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A M m h
APRESENTADA E
SUSTENTADA
fOi
cm 13 òc Dqcmbrobe1832
.
PERANTEl
A
FACULDADE DE MEDKIW
DO
RIO
DE
JANEIRO
FORC
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zrcu&
9
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&VCJe/
e
-
y/
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eicce/o-
S
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àr
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dK, EX-
INTERNO DOHOSPITAL DASANTACASA DAMISERICÓRDIANATURAL DO RIO DE JANEIRO SOBRE OS TRES POMOS SEGUISTES:
SCIENCIAS
f
ö
EDICAS.
One
acções
exercem sobreasaudc publicadacapital suas condiçõesdelocalidade ?SCIENCIAS
ACCESSORY
.
cquantosmobos scpobemrcprobnjiras plantas? (Dual c a organisaçâo bas partesqueiinmcbiatamcntcoperã oafccunbaçâ
o
nasflores pljanerogamas? (Dnal oessencial besta fnncção ?
SCIENCIAS CIKUKilCAS
.
QUAL K AMEI.UORCLASSIFICAÇÃOMUSCULAR?SE AEXISTENTE É DEFEITUOSA,EQUAESAS CONDIÇÕESDA REFORMA
.
On «loil beaucoup exiger de celui quisefailaulbeur par un sujet degainoud'interôt,maisrelui queva remplirundevoir,dont'ilnepeuts'exempter,est dig
-ned'excuse dansles fautesqu'ilpourra commettre
.
(LA IIRUYERK}.
As altas inlelligencias imagin âoe inventio;aspo-queuascommentaoouarrciucdâo
.
(M.
DEMARICá.
).
RIO DE
JANEIRO
.TVPOGRAPIIIA BRASILIENS!
:
' DE FRANCISCOMANOELFERREIRA RUADO SARÃON.
»115.FACULDADE
DE MEDICINA
DO RIO
DE
JANEIRO
.
—
-
«saosatí'r
\
DIRECTOR0EXM.SR
.
CONSELHEIRODR.
JOSÉMARTINSDA CRUZJOBIM.
LENTES PROPRIETÁRIOS.
OS ILLMS
.
SRS.
DRS.
I.
—
ANNO.
Physica Medica
.
Botanies.Medica, c princí pios elementares de
Zoologia
.
F
.
de P.Cândido,ExaminadorF
.
F.
AllcmaoIE
—
ANNO.
IChimica Medico, e principioselementares de
( Mineralogia
.
Anatomiageraledescriptiva
.
J.V
.
Torres Homem J.
M.
Nunes GarciaIII
.
—
ANNO.
Anatomia geralcdescriptiva
.
Physiologie.
J.M.
Nunes Garcia.
L.
deA.
P.
daCunha. IV—
ANNO.
.
.
Pathologiaexterna.
.
.
Pathologia internaPharmacia, Matéria Medica,especialmentea Brasileira,Therap
.
,eArte deformular.
J.
B.
daRosa. .
J
.
J.daSilva.
.
J
.
J.deCarvalho,ExaminadorV
—
ANNO.
Operações
.
Anatomia topogr.
eapparelhos.
Partos,Moléstia das mulheres pejadascparidas, edosmeninosrcccm
-
nascidos.
C
.
B.Monteirol
L
.
daC.
FeijóVI
—
ANNO.
Hygieneehistoria de Medicina. Medicina legal
.
2
.°
ao4.
°anno.
M.
F.
P.
deCarvalho,Presidente Clinica externa,c Anat.
pathol.
respective.
Clinicainterna,eAnal.palliol
.
respcctiva.
T
.
G.
dosSantos.
J.
M.
daC.
Jobim5
.° ao
6.° anno
.
M.
deV.
PimentelLENTES SUBSTITUTOS
.
F.
G.
da Rorha FreireA.M
.
de.
MirandaCastro,Examinador. .
• ' jSecçãode scicnciasaccessorias.
• *j
Secçãocirúrgica. ' ' jSecção medica.
F.F.
de Abreu.
.
. .
F.
B.
de Abreu,Examinador A.F.M a r t i n s. .
. .
M.
M.deMoraese Valle SECRETARIO.
Dr.
Luiz CarlosdaFonseca.
AFaculdadenãoapprova nem desapprovaasopiniões emiltidasnasThesesque lhe sãoapresentadas
.
SOBRE
os
mums
DKMEUS
PAI
tt
I
.
a
Cma ardente lagrima de dorede saudade
.
A
BUCHfii'Hiitoc
Acuigo 0ILLISIUISSIMOSENIORPEDRO
XOLASCU
AMADO
D
'HURTA FORJAZ WES
LE
1IE
Eo vosso nome,Senhor,oque deveoccupar oprimeirolugar n'cstetãoinsignificantetrabalho, assimcomofuieuoprimeiroquemerecendo devossoslábiosodocenomede Filhotirastesdo nada
e fizestes Medico
.
Guiando
-
mepelo caminhodahonradez,cuidandoemextremocmdar-
meeducação não vospou-pastes a sacrifícios,não varillasles ante obstáculos !
...
Sim
.
Senhor,vossamissãoparu comigo temalgumacousa demais sublime que adeum Pai.
deuniProtector,de um Amigo!
...
Dedicando-
vos este meupequeno trabalho,nadamaisfaço doque de -positarem vossasmãoso productodevossassolicitudes.
Acccitae-
o,
Senhor,
é pequena,mas sincera prova de minhaeternagratidão,respeito,
eamor fraternal.
À Ml MIA IDOLATRADA ESPOSA A’!LIM.SEXHOft.t
D
.
MARIA
BA GLORIA
BE
MENEZES
FORJAZ
Meucoração6vosso
.
ISnsta.
Soisbem dignad'isso
.
F
.
uvos amotanto! !.A MEUS CAROS IRM Ã OS 03ILÏ
.
M.
*SEXH0RE3FRANCISCO LEITE DE MACEDO BITTENCOURT AP0LL1 N\RIOLEITEI)EMACEDO BITTENCOURT Testemunhode gratidão,ecordial amizade devosso Irmão
.
* Á MINHACUNHADA
» ALUI.“
SENHORA I).
E AMEU
SOBIUNIIO 01LLU.SEMIORFRANCISCO DEASSISLEITE BITTENCOURT Signa! de estimac amizade
.
AO ILLS, SEMIOR
J0
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0COUTINIIO PEREIRA DE VELLASCO MOLINA E SUAFAMÍLIASignal de altaconsidera ção
.
A TODOS
OSMEAIS
IMKKVTCS
EIAMIGOS
A
MIXT AMIGO
DE IN FA NCIA
OILUI.
SKNIIORJACINTO
VIEIRADOCOUTOSOARES JUNIOR Jamaismeesquecerei<lcvós.
Am e u sc o m p a n h e i r o s d e e s t u d o e p a r t i c u l a r e s a m i g o s
OSIHM
.
*SEVIMES DR.
MANOEL THO.
MAZ COELHO DR.
ANTONIOFRANCISCOCOMESDR
.
J OÀOJOAQUIM DE GOUVÊA DR.
J O SÉ MARIALOPESDACOSTADR
.
JOSÉLUIZVIEIRAFERNANDO COMESCALDEIRAIVOLIV EIRA FONTOURA DR
.
MANOELRODRIGUES DACOSTA.
Sympalhiacmuita amizade
.
A m e u s a m i g o sec o m p a n h e i r o s d oH o s p i t a l
.
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’SEMIORESPADREJOSÉ DOMINGUES NOGUEIRA DASILVA DR
.
JOJ É TIIEODORODASILVA AZAMBUJAVIRGÍLIO ARCH ANJO DOSSANTOS DR
.
ROQUEANTONIOCORDEIRO DR.
ANTONIO FRANCISCO FERNANDESDR
.
BENTO MARIADA COSTA FRANCISCOJOAQl IM BELMONTEDE ANDRADEANTONIOFERNANDESPEREIRAPORTUGAL PAULINOCORRÊAVIPIGAL LEONARDO JOSÉ TEIXEIRA DA SILVA LUCAS ANTONIO D’OLIVEIRA CATTA PRETA
AOMil TO DIGNO
PRESIDENTE
DESTA THESE 0 uni.
SENIOR DOCTORMANOEL
FELICIANO
PEREIRA
RE
CARVALHO
Homenagemaosaberc aomcrito
.
SOBREOTUMULO DE
MEU
AMIGO ECOLLEGA
0ILL1I.SENIORDOCTORJOAQUIMJOSÉDEMEDEIROS
Uma triste lagrima desaudade
.
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Aos Illm.°Snr.Major de Engenheiro« JACINTO VIEIRA DO COITO SOARES
i:SUAFAM í LIA Hospedoc amizade
.
