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PÓS - GRADUAÇÃO LEGALE

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(1)

PÓS - GRADUAÇÃO

(2)

Direito processual civil

AÇÕES IMOBILIARIAS

1) NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA

2) DANO INFECTO

3) EMBARGOS DE TERCEIRO

4) IMISSAO - REIVINDICATÓRIA

(3)

Direito processual civil

AÇÕES IMOBILIARIAS

(4)

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada

pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e

do Distrito Federal, constitui-se em Estado

Democrático de Direito e tem como fundamentos:

II - a cidadania;

(5)

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de

qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do

direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade

, nos termos seguintes:

CAPÍTULO II

(6)

XXII - é garantido o direito de

propriedade

;

XXIII - a

propriedade

atenderá a sua função

(7)

Art. 6º São direitos sociais a educação, a

saúde, a alimentação, o trabalho,

a moradia

, o

transporte, o lazer, a segurança, a previdência

social, a proteção à maternidade e à infância, a

assistência aos desamparados, na forma desta

Constituição.

(8)

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e

cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem

oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,

adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietadquirir-lhe-ário de outro imóvel urbano ou

rural.

§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao

homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de

uma vez.

(9)

DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA

AGRÁRIA

Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou

urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem

oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta

hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família,

tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por

usucapião.

(10)

Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o

disposto quanto ao devedor acerca das

causas que obstam, suspendem ou

interrompem a prescrição, as quais

também se aplicam à usucapião.

(11)

Art. 197. Não corre a prescrição:

I - entre os cônjuges, na constância da sociedade

conjugal;

II - entre ascendentes e descendentes, durante o

poder familiar;

III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores

ou curadores, durante a tutela ou curatela.

(12)

Art. 198. Também não corre a prescrição:

I - contra os incapazes de que trata o

art. 3

o

;

II - contra os ausentes do País em serviço

público da União, dos Estados ou dos

Municípios;

III - contra os que se acharem servindo nas

Forças Armadas, em tempo de guerra.

(13)

Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

I - pendendo condição suspensiva;

II - não estando vencido o prazo;

III - pendendo ação de evicção.

Art. 200. Quando a ação se originar de fato que

deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a

prescrição antes da respectiva sentença

(14)

CAPÍTULO II

Da Aquisição da Propriedade Imóvel

Seção I

Da Usucapião

Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem

oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a

propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo

requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá

de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a

dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua

moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter

produtivo.

(15)

Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou

urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição,

área de terra em zona rural não superior a cinquenta hectares,

tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua

moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos

e cinquenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem

oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,

adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietadquirir-lhe-ário de outro imóvel urbano ou

rural.

§ 1

o

O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao

homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.

§ 2

o

O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido

(16)

Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente

e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel

urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja

propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que

abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família,

adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de

outro imóvel urbano ou rural.

§ 1

o

O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo

possuidor mais de uma vez.

Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada

adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel.

Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá

título hábil para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

(17)

Art. 1.242. Adquire também a propriedade do

imóvel aquele que, contínua e incontestadamente,

com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.

Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo

previsto neste artigo se o imóvel houver sido

adquirido, onerosamente, com base no registro

constante do respectivo cartório, cancelada

posteriormente, desde que os possuidores nele

tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado

investimentos de interesse social e econômico.

Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar

o tempo exigido pelos artigos antecedentes,

(18)

USUCAPIÃO

JUDICIAL

(19)

CPC USUCAPIÃO

Art. 246. A citação será feita: I - pelo correio;

II - por oficial de justiça;

III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; IV - por edital;

V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei.

§ 1oCom exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e privadas são obrigadas a manter

cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.

§ 2oO disposto no § 1oaplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta.

§ 3oNa ação de usucapiãode imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma

(20)

Art. 259. Serão publicados editais:

I - na ação de

usucapião

de imóvel;

II - na ação de recuperação ou substituição de

título ao portador;

III - em qualquer ação em que seja necessária,

por determinação legal, a provocação, para

participação no processo, de interessados

incertos ou desconhecidos.

(21)

Conceito: Meio de aquisição da propriedade por

intermédio da posse continuada e demais requisitos

estabelecidos em lei.

Fundamento: Provém da antiga posição romana

de privilegiar a posse, por ser direito natural.

