Campanha Salarial
Servidores Federais de todo o país
reivindicam seus direitos
Fo
tos: Manoel Messina
Saúde
O Sinsprev/SP reuniu-se com o
Segep para cobrar ações nas
ques-tões que afetam os servidores, como
o restabelecimento do adicional de
insalubridade e o cumprimento da
Constituição que garante o direito
ao duplo vínculo para os profi
ssio-nais do setor da Saúde federal.
Pág. 11
O IV Encontro dos Aposentados
do Sinsprev/SP reuniu mais de 200
fi liados, em Serra Negra. Foram três
dias de debates e elaboração de
pro-postas reivindicatórias e de luta.
Os aposentados também realizaram
um Encontro Nacional da Fenasps,
em Brasília.
Págs. 5 e 6
Aposentados
As diversas categorias que compõem o
serviço público federal iniciaram suas
mo-bilizações para a Campanha Salarial 2011.
Até o momento foram duas grandes
marchas pela Esplanada dos Ministérios, em
Brasília. O Sinsprev/SP compareceu com
mais de 100 servidores fi liados em cada uma.
Um dos principais itens da pauta é o
estabelecimento de data base para o
funcio-nalismo. A reivindicação é que em todo 1º
de maio os servidores federais tenham seus
salários reajustados e suas reivindicações
gerais negociadas.
A ministra do Planejamento, Miriam
Belchior, recebeu uma comissão dos
ma-nifestantes da Marcha, que contou com
cerca de 10 mil servidores, em 13 de abril.
Foi entregue documento listando todas as
reivindicações do funcionalismo federal.
Pág. 7
Interior
As Delegacias Regionais do
Sins-prev/SP estão promovendo diversas
atividades para a categoria. Em
Guarulhos os fi liados têm aula
gratuita de Tai Chi Chuan. Na
Bai-xada Santista desconto em escola.
Piracicaba promoveu Fórum de
de-bate sobre a saúde do trabalhador.
Pág. 14
Servidores Federais de todo o país lotaram a Esplanda dos Ministérios em defesa de seus direitos
V
ITÓRIA
Servidores da Saúde, sindicalizados ao
Sinsprev/SP, recebem pagamento dos 3,17%
Pág. 3
Governo coloca saúde
do servidor na UTI
EDITORIAL
Muitos trabalham sob
efeitos de medicamentos,
comprometendo o
desem-penho profi ssional e
expon-do-os a riscos de acidentes.
O governo, responsável
por fi scalizar o
cumprimen-to de normas trabalhistas
nas empresas privadas, é um
péssimo patrão.
O
Sinsprev/SP tem
recebi-do informações de
ser-vidores que falecem ou
são acometidos de mal súbito grave
durante ou logo após o expediente.
A frequência desse tipo de
ocorrên-cia tem chamado a atenção e
mere-ce uma análise cuidadosa não só do
Sindicato, mas do próprio governo.
O governo federal, responsável
por fi scalizar o cumprimento de
nor-mas trabalhistas nas empresas
priva-das, é um péssimo patrão também
nesse quesito. Como trabalhadores,
os servidores
públi-cos estão garantidos
por leis e normas
internacionais
rati-fi cadas pelo Brasil,
como da OMS –
Organização
Mun-dial de Saúde, OIT
– Organização Internacional do
Trabalho, bem como determinações
dos Ministérios do Trabalho e
Em-prego e do Planejamento.
As diversas reformas da
Previ-dência também devem ser
ressalta-das como fatores que contribuíram
para a formação desse quadro. Ao
aumentar o tempo de contribuição
dos trabalhadores e
consequente-mente o tempo de permanência
em atividade laboral, aumenta
também a vulnerabilidade a
do-enças e acidentes de trabalho, em
face da faixa etária dos servidores e
doenças oriundas do processo
na-tural de envelhecimento.
Não é difícil detectar que
mui-tos trabalham sob efeimui-tos de
me-dicamentos, comprometendo o
desempenho profi ssional e
expon-do-os a riscos de acidentes de
tra-balho/percurso. Políticas
preventi-vas poderiam minimizar uma série
de problemas enfrentados
diaria-mente por esses trabalhadores que,
caso as reformas previdenciárias
não tivessem mudado as regras,
não estariam mais em plena
ativi-dade produtiva.
P
REVIDÊNCIANo INSS os
servidores têm
sido submetidos
continuamente a
condições extremas de estresse. O
aumento da jornada de trabalho
aliado às inúmeras horas extras, a
gratifi cação produtivista e ao
as-sédio moral das chefi as para que
se cumpra metas inatingíveis tem
acarretado, cada dia mais,
inúme-ros casos de adoecimento físico e
mental, levando o trabalhador a
requisitar afastamento médico.
O grau do descaso com a
saú-de do servidor posaú-de ser medido
com o fato do INSS sequer acatar
determinação do Ministério do
Planejamento para a realização de
exames periódicos. Caso isso
fos-se cumprido, muitos sintomas de
doenças mais graves poderiam ter
sido detectados e vidas poupadas.
S
AÚDEParece contrassenso, mas o
Mi-nistério da Saúde dedica pouca
atenção a saúde de seu trabalhador.
Em janeiro de 2010 cortou o
adi-cional de insalubridade do setor,
após ter vacinado a todos contra
a gripe AH1N1 (gripe suina) por
pertencerem a grupo de risco por
exposição a contaminação.
A situação de calamidade a que é
submetido o paciente nos hospitais
e postos de saúde públicos,
tam-bém atinge diretamente o servidor
que neles trabalham. A
superlota-ção, equipamentos quebrados, falta
de materiais e profi ssionais levam o
trabalhador a
si-tuações extremas,
afetando
direta-mente sua saúde.
Mesmo em
prédios
adminis-trativos às
condi-ções de trabalho
não seguem as normas
regulamen-tadoras. No Núcleo Regional do
Ministério da Saúde em São Paulo
é comum os trabalhadores sofrerem
quedas em decorrência da falta de
manutenção dos pisos. O descuido
com a rede elétrica e a água são
ou-tros fatores de risco.
As normas ergométricas
tam-bém não são observadas pelo
Mi-nistério da Saúde quando trata da
saúde de seu trabalhador. No
pré-dio da 9 de Julho, por exemplo,
muitas das mesas de trabalho são
para canhotos quando a grande
maioria dos servidores é destra.
A altura das cadeiras e monitores
também não condiz com essas
nor-mas, além de iluminação e
ventila-ção insufi cientes ou inadequadas.
O aumento da carga horária
aliado à cobrança de produtividade
com metas inatingíveis tende a
de-sencadear ou agravar os processos
de adoecimentos, riscos e acidentes
de trabalho/percurso. Situação que
poderia ser contornada caso fossem
aplicadas as políticas preventivas e
o respeito aos limites dos
trabalha-dores fossem
obser-vados.
A categoria não
pode se acostumar a
essa falta de estrutura,
achando natural que
o ambiente de
traba-lho não seja salutar
no setor público.
O governo federal tem de
ob-servar as mesmas normas que cobra
das empresas privadas.
Trabalha-dor é trabalhaTrabalha-dor, não importando
se do setor público ou privado.
C
onforme resoluções apro-vadas nas instâncias deli-berativas da Fenasps e dos Sindicatos Estaduais a ela fi liados, dentre eles o Sinsprev/SP, quaisquer dirigentes sindicais e militantes de nossa categoria estão impedidos de negociarem em nome do Sinsprev/ SP ou Fenasps com entidades pri-vadas, pois é parte integrante dos princípios dessas entidades a defesa de um serviço público de qualidadee acessível a toda a população. Nossas exigências são as de que a Geap cumpra com suas obrigações e atenda aos seus assistidos.
