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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS FERNANDO ARAÚJO DA SILVA

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS

FERNANDO ARAÚJO DA SILVA

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ: Atos protelatórios e a violação do princípio da duração razoável do processo

PORTO VELHO – RO 2017

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FERNANDO ARAÚJO DA SILVA

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ: Atos protelatórios e a violação do princípio da duração razoável do processo

Artigo apresentado no Curso de graduação, em Direito do Centro Universitário São Lucas 2017, como requisito parcial para obtenção do título de especialista.

Orientador: Prof.º Esp. Ângelo Luiz Santos de Carvalho.

PORTO VELHO – RO 2017

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECARIA COM CRB Da Silva, Fernando Araújo.

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ: Atos protelatórios e a violação do princípio da duração razoável do processo / Fernando Araújo da Silva - Porto Velho: Centro Universitário São Lucas, 2017.

32p.

1. Litigância de má-fé 2: Artigo Científico. I. Da Silva, Fernando Araújo II. Atos protelatórios e a violação do princípio da duração razoável do processo III. Centro Universitário São Lucas.

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FERNANDO ARAÚJO DA SILVA

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ: Atos protelatórios e a violação do princípio da duração razoável do processo

Artigo apresentado à Banca Examinadora da Faculdade São Lucas, como requisito de aprovação para obtenção do Título de Bacharel em Direito.

Data: ______/_______/________ Resultado: __________________

BANCA EXAMINADORA

Prof. Esp. Ângelo Luiz Santos de Carvalho Centro Universitário São Lucas

______________________________ Nome da instituição Titulação e Nome

______________________________ Nome da instituição Titulação e Nome

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LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ: Atos protelatórios e a violação do princípio da

duração razoável do processo1

Fernando Araújo da Silva2 RESUMO: O presente artigo pretende-se demonstra o instituto da litigância de má-fé, com vistas ao devido processo legal e alguns atos protelatórios e buscando destacar quais são as situações que configuram este instituto e quais os momentos e como deve proceder o magistrado diante delas. Como também, quais são as penalidades, sanções, multas, nas quais estes acusados poderão ser condenados a cumprir. É muito complicado e dificilmente acontece de alguém ser condenado por este instituto, pois não é simples o processo de reconhecimento e condenação de um litigante de má-fé. De tal forma, trata-se de um artigo com ênfase em uma pesquisa explicativa, sobre situações ensejadoras deste instituto, que a partir do momento em que todos os operadores do direito, partes, e assistentes dos processos tenham em mente agir com boa-fé, honestidade e ética, podemos considerar que teremos um ordenamento jurídico cada vez mais justo, célere, e que assegure realmente todos os direitos e deveres de cada cidadão.

Palavras-chaves: Litigância de má-fé. Devido processo legal. Reconhecimento. Condenação.

ABSTRACT: This article intends to demonstrate the institute of litigation in bad faith, with due regard to due process of law and some protective actions and seeking to highlight which are the situations that configure this institute and what moments and how the magistrate should proceed from them. Also, what are the penalties, sanctions, fines, in which these accused may be ordered to comply. It is very complicated and it is hardly possible for someone to be condemned by this institute, since the process of recognition and conviction of a litigant in bad faith is not simple. In this way, it is an article with an emphasis on an explanatory research, on situations that lead to this institute, that as soon as all legal operators, parties, and process assistants have in mind to act in good faith , honesty and ethics, we can consider that we will have a legal system that is ever more just, swift, and that really guarantees all the rights and

duties of each citizen.

Keywords: Bad-faith litigation. Due process legal. Recognition. Conviction.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo aborda o tema da litigância de má-fé, que o legislador foi bastante cuidadoso ao tipificar quais são as situações em que se configura a litigância, contudo, não demonstrou qual deveria ser o procedimento próprio a ser adotada no caso de uma suposta acusação, apuração ou até mesmo uma condenação.

Para o propósito a que se destina este artigo, foram selecionados alguns princípios que, a despeito da importância de tantos outros, influenciam, de

1 Artigo apresentado no curso de graduação em Direito do Centro Universitário São Lucas

2017, como pré-requisito para conclusão do curso, sob orientação do professor especialista Ângelo Luiz Santos de Carvalho. Email: als.carvalho@hotmail.com.

2Fernando Araújo da Silva, graduando em Direito do Centro Universitário São Lucas, 2017.

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maneira precípua, a análise da litigância de má-fé e os atos protelatórios do processo. Também se demonstram ao decorrer do artigo, que a partir do momento que estes princípios são empregados com seriedade, disciplina, pode-se dizer que não haveria a necessidade em condenar nenhuma das partes pela configuração da litigância de má-fé.

Sendo os princípios: devido processo legal, duração razoável do processo, lealdade processual, boa-fé, cooperação, contraditório e ampla defesa.

A verdade e a integridade são deveres que cabe às partes, aos procuradores e a todos aqueles que estejam relacionados ao processo. Os atos processuais devem ser desenvolvidos com total respeito e cooperação, a conduta das partes no processo devem ser fundados em princípios morais e éticos, visto que o processo é uma ferramenta colocada à disposição dos litigantes, não somente para a solução das lides, mas também para a execução do próprio direito em si.

Podemos destacar que uma coisa é certa; a relação processual, quando se forma, encontra as partes que estão em conflitos em determinadas situações, que tende a não manter um clima de total acordo, é aí que muitas das vezes o processo chega a ser mais do que os institutos do direito material, e passa ao abuso de direito.

Neste breve esboço, delimitará o que deve acontecer quando ocorrer às situações caracterizadoras da litigância de má-fé, quais os momentos que podem ser reconhecidos e apurados tais configurações da litigância de má-fé.

Diante disto, há também os atos atentatórios à dignidade da justiça, que nas quais está ressaltada a deslealdade processual por parte do executado, e que age de maneira imprudente na situação jurídica, usando meios artificiosos, para conseguir ganhar a qualquer custo na lide.

A partir do momento em que o Código de Processo Civil não indica qual é o procedimento que deve ser aplicado para o caso de suspeitas de litigância de má-fé. Entretanto podemos destacar de antemão que o Código de Processo Civil traz expressamente no seu artigo 318, “aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou lei”. O procedimento comum pressupõe sistema de ampla defesa e contraditório antes de proferir decreto condenatório, sob pena de nulidade processual. Não

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obstante, a Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LV “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerente.

