DIREITOS HUMANOS
Sistema Interamericano de
Proteção dos Direitos Humanos
Profª Alice Rocha
Sistema Interamericano de Direitos Humanos
Coordenado pela Organização dos Estados Americanos (OEA).
OEA foi criada em 1948, na IX Conferência Pan-americana,
Bogotá, Colômbia.
Proclamada a Carta da Organização dos Estados Americanos ,
com a afirmação dos direitos humanos como propósito e
princípio da entidade. Apresenta direitos civis e políticos, mas
também econômicos, sociais e culturais.
OEA está sediada em Washington, EUA, com 35 Estados
membros (todos os países das Américas e Caribe, exceto
Guiana Francesa que integra o Sistema europeu).
1
Situação de CUBA na OEA
Membro da OEA pode ser suspenso em caso de deposição do regime
democrático por governos ditatoriais. Medida excepcional.
Pressão dos EUA no contexto da Guerra Fria. (suspensão em 1962)
Em 3 de junho de 2009, os Ministros de Relações Exteriores das
Américas adaptaram a Resolução AG/RES.2438 (XXXIX-O/09), que
determina que a Resolução de 1962, a qual excluiu o Governo de Cuba
de sua participação no sistema interamericano, cessa seu efeito na
Organização dos Estados Americanos (OEA). A resolução de 2009
declara que a participação da República de Cuba na OEA será o
resultado de um processo de diálogo iniciado na solicitação do
Governo de Cuba, e de acordo com as práticas, propósitos e princípios
da OEA.
2
Questão – CESPE/DPE-PI – Defensor
Público - 2009
Atualmente, os direitos e garantias fundamentais estão inseridos em distintos textos constitucionais de diferentes países. Tal presença é uma conquista histórica ocorrida por ações concretas realizadas no passado. A Carta das Nações Unidas de 1945, exemplo de uma dessas ações concretas, consolidou, junto com a UDHR, o movimento de internacionalização dos direitos humanos. Tendo em vista essa institucionalização, assinale a opção correta a respeito da estrutura normativa do direito internacional protetivo dos direitos humanos.
a) A estrutura de proteção do direito internacional é concentrada na ONU.
b) A proteção internacional pode ser vista, entre outros, em dois planos: sistema global (ONU) e sistema regional (OEA).
c) A UDHR pertence ao sistema regional de proteção dos direitos humanos.
d) O Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos pertence ao sistema regional de proteção dos direitos humanos.
e) O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais pertence ao sistema regional de proteção dos direitos humanos.
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Propósitos da OEA (art. 2º)
a) Garantir a paz e a segurança continentais;
b) Promover e consolidar a democracia representativa, respeitado o princípio da não-intervenção;
c) Prevenir as possíveis causas de dificuldades e assegurar a solução pacífica das controvérsias que surjam entre seus membros;
d) Organizar a ação solidária destes em caso de agressão;
e) Procurar a solução dos problemas políticos, jurídicos e econômicos que surgirem entre os Estados membros;
f) Promover, por meio da ação cooperativa, seu desenvolvimento econômico, social e cultural;
g) Erradicar a pobreza crítica, que constitui um obstáculo ao pleno desenvolvimento democrático dos povos do Hemisfério; e
h) Alcançar uma efetiva limitação de armamentos convencionais que permita dedicar a maior soma de recursos ao desenvolvimento econômico-social dos Estados membros.
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Princípios da OEA (art. 3º)
Normas internacionais constituem regras de conduta que devem ser observadas nas relações entre os Estados;
Respeito à personalidade, à soberania e à independência dos Estados; Boa-fé nas relações interestatais;
Solidariedade;
Eliminação da pobreza crítica;
Consolidação da democracia representativa; Repulsa à guerra de agressão;
Agressão a um membro da OEA constitui agressão a todos os demais integrantes; Solução pacífica dos conflitos;
Justiça e segurança sociais como base da paz; Cooperação econômica;
Proclamação de direitos fundamentais e não-discriminação; e Orientação para a justiça, a liberdade e a paz.
