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PLANO DE MANEJO FLORESTAL

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Academic year: 2021

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RESUMO PÚBLICO

PLANO DE MANEJO FLORESTAL

QUILOMBO FLORESTAL COLINA

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O Resumo Público do Plano de Manejo tem como finalidade levar ao conhecimento da comunidade e disponibilizar às partes interessadas em geral, uma síntese sobre o empreendimento florestal Quilombo Florestal Colina, pertencente ao grupo Quilombo Empreendimentos e Participações. O documento apresenta as principais diretrizes e estratégias do Empreendimento, que visam a produção de matéria-prima para o mercado local e regional.

O Manejo Florestal responsável é praticado pelo Empreendimento, agregando valores socioambientais como premissa nas suas operações.

EXPEDIENTE

Gerente Florestal: Leandro Pabis

Elaboração / organização / conteúdo: Quilombo Florestal Colina e Floresta Nova Ltda.

Fotografias: Adriane Sanches – Hot Spot, Mármonn C. Nadolny – Floresta Nova, acervo Quilombo Florestal Colina

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O EMPREENDIMENTO

O grupo Quilombo tem sede no estado de São Paulo e atua em diferentes áreas de negócios. As principais áreas de atuação do grupo são os Empreendimentos Imobiliários e o Agronegócio. Desde 1984 o grupo Quilombo Empreendimentos e Participações atua no ramo do Agronegócio, com criação de gado Nelore. Em 2008 teve início sua atividade florestal, em parceria com empresa do setor para a formação de uma base florestal na região de Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul.

Em 2012, incorporaram-se novos projetos, ampliando suas áreas com o plantio de florestas em Ribas do Rio Pardo, MS. Inicialmente, este empreendimento era caracterizado como produtor rural. Mais recentemente, em 2019, foi criada a empresa Pessoa Jurídica - Quilombo Florestal Colina Ltda., cujo ativo florestal é objeto do processo de certificação em Manejo Florestal.

Assim, O Empreendimento de Manejo Florestal Quilombo Florestal Colina faz parte de um grupo econômico que, entre outras atividades, atua no ramo de investimento em florestas plantadas, executando as operações de plantio e manutenção de florestas, objetivando produzir e vender madeira em pé para suprir o mercado regional.

O responsável pela gestão de todos os aspectos do Manejo Florestal da Quilombo Florestal Colina é o Engenheiro Florestal Leandro Pabis.

OBJETIVOS DO MANEJO FLORESTAL

➢ Produzir madeira de Eucaliptos para comercialização na região onde a empresa está inserida, contribuindo para o desenvolvimento regional;

➢ Planejar, implantar e conduzir plantios florestais em regime de manejo sustentável para garantir a continuidade do negócio no longo prazo, atuando sob a ótica da

responsabilidade socioambiental;

➢ Desenvolver e aprimorar técnicas silviculturais de modo a maximizar o rendimento das florestas e minimizar possíveis impactos ambientais; adotando a abordagem da precaução em relação à conservação da natureza;

➢ Buscar o uso múltiplo dos recursos florestais para obter o máximo aproveitamento da produção florestal.

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COMPROMISSO COM A CERTIFICAÇÃO FLORESTAL

A Quilombo Florestal Colina assume publicamente seu compromisso com o Padrão de Certificação em todas as suas atividades, conforme os seus Princípios e Critérios, priorizando a melhoria contínua das suas atividades de Manejo Florestal, de modo responsável e observando:

➢ Respeitar as normas da certificação de manejo florestal;

➢ Respeitar as leis, acordos e tratados internacionais outorgados pelo País;

➢ Atualizar e manter todos os documentos de posse e uso da terra e dos recursos florestais, de acordo com a legislação;

➢ Manter os plantios florestais e os recursos naturais de maneira ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável;

➢ Promover a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e da comunidade local; ➢ Manter um canal de diálogo, buscando o engajamento com trabalhadores e comunidade

visando uma relação de parceria duradoura;

➢ Não converter florestas naturais em plantações de espécies nativas ou exóticas;

➢ Preservar os remanescentes de florestas nativas e ecossistemas associados contidos nas áreas objeto da certificação, visando a conservação dos recursos naturais bem como da fauna, flora e serviços ambientais associados;

➢ Preservar áreas de interesse ecológico, histórico, arqueológico e paisagístico presentes em suas áreas para as futuras gerações;

➢ Incentivar o uso múltiplo de seus recursos respeitando sempre a conservação da biodiversidade;

➢ Recuperar áreas degradadas e áreas de preservação, sempre que necessário, de acordo com planejamento prévio.

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DA UNIDADE DE MANEJO FLORESTAL

A área manejada pela Quilombo Florestal Colina está inserida no município de Ribas do Rio Pardo, situado no sul da região Centro-Oeste do Brasil, no Leste de Mato Grosso do Sul (Microrregião de Três Lagoas). Localiza-se na latitude de 20°26’34” Sul e longitude de 53°45’32” Oeste.

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MAPA DE LOCALIZAÇÃO DA FAZENDA

RECURSOS FLORESTAIS MANEJADOS PELA QUILOMBO FLORESTAL

COLINA

A área da Unidade de Manejo Florestal (UMF) da empresa, fazenda Colina, totaliza 6.660,62 ha, sendo classificada conforme quadro abaixo.

CLASSIFICAÇÃO ÁREAS (ha) %

Plantio 4.841,06 73

Conservação 1.465,06 22

Outros 354,51 5

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LIMITAÇÕES AMBIENTAIS

As áreas de preservação da empresa, que compreende as áreas de preservação permanente e reserva legal são os principais limitantes legais do manejo florestal Quilombo Florestal Colina. Áreas essas que são cobertas com vegetação nativa, devido a isso são essenciais para a manutenção ecológica da floresta, essencial para proteção da água e da vida silvestre.

Os fatores ambientais e territoriais podem afetar diretamente as atividades de silvicultura e colheita e em alguns casos podem ser limitantes à realização das atividades. Adequações e alterações nos procedimentos garantem a boa condução do manejo proposto.

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Página 7 de 37 LIMITAÇÕES AMBIENTAIS

CLIMA

Em períodos de longa estiagem, os plantios são suspensos e o risco de ocorrência de incêndios aumenta consideravelmente.

O controle de formigas cortadeiras não é realizado em dias de chuva ou com terreno muito molhado. Essa atividade é menor no inverno porque as formigas reduzem sua ação nessa estação. O excesso de umidade no solo impossibilita a subsolagem mecanizada.