2. PRINCÍPIOS

2.1 Devido processo legal

Sem dúvida um dos mais importantes princípios processuais foi introduzido em nosso ordenamento de forma expressa pela Constituição de 1988, em seu artigo 5º, LIV, segundo o qual “ninguém será privado da liberdade ou dos seus bens o devido processo legal”.

Este princípio representa um conjunto de garantias constitucionais destinadas a assegurar às partes a participação, com o exercício de suas faculdades e poderes processuais, bem como a legitimidade do exercício de sua jurisdição. Decorre dele outros importantes princípios processuais, como o princípio do contraditório, o da ampla defesa e o da duração razoável do processo.

Nesse sentido, Luiz Guilherme Marinoni observa que:

[...] somente é o “devido processo legal” o procedimento que obedece aos direitos fundamentais processuais ou às garantias de Justiça processual insculpidas na Constituição, tais como o contraditório, a imparcialidade do juiz, a publicidade e a motivação. A observância do “devido processo legal” ou do “procedimento legal” legitima o exercício da jurisdição e, de outro ângulo, constitui garantia das partes diante do poder estatal. (MARINONI e MITIDIERO, 2007, 464 p.)

Enfim, com o objetivo único e central de garantir o acesso à justiça através de um processo justo e celebrado como os meios adequados, traduzem em termos processuais, os princípios da legalidade e da supremacia da Constituição, inerentes à democracia participativa pós-moderna.

Pode-se dizer que a garantia do acesso à justiça, consagrado no plano constitucional o próprio direito de ação e o direito de defesa, tem como conteúdo o direito ao processo, com as garantias do devido processo legal. Por direito ao processo não podemos entender a simples ordenação de atos,

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através de um procedimento qualquer. O procedimento há de realizar-se em contraditório, cercando-se de todas as garantias necessárias para que as partes possam sustentar suas razões, produzir provas, influir sobre a formação do convencimento do juiz. E mais: para que esse procedimento, garantido pelo devido processo legal, legitime o exercício da função jurisdicional, sempre a partir da consciência de que a própria garantia do “due process” se resolve em um sistema de limitações ao exercício do poder.

Hoje, mais do que nunca, a justiça penal e a civil são informadas pelos dois grandes princípios constitucionais: o acesso à justiça e o devido processo legal. Destes decorrem todos os demais postulados necessários para assegurar o direito à ordem jurídica justa.

2.2 Duração razoável do processo

Incorporado no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda Constitucional nº 45/2004, este princípio passou a fazer parte das garantias fundamentais estabelecido a cada indivíduo, expresso no inciso LXXVIII, do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”.

Esta alteração, no entanto, não pode criar óbices à segurança jurídica. Este princípio deverá andar concomitantemente aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, fazendo com que o processo não se prolongue além do prazo razoável e tampouco venha a prejudicar a plena defesa e o contraditório.

Não podemos deixar de observar que a duração razoável do processo foi influenciada e expressa pelo pacto europeu, a “Convenção Americana sobre Direitos Humanos”, denominado como “Pacto de San José da Costa Rica” em seu artigo 8º in verbis, “Toda pessoa terá direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação de seus

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direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza”.

De outro lado, dispõe o artigo 4º, do Código de Processo Civil: “as partes têm direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa”.

O presente dispositivo repete o que consta no inciso LXXVIII, do artigo 5º da Constituição Federal, realçando, de modo construtivo, a atividade satisfativa, ou seja, a materialização do direito também em prazo razoável e a solução integral do mérito.

Verifica-se que priorizando o sistema jurídico por dar importância ao ideal da celeridade, adotando tais determinações como atenuação de possibilidade e/ou número de recursos e redução dos prazos processuais, não se estaria a valorizar a segurança processual.

No entanto, valorizando-se a segurança, pressupondo, por exemplo, a hipótese de diversos recursos contra as decisões judiciais, finda por ocasionar a morosidade processual, ainda mais neste país onde estão os Tribunais sobrecarregados de recursos aguardando julgamento.

[...] Temos um Judiciário artesanal para uma sociedade de massa. Depois da Constituição de 1988, o brasileiro passou a buscar o seu direito, o que é fenômeno próprio da democracia. Mas hoje a litigiosidade da sociedade brasileira é umas das maiores do mundo. São 85 milhões de processos para 200 milhões de habitantes e 18.000 juízes. Até os juizados especiais para causa de menor valor perderam agilidade. (LÚCIA, Carmem, Ministra do STF. Temos de ter pressa. Revista Veja, São Paulo, Abril. 2014, Edição 2391, Política, 18 p.)

Conclui-se que o desfecho do processo em prazo razoável é uma solução intermediária, que procura encontrar um ponto de equilíbrio entre celeridade e segurança.

Não é árduo compreender, inevitável necessidade de se institucionalizar, no meio jurídico, a indispensabilidade de um processo célere e efetivo. A expectativa, muita das vezes, por décadas, da resolução dos conflitos há muitos provocada não pacífica a sociedade; ao contrário, suscita a convicção de que suas aflições não merecem o devido respeito e atenção do Estado. Para Rui Barbosa, a justiça tardia é injustiça manifesta.

Apesar disso, não é correto afirmar que decisão célere é uma medida certa para pacificação. Não ocorrerá paz social se a manifestação julgada não

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estiver “rodeada” por mínimas garantias intrínsecas à segurança jurídica, como exemplo, ampla defesa, contraditório e necessária produção de provas.

[...] Não existe um princípio da celeridade. O processo não tem de ser rápido/célere: o processo deve demorar o tempo necessário e adequado à solução do caso submetido ao órgão jurisdicional. Bem pesadas às coisas, conquistou-se, ao longo da história, um direito à demora na solução dos conflitos. A partir do momento em que se reconhece a existência de um direito fundamental ao devido processo, está-se reconhecendo, implicitamente, o direito de que a solução do caso deve cumprir, necessariamente, a uma série de atos obrigatórios, que compõem o conteúdo mínimo desse direito. A exigência do contraditório, o direito à produção de provas e aos recursos certamente atravancam a celeridade, mas são garantias que não podem ser desconsideradas ou minimizadas. É preciso fazer o alerta, para evitar discursos autoritários, que pregam a celeridade como valor. Os processos da inquisição poderiam ser rápidos. Não parece, porém, que se sinta saudade deles. (DIDIER, 2014, 67p.) A proporcionalidade dos princípios é exequível e primordial. Combinam-se os princípios para que a tutela jurisdicional conquiste sua efetividade, de forma célere, sem agravo as demais garantias fundamentais.

