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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 102

AULA 10: ANÁLISE ORÇAMENTÁRIA

SUMÁRIO PÁGINA

1. INTRODUÇÃO 2

2. BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI) 6 3. COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS 11 4. ORÇAMENTO SINTÉTICO E ANALÍTICO 14

5. ENCARGOS SOCIAIS 15

6. SINAPI 26

7. QUANTIFICAÇÃO DE MATERIAIS E SERVIÇOS 28

8. QUESTÕES COMENTADAS 33

9. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 82

10. GABARITO 102

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 102 1. INTRODUÇÃO

Os orçamentos de obras públicas apresentam-se por meio de planilhas, discriminadas nos seus diversos serviços com os respectivos quantitativos, custos unitários e custos totais, e por uma parcela, em geral, percentual, denominada Bonificação e Despesas Indiretas (BDI) ou Lucro e Despesas Indiretas (LDI), composta por itens percentuais. O custo total dos serviços acrescido da taxa de BDI resulta no preço global da obra.

Em resumo, o orçamento de obra pública é composto pelos seguintes custos: serviços a serem executados, incluindo-se a mão-de-obra e os respectivos encargos sociais, equipamentos e materiais; administração local (engenheiros, almoxarifes, vigias, mestres-de-obra, encarregados, apontadores, entre outros); mobilização e desmobilização; elaboração dos projetos executivos e as built, conforme o caso; e despesas indiretas, agrupadas no BDI ou LDI, que inclui: os tributos incidentes ao empreendimento (PIS, COFINS e ISS); o rateio da administração central; despesas financeiras; garantia; risco; e lucro.

A Tabela 1, abaixo, apresenta, de forma esquemática, a estrutura de uma planilha orçamentária de obra pública:

Tabela 1: Estrutura de uma planilha orçamentária de obra pública Mobilização e Desmobilização Canteiro de Obras Administração Local Serviços Discriminados Impostos Administração Central Outros Lucro

PREÇO FINAL (CUSTOS DIRETOS) X (1+BDI) CUSTOS DIRETOS

BONIFICAÇÕES E DESPESAS INDIRETAS (BDI)

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E a Tabela 2 apresenta uma planilha orçamentária sintética.

Tabela 2 – Exemplo de uma planilha orçamentária sintética OBRA : XXX

LOCAL: YYY CONTRATADA: XYZ

ÁREA : 375 M² DATA: D/M/A

CUSTO CUSTO

ITEM DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE UN UNITÁRIO TOTAL

1 SERVIÇOS PRELIMINARES

01.01 RASPAGEM E LIMPEZA DO TERRENO 300,00 M² 0,48

144,00 01.02 BARRACO DA OBRA 30,00 M² 105,75 3.172,50 01.03 PLACA DA OBRA 6,00 M² 20,32 121,92 01.04 LOCAÇÃO DA OBRA 260,00 M² 0,85 221,00 01.09 REMOÇÃO DE ENTULHO 4,80 M³ 6,59 31,63 01.10 ATERRO 155,00 M³ 9,62 1.491,10 01.11 CORTE 85,00 M³ 6,69 568,65 TOTAL ITEM 001 5.750,80 2 INFRAESTRUTURA