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yyz OBSLABSE SUA FAMÍLIA
Uma pequenaprova daamizade que lhes consagra
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.
IIouvc
tempo,Senhores,emque a superstiçãolinha todo o lugar cpo
-derio, porque
a ignorânciafaziacom
que muitos phenomenos fossem altri -buidosa causas
extraordinárias,
c mesmo sobrenaturaes:mas
logoqueuma nova
Aurorafezsentir
a influencia das scicuciasnaluracs,
dcsapparc-,
ccrã
o,
ainda quecom
sacrifício devidas,
tudo quantoera
de supersticioso,
edemaravilhoso
.
» Sendo hoje pois evidente que todos os phenomenos sãoa
expressão
decausas
physicas: deduz-
se
que oexame
destaséassaz
necessá
rio para o conhecimento doque se
passa
namachina
animal;esta agita-
sc,
suspendeseus
movimentos voluntários,
ctememfim
muitasfuncçòesregulares,
que equilibradas constituem aque
se chama saude;todas cilasestão comprc -hendidasno circulo quenos
abrange,calíaslando-
sc
esta dita maquina deseu
estado regular,cumpre-
nos procurar,
n'estemesmo
circulo, as causas
que enferrujandosuas
molas,
iizerâo-
n
’a senã
oparar,
aomenos
aaflastar
-se
doseu
rithmo normal.
Vamos
pois lançar
uma
vista(Folhos sobre tudoquanto ou
por
neccssi -dauc ou habitonos
sujeitamos diariamente :vejamos
conseguintemente qual éa localidade d'este paiz,
equala ac
ç.ão
desua
athmosphcrasobre seus
habitantespara ver se
d’ahipoderemos tirar algumascausas
demoléstia,
limitando
-
nos
somenteá
capital donosso
Império,
que
foiunicamente o
quese
nos
confiou.
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T i1ÏT i 4 4Í»Amutinii IDM
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ali«la«le
?Noimperio do Brasil,debaixoda i»(1uencia do Tropico de Capricorneo, aos
*
22°
—
5.V—
10” delatitude,e
45°—
20’delongitudeoccidental doMeridiannode Paris, estásituada aProvíncia dolliodeJaneiro, emcujos doisterçosmeridion -naes,e separadada provínciaem semi-
circulo se estende a Capital doImpério a Cidadedollio de Janeiro,e seusarrebaldes comprebcndidos debaixodadenomi -naçãopoliticodeMunicí pio Neutro,Estáestacidade junto a beiramarentredifférentesmontesassazproximos,oc
-cupando bojeaextensão de duas léguas quadradas pouco mais oumenos.
Ellatemtunapequenaelevaçã onabeira marsuperior aonivel d’este,que progressivamen
-teseaugmentaatéa Tijuca,cmais lugaresque a circundão.
EstáestaCidade collocadaámargemda bella Bahia deNictheroy
,
formandoum portona verdade,aodizerdemuitos viajantes,omaisgigantesco da terra.
Doladoopposto ácidade se estende a magnificaCordilheira dosÓrgãos, tantementecobertadeumniveo vooque lhe dáumaprcspeclivacomonão existe em partealguma.
Pela disposiçãoora plana,ora cavada por terrenos alagadiçoscpantanosos,ora montuosa, recebemesteslugaresasmais variadas impressões quesepodem ima
-ginar;releve-
se-
nos aquirepetiraphrase deumauctoremquediz:o llio deJanei-ro e seusarrebaldesreprcscntdocmpequeno espaço osmovimentosdeum Univer
-socm
miniatura
:o daguerreotypodamaiorparte dusphenomenosmct /urco
/o-tficos
,
athmosphericos e marítimos
.
--
h
—
Aentrada da Bahiaacha
-
sedemarcadaentreafortaleza deSantaCruz,
asfral-dasdoPão
-
d’Assucar,Copacabana,ePraia\ormelha.
Asruasprincipacsdacidade,ouseoupartemfazendoum angulomais oumenosrecto
—
ruaDireita—
até ocampode Sani’Aiwia.
D’ahi principiãoasdaCidadeNova
que seguem amesmadirecção,
até atravessaremogrande mangue doAtterrado.
e seperdemno restointeriorda provinda.
Outrashatambém,queinsignificantes, contornãoas differentes montanhasque
seacliãosemeadas pelacidade, seguindoumadirecçãomaisonmenosregular
.
Aindanãohamuitotempofoi estacidadetãoíibundanteern pantanoso brejos,quebem
sepoderia comparal-
aaVeneza;porémgraçasa algumasprovidenciasdeseustãoillustradoshabitantes,oseunumerojá seacha hojebastantediminuído,e per
-mitia Deosqueaindaseconservepormais alguns annosofirme proposito delin
-dal-
os; poisqueninguém ignoraoquantoasua
existênciaéperniciosaá saúdepublica :assim veremosquequando elles crão em maiornumero
,
além de muitas outras moléstiastanto soffrião os seus habitantes de elephanliases dos Arabes,
•
que bem felizes crão aquclles que não fossem disformes daspernas ou dos
scrôtos
,
d’entre elles porémnotava-
seque osquehabitavâoaparlemaisscecadaocidade,queera então os contornos doLargo do Ilocio
,
erão quasiexemplosde tal enfermidade;attribuindo-
se
então odesenvolvimento d’esla moléstia á insalubri-dadedasagoasnosoutroslugares, ahi edificarã
o
umchafariza que llie(lerãomn noincbastantechulo pelo qual ainda hojeoconhecemos,
que bem dava aconhe-ceramoléstia sobrea qual essaagualinha todaainfluencia ; ehojequecomo já
dissemos o seunumerojáseachabastante diminu ído,nãoé estaenfeimidadaião ordinariaentrenós;d’onde sepóde vero melhoramento da cidade
em
suas coo-dicçõeshygicnicas sesepersistirem findal
-
os.
N’este curtoespaço de duas léguas quadradas
se
nosapresentão climasdifferen-tes
.
Assim,ã proporção(pieoterrenoseabaixa e'
aiserbordado pelomar,
elle émaisoumenosbalido pelosventosmarí timos, eáproporção quesegueorumodo interior sevaigradalivamente elevandoatéaTijuca
,
que é a maior altura habitada.
O climageralé,comoodetodoBrazilomais hello(piesepódedesejar,porém
a collocaçao dacidade,que
,
comojádissemos,
é cortadaemtodosossentidospordifferentes montanhas c pantanos,longe de
clima , de talmaneiraovicia que nol
-
otornabemnocivo.Assimsedeantemãosabemosque n
’
esta cidade rcinãosómentedoisventosque soprãodoNortecdoSul
,
c quealgumasvezes tambémdeLeste cdeEs-
Su -deste, e quecomo vemdomarsãotãopuros ctãobemtemperados,não fazerem mal, alegrãocprolongãoa vida do homem ,comopoderemosd’elles
tirar algumbeneficio
,
se de qualquer parte que venliáoencontrãoservindode obstáculoá
sua
passagem,
equenãoosdeixa lavara cidade,
quepor
estendem parallelamcnte ao bordodomar
.
aprincipalque
chamamos
comfazeraproveitar o
seu saudavel
nosalém de que
montanha
u m a»
—
5—
desgraça nossaestásempre cobertade matériascmputrefacçâo? epoderemospor veuluraattribuiraonossoclima,quandoencarando paraonossovis
-
á-
vis emlu -gardeumabella estaturavirmosum ente pallido, descarnado,cenanido de forças?ÍSàopor certo,massim a eollocaçã oda cidadeentretaes montanhas,eestaroseu coração collocadonasfraldas d’essesmontes,porqueseobservarmoso estadodo hygromethro
,
então claramente veremos quantoestesobstáculos lornâomaishú -midasenã o acidade decertocom tudoosedifícioschegados a elles,eportanto treterem elles a humidade,
que combinada comocalor alhmosplierico(piechega a 91°94°cmaisdothermometro de Franheilépropriaaproduzirosinalesqueos medicos,co povo pordesgraçasuaconhecem c experimenta.
Passemos agoraa desenvolver omodo como aathmosphera hade influir na constituição dos indivíduossubmellidos a cila n’este local,e entãoveremoscomo forçou asuaexposiçãopela directa influencia(pietemnaeconomia animal
.
Omaiornumerodecorpos que pôdeconteroarathinospherico sem quepor issosetorneinsalubresãocinco,evemaser:ooxigénio,ohydrogenio,oazóte, o acido carbonico,eocalorico, sendo a proporção do oxigénioparaqueoar alh
-mosphcricoseja saudavel,deumaquartaparleeumterçopara o mais puro.