2.3 Contraditório e ampla defesa

O princípio do contraditório também indica a atuação de uma garantia fundamental de justiça: absolutamente inseparável da distribuição da justiça organizada, o princípio da audiência bilateral encontra expressão no brocardo romano audiatur et altera pars, significa “que a parte contrária seja ouvida também” . Ele é tão intimamente ligado ao exercício do poder, sempre influente sobre a esfera jurídica das pessoas, que a doutrina moderna o considera inerente mesmo à própria noção de processo.

A bilateralidade da ação gera a bilateralidade do processo. Em todo processo contencioso há ao menos duas partes: autor e réu. O autor (demandante) instaura a relação processual, invocando a tutela jurisdicional, mas a relação processual só se completa e põe-se em condições de preparar o provimento judicial com o chamamento do réu a juízo.

O juiz, por força de seu dever de imparcialidade, coloca-se entre as partes, mas equidistante delas: ouvindo uma, não pode deixar de ouvir a outra.

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Somente assim se dará as ambas a possibilidade de expor suas razões, de apresentar suas provas, de influir sobre o convencimento do juiz.

No Brasil, o contraditório na instrução criminal vinha tradicionalmente erigido em expressa garantia constitucional, sendo deduzido da própria Constituição, indiretamente embora, para o processo civil. Uma postura idêntica era adotada quanto à garantia da ampla defesa, que o contraditório possibilita e que com este mantém íntima ligação. A Constituição Federal impõe o contraditório e a ampla defesa em um só dispositivo, aplicável expressamente aos litigantes em qualquer processo, judicial ou administrativo, e aos acusados em geral (art. 5º, inc. LV).

No processo penal, entendem-se indispensáveis quer a defesa técnica, exercida pelo advogado, quer a autodefesa, com a possibilidade dada ao acusado de ser interrogado e de presenciar todos os atos instrutórios. Mas, enquanto a defesa técnica é indispensável, até mesmo pelo acusado, a autodefesa é um direito disponível pelo réu, que pode optar pelo direito ao silencia (CF/88, artigo 5º, inciso LXIII). Decorre de tais princípios a necessidade de que se dê ciência a cada litigante dos atos praticados pelo juiz e pelo adversário. Somente conhecendo-os poderá ele efetivar o contraditório. No meio jurídico, a ciência dos atos processuais é dada mediante a citação, a intimação ou a notificação, conforme o caso.

Mas a citação, a intimação e a notificação não constituem os únicos meios para o funcionamento do contraditório; é suficiente que se identifique, sem sombra de dúvida, a ciência bilateral, dos atos contrariáveis. O contraditório não admite exceções: mesmo nos casos de urgência, em que o juiz, para debelar o “periculum in mora” (significa locução que denomina uma ou um fato, caracterizado pela iminência de um prejuízo moral, em face da demora de uma providência que o impeça, portanto, trata-se de um dano em potência, que não se perfez ainda). E que provê “inaudita altera parte”, que significa (não ouvida à outra parte). O demandado poderá desenvolver sucessivamente a atividade processual plena e sempre antes que o provimento se torne definitivo.

Em virtude da natureza constitucional do contraditório, deve ele ser observado não apenas formalmente, mas, sobretudo pelo aspecto substancial, sendo inconstitucionais as normas que não o respeitem.

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2.4 Boa-fé processual

Importante ressaltar que a boa-fé processual é referida pelo CPC como dever de todo e qualquer sujeito do processo, com previsão expressa no seu artigo 5º “Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comporta-se de acordo com a boa-fé”, 6º “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva”. E também como norte para a interpretação do pedido formulado (art. 322, § 2º “A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princípio da boa-fé”) e das decisões judiciais (art. 489, § 3º “A decisão judicial deve ser interpretada a partir da conjugação de todos os seus elementos e em conformidade com o princípio da boa-fé”).

Não se pode confundir o princípio da boa-fé com a exigência de boa-fé para a configuração de alguns atos ilícitos processuais, como o manifesto propósito protelatório, apto a permitir a tutela provisória prevista no artigo 311 do CPC, inciso I “ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte”. A boa-fé subjetiva é elemento do suporte fático de alguns fatos jurídicos; é fato, portanto. A boa-fé objetiva é uma norma de conduta: impõe e proíbe condutas, além de criar situações jurídicas ativas e passivas. O art. 5º do CPC não está relacionado à boa-fé subjetiva, à intenção do sujeito processual: trata-se de norma que impõe condutas em conformidade com a boa-fé objetivamente considerada, independentemente da existência de boas ou más intenções.

O princípio da boa-fé extrai-se de uma cláusula geral processual. A opção por uma cláusula geral de boa-fé é considerada a mais correta. É que as diversas situações que podem surgir ao longo do processo torna um pouco eficaz qualquer enumeração legal exaustiva das hipóteses de comportamento desleal. Dai ser correta a opção da legislação brasileira por uma norma geral que impões o comportamento de acordo com a boa-fé. Em verdade, não seria necessária qualquer enumeração das condutas desleais: o art. 5º do CPC é bastante, exatamente por trata-se de uma cláusula geral.

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Existem ainda, regras de proteção à boa-fé, que concretizam o princípio da boa fé e compõem a modelagem do devido processo legal brasileiro. As normas sobre litigância de má-fé (artigos 79-81 do CPC) são um exemplo disso.

2.5 Cooperação

Este dispositivo trata do princípio da Cooperação, decorrente dos princípios da Boa-fé e da Lealdade. Tal princípio tem previsão no art. 6º do CPC: “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva”.

Aqui, no art. 6º, o legislador parece exigir mais do que a boa-fé, não praticar atos de indignidade processual ou de má-fé. Demanda-se um comportamento colaborativo.

Somente em um ambiente protegido pelas garantias constitucionais, e havendo um permanente monitoramento da incidência dessas garantias, é que se poderá ter o chamado processo justo.

Ocorre que, como elementos imprescindíveis ao bom funcionamento desse sistema, encontramos a postura do juiz e a atitude das partes.

Quanto a essas, não podem apenas provocar a jurisdição de forma despretensiosa, sem compromisso ou irresponsavelmente. Devem buscar de forma clara, leal e honesta a melhor solução para aquele conflito. Devem participar da solução.

