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Confissão de fé de westminster. Por: Helio Clemente. 34 Capítulo XXIX - A CEIA DO SENHOR. Capítulo XIX, Seção I A origem da Santa Ceia

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Confissão de fé de westminster

Por: Helio Clemente

34– Capítulo XXIX - A CEIA DO SENHOR

Capítulo XIX, Seção I – A origem da Santa Ceia

Na noite em que foi traído, nosso Senhor Jesus instituiu o sacramento do seu corpo e sangue, chamado Ceia do Senhor, para ser observado em sua Igreja, até o fim do

mundo, para lembrança perpétua do sacrifício de si mesmo em sua morte, selando todos os benefícios disto nos verdadeiros crentes: seu alimento espiritual, seu crescimento em Cristo, seu compromisso em todos seus deveres para com ele e para ser um vínculo e penhor da sua comunhão com ele e de uns com os outros como membros do seu corpo místico (1).

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tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu

sangue, o sangue da nova aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados”.

Resumo

A Santa Ceia foi instituída pessoalmente por Jesus em memória do seu sacrifício.

A Santa Ceia deve ser celebrada até o final do mundo.

Os símbolos da Ceia

Os atos de comer o pão e beber o vinho são realizados em memória de Cristo e para lembrar sua morte vicária até que ele venha novamente, o comer o pão e beber o vinho na Ceia são uma lembrança do pacto de Deus com o homem em Cristo. Por este ato, Cristo mantém firme sua promessa de salvação e lembra os benefícios da regeneração e da comunhão com os eleitos. O pão representa a carne de Cristo e o vinho o seu sangue, este significado, porém, é espiritual, e qualquer representação material neste sentido é idolátrica e abominável perante Deus.

1 Coríntios 11,23-26: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois

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de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha”.

A Ceia e a igreja

A noite da Ceia é também a noite em que Jesus foi traído. Ele não foi traído pelos fariseus ou pelos judeus que o odiavam, mas por um de seus apóstolos, não um qualquer, mas que

participou do ministério de Jesus, que expulsou demônios, que fez milagres em seu nome, que era íntimo de Nosso Senhor, que havia participado na Ceia a seu lado.

Este fato mostra a triste realidade da igreja atual, o mundo não representa ameaça à igreja, mas a igreja tem se degenerado em seitas e heresias por ação dos falsos mestres e ministros que estão no seio desta mesma igreja. Mesmo as denominações tradicionais estão se

corrompendo rapidamente no seio do arminianismo (livre-arbítrio), do dispensacionalismo, da teologia relacional, da igreja com propósitos e muitos outros destinados à prosperidade material e ao deleite do ego humano.

Por todas estas coisas, nem toda pessoa participa da ceia em homenagem e gratidão a Cristo, mas engrandecendo e honrando a si mesmo; convém lembrar que, todo aquele que participa da ceia indignamente, come e bebe condenação para si.

1 Coríntios 11,27: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor”.

Os participantes da Ceia: A Ceia é somente para pecadores arrependidos que reconhecem

sua condição corrompida pela queda e se confessam incapazes de conseguir por si mesmos o perdão dos pecados e o mérito para a salvação, confiando única e exclusivamente no sacrifício de Cristo para remissão dos pecados.

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Todo aquele que acredita em seus méritos próprios para conseguir a salvação come e bebe desonra para si e para sua família ao participar da Ceia do Senhor. Além deste fato, os participantes da Ceia devem ser membros batizados, fiéis à sua profissão de fé, procedentes de denominações tradicionais e fiéis a Cristo. Os crentes doentes ou impedidos por motivo de força maior podem ser representados por um oficial da igreja devidamente credenciado.

Exclusões na Ceia: As crianças e os incapazes não têm permissão para participar da Ceia,

visto não terem condições de preencher os requisitos exigidos. Somente os crentes presentes na hora da Ceia têm o direito de participar.

Os descrentes e as pessoas não batizadas não devem participar da Ceia, assim como todos aqueles que recusam a profissão de fé da igreja não tem o direito de participar.

Capítulo XXIX, Seção II - Comemoração em memória de Cristo

Neste sacramento não se oferece Cristo a seu Pai, nem de modo algum se faz um sacrifício pela remissão dos pecados dos vivos ou dos mortos, mas se faz uma

comemoração daquele único sacrifício que Ele fez de si mesmo na cruz uma só vez, e por meio dele uma oblação de todo o louvor a Deus; assim, o chamado sacrifício papal da missa é sobremodo ofensivo ao único sacrifício de Cristo, o qual é a única

propiciação por todos os pecados dos eleitos (1).