Sen -do pois estesosúnicos corposquenadainfluemna salubridade do fluido quecons -titueoar athinospherico, vô-
seclaramente que lodo e qualqueroutrocorpo que venha alterarestaporporção,
deve induziroente n’ellesubmettido a evidente pe -rigo oudamno:d’ondesepódc inferiroqueproduzirãoos empatesdas lamas,a exalaçãodas substancias aniinaes, e a falta de reoovaçãodoar,ouvenlillação, se -não diminuir aquantidadedo oxigénio,epor conseguintetornaraathmosphera insalubreeimpura.
Se as virações
ou
ventosfossemcertos, nem assim poderia a cidade ficar total-mentelavada,porqueestágrandeparle«Teliaaoabrigo das montanhas;sendoas viraçõesora incertas,outrasvezes escassas
,
outrasintensas,experimentando assim oihermomclro differentes grã os de calord’esde03° a94e emais, (de Franheil) oarobrandofina’mentesobre os pulmões,e pelle,vô-
seque estesorgãos,sobre os quaes elleexercesuainfluenciaiminediatainente,
de necessidade hã odeexpe -rimentar alterações emudançasfilhas d’eslasdiversas alternativas.
Todavianãosendopossivel que o homem , que aqui vive,deixe de experimentar tal qualvariedade de athmosphera propriaasua posiçãotopographica,justoera queao
menos
se affasiassetudo quantoconcorressepara alterar ajusta proporção oucombinaçãodo ar,eahumidaded’este entretida poressasmontanhas.
Naoentrando emmiúdos detalhes, osquaessósãopropriosáfacultativos,co
-nhececom tudoqualquerpessoa queumalinharectaéuienorque uma curvacom -prehendidano espaço d’estamesmo
recta:porconseguintepartindo d’estaverda -de vô-
seque asuperficiede qualquermonteómenorque aque offereccomesmo monte:estesdadossãopurasverdades,assimcomoóevidente que a evaporação deumterreno
deveserproporcionalàsuperficie destemesmo
terreno: portanto e o-—
C—
un,terrenode incia léguaquadrada, maspiano, exhalaumae\aporaç;,o
menor
queoutroigual,mas quelonge deser piano,ollereceuniaggiegado de
diversos
montes
,
pois quecoinestescresceasuperficie aproporçãoda elevaçãodosditos montes.
Alémd’istoosol na sua carreira doLevanteaoPoentefazcomque a evapora
-çãodeum terrenoplanosejanãosóigual, mas regular; oquen ãoaconteceemum local montanhoso
,
noqual chegandoosvapores a elevarein-
se, mascom irregula-ridade,pela interrompidaaceãodosol ,resulta que elles nãolendo tido, ouexpe -rimentado
uma
acção maisforte, nemdosol para osrarefazer,
nemda viração paraosrepillir, entãonova,eIcntamenlecahemsobre amesmamontanha,cseus contornostornandoassim a athmosphera mais hurnida:conseguintemente com -binando-
seahumidadecom o calor,resultaráumacausatãogeradora de molés -tias,queounão existiriãorealmente,
ou seriãomuitomenosemnumero,
e in -tensidade,sesedestruísselaescausas
.
Medite-
seporumpoucosobre alguns acon -tecimentos mais extraordinários,(pietemhavidon’estepaiz; traga-
seá memoriao tempo de successosfataes demuitas enfermidades, e vér
-
se-
haque amaior parte d’elles liverão lugar notempo decalor intenso, cque maisfrequentes forãonosannosemque o estio foimaisexcessivo.
,
Ein partealgumaaeleetricidade experimenta variações periódicas,e accidcn
-taes em umgrãomais intensoque naslatitudesdoEquadoraosTropicos. Empar
-te alguma suainfluenciaobra tanto sobre a sensibilidadedosorgãos; ese é ver -dade,segundoHòaumur,queuma mudança de cinco grãos nothermometroaffe
-ctaosystheinanervoso, facilmentesecomprehende comona approximaçãocdu
-raçã o dastrovoadas se observauma prostração physica,emoralemalgunsindiví -duos,eumexcessodeexcitação ouinquietaçãoem outros.
N’esta cidadeantigamenteastrovoadaseràomuitocommuns e regulares,lioje porémsão muiraras
.
QuandosãoformadasaoNord’0;sle,nestaestação em queoestioéforte,mar
-cliãoparallelainente ã Cordilheira dos orgãos,
e.
seoventosoppra fortemente de NorteoudeNord’Este,dizocapitãoFreycinet,então torn ão-
se terríveis.
S«*prin -cipiaodaCordilheiraequeoventosoppradeNorteel las vem sobre a Bahia com umfracassoespantoso.
Nodia12 de Janeiro de 1817consta-
incterhavidouma trovoadad'eslasque durou vinteminutos,equecausouum terrorgeral.Nas duas estaçõesigualmente providas dehumidadeoarcontém umagrande porção deeleetricidade
,
condicção differentedoque se passa para oNorteeinque a épocadaseccaaexpulsa inteirameute.
SegundoMr
.
Saussureoexcesso dasaturaçãohúmidadiminueapressãoath -mospherica. E diflicilavaliar ainfluencia que esta diminuição,juntaãmaior ele -tricidade do ar,produzsobreosystheuia nervoso.
É sempreconstanteque nos diascalmose húmidos, em que o Céoestáeiinuhlado, osolencoberto,quandoa maior calma reina na natuzeza,queestesilencio de morte deathmospheraénoci -voásaude.Nosdias do calorsca alhmosphcraépczada(athmospheraepicchamamos
mor
-maço) sente
-
se,peloexcesso de desprendimentodeelectricidade, umestadodeprostra
çãotalque nosn
ãopodemosentregar aotrabalho senão com summadiífi-culdade
; as ideas eosmovimentos íicão,
para bem dizerparallisadas porpouco tempoe não tornão atomarsuaantiganctividadesenãodepoisqueachuvavem regarnossas
campinas,e quandooventocome
çaa soprar de algum ponto doOrizonte
.
Éaelectricidade menosforte nas montanhasquenas plan ícies,apezardafre
-quência dastrovoadas nas primeiras; na plan íciehavendomais humidade, esta
concorre
parao excesso defluidoelectrico.
Oucrcm umascomoeinoutras a acçáoelectricaintreteina irritabilidade ner
-vosa que seobserva
nos
indivíduos lympathicos: estaacçáo repetida produzas moléstiasnervosas quese observa emgrandenumeron’estaprovíncia.
Porestascausas,eoutras,que poracaso nostenhã oescapado,são oshabitan
-tesdoRio deJaneiro
sujeitos ás moléstiasnervosas, de queacima fal íamos, áfe-rres
intermittentes, áopillações,
aelephantiases dos Arabes (erysipellas),a pneu-monias,a hepatites,e muitasoutrasinllammaçõesviceracs,bemcomo aconstan
-tes constipaçõesd’onde lhes pôde provira phtysica pulmonar.
’
Kesteum pontoquena verdade inorecia maior desenvolvimento, porém a rudez dcminhanaturezaeo acanhamento dasideasintellectuaes me prohibent serinais extenso,
eterminopoispedindo aoleitor todaacondescendência,dequeémere-cedorquempelaprimeira
vez
sevé obrigado adaraopréloumfructode suames
UNDO
PONTO
.
SCIENCES ACCESSORIES
.
Dcquantosmobos scpobcrn rcpvobnjir as plantas
?
(Gual
c a organisaçâo baspartesque immebiatamente opcrào a fecunbaçà
anas flores pljancrogamas? (Qual a essencial besta funeçã
o
?He quantos
modosse p
ódem reproduziras
plantas?
O meio maisnaturalde multiplicação nosvegetansésemcontradicção o que tem lugar por intermédio dosgrãose deseo desenvolvimento:porém a arte dc cultu
-ra tem inventado muitosoutrospara perpetuaremultiplicarcertasraçasouvarie -dades dearvores que senãopoderiãoreproduzir por meio dosgrãos.
Estesmeios demultiplicaçãosão osenxertos,a mergulhia eoda estáca.
1)0 ENXERTO
.
Esteprocesso consisteein seimplantarsobre umindivíduo
um
botão,ou um
rebentonovo,queahi sedesenvolve, eseidentificacom o indivíduo sobre a qual tem sido enxertado;tendo-
sesempreocuidadodefazeroenxerto entrevegctaes da mesma especie,especies domesmo
genero,
ou emfimemgenerös deuma mes -ma família,porqueéindispensávelpara queoenxertovinguequehajaumacerta analogia entre a seiva dos dous indiv íduos.