Requisitos:

pessoais

: que o adquirente tenha capacidade civil

e, ainda, qualidade para adquiri-la deste modo.

formais

: posse e tempo

reais

: que a coisa possa ser adquirida por

(22)

Pressupostos (vide próximo slide)

I – coisa suscetível de apropriação

II – posse

III – decurso de tempo

IV – justo título

V – boa-fé

I – coisa suscetível de apropriação: O

estiver dentro do comércio

* coisas não suscetíveis de apropriação:

coisas que se acham em abundância no

universo (ar, mar, praças)

(23)

II – posse: pressuposto fundamental, deste modo a lei exige certas

características:

ânimo de possuir como sua: o usucapiente deve ter no seu íntimo o desejo de ser proprietário (assim ficam impedidos o comodatário, o locador etc.).

posse mansa e pacífica: exercida sem oposição direta e indireta, sem que o possuidor seja molestado.

contínua: posse sem intervalos, exige conservação durante todo o tempo e até o ajuizamento da ação de usucapião.

III - decurso de tempo: a contagem dos anos é realizada segundo o

código civil, isto é, começa a fluir no dia seguinte ao da posse, contando-se o último (dies ad quem).

IV - justo título: O possuidor tem a crença que esta em poder de título

que seria hábil ao domínio.

V – boa-fé: O possuidor ignora o vício ou obstáculo que lhe impede a

(24)

Efeitos: Operam-se de forma retroativa.

1º - todos os atos praticados pelo possuidor são válidos

2º - Mesmo que fosse possuidor de má-fé, não estará obrigado a

restituir os frutos da coisa.

Espécies de Usucapião:

Extraordinário (1238) 15 anos

Ordinário (1238) 10 anos

Especial ou constitucional: a) rural (pro labore) 1239

urbano (pro moradia ou pro-misero) 1240

c) especial de imóvel urbano (10.257/2001) 4) Usucapião Coletiva Social: As áreas urbanas com mais de

duzentos e cinquenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas

coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

(25)

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DOS REGISTROS PÚBLICOS DO FORO CENTRAL DA CAPITAL.

por seu advogado infra-assinado (docs. anexos), vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 1.238, parágrafo único, do Código Civil e 941 e seguintes do CPC, propor a presente AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO SOCIAL DE IMÓVEL URBANO COM PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA, o que

fazem pelos fundamentos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DOS FATOS

Os requerentes exercem posse mansa e pacifica sobre imóvel situado na Rua..., assentado no registro imobiliário da Circunscrição com a descrição de Lotes nºs no Ofício de Registro de Imóveis de São Paulo, cadastrado no Município de São Paulo pelo nº (docs. anexos).

Os requerentes exercem referida posse no imóvel desde meados de 1997, e lá constituíram seu domicílio e moradia, sem incomodo de qualquer pessoa, usufruindo do prédio como um sítio e vigiam as extremas do imóvel com absoluta dedicação.

Para fins de atendimento dos pressupostos processuais, informam os demandantes a V.Exa. que o imóvel tem área completa de 6.000m2, sendo certo que 294,00 m2 desta área foi desapropriado amigavelmente pela, em 31.1.1978, para construção de uma caixa d´água (doc. anexo), nos termos dos documentos notariais e de registro

(26)

pertinentes (MATRÍCULA Oficial de Registro de Imóveis de São Paulo) – doc. anexo:

“Um terreno encerrando a área de 294,00 metros quadrados.”

Referido imóvel está cadastrado na municipalidade sob n..

A área remanescente que conta com 5.706m2, objeto desta ação de usucapião, teve seu título aquisitivo (Escritura Cartório de Registro de Imóveis desta Capital, todavia ainda não foi aberta a competente matrícula (doc. anexo). Segue abaixo a descrição:

“TRES LOTES DE TERRENO, situados na quebrada na extensão de 122,00m com uma Praça encerrando a área total de 6.000m2.”

Referido imóvel está cadastrado na municipalidade sob n..

O imóvel confronta-se com vias públicas, espaços urbanos abertos, tendo como confinante o poder público.

O imóvel com a área de 5.706m2, e suas acessões bem como suas benfeitorias encontram-se na posse mansa, pacífica e ininterrupta dos requerentes, sem qualquer oposição, posse esta que atende

os requisitos de lei para aquisição da propriedade imóvel, não sendo os

requerentes detentores ou subordinados sob qualquer condição, possuindo “animus domini”.