02.01 ESCAVAÇÃO MANUAL DE VALAS ATÉ 2,00 M 97,00 M³ 6,26

607,22

02.02 APILOAMENTO DE FUNDO DE VALAS 34,00 M² 2,89

98,26

02.03 REATERRO APILOADO DE VALAS 86,50 M³ 7,71

666,92

02.04 ESTACA PRÉ-MOLDADA CONCRETO 20 T 360,00 ML 21,79

7.844,40

02.05 FORMA DE TÁBUA DE CEDRINHO PARA FUNDAÇÃO 136,00 M² 10,34

1.406,24

02.06 CONCRETO ESTRUTURAL TIPO B, FCK = 150 KGF/CM² - Fundações 88,00 M³ 227,90

20.055,20

02.07 AÇO CA-50 2.620,00 KG 2,26

5.921,20

02.08 AÇO CA-60 2.205,00 KG 1,48

3.263,40

02.09 LASTRO DE CONCRETO MAGRO 1,70 M³ 96,72

164,42

TOTAL ITEM 002 40.027,26

3 SUPERESTRUTURA

03.01 FORMA EM CHAPA COMPENSADA PARA CONCRETO ESTRUTURAL 291,00 M² 28,93

8.418,63

03.02 CONCRETO ESTRUTURAL TIPO B, FCK = 150 KGF/CM² - Estruturas 140,00 M³ 243,28

34.059,20

. . . . . .

. . . . . .

. . . . . .

19 SERVIÇOS COMPLEMENTARES

19.01 QUADRO PARA CANETAS,CONFORME DETALHE 2,00 UN 334,74

669,48

19.02 EXAUSTOR AXIAL, D = 30 CM 1,00 UN 107,76

107,76

19.03 EXAUSTOR EÓLICO, CONFORME ESPECIFICAÇÃO 1,00 UN 301,98

301,98

19.04 SISTEMA ACOPLADO DE SEGURANÇA, CONFORME ESPECIFICAÇÃO 1,00 UN 1.135,73

1.135,73

19.06 ARMÁRIOS SOB BANCADAS,CONFORME DETALHE 12,00 M² 71,73

860,76

19.07 MESA COM BANCOS EM CONCRETO APARENTE 5,00 UN 154,22

771,10

19.08 BANCADA COMPLETA 12,00 UN 698,57

8.382,87

19.09 GRAMA EM PLACAS 120,00 M² 3,48

417,60

19.10 LIMPEZA GERAL DA OBRA 374,00 M² 1,34

501,16 TOTAL ITEM 019 13.148,44 CUSTO TOTAL 195.535,09 BDI (30%) 58.660,53

TOTAL GERAL (REMUNERAÇÃO) 254.195,62

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O Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, de 2003, apresenta a seguinte estrutura de custos, que totalizam o Preço de Venda ou Preço Total:

Segue essa mesma estrutura apresentada de outra forma, no Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, DNIT (2003), reproduzido no Manual Implantação Básica de Rodovia do DNIT, de 2010, ajustado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2012 – LDO/2012 (Administração Local não faz parte do BDI):

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De acordo com a LDO/2012 (Lei 12.465, de 12 de agosto de 2011), art. 125, § 7º:

“O preço de referência das obras e serviços de engenharia será aquele resultante da composição do custo unitário direto do sistema utilizado, acrescido do percentual de Benefícios e Despesas

Indiretas - BDI, evidenciando em sua composição, no mínimo:

I - taxa de rateio da administração central;

II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço,

excluídos aqueles de natureza direta e personalística que

oneram o contratado;

III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e IV - taxa de lucro.“ (grifou-se)

Os tributos de natureza direta e personalística são: Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).

Aproveita-se para apresentar demais conceitos que constam nesses mesmos manuais:

- Custo direto dos serviços – representa a soma dos custos dos

insumos (equipamentos, materiais e mão-de-obra, inclusive transportes) necessários à realização dos serviços de todos os itens da planilha.

- Custos indiretos – Compreendem os itens A a G da fórmula

acima.

- Custo direto total – compreende a soma do custo direto dos

serviços com os custos da instalação de canteiro e acampamento e das despesas de mobilização e desmobilização.

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 102 - Canteiro e acampamento – denomina-se de canteiro e

acampamento o conjunto de instalações destinadas a apoiar as atividades de construção. Compreende número expressivo de elementos, com características bastante diferenciadas que, embora não se incorporem fisicamente ao empreendimento, representam parcela significativa do custo de investimento e, como tal, devem ser criteriosamente orçados.

Não existem padrões fixos para esses tipos de instalações. Elas

são funções do porte e das peculiaridades do empreendimento, das circunstâncias locais em que ocorrerá a

construção e das alternativas tecnológicas e estratégicas para sua realização.

