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Av. Jorge Dumar, Bairro Jardim América - CEP Fortaleza - CE - MANIFESTAÇÃO

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ

Av. Jorge Dumar, 1703 - Bairro Jardim América - CEP 60410-426 - Fortaleza - CE - www.ifce.edu.br

MANIFESTAÇÃO

Processo: 23255.000274/2018-40

Interessado: Marfisa Carla de Abreu Maciel Castro

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ

PRÓ – REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO

DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO

COORDENADORIA DE AQUISIÇÕES

COMISSÃO ESPECIAL DE LICITAÇÕES

MANIFESTAÇÃO SOBRE RECURSO

PROCESSO Nº 23255.000274/2018-40

PREGÃO Nº 02/2018

Referência – Trata-se de manifestação sobre o Recurso ao Pregão Eletrônico nº 02/2018, que tem por

objeto o registro de preços para contratação de serviços de agenciamento de viagens para voos regulares

internacionais e domésticos, destinados aos campi e Reitoria do Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia do Ceará – IFCE, solicitado pela empresa DECOLANDO TURISMO E REPRESENTAÇÃO

LTDA, inscrita sob o CNPJ nº 05.917.540/0001-58.

Considerando a interposição de Recurso, o pregoeiro, apresenta a manifestação, conforme segue:

DAS RAZÕES DO RECURSO

A Recorrente, DECOLANDO TURISMO E REPRESENTAÇÃO LTDA, inscrita no CNPJ n°

05.917.540/0001-58, com sede à SCLN 110 Bloco "C" Loja 44 – Asa Norte - Brasília / DF apresentou,

tempestivamente, o recurso contra ato da Pregoeira que habilitou a empresa Recorrida no grupo 01 do

Pregão nº 02/2018.

A Recorrente alegou,

Primeiramente é importante destacar que a DECOLANDO TURISMO E REPRESENTAÇÃO LTDA, é uma empresa de pequeno porte optante pelo simples nacional, que desenvolve a atividade de agenciamento de viagens, isto é, intermedia de forma remunerada a venda e

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comercialização de passagens aéreas, terrestres, fluviais, bem como reserva de acomodações.

Portanto conforme o § 1º do Art. 3º da Lei Complementar Nº. 123/2006, define da seguinte maneira os parâmetros da receita bruta:

“§ 1o Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.”

(destaques nossos)

Ou seja, existem duas situações para o conceito de receita: 1º Os que são realizados em operações de conta própria; 2º Os que são realizados em conta alheia;

As agências de turismo, enquadram-se perfeitamente na situação de operações em conta alheia, pois, a sua receita está diretamente vinculada a um percentual ou valor de agenciamento, e toda movimentação atinente ás emissões de passagens aéreas e demais serviços são repassados aos fornecedores, neste caso, companhias aéreas, terrestres, locadoras e redes hoteleiras.

Tal situação, bastante atípica das empresas que operam por conta própria, ou seja, as que prestam serviços técnicos promovem venda de produto em geral, já foi devidamente reconhecida pela Receita Federal do Brasil para pacificar o conceito de receita bruta, no qual divulgamos o resultado da solução Nº. 298 de 31/10/2008.

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 298, D E 31 DE OUTUBRO DE 2008 Assunto: Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Co ntribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte Simples

SIMPLES NACIONAL. AGÊNCIAS DE TURISMO. CONCEITO DE RECEITA BRUTA

A intermediação na venda e comercialização de passagens individuais ou em grupo, passeios, viagens e excursões, bem como a intermediação remunerada na reserva de acomodações em meios de hospedagem, são operações em conta alheia, da agência de turismo. Nesses casos, a base de cálculo do Simples Nacional é apenas o resultado da operação (comissão ou adicional recebido pela agência).

Já a prestação de serviços receptivos, diretamente ou por subcontratação, e a operação de viagens e excursões são operações em conta própria, da agência de turismo. Nesses casos, a base de cálculo do Simples Nacional é composta pelo valor integral pago pela contratante, aí incluídos os valores repassados às eventuais subcontratadas.

Em observância da Lei nº 11.771/2008, dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, dentre outros assuntos. Em conformidade a legislação citada, Agência de Turismo é considerada “atividade econômica de intermediação remunerada entre fornecedores e consumidores”. Segue trecho:

“Art. 27. Compreende-se por agência de turismo a pessoa jurídica que exerce a atividade econômica de intermediação remunerada entre fornecedores e consumidores de serviços turísticos ou os fornece diretamente.

§ 1º São considerados serviços de operação de viagens, excursões e passeios turísticos, a organização, contratação e execução de programas, roteiros, itinerários, bem como recepção, transferência e a assistência ao turista.

§ 2º O preço do serviço de intermediação é a comissão recebida dos fornecedores ou o valor que agregar a o preço de custo desses fornecedores, facultando-se à agência de turismo cobrar taxa de serviço do consumidor pelos serviços prestados.

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§ 3º As atividades de intermediação de agências de turismo compreendem a oferta, a reserva e a venda a consumidores de um ou mais dos seguintes serviços turísticos fornecidos por terceiros:

I - passagens;

II - acomodaçõ es e outros serviços em meios de hospedagem; e III - programas educacionais e de aprimoramento profissional .” Fonte: Lei Complementar nº 116/03. Grifo nosso.

E também observando a Solução de Consulta nº 031/2010 – NUESC/DITR que traz o seguinte questionamento:

Quando a agência de turismo prestar serviços de intermediação na venda de passagens e hospedagem, tendo como tomadores de tais serviços empresas de transportes, hotéis, etc, a estes deverá emitir Nota Fiscal relativamente aos serviços prestados. O preço do serviço é a comissão cobrada. Ressalte-se que, nessa hipótese, o serviço de intermediação é prestado às empresas de transporte, hotéis, etc, que, por sua vez, é que prestarão, aos clientes, serviços de transporte e hospedagem. Nesse caso, não haverá emissão de nota fiscal pela agência aos clientes, vez que, em sua relação com estes, não praticou fato tributável.