O Clima limita a aplicação de herbicida durante o período chuvoso. Temperaturas elevadas e ocorrência de ventos, também impossibilitam essa operação.

As frentes de trabalho de colheita são direcionadas para áreas mais favoráveis durante os períodos de chuva.

Em períodos prolongados de chuva o transporte de madeira pode ser suspenso para evitar danos às estradas quando suas condições apresentam maior fragilidade.

Em dias de chuva ou períodos prolongados de chuva a atividade de conservação e manutenção de estradas é suspensa.

SOLOS

Algumas classes de solos podem restringir a cultura do Eucalipto.

Solos mais susceptíveis à erosão requerem maiores cuidados e medidas mitigadoras de impactos.

SITUAÇÃO FUNDIÁRIA

A situação fundiária da Quilombo Florestal Colina é atestada através de sua documentação de titularidade da propriedade, cadastro de reserva legal, georreferenciamento e mapeamento do uso do solo da Fazenda Colina.

• Documentação: as matrículas do imóvel estão em situação regular

• Reserva Legal e Cadastro Ambiental Rural (CAR): a propriedade tem RL averbada e CAR cadastrado

• Georreferenciamento INCRA: a área é georreferenciada e certificada no cadastro do INCRA • A propriedade tem certificado de cadastro de imóvel rural (CCIR) e pagamento de Imposto

Territorial Rural (ITR) em conformidade.

CONTEXTO SOCIAL DA REGIÃO

A fazenda Colina está inserida integralmente no munícipio de Ribas do Rio Pardo, próxima da divisa com os municípios de Santa Rita do Pardo e Brasilândia, mesorregião Leste do estado do Mato Grosso do Sul, microrregião Três Lagoas.

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De acordo com dados do IBGE (2010), a população do Estado de Mato Grosso do Sul é de 2.4 milhões de habitantes, com uma densidade demográfica de 6,9 hab./km2. As áreas adjacentes à fazenda Colina caracterizam--se por propriedades rurais que desenvolvem principalmente atividades de pecuária ou plantios florestais. No quadro abaixo, são mostrados alguns indicadores socioeconômicos dos municípios da região.

A fazenda Colina está integralmente inserida no município de Ribas do Rio Pardo, município brasileiro da região Centro-Oeste, situado no estado de Mato Grosso do Sul. Dista 102 quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, e a sede do município localiza-se às margens da rodovia BR-262. Às margens dessa rodovia também localiza-se encontram grandes áreas destinadas para instalação de empresas e indústrias, onde encontram-se instaladas empresas de reflorestamento, serrarias, mínero-siderúrgico, entre outras empresas.

Nos últimos 20 anos, o Município se desenvolveu com a chegada de novas indústrias e empresas, o que causou um crescimento populacional elevado, segundo o IBGE, em 1991 Ribas do Rio Pardo possuía uma população estimada em 13.423 cidadãos, em 1996 este número era de 13.081 cidadãos, ainda segundo o IBGE, chegando posteriormente a 16.721 no ano 2000 e no censo de 2010 este número atinge 20.946 cidadãos.

Por sua imensa extensão territorial, sua economia é basicamente sustentada pelo setor de agropecuária. Predomina a criação de gado, cultivo de florestas de eucalipto, havendo também o extrativismo de resina, carvão, com uma indústria siderúrgica, e diversas serrarias, além de outras pequenas indústrias.

Considerando a área total da fazenda Colina, esta ocupa apenas 0,38% da área do município. A figura abaixo mostra a composição da população economicamente ativa do município.

MUNICÍPIO / INDICADOR RIBAS DO RIO PARDO SANTA RITA DO PARDO BRASILÂNDIA

Área 17.355,1 km² 6.156,69 km² 5.823,38 km²

Ano de instalação 1943 1989 1963

População (Censo 2010) 20.946 hab. 7.259 hab. 11.826 hab.

População (Estimada 2019) 24.615 hab. 7.851 hab. 11.872 hab.

Densidade demográfica 2010 1,21 hab/km² 1,18 hab/km² 2,03 hab/km²

IDHM 2010 0,664 0,642 0,701

Faixa do IDHM Médio Médio Alto

IDHM 2010 - Longevidade 0,830 0,800 0,837

IDHM 2010 - Renda per capita 0,681 0,655 0,721

Renda per capita (R$) 2010 552,58 471,42 709,29

Analfabetismo 2010

(% adultos 25 anos ou mais) 13,49 15,70 13,53

Mortalidade infantil (2017)

(óbitos por mil nascidos vivos) 16,57 11,90 7,25

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De forma geral, a região de atuação do empreendimento caracteriza-se pela baixa densidade populacional e vastas áreas já abertas, atualmente utilizadas pela pecuária. Por estas características, aliadas ao relevo e proximidade de polos consumidores, a região mostra-se propícia à instalação de novos empreendimentos do setor florestal.

CONTEXTO AMBIENTAL DA REGIÃO

COMPONENTES ABIÓTICOS

Geodiversidade

A maior parte do município de Ribas do Rio Pardo está geologicamente localizada na bacia sedimentar do Paraná, que é no sensu stricto, uma vasta bacia intracratônica sul-americana, que abrange uma área de cerca de 1.400.000 km2 estendendo-se pelo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (Zalán et al., 1990). Essa bacia foi desenvolvida completamente sobre crosta continental, sendo preenchida por rochas sedimentares e ígneas (Milani & Ramos, 1998). A Fazenda Colina está situada na bacia sedimentar do Paraná, sendo preenchida por rochas sedimentares.

Geologicamente, o município de Ribas do Rio Pardo apresenta rochas do período jurássico, do Grupo São Bento e do cretáceo, do Grupo Baurú. Formação Santo Anastácio e Formação Caiuá.

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Solos

Quanto aos solos, em Mato Grosso do Sul foram identificadas e caracterizadas 25 classes de solos, com variações na fertilidade natural, as quais são encontradas sob diferentes condições de relevo, erosão, drenagem, vegetação e uso (PERH/MS, 2008). No município de Ribas do Rio Pardo ocorre o predomínio de Neossolo Quartzarênico (RQ).