- Mobilização e desmobilização - a mobilização e

desmobilização são constituídas pelo conjunto de providências e operações que o executor dos serviços tem que efetivar, a fim de levar seus recursos, em pessoal e equipamento, até o local da obra e, inversamente, para fazê-los retornar ao seu ponto de origem, ao término dos trabalhos. A mobilização e desmobilização são, essencialmente, operações de transportes.

2. BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS (BDI)

O BDI é a relação entre o preço de venda ou preço final e o custo direto de uma obra. Seguem demais conceitos de BDI extraídos do relatório que acompanhou o Acórdão nº 325/2007-TCU-Plenário:

“O Instituto de Engenharia conceitua BDI como „o resultado de uma operação matemática para indicar a margem que é cobrada do

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 102 cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos, etc. e logicamente sua remuneração pela realização de um empreendimento‟.1

André Luiz Mendes e Patrícia Reis Leitão Bastos definem BDI como a „taxa correspondente às despesas indiretas e ao lucro que, aplicada ao custo direto de um empreendimento (materiais, mão-de-obra, equipamentos), eleva-o ao seu valor final‟.2

O TCU, na Decisão 255/1999-Plenário, definiu o BDI „como um percentual aplicado sobre o custo para chegar ao preço de venda a ser apresentado ao cliente‟.

Compreendida como uma relação matemática entre os custos indireto e direto para formação do preço da obra, essa incidência pode ser explicitada pela seguinte fórmula:

LDI

CD

PV  1

onde PV = preço de venda; CD = custo direto;

LDI = taxa de lucro e despesas indiretas.”

De acordo com SARIAN (2009), o BDI corresponde ao valor das despesas indiretas e do lucro da empresa. É usualmente expresso em forma percentual e estabelecido como fator multiplicador que, aplicado ao valor total do custo direto, fornece o preço final da obra.

Segundo o mesmo autor, o ideal é que apenas despesas indiretas proporcionais ao custo total de execução ou ao preço final, além do lucro, estejam no BDI. Para as demais despesas indiretas

1 Instituto de Engenharia. Metodologia de cálculo do orçamento de edificações – composição do custo

direto e do BDI/LDI. Disponível em http://www.institutodeengenharia.org.br/IE_documentos.html. Acesso em 03/05/2006.

2 MENDES, André Luiz e BASTOS, Patrícia Reis Leitão. Um aspecto polêmico dos orçamentos de obras

públicas: Benefícios e Despesas Indiretas (BDI). Revista do Tribunal de Contas da União. Brasília, v. 32, n.88, abr/jun 2001.

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que podem ser estimadas sem a utilização de percentuais é recomendável que sejam especificadas na própria planilha orçamentária. A uma, pela transparência do orçamento; a duas, pela facilidade no gerenciamento dos aditivos; e a três, pela diminuição do risco de cobrança de valores em duplicidade.

De acordo com o Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, DNIT (2003), reproduzido no Manual Implantação Básica de Rodovia do DNIT, de 2010, que denomina BDI de LDI:

Vale a pena repetir a estrutura de custos adotada pelo DNIT, ajustada pela LDO/2012:

Os itens relacionados na composição de BDI são conceituados pelo SICRO conforme a seguir:

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 102 - ISS (Imposto sobre serviços) - É um tributo municipal;

assim sendo, sua alíquota não é a mesma para todo o País. Ela varia, conforme o Município, desde aqueles que isentam a construção civil do tributo até os que a taxam com percentuais, que variam na faixa de 2,0% a 5,0% sobre o valor da obra. Tendo em vista essa circunstância, o SICRO adota alíquota média de 3,5%, para fazer face a esta despesa. Entretanto, cabe ao projetista, por ocasião da elaboração de um orçamento real, relativo a uma obra bem definida, verificar a alíquota real de ISS a ser paga.