As plantas completas do imóvel, para fins de pressupostos processuais, encontram-se juntadas a esta petição vestibular, bem como a certidão que atestam que não constam ônus ou alienações em referencia ao imóvel objeto desta demanda (docs. anexos).

(27)

DO DIREITO

Sobre o assunto cumpre-nos atentar para as exposições do professor paulista Marcus Vinicius Kikunaga1: “Ao analisar o Código Civil (Lei nº 10.406/2002) o legislador optou dividir o Livro

III, em dez títulos diferentes, dedicando o primeiro ao estudo da posse, o segundo aos direitos reais, o terceiro à propriedade e, a partir do Título IV, todos os demais aos direitos reais sobre coisas alheias. Isso significa que o legislador isolou o estudo da posse dos direitos reais, tratando do instituto nos artigos 1.196 a 1.224.”

E, ainda de lavra do referido mestre paulista: “A posse, além de relação de fato entre a pessoa e a

coisa, é também um estado de aparência juridicamente relevante, isto é, um estado de fato, que gera conseqüências jurídicas por expressa previsão legal. Cumpre ressaltar, que não se deve confundir os institutos da posse com a propriedade, pois a posse é uma relação da pessoa com a coisa, baseada na vontade do possuidor, por meio de vínculo fático; enquanto a propriedade apesar de ser uma relação entre a pessoa e a coisa, há um poder jurídico previsto na lei que é a publicidade “erga omnes” e a formalidade do registro. Isso significa que são situações distintas apesar da proteção jurídica para ambas.”

Joel Dias Figueiredo Junior, ensina que “posse é uma situação fática com carga potestativa que, em decorrência da relação socioeconômica formada entre um bem e o sujeito, produz efeitos que se refletem no mundo jurídico”2.

Dentre os vários efeitos da posse o mais notável é a possibilidade de a mesma se transformar em domínio, nos termos legais, com previsão, dentre outros, no artigo 1238, em especial seu parágrafo único, do Código Civil, que assim consagra:

“Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

1 Parecer Jurídico 02/2013, exarado em outubro de 2013.

2 Joel Dias Figueiredo Junior. Código Civil Comentado. 6ªed. ver. e atual. Coord. Regina Beatriz Tavares da Silva – São Paulo: Saraiva, p. 1.228

(28)

Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.”

Insta informar V.Exa., portanto, que se encontram presentes os requisitos de lei para concessão do domínio a saber:

posse continuada, observância de um determinado espaço de tempo e cumprimento dos requisitos pessoais (capacidade e legitimidade), formais (posse e tempo) e reais (bem passível de usucapir).

Tendo em vista que os requerentes possuem o imóvel com área de 5.706m2, há mais de 16 (dezesseis) anos, ali residindo COM ANIMO DEFINITIVO E COMO SE DONOS FOSSEM, conforme constam

dos documentos anexos, firmados por pessoas idôneas, retas e probas, bem como por outras provas que serão realizadas no decorrer do processo, realizando no prédio benfeitorias e tendo o mesmo como sua moradia habitual. Também se junta com esta exordial Escritura Pública Declaratória de Posse, regularmente lavrada, de modo a caracterizar a boa-fé, regularidade, mansidão e natureza pacífica da posse pelos requerentes, para todos os fins e efeitos de direito (doc. anexo). De todo o exposto, não nos esqueçamos da função social da propriedade, cuja posição importante de Carlos Ari Sundfeld, trazemos a baila em matéria publicada pela RT (Temas de Direito Urbanístico - Função social da propriedade. p.1-22): “Em suma, se o Constituinte não tivesse criado uma função social, fabricando uma noção nova, isto não impediria que, sempre dentro da antiga concepção de direito de propriedade, se procurasse atingir os objetivos da Ordem Econômica e Social. O problema seria outro: o da eficácia dos meios à mão do legislador. Portanto, só se pode concluir que o princípio da função social é um novo instrumento que, conjugado aos normalmente admitidos (as limitações, as desapropriações, as servidões etc.), possibilitam a obtenção de uma ordem econômica e social que realize o desenvolvimento com justiça social”.3 3 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Op. cit. p. 68.