A ideia de lealdade processual traz ínsita a vedação à litigância de má-fé. Como consequência, será imposta uma multa calculada sobre o valor da causa. A cooperação quer nos parecer, traz uma ideia maior; ou seja, não basta não praticar o ato de má-fé ou de improbidade processual. É preciso ter um atuar construtivo, agir no intuito de promover um processo justo.

Quanto ao juiz, é preciso atentar para a evolução de seu papel, ao longo das dimensões assumidas pelo Estado, desde a fase liberal, passando pela social, até chegar ao atual Estado Democrático de Direito.

A proposta de solução do Estado Democrático de Direito é pela busca de uma efetiva participação dos envolvidos na realização dos fins estatais.

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Essa proposta representa para o sistema de pacificação dos conflitos a necessidade de interação entre as partes que compõem a relação processual no âmbito da jurisdição, além da adoção de métodos não jurisdicionais de solução das lides.

Nesse sentido falamos no dever de cooperação entre as partes.

2.6 Lealdade processual

Sendo o processo, por sua natureza, acima de tudo dialético, é lamentável que as partes se sirvam dele faltando ao dever de verdade ou por qualquer outro modo agindo deslealmente e empregando artifícios fraudulentos. Nota-se que o processo é um instrumento colocado à disposição das partes não somente para a conclusão de seus conflitos e para que possam conseguir respostas para as suas exigências, mas também para a pacificação geral na sociedade e a atuação do direito.

As regras concentradas no denominado princípio da lealdade visam exatamente a conter os litigantes e a lhes impor uma conduta que possa levar o processo à consecução de seus objetivos. A falta de respeito ao dever de lealdade processual caracteriza o ilícito processual, ao qual correspondem sanções processuais.

Nessa proporção, é fundamental que exista um equilíbrio, uma harmonia entre tais princípios de forma que se obtenha a efetividade e celeridade sem injustificado dano a segurança jurídica.

3. Deveres das partes

Primeiramente as partes tem que proceder com responsabilidade em cada ato do processo, por está diante da figura do Estado, ali representado pelo juiz.

Diante disto, o legislador tratou de determinar uma série de deveres que devem ser seguidos por todos os litigantes e os outros participantes do

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processo, que tais deveres estão correlacionados à ética, à moral e a relação de cooperação com o Estado.

Esses deveres estão elencados no artigo 77 do CPC, “Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo”: (I) expor os fatos em juízo conforme a verdade. Nesta hipótese, a parte tem o dever de agir de acordo com a verdade, e não é permitido mentir sobre tais fatos; (II) não formular pretensão ou apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento. Todos os processos devem ser fundamentados com base em algum direito, nenhuma parte pode ajuíza uma determinada ação simplesmente pelo fato de “pedir por pedir” o fundamento jurídico é indispensável ao processo; (III) não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito. O processo deve sempre seguir para frente, os litigantes tem que realizar ou requerer atos que sejam necessários e não utilizados apenas para protelar o direito da outra parte, quando a parte sabe que não há, mas nada o que fazer e que já perdeu aquela ação, mas mesmo assim arrola uma testemunha só para atrasar ainda mais o processo; (IV) cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação. Aqui, as partes tem o dever de cumprir o que foi determinado, e só interpor, recorrer quando cabíveis, e não simplesmente para postergar ainda mais o processo; (V) declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva. Todas as partes têm a obrigação de manter seus dados atualizados no judiciário no qual tem uma ação em andamento, e se este não fizer, poderá sofrer consequência negativa; (VI) não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. A parte tem que aguardar o devido momento para realizar certos atos, não pode passar por cima de um suporte fático ou jurídico de um bem litigioso.

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Para Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, litigante de má-fé é:

[...] É a parte ou interveniente que no processo, age de forma maldosa, com dolo ou culpa, causando dano processual à parte contrária. É o improbus litigator, que se utiliza de procedimentos escusos com o objetivo de vencer ou que, sabendo ser difícil ou impossível vencer, prolonga deliberadamente o andamento do processo procrastinando o feito. (NERY JUNIOR e NELSON, 2016, 454 p.)

Pode-se dizer que a litigância de má-fé é o comportamento desleal e abusivo de uma das partes, e que se posiciona contrariamente ao que seria a boa-fé, no decorrer da lide, constituindo uma modalidade de abuso de processo.

Assim, tal como refere Paula Costa e Silva,

No entanto, para que o comportamento abusivo, descrito em qualquer um dos incisos, seja considerado de má-fé, é necessário que se tenha sido praticado na presença de um determinado elemento de ordem subjetiva, exigência que se justifica pela margem de liberdade que o processo necessariamente supõe. Se assim não fosse, sendo a litigância de má-fé dirigida à imposição de uma sanção ao improbus litigator, acabariam por se sancionar condutas processuais que se demonstrassem manifestamente infundadas ou dilatórias ainda que praticadas de modo desculpavelmente inconsciente. Em sede de litigância de má-fé exige-se, portanto, uma subjetivação do abuso, distanciando o risco de eliminar ou restringir em demasia o direito fundamental de ação ou defesa. A presença do elemento subjetivo será então considerada não apenas ao nível da culpa, mas também em sede de tipicidade. Só quando o comportamento descrito nos diversos incisos tenha sido praticado com dolo ou negligência grave, se poderá considerar que o sujeito processual praticou um ilícito típico. Se tal elemento subjetivo se ausentar, a conduta não poderá sequer ser considerada ilícita e o sujeito não poderá ser considerado como litigante de má-fé. (COSTA E SILVA, 2008, 620 p.)

4.1. Pressupostos legais no Código de Processo Civil

Não podemos esquecer-nos que o ordenamento jurídico brasileiro através dos legisladores processuais, já optou por dispor de uma previsão genérica das condutas que consideram censuráveis, destacando a tipificação dessas condutas, das quais a configuração da litigância de má-fé nos termos do artigo 80 é trazida de modo taxativo, ou seja, não poderá ser ampliada a interpretação para além destas hipóteses, nas quais sejam: (I) deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; (II)

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alterar a verdade dos fatos; (III) usar do processo para conseguir objetivo ilegal; (IV) opuser resistência injustificada ao andamento do processo; (V) proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; (VI) provocar incidente manifestamente infundado; (VII) interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Estas são as hipóteses em que o legislador demonstra como é possível identificar a parte que se utiliza de artimanhas como o objetivo de ganhar a qualquer custo, mesmo sabendo ser difícil ou impossível, prolonga intencionalmente o andamento do processo postergando o feito.