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Solução pacífica de controvérsias: Artigo 25 - São processos pacíficos: a negociação direta, os bons ofícios, a mediação, a investigação e conciliação, o processo judicial, a arbitragem e os que sejam especialmente combinados, em qualquer momento, pelas partes.
Segurança coletiva: Artigo 28 - Toda agressão de um Estado contra a integridade ou a inviolabilidade do território, ou contra a soberania, ou a independência política de um Estado americano, será considerada como um ato de agressão contra todos os demais Estados americanos.
Desenvolvimento integral: Artigo 30 - Os Estados membros, inspirados nos princípios de solidariedade e cooperação interamericanas, comprometem-se a unir comprometem-seus esforços no comprometem-sentido de que impere a justiça social internacional em suas relações e de que seus povos alcancem um desenvolvimento integral, condições indispensáveis para a paz e a segurança. O desenvolvimento integral abrange os campos econômico, social, educacional, cultural, científico e tecnológico, nos quais devem ser atingidas as metas que cada país definir para alcançá-lo.
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Declaração Americana dos Direitos e
Deveres do Homem
Aprovada na IX Conferência Internacional Americana, Bogotá,
1948.
Enuncia direitos (capítulo 1 ) e deveres (capítulo 2).
Concepção universalista dos direitos humanos, não vinculada a
nacionalidade e sim pelos atributos de ser pessoa humana.
Preâmbulo: “Todos os homens nascem livres e iguais em
dignidade e direitos e, como são dotados pela natureza de razão
e consciência, devem proceder fraternalmente uns para com os
outros. O cumprimento do dever de cada um é exigência do
direito de todos. Direitos e deveres integram-se
correlativamente em toda a atividade social e política do
homem. Se os direitos exaltam a liberdade individual, os
deveres exprimem a dignidade dessa liberdade.”
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Direitos (civis e políticos; sociais,
econômicos e culturais)
Direito à vida, à liberdade, à segurança e integridade da pessoa.
Direito de igualdade perante a lei.
Direito de liberdade religiosa e de culto.
Direito de liberdade de investigação, opinião, expressão e difusão.
Direito à proteção da honra, da reputação pessoal e da vida
particular e familiar.
Direito à constituição e proteção da família.
Direito de proteção à maternidade e à infância.
Direito de residência e trânsito.
Direito à inviolabilidade do domicílio.
Direito à inviolabilidade do domicílio.
Direito à preservação da saúde e ao bem-estar.
Direito à educação.
Direito aos benefícios da cultura.
Direito ao trabalho e a uma justa retribuição. Direito ao descanso e ao seu aproveitamento. Direito à previdência social.
Direito de reconhecimento da personalidade jurídica e dos direitos civis. Direito à justiça.
Direito à nacionalidade.
Direito de sufrágio e de participação no governo. Direito de reunião.
Direito de associação. Direito de propriedade. Direito de petição.
Direito de proteção contra prisão arbitrária. Direito a processo regular.
Alcance dos direitos do homem.
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Deveres
Deveres perante a sociedade.
Deveres para com os filhos e os pais.
Deveres de instrução.
Dever do sufrágio.
Dever de obediência à Lei.
Dever de servir a coletividade e a nação.
Deveres de assistência e previdência sociais.
Dever de pagar impostos.
Dever do trabalho.
Dever de se abster de atividades políticas em países
estrangeiros.
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Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San
José da Costa Rica)
Celebrada em San José, Costa Rica, 22 de novembro de 1969.
PRINCIPAL DOCUMENTO DO SISTEMA INTERAMERICANO.
Ratificada pelo Brasil em 25 de setembro e 1992 e promulgada pelo
dec. 678 de 6 de novembro de 1992.
Brasil impôs reserva: A Comissão Interamericana de Direitos Humanos
só pode realizar visitas e inspeções in loco para investigação mediante
anuência expressa do Estado brasileiro. (Dec. 678/92 Art. 2° Ao
depositar a carta de adesão a esse ato internacional, em 25 de
setembro de 1992, o Governo brasileiro fez a seguinte declaração
interpretativa: "O Governo do Brasil entende que os arts. 43 e 48,
alínea d , não incluem o direito automático de visitas e inspeções in
loco da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, as quais
dependerão da anuência expressa do Estado".)