(29)

DOS PEDIDOS

Como os requerentes tendo realizadas benfeitorias no imóvel (docs. anexos), e, principalmente, tendo preenchidos os requisitos de lei para concessão, vêm requerer se digne V.Exa.:

1)

Citação pessoal daqueles em cujo nome está registrado o imóvel, isto é, ou dos seus herdeiros e sucessores, se for o caso; 2)Citação via correio dos seguintes confrontantes/confinantes: A)

Prefeitura Municipal de São Paulo, na pessoa do Sr. Prefeito Municipal, o Exmo. Sr., que poderá ser localizado no Viaduto do Chá, 15, Centro, CEP 01002-900, nesta Capital; B) Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP, na pessoa do Sr. Presidente, , que poderá ser localizada na Rua Costa Carvalho, 300, CEP 05429-000, nesta Capital;

3)

intimação do ilustre representante do Ministério Público Estadual para intervir no feito;

4)

a expedição de editais para citação dos terceiros interessados, incertos e desconhecidos;

5)intimação, via postal, dos representantes das Fazendas Públicas

Federal, Estadual e Municipal, para que contestem o pedido, querendo, no prazo legal;

6) Que seja deferida a gratuidade da justiça aos requerentes, por ser 7)

medida de direito e justiça fundada no que dispõe o artigo 5º, inciso

LXXIV da Constituição Federal;

Após a instrução do processo que esta demanda seja julgada procedente, para outorgar aos requerentes o domínio por sentença do imóvel supramencionado com área de 5.706m2, atualmente assentado na Transcrição, que servirá de título para transcrição no Cartório de Registro de Imóveis desta Capital, mediante mandado, satisfeitas as obrigações legais, condenando-se, eventual parte contestante, nas custas e honorários.

Dá-se ao presente feito o valor de R$ 4.128.492,00 (quatro milhões cento e vinte e oito mil reais e quatrocentos e noventa e dois reais) – valor venal - para efeito de alçada.

(30)

Termos em que, Pedem deferimento. São Paulo,

(31)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA DOS REGISTROS PÚBLICOS DA CAPITAL.

PROCESSO NÚMERO DE ORDEM AÇÃO DE USUCAPIÃO

(docs. anexos), nos autos da ação supra, proposta por, em trâmite perante esse DD. Juízo e respectivo Ofício de Justiça, vem, mui respeitosamente, à presença de V.Exa., apresentarem

CONTESTAÇÃO

ÚNICA,

consubstanciando-se nos motivos de fato e razões de direito que passa a expor.

I – SÍNTESE DA INICIAL

Os autores ajuizaram esta demanda, por título ação de usucapião de terras particulares, requerendo o reconhecimento dominal da posse.

Escora-se a petição inicial no cumprimento dos requisitos estabelecidos em lei, em especial o tempo de posse e a alma de dono.

(32)

2

O valor da causa foi estipulado em 4.128.492,00 (quatro milhões cento e vinte e oito mil reais e quatrocentos e noventa e dois reais), tendo sido requerido e deferido justiça gratuita.

Contudo, esta peça de defesa fará justiça, posto que os fatos narrados e os pedidos elencados na inicial não encontram arrimo jurídico, conforme se verá no decorrer das razões a seguir expostas.

PRELIMINARES AUSÊNCIA DE PRESCRIÇÃO AQUISITIVA

Preliminarmente impõe-se reconhecer esse D. Juízo que os requerentes não lograram êxito em comprovar a existência do tempo exigido em lei para o pedido dominial que ora se aparelha.

Vejamos.

RETIFICAÇÃO DO PÓLO PASSIVO DA AÇÃO

Os autores aforaram a sua lide elegendo a ...

Todavia há de se esclarecer à V.Exa. que o nome correto da pessoa natura é..., conforme preâmbulo desta peça de contestação.

Houve confusão dos autores na eleição da ré.

Posto isto, requer se digne V.Exa. determinar a retificação do pólo passivo, para que passe a constar ...

(33)

3

MÉRITO

Confiam os réus no douto saber do MM. Juízo do feito, crédulos de que os argumentos expendidos em sede de preliminares, em especial a ausência da prescrição aquistiva, merecerão guarida e acolhimento.

Todavia, “ad cautelam” caso não seja esse vosso entendimento, passam os réus a apresentarem defesa de mérito, a seguir explanada.

1 – Ausência de alma de dono; 2 – Ausência de provas; 3 – Divergência na metragem do imóvel;

Assim ficam completamente contestadas as irresponsáveis argumentações dos autores contidas na exordial, em especial:

...