- Administração Central - Cada operação que o executor

realiza deve absorver uma parcela dos custos relativos à sua administração central. Tais custos envolvem, entre outros: honorários de diretoria, despesas comerciais e de representação, administração central de pessoal, administração do patrimônio, aluguéis da sede, comunicações, materiais de expediente, treinamento e desenvolvimento tecnológico, viagens do pessoal lotado na sede etc., É um valor extremamente difícil de ser determinado por via analítica, pois depende do porte da empresa, de sua estrutura organizacional, de sua política de negócios e, ainda, do volume de obras que está realizando, ou seja, da composição do seu faturamento, sobre o qual recai este ônus.

- Administração Local – Compreende o conjunto de

atividades realizadas no local do empreendimento pelo executor, necessárias à condução da obra e à administração do contrato. É exercida por pessoal técnico e administrativo, em caráter de exclusividade. Seu custo é representado pelo somatório dos salários e encargos dos componentes da respectiva equipe, que inclui pessoal de serviços gerais e de apoio.

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A administração local deve exercer certo número de atividades básicas, que são: Chefia da Obra, Administração do Contrato, Engenharia e Planejamento, Segurança do Trabalho, Produção, Manutenção de Equipamento, Gestão de Materiais, Gestão de Recursos Humanos, Administração da Obra.

Despesas Diversas: veículos leves para transporte de pessoal, combustível e manutenção; energia elétrica para iluminação pública e domiciliar; cópias xerográficas e heliográficas; telefonemas; telex; fotografias; fax; material de escritório; medicamentos; consultoria externa; aluguéis; segurança: polícia e vigilância; seguro saúde.

- Custos Financeiros – Resultam da necessidade de

financiamento da obra por parte do executor, que ocorre quando os desembolsos mensais acumulados forem superiores às receitas acumuladas. Tais custos são calculados como um percentual equivalente à taxa de juros básicos do Banco Central (SELIC), aplicado sobre o preço de venda menos a margem, durante um mês.

As despesas financeiras decorrentes de inadimplência do contratante, por serem eventuais, não podem ser consideradas na elaboração dos custos referenciais do DNIT.

E por fim, a fórmula adotada no relatório que acompanhou o Acórdão nº 325/2007-TCU-Plenário:      100 1 100 1 100 / 1 100 / 1 100 / 1 100 / 1 x I L R DF AC LDI                                              Onde:

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DF = taxa das despesas financeiras;

R = taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; I = taxa de tributos;

L = taxa de lucro.

Verifica-se que os itens Administração Central (AC), Despesas Financeiras (DF), Risco, Seguro e Garantia (R), e o Lucro (L), encontram-se no numerador, por incidirem sobre o valor total dos demais custos previstos analiticamente na planilha e que o item Tributos (I) encontra-se no denominador, por incidir sobre o valor total resultante da incidência dos itens previstos no numerador sobre os demais custos. Isso se explica porque os tributos recaem sobre o valor final da nota fiscal, ou seja, sobre o valor total.

3. COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS

Lembrem-se de que o entendimento do projeto básico não se limita somente ao art. 6º, mas também ao restante da Lei nº 8.666/93, em especial o art. 7º, que estabelece, dentre outros comandos, que todos os preços unitários devem estar amparados pelas respectivas composições de custo unitário e veda a previsão de quantidades planilhadas que não correspondam aos respectivos projetos básico/executivo.

Os custos unitários dos serviços são obtidos a partir das suas respectivas composições, as quais são constituídas pela combinação dos coeficientes de consumo unitário dos insumos (material, mão-de-obra e equipamentos) que integram o respectivo serviço. O valor do custo unitário do serviço resulta do somatório das multiplicações dos

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coeficientes de consumo dos seus insumos pelos correspondentes custos unitários, incluindo os encargos sociais da mão-de-obra, conforme a tabela 3 a seguir:

Tabela 3: Composição de custo unitário

Os coeficientes de consumo dos insumos são obtidos por meio de apropriações resultantes da experiência de cada uma das empresas do ramo da construção ou por ceio dos sistemas referenciais ou publicações especializadas, tais como Sinapi, Sicro2, TCPO (Tabelas de Composições de Preços e Orçamentos) da Editora PINI, entre outras.