1 – Hebreus 9,28: “Assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação”.

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Resumo

A Santa Ceia é um ato simbólico em memória de Cristo, não pode ser constituída em um pretenso sacrifício de fato.

A eucaristia

A igreja romana ensina a transubstanciação dos elementos da Santa Ceia, que seriam desta forma materializados na carne e no sangue real de Cristo. Não existe qualquer fundamento escriturístico para esta afirmação, e assim procedendo a igreja de Roma recrucifica o Filho de Deus diariamente em todas as igrejas do mundo, contrariando frontalmente as instruções de Jesus na instituição da Ceia e desprezando o sacrifício de Cristo através deste procedimento inadmissível.

Hebreus 7,27: “Que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu”.

Por este ato da eucaristia, o sacerdote oferece Cristo ao Pai em cada celebração da missa. Ora, o que é o homem ou a igreja para oferecerem Cristo ao Pai? Oferecer Deus a Deus, como isso é possível? Somente Deus pode oferecer a si mesmo para realização dos Decretos

Eternos na salvação do homem.

João 3,17-18: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”.

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Nenhum sacramento, incluindo a Santa Ceia tem o poder de expiar pecados, somente o sacrifício de Cristo tem este poder, mesmo assim, limitado aos eleitos do Pai, não porque este sacrifício seja limitado em si mesmo, mas pela predestinação eterna do Pai, que deu a Cristo um povo específico para salvação.

João 17,9: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus”.

Capitulo XXIX, Seção III - A ordenança da Ceia

Nesta ordenança o Senhor Jesus constituiu seus ministros para declarar ao povo a sua palavra de instituição, orar, abençoar os elementos, pão e vinho, e assim separá-los do comum para um uso sagrado, tomar e partir o pão, tomar o cálice dele participando também e dar ambos os elementos aos comungantes e tão somente aos que se acharem presentes na congregação (1).

1 – 1 Coríntios 10,16: “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?”.

Resumo

Os elementos da Santa Ceia devem ser abençoados por um ministro ordenado.

A Santa Ceia é restrita aos elementos participantes.

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Conforme o entendimento reformado, a Santa Ceia deve ser dirigida por um ministro ordenado regularmente, que deverá abençoar os elementos antes de distribuí-los e participar

pessoalmente da cerimônia. A participação também é restrita às pessoas presentes ao ato e previamente batizadas em uma denominação evangélica respeitável.

Neste sentido a Santa Ceia tem a função de unir a congregação em torno desta comemoração, os membros que não podem estar presentes por motivo de enfermidade ou velhice poderão ser representados na Santa Ceia por um oficial da igreja devidamente ordenado e habilitado.

Capítulo XXIX, Seção IV – A missa

A missa ou recepção do sacramento por um só sacerdote ou por uma só pessoa, bem como a negação do cálice ao povo, a adoração dos elementos, a elevação ou procissão deles para serem adorados e a sua conservação para qualquer uso religioso, são coisas contrárias à natureza deste sacramento e à instituição de Cristo (1).

1 – 1 Coríntios 11,27: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor”.

Resumo

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Os elementos da Ceia não devem ser transformados em ícones e adorados como tal.

A missa

Na cerimônia da missa o sacerdote toma o cálice individualmente, negando ao povo presente a participação na cerimônia. Como foi visto antes, a cerimônia da Ceia deve ser um ato de

agregação dos crentes em torno de Cristo e não a divisão entre sacerdotes e leigos de forma contundente como estabelecido na missa.

Quanto à materialização dos elementos da ceia, é importante notar que Jesus, quando instituiu a Santa Ceia, participou direta e igualmente com os apóstolos, estando presente neste ato, pelo que se deduz claramente que os elementos eram simbólicos e espirituais, pois Jesus não ofereceu sua própria carne e sangue aos apóstolos, mas o pão e o vinho que estavam à mesa na ocasião.

Capítulo XXIX, Seção V – Elementos exteriores

Os elementos exteriores deste sacramento, devidamente consagrados aos usos ordenados por Cristo, têm tal relação com Cristo Crucificado, que verdadeira, mas só sacramentalmente, são às vezes chamados pelos nomes das coisas que representam, a saber, o corpo e o sangue de Cristo (1); porém em substância e natureza conservam-se verdadeira e somente pão e vinho, como eram antes (2).

