• Nenhum resultado encontrado

A enfermagem na atenção a crianças que tentaram suicídio em um centro de atenção psicossocial infantil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A enfermagem na atenção a crianças que tentaram suicídio em um centro de atenção psicossocial infantil"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DCVida – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM SAÚDE MENTAL

A ENFERMAGEM NA ATENÇÃO A CRIANÇAS QUE

TENTARAM SUICÍDIO EM UM CENTRO DE

ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL

MARIELI ZIMME RMANN CAVAL IN

Ijuí – RS 2012

(2)

MARIELI ZIMME RMANN CAVAL IN

A ENFERMAGEM NA ATENÇÃO A CRIANÇAS QUE

TENTARAM SUICÍDIO EM UM CENTRO DE

ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação do Departamento de Ciências da Vida da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para obtenção do título de Enfermeira Especialista em Saúde Mental.

Orientadora: Me. Dda Eniva Miladi Fernandes Stumm

Ijuí – RS 2012

(3)

A ENFERMAGEM NA ATENÇÃO A CRIANÇAS QUE TENTARAM SUICÍDIO EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL

Marieli Zimmermann Cavalin1

Eniva Miladi Fernandes Stumm2

RESUMO

O suicídio é um problema de saúde pública e exige um olhar diferenciado da equipe multiprofissional no tratamento e prevenção. Busca-se, a partir de vivências em um CAPS Infantil da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul tecer reflexões com base em vivências com crianças que tentaram suicídio, assistidas. Trata-se de um relato de experiência construído com base nas vivências do cotidiano de um CAPSi. Os resultados desse trabalho possibilitam identificar fatores relacionados com a tentativa de suicídio e o principal deles é a desestruturação familiar. A partir disso, cabe aos profissionais compreender os sentimentos e dificuldades vivenciadas pelas crianças e seus familiares que passaram por tal situação. A tentativa de suicídio em crianças menores de 12 anos causa uma situação de fragilidade, interfere nas relações interpessoais e provoca alterações na dinâmica familiar. Diante disso, a equipe multiprofissional busca garantir uma assistência integral a criança e sua família, proporcionando ações de promoção e de prevenção na busca da reabilitação da social, educacional e familiar.

Palavras-chave: Tentativa de Suicídio. Criança. Saúde Mental. Enfermagem.

1 INTRODUÇÃO

A atuação como enfermeira em um Centro de Atenção Psicossocial Infantil – CAPSi, mais especificamente, com crianças e adolescentes, conduziu a inúmeras reflexões que culminaram na construção desse trabalho. O fato de conviver com crianças que tentaram suicídio ou no sentido de ampliar conhecimentos e, dessa forma, buscar compreender melhor o que as levou a essa atitude, para melhor cuidá-las, aliado a contextualização das respectivas vivências.

1Enfermeira do Curso de Pós-Graduação do Departamento de Ciências da Vida – DCVida da Universidade

Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – Unijuí – como requisito parcial para obtenção do título de Enfermeira em Saúde Mental.

(4)

O enfermeiro no CAPSi atua de maneira dinâmica, coesa e subjetiva, buscando amenizar a sintomatologia da criança e do adolescente, orienta a família, proporcionando a reabilitação e consequente preparação para sua reinserção social e manutenção na comunidade. Para Zavaschi et al. (2009, p. 240) “o enfermeiro é o profissional com a capacidade macro e micro dos movimentos na estrutura funcional do CAPSi, podendo perceber as mudanças nas relações simétricas e assimétricas das crianças e das famílias”.

O enfermeiro realiza o acolhimento da criança e família, situa no ambiente de tratamento, realiza grupos operativos, oficinas, visita domiciliar, fornece suporte e capacitações aos grupos de Saúde Mental nos Programas de Estratégia de Saúde da Família, participa de reuniões semanais com a equipe multiprofissional, discute casos vivenciados e realiza os encaminhamentos necessários. Zavaschi et al. (2009, p. 241) corroboram, que o enfermeiro inicia suas funções “pela triagem dos usuários, acolhimento das famílias, coordenação de oficinas e grupos com crianças e adolescentes, visitas domiciliares, organização de cursos e preparação de materiais para programa de educação continuada com a equipe interdisciplinar”.

No que tange ao cuidado do enfermeiro à criança em sofrimento psíquico, considera-se que este requer um olhar diferenciado e a formação de vínculo que possibilita um processo de transformação no tratamento desse usuário. Nesse sentido, Zavaschi et al. (2009, p. 251), contribui quando afirma que “o enfermeiro utiliza-se da formação de vínculo terapêutico como principal ferramenta de trabalho, além do autoconhecimento e de constantes buscas e reflexões a cerca de seus saberes e fazeres, pois uma prática qualificada e para o cuidado”.

