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DISMORFIA MUSCULAR E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE A ALIMENTAÇÃO

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Academic year: 2021

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DISMORFIA MUSCULAR E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE A ALIMENTAÇÃO

Janyelle Gomes Lino8, Lívia Fernanda Ferreira de Freitas1, Ana Karllota Estevam Luna1, Ana Kelly Morais Santos1, Átila Augusto Sobral Barbosa Oliveira1, Amanda de

Andrade Marques9. Correspondência para: janynoroes@hotmail.com

Palavras-chave: Transtorno. Mudanças de hábitos. Alimentação. 1 INTRODUÇÃO

Os estudos sobre imagem corporal, durante muito tempo, foram realizados com mulheres, onde a insatisfação com a aparência esteve diversas vezes associada a quadros de anorexia e bulimia nervosa, no entanto, percebe-se nasúltimas décadas que os homens tornaram-se cada vez mais preocupados com a aparência.Os casos de transtorno dismórfico corporal têm sido cada vez mais relatados na literatura, caracterizado por uma preocupaçãoexagerada com possíveis imperfeiçõesna aparência física que por vezes é inexistente(FERRAZ, 2009).

Existe uma íntima relação entre a busca pelo corpo musculoso e a ausência de limites para atingir tal objetivo, levando pessoas à procura de um corpo exageradamente hipertrofiado. Indivíduos que praticam o treinamento de força exaustivamente em busca do bem-estar, e principalmente com o objetivo de corpos progressivamente musculosos, estão propensos ao diagnóstico de dismorfia muscular (AZEVEDO; FERREIRA; SILVA, 2012).

Esse transtorno é considerado de procedência obsessivo compulsiva pela obsessão por musculatura e pela compulsão aos exercícios físicos, principalmente

8 Discentes da Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN)

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Treinamento de Força e a constante distorção da imagem corporal, associadoao uso de recursos ergogênicos. Esse transtorno também provoca uma importante mudança nos hábitos dos indivíduos em relação à alimentação, ocorrendo uma mudança radical na dieta, que passa a serhiperprotéica e hipolipídica, além do uso de diversos suplementos alimentares (AZEVEDO; FERREIRA; SILVA, 2011).

Diante disso, o presente estudo tem como objetivo relacionar o transtorno dismórfico corporal em praticantes de atividade física e a influênciasobre a alimentação.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica construído mediante publicações de artigos em periódicos referentes à temática dismorfia muscular. Foi realizada uma revisão de artigos com estudos nacionais (15 artigos) e internacionais (3 artigos) dos anos de 2005 a 2014. Os descritores usados para a busca dos artigos foram: dismorfia muscular, vigorexia, treinamento de força, mudanças de hábitos alimentares associados adismorfia muscular, uso de suplementos alimentas em praticantes de atividade física. Nas bases de dados: ScientificElectronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (Bireme), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).

2 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os transtornos psiquiátricos relacionados à distorção da autoimagem corporal, como os transtornos alimentares ou o transtorno dismórfico corporal costumam ser marcados por elevado grau de sofrimento físico e psíquico, associado a perdas sociais e ocupacionais significativas. Além disso, também produzem comportamentos que acarretam prejuízos para a saúde física do paciente de modo que esses indivíduos necessitam ser acompanhados frequentemente por equipes multidisciplinares de profissionais de saúde (SARDINHA; OLIVEIRA; ARAÚJO, 2008).

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As imposições da mídia por um padrão de beleza masculino que destaca corpos fortes e musculosos podem contribuir para essa busca compulsiva pelo aumento da musculatura e distorções na imagem corporal em atletas e não atletas (IRIART,et al 2009 apud JUNIOR; OLIVEIRA; PIERUCC, 2014).

Muitas pessoas que buscam o corpo esteticamente perfeito testam qualquer dieta ou regime dietético, na esperança de atingir um novo nível de bem-star e desempenho físico. Praticantes de musculação, muitas vezes, colocam a saúde em risco para adquirir um corpo desejado, exagerando nos exercícios físicos que podem causar danos irreparáveis (MENON; SANTOS, 2012).

Há uma importante relação entre a nutrição e a atividade física porque a capacidade de rendimento do organismo melhora através de uma alimentação adequada, com a ingestão equilibrada de todos os nutrientes. E a busca por um corpo hipermusculoso tem levado as pessoas a utilizarem de forma abusiva substâncias que possam potencializar em um curto espaço de tempo os seus desejos. Dentre essas substâncias, o suplemento tem destaque primordial (SOUZA; CENI, 2014).

A dieta inadequada associada ao consumo exacerbado de suplementos proteicos, sem a orientação e supervisão de um profissional qualificado, pode ocasionar vários transtornos metabólicos aos indivíduos com dismorfia muscular, afetando especialmente os rins, a taxa de glicemia e os níveis de colesterol, além de não colaborar efetivamente com as modificações na composição corporal (SCHMITZ; CAMPAGNOLO, 2013).