4.2. Análise dos tipos de litigância de má-fé, dispostas do inciso I ao VII do art. 80.

4.2.1. Inciso I prevê: “Deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso”

O ordenamento jurídico brasileiro assegura a todos os cidadãos o acesso à justiça, para a defesa de seus direitos e interesses legalmente protegidos, dele resultando o direito de ação judicial.

Neste inciso, Souza e Silva (2015) dispõe que o legislador não se restringe apenas aos atos postulatórios em sentido estrito, fase inicial ou defesa. Porém contempla-se, aqui, todo e qualquer ato da parte no transcurso do processo. No caso da “litigância contra texto expresso de lei” o magistrado comprometido com a teoria da interpretação deverá atentar-se à possibilidade de o fato estar amparado por sentidos implícitos na norma, ou no ordenamento, ainda que em aparente conflito com o texto expresso da lei. Com isso afasta a responsabilidade de enquadrar o litigante de má-fé nesta hipótese. Ao que se parece e não dissociado de alto grau de subjetivismo, até mesmo para que a disposição normativa não caia ao desuso, a conformação da má-fé no caso deverá se dar contra erro inescusável de interpretação, gritante aos olhos de qualquer operador do direito. O erro, na hipótese, terá sido do advogado, e não da parte em si. Porém ela é que será a responsável diante da outra, podendo valer-se de regressiva contra seu patrono.

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Quando se fala em pretensão contra texto de lei, quanto ao autor, o problema se situa na causa de pedir e no pedido; quanto ao réu, normalmente na contestação. Os fundamentos de fato deverão ser deduzidos em consonância com os fatos incontrovertidos, pois do contrário, haverá má-fé. Relativamente aos fundamentos jurídicos (litigar contra texto expresso de lei), a falha normalmente será do advogado, pois a parte não tem conhecimentos técnicos para saber se está ou não litigando contra texto expresso de lei. Mas mesmo assim, será responsável pela indenização à parte contrária, podendo voltar-se em regresso contra seu advogado. O erro deverá ser inescusável para caracterizar a má-fé, pois a interpretação bisonha, esdrúxula ou ingênua da lei, por advogado mal preparado, não dá ensejo à condenação por litigância de má-fé.

Não é apenas o fato incontrovertido, que é aquele afirmado por uma parte e não contestado pela outra. Este é caracterizado pela impossibilidade de seu desconhecimento pela parte que deduz suas alegações no processo. Por exemplo, se consta expressamente do recibo de sinal a promessa de outorga de escritura depois de integralizado o preço, litiga de má-fé o promitente vendedor que nega tal fato e se opõe a pretensão de comprador de obter a escritura de compra e venda.

De acordo com “Arruda Alvin” Responde por perdas e danos processuais aquele que age de má-fé, independentemente do resultado da demanda. Até o vencedor pode ser reputado litigante de má-fé e condenado a indenizar a parte contrária.

Neste passo, Souza e Silva (2015) versa que a “litigância contra fato incontroverso” estará atrelada a uma manifestação da parte contrária aquela anteriormente por ela narrada, ou então narrada pela outra parte e por ela, na oportunidade, não controvertida. Não obstante a isso, estará configurado o ilícito, outrossim, na ocasião em que uma das partes se voltar contra a reconstrução fática já provada como correspondente à ocorrência dos fatos empíricos e também quando manifestar-se a contrariamente a fato notório. 4.2.2. Inciso II prevê: “alterar a verdade dos fatos”

Consiste em afirmar fato inexistente, negar fato existente ou dar versão mentirosa para fato verdadeiro, desde então, não mais se exige a intenção, o

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dolo de alterar a verdade dos fatos para caracterizar a litigância de má-fé. Basta a culpa ou o erro inescusável.

Está hipótese dispõe ser proibido as partes alegar fatos como verdadeiro, mesmo tendo ciência de que tal fato não é verdadeiro, ou até mesmo quando uma das partes distorcem os fatos, como já foi abordado todos as partes tem um dever processual de verdade, além de seguir o princípio da boa-fé nas suas alegações, trata-se de uma conduta inverídica e infiel, seja por afirmar fato inexistente, falsear fato existente ou até mesmo faltar com a verdade a respeito das veracidades de alguma informação.

Em síntese, o Código de Processo Civil apresenta como interesse primordial a justa resolução dos litígios, visto que, para que tal objetivo seja logrado, se afigura necessária que esta resolução assente na verdade dos fatos. Logo, sempre que as alegações fáticas das partes se desviem da verdade estará o processo, do mesmo modo, a desviar da resolução do litígio de acordo com a justiça.

O magistrado passa a sancionar não apenas o comportamento intencional, mas também aquele que, de modo gravemente negligente, não obedece aos deveres de cuidado impostos pelo dever de correção processual, acabando por não tomar consciência de fatos que, de outro modo, teria conhecimento.

Diante disto, passa a ser exigida das partes, para que sejam considerados de boa-fé, não apenas que declarem aquilo que subjetivamente consideram verdade, mas aquilo que considerem verdadeiro após cumprirem os mais elementares deveres de prudência e cuidado, impostos pelo princípio da boa-fé processual.

[...] atualmente, poderá ser responsabilizado como litigante de má-fé não só aquele que profere declarações contrárias ao que subjetivamente convencido da verdade de um fato inexistente ou inveracidade de um fato verdadeiro, porque desrespeitou o mínimo de diligência que lhe era exigido, recorrendo ao processo de modo totalmente leviano e imprudente. (CUNHA, 2007, 704 p.)

4.2.3. Inciso III prevê: “usar do processo para conseguir objetivo ilegal”

O objetivo ilegal trata-se de ato unilateral da parte, que tem por objetivo conseguir algo vedado pela lei. Se for bilateral, haverá conluio caracterizador do processo fraudulento, ensejando até rescisão da sentença de mérito.

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O termo ilegal tem abrangência ampla, contemplando objetivos contrários aos princípios explícitos e implícitos na ordem jurídica. As vezes as partes litigam em um processo, tendo consciência de que aquilo não é correto ou até mesmo sabe-se que é ilegal, tal fato. Este inciso retrata a ação unilateral de uma das partes para atingir fins contrários ao Direito, bem aquela bilateral, em conluio entre autor e réu, para a sagração de ato simulado ou vedado pelo ordenamento jurídico.