Assim como nos aniinaesalympliaplastica se interpõe aoslábios deumaferida recenteafimdcosreunir econter, assimtambém ocambio, ou o sueco proprio dos vegctaes
serve
dcmeio deuniãoentreo indivíduo c o cnxôrto.
Sedepois de—
10—
quinze(lias o examinarmos,
veremos
entre estas duas partes uma camada delgada depequenasgranulaçõesesverdiadasespalhadas cm um fluidoviscoso,quesao pro -duzidas pelo cambio quesesolidifica eseorganisa;phenomeno esteque observa -mos todas as vezesque fazendo umaferidasuperficialemumaarvorea garantimos docontactodo ar.
Quatrosãoosprocessosseguidos para se fazer osenxértos.
Primeiro.
—
Faz-
seemum indivíduo umaferidaquesomente interesse acasca daformaquemelhor nosparecer,
etirando-
se umpeda çodacascadoindiv íduo que sequerenxertar, ao qual adhirào um,ou muitosrebentos ou botõescortan -do-
o da mesma fó rmada feridaque no outrofizemos,ahiocollocaremosatando-
o comalgunspannosafimdeoconter,elivrardo contactodoar.
Segundo
.
—
Este processonos serveparaquandoqueremos enxertar dois indi -víduosenraizados,
porum ou mais pontos deseo comprimento.
Paraistoéne -cessáriofazer-
senos lugares em que sequerenxertar,feridas quesecorrespon -dãoexactamenie,
tirar-
se as cascas,
reuuir-
seasferidas e livral-
as do contacto doar.Terceiro
.
—
Praticamos este outroprocessodeenxertocomramosnovos,ou mesmo raizes queseparamosdeumindivíduo para collocarmos sobre umoutro. Ordinariamenteseparamos os ramos quequeremosenxertaralgunsdias,e algu -mas vezes mesmoalgunsmezesantesdaoperação, para quetenlião menos seiva doqueoindiví duo sobre a qualtemdesercollocado. Para osconservarmergu -lhamossuaextremidade inferior n’aguaounaterra.
Antesdefazermosestaespecie deenxertotemosordinariamente ocuidado de cortar os grelos do indivíduosobreaqual queremosenxertar,e muitas
vezes
mes -mocortamos esteindivíduorente ã terra,sobre tudoaquelles cujo enxertoteiudeserenterradocomoa vinha,etc.
Etnacondição indispensável paraqueesteenxérto tenha bomresultadoéque o liber do
ramo
coincidana maiorpartede sua extensãocomadoindivíduo sobre oqualotemosimplantado.
Esteexértofaz
-
se dedifferentesmaneiras,
a cadaumadas quaessedá um no -meparticular;assimtemos: enxerto decor
ôn—
aquelleemqueafastamos acasca
das camadas lenhosassubjacentes, e entreellascnsiiiuamos muitos pequenos ra -mosdispostoscircularmente: enxerto deverrumilo—
(que6hojepouco empre -gado) aquelle que consiste em furarmosotroncodeumaarvore
eahi adaptarmos umramo novoque mantemos fixo:enxertodegarfo—
aquelleemquesefende o troucodeumindivioemdois, en’estafendaimplantamos o ramo que sequer
enxertar:enxertode lado—
aquelle que consiste em cortarmossómenteumdos lados do indivíduo,eahi collocarmos oramo quesequerenxertar.
Quarto.
—
Mr.
Tschaudy descobrio não hamuitosannos
uma nova especiede enxerto.
Diz elle que oenxé
rtopóde-
seeffectuai-
comos novos brotosherbáceos
dasarvores
na forcadaseiva,
oucom plantasaunuaes.
Para
fazerestaespecie de—
11
—
enxôrtoelleinsere osbrotos na visinhança de
uma
folha viva cioindividuo
.
Esta folhaserve parachamara seiva para oenxôrto, c assimfacilitaroseudesenvol -vimento.Osprocessos quese tomempregado para estaespeciedeenxôrtos sãopouco maisonmenos
,
osquejá temosusado paraexecutaras outras.
DA MERC
.
ULIIIA.
Consiste estaoperaçãocmrodear de terra a basedeumramonovo,afim defa
-cilitar a evoluçãodas raizes,antesdeo destacar doindivíduo. Estaoperaçãose pratica, ora sobre osramos inferiores inclinando-
os ligeiramente,orasobreosramos
superioresfazendo-
os
passar atravez um reccptaculo cheio de terra. Para facilitar a mergulhia fazemos ordinariamente na base doramo umaincisão ou umaforte ligadura,afim de determinar a formaçãodas raizes.
,
DA ESTACA.
Estaoperaçãodifféréda mergulhia emseparmoso ramo do indivíduo antes dc , ofixar na terra . Em geraltodas asarvorescujo páo é branco e leveprestão
-
sc muito aestaoperação.
Esta operação será tanto mais segura quantosforemos bulbosqueooperador tiver o cuidado de mergulhar na terra.
Estesbulbos alon -gão-
se em raizeseajudão asucção doque necessita o desenvolvimento d’este novo ser. Muitas vezes também praticamos na base doramo umaincisãoou liga -dura afim de mais facilitarmos o desenvolvimento das raizes.
Algumasvezestam -béma fendemos nasuabase longiludinalmente,c ahi introduzimosumapequena esponja embebidaemaguaparaomesmofim.Ha ainda uma maneiraporqueanatureza multiplica os vegetaes,c é por meio de uma especie de bulbilosque desenvolvendo
-
se
nasdifferentes partes das plantas agamas,equeno fim dc uma certaépocacahindonosúlo dão lugar aodesenvol -vimentodeum novo ser. Estesbulbillos,a que setemdadoo nome degrão,nós chamaremos(comoRichard) spórulos,porqueainda que sejáosusceptiveis dc re -produzir umaplanta analoga áaquella de que se temdestacadonão a podemos confundircom os verdadeiros grãos.
Com effeito, ocaracteressencial do grão é deincerrarumembryáo,istoé: um corpocomplexo desuanatureza,composto dc uma radiculaou radimentos deraizes, de umgermen,
caule,
folhas,e deum corpocotyledoneo.
Peloactoda germinação oembryão propriamente dito não faz senãodesenvolveras partesque jáexistião n’elle todas formadas. Nãoéager -minação que lhe d á nascimento:cilanãofazsenão ospôremumacircumstancia propria aseucrescimento. Nossporulos ao contrario nãohaembryão;ahinão existe algumtraçodcgermende radiculasecotyledons.
Kagerminaçãoque cria estaspartes,(pienãosendo verdadeiros grãosdãonascimentoa umser.
—
12—
dounião dosdoissexos, o que não poderemos fazer sem conhecer a organisação destesorgãosqueé doquetratao capitulo seguinte
.
Qual é
a
orpnisafio daspariesqueimincillataiiieiite
ojpcrão
a
fecumlaçù
onas
florespliancrogautas?Não dacta delongo tempoa descobertadosorgãos sexunes nasplantas
.
Atéo séculoXVI nãose tinhaencarado as floresque cobrem os vegetaessenão como umornamento com que a natureza os brindou.
Caiuerario eGrewnestaépoca demonstrarão,porexperiences,autilidadedasdifferentespartesda florna pro -ducçãodogrãopara aconservação,
csuccessãodasespccies.
Fizerão ver que a pistil que occupa o centro da flor,porsua structura e sobretudo por seususos, deveriaser comparado ao orgão sexual da mulher:comeffeito seoexaminarmos : de pertoencontraremos um orgãoparticular proprio para receber a impressão fecundante do masculino (stigma),
osrudimentos imperfeitos de um embryão (ovulos),umacavidade propria a contcl-
os,
ea protegel-
os duranteo seu desen -volvimento (ovário) , eemGm umoutroorgãodestinado a levar a impressão do masculino ao embryão(stylo). Além disto quenasflores ainda haum outro or -gão que bemsepôdecompararao orgão sexual masculino dosaniuiaes,porque coutememumacavidadeespecial(anlhérn) uma substancia cujousoéde fecundar os ovulos(Folien.
)D’esdeentãoéque foi provado que as plantas,assim como os animaes,são providasde orgãos sexuaes destinadosãsua reproducção
.
Oorgãosexual mascu -lino é constitu ído peloestaine,
eofeminino pelo pistil.DO ESTA ME
.
Esteorgãopreenchenosvegetaes as mesmasfuneçõesqueoorgão masculino nosanimaes,istoé: contémumasubstancia queoperaafecundaçãodosgermens
.
Oestaineéordinariamentecompostodetrès partes asaber:dolilleteda
thèra,cdopollen
.
an-noFILETE.
O filete,ou o orgãoqueeleva a anthéranãoéumaparteescencial,e indis
-pensáveldoestaine,
poisquemuitasvezesfalta.