O Neossolo Quartzarênico, chamado antigamente de areias quartzosas (AQ), é um solo muito profundo, sendo completamente dominado por areia. O quartzo que compõe a maior fração de areia desses solos é um mineral extremamente resistente ao intemperismo e desprovido de nutrientes (EMBRAPA, 2016). Os poucos nutrientes que existem nos Neossolos Quartzarênicos estão concentrados na matéria orgânica. A cor avermelhada do Neossolo Quartzarênico é dada por um pouco de hematita (um óxido de ferro) que também está presente (Abdon, 2004). Essa classe de solo possui baixa capacidade de retenção de umidade, intensa lixiviação e elevada susceptibilidade à erosão, sobretudo quando sujeito a fluxo de água concentrado, que pode provocar a instalação de grandes voçorocas (EMBRAPA, 2016).

Na Fazenda Colina ocorre predomínio do tipo de solo de Neossolo Quartzarênico (AQ6) e Latossolo Vermelho Escuro Álico (LEa11).

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Clima

O município de Ribas do Rio Pardo pode ser caracterizado em relação ao clima em regiões de clima tropical úmido ou subúmido (Am) e clima tropical com inverno seco (Aw). A região em que está inserida a Fazenda Colina possui clima tropical úmido ou subúmido como a maioria do território de Ribas do Rio Pardo. Essa região caracteriza-se por apresentar temperatura média do mês mais frio sempre superior a 18ºC apresentando uma estação seca de pequena duração que é compensada pelos totais elevados de precipitação.

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Recursos Hídricos

Águas superficiais

O município de Ribas do Rio Pardo pertence a duas Unidades de Gerenciamento Hidrográfico, as bacias do Rio Pardo e Rio Verde, sendo que a Fazenda Colina encontra-se na bacia do Rio Pardo. Dentro da Unidade de Gerenciamento da Bacia do Rio Pardo, os corpos d´água que ocorrem na Fazenda Colina são afluentes da margem esquerda do Rio Pardo.

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Página 13 de 37 Águas subterrâneas

Com relação às águas subterrâneas, a Fazenda Colina está inserida no Sistema Aqüífero Bauru. O aquífero Bauru é um aqüífero livre, com afloramento em grande parte do Estado, principalmente na Região Hidrográfica do Paraná. Representa um dos mais importantes aqüíferos do Estado, sendo responsável pelo escoamento regional das águas subterrâneas para importantes rios (Pardo, Verde e Sucuriú, nas respectivas UPGs, e em rios menores das UPGs Quitéria e Santana) (Shinzatto, 2007).

COMPONENTES BIÓTICOS

Flora

Segundo a classificação dos biomas no território brasileiro, a Fazenda Colina encontra-se na região do bioma Cerrado. O Cerrado brasileiro é considerado como a savana, a qual apresenta a maior riqueza em biodiversidade do mundo. Reconhecido como um hotspot global de biodiversidade, destaca-se pela abundância de espécies endêmicas, abrigando 12.070 espécies de plantas nativas catalogadas (Sawyer, 2016).

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Atualmente, o Cerrado é considerado um complexo de formações oreádicas com fisionomias diferentes, desde o campo limpo (fisionomia campestre) até o cerradão (fisionomia florestal), representando as formas savânicas intermediárias (campo sujo, campo cerrado e cerrado sensu stricto) como um longo ecótono entre duas fisionomias extremas (Coutinho, 1978). As fisionomias extremas (o campo limpo e o cerradão) apresentariam espécies exclusivas, enquanto as fisionomias savânicas apresentariam uma mistura dessas espécies. Com relação aos tipos fitofisonômicos do bioma cerrado, a maior parte do município de Ribas do Rio Pardo e a região da Fazenda Colina foi classificada como atividades agrárias (IBGE; 1992), ou seja, áreas com características de alta antropização.

Em Setembro de 2020, a Quilombo Florestal Colina realizou um levantamento de campo da flora existente na fazenda Colina. Os resultados confirmam o bom estado de conservação das áreas protegidas pela empresa, com a ocorrência de diferentes espécies da flora regional.

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Fauna

Avifauna

O grupo das aves apresenta uma expressiva concentração de espécies no Cerrado, sendo que praticamente a metade das espécies registradas no Brasil ocorre no bioma (Silva, 1995). Uma das primeiras grandes revisões da avifauna do Cerrado, realizada em 1995, indicou a existência de 837 espécies distribuídas em 64 famílias (Silva, 1995). Até 2014, outras 29 espécies foram registradas pela primeira vez para o bioma, elevando o número de espécies de aves para 856, das quais 777

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(90,7%) se reproduz na região e 30 (3,8%) são endêmicas (MMA, 2018). As espécies restantes incluem: a) visitantes da América do Norte; b) visitantes da América do Sul, c) prováveis migrantes altitudinais do sudeste do Brasil e d) espécies com status desconhecido (Silva, 2007). Das espécies que se reproduzem no Cerrado, 51,8% são dependentes de ambientes de florestas, 27,4% vivem em áreas abertas e 20,8% vivem tanto em áreas abertas como em florestas (Silva, 2007). Essa grande riqueza de espécies de aves também foi verificada no levantamento bibliográfico na região onde está inserida a Fazenda Colina, gerando uma lista de 202 espécies. Embora o número seja alto, de acordo com os dados do MMA (2007), somente 2 espécies que possuem distribuição geográfica na área da Fazenda Colina são espécies alvo para a conservação do cerrado.

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Página 17 de 37 Mastofauna de Médio e Grande Porte

Os mamíferos neotropicais compreendem um grande número de espécies de diferentes formas e habitats, distribuídos em 11 ordens. O Brasil possui uma das maiores riquezas de mamíferos da região Neotropical (acima de 520 espécies), com um alto número de espécies endêmicas (aproximadamente 131 espécies), sendo a maioria de primatas e roedores (Cárceres et al., 2008). Cárceres et al. (2008) realizaram uma revisão das espécies de mamíferos que ocorrem no Mato Grosso do Sul, indicando a existência de 151 espécies terrestres, sendo 90 terrestres não-voadores e 61 espécies de mamíferos voadores. Esses autores acreditam que esse número pode aumentar com estudos em coleções e estudos sistemáticos, principalmente de morcegos, roedores e marsupiais. Para o Bioma Cerrado Pantanal são assinaladas cerca de 199 espécies (Marinho-Filho et al., 2002), sendo 18 espécies endêmicas de mamíferos no Cerrado e 2 no Pantanal. No bioma Cerrado, há 16 espécies incluídas na lista de espécies ameaçadas de extinção (Marinho-Filho, 2007), indicando que as alterações no habitat colocam em risco a sobrevivência das espécies. A partir do levantamento bibliográfico foram encontradas 29 espécies de mamíferos de médio e grande porte na região em que está inserida a Fazenda Colina. Dessas espécies, 9 são alvos da conservação do cerrado e possuem distribuição espacial na área da Fazenda Colina.

