Os estudos geologicos do Pre-Cambriano do Estado do Parana ~o dem ser agrupados em tres etapas principais. A primeira abranje 0 peri£ . do de 1920 a 1960 e inc lUi os estudos pioneiros de diversos pesquisado- ~, res que, para a area litoranea em particular, apresentaram informac;;oes genericas tais como as referencias aos gnaisses granitoides da Serra do
~ar (Ol i v e i r a , 1927); aos biotita granitoides porfiroides (Carvalho, '0 36)' aos quartzitos e gonditos intercalados em gnaisses nos arredores
~~ An t o n i n a (Oliveira e Leonard~s, 19431; e aos gnai~sesArqueanos de
~l re 9 aO N60-70E, comuns na porc;;ao litoranea do Parana (Maack, 1947). - A segunda etapa inclui todos os estudos decorrentes do programa
<e levantamento geolog i c9 efetuado pela Comissao da Carta Geologica do
~a r an a , abrangendo
°
periodo de !960 a 1970. Nesta etapa foi cartograf~do,
na escala 1:70.°90 todo 0 Pre-Cambriano p~ran~ense. As folhas mape~ da s , que abrange m a area do Batolito ~aranagua, sao as de Guaratuba, P~ dra Grande, Serra da Igrej~, Paranagua, Antonina, Rio Pardinho e Guara-Que9 a b a.Na uniformizac;;ao adotada para a 1egenda dos mapas produzidos pe- . 1a Comissao da Carta, foi utilizada a denominaC;;ao de migmatitos propos~ ta pOI' Jung e Roques, 1952 (~n Fuck et aI, 1967a), 0 que implicou . no agrupamento das rochas m~tamorficasregionais em dois conjuntos princi-pais: migmatitos heterogeneos - epibo1itos, aplicado a rochas bandadasque a1ternavam faixas ge anfibo!itos, biotita xistos ou_ quartizitos com bandas de composic;;ao granitoide e, migmatitos homogeneos - embrechi tOS , aplicados a gnaiss~s grosseiros com aspecto granitoide., -As principais sinteses decorrentes dos mapeamentos basicos fo
ram apresentadas por ocasiao do XXI Congresso Brasileiro de Geo10gia~
Em particular, 95 artigos d~ Fuck el al., 1~67 a e b on de sao discut~
das as caracteris~icasgeologicas e petrograficas dos migmati,tos
regio-nais e do s granitioide s , do Estado do Parana, sao os que mais nos inte~ssam. ,
o
terceiro periodo inc lui os estudos desenvolvidos de 1970 ate os dias atuais. Nessa etapa destacam-se os trabalhos efetuados ou apoiado s pela Mineropar (Minerais do Parana S/A.) de onde emergiram dois mapas £Biond~, 19~3 e Biongi et al., 1989).qUe.}intetizaram todas as i~
fo rma90 e s ate entao disponiveis sobre 0 Pre-Cambriano do Estado. Diver sas folhas 1:100.000 foram cartografadas pel'a"CPRM no Projeto Leste do
Pa r an a sendo a de Guaraquec;;aba a mais oriental de1as e inc1uindo gran
de parte da area do Batolito Paranagua. .
-Estudos especificos na area em aprec;;o sao raros. Recentemente,
Lopes (1987 a, b, c e d) apresentou os resultados das 'p e s qu i s a s pol' ele
ef e t u a d a s na regiao a oeste de Paranagua (Serra da Prata e arredores) onde e~se autor de~creve urn ambiente predominantemente constituido pOl' granitoides porfiroides e tip9s diverso~de leucogranitos equi a inequ~
gr a nu l a r e s incluindo, nesses ultimos, facies anateticas. 0 mesmo autor, atribui idade arqueana para as exposic;;oes de rochas metassedimentares, de composic;;ao aluminosa deste setor, incluidas na Formac;;ao Rio das Co bras.