A mão-de-obra é representada pelo consumo de horas ou fração de horas de trabalhadores para a execução de uma determinada unidade de serviço multiplicada pelo custo horário de cada trabalhador. O custo horário é o salário/hora do trabalhador acrescido dos encargos sociais.

Os equipamentos são representados pelo número de horas ou fração de horas necessárias para a execução de uma unidade de serviço, multiplicado pelo custo horário do equipamento. Na tabela 3, o único equipamento utilizado é a betoneira.

A forma de composição de custo unitário da Tabela 3, acima, em que os coeficientes de consumo/produtividade referem-se à

Unidade: m2

Descrição Coeficiente Unidade Custo Unitário Custo Total

Cimento 2,002 kg 0,40 0,80 Areia 0,013 m3 20,00 0,26 Cal 2,002 kg 0,31 0,62 Bloco cerâmico 10 x 20 x 20 25 un 0,15 3,75 Pedreiro 0,8 h 6,16 4,93 Servente 0,866 h 4,10 3,55 Betoneira 0,008 h 3,08 0,02 13,93 Alvenaria de bloco cerâmico com 10 cm de largura e espessura da

junta de 10 mm

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unidade de serviço, no caso o m2, é adotada pelo SINAPI e pela PINI. O SICRO2 adota outra forma de composição, em que os coeficientes referem-se à unidade horária (h), conforme consta na composição da Tabela 4, a seguir:

Tabela 4: Composição de custo unitário do Sicro2

A existência das composições dos custos unitários não só importa para o cumprimento da lei (art. 7º, §2º, inciso II), mas permite que se saiba o que se levou em conta para a obtenção dos preços a serem contratados. Cabe ressaltar que a elaboração dessas composições requer um projeto detalhado, com todas as informações possíveis a respeito da obra a ser executada.

Percebam que para se obter o preço unitário, divide-se o custo horário de execução (R$ 2.684,90), pela produção da equipe (320 m3), obtendo-se R$ 8,39/m3. Em seguida, aplica-se o LDI, de 27,84%, resultando no preço unitário de R$ 10,73/m3.

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 102 4. ORÇAMENTO SINTÉTICO E ANALÍTICO

Um exemplo de orçamento sintético está na planilha apresentada na Tabela 1 da nossa Introdução, que contém a listagem de itens e/ou serviços, com as respectivas quantidades e preços unitários. Outro exemplo está no trecho de uma planilha orçamentária, abaixo:

Tabela 5: Trecho de uma planilha orçamentária: demonstração das quantidades e dos preços unitários:

Percebam que o orçamento sintético é obrigatório no edital, conforme o Art. 40, § 2o, II da Lei 8.666/93.

O orçamento analítico contempla as composições dos custos e/ou preços unitários dos itens do orçamento. Por exemplo, o item 1.2 acima seria acompanhado pela respectiva composição do seu custo unitário, conforme a seguir:

ITEM DISCRIMINAÇÃO UNID. QUANT. CUSTO

UNITÁRIO

CUSTO TOTAL 1 SERVIÇOS PRELIMINARES

1.1 Raspagem e Limpeza do Terreno m2 300,00 0,48 144,00

1.2 Muro de Alvenaria m2 160,00 13,93 2.228,80 1.3 Placa da Obra m2 6,00 20,32 121,92 1.4 Locação da Obra m2 260,00 0,85 221,00 1.5 Remoção de Entulho m3 4,80 6,59 31,63 1.6 Aterro m3 155,00 9,62 1.491,10 1.7 Corte m3 85,00 6,69 568,65 TOTAL DO ITEM 1 4.807,10

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 102 Tabela 6: Composição de Custo Unitário

Lembrem-se que, de acordo com o inciso II do § 2º do art. 7º da Lei nº 8.666/93, as obras e os serviços somente poderão ser licitados quando existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários. Ou seja, o orçamento analítico é imprescindível para a realização da licitação de obra pública.