Anta

É importante ressaltar que a maioria das espécies de mamíferos de ocorrência na Fazenda Colina, ameaçadas de extinção possuem uma área de vida de grande extensão geográfica. Como ressaltado pelos autores Reynolds et al. (2016), o tamanho do fragmento é fundamental para manutenção de populações viáveis de determinadas espécies de mamíferos. Na região de Cerrado do Mato Grosso do Sul, espécies como o lobo guará (Chrysocyon brachyurus), cervo do pantanal (Ozotoceros bezoarticus), tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e o tatu canastra (Priodontes maximus) requerem grandes áreas do habitat não fragmentadas para a sua ocorrência (Reynolds et al., 2016).

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Tamanduá bandeira

Monitoramento

A partir de levantamento de campo, foram listadas as espécies da flora e fauna ameaçadas de extinção, presentes na região onde está inserida a Fazenda Colina.

Lista taxonômica das espécies da flora protegidas e endêmicas observadas na Fazenda Colina, Ribas do Rio Pardo, MS.:

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Registro das espécies de mamíferos da Fazenda Colina, Ribas do Rio Pardo, MS, que constam na lista de espécies ameaçadas no Brasil, listas estaduais disponíveis (ICMBio 2018) e da União mundial para Natureza (IUCN, 2019):

O monitoramento de fauna é realizado através de fichas de avistamento de animais, preenchidas pelos trabalhadores que atuam na fazenda.

Além dos registros de avistamento, em Setembro de 2020 a Quilombo Florestal Colina realizou um levantamento de campo da fauna existente na fazenda Colina. Os resultados confirmam o bom estado de conservação das áreas protegidas pela empresa, que servem de habitat para diferentes espécies da fauna regional.

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GESTÃO FLORESTAL

O Objetivo Geral do Manejo Florestal da Quilombo Florestal Colina é desenvolver métodos para produzir árvores com o menor custo, associado a preservação do meio ambiente, o desenvolvimento social das comunidades vizinhas e o atendimento à demanda regional de madeira, mantendo-se competitiva no mercado.

ESPÉCIES CULTIVADAS

A escolha das espécies utilizadas nos plantios da Quilombo Florestal Colina considera a busca por altos rendimentos volumétricos bem como a adaptação às condições ambientais, de solo, clima e biodiversidade, sempre fundamentada em pesquisas de especialistas.

As espécies utilizadas no empreendimento são o Eucalyptus urophylla e Eucalyptus grandis, bem como os híbridos destas espécies. O melhoramento genético através da hibridação de espécies visa melhorar a produtividade dos plantios e reduzir custo de produção. São utilizados diferentes clones, observando-se a melhor adaptabilidade de cada material genético ao ambiente.

MUDAS

Com a definição dos materiais genéticos a serem implantados, as mudas são compradas e produzidas por viveiros da região de atuação do empreendimento. O acompanhamento do desenvolvimento das plantas e o controle de qualidade das futuras árvores do empreendimento são acompanhados pela equipe técnica da Quilombo Florestal Colina.

MONITORAMENTO DA DINÂMICA DA FLORESTA – INVENTÁRIO FLORESTAL

O crescimento é monitorado através do Inventário Florestal Contínuo (IFC), realizado anualmente e a partir do 4º ano, com objetivo de acompanhar os incrementos da floresta e a dinâmica de seu comportamento.

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Os inventários florestais fornecem a estimativa do estoque atual de madeira em pé, essencial para a correta valorização da madeira a ser vendida. Através deles são obtidas informações da produção de madeira em m3/ha, produtividade e conhecimento qualitativo da floresta, tais como o percentual

de falhas e mortalidade, dos diversos materiais genéticos que compõem a base florestal da empresa, além de servir como base de informações para o planejamento e preparação de talhões para colheita florestal.

TAXAS ANUAIS DE COLHEITA

As taxas anuais de colheita florestal são definidas considerando o crescimento anual ocorrido com base no Inventário e a demanda e oportunidades do mercado.

SILVICULTURA

Na silvicultura são necessários vários tratos culturais para a formação da floresta (preparo do solo, plantio, irrigação, adubação, controle de pragas, doenças e da mato-competição) obtendo-se, normalmente, somente um produto com o corte raso da floresta.

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Limpeza de área

Retirada de resíduos da área para garantir boa qualidade nas operações subsequentes, padronizando a metodologia utilizada em campo e facilitando uma melhor execução das atividades operacionais. É importante salientar que a empresa não faz uso do fogo para limpeza e em nenhuma fase de seu processo produtivo.

Preparo de solo

O preparo do solo é o conjunto de operações usadas na busca por elevação ou manutenção da produtividade de florestas, caracterizado pelo uso de determinados equipamentos adaptados às condições pedológicas e manejo de resíduos. Estas operações podem produzir como resultado melhorias na qualidade produtiva, através da minimização de perdas por erosão, otimização da utilização dos recursos e melhorias na relação custo/benefício.

Adubação de solo

A adubação ocorre do fato de que nem sempre o solo é capaz de fornecer todos os nutrientes que as plantas precisam para um adequado crescimento. As características e quantidade de adubos a aplicar dependem das necessidades nutricionais da espécie, da fertilidade do solo, da reação dos adubos com o solo, da eficiência dos adubos e de fatores de ordem econômica. As aplicações de adubo podem ser feitas tanto de forma manual quanto mecanizada.

Combate a formigas cortadeiras

Controle realizado durante o período de formação e maturação da floresta e prosseguindo após o corte. O monitoramento deve ser constante desde o plantio até o primeiro ano da muda, de forma a evitar a proliferação dos formigueiros. A aplicação das iscas é realizada de forma manual ou mecanizada, com os cuidados ambientais definidos em procedimento operacional e por colaboradores devidamente treinados.

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Controle de mato competição

Controle realizado com herbicidas pré e pós-emergentes. O controle pré-emergente tem a finalidade de reduzir a competição do eucalipto com outras plantas. Este controle pode ser realizado de maneira química (herbicida) ou de forma mecânica. As operações podem ser feitas em área total, na linha ou ainda na entrelinha. A aplicação dos produtos é realizada de forma manual ou mecanizada, com os cuidados ambientais definidos em procedimento operacional e por colaboradores devidamente treinados.