COMPARTIMENTACAO GEOTECTONICA DO MACI~O DE JOINVILLE
• Com 0 intuito de posicionar 9 Batolito de Paranagua no quadro geologico do sul-sudeste brasileiro e aqui apresentada a
compartimenta-9~0 geotectonica do Macic;;o de Joinvil1e, dentro do gual, 0 batolito
es-ta inserigo. Neste trabalho, 0 Macic;;o de Joinville e Tantido com as fo£ mas geograficas definidas POl' Hasui et a1. (1975) porem, dentro de uma
int~rpretac;;ao,mais mobilista representa 0 agrupamento de tres grandes
dominios geologicos distintos, denominados (fig. 1) de Dominio'Setentri onal, Dominio Meridional e Dominio Costeiro (segundo proposiC;;ao de Ba
sei et at., 1988).
-o
Dominio Setentriona1, tern como limite norte os metassedi mentos do faixa Apiai, a su l a linhSl EW do "front" de cavalgamentos que os separa dos ortogranu1itos do Dominio Meridional, a leste faz contac to POI' falha com 0 Dominio Costeiro e, a oeste e coberto pelos sedimen~ tos da Bacia do Parana .Este dominio e constituido preferencialmente por rocbas gnais-sico-migmatiticas onde as unidades de anfiboliO gnaisses ban~ados,
9i o
-tita gnaisses bandados e anfibolitos dividem, com ligeiro predominio destas, as areas de exposi9ao, com gnaisses graniticos e migm~titos, ci~ za rosados a francarnente roseos finamente foliados, macic;;osaU
bandaqos, incluindo porc;;oes de granitoides deformados. Neste dominio lncluem-se (1) DGG.fGClUSP(2)DG-UFPR M.A. S. Bass((1) , , ;
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S/gtlJr. . /J.M.desRels Neb(2) /
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BATOUTO PARANAGuA:PAOPOSll;Ao;~ IDAQE, CONSIDERACOES PETROGENEncAS E IMf>tJCACOES TECTONICAS.t
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teiro Domain which is one of the three internal tectonic unities of the~i Joinville Massif in the southern Brazil (Mantiqueira Province). !jW~U-Pb in zircon (614±10 Ma ) and Rb-Sr whole rock isochron (543£7~. 21 Ma) data are interpreted respectively as ages of the mineral crysta!~'
lization.and granitoid emplacement for the main igneous phase of the~i
Paranagua Batholith. \;~~
Sr,".Pb and Nd analyses carried on this coarse biotite-microcline ~~.
granitoid re v e a l s its crustal melt origen wi t h a source in the lower'~
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. It is here proposed the a~sociationof this Costeiro Domain~~ (Parana), the Costeiro Complex (Sao Paulo) and Brusque Bel t (or Tijucas
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';~4A denomf nacjio.d e "Batoli to Paranagua" e aqui apresentada par-a '~r sintetizar d quadro geologico da porc;;ao oriental do Estado do Parana ~ e nordeste de Santa Catarina. A individualizac;;ao dessa entidade geotec- ~! tonica se fundamenta nas caracteristicas
part~culares
e distintas des-~
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ses terrenos, qU~do comparada aos demais dominios do Macic;;o ~e'Joinvi!#
Ie, e a utilizac;;ao do termo ora p~oposto visa co!ocar em evidencia 0 ,~ contexto predominantemente gr-ana toide dessa r-e gt ao , • .~C9rpos alongados orientados NNE, de anfibolio bio~ita granitoi- ~~ de porfiroides, caracteristicamente a megacristais centimetricos de mi- :~ croclineo sao os litotipos mais comuns na regiao, com biotita granitoi-
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des equigranuI~rese leucogranitos como rochas igneas subordinadas. Sao :~ frequentes xenoli tos e te~os pendentes de gria.i ase s bandado s e mica XiS- "W_'..tos aluminosos, algumas vezes, com grange expressao ~m area. 1~ A maior parte dos.estudos geoqui~icos e isotopicos aqui aprese~ ~ tados ref
