turnos de rega de uma a duas vezes ao dia, dependendo das condições climáticas.

As plantas invasoras foram controladas através de controle mecânico, por meio de capinas manuais. Não foram realizados tratos fitossanitários. As adubações de fundação e de cobertura foram efetuadas de acordo com o resultado da análise de solo e recomendações para a cultura.

Foi adotado o espaçamento de 0,25 x 0,25 m, ficando a parcela experimental constituída por quatro fileiras com um total de dezesseis covas. O delineamento estatístico adotado foi o de blocos casualizados com parcelas repetidas quatro vezes e

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cinco tratamentos foram avaliados: 1. Planta inteira (sem poda nas raízes e nas folhas); 2. Poda das raízes (as raízes ficaram com 3 cm após a poda e não foram podadas as folhas); 3. Poda das folhas (a parte aérea da muda ficou com 15 cm após a poda das folhas e não foram podadas as raízes); 4. Poda das folhas e das raízes (a) (a parte aérea da muda ficou com 10 cm e as raízes ficaram com 3 cm após a poda); 5. Poda das folhas e poda das raízes (b) (a parte aérea da planta ficou com 15 cm e as raízes ficaram com 3 cm após a poda). As características avaliadas foram número de perfilhos (NP), massa de perfilhos (MP) em g e altura da parte aérea (APA) em cm. Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise de variância não detectou diferença significativa para as médias de massa de plantas por m2 (média geral de 955 g) e altura da parte aérea (média geral de 30,5 cm) pelo teste F a 5% de probabilidade (Tabela 1). Os resultados obtidos para massa da planta indicam que os tratamentos utilizados não interferiram na sua produção. Massa de planta é uma característica importante no cultivo de cebolinha uma vez que, nas capitais nordestinas o produto é comercializado em molhos com aproximadamente 130 g.

Apesar da característica altura de planta não ter apresentado diferença significativa, o primeiro tratamento, planta inteira, obteve a maior média (33,50 cm), já o quinto tratamento, que é parte aérea com 15 cm e raízes com 3 cm, apresentou a menor média (28,25 cm), ou seja, uma diferença de 5,25 cm de altura entre esses dois tratamentos.

A poda das folhas e poda das raízes (b), tratamento 5, no qual a parte aérea da planta ficou com 15 cm e as raízes ficaram com 3 cm após a poda, apresentou maior número de perfilhos que o tratamento 4, poda das folhas e das raízes (a) no qual a parte aérea da muda ficou com 10 cm e as raízes ficaram com 3 cm após a poda (Tabela 1). O número de perfilhos, desde que bem desenvolvidos, contribuem para o aumento da massa da planta. Os resultados obtidos foram limitados apenas a uma época de cultivo. Assim, não permitem ainda a indicação da melhor forma de manejo nos perfilhos para a propagação vegetativa da cebolinha.

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AGRADECIMENTOS

À UFRPE, à CAPES/PNPD e à FACEPE pelo apoio institucional. REFERÊNCIAS

ARAÚJO NETO SE de; GALVÃO R de O; FERREIRA RLF; PARMEJIANI RS; NEGREIROS JR da S. 2010. Plantio direto de cebolinha sobre cobertura vegetal com efeito residual da aplicação de composto orgânico. Ciência Rural 40: 1206-1209.

BELFORT CC; HAAG HP. 1983. Nutrição mineral de hortaliças: LVI - carência de macro nutrientes em cebolinha (Allium schoenoprasum). Anais Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, v. 40, n. 1, Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0071-12761983000100012&lng=pt&nrm=iso>. acessado em 21 maio 2012.

FILGUEIRA FAR. 2000. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV. 402 p.

FILGUEIRA FAR. 2007. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV. 421 p.

HALFELD-VIEIRA BA; NECHET K de L. 2008. Podridão-mole em plantas de cebolinha causada por Pectobacterium carotovorum subsp. caratovorum em Roraima. Acta Amazonica 38: 583-584.

HEREDIA Z NA; VIEIRA MC. 2004. Produção e renda bruta da cebolinha solteira e consorciada com espinafre. Horticultura Brasileira 22: 811-814.

HEREDIA Z NA; VIEIRA MC; WEISMANN M; LOURENÇÃO ALF. 2003. Produção e renda bruta de cebolinha e de salsa em cultivo solteiro e consorciado. Horticultura Brasileira 21: 574-577.

ZÁRATE NAH; MATTE LC; VIEIRA M do C; GRAIANO JD; HEID DM; HELMICH M. 2010. Amontoas e cobertura do solo com cama-de-frango na produção de cebolinha, com duas coberturas. Acta Scientiarum 32: 449-454.

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Tabela 1. Valores médios para número de perfilhos (NP), massa de perfilhos (MP) em g, altura da parte aérea (APA) em cm na cultura da cebolinha [Mean values for number of tillers (NP), mass of tillers (MP) im g, height of plants (APA) in cm the culture of onions. Recife, UFRPE, 2012

Tratamentos NP MP APA

1. Planta inteira 7,25 ab 1000,00 33,50

2. Poda das raízes 7,50 ab 908,75 32,25

3. Parte aérea com 15 cm 7,25 ab 795,00 29,25

4. Parte aérea com 10 cm e raízes com 3 cm 5,75 b 1003,75 29,25 5. Parte aérea com 15 cm e raízes com 3 cm 8,75 a 1067,50 28,25

CV (%) 13,81 29,53 9,05

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (Means followed by same letter do not differ by Tukey test at 5% probability).

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