Ordinariamenteasuafôrma cor -respondeaseu nome,
isto é:alongado, estreito efiliforme.
Outras vezesporém tomadifférentesfôrmas; assiuidie pôdeapresentar-
se achatado,
capillar,largo, eplano,cunear,
&c.—
13—
Overlice
dofileteéordinariamenteagudo,
outrosvezesobtuzo,e mesmoca-pitulado
.
Énoseuverlice ondequasisempre seprendeaarthèra
.
Entretantoacontecealgumas
vezes
que elle se prolonga acimadoponto de incersãodesteorgão:n’estecasoelleéditoproeminente
.
Osestâmessãoasmaisdasvezeslivresdetoda a adhercncia
,
eisoladosunsdosPorém algumas vezes acontece que são reunidosporseus liletcs
muitoscorpos que nós
,
comoMr.
Mirbel,
designaremos debaixodonomedeandropboros
.
Quando todos os liletes são reunidos juntamente em um só androphoro osestâ
-mestouião o nomedemonadelphos,formandooandrophoro um tubomaisou
completo
.
Quandoestãoreunidos cm doisandropboros formando doiscorposdistinctos,osestâmestom ãoo nomedediadelphos
.
Algumas vezesentre-tantoauniãodos liletes nãotem lugarsenão por sua base, desorteque sãolivres
11a marorparledesua extensão
.
Outrasvezessãosoldadosatéametade de suaal-* tuia
.
Emfim elles são soldadosemumtubomais ou menos completo,
como emmuitas malvacoas
.
Em suaparte superioroandrophoro tubuloso se divide muitas,
vezes emtantospequenosedistinctos liletesquantassãoasanthèras.
Oraosdois feixesque resultãodasoldura dos filetes estaminaes são compostos
deumnumeroigualde estâmes,ora aocontrarioosandropboros são desiguaes
.
Quando osestâmesestão reunidos emtrèsou maior numerode andropboros são chamadospolyadclphos
.
Anaturezadofileteesuastructurapareceseramesmaquea da corolla
.
Com eITeitove-
se muitas vezesestesorgãos mudarem-
sercciprocamentecomo
por ex-emplo :nogolfão (planta aquatica) vé
-
sc succcssivamente osliletesestaminaespartindodocentropara a circumferencia tornarem
-
sedemaisemmaislargos eseadelgaçarem:a anthòra ao contrario diminuir, e acabarpordesapparecerintei
-ramentequandoosliletessetemtransformadoeinpétalas
.
Èestatransformaçãoqueleva osBotânicosapensarem que a corolla c ossegmentosqueacompõem
não erãosenãoestâmesdegenerados
,
cujosfiletestinhãoadquerido um dcsemol -vimento extraordinário.
Estaopiniãopareceainda acharum apoiona formaçãodasfloreschamadas duplasc cheias
.
Aroza com eITeito emseu estadoprimitivonão temsenãocinco pétalas,mas umnumero muiconsiderável deestâmes.
Em nossosjardins,
peloscuidadosdojardineiro, vémos osseusestamos mctamorphosearcm
-
seempétalas,
eaflòrtornar
-
sesteril.
Aqui atransformaçãodos estâmes empétalasémanifesta,
cparece confirmaraopinião dosBotânicosqueastemcomoverdadeiros estâ
mes
degenerados.
emum outros.
ou menos DA ANTIIF.RA.
Aanthéraéumacspecie depequeno sacco incmbranoso cujacavidade interior, contem o pollen,ou o pófecundanteantesdo acto da fecundarã
o
.
Geralmente—
Mi
—
cilaéformada por dons
pequenos
bolçosmembranosos unidos ouiramediatainenie
um ao outro, ou por um corpointermediárioaoqualsedá o nome deconnetieo
.
Cadaum d’estespequenossaccos, chamados loja da anthéra
,
é dividido inte-riormenteporuma separação longitudinal, eabre
-
sena época da fecundação paradar sabidaaopollen.
Asanthérassão pois o mais commumcnte biloculare$
,
isto é, formada de duas lojas; algumasvezesporémsãoformadas deuma só loja;e toraãoonome deuniloculares : eraras vezesemfim sãoformadas de quatro c são chamadasquadriloculares
.
Cadauma das lojasapresenta em uma de suas faces uma espccie de costura
por onde se abre ordinariamente
.
Esta face em que está a costuraéa quecha-mamosface propriamente dita, eaopposta a esta e por onde está a anthéra prezaaofileteé a que chamamosdorso da anthéra
,
A anthéra póde
-
seachar unida ao filete estaminal, dedifferentesmaneiras, etomaentãodiversosnomes
.
Assim seestiverpreza aoverticedo filete por sua bazetemonomedebasifi.
ru; se o for pelaparte media de seudorsoterá o no-medemediifixa
.
Púdetambém serpresapelo seu apice eentãotorna
-
semovei e vascillantec temeinfim o nome deapieifixa.
Eliastem também outrosnomes segundoa suaface
,
olha para ocentro ou paraa circnmferencia da ilôr:assim no primeiro casosão chamadas anthéras
intorses
,
c no segundoextorses.
A suaforma émuito variada
.
Quando as duas lojas de uma anthéra são iinmediatamcntc reunidas, po
-demofferccer duas modificaçõesdifferentes.
Com effcilo ora a sua união tem lugarporumde seus lados,
de maneira queasduas costuras se achem sobre a mesma face,
c como paralellas;ora são unidas pela faceopposta á sua costura,
desorteque as duascosturasse achem situadas de cada lado da anthéra.
Elias podem também ser reunidas pelaparlesuperior do filôteque se prolonga entrecilas
.
Cada uma das lojas de
uma
anthérapóde-
seabrir dedifferentesmaneirasnos diversos generös de plantas;eos caracteres d’estadehiscencia servem,
cm al -guns casos,adeslingoircertosgenerös.
As mais das vezesestadehiscencia tem lugar pela sutura de cada loja;outras vezespor porosou fendas situadasemdifferentespontos ; outrasporum pequeno buraco colocado no seu vertice,ou em sua baze;e outraspor vaivillas
.
Até aqui temosexaminadoas anthéraslivresdetoda adherencia;porém assim como osfiletes estaininaes,cilaspodem se approxiinnr csoldarem
-
seentresi de maneira a formar um tubo.
Esta disposição se encontra na vasta familia das Synanthéras,
ásquaesantigamentescdava onomedeflorescompostas.
-—
15
—
(lieraschamão
-
seestâmes symphysandros.
Tera-
sedadoonome de plantas yy-nandrasáaquellaseinqueos estâmesemlugardeseremlivres,ousimplesmente
reunidospor seus filetes e por suas anlhérasfazemumsócorpo com o pistil
.
A uniãodosestâmesnunca temlugarcom oovário.
Nãos
ão senão os lileteseo stylo que seunemdemaneira que as anthéras e o stigma são elevados por
sustentáculocominumquetemo nome de gynostevio
.
Cada loja das anthérasexaminadas anatomicamente se compõe de uma mem
-brana exterior, prolongamento da epiderme geral quecobretodas asoutraspartes dovegetal
.
Tem-
se
-
llie dado o nome deExothèque,
•emsuafaceinternaseachauma
camada deccllulasformando aquese chama a Endolheque.
Se por meio deuma
lentese examinaa Endotheque, ou faceinterna das anthéras,
vó-
se queellase compõede uma camada de ccllulas separadaspor fibrasmuito linas que parecemelasticas; por isso tem
-
se-
lhe dado o nome de ccllulas fibrozas.
Estasccllulastem formas extremamente variadas
,
eoqueseobserva é que muitasvezes nasplantas de umamesmafamilia
,
ellas temumaformasenão inteiramente*semelhante,aomenosmuito analoga
.
Éassim que nas Gramineas, porexemplo, as ccllulasfibrozas tem uma forma
trectangular , sãoperpendiculares ao raphe; offerecem libras elasticas
,
curtasedireitas
,
collocadas sobreosseuslados,
eimplantadas a maneira de pregos.
Nas cyperaceas,
ao contrario, estascellulas sãocylindricas, dislinctas,
marcadas de librasannularestransversaes,
caraclereste quedistingue mui bemestasduas familias.
Asfibras sãoaparteessenciald’esteapparelhoorgânico
.
Sua principal func-ção consistena dispersão do pollen . As cellulas primeirameote cheias de
suecos
nutritivosparecemsero lugar ondeasfibrasseformão,porsuaforma c sobre
-tudopor sua disposiçãovariada, asfibrasdoptadas de uma elasticidade conhe
-cida, tendem nãosóaromper a sutura de cada loja,
como lambem a abrir asvalvulasquando arupturadas lojas tem tido lugar
.
um
DO POLLEN
.
