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Uma visita à Dinâmica Simplética

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Academic year: 2021

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(1)

Uma visita à Dinâmica Simplética

Naiara Vergian de Paulo Costa

UFSC-Blumenau

Colóquio do Departamento de Matemática - UFSC 04 de novembro de 2016

(2)

Sistemas Dinâmicos

Aplicações

Geograa: crescimento demográco

Biologia: densidade populacional de espécies

Economia: comportamento do mercado nanceiro

(3)

Fluxos

M: variedade diferenciável X: campo vetorial suave sobre M

X : p7→ X (p) ∈ TpM

M

p

(4)

Fluxos

M: variedade diferenciável X: campo vetorial suave sobre M

M

ϕ

0

(t) = X(ϕ(t))

ϕ(t)

(5)

Fluxos

M: variedade diferenciável X: campo vetorial suave sobre M

M

ϕ

0

(t) = X(ϕ(t))

ϕ(t)

(6)

Fluxos

M

p

ϕ

p

(t)

Fluxo associado a X : ϕ : M×R → M ϕ(p, t) = ϕp(t)

Órbita de X pelo ponto p: Op={ϕp(t), t∈ R}

(7)

Fluxos

M

p

ϕ

p

(t)

Fluxo associado a X : ϕ : M×R → M ϕ(p, t) = ϕp(t)

(8)

Variedades simpléticas

Denição (Variedade simplética (M, ω))

M uma variedade diferenciável ω uma 2-forma sobre M:

ωx : TxM× TxM → R bilinear e anti-simétrica

ω é umaforma simplética sobre M se: ω é não-degenerada: ker ω = {0} ω é fechada: dω = 0

(9)

Variedades simpléticas

Denição (Variedade simplética (M, ω))

M uma variedade diferenciável ω uma 2-forma sobre M:

ωx : TxM× TxM → R bilinear e anti-simétrica

ω é umaforma simplética sobre M se: ω é não-degenerada: ker ω = {0} ω é fechada: dω = 0

(10)

Exemplos de variedades simpléticas

R2n com coordenadas (q1, . . . , qn, p1, . . . , pn) ω0 = n X i =1 dqi ∧ dpi Esfera S2: x ∈ S2, u, v ∈ TxS2 ωx(u, v ) =hx, u × vi x u v

Fibrado cotangente T∗W com coordenadas locais

(x1, . . . , xn, ξ1, . . . , ξn) ωcan= n X i =1 dxi ∧ dξi

(11)

Exemplos de variedades simpléticas

R2n com coordenadas (q1, . . . , qn, p1, . . . , pn) ω0 = n X i =1 dqi ∧ dpi Esfera S2: x ∈ S2, u, v ∈ TxS2 ωx(u, v ) =hx, u × vi x u v

Fibrado cotangente T∗W com coordenadas locais

(x1, . . . , xn, ξ1, . . . , ξn) ωcan= n X i =1 dxi ∧ dξi

(12)

Exemplos de variedades simpléticas

R2n com coordenadas (q1, . . . , qn, p1, . . . , pn) ω0 = n X i =1 dqi ∧ dpi Esfera S2: x ∈ S2, u, v ∈ TxS2 ωx(u, v ) =hx, u × vi x u v

Fibrado cotangente T∗W com coordenadas locais

(x1, . . . , xn, ξ1, . . . , ξn)

ωcan=

n

X

(13)

Propriedades das variedades simpléticas

Seja (M, ω) uma variedade simplética. dim(M) = 2n é par

ωn é forma de volume em M

Teorema de Darboux: Quaisquer duas variedades simpléticas de mesma dimensão são localmente equivalentes no sentido simplético.

Nem toda variedade de dimensão par admite uma estrutura simplética:

(14)

Propriedades das variedades simpléticas

Seja (M, ω) uma variedade simplética. dim(M) = 2n é par

ωn é forma de volume em M

Teorema de Darboux: Quaisquer duas variedades simpléticas de mesma dimensão são localmente equivalentes no sentido simplético.