A criança que tenta suicídio, ao chegar em um Serviço de Saúde Mental encontra-se em sofrimento e necessita de cuidado individualizado. Muitas perguntas emergem diante do fato de uma criança menor de 12 anos ter ideia suicida ou tentar suicídio, dai o questionamento: como uma criança pode pensar em morrer? Para Assumpção Jr.; Kuczynski (2003, p. 570) somente a partir dos 13 anos é que uma criança vê “a morte como distante de um futuro imediato”.

O suicídio atualmente está entre as 10 principais causas de morte no mundo. Segundo a Portaria nº 2.542, o suicídio ou a tentativa é considerado um grave problema de Saúde Pública e que pode ser tratado.

Os fatores epidemiológico e etiológico do suicídio estão sendo estudado, porém fatores sociais, familiares e muitas vezes genéticos têm influenciado. Considera-se que a partir da identificação desses fatores a equipe de saúde tem como realizar um planejamento que contemple ações de prevenção primária. Para Seminotti (2011) o suicídio ou a tentativa

(5)

de suicídio é uma tragédia familiar e pessoal que causa sofrimento a todos os envolvidos, família e vítima.

Segundo dados do Ministério da Saúde (2004), no Brasil, embora a taxa de mortalidade por suicídios, 4,5/100.000 habitantes seja considerada baixa, existem estados e municípios que apresentam taxas duas vezes superiores à média nacional, como, por exemplo, o Rio Grande do Sul (9,8/100.000 hab). Nesse estado, em determinadas faixas etárias, as taxas chegam a 30,2/100.000 hab. “Esse fato tem instigado pesquisadores oriundos de vários campos do conhecimento, com destaque das ciências sociais e da saúde, que apontaram a etnia, a cultura, crises sociais e, inclusive, aspectos climáticos da região, como possíveis fatores ligados ao problema” (MENEGHEL et al., 2004, p. 805). Neste sentido Botega et al. (2009), sugerem que ao invés de utilizar o termo coeficiente de mortalidade, dever-se considerar o total de mortes por suicídio. Os autores mencionam que o Brasil estará posicionado em nível mundial, no nono lugar, pois morrem por suicídio, diariamente, 24 pessoas.

Nos casos de crianças se tem estatísticas baixas sobre tentativa de suicídio, porém a prevenção é necessária. D’Oliveira et al. (2006, p. 10) afirmam que, crianças com idade de 10 a 14 anos apresentam a menor taxa de tentativa de suicídio entre as outras idades, porém se tem poucos estudos sobre essa temática. No que tange ao Estado do Rio Grande do Sul, o mesmo está posicionado historicamente como o que apresenta maiores coeficientes de suicídio do país (MENEGHEL et al., 2004).

Evidencia-se que, diante da tentativa e/ou de suicídio, em muitos casos, a família não suporta essa situação, não procura tratamento e cuidado dessas crianças, devido ao medo, preconceito, tristeza, dentre outros fatores. “Na maioria dos casos de tentativa de suicídio em uma criança a família nega e mascara o acontecimento, seja por falta de conhecimento, por negação ou medo das consequências de sua afirmação quanto a causa da morte”. (SEMINOTTI, 2011, p. 2).

No CAPS i a assistência à criança se dá por uma equipe multiprofissional, a qual articula os encaminhamentos e define o plano terapêutico da criança. A enfermagem integra essa equipe e desempenha um papel importante no acolhimento tanto da criança quanto da família em sofrimento e oportuniza na primeira escuta identificar fatores de risco que levaram a criança à tentativa do suicídio. Com base nessas considerações, objetiva –se com este trabalho tecer reflexões a partir de vivências com crianças que tentaram suicídio, assistidas em um CAPS i da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

(6)

2 A EXPERIÊNCIA VIVENCIADA

Desde a formação em nível de graduação, se percebeu afinidade pela área de saúde mental. Nesse sentido, após cinco anos do término do Curso de Enfermagem, realizei o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Saúde Mental.

Atuar em Saúde Mental, mais especificadamente, em um CAPSi da região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul contribuiu para refletir e buscar contextualizar acerca do sofrimento vivenciado por crianças que tentaram suicídio, e dessa forma qualificar a assistência a esse segmento da população.