Portanto, com base nas resolu-ções acima citadas e conforme ata da Assembleia Estadual do Sins-prev/SP, realizada em 25 de novem-bro de 2010, o documento referente a parceria da Geap com a Unimed, elaborado e divulgado em nome da Delegacia Regional do Sinsprev/SP
Nota do Sinsprev/SP
G
EAP
em Presidente Prudente, está desau-torizado pela Direção Colegiada Es-tadual do Sinsprev/SP, por entender que fere frontalmente os anseios da categoria, manifestados em suas de-liberações.
Diretoria Colegiada do Sinsprev/SP
Novo Golpe
Estelionatários estão ligando para a categoria e exigindo depó-sito em dinheiro de até R$ 7.000 reais para liberar ações. Vários servidores informaram que estes estelionatários estão falando em nome do Sindicato.
O Sinsprev/SP esclarece, no-vamente, que não cobra antecipa-damente para liberar ações.
O crime é quase perfeito por-que os estelionatários têm em mãos informações da categoria como nome, matrícula Siape, CPF, RG etc.
Em caso de dúvida entre em contato com o Sinsprev/SP, as Delegacias Regionais ou com os diretores e militantes nas regiões.
J
URÍDICO
C
ONQUISTA
Pagamento da ação dos 3,17% do
Sinsprev/SP está disponível para
sindicalizados da Saúde
O
s servidores que tiveram expe-didos os RPVs podem compa-recer a uma agência do Banco do Brasil e receber o montante referente ao processo dos 3,17%.Informamos que os devidos valores já estão atualizados e descontados os per-centuais de 5% de honorários advocatí-cios a favor do Sinsprev/SP. O Imposto de Renda será deduzido no percentual de 3% no momento do saque.
Para resgatar o montante, o sindica-lizado deverá informar na agência ban-cária que tem um precatório a receber, apresentando os seguintes documentos: originais e cópias simples do RG, CPF, um comprovante de residência atualiza-do (fevereiro, março ou abril de 2011). O Departamento Jurídico do Sins-prev/SP informa que algumas Agências Bancárias não estão realizando esse tipo de pagamento, por motivos desconheci-dos pelo Sindicato. Caso isso aconteça, o servidor deve se dirigir a uma agência bancária dentro do prédio da Justiça Fe-deral de sua cidade.
O Sinsprev/SP alerta que o servidor não é obrigado depositar o montante na conta em que recebe salário.
VITÓRIA
Essa é uma importante vitória da categoria, do Sinsprev/SP e de seu De-partamento Jurídico que desde 1998 estão lutando por esse direito dos ser-vidores.
Como já divulgado, a Justiça Fede-ral precisou desenvolver um novo siste-ma de pagamento de RPV (Requisição de Pequenos Valores) para ações coleti-vas. A ação dos 3,17% dos servidores federais da Saúde (nº 980015473-6) é um marco inicial para uma nova forma de execução dentro da Justiça Federal.
O processo do Sinsprev/SP envolve cerca de 16 mil servidores, sendo 7 mil sindicalizados e 9 mil entre servidores não fi liados e herdeiros/pensionistas.
SERVIDORES DO EX-INAMPS QUE
MUDARAM DE ÓRGÃO
Os servidores que estavam lotados na Saúde e foram redistribuídos para outros órgãos, mesmo sendo
sindica-lizados ao Sinsprev/SP, receberão jun-tamente com os não sindicalizados, ou seja, após o pagamento dos sindicali-zados lotados no Ministério da Saúde. Isso ocorrerá porque a lista apresentada na Justiça obrigatoriamente tem de ser reconhecida pelo Ministério da Saúde.
DIVERGÊNCIAS DE NOMES
A Justiça Federal detectou junto a Receita Federal divergência de alguns nomes de servidores. A grande maioria que se encontra nessa situação é forma-da por servidora que alterou seu nome em decorrência de casamento e/ou divórcio. Também há casos de nomes com pequenas divergências do cadastro do Ministério da Saúde com o da Re-ceita Federal.
Exemplo: José Silva dos Santos / José Silva Santos.
Os servidores receberão as instru-ções para regularização por meio de correspondência enviada na própria residência pelo Sinsprev/SP.
DIVERGÊNCIAS DE VALORES
A União questionou aproximada-mente 200 cálculos apresentados pelo Sinsprev/SP. Exemplo, o cálculo do Sinsprev/SP indica que o servidor teria direito a receber R$ 5 mil e a União alega que é devido apenas R$ 3 mil.
O Sinsprev/SP informará individu-almente os servidores que se encontram nessa situação para que se manifestem se aceitam os valores apresentados pela União ou se querem permanecer com o cálculo apresentado pelo Sinsprev/SP o qual, com certeza, sofrerá embargos a execução, ou seja, será discutido o valor em processo separado.
NÃO SINDICALIZADOS
A ação dos 3,17% do Sinsprev/SP para os servidores da Saúde também englobou os não fi liados. O Depar-tamento Jurídico informa que esses trabalhadores começarão a receber no segundo lote, já apresentado a Justiça.
Para não perder o direito a receber, é necessário que o não fi liado envie com urgência o termo de declaração
que autoriza o desconto de 8% a título de honorários advocatícios para o Sins-prev/SP. O modelo encontra-se no site do Sinsprev/SP (www.sinsprev.org.br)
FILIADOS APÓS O PRAZO
Os servidores que se fi liaram ao Sinsprev/SP após a juntada da lista de sindicalizados no processo deverão preencher o termo de declaração que autoriza o desconto de 8% a título de honorários advocatícios ao Sinsprev/SP. Esses servidores terão seus nomes inclu-sos na listagem de não sindicalizados.
CONSULTA NO TRF
Caso o sindicalizado queira consul-tar seu nome no site do Tribunal Fe-deral de Justiça deve entrar no site do Tribunal Regional Federal da terceira região (http://www.trf3.jus.br/), cli-car no link Institucional localizado ao lado esquerdo da tela. Em seguida no link Presidência, também localizado do lado esquerdo da tela. No link subme-nu, do lado direito da tela, clique no link Requisição de Pagamentos. No espaço destinado ao preenchimento do CPF o servidor deve colocar o seu CPF e clicar Pesquisar.
EVITE GOLPES
Ações desse porte despertam a aten-ção de estelionatários. Cuidado para não cair em nenhum golpe.
O Sinsprev/SP alerta que o fi liado não terá nenhum valor a pagar para resgatar essa ação. Os honorários dos advogados e o imposto de renda serão automaticamente.
Dessa forma, caso alguém ligue em nome do Sinsprev/SP, de algum advoga-do ou de qualquer outra entidade dizen-do que para receber os 3,17% será ne-cessário depositar algum montante em uma conta bancária, com certeza será al-gum estelionatário tentando extorquir.
HISTÓRICO
A diferença dos 3,17% no salário dos servidores federais teve origem em 1994 quando a Lei nº 8.880/94 deter-minou o reajuste dos salários dos
ser-vidores públicos, em janeiro/95, com base na variação do IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor do Real), a ser precedida de acordo com a média de vencimentos da URV (Unidade Real de Valor).
Entretanto, o Poder Executivo cumpriu apenas parte dessa lei, conce-dendo um reajuste de apenas 22,07%, restando um resíduo a ser pago de 3,17%.
O próprio Superior Tribunal de Jus-tiça entende que os servidores públicos federais têm direito a esse resíduo de 3,17%.