Nem toda variedade de dimensão par admite uma estrutura simplética:

(15)

Propriedades das variedades simpléticas

Seja (M, ω) uma variedade simplética. dim(M) = 2n é par

ωn é forma de volume em M

Teorema de Darboux: Quaisquer duas variedades simpléticas de mesma dimensão são localmente equivalentes no sentido simplético.

Nem toda variedade de dimensão par admite uma estrutura simplética:

(16)

Fluxos Hamiltonianos

Denição (Sistema Hamiltoniano (M, ω, H))

(M, ω) variedade simplética H : M → R função suave

XH é umcampo Hamiltoniano em M se:

iXHω = dH

Fluxo Hamiltoniano: uxo ϕH associado a XH

Função Hamiltoniana: H : M → R

(17)

Fluxos Hamiltonianos

Denição (Sistema Hamiltoniano (M, ω, H))

(M, ω) variedade simplética H : M → R função suave

XH é umcampo Hamiltoniano em M se:

iXHω = dH

Fluxo Hamiltoniano: uxo ϕH associado a XH

Função Hamiltoniana: H : M → R

(18)

Fluxos Hamiltonianos

Denição (Sistema Hamiltoniano (M, ω, H))

(M, ω) variedade simplética H : M → R função suave

XH é umcampo Hamiltoniano em M se:

iXHω = dH

Fluxo Hamiltoniano: uxo ϕH associado a XH

Função Hamiltoniana: H : M → R

(19)

Fluxos Hamiltonianos

O uxo Hamiltoniano preserva osníveis de energia H−1(c),

c ∈ R.

H

−1

(c

1

)

H

−1

(c

2

)

(20)

Sistemas Hamiltonianos em (R

2n

, ω

0

)

Considere R2n com coordenadas (q1, . . . , q

n, p1, . . . , pn) munido de ω0= n X i =1 dqi∧ dpi

Seja H : R2n→ R uma função suave.

Campo Hamiltoniano: XH = J0∇H =  0 Id −Id 0   DqH DpH  Equações de Hamilton:          ˙ qi = ∂H ∂pi ˙ pi =− ∂H ∂qi i =1, . . . , n

(21)

Exemplos em R

2

, ω

0

= dq

∧ dp



H(q, p) =−qp ˙ q =−q ˙ p = p q p XH ∇H H(q, p) = q 2+ p2 2 ˙ q = p ˙ p =−q q p ∇H XH

(22)

Exemplos em R

2

, ω

0

= dq

∧ dp



H(q, p) =−qp ˙ q =−q ˙ p = p q p XH ∇H H(q, p) = q 2+ p2 2 ˙ q = p ˙ p =−q q p ∇H XH

(23)

Exemplo na esfera S

2

Considere a esfera S2 ⊂ R3 com coordenadas

(θ, h) : θ∈ (0, 2π) ângulo e h ∈ (−1, 1) altura , munida da forma simplética ω = dθ ∧ dh.

Função Hamiltoniana: função altura H(θ, h) = h

Campo Hamiltoniano: XH = ∂θ.

(24)

Daqui em diante...

Considere R4 com coordenadas (q1, q2, p1, p2) munido de

ω0= dq1∧ dp1+ dq2∧ dp2 e H : R4→ R uma função Hamiltoniana.

Sistema Hamiltoniano em R4:                          ˙ q1 = ∂H ∂p1 ˙ q2 = ∂H ∂p2 ˙ p1 =∂H ∂q1 ˙ p2 =∂H ∂q2

Os níveis de energia regulares de H são hipersuperfícies de dimensão 3.

(25)

Seções globais

M uma variedade de dimensão 3 e X um campo vetorial em M N uma superfície compacta mergulhada em M

N é umaseção global para o uxo de X se: cada componente de bordo de N é uma órbita periódica de X

X é transversal a ˙N = N \ ∂N

toda órbita passando por x ∈ M \ ∂N intersecta ˙N em tempos positivos e negativos

N

X x

Aplicação de primeiro retorno τ : ˙N→ ˙N

(26)

Seções globais

M uma variedade de dimensão 3 e X um campo vetorial em M N uma superfície compacta mergulhada em M

N é umaseção global para o uxo de X se: cada componente de bordo de N é uma órbita periódica de X