Com a finalidade de alcançar seus objetivos, pessoas que possuem dismorfia muscular adotam um estilo de vida que gira em torno de programas de exercícios físicos, práticas de dietas hiperproteicas, hiperglicídicas, hipolipídicas e o uso indiscriminado de suplementos proteicos, além do consumo de esteroides anabolizantes(SCHMITZ; CAMPAGNOLO, 2013).

Suplementos nutricionais são produtos desenvolvidos pela indústria de alimentos. Estas substâncias são adicionadas à dieta para complementar a alimentação diária de uma pessoa saudável, quando sua ingestão a partir desta é insuficiente (HALLAK, et al, 2007 apud JOHANN; BERLEZE, 2010).

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No que se refere à atuação, os suplementos dietéticos não promovem aumento de desempenho. O resultado positivo na performance seria uma consequência da capacidade do suplemento em atender a demanda nutricional decorrente do exercício.O mesmo efeito pode ser obtido se o indivíduo adotar um comportamento alimentar adequado ao seu esforço, em termos de quantidade e variedade (BACURAU, 2007 apud JOHANN; BERLEZE, 2010).

4 CONCLUSÕES

Observou-se que há prevalência elevadas de dismorfia muscular nos estudos encontrados, e que os praticantes são influenciados por diversos fatores,dentre eles a mídia, pela sociedade, de um padrão corporal considerado o ideal ao qual associam o sucesso e a felicidade. Sabe-se que a presença destes transtornos pode desencadear sérias complicações na saúde dos esportistas.

A busca pelo corpo perfeito e pela força faz com que mais e mais jovens procurem substâncias e "medicamentos" para serem aceitos por uma sociedade em que o narcisismo se mostra altamente presente e atuante. Bem como associação entre dismorfia muscular e utilização de recursos ergogênicos e alteração de dietas.

O presente estudo pode contribuir para um conhecimento maior a respeito desse transtorno, em que se faz necessário a conscientização em relação aos danos causados a saúde em decorrência do uso indiscriminado da pratica de exercício físico e dietas inadequadas, para evitar possíveis distúrbios.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Andréa Maria Pires; FERREIRA, Alan de Carvalho Dias;SILVA,Priscilla Pinto Costa da; et al. Dismorfia muscular: características alimentares e da

suplementação nutricional, 2011. Disponível em:

<http://www4.uninove.br/ojs/index.php/saude/article/viewFile/2560/1905 >. Acesso em: 05set. 2014.

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AZEVEDO, Andréa Maria Pires; FERREIRA, Alan de Carvalho Dias; SILVA, Priscilla Pinto Costa da; et al. Dismorfia muscular: A busca pelo corpo hipermusculoso,2012. Disponível em:

<http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S1646-107X2012000100007&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 set. 2014. FERRAZ, Adriana. Dismorfia muscular em usuários de esteroides

Anabólico-androgênicos. 2009. Trabalho de conclusão de curso (graduação em medicina)- Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. Disponível em:<http://www.bibliomed.ccs.ufsc.br/SP0174.pdf>. Acesso em: 15 Set. 2014.

JOHANN, Joice; BERLEZE,KallyJanaína. Estado nutricional e perfil antropométrico de frequentadores de academias de ginástica, usuários ou não de suplementos de cinco municípios do interior do rio grande do sul.Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 4, n. 21, Jun. 2010. Disponível em:

<http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/180>. Acesso em: 15 set. 2014. JUNIOR, Sidnei Jorge Fonseca; OLIVEIRA, Aldair José de; PIERUCCI, Anna Paola Trindade.Dismorfia muscular em homens não atletas praticantes de treinamento

resistido: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 8, n. 43, Jan/Fev. 2014. Disponível em:

<http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/viewFile/420/400>: Acesso em: 25 set. 2014.MENON, Daiane; SANTOS, Jacqueline Shaurich.Consumo de proteína por praticantes de musculação que objetivam hipertrofia muscular.Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Caxias do Sul,v. 18, n. 1, Jan/Fev. 2012 Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbme/v18n1/01.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2014.

SARDINHA, Aline; OLIVEIRA, Aldair José de; ARAUJO, Claudio Gil Soares de. Dismorfia muscular: análise comparativa entre um critério antropométrico e um

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2008.Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517- 86922008000400013>. Acesso em: 28 ago. 2014.

SOUZA, Rafaela;CENI, Giovana Cristina.Uso de suplementos alimentares e

autopercepção corporal de praticantes de musculação em academias de palmeira das missões-rs.Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 8, n. 43, Jan/Fev. 2014. Disponível em: <http://www.rbne.com.br/index.php/rbne/article/view/415>. Acesso em: 28 ago. 2014

SCHMITZ,Jeison Fernando; CAMPAGNOLO, Paula Dal Bó. Características de Dismorfia Muscular em Praticantes de Musculação: Associação com o Consumo

Alimentar. BrazilianJournalof Sports Nutrition,vol. 2, n. 2, março, 2013. Disponível em:

<http://www.abne.org.br/revista/vol2/ARTIGO%201%20-%20Caracter%C3%ADsiticas%20de%20disformia%20muscular%20(1).pdf>. Acesso em: 01 set. 2014.

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