5. ENCARGOS SOCIAIS

Os encargos sociais são encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas ou resultantes de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores, representados por uma parcela percentual que pode variar de acordo com a região e com as peculiaridades da obra.

Os encargos sociais dividem-se em três níveis: encargos básicos e obrigatórios; encargos incidentes e reincidentes; e encargos complementares.

De acordo com o Manual de Metodologia e Conceitos do SICRO, do DNIT, 2003, os encargos sociais são divididos em 4 (quatro) grupos:

Unidade: m2

Descrição Coeficiente Unidade Custo Unitário Custo Total

Cimento 2,002 kg 0,40 0,80 Areia 0,013 m3 20,00 0,26 Cal 2,002 kg 0,31 0,62 Bloco cerâmico 10 x 20 x 20 25 un 0,15 3,75 Pedreiro 0,8 h 6,16 4,93 Servente 0,866 h 4,10 3,55 Betoneira 0,008 h 3,08 0,02 13,93 Alvenaria de bloco cerâmico com 10 cm de largura e espessura da

junta de 10 mm

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- Grupo A: neste grupo estão incluídas as obrigações, que incidem diretamente sobre a folha de pagamento e que são regulamentadas de acordo com a legislação.

- Grupo B: neste grupo são considerados os dias em que não há prestação de serviço, mas que o funcionário tem direito de receber sua remuneração. Sobre estes dias incidem também os encargos do grupo A.

- Grupo C: neste grupo estão os encargos pagos diretamente aos empregados e, assim sendo, os que não incidem sobre eles os encargos do Grupo A.

- Grupo D: neste grupo estão os encargos referentes à incidência sobre outros encargos: incidência do Grupo A sobre B e incidência de multa do FGTS sobre o 13° salário.

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Percebam que o grupo C refere-se à dispensa do funcionário. Os valores mencionados na tabela acima referem-se à uma taxa de rotatividade média adotada pelo SICRO de 9 meses, para 95% dos empregados, conforme se demonstra adiante. Esse prazo médio varia de empresa para empresa. Portanto, verifica-se que os encargos

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Os encargos acima relacionados referem-se ao profissional horista, que se encontra previsto nas composições de custos unitários dos serviços. Já os mensalistas, representados, por exemplo, pelos profissionais da Administração Local da obra, cuja remuneração não está diretamente relacionada à quantidade de serviços executados, não incide nos encargos o repouso semanal remunerado, feriados, auxílio-enfermidade, licença-paternidade e outros. Com isso, os encargos sociais dos mensalistas são menores que os dos horistas, conforme se vê no cabeçalho da composição do SINAPI a seguir:

Sobre o custo da mão de obra podem incidir também os seguintes encargos:

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A parte principal dos encargos sociais está apresentada acima. Nas próximas páginas desse capítulo apresento a memória de cálculo dos percentuais do Grupo B, C e D, para quem tiver interesse em compreender melhor os detalhes desses grupos. Senão, vocês podem pular para o próximo capítulo. Afinal,

Memória de Cálculo do Grupo B

- primeiramente, calculam-se as horas efetivamente trabalhadas por ano de acordo com os seguintes parâmetros:

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- das horas trabalháveis por ano, devem ser descontados os dias não trabalhados, previstos pela legislação, (conforme abaixo indicado) para se obter os dias efetivamente trabalhados:

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 102 Memória de Cálculo do Grupo C:

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 102 Memória de Cálculo do Grupo D:

5.1 – Encargos Sociais do SINAPI

Segue abaixo a planilha de encargos sociais adotada pelo SINAPI tanto para horistas como para mensalistas.

Reparem nas diferenças entre horistas e mensalistas, em especial quanto à consideração do repouso semanal remunerado e nos feriados, que não oneram os encargos sociais dos mensalistas.

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 102 6. SINAPI

O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – Sinapi é o referencial oficial adotado para balizar os preços dos serviços e insumos pagos com recursos de origem do Orçamento da União, conforme o art. 125 da LDO/2012 (Lei 12.465, de 12 de agosto de 2011).