O pollen ou asubstanciacontidanaslojas da anthéra, apresenta
-
seordinaria -mentedebaixo da apparenciadeumpó compostodepequenosgrãosmui tenues;algumas vezestambém em massas solidas mais
ou
menos consideráveis. Esta ultimaforma pertencendo a umpequenonumero
de vegetaes não lixaránossa
atlençãosenãodepois de termos examinado o melhor que nosfor possível a structura do pollendebaixodaforma pulverulenta.
disposiçãoamaisgeral do pollen é o pulverulento
.
As partícu -lasqueo
constituem são utriculosordinariamente livres,
e distmetos uns dos outros;raras vezes porém sãocomo que agglulinadospor uma materia viscosa eelastica,
quepostaentreellesos reúne
.
Maistardetrataremosda origem d’esta materia.
—
10—
UTRICULOS
.
Osiilriciilosapresentãoformas muitovariadas;porémaquesc
observa
mais frequentementeéa globulosa,
oua ovoide.Ovolumed’estes corposéexcessivamentepequeno, c é preciso algumasvezes servir
-
se de um bom microscopio afim de bem poder vér asuaforma.
Uma das plantascm que assuasdimençõessãomais cansideravcis é na Roas-
noitcs;n’clla os utriculostempertodecentoctrintamiilesiinosde millimetro : na Betarãva aocontrarioosenvolume não excede a vinte millesimos de millimetro:creduz-seemfim adezmillesimos nascspecics dogenero litbosperma
.
Entre osdous extremosdeze cento c trinta millesimos de millimetro, encontra-
scnagrande serie dosvegetaestodos os numerosintermediários.
Acòr dopollen varia tanto quantoa sua forma;porém a amarclla éa que mais conimuminente scobserva
.
A còr dos grãosdo pollen nãoéinhérenteaseu tecido,é simdevida auma materia sccretada porsua
superficie; esta matéria dissolve-
sefacilmente nos oleosgordurososc voláteis,eentão a membranase apresenta incoloraetransparente.
Ordinariamenteos utriculos pollinicos sã ocompostos de duas membranas,ou deduaspequenas veziculas intimamente applicadas uma sobre outra
,
csãodes -linguidaseminternae externa.
Rarasvezestambém sãoformadosou de umasó membrana,ou de1res superpostas umasãsoutras.
Oseu interioróebeio de uma matéria como que mucilaginoza,chamada fovi/la,
contendo granulas de differente natureza.
A membrana interna que chamamosendhymenina,éem geral delgada ,trans
-parente,muitaelaslica apezar desua
grandetenazeidade, esemalgumtraço de organisaçãoapreciável.
Enoseu interior quescacha afovilla.
A externa que chamamosexhymenina
,
6 muitoespessa,
resistente, pouco elas -tica, rompendo-
se
muifacilmentequando se adistende.
Ellaéimmediatamente applicadasobrea interna , de que facilmente sepódedestacar fazendogrãos dopollencmumxaropeumpouco accidulado
.
Fazendoentãogirar as duas laminas de vidro,entreasquaessc osdeve1er collocado, a exhymenina se destaca edeixa a endhymeninadescoberta.
Quandosãocomo acima dissemos compostos detrèsmembranas
,
a exterior conservaoscaracteresque demosáexhymenina,easduasinternas são igualmente delgadas,diaphnas,
eelasticas.
Emfimquandotratarmos das especies cmque o pollen é reunido emmassassolidas,veremosoqueacontece quandoosutriculos nãosecompõem senãode uma sómembrana.
Depoisdetermostratado da organisaçãogeral dosgrãosdo pollen,cumpre
-
nos
particularidades(pieellespodemapresentarnasuasuperficie externa.
Estasuperficie dosgrãosdo pollen éraras vezes
lisa e igual.No
maiornumero
doscasos
ellaoffcrccepontuaçõescm forma dcgranulas,
papillas,
c
emfim appen-maceraros
—
17
—
dicesmuito rijos,pontudos,oem fôrma de espinhos, osquaespodemestar col
-locadossemordem,
ou formandouma rede,cujas malhas são mais oumenos regulares.
Também ordinariamente esta superliciese cobre deumfluido viscoso,que evidentemenleésccretado porestespequenoscorposqueexistem nasuperficie da exhymeninu
.
A superlicie dos grãosdo pollen apresenta muitasvezesespccies de pregase póros cujo numero e posição sã o rigorosamentedeterminados
.
Enlreiauloo pollende algumas fam ílias parececompletamente desprovidod’ellas.
Aspregasmostrão
-
sc cm geraldebaixodaforma deuma fita dirigida longitu -dinalmentedeumaoutropólo,as quaes marcãoa direcção doeixoque atravessa odiâmetrodosgrãos dopollen. Ad miltose emgeral (pien’estaspregas a exhy-menina falta completamente,eque éentão aendhymenina quesc\ô
.
Entretanto emalgumascircumstancias,parecequeaspregasnão sãooutracoisa mais do que umadelgaçamentodamembrana externa.» Emtodosos casos nos pontosemqueexistem estas dóbrns amembranado utriciilo forma emsua faceinterna umasaliência longitudinal, umaverdadeira pregaquesedesdobra quandoogrãodopollen sc dilataabsorvendoagoa
.
Onumerodaspregasémuitovariavel.
Emum grandenumerodepollens nota
-
secomojádissemospóros ou osculos.
São em geral aberturas circulares feitas na membrana externaquedeixa vôr a interna.
Entretantocertospórosofferccemuma complicação muito maior : assim sãoalgumas vezes collocadosnovertice espccies de tubos curtos abrindo-
sc por uma sortede tampacircular, formada pela membrana externa,
enãoésenão depoisqueestatampasctemlevantadoque a membrana internasedescobre.
Oseunumerolambemémuito variado
.
E por estes pórosque a membrana interna se mostra,esabe quando o grãodo pollen scinchaabsorvendo humidade
.
Nospollensquenãotempregas oupórosamembrana externasc despedaça em certospontos,eé entãoporestasaberturas accidciitaesqueainterna faz saliência ese alonga em tubo
.
Onumerodos tubos pollinicos é tãovariado como odos póros.
Podem ser tantosquantosforem os póros,ou emmenor numeroficando porémmuitospóros feichados.
Lançando
-
se
umgrãopollinico na agua aabsorsãoé tãorapida que otubo dcrcpcnle se rompe e deixa escapar a foviila.
Afoviila é um liquidoespêsso
,
e mucilaginoso queenchea cavidade interior do grãopollinico.
Esteliquido é transparente, muitasvezessemcór,contendo umagrande quantidade depequenosgrãos dcsiguaesedefôrma muito variavel.
Estespequenos grãostemsido objecto demuitasdiscussões entreos physio -logists. Gleichen jálinha observado que no liquido cm queellesnadão,
estespequenos
corpos erão dotados dc movimentos muito variados.
Mr.
Adoipho—
18—
Brongniart cm«imamemoria quefezsobre a geração »losvegetaosdiscrcvôo com muilo cuidadoesteplienomeoo: porémestesmovimentos descobertos porHubert Brown e conhecidos hoje pormovimentosBrownianos, «pieentãosejulgava spon
-tancos,eque linliãofeitocomparal-
os aoszoospermasdosanimaes,sã odevidos ao movimento dequesão dotadas todasas partículasexcessivamentetinas deto -dososcorpos.
Estes pequenos corpos não são outracousamais,segundoMr
.
llicliard , do que grãosdefécula azulados pelo iodo,tendoos mesmoscaracteresdafécula,tomada ein todacqualquer outra parte dovegetal.
Mr.Fritsch reconheceu ainda mais que estesgrãos amylaccoscrãoacompanhados degotas de um oleo essencial solúvelno alcool.POLLEN SOLIDO
.
Entendemos por estetermoopollen,quandolongede ter osseusgrãossoltos e distinctes,ostemreunidos formando uma massa,que geralmentetomaafórma da anlheraque oencerra
.
Nasmonocotyledoneas énafam ília das Orchidoas,cnas dicotyledoneas, nas Asclepiadeas queseobserva o pollen solido.
Nasprimeiras os grãospollinicos sãoagglomeradoseinquatroa quatro; são estas agglotncraçõesparciaes omododaformação dos grãospollinicosnointe
-riorda anlhera,
que se reunem para formar as massaspollinicas, como logo veremos.
Os grãospollinicos que formãoasmassas ora sãoreunidos porumaespecie de rede claslica que se distendequandoamassa chega aromper
-
se, en’estecasoa massa é dita scctil:orasãosimplesmente aproximados pela pressãoque sobre ellesexercem
asparedes da lojadaanlhera,centão a massaédita pulverulenta.