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1 - 1 Coríntios 11,23-25: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim”.

2 - 1 Coríntios 11,26-27: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha. Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor”.

Resumo

O pão e o vinho da Santa Ceia, apesar de simbolizar a carne e o sangue de Cristo, continuam sendo simples pão e simples vinho como antes.

Capítulo XXIX, Seção VI - A transubstanciação

A doutrina geralmente chamada transubstanciação, que ensina a mudança da

substância do pão e do vinho na substância do corpo e do sangue de Cristo, mediante a consagração de um sacerdote ou por qualquer outro meio, é contrária, não só às

Escrituras, mas também ao senso comum e à razão, destrói a natureza do sacramento e tem sido a causa de muitas superstições e até de crassa idolatria (1).

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1 – Atos 3,20-21: “A fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de todas as coisas

, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade”.

Resumo

Os elementos da eucaristia não se convertem no corpo e sangue de Jesus ao serem consagrados.

Nenhum ministro ou sacerdote tem o poder de transformar elementos materiais em substância divina.

A natureza de Deus

Uma das características básicas de Deus é a simplicidade, ou seja, Deus não pode ser dividido, não tem partes ou composição em sua natureza, como então um homem poderia deter o poder de trazer à existência material partes da natureza divina?

Ademais, pode-se observar no verso acima, que Jesus foi recebido no céu onde permanece até a segunda vinda na glória. A transubstanciação dos elementos da eucaristia não passa de superstição grosseira que não merece consideração maior neste comentário.

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seja afastado aquele que agora o detém”.

Os elementos da Santa Ceia

O pão e o vinho utilizados na Santa Ceia são os mesmos utilizados no dia a dia, a grande maioria das igrejas utiliza suco de uva em lugar do vinho. Estes elementos devem ser de boa qualidade, preparados e servidos em recipientes adequados e higiênicos, sendo utilizados de forma comum copos descartáveis para a cerimônia.

Estes elementos ao serem abençoados tornam-se próprios para a cerimônia da Ceia, mas continuam sendo elementos comuns e materiais, não se transformando em substâncias outras que sejam materiais, espirituais e principalmente como parte da natureza divina de Cristo. Os cultos na era apostólica eram realizados em residências, sem cerimonial ou realização de liturgias complexas e sofisticadas para este fim. O verso abaixo mostra que os apóstolos participavam da Ceia de maneira bastante simples.

Atos 20,7: “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite”.

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Capítulo XXIX, Seção VII – A presença espiritual de Cristo

Os que comungam dignamente, participando exteriormente dos elementos visíveis deste sacramento, também recebem intimamente, pela fé, a Cristo Crucificado e todos os benefícios da sua morte, e nele se alimentam, não carnal ou corporalmente, mas real, verdadeira e espiritualmente, não estando o corpo e o sangue de Cristo, corporal ou carnalmente nos elementos pão e vinho, nem com eles ou sob eles, mas espiritual e realmente presentes à fé dos crentes nessa ordenança, como estão os próprios elementos aos seus sentidos corporais (1).

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1 – 1 Coríntios 11,28-29: “Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si”.

Capítulo XXIX, Seção VIII – Bênção e maldição

Ainda que os ignorantes e os ímpios recebam os elementos visíveis deste sacramento, não recebem a coisa por eles significada, mas, pela sua indigna participação, tornam-se réus do corpo e do sangue do Senhor para a sua própria condenação; portanto eles como são indignos de gozar comunhão com o Senhor, são também indignos da sua mesa, e não podem, sem grande pecado contra Cristo, participar destes santos mistérios nem a eles ser admitidos, enquanto permanecerem nesse estado (1).

1 – 1 Coríntios 10,21: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios”.

Resumo

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benefício espiritual por isso.

Somente os eleitos de Deus recebem os benefícios espirituais da Ceia.

Bênção e maldição

Assim como a pregação do evangelho salva os escolhidos e condena definitivamente os réprobos, da mesma forma, os sacramentos trazem a comunhão apenas aos eleitos de Deus que formam a igreja invisível, os réprobos, mesmo sendo religiosos e participantes da

congregação não recebem os benefícios espirituais dos sacramentos, ao contrário, condenam a si mesmos pela participação indigna nestes atos. Somente os que são escolhidos por Deus e aceitam integralmente o evangelho, recebem a salvação e participam dignamente dos

sacramentos.

Atos 16,14-15: “Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso”.

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