7re-se
ao granitoide Mo£ro Ingles, cujos litotipos se const~t~ ~ em nos pr~ncipaiscorpos da porc;;ao suI-oriental do Batoli to Paranagua~ .~• Acrescente-~e que.o termo "Batol!to" aqyi utilizado retrata nao ~
so a grande expressao em area desta porc;;ao granitica, que se apresenta ~i"t·. como uma faixa segmentada, com mais de 100 km de comprimento pOI' cer-c a '
de 30 km de Lar-gur-a , como t amb em a grande complexidade estrutural e '"
petrografica, envolvendo intrusoe~ multiplas, numa atividade que se ex- ~ tende ao longo de de zenas de milhoes de anos. A comple~idade estrutural ~ do batolito e em sua maior parte decorrente da colocac;;ao desses grani ~ todes, que mostram estruturas igneas de fluxo magmatico, zonas
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ticas nas bordas, verg~ncias estruturais voltadas para NW, testemunhan-l'
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"'0 estao pr e v ist o s para.a. c.ar ac ter i z a c;;·po.da po.rg.ao·nor.p.e.~te· ::paranaense
jo Batoli t o . . , ..~ ~';.' .~ . ; :~~."!:':.:"~ ;~:
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::~:'J''''~~'';·..;~:·~t(~ .'t. "-;<~:;:'..~:. !,:: .~..:'Como encaixarites' 'do Batoli to tem-se xis\: os.al umino s o s como os
de s crit o s na Serra do Prata pOI' Lopes e Silva (1985 ), sequencias para
g-:la-iSS ic a s combio t i ta gna i s s e s, mica...xa.sto.•·,quar-tattos,..'.l= om.·:!f;r.e·q\.lent e s
intercalal;oe s de anfibolitos e, uni da d e s de or tognaisses onde destac
am-se bio tit a anfibol io gnaisses ban dados. Todas essa s rochas podern ,.<. se
ap res ent a £ migmati.zada s.em 4,ife r:-er!: tes.,,graus•.•.,., .:<:.: :~'::. :\£. -;:.,::"' ~::
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de Serra Negra. Sao comu n s mo bil i z ad os quartzo fe l ds p a t icos que mostram",/f$' ~
var-tacSe s entre ter mos fran came nte fo l iados , ate _p o rc;;oes t ar-dias isotro·:t!jX~n pas que cortam to d o 0 ba ndame nto . Diversas gerac;;o es de granito i de s tar~!'k: di e pos-et ectSntc oscortam as roch a s gnaa sst cas regionai s (Agu d o s do SUf;.~tr~:
Anhan gava, Marumbi , Grac! os a. Ser ra da Igreja , Mo r ro Re dondo, etc ,). .., ;il~K:
Esses ter r e n o s sao em gran d e par t e in t erp r et a d o s como re p re s e n_'~ft(
ta nt e s da in fr a- e s t r u t u ra do Ciryturao Ribe ;ra que est a r i a jogada sObre~~~ os terrenos mais anttgo s do dominio gr anuli tico mer-I cicna t . Tal in te r-~;
p r-e tacao se base i a principalment e,nos per~is g~ologico-e s t ru turais efe-.,~r;
tu a d o s enos resulta90s ge o c r o n o1 9 gi c o s d1spon ive is, :~~, E~ toda por<;;ao su~ do dominic 's et e ntri o n ~ l, a zona de contacto ~;
com o,Dominio Me r! d i on a l e assinalada pel~ pc o r r e n ci a frequente de cor-.~i
pos basico-ultrabasicos onde se destacam os serpentin itos e meta-gabros'~I"~ de Pi en. No trecho a sul de Tijucas , rumo a es t r a d a Don a Francisca a \li:
proximidade dos granuli to~ meridionais
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ig u a l me n te a~ si n al ad a POI' gran ~~:de quantidade de corpos bas ic2s . Esse cordao de metabas icas pode repre= \.t~
senta r res tos de material oceanica ofiol itico obducta do , definindo des
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ta mane ira uma possivel sutu r a entre os terrenos antigos do suI, da.