O CAPSi é um serviço ambulatorial de atenção diária que possui como prioridades o atendimento de crianças e adolescentes até 18 anos, residentes em um município que integra a região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Ele destina-se ao atendimento de crianças acometidas de grave comprometimento psíquico decorrente de psicoses, neuroses graves, dependência química e todas as demais alterações de comportamento e transtornos mentais que, por sua condição, estão impossibilitados de manter ou estabelecer laços sociais.

O respectivo serviço dispõe de uma equipe multiprofissional qualificada, a qual oferece suporte emocional, medicamentoso e social para o tratamento de crianças e adolescentes. O CAPS i é um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida (BRASIL, 2004).

A equipe que atua no CAPSi é multiprofissional, fator que interfere positivamente na assistência. Considera-se que cada profissional com sua visão complementa os encaminhamentos e auxilia o paciente e a família na reinserção às suas atividades diárias, com vistas a uma melhor qualidade de vida para ambos. No que tange aos profissionais que atuam no referido serviço, integram a equipe: 1 médico pediatra, 1 médico psiquiatra, 2 enfermeiros, 1 assistente social, 2 psicólogas, 1 fisioterapeuta, 1 pedagoga, 1 educadora física, 1 fonoaudióloga, 1 oficineira e equipe de apoio como cozinheira, secretária e serviçal. Nesse contexto, a existência de uma equipe multiprofissional presente no acolhimento do usuário que tentou suicídio é positivo e contribui na diminuição de mortes por essa etiologia (HECK et al., 2012, p. 28). Os autores afirmam que “a tentativa de suicídio mobiliza e sensibiliza o trabalhador de saúde mental, que é incentivado a articular-se com outros trabalhadores de

(7)

saúde, formando uma rede interdisciplinar que proporciona cuidado, atenção e solidariedade nesse momento do sofrimento psíquico”.

A criança, ao ingressar no CAPSi, é recepcionada pelo enfermeiro, o qual realiza o acolhimento, extensivo à família e após a encaminha para avaliação médica e psicológica. A partir dai é instituído um plano terapêutico, o qual contempla três modalidades de tratamento: Intensivo, para aqueles que necessitam de acompanhamento diário; Semi-intensivo, destinado aos que necessitam de acompanhamento frequente, fixando em seu projeto terapêutico, não necessitando estar diariamente no CAPS; Não-intensivo, destinado ao atendimento que, em função do quadro clínico, pode ter uma frequência menor de comparecimento ao CAPSi (BRASIL, 2004).

No decorrer de minha atuação como enfermeira no referido serviço, o fato de vivenciar várias situações que envolvem tentativa de suicídio em crianças, me conduzem a necessidade de maior aporte teórico em busca de qualificar a assistência a essas crianças e suas respectivas famílias. O suicídio na infância muitas vezes não é tratado e tampouco falado. Tem-se a concepção de que criança não tem problemas, quando enfrenta um conflito sabe conviver com essa situação, porém se tem percebido que isso é um engano. No primeiro semestre do ano foram acolhidos no respectivo serviço cinco crianças que tentaram suicídio por ingestão de medicação, enforcamento e uso de objetos cortantes.

Meneghel et al. (2004) se reportam aos seguintes fatores de risco para o suicídio: tentativas anteriores, doenças que interferem na afetividade, isolamento social, histórico familiar, externalização de intenções, variáveis demográficas, sociais e econômicas. Avalia-se que a assistência e essas crianças com risco de suicídio necessitam de um olhar ampliado e ao mesmo tempo individualizado, que contemple as especificidades de cada uma, com o intuito de identificar as causas do sofrimento implícito nela, bem como obter subsídios para intervir terapeuticamente e, dessa forma, reduzir e/ou amenizar o sofrimento. “Entende-se, portanto, que o atendimento precisa ser ágil, dialógico e responsável para com a pessoa que possui ideias suicidas, de modo a intervir e prestar os primeiros cuidados de forma humana e empática” (HECK et al., 2012, p. 30).

Na escuta dessas crianças que tentaram suicídio, bem como seus familiares, percebe-se alguns fatores similares, os quais percebe-se referem a depercebe-sestruturação familiar, pais depressivos que já tentaram suicídio e que esses eventos foram presenciados pelas crianças, aliado a dificuldades de relacionamento na escola, relatos de maus tratos e abuso sexual. Para Seminotti (2011) o fator mais estressor em crianças é precedido do abandono ou perdas significativas, acompanhado de falta de apoio de outras pessoas ou familiares.