Plantio

É realizado em áreas onde foi executada a subsolagem. O plantio é feito por meio de plantadeiras ou “matracas”. Todas as embalagens, tubete ou saco plástico, devem ser recolhidas e depositadas em locais apropriados.

COLHEITA FLORESTAL

A colheita de madeira será realizada prioritariamente de forma mecanizada, operada pelo cliente comprador da madeira em pé ou empresa terceirizada e visando obter matéria prima adequada às necessidades estabelecidas em contrato de venda da madeira.

Serão observados o melhor aproveitamento dos recursos, segurança para os envolvidos e com os mínimos impactos ambientais e geração de resíduos da colheita, respeitando os procedimentos ambientais e operacionais.

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Manutenção de estradas e aceiros

Por meio de técnicas adequadas, a manutenção das estradas e aceiros florestais é realizada dentro da fazenda Colina para garantir o trânsito na propriedade e, no caso dos aceiros, a proteção contra o fogo. Todos os critérios são definidos pela empresa em procedimento operacional, visando minimizar os potenciais impactos negativos. Em todos os casos são utilizados cuidados construtivos para minimizar a erosão dos solos que podem causar assoreamento e contaminação dos cursos d’água.

Microplanejamento

A Quilombo Florestal Colina realiza o microplanejamento de suas atividades visando sempre a melhor programação para atividade que será realizada, e também, visa minimizar impactos das atividades sobre o meio ambiente e sobre as comunidades que são partes interessadas no manejo da empresa.

GESTÃO AMBIENTAL

Em suas atividades, a Quilombo Florestal Colina cumpre a legislação ambiental vigente e trata da relação com o meio ambiente com respeito. A empresa procede o devido licenciamento de suas operações junto aos órgãos competentes, efetua coleta seletiva de resíduos de suas operações e dá a correta destinação a este material. Além disso, avalia potenciais impactos ambientais, analisa e implementa medidas mitigadoras. Realiza também monitoramento ambiental, que consiste em um processo de coleta de dados, estudo e acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais. Com isso, pode-se identificar e avaliar, de forma qualitativa e quantitativa, as condições dos recursos naturais em um determinado momento, assim como as tendências ao longo do tempo, com o devido acompanhamento.

PLANO DE GESTÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

As atividades realizadas pela empresa são avaliadas como o objetivo de monitorar os impactos que as mesmas podem causar. As medidas de prevenção e mitigação identificadas são incorporadas aos procedimentos operacionais e ambientais de cada operação.

Os impactos ambientais resultantes das diversas operações realizadas pela Quilombo Florestal Colina são devidamente identificados e avaliados. O Plano de Gestão de Impactos Ambientais é o principal instrumento da empresa para adequar-se à correta gestão dos impactos ambientais de suas operações frente à legislação e honrar seu compromisso com o organismo certificador. A implantação do mesmo na rotina da organização resulta em benefícios ambientais e também sociais, melhorando a conservação da diversidade ecológica e seus valores associados, tanto nas áreas direta como indiretamente afetadas pelo empreendimento.

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Fluxograma de monitoramento e mitigação/adequação de impactos ambientais:

Para aprimorar a avaliação, a empresa desenvolveu uma matriz de identificação dos

aspectos e impactos ambientais possíveis. O resumo da matriz contempla todas as

atividades florestais.

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Página 26 de 37 P re p ar o d o s o lo P la n ti o Tr at o s c u lt u ra is M an u te n çã o p at ri m o n ia l C o lh e it a M an u te n çã o m áq e eq u ip Lo st ic a

Compactação, exposição e revolvimento do solo

Erosão e alteração das propriedades fisico,

químicas e biológicas do solo Ficha de Monitoramento pré e pós Operação Corte de vegetação nativa de diferentes

portes

Destruição da flora nativa, eventualmente de espécies ameaçadas, erosão do solo

Ficha de Monitoramento pré e pós Operação e Ficha de Ocorrência Ambiental

Cortes e aterros com movimentação do solo, extração de cascalho

Degradação e erosão do solo, com perda de horizonte superficial, assoreamento

Ficha de Monitoramento pré e pós Operação e Monitoramento previsto no PRAD Derramamento de óleos, graxas,

combustível

Contaminação do solo e água, mortalidade da fauna

Ficha de Monitoramento pré e pós Operação e Ficha de Ocorrência Ambiental

Derramamento de óleos, graxas, combustível, produtos químicos

Contaminação do solo e água, mortalidade da fauna

Ficha de Monitoramento pré e pós Operação e Ficha de Ocorrência Ambiental

Derrubada de árvores próximas ou inseridas em APP e áreas nativas

Destruição da flora nativa e spp ameaçadas, erosão do solo, contaminação da água

Ficha de Monitoramento pré e pós Operação e Ficha de Ocorrência Ambiental

Execução de obras civis no entorno e dentro de corpos d'água

Alteração do regime hídrico, poluição hídrica,

contaminação de corpos d'água Ficha de Monitoramento pré e pós Operação

Geração de resíduos Classe I - Perigosos Contaminação de solo e água, mortalidade da fauna

Ficha de Monitoramento pré e pós Operação e Ficha de Ocorrência Ambiental

Geração de resíduos Classe II Contaminação de solo e água, aspecto visual negativo, dano à fauna

Ficha de Monitoramento pré e pós Operação e Ficha de Ocorrência Ambiental

Utilização e manuseio de produtos químicos

Contaminação de solo e água, mortalidade da fauna e flora

Ficha de Monitoramento pré e pós Operação e Ficha de Ocorrência Ambiental

Atropelamento de animais Danos e mortalidade à fauna nativa e

animais de criação Ficha de Ocorrência Ambiental

Corte raso de extensas áreas Impacto visual negativo e alteração na

paisagem regional Ficha de Monitoramento pré e pós Operação

Erosão do solo e perda de fertilizantes Contaminação e eutrofização dos corpos

d'água Ficha de Monitoramento pré e pós Operação

Emissão de gases de motores a

combustão Poluição atmosférica

Checklist de Manutenção de Máquinas e Equipamentos.

