As negociações internacionais
entre o MERCOSUL e União
Européia
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gia do Mercosul em negocia
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ões
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ltimos anos
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Multiplicidade de negociações comerciais: OMC, UE, México, CAN,
África do Sul, Índia, Israel, Conselho do Golfo, etc.
Prioridade para a negociação na OMC - Rodada Doha suspensa em
2008
Mercosul-UE: impasse e dependência do resultado da Rodada Doha.
Negociações suspensão em 2004 e retomadas em maio de 2010 .
Acordos com PEDs com resultados modestos de acesso a mercados
para o Brasil.
Avalia
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ão do setor privado brasileiro sobre a
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gia do Mercosul em negocia
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ões comerciais
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As estratégias brasileiras nestes foros de negociação
deveriam se pautar pela necessidade de
ampliar o
acesso aos mercados
e de facilitar a
internacionalização das empresas brasileiras
.
Necessidade de identificar com clareza os
objetivos
Acordos vigentes
Acordos assinado em tramitação parlamentar
Acordos em negociação
Acordos vigentes:
ALADI: Mercosul-Chile (ACE 35) Mercosul-Bolívia (ACE 36) Mercosul-Cuba (ACE 62) Mercosul-CAN (ACE 56/59) Mercosul-México (ACE 54) Mercosul-Israel Mercosul-ÍndiaAcordo assinado em tramitação parlamentar
Acordos vigentes
–ALADI
Características gerais:• Objetivo de chegar a uma zona de livre comércio na região; • Prazo médio de abertura – 10 anos
Mercosul-Chile (1996)
• Desgravação automática e diversos cronogramas aplicados conforme a sensibilidade dos produtos
• 97% já liberalizado, faltando poucos produtos para 2012
• Protocolo sobre o comércio de serviços (o primeiro assinado pelo Mercosul)
Mercosul-Bolívia (1996)
• Desgravação em 10 anos e prazos mais longos para as sensibilidades
• Em 2006, 92% de liberação por parte da Bolívia e 97%, por parte do Mercosul • Em 2011, o processo de abertura estará concluído
Mercosul-Cuba (1999/2006)
• Liberalização comercial através da multilateralização das preferências vigentes nos acordos bilaterais
Acordos vigentes
–ALADI
Mercosul-CAN (2003)
• ACE 56 (2002) – temporário, até assinatura de um ACL definitivo (ACE 59)
• Negociação em separado com o Peru (ACE 58) – dificuldades com o tratamento a ser dado às zonas francas e áreas aduaneiras especiais – solução: regime de preferências fixas para os produtos oriundos dessas áreas, cumprindo regras de origem da ALADI e regras específicas (em vigor)
• ACE 59 foi assinado com Colômbia, Equador e Venezuela (2004), com vigência bilateral
• Acordo desequilibrado em favor dos interesses andinos em termos de acesso a mercados (desgravações até 2018)
• Adesão da Venezuela ao Mercosul (o protocolo de 2006 deveria reduzir o desequilíbrio em 6 anos – até 2012, mas acabou ficando até 2014)
Acordos vigentes
–ALADI
Brasil–México (ACE 53)
Cobertura: +/- 800 produtos, assinado em 2002 depois de 4 anos de negociações Acordos com o Uruguai e Argentina
Mercosul-México (ACE 54)
Acordo Quadro – marco institucional para os acordos bilaterais vigentes entre os sócios do Mercosul e o México, de forma a avançar na convergência entre eles na direção do livre comércio (em vigor desde 2003)
Mercosul-México (ACE 55)
Regula o comércio de produtos automotivos. O acordo foi revisto em 2006 com relação a ônibus e caminhões e essas preferências entraram em vigor em 2011.
Tentativas de ampliação do ACE 53
2007 – missão presidencial e proposta de metodologia da CEB 2008 – missão prospectiva/ acordo de segunda geração
2009 – interesse do governo mexicano / visita do Presidente Calderón
2010 – reunião em Cancún (fev), videoconferências até abril e fechamento dos termos de referência na 1ª quinzena de maio - Senado mexicano
Acordos vigentes
Mercosul-Israel
Acordo-quadro (2005) visando uma ALC
2007 – acordo limitado a bens, podendo ter incorporação futura de serviços e investimentos. Em vigor desde novembro de 2009
Mercosul-Índia
Acordo-quadro (2003) visando uma ALC
2005 a 2009 - Acordo de preferências fixas em três níveis (10%, 20% e 100%) É um acordo muito limitado em termos de cobertura; 452 itens concedidos pelo Mercosul contra 450 itens pelos indianos.