4.2.4. Inciso IV prevê: “opuser resistência injustificada ao andamento do processo”

Está resistência caracteriza-se durante o desenvolvimento do processo, sendo mais comum sua prática pelo réu, podendo o autor ser o protagonista do ato ilegal. Pode ocorrer por fatores internos ou externos ao processo, mas que neste influem. O atentado é exemplo de resistência injustificada ao andamento do processo, mas que tem regime de ressarcimento do dano, como resistência injustificada ao andamento do processo pode citar os atos de fraude de execução, do artigo 792 do CPC.

Um dos principais objetivos de um determinado processo é a pacificação de conflitos com justiça, mediante o emprego da vontade do Direito. Para tanto, há de ser econômico e célere, resguardando-se o direito da parte dos efeitos corrosivos de uma justiça tardia. Com efeito, qualquer das partes que pretenda retardar o provimento jurisdicional estará fadada a responder por litigância de má-fé.

4.2.5. Inciso V prevê: “proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo”

A norma veda ao litigante ou interveniente agir de modo temerário ao propor a ação, ao contestá-la ou em qualquer incidente ou fase do processo. Proceder de modo temerário é agir afoitamente, de forma açodada e anormal, tendo consciência do injusto, de que não tem razão. O procedimento temerário pode provir de dolo ou culpa grave, mas não de culpa leve. A mera imprudência ou simples imperícia não caracteriza a lide temerária, mas sim a

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imprudência grave e a imperícia fruto de erro inescusável, que não permitem hesitação do magistrado em considerar ter havido má-fé, o litigante temerário age com má-fé, perseguindo uma vitória que sabe ser indevida.

A conduta por ora repreendida diz respeito à atuação precipitada, anormal, desmedida, audaz da parte, contrária à honradez, sinceridade e franqueza esperada no entremeio da relação processual. É aquela repugnada pelo senso comum.

4.2.6. Inciso VI prevê: “provocar incidente manifestamente infundado”

Agindo o litigante de forma procrastinatória, provocando incidentes destituídos de fundamento razoável, será considerado de má-fé. O termo incidente deve ser entendido em sentido amplo, significando incidente processual, ação incidente, e interposição de recursos. Trata-se de incidente válido pela parte sem que haja razão de ser, isto é, sem que haja razoável motivação ou fundamento para o uso do incidente.

4.2.7. Inciso VII prevê: “interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório”

O direito de recorrer é constitucionalmente garantido pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso LV. No entanto, o abuso desse direito não pode ser tolerado pelo ordenamento jurídico. Esta é a razão pela qual é correta e constitucional a previsão do Código de Processo Civil.

Nesta hipótese o litigante tem o intuito de ganhar tempo o recurso é manifestamente infundado quando o recorrente tiver a intenção deliberada de retardar o trânsito em julgado da decisão, por espírito procrastinatório. É também manifestamente infundado quando destituído de fundamentação razoável ou apresentado sem as imprescindíveis razões do inconformismo. O recurso é, ainda, manifestamente infundado quando interposto sob fundamento contrário a texto expresso de lei ou a princípio sedimentado da doutrina e da jurisprudência.

Trata-se do uso abusivo, dos institutos recursais para se tardar o transito em julgado do provimento jurisdicional. O recurso manifestamente protelatório,

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procrastinador, não trará direta peleja contra os fundamentos da decisão, senão meras alegações destituídas de razoáveis fundamentos a revelar o inconformismo.

5. Repressão à má-fé

O processo, como o conjunto complexo de atos em que se busca a satisfação de uma pretensão, possui uma série de regras e fundamentos que limitam tanto a atuação das partes quanto a atuação do magistrado com vistas a assegurar os princípios e fundamentos constitucionais. A esse conjunto de regras e fundamentos que rege a atuação dos personagens do processo encontram-se relacionados os aspectos éticos dele.

Para assegurar a ética no processo, o Código de Processo Civil prevê limitações da combatividade permitida, além de diversas sanções à deslealdade que vão desde a perda de uma faculdade processual até a multa aplicada pelo magistrado.

Violando a parte seus deveres éticos, isto é, de lealdade e boa-fé processual, ela é considerada litigante de má-fé por estar utilizando o processo com o objetivo de vencer a qualquer custo ou de, pelo menos, prolongar deliberadamente o seu curso normal, causando dano à parte contrária.

5.1. Responsabilidade por Dano Processual

De acordo com o artigo 79 do CPC a responsabilidade das partes por dano processual pode incidir sobre o autor, sobre o réu ou sobre um terceiro interveniente, compreendendo os litisdenunciados, os opoentes, os assistentes, os chamados ao processo.

Não podemos deixar de citar, o juiz e o membro do Ministério Público, que não foi atingido por este dispositivo, contudo tem sua responsabilidade expressa nos artigos 143, no caso o juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando: (I) no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; (II) recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou à requerimento da parte. E no artigo 181, o

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membro do MP será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

Não obstante os advogados, tanto o privado, o público ou o defensor público que se agir de má-fé deverá responder de duas formas: diretamente, quando a parte lesada requer ação autônoma contra a parte representada por ele, que pode denunciá-lo à lide; regressivamente, após a parte representada por ele, indenizar a parte lesada, executar seu direito de regresso. Destaca-se que o advogado privado, é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. E em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria, conforme expressa o Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil.

Destaca-se um dispositivo que trata do abuso processual que é o artigo 1.026: Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. § 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. § 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.

Como este artigo refere-se aos atos protelatórios, podemos destacar que esta norma dispõe expressamente sobre a conduta do embargante que interpõe Embargos Declaratórios manifestamente protelatórios, entendendo-a como ofensiva ao dever de a parte proceder com lealdade. Assim agindo, o embargante está sujeito a ser apenado com multa de até 2% sobre o valor dado à causa e, em caso de reiteração dos embargos, o valor é elevado a até 10%. O juiz ou tribunal deverá pronunciar-se expressamente sobre a caracterização ou não dos embargos como meramente protelatórios para que possa aplicas a multa. A imposição da multa deve ser feita ex officio, independentemente de provocação da parte contrária ou do interessado. Além

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da multa, o litigante de má-fé pode pelo menos fato, ser condenado a indenizar as perdas e danos.

5.2. Sanções processuais, multa e indenização do litigante de má-fé.

O CPC trouxe que a parte condenada em litigância de má-fé tem o dever legal de indenizar a parte lesada, por perdas e danos, mesmo que seja vencedor na ação, pois independe do resultado da demanda. E essa condenação poderá ser imposta cumulativamente com a pena pelo embaraço jurisdicional.