Após inúmeras tentativas de nego-ciação administrativa, o Sinsprev/SP ingressou com ação judicial, em 1998, visando garantir esse direito de seus fi -liados, tanto da Saúde como do INSS.
Somente agora, 13 anos depois, os servidores da Saúde fi liados ao Sinsprev/ SP receberão aquilo que lhes é de direito.
MOBILIZAÇÃO
É necessário ressaltar que essa foi uma luta contínua de toda a categoria, da Diretoria do Sinsprev/SP e de seu Departamento Jurídico.
Nesses 13 anos todos os procedi-mentos necessários foram tomados pelo Sindicato. A categoria, por sua vez, sempre correspondeu aos chama-mentos de mobilização quando assim foi necessário.
Essa é uma vitória de todos que participaram desse processo. Nesse momento não podemos deixar de, no mínimo, mencionar a intransigência do Poder Executivo que optou por não efetuar o pagamento administrativa-mente, mesmo com parecer favorável do Superior Tribunal de Justiça. Tam-bém merece destaque a morosidade do Poder Judiciário.
O Departamento Jurídico do Sins-prev/SP ingressou com a ação em 1998. Somente em 2007 ela transitou em julgado e só agora, em 2011, será efetivamente paga.
É inadmissível que num país que se intitula democrático, os trabalhadores tenham de ingressar na justiça para re-ceber um direito líquido e certo e, mais inadmissível ainda, que essa justiça leve 13 anos para restabelecer esse direito.
Mantenha seus dados cadastrais atualizados.
Recebe as notícias de seu sindicato.
J
URÍDICO
INSS quer inviabilizar contagem
especial para aposentadoria
E
m 2010 foi editada a Orientação Normativa nº 10, a qual vem in-viabilizando o cumprimento do Mandado de Injunção 880, referente a aposentadoria especial, exigindo dentre outros a comprovação do exercício da atividade insalubre com documentos e laudos retroativos, e ainda impedindo a comprovação por meio de holerites ou testemunhas, único meio de fato existente para comprovação do exer-cício daquelas atividades insalubres, o que é evidentemente inconstitucional.Diante disso, o Sinsprev/SP já esta a frente de uma luta para derrubar essa
Orientação por meio de um Mandado de Segurança para cumprimento do MI 880, mesmo porque o Mandado de Injunção deverá ser aplicado até regu-lamentação legal, e Orientação Norma-tiva é ato Administrativo, ou seja não é regulamentação legal e não pode ser meio de inviabilizar a aposentadoria es-pecial concedida na MI 880.
Agora, sem maiores escrúpulos, o INSS, baseado naquela Orientação nº 10 de 2010 editou no dia 22 de março de 2011 a Instrução Normativa nº 53/ PRES/INSS, que da mesma forma ar-bitrária e inconstitucional regulamenta
para o quadro de servidores do INSS benefi ciados pelo MI 992 e 1002 (pro-posto pela Associação de Médicos) e demais ações judiciais, a forma de con-cessão da respectiva aposentadoria espe-cial, em outras palavras agora tenta in-viabilizar a aposentadoria especial para todos que se socorreram do judiciário, exigindo aqueles laudos inexistentes e proibindo a produção de provas com a negação de análise dos contracheques.
A IN nº 53/PRES/INSS, de 22 de março de 2011 não atinge diretamente o mandado de injunção 880 do Sins-prev/SP, mas é mais uma prova de que o
governo pretende difi cultar ao máximo o cumprimento dos mandados de in-junções, desafi ando o judiciário, igno-rando as leis, desrespeitando os servido-res e tudo isso com apoio de entidades que estranhamente se dizem defensoras dos trabalhadores do INSS e comemo-ram a edição dessa instrução como uma vitória para a categoria.
Agora não é hora de comemorar, mas sim de lutar para derrubar também a Instrução Normativa nº 53/PRES/ INSS, a exemplo do que o Sinsprev/SP, já vem fazendo em relação a Orientação Normativa nº 10.
A
s entidades representativas dos servidores públicos federais aguar-dam pela inclusão, ainda esse ano, na pauta do Supremo Tribunal Federal, da continuidade do julgamento do man-dato de segurança 25855 que garante a autogestão multipatrocinada da Geap.Esse mandado de injunção, im-petrado pela Fenasps em 23 de feve-reiro de 2006, contra o Acórdão nº 458/2004 do Tribunal de Contas da União, proibiu a manutenção do con-vênio entre Geap e algumas entidades. A Fenasps argumentou que tal decisão do TCU impediria a continuidade da prestação de serviços de saúde pela Geap aos servidores e seus dependen-tes, podendo colocar em risco a vida dessas pessoas.
No mês de março do mesmo ano foi proferida decisão liminar suspendendo provisoriamente a aplicação do Acórdão do TCU, garantindo, até o momento, a manutenção dos convênios.
Na liminar concedida, o ministro Ayres Britto ressaltou que o bem jurí-dico a ser protegido no mandado de segurança é o acesso de milhares de servidores públicos a serviços e ações de saúde. "Saúde que se põe no corpo normativo da Constituição como direi-to fundamental", afi rmou.
Para o ministro, o direito à saúde dos servidores públicos se encontra ex-posto a lesão de difícil ou até mesmo impossível reparação.
Após várias sessões, a decisão sobre o mandado de segurança tem hoje dois votos a favor e dois contrários, sendo que, na última sessão, em fevereiro
de 2010, o ministro Ricardo Lewan-dowski votou contrário ao mandado de segurança e o ministro Eros Grau acompanhou o voto do relator, Car-los Ayres, pela procedência parcial do mandato de segurança, pedindo vistas dos autos.
Falta ainda a votação de sete minis-tros do STF para decisão fi nal. Os ser-vidores públicos federais aguardam essa decisão que poderá defi nir o futuro da Geap, visto que sem esses co-patrocí-nios difi cilmente a Geap sobreviverá.
ENTIDADES
Essa decisão liminar, que garantiu a manutenção dos convênios para a Geap, vale tanto para os servidores fi lia-dos à Fenasps, como para os servidores fi liados a seguintes entidades: Confede-ração dos Trabalhadores no Serviço Pú-blico Federal, Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Federação Nacional dos Policiais Fede-rais, Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Pernambuco, Sindicato dos Servidores Públicos Fe-derais no Distrito Federal, Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência no Estado do Espírito Santo, Sindicato dos Traba-lhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência e Ação Social no Estado de Alagoas, Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado do Maranhão, Sindicato dos Trabalhado-res Federais em Saúde, Trabalho, Pre-vidência no Estado do Rio Grande do Norte, Sindicato dos Trabalhadores no
Serviço Público Federal no Estado de Goiás, Sindicato dos Trabalhadores Fe-derais em Saúde, Trabalho, Previdên-cia no Estado do Sergipe, Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência no Estado do Rio Grande do Sul, Sindicato dos Tra-balhadores no Serviço Público Federal no Estado de Tocantins, Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Tra-balho, Previdência no Estado de Santa Catarina, Sindicato dos Servidores Fe-derais do Rio Grande do Sul, Sindicato dos Servidores Federais do Maranhão, Sindicato dos Servidores Públicos Fe-derais Civis no Estado do Amapá e Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde, Trabalho, Previdência no Estado da Bahia.