Emíimalgumas vezes estãodetalmaneiraunidos que formão umamassa solida. Estastrèsstructurasdo pollen dão caracteres mui importantesparasedestinguir os numerososgenerös da fam í lia das Orchideas.Muitasvezesas massas pollinicas se terminão poruma laminade fornia variada quese chama caudiculo
,
eestetrazemsua extremidadeumcorpo ordinariamente glandularaque setemdadoonomederelinaculo.
Osulriculospollinicos quecompõemesta sortede pollen nãosãocompostosse
-nãodeumasó membrana que se considera geralmentecomosendo a endhymeni -na ,ordinariamentelisasempregasnemporos.
As massas pollinicasofferccemumastructuraumpoucodifferentenafatnilia das Asclepiadeas
.
São formadaspor uma especie decasca membrunosaapresentando no interior um grandenumerodeccllulas,em cada uma dasquaes seachaconti -do um grão pollinico, que offerecea structura acima dada,
eparaqueestes grãos possão servir para a fecundação é preciso que estamembranase
rompa,
centão os tubospollinicosseform ãocomojãdissemos.
—
10—
FORMAÇÃO EDESENVOLVIMENTO DOSGRÃOS POLLINICOS
.
Aformaçãoedesenvolvimentodos grãospollinicosé hoje bemconhecida
,
gra -çasaosgrandestrabalhos deMr.
Mirbel.Se examinarmos a flor de ahobora quando principia a semostrar
,
veremos
que ioda aanthera,mesmoapartequedeve mais tarde constituir as suasparedes éuma
massadetecido utricular.
Mais tarde vê-
se queos utriculostemtomadoum
desenvolvimentomaior de cada lado dalinha mediana da anthera.
Estesutriculos vãocrescendopoucoa pouco, casgranulasqueelles contém se muitiplicãode tal maneiraqueformão massasopacas(pieenchemtotalmenteas cellulas.
Asparedes d’estascellulaspollinicastornão-
seespessas e enchem-
se deumsuecoqueparece umageléasem
côr.
Poucotempodepois,istoéquando os botões da flôrtemseleouoito millimetros de comprimento,a paredeespessaesucculenta de cada utricu
-losedilataese separadasmassasdasgranulas. Mois tarde quatro appendices em forma de laminasdefaçassedesenvolvememdistancia igualunsdos outros,sobre » a face internado utriculo, egradualmentevãoderigindo o seu cortante parao centro,eacabão por dividir a massa em quatropequenaspartesiguaes,ctrian -gulares:quando os cortantes dos appendicesseencontrão nocentro dividemcn -trelaçando-
sea cavidade emquatro lojasque searredondãoetorn ão-
se cspheri -cas.
N’estaépoca aporçãodotecido formado pelosutriculosisola-
sedas partes circumvisinhas.
cada utriculo torna-
selivre,ccadapequena massagranulosare -cebeumtegumentomembranoso,liso.
incoloro,diaphno,ecomeça logoareves
-tir-
sedos caracteres proprios ao pollen da abobora.
0grão do pollen endurece,
torna-
seopaco,ainarello,ecessadecrescer :é então que temchegado ãsuama -dureza;porém quasi aomesmotempo osutriculos pollinicos, c seus tegumentos communs seccos,roptos.edespedaçados não doixãoperceber mais do que fragmen -tosdesconhecidos, demaneiraquetodosos
orgãospoucotempoantes presosuns aosoutros,agora derepenteseachão livres,e reunidosnas lojas da anthera.Estemodo de forma çãodo pollenépoucomaisou menos geral
,
enão soffre niais do quepequenasmodilicações:assim,algumasvezes,
porexemplo:cada utri -culo mãipódecontermu ou mais dequatrogrãos pollinicos. Este modo de for -mação nos explica algumas das particularidadesqueobservamos precedeu temente -taescomo a reuniãoporquatro utriculos pollinicos entresi, que mostramosno pollen dasOrchideas,
eapresença ,no pollen seclil d’estamesma
fam ília da ma -tériaelasticn querenneosgrãos entre si,matériaquenão pareceser
mais que os restosdosutriculosmaisnosquaesosgrãos pollinicos setemformado,equeem certoscasosn ãoé absolvidacompletamente.
OVARIO
.
0ovário occupasempreaparleinferiordo pistil:seucaractoressencial, é de apresentar,quando o cortamos longitudinalmente,duasouniais cavidades cha
-—
'20—
ninths lojas, nas quaesestão contidososovulos
,
e éno seuinterior queos ovulos adquirem todooseu desenvolvimentoatésetornaremgrãos.
A formamaisgerald’este orgáo éa ovoide,comtudoem algumas fam í liasellese apresentamaisou
menos
comprimidoe alongado.
Oováriopódc ser livre no fundo da llòr,istoéque sua baze corresponde aopon
-todorcccptaculo onde scinseremigualmenteosestâmes, c os invólucrosflorae»tsemque tenhandherenciacomoealix
.
Porémalgumasvezesnãoseoencontra nofundodaflòr,parececollocado in
-teiramenteabaixodo ponto de inserçãodasoutraspartes,isto é que fazendo ellesócorpo com o tubodocalix,por todosos pontosdesua pcripheria seuverticc somenteéo que sc acha livrenofundo da flòr:d’ahi lhevemos nomes de ovário
infero
,
eovário supero.
Não setemdado muitoaltenção a umaparticularidadeque apresentaoovário infero, a qual aquirepetiremosparaque ainda porestaveznãopassedesaperce
-bida,c vem a ser que apresença doovário infero excluo necessariamenteamulti -plicidade dos pistis namesmallòr.
Ilaumaposição doovárioquenos fará confundir com oovárioinfero, áqual devemos entretanto deslinguir. Kocaso em que muitos pistis reunidos em uma flòr,são unidosáparede interna de umcalix muito apertado nasuaparlesupe
-rior,de maneiraqueaoprimeiro golpe de vista representa um ovário infero.
Es -tesováriosrecebem o nome deparielues.
Chama
-
seováriogynobusicoquando elle é applicado sobre um disco hypogyni -co quen’estecasotemrecebidoonome degguobazo,
eentã oo ovário édividido profuudamentceinumcertonumero
deloboscorrespondendo ao das lojas, e seu eixo centralédetal maneira deprimido que parece nullo,equeostyloparecenas -cer iinmcdiataincnle do disco;desortequena épocada madureza cadaumadas partesou cascas de quese compõeoovário scseparade maneira que parececons -tituirumfructo particular.
um
O
ovário é
chamadosessil quando nãoélevantadopor umsustentáculoparticu -larcomo nojacintho:slipiludoquando é levantadopor um podogynomuito alon -gado:ctemosnomesdeunilocular,bilocular,iriJoni/ar,
emultilocufur, segun-do ellesecompõedeuma,duas,très,oumuitaslojas
.
Cada loja deumováriomullilocolartemsido considerada comouma parteou orgãodistincto,e tom
-
sc-
lhc dadoonome de carpcllas.
Obilocular,
por exem -plo: resultadasolda intima de duascarpcllasformandoum sóemesmo ovário.
Eabsolutamente a mesma cousa quando ha1res,quatro, cinco oumuitas lojas.
Cada lojapóde conterum.dons oumuitosovulos,eentãotom ãoosnomes de uniovulares,biovularesoumnlliovularcs.
Quando cada loja doovárioencerra dous ovulos sómente,ora osovulosnas
-cem no mesmopontocnamcsinaaltura; c sãochamados ovulosoppostos,ora
nascem
umacima do outro echaináo-
sesuperpostos.
—
í2 iCliamão
-
sclambem alternos quando os seus pontosdeuniãonão sãono mesmo plano,aindaqueosovulosseloquemlateralmenle.
Quandooovário é tnultiovu -lar.
os ovuíos podem estar dispostos de differentes maneiras:assim podem estar regularmentesuperpostos uns sobre osoutros sobre umalinha longitudinal, c tem o nome de ovulos uniseriados,
ou sãodispostos sobre duas linhas longitudi -naese sãochamados biseriados.
Algumasvezes
também estão espalhadossem
ordern,coutrasreunidoseapertados unscontra os outros de maneira a formar umglobo,noOVULO.
Estecorpo é a parte do vegetal quedepois dafecundaçãodeve contero em
-bryãocporconseguinteogrão;emseudesenvolvimentoapresentaphenomenos cxiremamente notáveis, cujo estudo explica muitos pontos de organisação do orgào.
Grewestudando astructura dogrãoantesde sua maduresa,considera ogrão
,
comocomposto de1resmembranas, umaexterna outramedia, e outra interna. Representamuito bem aformaçãodestamembrana interna,na partesuperiorda qual oembryãoprincipiaa desenvolver-
se.