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constitu idos originalm en t e POI' uma sui te ignea bimoda l in cl u i n d o, em
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me n or ~arte, di f erenci ados basicos em meio aos granito;des tonalito-gr~'
I
:
nodior i t ic02' SUbo~dinadamente ocorrem gnaisses kinzigiti90s, quart i z! ~~,~
tos. forma<;; ao ferrifer a bandada e migmat! tos. O~ carpos basicos tern ex; .~: pressoes diversas, de~de pequenas !n c l u s o e s a nivel de_afloramento, ate ~~
grandes corpos qu::'lometricos co mo e 0 caso das exposi<;p es nos arredo r es "~~i.i'
de Barra Velha. • • - :'~f
Esse domi n io teve urn comp o rt ame n t o estavel·tlurante a evolu9ao ~ das faix as adjacentes, permanecend o frio (idades K- Ar pre-brasilianas) ~i
e~quanto, lateralment~ , os Cin turoes sofriam 0 metamorf i s mo , a.s gr ani t £ :~.1~1K geneses e as deforma<;;o es do CicI o Bras i1ian o . Os efei to s brasil ian o s nes ,']g,' 1 se domi n io se mani fe staram s9ment e POI' re a t i vac;;oes em z9n a s ge fal has ~ 1~
,. A princip a l carac t e r ist ica est r utu ral desse dominio e re p r e s e n - i!:ii
ta d a POI' uma fo li a <;;ao Sn que pode ser caracter i zada , em inumeros lo c a i s ,
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c9mo uma fina xi st0 2i d ade de fl u x o nos corpos ma ci <;; o s e comb uma supe~- ~t ~fic i e de tr an s p o si <;;ao S2 nos corpos d~ granuli to s bandados. Esse Domi- fjki. I'
nio representa urn bloco anti go e est a v el sobre 0 qual fo r am jogadasI ~~. l'
POI' gr a n d e s cavalgamen tos , os dominios aloctones do s te rre nos adjacen- ~ ~
tes. . ~.
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Dominio Costeiro ocupa a por<;;ao nordeste do Ma c i9 0 de Joinvilleo Seu limite leste e sudeste
e'
dado pela li n h a de costa, en qu an t o que a oeste faz contacto com os Dominios Setentrional e Me r i d i on a l. Os limitEl:;;·do:Dcmini o Costeiro cem os demais terrenos do Maci<;;o de Joinville sao sempre tectonicos, representado na por<;;ao sul-sudes t e pOI' falhamentos t~ansco£
rentes ~lineamento d9 Rio Palmita l ) que 0 sep~ra dos terrenos gnaissico -granuliticos do Domin io Me ri d i on a l e na por<;;ao oeste e noroeste POI' ca valgamentos que 0 transportam para NW, colocando-o em contato com os
terrenos granito-gnaissicos do Domin io Setent rional (Fig. 1).
Esses terrenos s~o represen~ados em grande part/; pori ' grani~o!
des do Batolito Paranagua, constituidos POI' rochas graniticas porfiroi-des intrusivas e~ gnaisses,migmatit9s e xi s t o s regionais.
Esse Dominio corresponde a area Alexandra/Matinhos de Biondi et
al. (1989), constituindo a por9ao litoranea do Bloco Costeiro dos refe-·
ridos autores.
"Ol'camen to is o t opi c o U-Pb uma deri va9ao de protolitos com idades prox i -;as de 2. 3 0 0 Ma.
, 0 intervalo 614±10 - 543±20 Ma e aqui interpretado como relat
i-vo ao per iodo principal de forma9ao das parageneses m!nera is dessas r£
eh a s , ca rac t e ri z an d o a in t e n s i d a de e a grande ex p r e s s a o do ciclo
Brasi-iianO na es t r u t u ra9 ao desse do mi n i o do Ma 9 i 9 0 de Joinvil1 e .
Oados relevantes referem-se as analises Sm-Nd realizadas em
roehas granit icas porfiro ides localizadas a oeste de Paranagua
(MJ-208. A) e proxima a Guaratuba (MJ-287.A), que apresentaram idades
mode-10 Nd(DM) respectivamen t~ de 1.910 Ma e ?020 Ma (tabela 3), caracteri
-zando 0 cicIo Transamazonico como 0 periodo em que os precursores
crus-tais dos granitoides atuais foram adic ionados a litosfera.
Um parametro imp o r t an t e no estudo dos is o t o p o s de Nd referem-se
a eompara9 ~0 das rela90es inic iaie Nd 14 3 / Nd 144 dessas rochas quandg' de
sua for ma9 a o (-620 Ma) com as razoes de seus re s p e c ti v o s reservator ios na me sma epoca, sendo refer ido na 1ite ratura como ENd . Os va10res obt i-dos pa ra este parametro, de -12,1 para a amostra MJ-208.A e -16,4 para
a amost r~ MJ-287.~ (bastante negativos), sao indicat ivos do !ongo tem~o
de residencia crustal dos protolitos que deram origem ao dominio gran i
-tie o ora discutido.
