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Trabalhando com Pacientes Narcisistas

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Academic year: 2021

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(1)

Trabalhando com Pacientes

Narcisistas

Eliane Mary de Oliveira Falcone

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

BRASIL

A

Indicadores do TPN (DSM-5)

1

2

3

4

Desregulação da autoestima (inflada ou esvaziada). Busca inconsciente e excessiva da aprovação dos demais.

Deficit em empatia: dificuldade em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e necessidades dos demais

Superficialidade nos relacionamentos (existem para regular a

autoestima; baixo interesse genuíno pelas necessidades dos outros)

Criterios para el TPN (DSM-5)

(cont.)

Traços patológicos de personalidade

B

1

2

Grandiosidade

• Sentimentos de automerecimento abertos ou encobertos • Postura autocentrada, firmemente baseada na crença de ser

melhor que os demais • Intransigência com os outros

Busca de atenção

• Tentativas excessivas para atrair e ser o foco de atenção dos outros

(2)

Distância, arrogância, desdém, presunção e vaidade Tendência a dominar as conversas

Impaciência e agressividade

Indiferença frente aos direitos dos demais Ar de superioridade

Exploram e se aproveitam dos outros Criam regras e normas, porém não cumprem Mentem para manter as suas ilusões

Mostram-se simpáticos quando querem usar os outros Comportamento social inicial cativante

Persistentes no que lhes interessa

Acusam os outros de egoístas, trapaceiros ou invejosos

Comportamentos típicos do narcisista

Beck, Freeman, & Davis, 2005

Tratado como especial, mimado e com poucos limites Idealizado, tendo que atender a expectativas elevadas para receber louvores

Geralmente talentoso, brilhante, bonito, atlético ou artístico

Recebe atenção/admiração (desempenho superior) ou é ignorado/desvalorizado (quando não consegue) Membro de uma família que os outros consideram especial

Amado e respeitado pela família, porém rejeitado pelos pares (não fazia parte da turma)

Infância típica do narcisista

Criança solitária Auto engrandecedor Auto confortador desligado

Modos de esquemas

en pacientes narcisistas

Esquemas nucleares

Privação Emocional e Defectividade: constituintes da criança solitária

Esquema de Arrogo: supercompensação dos dois esquemas mencionados acima e parte do modo auto engrandecedor 1 2 3

(3)

Modo da criança solitária

• Somente valorizada se engrandece seus pais • Sentimento de vazio e solidão

• Ser o centro das atencões x Ser ignorado • Resistência a entrar no modo da criança

solitária

Modo auto-engrandecedor

• Modo padrão (perto das pessoas) • Comportamentos

competitivos (retaliar, criticar e diminuir os outros) • Comportamento insensível, não empático • Busca de reconhecimento e status; manipulação e exploração Modo auto-confortador desligado • Tendência a evitar os sentimentos de vazio, aborrecimento e depressão (criança solitária) • Auto estimulação aditiva e

compulsiva (trabalhar, apostar, usar drogas, fazer sexo promíscuo etc.)

Ajudar a criança solitária a se sentir cuidada e comprendida,

e a cuidar e a empatizar com os outros

Confrontar o auto-engrandecedor

• Redução da necessidade excessiva de aprovação • Aumento da reciprocidade

Ajudar o auto-confortador desligado a abrir mão dos

comportamentos aditivos e evitativos

• Substituir por amor verdadeiro, autoexpressão e vivência de sentimentos

Focos do tratamento do narcisismo:

relacionamentos íntimos

1

2

3

Paciente é arrogante, exigente, egocêntrico

Comportamentos improdutivos

do terapeuta

Ceder às demandas; tornar-se defensivo; demonstrar aborrecimento (Auto sacrifício, Subjugação)

Paciente é auto-engrandecedor, competitivo, exibicionista

Colocar o paciente “em seu lugar”; competir (Defectividade, Fracasso)

Paciente humilha, critica, desvaloriza

Desculpar-se; justificar-se; criticar; acusar (Desconfiança/abuso, Defectividade, Fracasso)

Paciente é controlador, intimidador, abusivo

Não establecer limites; atacar ou punir; tornar-se passivo-agressivo (Desconfiança/abuso, Subjugação)

(4)

Quando você vai fazer alguma coisa para valer a

pena o dinheiro que estou te pagando?

Quando você fala comigo dessa forma tão degradante, você me afasta e dificulta que eu dê o

que você precisa. Cuando você fala assim com os outros, você afasta as pessoas,

mesmo sem intenção. Acho que há uma outra resposta

–que é mais profunda e que realmente representa como

você se sente.

Diretrizes para estabelecer limites

Confrontar empaticamente: comprender as razões do egoísmo

do paciente e conscientiza-lo do impacto de seu comportamento sobre os outros

Focalizar o proceso: concentrar-se no que está ocorrendo

naquele momento, em vez de responder ao ataque

Impedir a intimidação: estabelecer limites claros, dentro do

que é justo e não devolver a intimidação

Mutualidade e reciprocidade na relação terapêutica

Ej.: mudar o horário, estender a sessão etc.

“Você está me tratando de maneira desrespeitosa e isso dificulta que eu lhe ajude da maneira que quero, pois sei que, no fundo, você está sofrendo”

Diretrizes para estabelecer limites

(cont.)

Identificar vulnerabilidades: apontar as evidências da criança

solitária sempre que isso ocorra

Identificar temas narcisistas comuns: perguntar a razão dos

comportamentos do paciente de maneira clara e direta Ex.: comportamento competitivo, arrogante, superior, comentários críticos, afirmações que buscam status etc.

“Por que você me afasta?”

“Por que você acha que pode agir de forma superior neste momento?”

“Por que você acha que é tão importante me contar sobre as suas realizações?”

Identificar os modos: ajudar a reconhecer os modos auto-engrandecedor e auto-confortador desligado

(5)

Que tal visualizar uma imagem de sua mãe (pai) quando você

era pequeno? Como ela (ele) está

agindo com você, como o trata? Você poderia dizer a ele (ela) o que necessita dele(a)? Diga em voz alta, para que eu possa ouvir.

Exploração das origens dos modos

através de imagens

Muito obrigada!

elianefalcone@uol.com.br

Referências

Beck, A.T., Freeman, A. & Davis, D.D. (2005). Terapia cognitiva dos

transtornos da personalidade. 2ª Ed. Porto Alegre: Artmed.

Behary, W. T. (2011). Ele se acha o centro do universo. Rio de Janeiro: Bestseller

Falcone, E.M.O. & Macedo, T. (2012). Quando o espelho não reflete a imagem idealizada. In C.B. Neufeld (Org.). Protagonistas em terapias

cognitivo-comportamentais. Histórias de vida e de psicoterapia. Porto

Alegre: Sinopsys.

Young, J.E., Klosko, J.S. & Weishaar, M.E. (2008). Terapia do esquema.

Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto

Referências

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