11
Questão – CS-UFG/DPE-GO – Defensor Público – 2014 -
adaptada
No que se refere aos direitos humanos, quanto aos pactos
internacionais e à incorporação de normas internacionais em
geral e dos tratados no ordenamento jurídico interno,
especialmente do Brasil, compreende-se que:
O Pacto de São José da Costa Rica (1969) é uma das mais
importantes
normas
internacionais
e
foi
aprovado
imediatamente no Brasil, sem nenhuma restrição ou reserva.
(C/E)
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Deveres dos Estados
Artigo 1. Obrigação de respeitar os direitos
1. Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social.
2. Para os efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser humano. Artigo 2. Dever de adotar disposições de direito interno
Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados no artigo 1 ainda não estiver garantido por disposições legislativas ou de outra natureza, os Estados Partes comprometem-se a adotar, de acordo com as suas normas constitucionais e com as disposições desta Convenção, as medidas legislativas ou de outra natureza que forem necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades.
13
Questão – UFMT/DPE-MT – Defensor Público – 2016 –
adaptada.
Sobre os efeitos no Brasil das disposições da Convenção
Americana de Direitos Humanos − o Pacto de São José da Costa
Rica, de 1969, assinale a afirmativa correta.
A Convenção impõe que o Estado deva adotar não somente
medidas legislativas, mas quaisquer outras que se mostrem
necessárias e adequadas à consecução de seus objetivos, mesmo
que de natureza administrativa. (C/E)
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Direitos reconhecidos
Basicamente apenas civis e políticos e reproduzidos do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos da ONU, com algumas exceções: direito de propriedade com uso e gozo subordinados ao interesse social.
Prevê aplicação imediata assim como o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos da ONU.
Menção a aplicação progressiva dos direitos econômicos, sociais e culturais: CAPÍTULO III - DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E CULTURAIS
Artigo 26. Desenvolvimento progressivo: Os Estados Partes comprometem-se a adotar providências, tanto no âmbito interno como mediante cooperação internacional, especialmente econômica e técnica, a fim de conseguir progressivamente a plena efetividade dos direitos que decorrem das normas econômicas, sociais e sobre educação, ciência e cultura, constantes da Carta da Organização dos Estados Americanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na medida dos recursos disponíveis, por via legislativa ou por outros meios apropriados.
Direitos sociais, econômicos e culturais previstos em outra Convenção Internacional: Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos, Protocolo de San Salvador.
15
Questão – FUMARC/PC-MG – Delegado de
Polícia - 2011
O sistema internacional de proteção dos direitos humanos pode apresentar diferentes âmbitos de aplicação, daí poder se falar de sistemas global e regional. O instrumento de maior importância no sistema interamericano é a Convenção Americana de Direitos Humanos, também denominada Pacto de San José da Costa Rica que
a) foi assinada em San José, Costa Rica, em 1969, tendo como Estados-membros todos os países das Américas do Norte, Central e do Sul, que queiram participar.
b) substancialmente reconhece e assegura um catálogo de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais, garantindo-lhes a plena realização. c) exige dos governantes dos Estados signatários estritamente obrigações de natureza negativas, como por exemplo o dever de não torturar um indivíduo. d) em face dos direitos constantes no texto, cada Estado-parte deve respeitar e assegurar o livre e pleno exercício desses direitos e liberdades, sem qualquer discriminação.
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Direitos civis e políticos albergados no Pacto de San
José da Costa Rica
Personalidade Jurídica
Vida
Integridade pessoal
Proibição da escravidão e da servidão
Liberdade pessoal
Garantias Judiciais
Legalidade e retroatividade da lei penal
Indenização por erro judiciário
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Proteção da honra e da dignidade
Liberdade de consciência e de religião
Liberdade de pensamento e de expressão
Direito de resposta
Direito de reunião
Liberdade de associação
Proteção da família
Direito ao nome
Direitos da criança
Nacionalidade
Propriedade privada
Direito de circulação e residência
Igualdade perante a lei e proteção judicial
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Questão – CESPE/DPE-PI – Defensor
Público - 2009
A Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969 (Pacto de
San José da Costa Rica)
a) reproduziu a maior parte das declarações de direitos
constantes do Pacto Internacional de Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais.
b) foi adotada sem ressalvas pelo Brasil desde o seu início.
c) proíbe o restabelecimento da pena capital nos países que a
tenham abolido.
d) não tratou do direito ao nome.
e) indica a possibilidade de asilo no caso do cometimento de
crimes comuns não vinculados à atividade política.