PLENÁRIA
A Geap foi tema da Plenária Nacio-nal da Fenasps, em 16 de abril de 2011. Após os debates foram deliberados os seguintes encaminhamentos:
1- Que a Fenasps realize em dois
dias Seminário Nacional da Geap e CapSaúde;
2- Que no próximo Seminário seja
discutido o pecúlio facultativo, onde hoje conta com valor aproximado de um bilhão e seiscentos milhões de reais, no sentido de garantir representação da Fenasps no Comitê Gestor;
3- Buscar parecer jurídico junto à
assessoria da Fenasps para orientar os conselheiros em tentar, junto ao Con-del, a alteração do modelo contributivo da Geap e reformular o seu estatuto;
4- Buscar formas jurídicas e
políti-cas para mudar o modelo contributivo da Geap, retornando aos percentuais e não contribuições individuais, como se pratica atualmente;
5- Que a Fenasps inclua na pauta
de reivindicações do Seguro e Seguri-dade Social o resgate do pagamento dos valores das dívidas históricas da patro-cinadora do INSS/MS;
6- Que no Condel, por meio de
seus conselheiros eleitos, seja solicitada a revisão dos contratos da Geap e ope-radoras privadas;
7- Que a Fenasps solicite ao
Conse-lho Deliberativo que tenha uma postu-ra mais incisiva em relação a presiden-te da Geap, presiden-tendo em vista a falta de democracia que tem demonstrado na presidência do Conselho;
8- Questionar a participação no
Conselho Deliberativo da Geap de re-presentantes que ocupam assentos em entidades que tem convênios e rela-ções comerciais com planos de saúde e previdência complementar privados dada a existência de confl itos de inte-resses, como acontece com a diretora da Anasps e representante eleita pelos assistidos do INSS, Maria Leide Câma-ra de OliveiCâma-ra;
9- Assegurar no estatuto da Geap
que os representantes dos servidores sejam eleitos entre todos os servidores que patrocinam a mesma, conforme voto do relator do Supremo Tribunal Federal;
10- Os representantes do governo
devem ser indicados entre todos os ór-gãos e entidades patrocinadoras.
STF pode votar mandado de segurança
que infl uencia futuro da Geap
A
POSENTADOS
Aposentados Sim.
Inativos Não
M
ais de 200 fi liados partici-param do IV Encontro Es-tadual dos Aposentados do Sinsprev/SP, entre 4 e 6 de fevereiro de 2011, em Serra Negra. Os presentes foram eleitos em suas bases para repre-sentarem a região a que pertencem.Foram três dias de intensa discussão, debates e elaboração de propostas para manter ativa a luta dos aposentados.
O Encontro dos Aposentados não é uma instância de deliberação do Sins-prev/SP, porém as propostas surgidas são apresentadas à direção do Sindicato para serem encaminhadas.
Participaram do Encontro o advo-gado do Sinsprev/SP, Cássio Lavoratto, o diretor do Sindprevs/SC, da Fenasps e membro do Condel da Geap, Valmir Braz, além de representações da CSP Conlutas e Intersindical.
Conheça algumas das propostas de luta aprovadas pelos aposentados:
- Indicativo para a Plenária
Nacio-nal da Fenasps da criação de um Cole-tivo de Aposentados para atuar junto a Secretaria de Aposentados da Fenasps.
- Indicativo para a Plenária Estatu-tária da Fenasps, em setembro de 2011, da criação de Departamentos, inclusive dos Aposentados.
- Reafi rmada a importância do
De-partamento de Aposentados do Sinsprev/ SP nos encaminhamentos das lutas, jun-tamente com as demais instâncias do Sindicato e com toda a categoria. É fun-damental a construção nacional do De-partamento de Aposentados da Fenasps para melhor organizar e mobilizar a cate-goria em todo o Brasil.
- Indicativo para que a Fenasps
en-caminhe ação unifi cada nacional para panfl etagem no Congresso Nacional e envio de cartas e mensagens eletrôni-cas aos deputados federais, senadores e ministros de estado com o rol de nossas reivindicações.
- Realizar, no primeiro semestre de
2011, manifestação em Brasília com ato pú-blico, acampamento e divulgação na mídia.
- Que o Sinsprev/SP ingresse com
pedido legal junto a OAB, Direitos Humanos da ONU e autoridades
religiosas, buscando apoio declarado e ofi -cial em prol dos direitos trabalhistas do povo brasileiro que está sendo retirado, dia a dia, em completo desacordo com a Constituição.
- Verifi car se existe alguma ação
pleiteando uma data base para os servi-dores. Caso não haja e se o governo não atender às reivindicações da campanha salarial 2011, ingressar na justiça com um pedido legal de data base urgente para o funcionalismo público.
- O Sinsprev/SP tem de buscar
apoio dos órgãos de comunicação (rá-dio, TV, jornais) para que se posicio-nem realmente em favor do povo tra-balhador brasileiro.
- O Sinsprev/SP deve buscar outras
categorias (educação, universidades, hospitais, trabalho etc.) para estabele-cer um calendário real de lutas em bus-ca de melhores condições para todos os trabalhadores.
- Lutar pela paridade para todos os
tra-balhadores, qualquer que seja a categoria.
- Reafi rmação da necessidade do
vale alimentação para os aposentados porque quando se aposenta os gastos são maiores e o provento é menor.
- Pelo fi m da intromissão da
inicia-tiva privada na gestão pública e pela imediata suspensão do convênio do Ministério da Saúde com a ONG Bra-sil Participativo do empresário Gerdau.
- Que as Delegacias Sindicais
conta-tem a imprensa da região para divulgar a sociedade em geral a nossa pauta de reivindicações, bem como espaços para entrevistas onde explicaremos as nossas condições.
- Buscar aprovação de nossos pleitos
nas Câmaras Municipais e exigir que se encaminhe aos Ministérios da Saúde e Previdência em Brasília.
- Realização de reunião de
“aposen-tandos” (servidores que estão prestes a se aposentarem), no sentido de prepa-rá-los para a nova situação.
- Pela aprovação imediata da PEC
270 (que afi rma a paridade e aposenta-doria integral por invalidez permanente).
- Pela aprovação da PEC 555 (que
versa sobre o fi m da taxação dos
apo-sentados e pensionistas).
- Pagamento imediato dos passivos
trabalhistas, com base no estatuto do idoso, com ação política no Tribunal Regional Federal.
- Incorporação das gratifi cações e
re-versão imediata da quebra da paridade.
- Reafi rmar a luta por questões
es-senciais às trabalhadoras e aos trabalha-dores da Seguridade Social.
- Reivindicações importantes como
a Incorporação das Gratifi cações aos Salários e o Fim das Gratifi cações Pro-dutivistas, Paridade Já entre Ativos e Aposentados, Aumento Real de Salá-rios e a Jornada de 30 horas Sem Re-dução de Vencimentos têm de nortear nossas ações e mobilizações.
- Que a categoria se organize em
conjunto com toda a população, exi-gindo e lutando para que os serviços públicos sejam de qualidade e estatal. Sempre contrários a qualquer tipo de privatização ou terceirização.
- O Sinsprev/SP deve estar presente
e participativo nos processos de reorga-nização sindical da classe trabalhadora brasileira. Temos de construir patama-res superiopatama-res de organização sindical, contrapondo a CUT e demais centrais governistas.
- Que o Sinsprev/SP participe do
Fórum Nacional de Mobilização, orga-nizado pela Cobap e setores da esquer-da do movimento sindical e popular.
- Fortalecimento do Sinsprev/SP e das instâncias construídas ao longo da história, fundamentada na indepen-dência de classe, autonomia, democrá-tica e socialista.
Página dos Filiados: Que os fi
-liados enviem sugestões, propostas e perguntas para o sindicato responder e publicar no jornal do Sinsprev/SP.
- Queremos um sindicato sério,
transparente, coeso e unido num mes-mo caminho para um mesmes-mo sentido.