Negociações para o aprofundamento e ampliação do acordo: 20% para um
mínimo de 70% das linhas tarifárias que não tenham tarifa zero, listas de sensíveis e preferências recíprocas entre 50% e 100% (SGPC).
N e g o c ia ç ã o M e r c o s u l Is ra e l - S u m á rio d a s o fe rta s d e b e n s D e z e m b ro d e 2 0 0 7 C e s ta O fe rta s M e rc o s u l Is ra e l Ite n s 1 P a rt.% Ite n s 2 P a rt.% A D e s g ra v a ç ã o im e d ia ta 2 .3 9 5 a 2 4 ,6 6 .6 7 4 7 5 ,7 B D e s g ra v a ç ã o e m 4 a n o s 9 2 7 b 9 ,5 1 .0 6 1 1 2 ,0 C D e s g ra v a ç ã o e m 8 a n o s 3 .4 4 7 c 3 5 ,3 1 3 6 1 ,5 D D e s g ra v a ç ã o e m 1 0 a n o s 2 .6 0 6 d 2 6 ,7 -E R e g im e s d ife re n c ia d o s 3 7 5 3 ,8 9 9 5 1 0 ,8 E x c lu íd o s 3 2 6 e 3 ,3 8 6 6 e 9 ,8 T o ta l 9 .7 5 0 1 0 0 ,0 8 .8 6 6 1 0 0 ,0 N o ta : 1 - N o m e n c la tu ra N C M ; 2 - N o m e n c la tu ra Is ra e l (a ) 1 (u m ) p ro d u to e xc lu íd o p e lo B ra s il (b ) 3 5 ; (c ) 5 2 e (d ) 7 - P ro d u to s c o m c e s ta s d ife re n te s d a o fe rta d o b lo c o (e ) E s s e s p ro d u to s n ã o c o n s ta m d a s o fe rta s
Acordo assinado em tramitação parlamentar
Mercosul-SACU (África do Sul, Namíbia, Botswana, Lesoto e Suazilândia)
2000 – Acordo Marco Mercosul-África do Sul
2004 – Acordo de preferências fixas – abrange 1900 itens (958 outorgados pelo Mercosul e 951 pela SACU, com margens de preferência de 10%, 25%, 50% e 100%)
2006 a 2008 – negociações para ampliação
Após 12 Rodadas Negociadoras, a Decisão 54/08 de 15 de dezembro de 2008 aprovou o texto do Acordo de Comércio Preferencial entre Mercosul e SACU. Acordo ainda não foi provado pelos Congressos dos países membros.
O ACORDO NÃO ESTÁ EM VIGOR E NÃO FOI RATIFICADO POR NENHUM DOS PAÍSES DO MERCOSUL (a ratificação é realizada mediante o depósito junto ao Paraguai da legislação interna que implementará o acordo)
Tratado de Livre Comércio Mercosul-Egito
2004 – Acordo-quadro (negociação em duas etapas: preferências fixas, com reciprocidade e, posteriormente, ALC) APROVADO NO BRASIL PELO
DECRETO LEGISLATIVO 217 DE 07/04/2010 DOU 08/07/2010
2004-2009 – paralisia
2009 – mudança de direcionamento: avançar para um ALC Proposta Mercosul: desgravações em 0, 4, 8 e 10 anos .
TRATADO DE LIVRE COMÉRCIO ENTRE MERCOSUL E EGITO – assinado em San Juan, em 2 de agosto de 2010.
Decisão 26/2010
O ACORDO AIN DA NÃO FOI RATIFICADO PELOS PAÍSES SIGNATÁRIOS E, PORTANTO, NÃO ESTÁ EM VIGOR.
Acordos em negociação (inclui negociações
em andamento e negociações paralisadas)
Mercosul-Marrocos
Mercosul- Conselho do Golfo Mercosul-Paquistão Mercosul-Jordânia Mercosul-Turquia Mercosul-União Européia Mercosul-Pipeline
Acordos no pipeline
Mercosul-Coréia Mercosul- CanadáNegociações paralisadas
Mercosul-Marrocos
2004 – Em 26 de novembro de 2004, foi assinado o Acordo-quadro em Brasília (negociação em duas etapas: preferências fixas, com reciprocidade e,
posteriormente, ALC).