Na hipótese, o ônus da prova incumbia aos autores, quanto ao fato constitutivo do seu direito. Não de desincumbindo desse encargo legal, a declaração de improcedência de seu pleito torna-se de rigor.

Posto isto, improcedem completamente os pedidos articulados pelos demandantes, vez que incabidos e, portanto, não encontram arrimo na legislação, doutrina e jurisprudência pátria.

DOCUMENTOS JUNTADOS

Os autores juntaram documentos à sua petição inicial:...

(34)

4

Tais documentos ficam completamente impugnados para todos os fins e efeitos de direito, porquanto

os consistentes argumentos trazidos com esta peça contestatória.

REQUERIMENTOS FINAIS

Por tudo quanto expendido com esta peça contestatória, descabem completamente as alegações trazidas com a petição inicial, requerendo se digne V.Exa.:

a)que acolha a preliminar de ausência de prescrição aquisitiva;

b)

ou caso assim não entenda V.Exa. que acolha o pedido de retificação da parte;

c)

caso esse ainda não seja o entendimento de Vossa Excelência, o que só se admite a título de argumentação, requer que a presente demanda seja julgada integralmente IMPROCEDENTE, consequentemente os pedidos

deduzidos na inicial, condenando os autores aos encargos decorrentes de custas processuais, honorários advocatícios e demais consectários legais;

d)pretende-se provar o alegado por todos meios de prova em direito

admitidos, sem exclusão de quaisquer, especialmente pela juntada de documentos, perícia, depoimento pessoal dos autores, testemunhas, sem prejuízo de outras; e)Por derradeiro, requer que todas as intimações que se fizerem necessárias pelo Diário da Justiça, sejam feitas, exclusivamente, em nome dos advogados. Termos em que, pedem deferimento. São Paulo,

(35)

Direito processual civil

ECOLOGIA

“Em 1866, o biólogo alemão HERNEST HAECKEL, em sua obra Morfologia Geral dos Organismos, propôs a criação de uma nova e modesta disciplina científica, ligada ao

campo da biologia, que teria por função estudar as relações entre as espécies animais e o seu ambiente orgânico e inorgânico. Para denominá-la, ele utilizou a palavra grega oikos (casa) e cunhou o termo ‘ecologia’ (ciência da casa)”.

MEIO AMBIENTE

O conceito encontra-se previsto no artigo 3.º, inciso I, da Lei n.º 6.938/81 (Política

Nacional do Meio Ambiente):

“... o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,

química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas

formas”.

(36)

Direito processual civil

José Geraldo Brito Filomeno, conceitua o meio

ambiente, em sentido estrito, como o patrimônio natural

e sua relação com o ser vivo.

José Afonso da Silva

, “interação do conjunto de

elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o

desenvolvimento equilibrado da vida humana”.

Manual de teoria geral do Estado e ciência política, Forense, p. 141. Direito Ambiental Constitucional, Malheiros, p. 3, 1997.

(37)

Direito processual civil

PRINCÍPIOS AMBIENTAIS

Direito Humano Fundamental

– fundamento contido no artigo 225 da CF.

Democrático

– movimentos populares.

Prudência ou cautela

– é aquele que determina que não se produzam intervenções no

meio ambiente antes de ter certeza de que estas não serão adversas para o meio

ambiente (alimentos transgênicos).

Mar de Aral - Fotos nos slides seguintes

Equilíbrio

– devem ser pesadas todas as implicações de uma intervenção no meio

ambiente, justiça ambiental Lei 6938/81, artigo 14, IV, § 1º.

Responsabilidade

– violação x sanção pela quebra da ordem jurídica (objetiva).

Poluidor pagador

– assegura que os preços dos produtos reflitam os custos

(38)
(39)
(40)

Direito processual civil

Photography: Stock Client: Roca Agency: Tiempo

BBDO, Barcelona Art Direction: Jordi Comas

Retouching: Eclipse, Barcelona

http://thoth3126.com.br/mudancas-climaticas-a-acao-do-homem/

(41)

Direito processual civil

Mar de Aral corresponde a um imenso lago constituído de água salgada que se encontra no centro do continente asiático, esse é considerado um mar interior que se estabelece entre o

Cazaquistão (norte) e o Uzbequistão (sul). Até 1960 ocupava uma área de 68 mil quilômetros

quadrados, extensão essa que o colocava como o quarto maior lago do mundo.