X é transversal a ˙N = N \ ∂N

toda órbita passando por x ∈ M \ ∂N intersecta ˙N em tempos positivos e negativos

N

X x

Aplicação de primeiro retorno τ : ˙N→ ˙N

(27)

Hipersuperfície estritamente convexa

R4 munido da forma simplética ω0 = dq1∧ dp1+ dq2∧ dp2

H : R4→ R função Hamiltoniana

S = H−1(c)nível de energia regular de H S éestritamente convexo se:

S é difeomorfo a S3 S tem curvatura positiva

S S = H−1(1) ⊂ R4 H(q1, q2, p1, p2) = q 2 1 a21 + q22 a22 + p21 b21 + p22 b22

(28)

Seções globais do tipo disco

Teorema (Hofer - Wysocki - Zehnder, 1998)

Se S = H−1(c)é umahipersuperfície estritamente convexa de R4

então S admite uma órbita periódica P com índice de

Conley-Zehnder 3 que é bordo de umaseção global do tipo discoD.

P

D

S

P

(29)

Seções globais do tipo disco: consequências dinâmicas

Toda órbita periódica distinta de P estáenlaçada com P.

Aplicação de retorno τ : ˙D → ˙D é um difeomorsmo que preserva área

Teorema da translação de Brouwer ⇒ τ admite um ponto xo

˙ D U τ (U ) τ2(U ) τ3(U ) τn(U )

Teorema de Franks ⇒ τ : ˙D \ {p} → ˙D \ {p} admite 0 ou ∞ pontos periódicos

(30)

Seções globais do tipo disco: consequências dinâmicas

Toda órbita periódica distinta de P estáenlaçada com P. Aplicação de retorno τ : ˙D → ˙D é um difeomorsmo que preserva área

Teorema da translação de Brouwer ⇒ τ admite um ponto xo

˙ D U τ (U ) τ2(U ) τ3(U ) τn(U )

Teorema de Franks ⇒ τ : ˙D \ {p} → ˙D \ {p} admite 0 ou ∞ pontos periódicos

(31)

Seções globais do tipo disco: consequências dinâmicas

Toda órbita periódica distinta de P estáenlaçada com P. Aplicação de retorno τ : ˙D → ˙D é um difeomorsmo que preserva área

Teorema da translação de Brouwer ⇒ τ admite um ponto xo

˙ D U τ (U ) τ2(U ) τ3(U ) τn(U )

Teorema de Franks ⇒ τ : ˙D \ {p} → ˙D \ {p} admite 0 ou ∞ pontos periódicos

(32)

Seções globais do tipo disco: consequências dinâmicas

Toda órbita periódica distinta de P estáenlaçada com P. Aplicação de retorno τ : ˙D → ˙D é um difeomorsmo que preserva área

Teorema da translação de Brouwer ⇒ τ admite um ponto xo

˙ D U τ (U ) τ2(U ) τ3(U ) τn(U )

Teorema de Franks ⇒ τ : ˙D \ {p} → ˙D \ {p} admite 0 ou ∞ pontos periódicos

(33)

Seções globais do tipo disco: consequências dinâmicas

Toda órbita periódica distinta de P estáenlaçada com P. Aplicação de retorno τ : ˙D → ˙D é um difeomorsmo que preserva área

Teorema da translação de Brouwer ⇒ τ admite um ponto xo

˙ D U τ (U ) τ2(U ) τ3(U ) τn(U )

Teorema de Franks ⇒ τ : ˙D \ {p} → ˙D \ {p} admite 0 ou ∞ pontos periódicos

(34)

Decomposição em livro aberto

Teorema (Hofer - Wysocki - Zehnder, 1998)

S admite umadecomposição em livro aberto.

P

(35)

Conjuntos estrelados de R

4

Em geral, tais seções globais e tais decomposições podem não existir.

S

Mas ainda podemos encontrar um sistema global de seções transversais ao uxo.