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Atenção a menção ao asilo:
Art. 22.7. Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em
território estrangeiro, em caso de perseguição por delitos
políticos ou comuns conexos com delitos políticos e de acordo
com a legislação de cada Estado e com os convênios
internacionais.
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Questão – CS-UFG/DPE-GO – Defensor
Público - 2014
Convenção Americana sobre os Direitos Humanos de 1969 destaca que “Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em território estrangeiro, em caso de perseguição por delitos políticos ou comuns conexos com delitos políticos, de acordo com a legislação de cada Estado e as convenções internacionais”. Essa recomendação consiste em:
a) conceder asilo diplomático ou territorial, sendo este uma modalidade definitiva de asilo político.
b) receber o estrangeiro em território nacional, sem os requisitos de ingresso, evitando punição ou perseguição baseada em crime de natureza politica ou ideológica.
c) assistir ao refugiado estrangeiro em toda e qualquer situação de perseguição em seu país de nacionalidade
d) facultar ao estrangeiro o asilo extraterritorial na forma definitiva, quando em perseguição no país de origem por questão puramente política.
e) reconhecer a condição do refugiado estrangeiro em território nacional, impedindo a sua expulsão em face ao motivo de ordem pública.
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Direito à vida e pena de morte
Artigo 4.
1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção. Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.
2. Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final de tribunal competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.
3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos comuns conexos com delitos políticos.
5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-la a mulher em estado de gravidez.
6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos. Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente.
*Obs: não aboliu a pena de morte, só veio em 1990 mediante Protocolo Facultativo (Protocolo à Convenção Americana sobre direitos Humanos referentes à abolição da pena de morte). Ressalvada a
hipótese de reserva que os Estados poderiam fazer para aplica-la em caso de guerra declarada. Brasil utilizou a reserva em harmonia com o art. 5º XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de
guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
22
Direito à integridade pessoal
Artigo 5.
1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral.
2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano.
3. A pena não pode passar da pessoa do delinqüente.
4. Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoas não condenadas.
5. Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez possível, para seu tratamento.
6. As penas privativas da liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados.
23
Questão – VUNESP/PC-SP – Delegado de
Polícia - 2014
Considerando o disposto expressamente no Pacto Internacional de San José da Costa Rica (Convenção Americana de Direitos Humanos de 1969), a respeito do direito à vida e do direito à integridade pessoal, é correto afirmar que
a) os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e devem ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de
pessoas não condenadas.
b) toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida, e o direito de ser protegido pela lei, em geral, desde o momento do seu nascimento.
c) todos os países estão proibidos de adotar a pena de morte e aqueles que já a adotem devem aboli-la de imediato.
d) é vedada pelos Estados a adoção da pena de prisão perpétua, exceto para casos de crimes hediondos.
e) a pena de trabalhos forçados será vedada unicamente a menores de vinte e um anos e a maiores de setenta anos.
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Trabalho forçado
Artigo 6. Proibição da escravidão e da servidão
1. Ninguém pode ser submetido a escravidão ou a servidão, e tanto estas como o tráfico de escravos e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as suas formas.
2. Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório. Nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa da liberdade acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode ser interpretada no sentido de que proíbe o cumprimento da dita pena, imposta por juiz ou tribunal competente. O trabalho forçado não deve afetar a dignidade nem a capacidade física e intelectual do recluso.
3. Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios para os efeitos deste artigo:
a. os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços devem ser executados sob a vigilância e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os executarem não devem ser postos à disposição de particulares, companhias ou pessoas jurídicas de caráter privado;
b. o serviço militar e, nos países onde se admite a isenção por motivos de consciência, o serviço nacional que a lei estabelecer em lugar daquele;
c. o serviço imposto em casos de perigo ou calamidade que ameace a existência ou o bem-estar da comunidade; e
d. o trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.