- Reunião de todos os dirigentes
dos sindicatos do Brasil para colocar os aposentados em geral a par da situação de todos, convidando-os para a luta.
- Marcar uma audiência com o
mi-nistro da Saúde para discutir a paridade.
- Caso ocorra a greve dos
trabalha-dores da Saúde, que os aposentados participem da luta.
- A Secretaria de Aposentados é
para dar apoio e assistência aos pró-prios fi liados aposentados.
- Buscar apoio de artistas para que
as ações dos fi liados não sejam boicota-das pelo governo.
- O jurídico deverá instruir os fi
lia-dos do Sinsprev/SP sobre como proceder em relação aos políticos que ajudamos a eleger e que depois de eleitos nos dão as costas deixando todos no “ora veja”.
GEAP
Manutenção das deliberações da categoria sobre a Geap:
- Que São Paulo mantenha sua posição
de espírito solidário pelos 8% do custeio;
- Solicitar a retirada da Anasps do
Condel por estar oferecendo planos particulares aos servidores, em detri-mento da Geap.
- Expulsão de Vilma Ramos da
pre-sidência do Condel por deliberar con-trariamente aos interesses dos assistidos.
- Pela manutenção dos pais como
dependentes e fi m da exigência de ca-rência quando houver cancelamento a revelia do servidor.
- Que a Fenasps encaminhe parecer
jurídico orientando se os sindicatos de base devem ingressar com ação para a retirada de todo o pecúlio da Geap.
- Liberação do pecúlio
imediata-mente para todos.
- Que os conselheiros eleitos pela
categoria para o Condel – Conselho Deliberativo, solicitem a revisão de to-dos os contratos da Geap com os pla-nos de saúde privados.
- Indicativo para a realização de um
Encontro Estadual dos Peculistas, promo-vido pelo Sinsprev/SP, e de um Encontro Nacional, promovido pela Fenasps, ante-cedendo o Encontro que será promovido pela Geap, em agosto de 2011.
Fo
tos: Manoel Messina
Aposentados do Sinsprev/SP traçam planos de luta e exigem respeito
M
OBILIZAÇÃO
Plano de lutas é traçado em
Plenária Nacional
1. Orientar aos Estados que o dia
28 de abril de 2011 seja um Dia Na-cional de Luta, com realização de ato público tendo como eixos as seguintes reivindicações:
- Isonomia entre ativos e aposentados; - Reestruturação das Carreiras; - Incorporação da GDASS/GDPST
e outras gratifi cações;
- Jornada de 30 horas semanais para
todas as categorias do Seguro e Seguri-dade Social e Anvisa;
- Contra o Assédio Moral; - Melhores Condições de Trabalho. 2. Indicar aos Estados mobilização
dos trabalhadores com realização de Operação Padrão em todo País, atra-sando a entrada nos locais de trabalho por duas horas no dia 28 de abril de 201;
3. Intensifi car a mobilização no
Con-gresso Nacional e nos Estados junto aos Parlamentares, enviando e-mails contra os Projetos de Lei que prejudicam os
Servidores Públicos Federais e a popula-ção usuária dos Serviços Públicos;
4. Realização da Pesquisa/Plebiscito
com acompanhamento da Fenasps, ten-do como base o questionário elaboraten-do pela assessoria técnica da Fenasps, An-dréia Maria Silveira/MG e assessoria de Santa Catarina. Que esta pesquisa seja realizada em todos Estados pelos sindi-catos e oposições sindicais;
5. Convocar os Sindicatos para
par-ticiparem da Marcha Nacional, convo-cada pela CNESF, nos dias 18 e 19 de maio de 2011, sendo que no dia 19 de maio haverá audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha;
6. Realização de acampamento dos
aposentados, em Brasília, com partici-pação dos ativos. Data a ser adequada com o calendário de mobilização dos servidores públicos federais;
7. Que a Fenasps convoque o
En-contro Nacional dos Servidores do Mi-nistério da Saúde e cedidos da Funasa;
9. Mobilização no INSS para barrar
o desvio de função dos servidores ao conceder auxílio doença sem que passe pela perícia médica. Que este assunto seja pautado no Encontro Nacional do Jurídico, nos dias 26 e 27 de abril de 2011, em Brasília;
10. Que a Fenasps em conjunto
com os Sindicatos Estaduais mobilize a população para derrubar os projetos de lei e medidas provisórias que priva-tizam a Saúde Pública;
11. Que os diretores da Fenasps mantenham plantões constantemente e os sindicatos enviem representantes para compor o Comando Nacional de Mobilização Ampliado neste período de Campanha Salarial;
12. Que a Fenasps e sindicatos Estaduais pressionem o governo para cumprir a decisão do Supremo Tribu-nal Federal , referente o Mandado de Injunção 880 (aposentadoria especial);
13. Que a Fenasps, através da
as-Os sindicatos estaduais, dentre eles o Sinsprev/SP, participaram, em 16 de abril de 2011, da Plenária Nacional da Fenasps. Ao todo foram 86 delegados que discutiram e deliberaram o plano de lutas da categoria. Veja nessa página algumas dessas deliberações e na
página 4 as resoluções sobre a Geap:
sessoria jurídica, acompanhe a situação dos servidores reintegrados da Funasa;
14. Que nas mesas setoriais em que a Fenasps tem assento e no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão seja encaminhada a situação do duplo vínculo dos servidores;
15. Intensifi car a Campanha Nacio-nal contra o assédio moral nos locais de trabalho;
16. Participação nos Conselhos de Saúde nos estados e municípios visan-do à participação na Conferencia Na-cional de Saúde;
17. Lutar pela participação da Fe-nasps no Conselho Nacional de Saúde e na Confêrencia Nacional de Saúde;
18. Enviar aos sindicatos estaduais
e diretoria/Fenasps a resolução políti-ca sobre reorganização do movimento aprovada na plenária.
20. Aprovada moção de repúdio ao
deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por discriminação racial e homofobia.
Encontro Nacional reúne aposentados
S
ervidores aposentados de todas as regiões do país, dentre eles os fi liados ao Sinsprev/SP, participa-ram do Encontro Nacional dos Apo-sentados da Fenasps, em 15 de abril de 2011. O evento contou com a presença de 213 participantes. Ao fi nal foram ti-radas as seguintes resoluções:1. Manter a unidade da luta entre ativos e aposentados em defesa da pa-ridade;
2. Incorporação de todas as gratifi
-cações ao vencimento básico; 3. Equiparação das tabelas da Saúde com as do Seguro Social e Anvisa;
4. Agendar reuniões entre Fenasps e outras entidades de servidores aposen-tados do serviço público para discutir a situação destes;
5. Que a Fenasps realize Seminário Nacional com os servidores que estão prestes a aposentarem;
6. Pelo fi m da ingerência da inicia-tiva privada na gestão pública e pela
imediata suspensão do convênio do Ministério da Saúde com a Organiza-ção não Governamental ONG Brasil, do empresário Jorge Gerdau;
7. Que a Fenasps crie um Coletivo para atuar junto a Secretaria dos Apo-sentados;
8. Realizar mobilizações em torno das tramitações dos projetos de leis e medidas provisórias que tramitam no Congresso Nacional e que prejudicarão os servidores públicos;
9. Que a Fenasps encaminhe pare-cer jurídico orientando os sindicatos a ingressarem com ação para recebimen-to do pecúlio;
10. Recompor o Departamento de Aposentados da Fenasps;
11. Realizar manifestações com acampamentos de ativos e aposenta-dos, em Brasília, em defesa das pautas de reivindicações já protocolada em todos os Ministérios e no Congresso-Nacional.