Natunica externa elletambém admit -teumapequena abertura naturalqueserve,segundo ellemesmodiz.
paraesta -belecer a communicação do ar atmospherico comoembryão,epara dar sabida ãs radiculasna época da germinação.
Turpin admitle que nas plantas phanerogntnas a fecundaçãotem lugarpormeio de um feixe vascularque rompeamembrana externadoovulo, eque destacando
-se deixauma pequena abertura quesechamamicropylo.
Poré m d’estatheoriasó ha de verdadeiroestapequenaaberturaquejálinha sidoreconhecida porGrew.
Auguste de St.Hilaireadopta estamesmatheoria
.
mas mostra que o micropylo nem sempreestásituado na visinban ça doliilo,
equealgumas vezesao contrario ellelheéinteira mente opposto.
Affirma aindaoque dizGrew,isto ,é,quea ra -dicula do embryãocorrespondesempreaomicropylo.Malpighi reconhece no ovulo duas membranas quomutuainente secobrem,e que lhes dáconimumcnlco nome desccundinœ
.
lima massa detecidocellular enchetodaacavidade da tunica interna,a estamassaelledáonome
de chorium.
Imaespecie de vazo longitudinal appare.
ee no.centro d’estamassacellular,ao qual elle dáo nomede cordão umbillical Enaparlosuperior d’estevaso
quein -chando-
se se vôapparecer avezicula doamnios
,
em
cujacavidade não tarda a appareceroembryão.
Vé-
se entãoocordãoumbilical penderda base da vezicula deamnios, e ser mais ou menostortuoso. Reconhecetambém a abertura jádemostrada
porGrew.
Admitle duasmembranasexternas emlugar deuma,
c desiingue a cavidade de amnios,ondese desenvolveoembryão,
do cordãoum-bilical
.
-—
:
2*2—
rique
,
umainternacomonome
deéneiUmc,
coutraei)lim mais interna aque chamalegmen,
queparecesera
membrana amniotica de Malpighi.
Poremoque ha demaisnotável éesteobservador não fazermenção daaberturaexterior dos tegumentosdadaporGrew.
OcelebrebotânicoRobert Browndizqueoovulo antes da fecundação compõe
-se deduas membranas e uma amêndoa.
A membrana exterior que elle chama testaapresenta ora pertodoIlibo,
oraemum ponto mais oumenosnííastado desta cicatriz umapequena abertura chamadaporTurpin micropylo. Este botânico différédosoutros emconsiderar esta abertura como abase do ovulo,(piandoos outros considerãoo liilo,oupontopelo qualogrãoestá unido ao placentacomo base.
Os vasos nutritivos do pericarpoquechegãoao ovulopelo liilo.
perdcin -espessurada testa atéseuvertices
formando umaespecic de cordão queseterminaporuma dilataçã o,chamadachalaza
,
que se communica com a membra -nainterna.Esta tem umadireçãooppostaalesta.
Poruma bazemuitolargaella seinsereao vórticedesta , isto é,ao ponto diametralmente opposto ásua base perfurada,de tal sortequeovcrticedamembrana interna , igualmentcperfurada corresponde exactamenteábase datesta.Estasduas membeanas nãotem entresi mais doqueumpontodecommnnica
-ção.
A amêndoaqueellas cobrem éumcorpo cclluloso que segue constantemente a mesma direcçãoque a membrana interna, istoé,que seune ábased’esta,ou aoponto opposto áseuvcrtice perfurado.
Este corpocompõe-
se de duasmem -branas:umaespessa cellulosa querepresenta ochorium de Malpighi;outrainte -rior, formando uma especic devasoalongado , muitasvezesein seuprincipio cheio de um liquido mucilaginoso :isto é, a cavalada amniotica de Malpighi.
E no interiord’estamembranaqueocmbryãoprincipiaase mostrar, e sua radi -cula éconstantemente voltadapara a abertura exterior dostegumentos, assim comojáotinha ditoSanto Hilaire.Asdifferentespartesinferioresdaamêndoa algumas vezes sãoabsorvidas, e aca
-bãopordesapparecer duranteodesenvolvimentodo cmbryão:éoqueacontece a todososgrãosquenãoappresentão endosperma.
Porémoutrasvezesotecidocel -lular doamnios,oudaamêndoa,ou dochorium se enche deumamateria granu -losaformandoum corpoquerodeiaocmbryão.
D’esla importante observaçã o resultaque oendosperman ãotemsempre amesmaorigem.
Comeffeito algumas vezeselleprovém do tecido do amnios que absolveodo chorium eofaz desappa -recer,o que é o maiscommum
:e outrasvezesé formado pelo chorium que em -purra o amnios para asuaparlesuperiordebaixodaforma de um pequeno bolso abraçandoocmbryão: é oque se observana familiaPiperaceas.
Brogniart (Memoriasobre a geraçãodos vegetaes)descreve com bastante cui
-dado a formaçao e odesenvolvimento
do cmbryão;e no ovulo reconhece asmes -maspartesqueBrown, isto éduas membranas exteriores testa,
etegmen,
e duasparlesnaamêndoaquesãoaamêndoapropriamente dita,c o sacco embrgonario
,
sua—
23—
Trevir.inus,cmsuasegunda dissertaçãopublicadacm 1828,affasla
-
scdasopi-niões deBrown;admittenoovuloquatromembranas
,
mas da ás duasinteriores, que compõem a amêndoa,osnomes deperispermaexterna einternoporquesãocomeffeito cilasqueaformão
.
Taeserãopoisasideas quesepossuía acerca d’esteorgãovegetal, quando Mr. Mirbclcom suasdescobertasveio dar umgrande impulsoaumobjectoqueparecia jã1)0,1)esclarecido
.
Elle, antecedenlemenieem seuselementos dephysiologiavc-(jetaltinhadito que oovulo principiavapor ser uma massade tecido cellular na
qual senãodestingnia alguma separação demembrana
.
Foi para verificareste factoque pareciaestaremcontradicçáocomassuasobservações asmaisrecentes, queelletentounovasindagações.
Para melhor conhecera structuradoovulose-guiuseudesenvolvimentodesde omomentocm queelle começaa semostrarno interior do ovário;cfoi(Festamaneiraque obteveoshellos resultados que abaixo
vamostranscrever
.
Dizelleque examinando oovulonomomento emque principia aapontar em
'
umbotão de llor,apresenta-sedebaixo dafôrma de umtubérculoperfeitamentelisoeinteiro
,
quecortadotransversalmenteésomente compostode tecidocellu-lar
,semdistineção de membrana.
Poucotempodepois,tendo-seseguidoo seudesenvolvimento,nota-seque elle se fura em seuvertice
,
equeatravez(Festaaberturasabeumcorpointeriorque fazuma saliênciamaisouniV
-
nosconsiderável,A medidaqueestecorpo sedesenvolveaaberturaaugmenta dediâmetro,cnão
é mui raroestecorpotomarumgrandedesenvolvimento,demaneiraquea mem -brana exterior fiquereduzidaaumaespecie de cupula
,
queabraça sómenteaparteinferiordo grãocontido. Se n’estaépoca se estuda astructurainteriordo
ovulo, vê-se aseguintedisposição.Justamentenocentro está um corpocelluloso
semapparenciademembranadestincta,éonúcleo:estecorpo é rodeado de duas membranas igualmente furadas emseusvertices
.
Aexteriorouaprimina (testadeBrogniarteBrown)apresentasobreumponto desuasuperfície exterioro fe-niculoou cordãovascularqueaune aopericarpo. Suaabertura superior queé
algumasvezesmuitodilatadasechaîna exostome
.
Dentrodaprimeiraestásegunda membrana(pienãotemadherenciacomellasenão porsuabase,ou por um ponto opposto aseuverticeperfurado: é asecundina (legmendeBrogniarte
Brown) que apresentaignalmcnteumaabertura noseuvertice correspondendo
aodaprimina,aqualéchamada endostome
.
Estastrès partes onúcleo,
apri-mina,e asecundina sãodistinctasuma daoutra,e nãotemadherenciaentresi senãopor suabase. Ochalazaoubilo interiorcorrespondealgumasvezes iinme-diatamenteaohilooucicatriz exterior
,
outrasporém éaflastado.
Esteauctor nãopartilhaa mesmaopiniãode Brown, poisquer queochalaza sejaabaze doovulo,emquantoqueBrown consideraoexostomecomoindicando
abazed’esteorgão
.
Porém ámedida queestasprimeiras mudançasnifestado
na structuradoovulo,
tem-seproduzidooutrasciusuaposição.
Assimuma