25
Questão – FUNIVERSA/PC-GO –
Papiloscopista - 2015
Acerca do pacto de São José da Costa Rica, assinale a alternativa
correta.
a) São proibidas as penas privativas de liberdade acompanhadas de
trabalhos forçados, ainda que esses não afetem a dignidade nem a
capacidade física e intelectual do recluso.
b) Os menores de 18 anos não podem ser processados.
c) São vedados os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de
pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou resolução formal
expedida pela autoridade judiciária competente.
d) As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial
a reforma e a readaptação social dos condenados.
e) Considera-se como trabalho forçado o serviço exigido em casos de
perigo ou de calamidade que ameacem a existência ou o bem-estar da
comunidade.
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Questão – CESPE/PC-AL – Agente de polícia –
2012 – adaptada
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos prevê a
proibição da escravidão e da servidão, assim compreendidos,
entre outras hipóteses, os trabalhos forçados exigidos de pessoa
reclusa em cumprimento de sentença ou resolução formal
expedida pela autoridade judiciária competente. (C/E)
27
Questão – MPT/PGT – Procurador -
2007
Quanto ao sistema interamericano de proteção dos direitos humanos, analise as assertivas abaixo:
I - No âmbito da Organização dos Estados Americanos, ao contrário do que ocorre no da ONU, só há um Pacto de Direitos Humanos, que trata dos Direitos Civis e Políticos, o Pacto de São José da Costa Rica, não havendo um pacto de direitos sociais, econômicos e culturais.
II - O Pacto de São José da Costa Rica restringe a prisão civil por dívidas ao devedor de alimentos.
III - O Pacto de São José da Costa Rica proíbe todo tipo de trabalho forçado ou obrigatório, inclusive ao presidiário.
IV - O Pacto de São José da Costa Rica consagra o duplo grau de jurisdição ao garantir o direito de recorrer de sentença a juiz ou tribunal.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) apenas os itens III e IV são corretos; b) apenas os itens I e II são corretos; c) apenas os itens I e IV são corretos; d) apenas os itens II e IV são corretos; e) não respondida.
28
Liberdade pessoal
Artigo 7. Direito à liberdade pessoal
1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança pessoais.
2. Ninguém pode ser privado de sua liberdade física, salvo pelas causas e nas condições previamente fixadas pelas constituições políticas dos Estados Partes ou pelas leis de acordo com elas promulgadas.
3. Ninguém pode ser submetido a detenção ou encarceramento arbitrários.
4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da sua detenção e notificada, sem demora, da acusação ou acusações formuladas contra ela.
5. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.
6. Toda pessoa privada da liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente, a fim de que este decida, sem demora, sobre a legalidade de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura se a prisão ou a detenção forem ilegais. Nos Estados Partes cujas leis prevêem que toda pessoa que se vir ameaçada de ser privada de sua liberdade tem direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente a fim de que este decida sobre a legalidade de tal ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem abolido. O recurso pode ser interposto pela própria pessoa ou por outra pessoa.
7. Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.
29
Prisão do depositário infiel
Art. 5º LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de
obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
30
Questão – AROEIRA/PC-TO – Delegado de Polícia –
2014 - adaptada
No que se refere à posição do Supremo Tribunal Federal acerca
da interpretação da Convenção Americana sobre Direitos
Humanos,
- o Pacto de São José da Costa Rica deixou de prever a
possibilidade de cada sistema jurídico nacional instituir os casos
em que se legitimará, ou não, a privação cautelar da liberdade
de locomoção física do réu ou do condenado. (C/E)
- o Pacto de São José da Costa Rica admite a possibilidade de
cada sistema jurídico nacional instituir os casos em que se
legitimará, ou não, a privação cautelar da liberdade de
locomoção física do réu ou do condenado. (C/E)
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Garantias judiciais (art.8º)
Garantia do juízo natural e imparcial
Presunção de inocência ou não culpabilidade Garantias mínimas:
– direito do acusado de ser assistido gratuitamente por tradutor ou intérprete, se não compreender ou não falar o idioma do juízo ou tribunal;
– comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada;
– concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados para a preparação de sua defesa; – direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua
escolha e de comunicar-se, livremente e em particular, com seu defensor;
– direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o acusado não se defender ele próprio nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei;
– direito da defesa de inquirir as testemunhas presentes no tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos;
– direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada; – direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior.