A
NVISA
Reivindicações são aprovadas
pela Plenária Nacional
O
Departamento de Vigilância Sanitária da Fenasps - Devi-sa, realizou Encontro Nacio-nal com os trabalhadores da Anvisa, em Santos, em 26 de fevereiro de 2011, quando discutiu as demandas do setor. As reivindicações foram encaminhadas e aprovadas pela Ple-nária Nacional da Fenasps, em 16 deabril de 2011:
1. Que a Fenasps, em conjunto
com seu Departamento e todos os trabalhadores da Anvisa, dê conti-nuidade à luta em defesa da Regula-mentação da carreira única para todos servidores, com equiparação salarial para as atividades de fi scalização;
2. Realização urgente de
concur-so para os PAFs - Porto, Aeroportos e Fronteiras, e recinto alfandegados;
3. Incorporação de todas as gratifi
-cações para ativos e aposentados;
4. Realização de exames
periódi-cos;
5. Melhores condições de
traba-lho: ambiente, clima organizacional e saúde do trabalhador;
6. Fim do assédio moral; 7. Que os cargos comissionados
sejam ocupados exclusivamente por servidores do próprio quadro: coorde-nadores, chefi as de postos e gerências;
8. Instituir Grupo de Trabalho para
tratar da jornada de trabalho com par-ticipação paritária entre os membros (Fenasps/Aner/Sinagencia/Univisa).
M
OBILIZAÇÃO
Categoria defende
seus direitos em Brasília
A
primeira rodada de negociação das entidades representativas dos servidores federais com o governo para a Campanha Salarial 2011 ocorreu em 18 de abril, com o secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira. Ao todos foram 25 enti-dades sindicais, dentre elas a Fenasps.A reunião foi acertada com a minis-tra do Planejamento, Miriam Belchior, durante a Marcha realizada em 13 de abril que reuniu mais de 10 mi servi-dores públicos.
Em linhas gerais a reunião se
li-• Contra qualquer reforma que retire direitos dos trabalhado-res;
•Regulamentação/instituciona-lização da negociação coletiva no setor público e direito de greve irrestrito;
• Retirada dos projetos de leis, medidas provisórias e decretos contrários aos interesses dos servidores públicos (PL 549/09, PL 248/98, PL 92/07, MP 520/09 e demais proposições do gênero);
• Cumprimento por parte do governo dos acordos fi rmados; • Paridade (igualdade) entre ati-vos, aposentados e pensionistas; • Defi nição de data base em 1º de maio;
• Política salarial permanente com reposição infl acionária, valorização do salário base e in-corporação das gratifi cações.
mitou a estabelecer uma agenda com o MPOG para discutir os sete pontos apresentados pelas entidades e as pau-tas especifi cas de cada categoria. Os pontos gerais serão discutidos nos dias 3, 17 e 31 de maio de 2011 e as pautas especifi cas a partir de 4 de maio.
MANIFESTAÇÕES
Os servidores públicos federais lan-çaram a Campanha Salarial 2011, em 16 de fevereiro, com uma manifestação pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que contou com a presença de aproximadamente mil servidores.
• Carga horária de 30 horas; • Plano de carreira com defi ni-ção de atribuições e perspectiva profi ssional;
• Incorporação das gratifi ca-ções de produtividade ao salário base;
• Combate ao assédio moral; • Condições de trabalho; • Geap.
A segunda manifestação, em 13 de abril, ampliou a participação das cate-gorias do funcionalismo. Mais de 10 mi servidores retomaram a Esplanada do Ministério e conseguiram que uma comissão fosse recebida pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que declarou ser uma reunião de apre-sentação e não de negociação, porém “que as portas do diálogo não se fecha-riam”.
Miriam Belchior nomeou o secretá-rio de relações do Trabalho do MPOG, Duvanier Paiva Ferreira, como respon-sável pelas negociações.
R
EIVINDICAÇÕES
G
ERAIS
R
EIVINDICAÇÕES
E
SPECÍFICAS
Fo
to: Manoel Messina
Mais de 10 mil servidores participaram de Marcha pela Campanha Salarial O Sinsprev/SP esteve presente nas manifestações pelos direitos dos servidores
O Sinsprev/SP compareceu com mais de 100 fi liados em cada ato público da Campanha Salarial 2011, em Brasília
S
AÚDE
Avaliação de desempenho para os
trabalhadores da Saúde
N
o Seminário “Avaliação de Desempenho na Saúde”, or-ganizado pelo Departamento de Saúde do Sinsprev/SP, em janeiro de 2011, foi realizada uma análise de todo o processo de sucateamento do setor público brasileiro, principalmente o da Saúde.O seminário contou com a presen-ça dos servidores federais, estaduais e municipais, do Sindsprev/RJ. Também contribuiram com este tema a advoga-da do Sinsprev/SP, Luciane Moreira, advoga-da diretoria da Fenasps, Cleuza Faustino e do representante da CSP-Conlutas, Paulo Barela.
Foi lembrado que quando da im-plantação da avaliação de desempenho no INSS, o governo utilizou da mes-ma retórica dos benefícios salariais para atrair os servidores, porém, passados dois anos, um dos principais resultados dessa avaliação produtivista pode ser retratado nos inúmeros casos de adoe-cimento, decorrentes do assédio mo-ral praticado pelas chefi as, cujo único objetivo é cumprir metas inatingíveis, mesmo que em detrimento da quali-dade do atendimento à população e à saúde do trabalhador.
AVALIAÇÃO NA SAÚDE
A avaliação produtivista para os trabalhadores da Saúde federal foi im-plantada em janeiro de 2011, por meio da Portaria 3.627/2010, mesmo sem a edição da instrução normativa para es-pecifi car os pontos não contemplados nessa portaria.
Esse primeiro ciclo de avaliação será de janeiro a junho. Nos anos seguintes a proposta é que seja de doze meses.
Segundo a portaria, dos 20 pontos a serem avaliados, a maior parte, 12 pontos, caberá as chefi as. A outra, oito pontos, será defi nida pela auto avalia-ção e pela equipe de avaliaavalia-ção, que se-quer foi formada.
Designar as chefi as como as respon-sáveis pelo maior índice da pontuação da avaliação poderá trazer incontáveis prejuízos a remuneração dos servido-res. É do conhecimento de todos que no serviço público a escolha de uma signifi cativa parcela dos ocupantes de
Fo
to: Manoel Messina
gra impinge situações constrangedoras a esses trabalhadores, inclusive colo-cando-os à disposição, obrigando-os, sem maiores explicações, a procurarem novo local de trabalho?
Outro contrassenso da avaliação produtivista na administração pública federal - e que será reforçado na área da Saúde - é que apenas o trabalhador da ponta é avaliado.
As chefi as não são submetidas ao mesmo processo, muito menos os ges-tores das unidades onde trabalham os cedidos. O governo, ao usar esse recur-so, age como se apenas o servidor “do baixo escalão” fosse o responsável pela má qualidade do serviço prestado. As chefi as, os administradores, a falta de recursos e, principalmente, o próprio governo não se submetem a qualquer tipo de avaliação. O servidor que tra-balha diretamente com a população é usado como escudo para encobrir as mazelas provocadas pelos verdadeiros responsáveis.
Outro ponto alarmante é que o go-verno, mais uma vez, tratou de forma diferenciada os iguais. Os aposentados continuarão a receber apenas 50% do que é pago aos ativos.