(8)

Diante da vivência de uma dinâmica familiar fragilizada, a criança entra em crise, não sabe como manejar tal situação e a tentativa de suicídio é vista por ela como uma solução. Dai a necessidade de a família ser trabalhada de forma a dar suporte à criança em sofrimento psíquico. Para Krüger e Werlang (2010, p. 60) “Essa experiência de crise tende a alterar a intensidade dos vínculos emocionais na família e desta com o seu ambiente, limitando a capacidade em distinguir territórios, ideias, pessoas, experiências, umas das outras. Famílias inseridas no contexto da crise suicida precisam de auxílio para que possam reconstruir-se como um sistema de apoio e proteção”.

Observa-se, no contato com essas crianças que a questão de maus tratos, tanto físicos quanto emocionais por parte dos pais, são uma realidade. Nesse contexto, a situação que envolve maus tratos no âmbito familiar é complexa. Os pais normalmente têm autoestima baixa, vivenciam isolamento social, estresse, desemprego, separação conjugal, passividade excessiva, dentre outros. A família não consegue solucionar os problemas vivenciados no seu cotidiano, emergindo a violência familiar a qual inclui pais que transferem para seus filhos suas frustrações (SCHERER; SCHERER, 2000).

A família tem papel importante na formação da criança. Percebe-se que essas crianças atendidas no CAPSi carecem de afetividade, de carinho e de compreensão por parte dos pais ou responsáveis. Para Teodoro, Cardoso e Freitas (2010, p. 3) “As interações familiares de baixa qualidade são tidas frequentemente como um fator de risco para o aparecimento de sintomas depressivos”. Os sintomas depressivos que emergem nas crianças que tentaram suicídio são evidentes, a maioria delas, após a tentativa de suicídio, perdem a motivação para frequentar a escola, se isolam, não tem vontade de realizar tarefas diárias, mostram irritabilidade com familiares e pessoas próximas. Nesse sentido, a depressão na criança e no adolescente pode se manifestar por desinteresse por atividades antes atrativas e presença constante de mau humor em jogos, brincadeiras e esportes (WATHIER; DELL’AGLIO, 2007).

A depressão contribui para a tentativa de suicídio. Concomitante aos sintomas depressivos, a criança mostra indícios de que não consegue suportar sua estrutura física, orgânica e mental e tenta o suicídio como alternativa de solucionar os problemas vivenciados no seu cotidiano. Calderaro; Carvalho (2005, p. 182) pontuam queixas que podem emergir na depressão em crianças: “falta de apetite ou apetite exagerado, insônia, irritabilidade, agressividade ou passividade exagerada, choro sem razão aparente, dificuldades cognitivas, comportamento antissocial, indisciplina, ideias ou comportamentos suicidas”.

(9)

Diante deste contexto medidas devem ser planejadas para prevenir a tentativa de suicídio em crianças, de maneira a reduzir fatores de risco e trabalhar a família como suporte imediato na prevenção. Abasse et al. (2009, p. 414) colaboram ao afirmarem que “deve-se buscar estratégias que possam minimizar as situações ou vivências estressoras, em especial as que se relacionam à família e a escola, pois esses espaços podem funcionar como fatores de risco, mas também podem atuar como fatores de proteção”.

O fato de vivenciar no cotidiano situações de crianças que tentaram suicídio, me conduziu e me instigou a buscar maior aporte teórico que me proporcionasse condições concretas para atuar no sentido de qualificar o cuidado a essas crianças, extensivo as famílias. Considera-se que o profissional inserido nos serviços de saúde local e regional possuem competências e habilidades necessárias para desenvolver ações que visem a prevenção e redução dessas ocorrências que sem dúvida, são merecedoras de reflexões e ações tanto dos gestores públicos, da comunidade e dos profissionais da saúde e da educação.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A atuação como enfermeira em um Centro de Atenção Psicossocial Infantil proporciona, permanentemente, crescimento e aprimoramento profissional, o que possibilita prestar uma atenção diferenciada e acima de tudo, individualizada as crianças que em sofrimento psíquico, tentaram suicídio, extensivo as famílias.

Avalia-se que o fato de optar por realizar esse relato me fez constatar a lacuna existente na literatura de enfermagem no que tange a abordagem dessa temática, a qual é merecedora de mais pesquisas que forneçam subsídios para profissionais da saúde, gestores e sociedade, no sentido de ampliar conhecimentos e de mobilizar ações que visem a prevenção e redução desses índices.