(36)

Sistema de seções transversais

Conjunto singular: órbitas periódicas com CZ ∈ {1, 2, 3}

Possíveis folhas regulares:

3 3 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1

(37)

Casos particulares de folhas regulares

Caso dinamicamente convexo (CZ ≥ 3)

3

Caso fracamente convexo (CZ ≥ 2)

3

3

2

2

(38)

Casos particulares de folhas regulares

Caso dinamicamente convexo (CZ ≥ 3)

3

Caso fracamente convexo (CZ ≥ 2)

3

3

2

2

(39)

Exemplos de sistemas de seções transversais

P

3

D

τ

(40)

Exemplos de sistemas de seções transversais

U1 U2 P30 P2 P3 V V0 Dτ D0τ Folheação 3 − 2 − 3

(41)

Exemplos de sistemas de seções transversais

P

1

P

2

(42)

Sistemas de seções transversais próximos a níveis críticos

H : R4→ R função Hamiltoniana 0 ∈ R é um valor crítico de H

S0 ⊂ H−1(0) é umconjunto singular estritamente convexo:

S

E

S0

p

c

S0 é homeomorfo a S3 S0 admite uma única singularidade pc ∈ R4

˙

S0 := S0\{pc} tem

(43)

Comportamento do uxo Hamiltoniano em torno de p

c

Assumimos que H : R4 → R é uma funçãoreal-analítica.

q1

p1

q2

p2

(44)

Existência de folheação 2 − 3

Teorema (de Paulo - Salomão)

H : R4→ R uma função Hamiltoniana real-analítica H admite umequilíbrio do tipo sela-centropc∈ H−1(0)

pc pertence a umconjunto singular estritamente convexo

S0 ⊂ H−1(0).

SE pc

S0 P2,E

Então, para todo E > 0 sucientemente pequeno, SE ⊂ H−1(E )

(45)

Folheação 2 − 3 em S

E

: consequências dinâmicas

P

2,E

U

1,E

U

2,E

V

E

S

E

P

3,E

D

τ,E

W

E,locs

(P

2,E

)

W

E,locu

(P

2,E

)

1

(46)

Exemplo: Hamiltoniano de Hénon-Heiles

Seja Hb: R4 → R dada por

Hb(q1, q2, p1, p2) = p21+ p22 2 + q21+ q22 2 + bq21q2− q23 3 , 0 < b ≤ 1.

(47)

Dinâmica de H

b

para 0 < b < 1

E =1 6 E <16 E >16 1 q1 q1 q1 q2 q2 q2

Para cada ε > 0 sucientemente pequeno, H−1 b 16 + ε

 contém uma 3-bola Sb,E que admite umafolheação 2 − 3

Sb,E contéminnitas órbitas periódicas e innitas órbitas

(48)

Dinâmica de H

b

para 0 < b < 1

E =1 6 E <16 E >16 1 q1 q1 q1 q2 q2 q2

Para cada ε > 0 sucientemente pequeno, H−1 b 16 + ε

 contém uma 3-bola Sb,E que admite umafolheação 2 − 3

Sb,E contéminnitas órbitas periódicas e innitas órbitas

(49)

Exemplo: Nanobeam

Consideramos uma haste (silício, carbono) com comprimento L0

largura w espessura d

L0  w > d

L0 Sob compressão longitudinal:

L

L L

(50)

Descrição Hamiltoniana e pontos de equilíbrio

H (q1, q2, p1, p2) = p 2 1+ p22 2 + αq12+4βq22+ q12+4q22 2

α >0 e β > 0: o sistema não admite sela-centros α <0 e β > 0: três equilíbrios, um deles sela-centro

q m+ m

Sela de ´ındice 1 M´ınimo M´ınimo

α <0 e β < 0: cinco equilíbrios, dois deles sela-centros

q

q+ q−

m+ m

(51)

Caso α < 0 e β > 0

E > 0 E = 0 E < 0 q2 q2 q2 q1 q1 q1

Para cada E > 0 sucientemente pequeno, H−1(E ) contém

3-bolas SE e SE0 tais que WE = SE∪ SE0 admite uma

folheação 3 − 2 − 3

SE e SE0 contêm innitas órbitas periódicas e innitas órbitas

(52)

Folheação 3 − 2 − 3

U1 U2 P30 P2 P3 V V0 Dτ D0τ

(53)

Referências

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