Id a d e Sm-Nd modelo (TDM) que foje ao padrao acima menc10nado
refere - s e a rocha.granitica de n2 de campo MJ - 3 0 1. E (pedreira en tre Ma
-tinh o s e Paranagua), que ac u s ou idad e de 2.910 Ma . Este valor rep~esen
ta a epo c a em que os precursores crustais destas rochas fo r am der1vados
do mant o superior (tabela 3). 0 END neste caso, de -20,~ denota 0 Ion
go tempo de residencia crustal desse
m
~te ri al .
•-Da~os Sm-Nd £TDM) adicionais sao neces~ar,ios para que se. co!:!.
firme ou nao a existencia de materiais or iundo~'em d1feren tes epocas
dos re s e rvato ri o s mant e 1ic os . '.
A investi~a9ao geocrgnologica real iza~~'~~ste domI n io abr~geu
adici o na lm e n t e analis es isotop icas de Pb obt idas em feldspatos potass
i-cos (tab ela 4), separados dos granitoides porf iroides de N$ s . de campo
MJ-3 0l . H.( pe d r e i r a entre l;la ti n h o s e Par-anagual: MJ-206,,5 (prox~mo a
Paran agu a) e MJ-287.B (proximo a Guaratuba). 0 estud o das rel a90 es is o
-topic as Pb206/ Pb2 04; Pb207/Pb204 e Pb208/Pb204 permite est imar ambien
-te s ge 01 o gi c o s de forma9ao desses granitoides, tendo em vi st a que tais
ambiente s apresen tam composi90 es is o t op i c a s caract eri st icas e disti n t a s
entre st,
Os va l o re s for am plotados na figu r a 6, onde estao in div i du a li za
das curvas de evo lu~ao dos is ot op o s de Pb para 0 mant o, cr os t a in fe rior,
erosta superior e do ambie nte orogenico , segundo modelo da Plu
mbotecto-nica de Zar tman e Ooel 1981.
Os dados ana l i t icos Pb207/Pb204 x Pb206/Pb204 (fig . 6A) posic io
naram -se no d1agram a proximo (MJ-205.5) e pouco acima (MJ-301.H e MJ=
287 .B) das respectivas curvas de evolu9ao real tivas a crost a inferio r
e manto , in di cand o contribu i 9ao de pelo men o s urn dess es reserva tor ios ,
mas na o dife renc iando entre os mes mo s . Ta l diferencia9ao pod e ser obse r
vada.no diag r ama Pb2 0 8/ Pb 204 x Pb20 6/Pb20 4 (fig . 6B), ond~ os pontos
analiti c o s posic iona~am-s e lo go abaixo da curva de ev o l u9 a o para os
ma-t~riais da crosta !nfer ior , caracter~ zando uma si ~n ifican te part icipa
-9 ao dess e reservator io na consti tu i9ao dos grani to ides estudados. Uma
mistu r a de mater ial da crosta cuper ior e c~osta in fe r i o r pode ser aqui
avent ada , tendo como principal contribuin te , este u1 t i mo. res erva tor io .
Os dados K- Ar obtidos em bioti tas de rochas granitic as perten
-cen te s ao dominio Costei ro ~tabela 5) distr ibu iram-se no inte rva l o
530-46 0 Ma, representando 0 period o principal de resfriamento deste setor.
Padra o termico comparativo entre 0 Dominio Costeiro e os Domin ios Se te r
tr i o n a l e Meridiona l do Mac i90 de Joinville pode ser observado no his t £
grama K- Ar da figura 3. Nes t a observa-se que 0 ev e nt o te c t on o-t erm a 1 bra
silia no atingiu os terrenos deste dominio, bern como os da por9ao Setentrio
nal, exc etuando-se dominio r4e r id ional que apres enta, regiona1menteI ,v a :::
lare s K-Ar do Proterozoico In fe ri or , mostrando te r permanec ido como umF.
regiao fr i a quando do eve nto brasil iano. Uma analise mais detalhada de~
ses dados e do histogram a mostra, en t retant o, uma diferen9a signif icat i
va no padr-ao de resfriam ento K-Ar , caract eri zan do valores mai s '.j ove ns
para 0 Domin io Cost e iro (com ida des dis t ri b u id a s entre 600-400 Ma , e
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"~' f#,Os ~esultados obtidos para as amost~as em ques tao ind icam Urn l;~
fracionamento com enr-LquecLmento acent uado emterras raras levesao mesroo tern ')1.;;:
po em que ap~esentam um~ gr ande va~ i a9ao ent r e as concentra90es dess es
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mesmos el e ment o s nae tr e s rochas analisadas, pri n ci p a lm e n t e em La e Ceo
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Por outro lado, as terras raras pe sadas encont rarn-e e mais uniformes e con
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curvas horizontalizadas, ~erindoa nao par-ti ctpac ao de anfibolio e gr~ ;!Fi;
nada nesse processo magmatico.