“Art. 125. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no

Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela

Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.”

(grifou-se)

Fonte:

<http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programa_des_urbano/SINAPI/saib a_mais.asp>

O Sinapi é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados pelo SINAPI.

A rede de coleta do IBGE pesquisa mensalmente preços de materiais de construção, equipamentos e salários das categorias profissionais, junto, respectivamente, a estabelecimentos comerciais,

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industriais e sindicatos da construção civil, nas 27 capitais da Federação.

A manutenção da base técnica de engenharia, base cadastral de coleta e métodos de produção é de competência da CAIXA. Os projetos, a relação de serviços, as especificações e as composições de custos, constituem a base técnica de engenharia do sistema.

Com o conhecimento dos materiais e suas respectivas quantidades, bem como a mão de obra e o tempo necessário para realização de cada serviço, é possível, a partir dos preços e salários, calcular o seu custo. Somando-se as despesas de todos os serviços, determina-se o custo total de construção relativo a cada projeto. Em caso de projetos residenciais e comerciais, um mesmo serviço pode ser executado de acordo com diferentes especificações que atendem a diferentes padrões de acabamento: alto, normal, baixo e mínimo.

A partir da ponderação dos custos de projetos residenciais no padrão normal de acabamento, são calculados os custos médios para cada Unidade da Federação - UF. Ponderando-se os custos obtidos nas UF's são determinados os custos regionais e a partir destes, o custo nacional, que dão origem aos índices por UF, Região e Brasil.

As séries mensais de custos e índices do SINAPI referem-se ao custo do metro quadrado de construção, considerando-se os materiais, equipamentos e a mão de obra com os encargos sociais. Não estão incluídos nos cálculos os Benefícios e Despesas Indiretas – BDI, as despesas com projetos em geral, licenças, seguros, administração, financiamentos, e equipamentos mecânicos como elevadores, compactadores, exaustores e ar condicionado.

Desde sua implantação as séries de custos e índices sofreram algumas descontinuidades, ora devido às atualizações das referências técnicas do sistema, ora devido aos planos econômicos. A série atualmente publicada foi iniciada em janeiro/99 (base dez/98=100).

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Mensalmente são publicados:

- Relatórios de Preços de Insumos e Custos de Serviços;

- Custos de Projetos - Residenciais, Comerciais, Equipamentos Comunitários, Saneamento Básico, Emprego e Renda;

- Conjuntura - Evolução de Custo e Indicadores da Construção Civil; e

- Consulta Pública - Composições Analíticas com a discriminação dos insumos utilizados e das quantidades previstas por unidade de produção.

O módulo de orçamentação do SINAPI denomina-se SINAPI-SIPCI.

7. QUANTIFICAÇÃO DE MATERIAIS E SERVIÇOS

A unidade de medição adotada para cada material e/ou serviço sinaliza a forma de quantificação a partir dos projetos e desenhos existentes.

Com relação aos serviços de edificações, cabe trazer alguns casos que diferem da simples intuição, tomando por base o “Manual de Obras Públicas – Edificações – Projeto” da SEAP (vale verificar os casos em que há desconto de vazios e/ou vãos):

- Levantamentos Planialtimétricos: considera-se a área

efetivamente levantada, medida no plano horizontal, em m².

- Sondagens:

- por poços de inspeção: volume efetivamente escavado, em

m³, medido no poço.

- a trado, rotativas e a percussão: metro efetivamente perfurado no subsolo.

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- sísmicas por refração: metro de superfície efetivamente percorrido.

- Ensaios: unidade de ensaio

- Construções provisórias – escritórios, depósitos, oficinas,

refeitórios e dormitórios: área da edificação, descontando-se as

áreas de beirais, iluminação e ventilação, em m².

- Tapumes e cercas: área efetiva em m², considerando a altura desde o nível do solo até a borda superior do tapume e o comprimento corrido, descontando-se portas ou portões (se estes foram pagos à parte).