O Mar de Aral é testemunho de uma grande catástrofe ambiental, em menos de trinta anos

perdeu tamanho de forma considerável causado pela ação antrópica, mais especificamente pelo desvio de parte de suas águas que foram destinadas à irrigação.

Atualmente, o Mar de Aral conta com aproximadamente metade de seu volume original, ao

passo que o percentual de salinidade obteve uma grande elevação em seus níveis, reduzindo de forma significativa a quantidade de vida silvestre (fauna e flora). As 178 espécies de animais diminuíram drasticamente para 38, além disso, a atividade pesqueira que produzia cerca de 25.000 toneladas anuais atualmente não existe mais, por causa da grande intensidade de sal que não favorece o povoamento de peixes.

O ponto de partida para a destruição do Mar de Aral ocorreu a partir da implantação do governo da ex-União Soviética, do cultivo de extensas áreas de algodão, com aplicação de agrotóxico e substâncias para desfolhar as plantas. O uso desenfreado de insumos agrícolas (fertilizantes, herbicidas, inseticidas entre outros) promoveu um elevado volume de mortalidade infantil

proveniente de doenças que foram passadas de forma hereditária, sem contar a perda de vidas selvagens, como peixes e outros animais.

(42)

Direito processual civil

CORRENTES AMBIENTAIS

BIOCÊNTRICA

– A vida como base ambiental.

ANTROPOCÊNTRICA

– O ser humano como

base ambiental. “

Criado para o fim superior à sua

natureza, o homem tem ao seu dispor tudo de todo o universo;

como são da mesma essência, todos os homens, pelo menos

potencialmente, têm direitos a todas as coisas e bens,

desfrutam dos mesmos direitos humanos e se destinam a fim

superior a todos, que é a verdade, é Deus.”

(43)

Direito processual civil

(44)

Direito processual civil

MEIO AMBIENTE NATURAL –

Édis Milaré, discorre sobre o tema

com denominação diferente consistindo no patrimônio ambiental natural, sub-dividindo-os inicialmente em recursos naturais de característica planetária: ar, água, solo, flora e fauna. Direito do Ambiente, RT, ps. 118 e 119.

AGUA - No dicionário de símbolos de Juan Eduardo Cirlot encontramos vários modos de ver a água. Os chineses, por exemplo, fizeram delas a residência do dragão, porque todo ser vivente procede das águas. Na Índia,

consideram-na mantenedora da vida que circula na natureza, em forma de chuva, seiva, leite, sangue. Ilimitadas e imortais as águas são princípio e fim de todas as coisas. São a fonte da vida. Daí sua íntima associação com o simbolismo do batismo, que representa a morte e a sepultura, a vida e a ressurreição, como foi exposto por São João Crisóstomo. A imersão nas águas tem significado o retorno ao pré-formal, com seu duplo sentido de morte e dissolução, e também de renascimento e nova circulação, pois a imersão multiplica o potencial da vida”.

SOLO - conjunto das acumulações de partículas sólidas que constituem a crosta terrestre, desde os profundos depósitos geológicos até as camadas de superfície (Dicionário Houaiss).

FLORA- No tocante à flora o Prof. Fiorillo, ensina que este engloba o conjunto de espécies vegetais de uma determinada região.

(45)

Direito processual civil

MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL –

Celso Antonio Pacheco Fiorillo

conceitua como sendo o espaço urbano construído, consistente no conjunto de edificações (chamado de espaço urbano fechado), e pelos equipamentos públicos (espaço urbano aberto), compondo-se como todos os espaços habitáveis pelo homem. Leia-se como espaço habitável também o rural.

Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo

Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas

em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das

funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus

habitantes”.

(46)

Direito processual civil

Lei 10.257/01

Art. 2oA política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, mediante

as seguintes diretrizes gerais:

I – garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

IV – planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;

VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar ...:

VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento socioeconômico do Município e do território sob sua área de influência;

VIII – adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e do território sob sua área de influência;

IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;

XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;

XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais;

XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse social.

XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de sistemas operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos ambientais e a economia de recursos naturais.