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As d Ife r-eric aa existentes entre as curvas obtidas para diferen ',\k
te s por90es de urn mesmo corpo, bern como, a forma concava observada no ':3ii.,
perfil da arnos~raMJ 287A, podem ser e~p li c ad~s , tentat ivarnen te , .po r ~;
uma distribu i9ao diferente dos minerais acepsorios,. ta is como xenotlmi~
1
monazita,_esfero e all~i ta (minerais estes com altiss imo coefic ien te ~%
de parti9ao cri~tal - liquido para elemen tos do gr up o das terras ~aras
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leves) dis tribu idos eeletivarnen te na part e residual de magmas gerados
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por processos de fusao parcial de mater ial crustal. ;!3i"
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DISCUSSAO DOS;OADOS GEOCRONOLOG ICOS
Oiversas determina90es radiome tr ic as fo r arn reali z ad a s em rochas
gr aniticas perte nc en t es ao Boto l i to Par a n a gu a atrav es do s metodos Rb-Sr
em rocha total , K-Ar em minerais, U-Pb em zir c oe s , Sm-Nd em ro c h a tot a l
(TOM), alem de analises isotop icas de Pb (Pb208/Pb204 ; Pb207/Pb204 ;
Pb206/Pb204) com0 in t u i t o de caracterizar nao so a e~oca de for~a9ao
dessas rochas e de seus protolitos crustais , mas tambe m dos possiveis
ambientes te c t o n ; c o s que contribu iram para a fo r ma9ao de ~o st a cont!
nental neste domi n ic Coste iro do Ma ci 9 0 de Joinv i l l e.
o
estudo geocronologico Rb-Sr reali zado nesta por9ao (tabela1) refere-se a 10 determina90es radiomet ric as de anfibo l io-bio t
ita-gra-nitoides porf iroides coletados a oeste de Par an a g u a (MJ- 206 e 207, n2s.
1, 2, 3, 4, 7 ~ 8) e proximidades de Guaratuba (MJ - 2 8 7 n2s. 5, 6, 9 e
10). Esses dados qu an d o tratados conjuntarne n te em diagrarna isocronico
(f i g . 4) apresentaram-se bern alinhados, porem relati varnente concentra
-dos no eixo das abcissas (rela90es Rb8 7/Sr8 6) distri b uin d o - se en t r e 0,9
-1, 6 , exc e9ao da amostra de n2 de campo MJ- 28 7 . B (n2 10), que apres en
tou rela9ao Rb8 7/Sr8 6 sup e r ior , da ord e m de 1,2 , ~o si c i onando- se pouce
aci ma da reta de melhor ajus te . Esses ponte s anali ti c o s defini ram uma
is o c r o na com id a de de 543±2 1 Ma, p~ra uma rela9 a o ini ci a 1 (Sr8 7/ Sr8 6 )i
de 0,7083 (fig. 4). A idade obtida e aqui int erpre t a da como relativa a
epoca de forma9ao de s s a s ro c h a s gran iticas e 0 valor da r~la9ao ini ci al
(0,7083) nao e conclusivo sobre a origem de s s e mater i al , sendo rel a t i v a
me n t e alta para ~epresen tar deriva9ao mant e l ic a e nao 0 sufic ien temen te
alta para assegurar deriva9ao crustal. Acre s c en te - se ai nda que a inex is
tencia de pontes anall t icos pr o x im o s a ori g e m do diagr arna imp o ssi bil i ta
urn me l h o r contro l e de s t a rel a 9ao inicial .