2005 – processo de consulta com setor privado/elaboração de lista de pedidos, com reciprocidade (+/- 1900 itens) Não se chegou a um acordo intraMercosul. 2006-2007 – paralisia
2008 – proposta do Mercosul: avançar para um ALC, não aceita pelo Marrocos. O acordo-quadro foi ratificado pelos países. No Brasil, a ratificação foi feita em14 de novembro de 2008.
Negociações paralisadas
Mercosul-Conselho do Golfo
10 de Maio de 2005 – assinatura de Acordo-quadro com o objetivo de estabelecer ambiente favorável à expansão do comércio e dos investimentos:
i)aprofundar o intercâmbio de informações sobre comércio exterior; ii)eliminar barreiras tarifárias e não-tarifárias;
iii)incentivar relações empresariais;
iv)promover treinamento e transferência de tecnologia; e
v)fomentar fluxos de capitais, incentivando empreendimentos conjuntos e facilitando investimentos corporativos em áreas como comércio, agricultura e indústria.
Motivações políticas, apesar de haver interesses econômicos
Dez/2005 – proposta de ALC em bens, serviços e investimentos, a ser concluído em 2006
Negociações paralisadas
Mercosul-Paquistão
20 de julho de 2006 – Acordo-quadro (negociação em duas etapas: preferências fixas, com reciprocidade e, posteriormente, ALC).
Proposta Mercosul semelhante à proposta da Índia.
No mesmo ano, o Paquistão encaminhou lista de produtos de interesse exportador daquele país, oferecendo reciprocidade de tratamento.
As negociações estão paralisadas.
O acordo-quadro foi ratificado pelo Brasil (03/03/2009), mas está pendente de ratificação pelo Paraguai.
Negociações iniciadas sem prosseguimento
Mercosul-Jordânia e Mercosul-Turquia
As Decisões 28/08 e 29/08 aprovaram os Acordos-Quadros com Jordânia e Turquia, respectivamente (negociação em duas etapas: preferências fixas, com reciprocidade e, posteriormente, ALC) Este acordo ainda não foi aprovado pelo Senado.
O processo de consultas foi iniciado (identificação de interesses ofensivos e de sensibilidades), mas está paralisado.
Os acordos foram ratificados pelo Brasil (03/03/2009) e sócios, mas o acordo com a Turquia não foi ratificado pelo Paraguai e Uruguai
Negociações no pipeline
Mercosul-Coréia
2007 – Estudo de Factibilidade Mercosul-Coréia do Sul Há resistências dos setores privados dos dois lados.
Mercosul-União Européia (em andamento)
2001 - oferta de bens 2002 – crise econômica
2003 – retomada das negociações / conclusão prevista para outubro de 2004
Problemas do Mercosul: setor automotivo; regras de origem; drawback Problemas da UE: setor agrícola;dependência de Doha; denominações geográficas; livre circulação intra-Mercosul
2004 – interrupção das negociações 2006 – Parlamento Europeu
2008 – Fracasso de Doha
2009/2010 – reuniões prospectivas (90% de cobertura) 2010 – retomada de consultas ao setor privado
Maio de 2010 – Madri – Cúpula UE-Mercosul decide retomar as negociações
Negociações A SEREM CONCLUÍDAS
Mercosul-Palestina
O Acordo-Quadro foi assinado em 16 de dezembro de 2010.
A negociação Mercosul-Palestina está sendo conduzida para
finalização em dezembro de 2011, na cúpula do Mercosul no
Uruguai.
O modelo é um acordo paralelo ao Acordo Mercosul-Israel e
está cumprindo objetivos políticos.
CIRCULAR No- 59, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011 da SECEX abriu consulta de 15 dias ao setor privado
Elementos da estratégia brasileira
• Acordos comerciais devem responder a uma lógica econômica
• Objetivos geopolíticos não são motivação suficiente para a negociação de acordos comerciais
• Mesmo os objetivos econômicos são muitas vezes melhor atendidos por outras iniciativas que não os acordos comerciais
• Iniciativas de promoção comercial e acordos de cooperação em várias áreas podem ser mais positivos do que acordos comerciais
• Cautela em assumir compromissos que impeçam o País de adotar políticas voltadas a preservar e expandir sua capacidade produtiva
Preparação doméstica
• Oportunidades dependem de habilidade para negociar e preparação interna para aproveitar os ganhos de acesso a mercados e minimizar os custos da competição com os importados.
• Para aproveitar as possibilidades de acesso a mercados: desoneração tributária das exportações, infraestrutura e logística, financiamento, desburocratização e promoção comercial.
• Para o mercado doméstico: isonomia tributária com o produto importado, redução do custo do investimento.