HISTÓRICO
Desde 2001 as entidades represen-tativas e os servidores conseguiram evi-tar a avaliação de desempenho para a Saúde federal, porém nas duas últimas
reuniões da mesa negocial, o governo apresentou que uma das exigências do PAC da Saúde é a avaliação produti-vista e, ironicamente, afi rmou que sua implantação qualifi caria, valorizaria e aumentaria o salário dos trabalhadores do SUS, porém dos mais de 200 proje-tos previsproje-tos no lançamento do PAC da Saúde, em 2008, até o momento ape-nas nove foram colocados em prática.
A crise mundial iniciada em 2008 trouxe consequências sérias para o Bra-sil. Uma das formas de tentar encobri-la e demonstrar a “atuação” do governo foi, novamente, utilizar o trabalhador como bode expiatório. Para tanto o governo desenterrou o PLC 248/1998 da era Bresser Pereira, responsável pela reforma administrativa da época e for-temente combatida pelo PT. As ava-liações produtivistas que estão sendo implantadas nos mais diversos setores da administração federal fazem parte daquela reforma administrativa e têm como um dos principais objetivos a criação de ambiente para permitir a de-missão de servidores.
Acoplado a avaliação produtivista está uma das mais prejudiciais heranças deixadas pelo governo Lula, o Projeto de Lei 549/2009. Caso seja aprovado pelo Congresso Nacional, o funcionalis-mo público federal fi cará dez anos sem reajuste salarial. A recém empossada presidente Dilma Rousseff já declarou que este é um momento de austeridade, referindo-se ao salário dos servidores.
Sinsprev/SP entrega documento ao ministro da Saúde
Aproveitando a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na cidade de Barretos para inaugurar algumas obras e vistoriar outras, o Sinsprev/SP elaborou documento com as principais reivindicações da categoria e conseguiu entregá-lo pessoalmente.
O Sinsprev/SP também entregou o aviso ministerial da ex-ministra interina Márcia Bassit que aborda a isonomia da tabela salarial dos servidores do INSS para os servidores da Saúde, bem como contracheques de servidores da Saúde e da Previdência Social e as tabelas ofi ciais de reajuste salarial das duas carreiras.
Os dois documentos podem ser acessados na página do Sinsprev/SP na internet (www.sinsprev.org.br). cargos é realizada sem levar em conta
as condições técnicas. A indicação po-lítica na administração pública é uma prática reconhecida nesse país.
É no mínimo preocupante colocar indicados políticos como responsáveis diretos pela variável salarial e até mes-mo exoneração dos servidores. A ex-periência em outros setores prova que uma parcela considerável dos ocupan-tes de cargos de chefi a não tem com-petência técnica para avaliar o trabalho desenvolvido por um servidor, além de, em muitos casos, essas avaliações serem norteadas meramente pelas relações pessoais, não levando em consideração o trabalho desenvolvido pelo funcioná-rio. A avaliação produtivista, da forma como está sendo imposta aos servidores públicos, é claramente um instrumen-to institucionalizado para a prática do assédio moral.
Outro complicador é o fato de ha-ver projeto prevendo que após duas avaliações insufi cientes subsequentes ou três intercaladas o servidor público poderá ser exonerado. Obviamente é previsto o direito ao recurso, porém o projeto é muito subjetivo quando faz referência a esse direito do servidor.
CEDIDOS
Um dos principais desafi os é o de como será a avaliação dos servidores cedidos. A realidade imposta pelo go-verno para sucatear ainda mais o SUS e justifi car a privatização da Saúde Pú-blica, por meio de OSs – Organizações Sociais, e Fundações Estatais, colocou os servidores públicos federais da Saú-de numa situação inigualável se com-parada ao resto do funcionalismo.
Os cedidos, embora sejam trabalha-dores públicos federais concursados, estão submetidos aos estados, municí-pios ou a terceirizadas (organizações/ fundações privadas). Isso por si só já tem criado inúmeras difi culdades e contrassensos. A avaliação de produ-tividade será mais um fator agravante para esses trabalhadores.
Um dos desafi os para a implantação da avaliação de produtividade é saber quem avaliará o servidor cedido. Será o gestor? O mesmo que por via de
ciaiss é uma das principais bandeiras do Sinsprev/SP, pois desde que o governo do estado de São Paulo tem utilizado esse recurso, o setor de Saúde tem piorado a qualidade de atendimento e prejudicado os servidores.
Inúmeros postos de saúde foram fe-chados para benefi ciar as Organizações Sociais.
A tática utilizada pelo governo esta-dual é desumana. Primeiro retira recur-sos das unidades de saúde, removendo médicos e servidores para outros locais ou não substituindo os que se aposen-tam. Deixam de prestar, paulatinamente, alguns serviços para, por fi m, justifi -car o fechamento de um posto de saúde “ocioso”.
Em contrapartida, reforma outro, disponibiliza todos os equipamentos necessários e o entrega de presente a
Saúde
A
Ação Direta de Inconstitucio-nalidade – ADIn, 1.923/98, contra a Lei 9.637/98 que cria as OSs - Organizações Sociais, foi vota-da no STF – Supremo Tribunal Federal, em 31 de março de 2011. A decisão do relator Aires Brito foi a de considerá-la parcialmente procedente. No entanto, o ministro Luiz Fux pediu vistas ao pro-cesso, adiando novamente a votação.A Lei 9.637/98 legaliza a terceiriza-ção da gestão de serviços e bens coleti-vos para entidades privadas, mediante o repasse de patrimônio, bens, serviços, servidores e recursos públicos, ou seja, entrega o bem público para empresas privadas que passam a gerenciar a área da saúde, educação, pesquisa científi -ca, desenvolvimento tecnológico, meio ambiente e cultura.
As mobilizações em torno da
proce-M
ais de 2 mil trabalhadores caminharam aproximada-mente três horas pelas ruas de São Paulo no Dia Mundial da Saú-de, 7 de abril, denunciando a privati-zação do SUS. O Sinsprev/SP também esteve presente com servidores de todas as regiões do Estado.A concentração do Sinsprev/SP foi em frente ao antigo Hospital Brigadeiro que, em 2010, teve várias especialida-des extintas, dando lugar ao Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbi-ni, gerido por uma OS (Organização So-cial), prejudicando os servidores que ali trabalhavam e toda a população
atendi-Trabalhadores tomam as ruas
no Dia Mundial da Saúde
da, transformando-se num dos símbolos do desmandos para com a Saúde Pública. Após a manifestação os servidores seguiram ao vão livre do Masp para se juntar aos demais trabalhadores, enti-dades sindicais e populares e dar início a passeata que seguiu pela Av. Paulista, Rua da Consolação até a General Jar-dim, realizando um Ato Público em frente a Secretaria Municipal de Saúde para depois seguir até o Ministério Pú-blico da Saúde, onde foi entregue do-cumento ao procurador Arthur Filho relatando a defesa da Saúde Pública. O procurador manifestou também ser contrário à privatização do SUS.
Supremo não decide futuro das
Organizações Sociais
dência da ADIn 1923/98 deram origem à Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, a qual o Sinsprev/SP integra.
Essa Frente conseguiu 5.500 sig-natários, por meio de abaixo assinado online, e 317 assinaturas de entidades para a Carta aos Ministros do STF, além da elaboração de um documento intitulado “Contra Fatos não há Argu-mentos que sustentem as Organizações Sociais no Brasil”, com denúncias das OSs em diversos estados.
A Frente Nacional contra a Priva-tização da Saúde realizou audiências com cinco dos 11 Ministros do STF. Em muitas delas o Sinsprev/SP esteve presente.
(DES) ORGANIZAÇÃO
A luta contra as Organizações
So-alguma Organização Social que, além das instalações, recebe dinheiro públi-co para atender aos pacientes que deve-riam ser do SUS.