Valor isocronico de re fer enc i a pou c o mai s antigo, com idade de
62l±13 Ma, ~ara uma rela9ao inicial de O,7l0! foi apres en tado para
ro-chas granitoi des entre Guaraque9aba e Ilha Sao Francisco do Sul, por
Teixeira, 1982.
o
estudo U-Pb consistiu na separa9ao de 5 fra90es de zircoes darocha de n2 de campo MJ - 2 0 6 . 2 (ponto n2 1 do diagrama is o c ro ni c o ) , loca
1izada nas proximidades de Parangua (tabe1a 2) . Tres das fra90es anali=
sadas apresentaram-se bern alinhadas em diagrama Pb 2 0 6/U235 , posicionan
do-se proximo ao intercepto superior da curva Concordia, caracterizande
uma idade de 614±9 Ma (f1g. 5). As outras duas fra90es posic10naram-s e
acima deste alinhamento, ind1cando a presen9a de z1rcoes com memori a
1sotop ica preterita , acusando, quando int erpretadas atraves do modele
de perda episodica, que ter1a ocorrido a 61 4 Ma , idade proxima de 2.300
Ma (fig. 5). ,
Tal padrao isotopico caracteriza a idade de 614±9 Ma como
rela-tiva a epoca de cristaliza9ao dos zircoes dest a por9ao grani~ i c a perte~
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-n~ ~~~~~~_~~v~~~Q~ ~~U~UV L ~ ~~ uo ~rt ~D e NO , ut 1 11 z a da s conjun
'men
te, indicaram com seguranc;a, que esses gr a n i t c i d e s representam
f~
~, 'a cros t a inferior cujo material ter-se-ia diferenciado do manto no
ac ~ • (
:
'
0
cero z o i c o Inferiori~ades
Nd-TDM ao redor de 2.000 Ma).. Esse ma gma t i s mo e interpretado como tendo sido ger a do em regime
'ecr on icO ccmpressivo decorrente do desenv91vimento dos processos coli
-;lo
oai s que atuaram, ao final do Proterozoico Superior , em toda a borda
:ul e no r d est e do Macic;o de !oinville. .
_ E sugerida a cor-re lacao dos terrenos- do Do mi n io Costeiro do Macilfo
'e ]oinv ill e (Batolito paranagua e encaixantes) co m
e
a r t e do sCint~
;oes Ribeira e Dom Feliciano, constituindo uT ci n t u r a o c01isional
orie~
~
ad
O
preferencia1mente_NS, de idade Prote£ozoica Superior aCambrian~
.:;u
e af e t ou toda a por-cao oriental da regiao sul-sudeste brasileira .
','l:.
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.r
CONSIDERA90ES GEOTECTONICAS
• ~~ ,',= t;; exp r-e s s ava conee~_
•• ='iau "," e r e b~U-500 Ma) . Acrescente7se que os val or-e s K-Ar do inte~I~ff.~
10 2.000-1.000 Ma obtidos para 0 Domi nio getentrl.on~1 r-ef'e r em-cse a 1~7i'!
chas posieionadas nos limites entre este ultimo dominio e 0 Dominio Me~:
ridional. .,J'
.)'
Tendo por base as semelhan9as existentes entre 0 magmatismo ~ "
Dominio Costeiro do Maci90 de Joi nvi11e (Batolito Paranagua) e 0 magm~~~~
tismo que afeta 0 Grupo Brusque em Santa Catarina (Sui tes Valsungana ,.~~::'
Guabiruba) e aq u i aventada a pos~ibilidade de que ambos tenham sido g~~4~
rados por urn mesmo processo
tectonie~
eq~e
poderiam representar ae
o~
~
1t
tinuidade lateral de urn mesm o einturao colisional . Essas semelhanC;a8~i
sao: 1) 2rigem crustal da granitogenesej 2) _ fonte c9m mesma idade~>
de resideneia crustal; 3) idades·U-Pb em zireoes muito proximas; 4) pr~~'
dominio de,e~caixantes meta~sedimentares a1yminosas; 5) aspecto de cam~i~
po, caracteristieas petrograficas e mineralogicas semelhantes en t re ci8~'
granitot de e por-ri roide s do Batolito Pa r-an agua e da Sui te Valsungana.)'f.i
Por out r o lado, as diferen9as eXiste~tes eDtre estas areas seriam eXP11~~
eadas, princtpalmente, pela combina9ao entre a antiga geometria do Ma c!;!