32
Questão – UESPI/PC-PI – Delegado de
Polícia – 2014
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São
José da Costa Rica) prevê, no item 2, do art.8º, como garantias
judiciais, EXCETO,
a) necessária motivação das decisões judiciais.
b) concessão ao acusado do tempo e dos meios adequados
para a preparação de sua defesa.
c) direito de recorrer da sentença para juiz ou tribunal superior.
d) direito de não ser obrigado a depor contra si mesmo, nem a
declarar-se culpado.
e) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da
acusação formulada.
33
Suspensão de garantias
Artigo 27. Suspensão de garantias
1. Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado Parte, este poderá adotar disposições que, na medida e pelo tempo estritamente limitados às exigências da situação, suspendam as obrigações contraídas em virtude desta Convenção, desde que tais disposições não sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhe impõe o Direito Internacional e não encerrem discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social.
2. A disposição precedente não autoriza a suspensão dos direitos determinados seguintes artigos: 3 (Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica); 4 (Direito à vida); 5 (Direito à integridade pessoal); 6 (Proibição da escravidão e servidão); 9 (Princípio da legalidade e da retroatividade); 12 (Liberdade de consciência e de religião); 17 (Proteção da família); 18 (Direito ao nome); 19 (Direitos da criança); 20 (Direito à nacionalidade) e 23 (Direitos políticos), nem das garantias indispensáveis para a proteção de tais direitos.
34
3. Todo Estado Parte que fizer uso do direito de suspensão
deverá informar imediatamente os outros Estados Partes na
presente Convenção, por intermédio do Secretário-Geral da
Organização dos Estados Americanos, das disposições cuja
aplicação haja suspendido, dos motivos determinantes da
suspensão e da data em que haja dado por terminada tal
suspensão.
35
Questão – UFMT/DPE-MT – Defensor
Público - 2016
Sobre a eficácia na proteção dos direitos reconhecidos na Convenção Americana de Direitos Humanos por instituições públicas no Brasil, assinale a afirmativa correta.
a) O Brasil deve cumprir, de forma voluntária, as decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
b) Atualmente, graves violações a direitos humanos, assim caracterizados pela Convenção, deverão ser julgadas na Justiça Federal.
c) A federalização dos crimes graves contra direitos humanos refere-se à obrigatoriedade do Estado em criar mecanismos legais e administrativos para que tais sejam julgados pelo Superior Tribunal de Justiça.
d) Quando houver conflito de competência quanto a direitos que possam envolver caso grave de violação a direitos humanos, caberá ao Supremo Tribunal Federal dirimi-lo.
e) Os Estados Federados no Brasil também se obrigam às disposições da Convenção, podendo ser interpelados na Corte Interamericana de Direitos Humanos, por qualquer violação.
36
Questão – FCC/DPE-PR – Defensor Público –
2012 - adaptada
Sobre o funcionamento do Sistema Interamericano de Direitos
Humanos, é correto afirmar:
- O Estado fica desobrigado a cumprir as obrigações assumidas
na Convenção Americana de Direitos Humanos se as violações
que lhe forem imputadas decorrerem de ato de responsabilidade
exclusiva de uma entidade política autônoma interna. (C/E)
37
Meios de proteção - fiscalização
Órgãos:
– Comissão Interamericana de Direitos Humanos:
órgão executivo
– Corte Interamericana de Direitos Humanos: órgão
jurisdicional
38
Questão – FCC/MPE-PA – Promotor de
Justiça - 2014
Nos termos da Convenção Interamericana sobre Direitos Humanos,
promulgada pelo Decreto nº 678/92, são competentes para conhecer
dos assuntos relacionados com o cumprimento dos compromissos
assumidos pelos Estados-Partes na Convenção:
a) O Ministério Público perante a Corte Interamericana de Direitos
Humanos e a Corte Internacional de Justiça.
b) A Corte Internacional de Justiça e o Tribunal Penal Internacional.
c) O Supremo Tribunal Federal e a Corte Interamericana de Direitos
Humanos.
d) A Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a Corte
Interamericana de Direitos Humanos.
e) Os órgãos do Poder Judiciário brasileiro.