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Direito processual civil

MEIO AMBIENTE CULTURAL

O primeiro conceito de meio ambiente cultural, pode ser extraído da própria Constituição Federal, estampada no artigo 216:

Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material ou imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos

formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: I – as formas de expressão;

II – os modos de criar, fazer e viver;

III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

Outro conceito poderá ser extraído do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 25/37: “Constitui patrimônio histórico e

artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no País, cuja conservação seja de interesse público, quer por vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu

excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico (Curso de Direito Ambiental Brasileiro, Celso Antonio Pacheco Fiorillo, Saraiva, p. 179).

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Direito processual civil

O que é Abaporu:

Abaporu é uma clássica pintura do modernismo brasileiro, da artista Tarsila do Amaral. O nome da obra é

de origem tupi-guarani que significa "homem que come gente" (canibal ou antropófago), uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).

 A tela foi pintada por Tarsila em 1928 e oferecida ao seu marido, o escritor Oswald de Andrade. Os elementos que constam da tela, especialmente a inusitada figura, despertaram em Oswald a ideia de criação do Movimento Antropofágico. O Movimento consistia na deglutição da cultura estrangeira, incorporando-a na realidade

brasileira para dar origem a uma nova cultura transformada, moderna e representativa da nossa cultura.

O quadro Abaporu foi vendido no ano de 1995 para o argentino Eduardo Constantini por 1,5 milhões de

dólares e encontra-se exposto no MALBA (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires).

 Em março de 2011, o Abaporu foi emprestado pelo MALBA para integrar a exposição "Mulheres, Artistas e brasileiras", realizada no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em Brasília, que reuniu 80 obras do século XX, pertencentes a 49 artistas mulheres do Brasil. Esta iniciativa consistiu em uma homenagem ao mês da mulher.

Romero Britto e Abaporu

 Este quadro, que tem oitenta e cinco centímetros de altura e setenta e três centímetros de largura, é

considerado por alguns críticos como o quadro mais importante produzido no Brasil. O Abaporu teve grande influência em vários artistas brasileiros. Romero Britto, pintor e escultor brasileiro, produziu um quadro que é uma releitura da obra Abaporu, da autoria de Tarsila do Amaral.

(50)

Direito processual civil

MEIO AMBIENTE DO TRABALHO –

Escoramo-nos nas lições

de José Afonso da Silva, quando menciona que no meio ambiente do trabalho se desenrola boa parte da vida do trabalhador, cuja qualidade de vida está, por isso, em íntima dependência da qualidade daquele ambiente. “A questão é mais complexa do ponto de vista da proteção ambiental, porque o ambiente do trabalho é um complexo de bens imóveis e móveis de uma empresa e de uma sociedade, objeto de direitos subjetivos privados, e de direitos invioláveis da saúde e da integridade física dos trabalhadores, que o freqüentam. Esse complexo pode ser agredido e lesado por fontes poluidoras internas como externas, provenientes de outras empresas ou de outros estabelecimentos civis de terceiros, o que põe também a questão da responsabilidade pelos danos ambientais, discutida por Franco Giampetro “.

Direito Ambiental Constitucional, Malheiros, p. 5.

“Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos

termos da lei:

...

VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do

(51)

Direito processual civil

PRINCIPAIS CONCEITOS LEGAIS

Lei 6938/81

Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

I -

meio ambiente

, o conjunto de condições, leis, influências e

interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga

e rege a vida em todas as suas formas;

II -

degradação da qualidade ambiental

, a alteração adversa das

características do meio ambiente;

III -

poluição

, a degradação da qualidade ambiental resultante de

atividades que direta ou indiretamente:

(52)

Direito processual civil

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais

estabelecidos;

IV -

poluidor

, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado,

responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de

degradação ambiental;

V -

recursos ambientais

: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e

subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os

elementos da biosfera, a fauna e a flora.

(53)

Direito processual civil

ECODESENVOLVIMENTO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A satisfação humana de várias ordens é imperativo natural, a partir do princípio “Crescei, multiplicai-vos e dominai a terra”. Todavia é oportuno lembrar que os recursos limitados e finitos da

natureza não podem atender à demanda de necessidades ilimitadas e infinitas. Nesse sentido a composição das legítimas necessidades da espécie humana com as legítimas necessidades do planeta Terra, efetiva-se no binômio “processo e desenvolvimento sustentável”.