Emissão de ruídos Desconforto de trabalhadores, comunidades

e moradores próximos Monitoramento de SST

Geração de poeira Contaminação do ar, desconforto de

comunidades e moradores próximos Ficha de Ocorrência Ambiental Utilização de água para irrigação de

mudas

Redução da disponibilidade de recurso

hídrico para outros usos Previsto no licenciamento e outorga

MONITORAMENTO

MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS E

IMPACTOS AMBIENTAIS

ASPECTO AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL

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PROGRAMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS

Todo o resíduo gerado nas atividades do empreendimento é devidamente separado, coletado e tem a destinação correta. O programa define a sistemática utilizada para a geração, armazenamento e destino final do resíduo gerado pela organização na condução de suas atividades, operações e produtos florestais.

UTILIZAÇÃO DE DEFENSIVOS

A Quilombo Florestal Colina tem como política racionalizar o uso de defensivos agrícolas e qualquer produto classificado como perigoso. O armazenamento, manuseio, utilização de produtos perigosos são realizados conforme legislação aplicável. Os resíduos destes produtos, embalagens e afins tem correta destinação final.

A empresa dispõe de procedimentos operacionais para orientar o uso e os devidos cuidados em relação às pessoas e meio ambiente.

Monitoramento de consumo de defensivos agrícolas

O monitoramento da utilização de herbicidas e formicidas demonstra o baixo consumo de produtos químicos nas operações de manejo da empresa:

ÁREA ASPECTO

MONITORADO INDICADOR UNIDADE META

RESULTADOS 2019/2020

Manejo Florestal Consumo de defensivos agrícolas

Quantidade média utilizada por área de manejo (glyphosato)

kg.ha-1.ano-1 < 0,94 0,01

Manejo Florestal Consumo de defensivos agrícolas

Quantidade média utilizada por área de manejo (sulfluramida)

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SALVAGUARDAS AMBIENTAIS

Visando proteger os recursos hídricos, solo, fauna e flora e em especial espécies raras, endêmicas, ameaçadas ou em perigo de extinção e/ou de seus habitats, a Quilombo Florestal Colina, em todos seus procedimentos, orienta seus colaboradores, próprios ou terceiros, a observar o cuidado e respeito ao meio ambiente:

• Não causar danos à vegetação nativa, Reservas Legais (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP);

• Não causar danos à fauna, caso exista ocorrência durante a atividade; • Evitar incêndios;

• Todo resíduo e lixo (resíduos de manutenção, plástico, papel, estopas, marmitex, etc) deverá ser acondicionado e encaminhado aos locais adequados para armazenamento e destinação. Matérias orgânicas, (bagaço e casca de frutas, verduras e legumes) podem ser enterrados; • No caso de derramamento de qualquer volume de resíduo Classe I (combustível, óleo,

químicos), deve-se providenciar a coleta de solo contaminado, utilizando o kit de contenção e recipiente adequado e identificado, enviando para o deposito temporário de resíduo Classe I; • Verificar se mangueiras, juntas e encanamentos do equipamento estão em boas condições de

operação com objetivo de eliminar vazamentos de óleo hidráulico e lubrificantes;

• Não lavar os equipamentos em rios, córregos ou barragens, evitando contaminação da água;

As áreas de vivência e sanitários devem ser posicionadas em áreas que não prejudiquem o

desenvolvimento da operação e nunca dentro da APP ou RL;

Se o solo chegar a ser contaminado com óleo, o mesmo deve ser recolhido (óleo + solo) e destinado de forma adequada.

Nas frentes de operação, os colaboradores são orientados a seguir as orientações informadas em diálogos e treinamentos:

• Não estacionar veículos em áreas de vegetação nativa;

• Transitar em velocidade compatível, a fim de evitar atropelamento de animais;

• Respeitar a recomendação técnica e o procedimento quanto a dosagem do agrotóxico; • As frentes operacionais devem ter um Kit de contingência para coleta de óleo e graxas em caso

de vazamentos, recolher o solo contaminado em tambores específicos e destinar adequadamente a central de resíduos;

• Armazenar corretamente as embalagens vazias de produtos químicos e devolvê-las para a central de resíduos;

• Inspecionar periodicamente as condições de funcionamento das máquinas e veículos;

• Operadores de máquinas e equipamentos são treinados e habilitados para a função, e em especial para os cuidados ambientais;

• Informar qualquer ocorrência contra o patrimônio da empresa. (Caça, pesca, coleta de lenha e ou desmatamento de área nativa, incêndios, entre outros);

Para a comunidade do entorno e público em geral, existem placas informativas sobre os cuidados ambientais a serem observados.

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A Quilombo Florestal Colina monitora a qualidade da água em 4 pontos da propriedade. Mais indicadores serão analisados com o aumento da atividade operacional na fazenda.

MONITORAMENTO – ANÁLISE DE INDICADORES

PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS FLORESTAIS

Visando proteger seu patrimônio, áreas de conservação e plantios florestais, a Quilombo Florestal Colina atua ativamente na prevenção à incêndios florestais. A empresa mantém sinalização preventiva em sua propriedade, realiza anualmente treinamentos com colaboradores e terceirizados e orienta a prevenção em procedimentos operacionais.

Anualmente e antes da época mais crítica de risco de incêndios, a empresa realiza a manutenção dos aceiros externos e internos, que constituem uma barreira para entrada ou alastramento de incêndios.

MONITORAMENTO – PREVENÇÃO E REGISTROS

Também como prevenção, a empresa realiza monitoramento constante das condições meteorológicas. As informações são tratadas, gerando estatísticas que auxiliam o alerta e mobilização em períodos classificados como críticos.

Data Indicador Poço 1 Poço 2 Manancial 1 Manancial 2

mai/19 PH (6 - 9,5) 5,11 5,51 4,89 6,03 mai/19 Turbidez (100) 0,29 0,20 2,07 0,78 dez/19 PH (6 - 9,5) 5,5 6,7 6,9 6,3 dez/19 Turbidez (100) <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 mai/20 PH (6 - 9,5) 6,46 7,58 7,32 6,69 mai/20 Turbidez (100) 0,08 0,1 1,55 1,59 jul/20 PH (6 - 9,5) * 6 ** 6,55 jul/20 Turbidez (100) * <0,1 ** <0,1

nov/20 PH (6 - 9,5) Previsto Previsto Previsto Previsto

nov/20 Turbidez (100) Previsto Previsto Previsto Previsto

* Não realizado - não utilizado

** Não realizado - falta de água estiagem prolongada

LOCAL ANÁLISE

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Os dados são analisados e utilizando-se a Fórmula de Monte Alegre (FMA), determina-se o risco de perigo de incêndio. Os resultados de 2020, até meados de Novembro, mostram uma alta ocorrência de grau “5”, o mais elevado, consequência da severa estiagem observada no período.