39
Mecanismos fiscalizatórios
TODOS DIRECIONADOS À COMISSÃO: Relatórios: art. 42
Comunicações interestatais: art. 45 – FACULTATIVO
– “Todo Estado Parte pode, no momento do depósito do seu instrumento de ratificação desta Convenção ou de adesão a ela, ou em qualquer momento posterior, declarar que reconhece a competência da Comissão para receber e examinar as comunicações em que um Estado Parte alegue haver outro Estado Parte incorrido em violações dos direitos humanos estabelecidos nesta Convenção.
– As comunicações feitas em virtude deste artigo só podem ser admitidas e examinadas se forem apresentadas por um Estado Parte que haja feito uma declaração pela qual reconheça a referida competência da Comissão. A Comissão não admitirá nenhuma comunicação contra um Estado Parte que não haja feito tal declaração.”
Petições individuais: art. 44 – OBRIGATÓRIO
– “Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental legalmente reconhecida em um ou mais Estados membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado Parte.”
40
Requisitos de admissibilidade para petições e
comunicações
Artigo 46
1. Para que uma petição ou comunicação apresentada de acordo com os artigos 44 ou 45 seja admitida pela Comissão, será necessário:
a. que hajam sido interpostos e esgotados os recursos da jurisdição interna, de acordo com os princípios de direito internacional geralmente reconhecidos;
b. que seja apresentada dentro do prazo de seis meses, a partir da data em que o presumido prejudicado em seus direitos tenha sido notificado da decisão definitiva;
c. que a matéria da petição ou comunicação não esteja pendente de outro processo de solução internacional; e (litispendência internacional)
d. que, no caso do artigo 44, a petição contenha o nome, a nacionalidade, a profissão, o domicílio e a assinatura da pessoa ou pessoas ou do representante legal da entidade que submeter a petição. (não se admite as apócrifas)
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2. As disposições das alíneas a e b do inciso 1 deste artigo
não se aplicarão quando:
a. não existir, na legislação interna do Estado de que se
tratar, o devido processo legal para a proteção do direito ou
direitos que se alegue tenham sido violados;
b. não se houver permitido ao presumido prejudicado em
seus direitos o acesso aos recursos da jurisdição interna, ou
houver sido ele impedido de esgotá-los; e
c. houver demora injustificada na decisão sobre os
mencionados recursos.
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Petições ou comunicações
INADMISSÍVEIS
A Comissão declarará inadmissível toda petição ou comunicação
apresentada de acordo com os artigos 44 ou 45 quando:
a. não preencher algum dos requisitos estabelecidos no artigo
46;
b. não expuser fatos que caracterizem violação dos direitos
garantidos por esta Convenção;
c. pela exposição do próprio peticionário ou do Estado, for
manifestamente infundada a petição ou comunicação ou for
evidente sua total improcedência; ou
d. for substancialmente reprodução de petição ou
comunicação anterior, já examinada pela Comissão ou por outro
organismo internacional.