Entre as muitas iniciativas deve-se mencionar a normatização internacional elaborada e proposta pela ISO – International for Standardisation Organization, compendiada na série ISO 14.000. O Brasil como membro da ISO mediante a ABNT, oficializa as normas 14.000, como:

14.001 – Sistemas de gestão ambiental. Especificação e diretrizes para uso;

14.004 – Sistemas de gestão ambiental. Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio.

AGENDA 21 - é a cartilha básica de desenvolvimento sustentável, que foi oficializada por ocasião da

“Cúpula da Terra”, quando se reuniu a “Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento”, conhecida como ECO-92 (Rio de Janeiro, 14 de junho de 1992). Pode ser definida como um instrumento de planejamento para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.

(54)

Direito processual civil

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Em linhas gerais o licenciamento administrativo é o complexo de etapas que compõe o procedimento ao qual objetiva a concessão de licença ambiental.

CONCEITO: (Resolução CONAMA 237/97), procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental

competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva e potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

CONCEITO LICENÇA AMBIENTAL: Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente

estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades que se utilizam dos recursos ambientais consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

(55)

Direito processual civil

ETAPAS:

Licença Prévia – Concedida na fase preliminar do planejamento da atividade ou empreendimento, aprovando sua localização e

concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de implementação (prazo de validade de cinco anos);

Licença de Instalação – Autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes

dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condições, da qual constituem motivos determinantes (prazo de validade seis anos);

Licença de Operação– Autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após verificação do efetivo cumprimento do que

consta das licenças anteriores, como medidas de controle ambiental e condicionantes determinantes da operação (mínimo 4 e máximo 10 anos).

ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL

Constitui um dos mais importantes instrumentos de proteção ao meio ambiente. A sua essência é preventiva e pode compor uma das etapas do licenciamento ambiental. Esse estudo contempla as alternativas tecnológicas, avaliação dos impactos ambientais na fase de instalação e medidas mitigadoras dos impactos previamente previstos. Cabe ao proponente do projeto o dever de pagar à custa do EIA/RIMA (Resolução CONAMA 1/86). Deve ser realizado por equipe multidisciplinar composta de: geólogos, físicos, biólogos, psicólogos, sociólogos, advogados entre outros.

RIMA

Tem por finalidade tornar compreensível para o público o conteúdo do EIA, porquanto este é elaborado segundo critérios muito técnicos. Deve ser claro e acessível, retratando fielmente o conteúdo do estudo, de modo compreensível e menos técnico.

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Direito processual civil

DIREITOS INDIVIDUAIS, INDIVIDUAIS

HOMOGÊNEOS, COLETIVOS E DIFUSOS

۞ Tipos de ações coletivas

- Ação popular

- Ação civil pública

- Mandado de segurança coletivo

- Mandado de injunção

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Direito processual civil

A ação popular ambiental está estampada no artigo 5.º da

Constituição Federal, inciso LXXIII:

“qualquer cidadão é parte legítima para propor ação

popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio

público ou de entidade de que o Estado participe, à

moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao

patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo

comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do

ônus da sucumbência;”

(58)

Direito processual civil

A ação civil pública prevista na Lei 7347/85 foi

ampliada pela sobrevinda do Código de Defesa

do Consumidor (Lei 8.078/90), principalmente os

artigos 91 a 110, bem como o previsto no artigo

6º, inciso VI, quando prevê expressamente a

efetiva reparação de danos patrimoniais e

morais, individuais, coletivos e difusos.

(59)

Direito processual civil

O mandado de segurança coletivo ambiental encontra-se previsto no artigo 5º, inciso LXX da Constituição Federal:

“o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;”

Lei 12016 de 7.8.2009

Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com

representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos

líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.

(60)

Direito processual civil

O mandado de injunção ambiental, na defesa do

bem ambiental, está previsto no inciso LXXI do

artigo 5º da Constituição Federal:

“conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta

de norma regulamentadora torne inviável o

exercício dos direitos e liberdades

constitucionais e das prerrogativas inerentes

à nacionalidade, à soberania e à cidadania.”

(61)

Direito processual civil

Mas o operador do direito certamente não

necessitará ficar adstrito aos institutos ora

mencionados, com observância do exposto no

artigo 83 da Lei nº 8.078/90:

“Art. 83. Para a defesa dos direitos e

interesses protegidos por este Código são

admissíveis todas as espécies de ações

capazes de propiciar sua adequada e efetiva

tutela”.

Referências

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