O Código de Processo Civil trouxe em seu artigo 81 esse tema:

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. § 1º Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.

§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário mínimo. § 3º O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.

O primeiro destinatário da norma é o juiz ou tribunal, de sorte que lhe é imposto um comando de condenar o litigante de má-fé a pagar multa e a indenizar os danos processuais que causou à parte contrária. Isto por que o interesse público indica ao magistrado que deve prevenir e reprimir os abusos cometidos pelos litigantes, por prática de atos que sejam contrários à dignidade da justiça. Deve assim proceder de ofício, independentemente de requerimento da parte.

Vislumbrando a prática do ato caracterizador da litigância de má-fé, deverá o juiz dar a oportunidade ao litigante inocente para que se manifeste a respeito, ao mesmo tempo em que deverá ser ouvido o litigante acusado, para que se defenda.

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A multa que é determinada pelo CPC, foi fixada no valor entre 1% e 10% do valor da causa. Não estamos falando aqui de faculdade do juiz ou tribunal, mas dever de ofício o de impor a multa ao litigante condenado, caso verificada a situação mencionada pela lei.

Esta multa é devida à parte prejudicada e não ao Estado, já que a norma não faz destinação expressa dessa verba ao Estado.

Em contrapartida, destaco duas hipóteses em que a verba é destinada ao Estado, conforme artigo 77, incisos IV e VI, duas condutas que devem ser punidas mais severamente por estes comportamentos serem apontados como atentatórios à dignidade da justiça, fundamento que podem ser punidas com multa de até 20% do valor da causa, de acordo com a gravidade do ato, conforme parágrafo 2º, e que o condenado poderá responder criminal, civil e ate administrativa se forem cabíveis.

Dispõe o parágrafo 3º do artigo 77, do CPC, que esta multa não será atribuída para a parte contrária, mas sim de propriedade da União quando estiver na justiça federal ou Estado/DF se for de competência da justiça estadual, sendo assim, se a multa não for paga o mesmo terá de ser inscrito em dívida ativa que pode se tornar objeto de execução fiscal. Estas multas podem ser cumuladas com as decorrentes do cumprimento da sentença.

Os danos processuais podem ser entendidos como perdas e danos e deve ser compreendido o prejuízo efetivo bem como o que razoavelmente se deixou de ganhar, honorários e demais despesas independem da condenação em virtude da sucumbência e deve ser calculada sobre as perdas e danos decorrentes da condenação do litigante de má-fé por dano processual.

Havendo mais de um litigante de má-fé, deve o juiz acertar a responsabilidade de cada um, com sentença que teria os efeitos de ação de chamamento ao processo. Mas o litigante inocente, credor da indenização, tem o direito de exigir de apenas um dos litigantes de má-fé a totalidade da dívida, pois há solidariedade entre eles. Aquele que pagar a totalidade da dívida poderá, nos mesmos autos, voltar-se contra os demais codevedores solidários para exigir de cada um sua cota.

No caso do valor da causa ser irrisório, o valor da multa não seria suficiente para desestimular a conduta de má-fé; enquanto no caso de inestimável o juiz sofre dificuldades na fixação do valor. Por esses motivos que

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o CPC concedeu ao juiz a faculdade de fixar a multa em até dez salários mínimos, mas que nunca deixe de punir o condenado em litigância de má-fé por alguma das razões acima discutidas.

O dever de o litigante de má-fé indenizar deve ser sempre reconhecido pela sentença. O juiz fixará essa indenização, a título de multa civil. O CPC dispõe que a liquidação pode se dar tanto por arbitramento quanto pelo procedimento comum.

6. Ato atentatório à dignidade da justiça

Encontra-se respaldo no artigo 774, que o ato atentatório à dignidade da justiça, do Código de Processo Civil e limita-se ao processo de execução, determinando meramente a deslealdade processual por parte do executado.

Admite-se que atenta contra a dignidade da justiça o executado que, inobservado as regras inscritas no artigo supracitado, atua de forma ímproba na lide, utilizando recursos ardilosos com objetivo de proceder com que seus interesses se sobressaiam aos da parte exequente.

O respeito à dignidade da função jurisdicional, expressa quanto à forma que as partes devem comportar-se no processo, a saber, com lealdade processual e boa-fé, não elaborando pretensões inadmissíveis, bem como se abstendo de postular dilação probatória prescindível e resistir injustificadamente ao andamento do processo e às deliberações emanadas do juiz da causa.

Destaca-se que esta atitude atinge, diretamente, à própria jurisdição, que é composta pelo juiz de direito e pelos serventuários da justiça, tendo em vista que, no caso dos litigantes agirem com deslealdade e má-fé processual, alguns atos, já praticados no processo, terão de ser refeitos, ocasionando, por conseguinte, no desrespeito ao Judiciário.

Com isso, o artigo 774, traz um rol de atos, que, quando praticados, constituem atos atentatórios à dignidade da justiça.

Art. 774. Considera-se atentatório à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:

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II – se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;

III – dificulta ou embaraça a realização da penhora; IV – resiste injustificadamente às ordens judiciais;

V – intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.

Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material.

Incube analisar os incisos deste artigo, primeiramente, podemos destacar que a terminologia própria do processo: exequente, no lugar de credor; executado, no lugar do devedor.

Caso o executado incorra em uma das condutas previstas neste artigo, o juiz apenará com multa. O executado tem o dever que decorre da obrigação de lealdade processual, prevista no artigo 80. Mas é possível deixar de lembrar que as condutas aqui mencionadas não excluem a possibilidade de que o executado seja também punido por incorrer em conduta tipificada como litigância de má-fé.

A multa por prática de ato atentatório à dignidade da justiça visa a garantir o cumprimento do direito material do credor. Não sendo o cumprimento do referido direito exigível, por causa da prescrição, finda a motivação da referida multa.

7. O CPC traz outras circunstâncias de má-fé

Artigo 29, que assim dispõe: As despesas de atos adiados ou cuja repetição for necessária ficarão a cargo da parte, do auxiliar da justiça, do órgão do Ministério Público ou da Defensoria Pública ou do juiz que, sem justo motivo, houver dado causa ao adiamento ou à repetição.