Para monitoramento dos eventos, a empresa dispõe de fichas para registros de ocorrências. Os dados são organizados em planilhas para acompanhamento e análise. Nos últimos anos, registrou-se apenas uma ocorrência de incêndio na propriedade.

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Monitoramento de ocorrência de incêndios – fazenda Colina (até outubro/2020)

A empresa é associada à REFLORE – Associação Sul Mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas e participa das campanhas de prevenção promovidas pela associação.

Com a missão de conscientizar as populações rurais e urbanas sobre o tema, a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS), junto a seus associados e parceiros, realiza em 2020 a “8a Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios”.

Fonte: https://reflore.com.br/index.php/2020/06/05/com-o-tema-fogo-mata-reflore-ms-realiza-8a-campanha-de-prevencao-e-combate-a-incendios/

Em caso de ocorrência de incêndio, a Quilombo Florestal Colina mantém uma estrutura de operação para combate ao evento, contando com veículos e logística, ferramentas apropriadas, implementos para transporte de água e brigadistas treinados.

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Também, promove treinamentos anuais de combate à incêndios, com práticas de campo e mantém procedimento de orientação operacional.

GESTÃO SOCIAL

A Quilombo Florestal Colina promove uma gestão social que apoia o desenvolvimento e bem-estar das comunidades localizadas no entorno de sua área de atuação. A empresa busca avaliar as comunidades que possam ser de alguma forma impactadas pelas atividades de manejo florestal, realizando estudos e levantamentos para identificação e avaliação dos impactos gerados à sociedade. Também mantém canais de comunicação disponíveis para o público em geral. Estas ações permitem à empresa atuar de forma cada vez mais responsável e harmônica com o desenvolvimento econômico e social regional.

Alinhado a seu compromisso social, a empresa se compromete em não realizar qualquer forma de exploração de trabalho escravo ou infantil, bem como quaisquer outras formas de degradação das condições humanas de trabalho, tais como trabalho forçado, recrutamento ilegal e manutenção de trabalhadores em condições análogas à de trabalho escravo.

PLANO DE GESTÃO DE IMPACTOS SOCIAIS

O Plano de Gestão de Impactos Sociais é um dos instrumentos da empresa para a correta gestão dos impactos sociais resultantes de suas operações, frente à legislação pertinente e ao seu compromisso com a certificação florestal. A implantação do plano na rotina do empreendimento resulta em benefícios sociais e mitigação dos impactos negativos existentes, tanto nas áreas direta como indiretamente afetadas pelo empreendimento.

Os objetivos do presente plano são:

• Buscar a melhoria contínua na gestão do empreendimento;

• Atender a legislação aplicável ao empreendimento e suas atividades; • Atender o preconizado pela certificação

Avaliar os impactos sociais negativos causados pelo empreendimento e propor medidas preventivas, mitigadoras e corretivas.

Para aprimorar a avaliação, a empresa desenvolveu uma matriz de identificação dos

aspectos e impactos sociais possíveis:

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CARACTERIZAÇÃO DAS COMUNIDADES

A Quilombo Florestal Colina realizou um levantamento para caracterizar as comunidades de seu entorno. Também foram considerados os moradores próximos à estrada por onde futuramente será escoada a produção de madeira. As propriedades foram registradas em base cartográfica e fazem parte do escopo de monitoramento social realizado pela empresa.

Em 2019 foram entrevistados 37 moradores do entorno, residentes nos assentamentos Mutum e Avaré (Municípios de Ribas do Rio Pardo e Santa Rita do Pardo) e funcionários de fazendas da região, além de moradores próximos à estrada de ligação à BR 262. Foram aplicados questionários para caracterização das condições socioeconômicas de cada entrevistado. As informações foram tratadas e o levantamento será repetido anualmente, para monitorar as alterações das condições da população do entorno frente à atuação do empreendimento. Devido à pandemia COVID-19 e à necessidade de isolamento social e restrições de contato, em 2020 foram realizadas apenas algumas entrevistas com moradores fora de grupos de risco.

OPERAÇÃO ASPECTOS SOCIAIS DA OPERAÇÃO IMPACTO SOCIAL

Geração de ruídos Desconforto e alteração da saúde Geração de poeira Desconforto e alteração da saúde Uso de produtos químicos Intoxicação de pessoas e animais

Erosão do solo e assoreamento de rios Diminuição da qualidade dos recursos hídricos disponíveis Danos ao patrimônio de terceiros Prejuizos econômicos

Geração de ruídos Desconforto e alteração da saúde Geração de poeira Desconforto e alteração da saúde Uso de produtos químicos Intoxicação de pessoas e animais

Erosão do solo e assoreamento de rios Diminuição da qualidade dos recursos hídricos disponíveis Acidentes de trânsito Prejuízos materiais e danos a saúde

Atropelamentos Danos à saúde ou morte de pessoas e animais Alteração de tráfego Incômodo à população e prejuízos econômicos Danos ao patrimônio de terceiros Prejuizos econômicos

Queda inesperada de árvores Danos a instalações e construções, danos à saúde de pessoas e animais Geração de ruídos Desconforto e alteração da saúde

Geração de poeira Desconforto e alteração da saúde Uso de produtos químicos Intoxicação de pessoas e animais

Alteração de tráfego Incômodo à população e prejuízos econômicos Danos ao patrimônio de terceiros Prejuizos econômicos

Erosão do solo e assoreamento de rios Diminuição da qualidade dos recursos hídricos disponíveis

Queda inesperada de árvores Danos a instalações e construções, danos à saúde de pessoas e animais Geração de ruídos Desconforto e alteração da saúde

Geração de poeira Desconforto e alteração da saúde

Geração de vibração Desconforto e alteração da saúde e danos a construções Acidentes de trânsito Prejuízos materiais e danos a saúde

Atropelamentos Danos à saúde ou morte de pessoas e animais Alteração de tráfego Incômodo à população e prejuízos econômicos Deterioração de estradas Incômodo à população e prejuízos econômicos Danos ao patrimônio de terceiros Prejuizos econômicos

MANUTENÇÃO PATRIMONIAL (cercas, estradas, aceiros, rede elétrica, pontes, placas)

COLHEITA FLORESTAL

LOGÍSTICA

MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS E

IMPACTOS SOCIAIS

IMPLANTAÇÃO E MANEJO FLORESTAL

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MONITORAMENTO DE IMPACTOS SOCIAIS DA OPERAÇÃO

O monitoramento de impactos sociais causados pelas operações florestais é realizado nas comunidades localizadas no entorno da unidade de manejo e rotas de transporte de madeira, sempre em parceria com os moradores. Os impactos são monitorados em três fases: pré-operação, durante e pós operação. As informações sobre os impactos são registradas em formulários específicos, e após, compartilhados com os responsáveis das operações para que as ações mitigadoras sejam executadas.