Em virtude do exposto acima, informamos que a Decolando Turismo e Re presentações Ltda., registrada no CNPJ nº 05.917.540/0001-58, auferiu a Receita Bruta de R$ 4.554.901,80 o que compreende o valor de comissionamento, serviço o qual é prestado pela empresa. A diferença é repassada por completo para hotéis e companhias aéreas, as quais sim computam o faturamento e tributam o mesmo.

Diante dos esclarecimentos prestados e da comprovação de enquadramento da nossa empresa nos termos da LEI Nº. 123/2006, requeremos que sejam conhecidas as razões apresentadas pelas DECOLANDO TURISMO com a devida continuidade do processo licitatório.

DAS CONTRARRAZÕES DO RECURSO

A Recorrida, ECOS TURISMO LTDA - ME, com sede na Quadra QE 24 BLOCO A LOJA 11 –

COMÉRCIO LOCAL, GUARA II / BRASILIA – DF - CEP – 71060-610, inscrita no CNPJ sob nº

06.157.430/0001-06, apresentou, tempestivamente, suas contrarrazões, no entanto, no teor da contrarrazão

apresentada pela licitante não apresenta considerações sobre o teor do recurso impetrado pela empresa

DECOLANDO TURISMO E REPRESENTAÇÃO LTDA.

Dessa forma não há alegações a serem apresentadas.

DA ANÁLISE

Considerando as alegações apresentadas pela recorrente e pela recorrida, passamos então à análise do

mérito.

Destacamos de início que todo o procedimento licitatório em questão rege-se pelo edital do pregão

eletrônico por sistema de registro de preços 02/2018, gerenciado pela Reitoria do Instituto Federal do

Ceará, bem como tem fundamentação legal na Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, no Decreto nº 5.450,

de 31 de maio de 2005, no Decreto nº 2.271, de 7 de julho de 1997, no Decreto nº 7.892, de 23 de janeiro

de 2013, o Decreto nº 7.746, de 05 de junho de 2012, na Instrução Normativa SEGES/MPDG nº 05, de 26

de maio de 2017, nº 02, de 11 de outubro de 2010 e nº 01, de 19 de janeiro de 2010, na Lei Complementar

n° 123, de 14 de dezembro de 2006, na Lei nº 11.488, de 15 de junho de 2007, no Decreto n° 8.538, de 06

de outubro de 2015, na Portaria nº 409, de 21 de dezembro de 2016 aplicando-se, subsidiariamente, a Lei

nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

A empresa recorrente, alega em seu recurso que para fins de enquadramento como empresa de micro e

pequeno porte, as empresas cuja atividade é de agência de viagens tem sua receita bruta contabilizada

considerando apenas os valores comissionados, não sendo utilizados para contabilização os repasses as

companhias áreas e demais fornecedores.

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Considerando tratar-se de tema contábil a pregoeira solicitou consultoria à Coordenadoria de

Controladoria e Suporte Tributário a qual emitiu o seguinte parecer:

Em análise ao recurso proferido pela pleiteante, documento SEI 0166598, aos dispositivos legais e ao cadastro de opção ao simples nacional, concluímos que, na presente data, a empresa está enquadrada por tal regime tributário e que a mesma faz jus aos benefícios dele decorrentes. Considerando ainda que as receitas próprias correspondem ao fruto oriundo do esforço da empresa, em atendimento ao princípio contábil da entidade, concluímos que os ingressos decorrentes de atividade alheias não agregam patrimônio da mesma, ingressos esses comuns a atividade de intermediação. Constatando tal interpretação, citamos o disposto na Lei Complementar 123 de 14 de dezembro de 2006, "grifo nosso":

"Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).

§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. "

O parágrafo primeiro menciona "resultado nas operações em conta alheia", dessa forma cabe destacarmos que nas operações com receita própria, é considerada receita bruta o total das vendas efetuadas e dos serviços prestados, sem qualquer dedução, enquanto nas operações em conta alheia, é considerada como receita bruta apenas o resultado, isto é, deduzindo-se da receita da operação o valor devido à consignante restando para a intermediadora o resultado, ou seja a comissão e esta sim é receita própria da entidade.

DA MANIFESTAÇÃO DO PREGOEIRO

Assim, a Pregoeira, em conjunto com a área técnica responsável e considerando o princípio da autotutela

resolve dar provimento total ao recurso administrativo apresentado pela empresa DECOLANDO

TURISMO E REPRESENTAÇÃO LTDA.

Trazemos à baila, no entanto, que considerando o provimento do recurso impetrado pela licitante

VOETUR TURISMO E REPRESENTAÇÕES LTDA, bem como o Aviso de Anulação disponibilizado

em:

https://ifce.edu.br/proap/licitacoes-e-compras

, todos os atos realizados após a realização do primeiro

sorteio para realização de desempate do PE SRP 02/2018, foram anulados. Dessa forma a convocação da

empresa DECOLANDO TURISMO E REPRESENTAÇÃO LTDA, bem como sua inabilitação e a análise

do presente recurso são atos nulos.

Documento assinado eletronicamente por Tereza Cristina Felix dos Santos, Pregoeiro(a), em 14/09/2018, às 09:16, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

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A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://sei.ifce.edu.br/sei/controlador_externo.php?

acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 informando o código verificador 0190312 e o código CRC 566A86C7.

Referências

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