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Processo (art. 48)
1. A Comissão, ao receber uma petição ou comunicação na
qual se alegue violação de qualquer dos direitos consagrados nesta
Convenção, procederá da seguinte maneira:
a. se reconhecer a admissibilidade da petição ou comunicação,
solicitará informações ao Governo do Estado ao qual pertença a
autoridade apontada como responsável pela violação alegada e
transcreverá as partes pertinentes da petição ou comunicação. As
referidas informações devem ser enviadas dentro de um prazo
razoável, fixado pela Comissão ao considerar as circunstâncias de
cada caso;
b. recebidas as informações, ou transcorrido o prazo fixado sem
que sejam elas recebidas, verificará se existem ou subsistem os
motivos da petição ou comunicação. No caso de não existirem ou
não subsistirem, mandará arquivar o expediente;
c. poderá também declarar a inadmissibilidade ou a
improcedência da petição ou comunicação, com base em
informação ou prova supervenientes;
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d. se o expediente não houver sido arquivado, e com o fim de comprovar os fatos, a Comissão procederá, com conhecimento das partes, a um exame do assunto exposto na petição ou comunicação. Se for necessário e conveniente, a Comissão procederá a uma investigação para cuja eficaz realização solicitará, e os Estados interessados lhes proporcionarão todas as facilidades necessárias;
e. poderá pedir aos Estados interessados qualquer informação pertinente e receberá, se isso lhe for solicitado, as exposições verbais ou escritas que apresentarem os interessados; e
f. pôr-se-á à disposição das partes interessadas, a fim de chegar a uma solução amistosa do assunto, fundada no respeito aos direitos humanos reconhecidos nesta Convenção.
2. Entretanto, em casos graves e urgentes, pode ser realizada uma investigação, mediante prévio consentimento do Estado em cujo território se alegue haver sido cometida a violação, tão somente com a apresentação de uma petição ou comunicação que reúna todos os requisitos formais de admissibilidade.
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Solução Amistosa (art. 49)
Se se houver chegado a uma solução amistosa de acordo com as
disposições do inciso 1, f, do artigo 48, a Comissão redigirá um
relatório que será encaminhado ao peticionário e aos Estados
Partes nesta Convenção e, posteriormente, transmitido, para sua
publicação, ao Secretário-Geral da Organização dos Estados
Americanos. O referido relatório conterá uma breve exposição
dos fatos e da solução alcançada. Se qualquer das partes no
caso o solicitar, ser-lhe-á proporcionada a mais ampla
informação possível.
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Sem solução amistosa (art. 50)
1. Se não se chegar a uma solução, e dentro do prazo que for
fixado pelo Estatuto da Comissão, esta redigirá um relatório no
qual exporá os fatos e suas conclusões. Se o relatório não
representar, no todo ou em parte, o acordo unânime dos
membros da Comissão, qualquer deles poderá agregar ao
referido relatório seu voto em separado. Também se agregarão
ao relatório as exposições verbais ou escritas que houverem sido
feitas pelos interessados em virtude do inciso 1, e, do artigo 48.
2. O relatório será encaminhado aos Estados interessados,
aos quais não será facultado publicá-lo.
3. Ao encaminhar o relatório, a Comissão pode formular as
proposições e recomendações que julgar adequadas.
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Exposição do Estado (art. 51)
1. Se no prazo de três meses, a partir da remessa aos Estados
interessados do relatório da Comissão, o assunto não houver sido
solucionado ou submetido à decisão da Corte pela Comissão ou pelo
Estado interessado (art. 61), aceitando sua competência, a Comissão
poderá emitir, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, sua
opinião e conclusões sobre a questão submetida à sua consideração.
2. A Comissão fará as recomendações pertinentes e fixará um
prazo dentro do qual o Estado deve tomar as medidas que lhe
competirem para remediar a situação examinada.
3. Transcorrido o prazo fixado, a Comissão decidirá, pelo voto da
maioria absoluta dos seus membros, se o Estado tomou ou não
medidas adequadas e se publica ou não seu relatório.
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Medidas cautelares
Artigo 63
1. Quando decidir que houve violação de um direito ou
liberdade protegidos nesta Convenção, a Corte determinará que se
assegure ao prejudicado o gozo do seu direito ou liberdade
violados. Determinará também, se isso for procedente, que sejam
reparadas as consequências da medida ou situação que haja
configurado a violação desses direitos, bem como o pagamento de
indenização justa à parte lesada.
2. Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando se
fizer necessário evitar danos irreparáveis às pessoas, a Corte, nos
assuntos de que estiver conhecendo, poderá tomar as medidas
provisórias que considerar pertinentes. Se se tratar de assuntos que
ainda não estiverem submetidos ao seu conhecimento, poderá atuar a
pedido da Comissão.
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