Nery Jr. E Nery (2014) manifestaram-se dizendo que todo aquele participante do processo que der causa ao adiamento de qualquer ato processual deve arcar com as despesas decorrentes desse adiamento, desde que tenha ocorrido sem motivo justo. A conferência fica a cargo do juiz, que deverá fundamentar sua decisão dando as razões de fato e de direito que o levaram a concluir pela injustiça ou pela justiça do motivo alegado para o

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adiamento do ato processual. Quando o juiz for o causador do adiamento, a parte prejudicada poderá pedir sua condenação nas despesas de adiamento e, se não acolhido o requerimento, poderá recorrer ao tribunal por meio de agravo.

Quando uma despesa for imposta ao juiz, esta deve ser cobrada do Tribunal ao qual pertence o referido magistrado.

Quando a parte que causou o adiamento não for capaz de suportar as despesas, eles serão cobrados do Poder Público.

Outro artigo que expõe sobre o tema é o artigo 142 do CPC, no qual dispõe: Convencendo-se, pelas circunstâncias, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim vedado por lei, o juiz proferirá decisão que impeça os objetivos das partes, aplicando, de ofício, as penalidades da litigância de má-fé.

Primeiramente, fala-se que há processo simulado quando as partes, sem a vontade de aproveitar-se do resultado da demanda e sem interesse em obter os efeitos jurídicos advindos da prestação jurisdicional, simulam a existência de lide entre elas, com o fim de prejudicar terceiros ou mesmo de desviar o processo de sua finalidade constitucional e de servir de instrumento à paz social. No processo simulado objetiva-se resultado ilícito, sendo, em essência, fraudulento. São exemplos de processo simulado: I - ação possessória em conluio entre autor e réu, sem contestação ou oposição deste, às falsas alegações de posse longa, com a finalidade de fazer prova pré-constituída para futura ação de usucapião (simulação da existência do ato jurídico de ofensa à posse do autor); II – ação de despejo com intuito de demonstrar posse indireta do autor, visando a pré-constituição de prova para futura ação possessória ou de usucapião (simulação da existência do negócio jurídico de relação locatícia). Mesmo que o processo simulado não tenha finalidade de prejudicar, não é permitido no nosso ordenamento jurídico, porque desvia o processo de sua finalidade institucional, que é a pacificação social, fazendo dele uso anormal.

Um processo fraudulento existe quando as partes pretendem utilizar-se do processo para obter resultado vedado pela lei. Como exemplo pode citar: I – ação de anulação de casamento com conluio dos cônjuges, que fazem crer um vício do matrimônio que não existe, porque ambos pretendem valer-se dos efeitos da sentença; II – ação de alimentos de mãe contra filho, com o objetivo

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de criar dedução ilegal do imposto de renda, em detrimento do erário. A sentença proferida em processo fraudulento pode ser rescindida.

Tanto no processo simulado quanto o fraudulento pressupõem o conluio entre autor e réu. Se apenas um deles estiver agindo com má-fé, não aplica a norma deste artigo e sim a do artigo 80, inciso III, do CPC.

O juiz deverá proferir sentença que impeça as partes de obter a finalidade pretendida com o processo simulado ou fraudulento. Julgar improcedente o pedido muitas vezes pode não atender o objetivo da lei, porque pode consultar os interesses das partes. Neste caso, o juiz deve extinguir o processo sem resolução do mérito, anulando todos os atos processuais praticados anteriormente. Caso o juiz se convença, pelas circunstâncias da causa, de que as partes se servem do processo para a prática de ato simulado, deve proferir sentença de improcedência, para obstaculizar tal objetivo, condenando o faltoso como litigante de má-fé e remeter as peças ao Ministério Público.

Outro dispositivo que merece comentário é o artigo 258 do CPC, no qual propõe que: A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente a ocorrência das circunstâncias autorizadoras para sua realização, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo. Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.

A parte responde pelo dever de veracidade de suas afirmações. Indicar o local onde está sediada a empresa, ou onde tem domicílio a pessoa que se procura citar é dever processual do autor, que, se descumprido, além de lhe acarretar a incidência de multa deste artigo, pode, também, impor ao réu doloso o dever de indenizar perdas e danos que se seu dolo resultar ao citando.

Quando houver citação por edital dolosa, embora seja hipótese facilmente encaixada na definição de litigância de má-fé, esta citação possui penalidade distinta daquela contida no artigo 81 do CPC, que não pode ser aplicada cumulativamente a multa deste artigo 258 do CPC.

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O desenvolvimento do presente estudo possibilitou compreender que a litigância de má-fé é uma consequência dos comportamentos incorretos de alguns litigantes, partes ou participantes do processo, que afetam o bom andamento do processo, tomando condutas que apenas sirvam para postergar a conclusão da lide, ou procurando ganhar a qualquer custo as situações judiciárias.

Ficaram comprovadas que mesmo ausente o procedimento legal específico, o Código de Processo Civil, trouxe determinados artigos com algumas soluções para determinadas situações do cotidiano jurídico, a partir disto o magistrado poderá determinar, desde que fazendo cumprir todos os pré-requisitos de qualquer procedimento legal, configuração da litigância de má-fé.

A iniciação da configuração litigância de má-fé, pode se dar a partir da iniciativa de qualquer das partes e de intervenientes, bem como ex officio do magistrado.

No caso de litigância de má-fé unilateral da parte, o magistrado poderá a qualquer momento da lide, reconhecer a configuração e proceder com as deliberações necessárias para comprovação e imposição da pena, lembrando que as multas impostas podem ser paga a parte adversária ou até mesmo ao erário, quando se tratando de fraudes ao ordenamento jurídico.

Não obstante, todas as partes têm deveres que deveriam ser seguidos, conformes os demonstrados no decorrer deste artigo, se todos os participantes do processo agissem em conformidade aos princípios e as leis que regem o direito, teriam a certeza de que a configuração da litigância de má-fé de maneira dolosa seria quase imperceptível.

Não foi deixado de lado, que além das partes, do magistrado, caberá também aos assistentes/ intervenientes (serventuário, agentes do Ministério Público) a partir do momento que der causa ao adiamento de qualquer ato processual estes devem arcar com as despesas decorrentes desse adiamento, desde que tenha ocorrido sem motivo justo.

Temos também os atos protelatórios que são os que retardam o andamento do processo, normalmente praticados pelo réu, afastando o pronunciamento da tutela jurisdicional, diferindo a decisão ou postergando uma fase do processo, ou, simplesmente, transferindo um ato processual.

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Por todo o exposto, o presente artigo não pretende ser mais que uma modesta reflexão em torno do instituto da litigância de má-fé, que, quando efetivamente utilizado, em muito contribui para correto funcionamento do ordenamento jurídico.

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