99 d~ Joinvi11e e 0 posi c ion am e n t o dessas unidades nas "nappes" respo~=:~1.
savels pela colagem desses terrenos ao redor desse Macic;o. A erosao~
desses terrenos ter1a s1do bern menor en Santa Catarina onde, no Grupo~
Brusque a razao cobertura metassedimentar versus magmatismo e bern maio~~~
podendo 0 Dominio. Cost eiro representar uma ideia do que seria provavel,~'
encontrar-se em niveis mais profundos do Grupo Brusque . ',~"
.
E
igualmente sugerida a extensao rumo norte do Dominio Costeir~'%:que apos contoroar 0 Macic;o de Itattns te r i a contLn utdade-no Cx.Cost~iro,~-J;:
(Hasui et al., 1981) do Estado de Sao Paulo, on de sao comuns granitoi -,~'"
des porfiroides e leueogranitos de idade brasi1iana em meio aos
gnais
'~
'
- '
-
~~es e sup r acr-ust afs regionais. 0 padrao geocr-on ologt co desses terrenos,~',:_,
e muito semel~ante ao observado no Batolito Paranagua, incluingo idades ~';
Nd (TDM) de 2.000 Ma para os protolitos dos granitoides porfiroide s (Tas '"
sinari, 1988).
-
/,
y
,
Desta forma, e aqui sugerida a possibilidade do J?ominio gostei-
:
i
,
ro do Maei90 de Joinvi11e representar no Estado do Parana e por9 ao nor-:~:
deste de Santa Catarina a
c
ontinui~ade
lateral de urn g£ande c1nturaoc
~
"
~
;
1isional gue balizaria to d a a porc;ao co steira das regioes sul e sUde~te
I
do territorio brasileiro e, que teria no magmatismo e nas deforma90es ~I'
suas maiores indieac;oes. Esse cLrrtur-ao teria sido produzido por urn cho - ~~,~,l',
:
:
que entre mas~as afrieanas e sulamericanas envo1vendo, do 1ado brasi1e! ~4 'i
ro, os Cinturo~s Ribeira, Dom Fe Lf c Lano e a Maci90 de Jo1t1Vi11e num '~l
i
quadro geotectonic 2 cuja geometrica e ainda pouco conhecida.,
'
Jr.
:
,
:
;
A granitogenese tipo Serra do Mar (Kau1, 1985) pode ser, em ,',I.' '
grande parte, entendida como resu1tante dessa co11sao. Os corpos Morro
~
Redon io , Pirai do Sul, Dona Francisca, Serra da Igreja, Ma r u mbi , Gracio ~
da e Anh~ngava, tidos como anorosenicos, porem de difici1 exp1icac;ao no ,~
coc ante as eausas de sua coLoc ac ao no Macic;o de Joinvill e, mostram urn 'i'.
posicioname nto que acompa~ha os limites do Dominio Costeiro, pOde ndo :~
ser urn reflexo no Ante-pais dos processo s desenvolv1dos nas bordas do ~
Macic;o. ,~ .1;: .:. :.~
"
~,
~
'.1 '. CONCLUSOES< Com osfadoS,radiometric os.Rb- Sr e U-Pb aqu i apresentad9s foi posslvel caracterizar-se, 1nd1s cutlvelmente, uma idade Proteroz oica Su
-perior para os granitoides porfircides do Bat olito ~ Paranagua. Para
os biotitas gr a n i t c 1de s equi a inequigranulares e pa r a os leucogran1to~
exclusivamente apoiados nas relac;oes de campo e atribuida uma 1dade mais
jovem do que a obt~da para os granitoides porfiroides, provavelmente no
intervalo Proterozoieo Superior - Cambriano.
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( W DE PARANAGUA)
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08 / 204 pb
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Granito Gr. n i to Cr a ni to
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~ eS7112 S33n 528tl 500 t1B SIt 17 ldede (JitIl. ) 478 t16 ...t.. 411 t15 36. 491 36. 312 36. 63 6 6.24 1,08 ·2.80 18,14 12.29 3.68 4, 32 ~" ~~ ~" ~ll ".~ ll.~ ~" 15.26 7 15,113 15.3"Ar·Dwtod.xl O-5 'Ar40
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