A caracterização das comunidades e a primeira informação de monitoramento teve como resultados:

LEVANTAMENTO DE IMPACTOS SOCIO-ECONÔMICOS E AMBIENTAIS

Sim Não

Tem conhecimento da localização da unidade de manejo da empresa? 92% 8%

Tem conhecimento das atividades / operações realizadas pela empresa? 89% 11%

A empresa já fez algum contato? 22% 78%

A empresa distribui algum material de divulgação ou de contato? 0% 100%

Existe um canal / forma de comunicação com a empresa? 35% 65%

Possíveis impactos negativos Sim Não

Geração de poeira 3% 97%

Geração de ruído 3% 97%

Danos às cercas 0% 100%

Alteração da paisagem (plantio) 0% 100% Isolamento das comunidades 0% 100% Interrupção no fornecimento de água 0% 100% Redução no abastecimento de água 0% 100% Alteração da qualidade da água 0% 100% Interrupção no fornecimento de energia 3% 97% Degradação do solo, erosão 0% 100% Alteração do clima local - mais calor ou regime de chuvas 14% 86% Extensão da plantação de Eucalipto / retirada ou extinção das matas originais 0% 100% Extinção / diminuição da fauna nativa 0% 100% Degradação da malha viária pública - estradas 3% 97% Acidente causado pelo tráfego (máquinas, caminhões, veículos leves) 0% 100% Dano causado pelo manejo - incêndio 3% 97% Dano causado pelo manejo - queda de árvores 0% 100% Contaminação por agrotóxicos 3% 97% Percebe mais algum impacto NEGATIVO gerado pela presença da empresa na região? 3% 97%

Possíveis impactos positivos Sim Não

Geração de emprego 68% 32%

Geração de renda 70% 30%

Geração de arrecadação 70% 30% Proteção de mananciais (água) 78% 22% Proteção de fragmentos de florestas 84% 16%

Treinamentos 5% 95%

Projetos sociais 3% 97%

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ÁREAS DE ALTO VALOR DE CONSERVAÇÃO (AAVC)

ASPECTOS AMBIENTAL E SOCIAL

A Quilombo Florestal Colina contratou estudos especializados para verificar a presença de atributos de AVCs na Fazenda Colina. A avaliação foi baseada nas orientações do Proforest: Guia para Florestas de Alto Valor para Conservação e Guia de Boas Práticas para Avaliações de Altos Valores de Conservação: Orientações Práticas para profissionais e Auditores.

Além do estudo, a empresa realizou levantamento na forma de entrevistas e questionários, junto às comunidades do entorno da propriedade.

Como resultado, não foi detectada presença de AVC na fazenda Colina, tanto das categorias ambientais AVC 1 – “Áreas contendo concentrações significativas de valores referentes à biodiversidade em nível global, regional ou nacional”; AVC 2 – “Áreas extensas de florestas, na escala, de relevância global, regional ou nacional onde populações viáveis da maioria ou de todas as espécies naturais ocorram em padrões naturais de distribuição e abundância”; AVC 3 – “Áreas inseridas ou que contenham ecossistemas raros, ameaçados ou em perigo de extinção”, como das categorias sociais AVC 4 – “Áreas que prestem serviços ambientais básicos em situações de extrema importância”; AVC 5 – “Áreas essenciais para suprir as necessidades básicas de comunidades locais”; AVC 6 – “Áreas de extrema importância para a identidade cultural tradicional de comunidades locais”.

GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA

SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL

A área de Segurança e Saúde Ocupacional da Quilombo Florestal Colina atua objetivando cumprir a legislação trabalhista vigente, em relação aos colaboradores próprios e terceiros. Trabalha na identificação, avaliação e classificação de todos os perigos e riscos nas etapas do processo produtivo florestal, implantando medidas de controle, objetivando minimizar a ocorrência de qualquer tipo de acidente e, consequentemente, preservar a integridade física e a saúde de seus colaboradores próprios e terceiros.

Seguindo o que é preconizado pela legislação, os laudos e programas de segurança – LTCAT, PPRA e PCMSO são aplicados, bem como toda a conformidade nas relações trabalhistas.

TREINAMENTOS

Treinamentos funcionais e informativos são planejados e executados durante o ano. Além dos treinamentos obrigatórios segundo a NR-31 que contemplam os temas sobre segurança e saúde ocupacional e meio ambiente, são ministradas instruções sobre emergências, brigadas e combate à incêndios florestais, manuseio e aplicação de agrotóxicos, operação com motosserra e outros equipamentos, primeiros socorros, entre outros.

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MONITORAMENTO SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

A Quilombo Florestal Colina mantém registros das ocorrências relacionadas à saúde e segurança do trabalho em suas operações.

O indicador monitorado – n° de acidentes de trabalho, no período 2019/out 2020, teve como resultado:

ÁREA ASPECTO

MONITORADO INDICADOR META

FONTE DE INFORMAÇÃO FREQUÊNCIA DO MONITORAMENTO LOCAL RESULTADOS 2019/2020 Social SST- Saúde e Segurança do Trabalho N⁰ acidentes do trabalho com afastamento 0 Comunicados de

acidente do trabalho Anual

Frentes de

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FALE CONOSCO - CANAIS DE DIÁLOGO

Telefone: +55 (67) 3306-7704

e-mail: contato@quilombo.com.br

Website:www.quilombo.com.br

https://www.quilombo.com.br/docs/RP-PMF-QuilomboFlorestalColina-digital.pdf

QUILOMBO FLORESTAL COLINA LTDA Fazenda Colina

Rodovia BR 262 - km 182 à Esquerda, 20 km à esquerda e 5 km Até a Sede Bairro Zona Rural

CEP: 79.180-000

Ribas do Rio Pardo – MS Latitude 20°38'24.24"S Longitude 53°13'25.88"O

Escritório Campo Grande

Rua Michel Scaff nº105 – Sala 03 Bairro Cachoeira

CEP: 79.040-860 Campo Grande – MS

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