A tentativa de suicídio na infância tem aumentado, gradativamente e isso se deve a vários fatores, porém avalia-se que a prevenção da ocorrência da mesma começa no âmbito familiar. Uma família com bom suporte emocional, que proporciona um ambiente saudável onde a criança possa brincar, estudar, ser cuidada faz com que a mesma se sinta segura para enfrentar questões do dia a dia. Neste contexto a enfermagem, juntamente com as demais categorias profissionais atuantes no CAPSi é determinante no acolhimento, na assistência e no encaminhamento correto dessas crianças e de seus familiares, de maneira a ser considerada uma referência para a sociedade, escola, família e para cada uma delas, em especial.

(10)

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABASSE, M. L. F. et al. Análise epidemiológica da morbimortalidade por suicídio entre adolescentes em Minas Gerais, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, 14(2):407-416, 2009. ASSUMPÇÃO Jr., F. B.; KUCZYNSKI, E. Tratado da psiquiatria da infância e

adolescência. São Paulo: Atheneu, 2003.

BOTEGA, N. J. et al. Comportamento suicida, conhecer para prevenir: dirigido para profissionais de imprensa. São Paulo: Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, 2009. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde mental no SUS: os centros de atenção psicossocial.

Brasília, 2004. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/cidadao/

visualizar_texto.cfm?idtxt=25605>.

CALDERARO, R. S. S.; CARVALHO, C. V. Depressão na infância: um estudo exploratório.

Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p. 181-189, 2005.

D’OLIVEIRA, C. F. et al. Prevenção do suicídio: manual dirigido a profissionais das equipes de saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

DELFINO, V. et al. A identificação da violência doméstica e da negligência por pais de camada média e popular. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, v. 14, n. spe, 2005.

HECK, R. M. et al. Ação dos profissionais de um centro de atenção psicossocial diante de usuários com tentativa e risco de suicídio. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, 21(1):26-33, jan./mar. 2012.

KRÜGER, L. L.; WERLANG, B. S. G. A dinâmica familiar no contexto da crise suicida.

Psico-USF (Impr.), Itatiba, v. 15, n. 1, abr. 2010.

MENEGHEL, S. N. et al. Características epidemiológicas do suicídio no Rio Grande do Sul.

Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 6, dez. 2004.

PORTARIA Nº 2.542/GM DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2005/GM/GM-2542.htm>.

SCHERER, E. A.; SCHERER, Z. A. P. A criança maltratada: uma revisão da literatura. Rev.

Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 8, n. 4, ago. 2000.

SEMINOTTI, E. P. Suicídio infantil: reflexões sobre o cuidado médico. 2011. Disponível em: <www.psicologia.pt/artigos/textos/A0571.pdf>.

(11)

TEODORO, M. L. M.; CARDOSO, B. M.; FREITAS, A. C. H. Afetividade e conflito familiar e sua relação com a depressão em crianças e adolescentes. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 23, n. 2, 2010.

WATHIER, J. L.; DELL’AGLIO, D. D. Sintomas depressivos e eventos estressores em crianças e adolescentes no contexto de institucionalização. Rev. Psiquiatr., Porto Alegre, v. 29, n. 3, set./dez. 2007.

ZAVASCHI, M. L. S. et al. Crianças e adolescentes vulneráveis: o atendimento interdisciplinar nos centros de atenção psicossocial. Porto Alegre: Artmed, 2009.

Referências

Documentos relacionados

Feitiço do Segredo: deposita um segredo numa pessoa de confiança, essa pessoa fica deposita um segredo numa pessoa de confiança, essa pessoa fica sendo o &#34;Fiel do sendo o

Este desafio nos exige uma nova postura frente às questões ambientais, significa tomar o meio ambiente como problema pedagógico, como práxis unificadora que favoreça

Atualmente os currículos em ensino de ciências sinalizam que os conteúdos difundidos em sala de aula devem proporcionar ao educando o desenvolvimento de competências e habilidades

Estudar o efeito da plastificação do ATp com glicerol nas características físico-químicas da blenda PLA/ATp; Analisar a mudança na cristalinidade dos laminados submetidos a

O score de Framingham que estima o risco absoluto de um indivíduo desenvolver em dez anos DAC primária, clinicamente manifesta, utiliza variáveis clínicas e laboratoriais

Durante as nictemerais, os valores do fósforo total e do fosfato total nos dois viveiros apresentaram também valores acima do recomendado pela GAA, exceto para o fosfato total na

Distribuição espectral dos sistemas de iluminação LED e do controle Observa-se na Figura 12A, a análise de componentes principais, relacionado à biometria das mudas pré-brotadas

A respeito das propostas de desregulamentação nas relações de trabalho e da seguridade social no Brasil, percebidas tanto nas defesas do Banco Mundial quanto nas