Na cidade de São Paulo essa ma-nobra do governo tem deixado bairros inteiros sem atendimento básico, obri-gando à população a se deslocar para obter aquilo que antes era prestado no local em que mora.
As Organizações Sociais contratam funcionários sem concurso público, adquirirem bens e insumos sem pro-cesso licitatório, prejudicam o atendi-mento aos usuários e na prática não tem funcionado nos Estados em que foram implantadas, ao contrário têm resultado em interrupção de tratamen-tos, adiamento de cirurgias e consultas já agendadas nas Unidades de Atendi-mento.
P
RO
TEST
O
E
L
UTA
Trabalhadores saem em passeata no Dia Mundial da Saúde denunciando o sucateamento do setor. O Sinsprev/SP iniciou a concentração em frente ao
antigo Hospital Brigadeiro.
Fo
Saúde
Servidores da Saúde
levantam suas bandeiras
P
ara tratar dos assuntos aprova-dos nessa reunião, o Sinsprev/SP agendou audiência com a chefe de Gestão de Pessoas (antigo setor de pessoal ativo) do Ministério da Saúde em São Paulo, Ione Moretti, dia 31 de março (ver página 11). Abaixo as prin-cipais deliberações do Departamento de Saúde do Sinsprev/SP.DELIBERAÇÕES
- Participação nas manifestações do
Dia Mundial da Saúde – 7 de abril (ver página 9).
- Reforçar a unidade nas ações entre
INSS, Saúde e Anvisa.
- Solicitar audiência com o
minis-tro da Saúde, Alexandre Padilha, que assumiu compromisso público em ato dos aposentados realizado na cidade de Aparecida, em 30 de janeiro desse ano, pautando campanha salarial na tenta-tiva de recuperar aviso ministerial com exposição de motivos da equiparação salarial com o INSS proposto por Már-cia Bassit (ex secretária executiva do MS) e enviado ao Ministério do Plane-jamento. Na audiência também serão discutidas as questões de insalubridade, mandado de injunção, dois vínculos empregatícios, agilização do
pagamen-to dos 3,17% para pagamen-todos os benefi ciá-rios da ação, assuntos de aposentados, dentre outros.
- Que as Delegacias Regionais do
Sins-prev/SP iniciem trabalho para criar/forta-lecer o Fórum Popular de Saúde Regional.
- Que o Departamento de Saúde
do Sinsprev/SP realize reunião, a partir de 15 de maio de 2011, para verifi car como está sendo realizada a avaliação de desempenho dos trabalhadores da Saúde.
- Que o Sinsprev/SP realize um
Ple-biscito na Saúde, mobilizando os servi-dores e população, conforme aprovado em Plenária Nacional.
- Que o Sinsprev/SP elabore
maté-ria para ser publicada no site e no jor-nal sobre a pressão que os servidores da área técnica da saúde com dois vínculos estão sofrendo. O Ministério da Saúde em São Paulo está usando a fi gura do acúmulo de cargos para reduzir em 10 horas o salário dos servidores nessa si-tuação, com base na tabela de 40 horas, enquanto sua jornada é prevista para 30 horas semanais (ver página 11).
- Verifi car se o mesmo está
ocorren-do em outros estaocorren-dos ou se isso é uma coação praticada pelos representantes do Ministério em São Paulo.
- Que o Sinsprev/SP envie
represen-tação para acompanhar, em 1 de abril de 2011, a apreciação, no Supremo
Tri-bunal Federal, da ADIn 1923/98 (Ação Direta de Inconstitucionalidade) que trata da inconstitucionalidade das Or-ganizações Sociais (OSs) (ver página 9).
- Que o Sinsprev/SP verifi que a
possibilidade de veicular matéria paga em jornal de grande circulação sobre a precarização da Saúde Pública.
- Reafi rmar posição contrária a ava-liação de desempenho.
- Reafi rmar a incorporação das gra-tifi cações ao vencimento básico.
- Independente de entrar com ação ju-dicial, que o Sinsprev/SP contrate perito para resolver o restabelecimento do adi-cional de insalubridade nos locais onde não foram considerados os laudos ou uni-dades que nunca receberam adicional.
- Empenho dos aposentados na par-ticipação do Plebiscito do INSS a ser realizado de 13 a 29 de abril de 2011 (Ver página 13).
- Encaminhar nos locais de trabalho o Plebiscito do Fórum Estadual de Saú-de relativo à luta contra a privatização da Saúde e condições de trabalho.
- Participar dos atos públicos esta-duais e nacionais dos servidores pú-blicos federais pela campanha salarial 2011. Incorporação de representação local nas comissões para organização de caravanas.
Foto: Manoel Messina
No apagar das luzes Lula presenteia setor
privado com a saúde pública
L
ula encerrou seu mandato de oito anos com “chave de ouro”: enviou ao Congresso Nacional a Medida Provisória 520/2010 criando a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EB-SERH). Ofi cialmente sua fi nalidade é a de suprir a urgência de contratação para os hospitais federais. Extra-ofi cialmente sabemos que é uma forma de regularizar os milhares de trabalhadores contratados pelas fundações estatais, evitando, assim, a realização de concursos públicos. Dito de outra forma, os trabalhadores tercei-rizados serão legalizados.A MP 520/2010 também prevê que a EBSERH será uma sociedade anô-nima de direito privado, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), com patrimônio próprio, porém com capi-tal social 100% da União, ou seja, mais
uma vez o dinheiro público será repas-sado legalmente para a iniciativa priva-da. Brasília foi a cidade escolhida para acolher a sede da EBSERH, porém poderá manter escritórios em outros estados, além de subsidiárias regionais.
Os trabalhadores serão contratados sob o regime da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, mediante prévia apro-vação em concurso público de provas ou de provas e títulos. No entanto, a MP prevê a contratação temporária, em pro-cesso seletivo simplifi cado, com base em análise curricular. A contratação tempo-rária poderá ocorrer nos primeiros 180 dias de funcionamento da EBSERH, e esses contratos poderão ser prorrogados uma única vez, desde que a soma dos dois períodos não ultrapasse dois anos.
A privatização do SUS vem sendo
orquestrada nos últimos anos tanto pelos governos federal, como estaduais e municipais. Em âmbito nacional foi criada a fi gura da fundação estatal para gerir verbas públicas repassadas a ini-ciativa privada. No estado de São Paulo o governo tucano, há quase duas déca-das no poder, utilizou as Organizações Sociais para incutir a privatização do SUS em todo o Estado.
A criação dessa Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares que, embora num primeiro momento esteja ligada apenas aos hospitais federais, servirá de parâme-tro para a legalização das Organizações Sociais nos estados, contribuindo para a privatização da Saúde pública.
Os trabalhadores, juntamente com os sindicatos, associações, conselhos populares e fóruns de Saúde, repudiam
está política de descaso total e desmon-te da Saúde pública. Exigem, desde já, a revogação da MP 520/2010 que transforma a Saúde em mercadoria lu-crativa ferindo os princípios do SUS, principalmente quanto a garantia de acesso para todos. Por melhores con-dições de atendimento, trabalho, apli-cação de 6% do PIB na Saúde (e não a criação de mais impostos) e admissão por concurso público.
Os trabalhadores também lutam pela extinção da PL 92 (que amplia as OSs e Fundações, em tramitação no Congresso Nacional) e que seja acatada a ADIn 1923 (Ver página 7)). Pelo fi m das privatizações na Saúde pública e pela aplicação de políticas públicas que de fato cuide da saúde e bem estar da população e trabalhadores em geral.