- Portões: área efetiva dos portões instalados, em m².

- Demolição de concreto simples: metro cúbico de concreto demolido, obtendo-se o volume através das dimensões de projeto.

- Demolição de concreto armado: metro cúbico de concreto demolido, obtendo-se o volume através das dimensões de projeto, incluindo cortes da armadura.

- Demolição de estruturas metálicas: peso em kg da estrutura demolida, obtido através de pesagem em balança ou através dos pesos padronizados de tabelas.

- Demolição de madeira: volume de estrutura de madeira efetivamente desmontado, em m³.

- Demolição de pisos: metro cúbico de piso demolido,

obtendo-se o volume através das dimensões de projeto.

- Fundações – escavação de valas: volume escavado, em m³,

medido no corte, cujas dimensões em planta estão limitadas por linhas paralelas distantes de 0,50 m das faces laterais das fundações. Essa distância adicional de 0,50 m é necessária para haver espaço para a montagem de formas dentro da escavação.

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- Estacas pré-moldadas de concreto armado, protendido e

de madeira: metro de estaca cravada, considerando-se o

comprimento definido pela cota de fundação na ponta da estaca e pela cota de arrasamento, sendo tolerado apenas o que exceder no comprimento, até 3,00 m acima da face inferior do bloco.

- Estacas metálicas: comprimentos originais das estacas

utilizadas, independentemente da profundidade atingida.

- Estacas moldadas no local – Broca, tipo Strauss, tipo Raiz, Escavadas (estacão): metro, considerando-se o comprimento

desde a cota de fundação até a cota de arrasamento.

- Estacas moldadas no local – tipo Franki: comprimento de

estaca efetivamente executada, em m, obtido pela soma dos comprimentos dos tubos de revestimento.

- Formas para escada: dimensões indicadas no projeto,

apurando-se a área efetivamente em contato com o concreto, em m². Não são deduzidas as áreas dos vazios triangulares dos degraus.

- Concreto protendido – peças protendidas – formas:

dimensões indicadas no projeto, apurando-se a área efetivamente em contato com o concreto, em m², sendo integralmente descontadas as áreas de vazios previstas no projeto, quando superiores a 0,30 m².

- Concreto protendido – peças protendidas – armadura de protensão: resumos indicados no projeto, em kg.

- Concreto protendido – peças protendidas – bainhas: metro

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 102 - Estruturas metálicas: peso obtido das listas de materiais

indicadas no projeto, em kg.

- Estruturas de madeira: volume da estrutura, conforme o

projeto, em m³.

- Paredes de divisórias de chapas compensadas: área

delimitada por montantes extremos, rodapés e vergas de cada conjunto de painéis, sem considerar desconto algum, em m², conforme as dimensões indicadas no projeto.

- Porta de madeira: unidade colocada, conforme as dimensões indicadas no projeto.

- Porta de vidro: área da esquadria, obtida através das

dimensões indicadas no projeto.

- Vidro comum liso e temperado liso: área de vidro obtida

através das dimensões indicadas no projeto, em m², devendo ser

arredondadas para mais, em múltiplos de 0,05 m.

- Vidro aramado: área de vidro obtida através das dimensões

indicadas no projeto, em m², devendo ser arredondadas para

mais, em múltiplos de 0,25 m.

- Cobertura com telhas de barro, de fibrocimento, alumínio, chapa acrílica etc.: área de projeção da cobertura no plano horizontal, conforme projeto, em m².

- Pisos cimentados, cerâmicos, de pedras, de mármore, de granito, granilite, de alta resistência, de tacos etc.: área de

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piso, conforme as dimensões indicadas no projeto, em m², sendo descontadas as áreas de vazios ou interferências que excederem a 0,50 m².

- Contrapiso e regularização da base: m², conforme projeto.

- Revestimentos de paredes – chapisco, emboço, reboco, argamassas especiais: m², obtendo-se a área de acordo com o

projeto, descontando-se os vãos maiores que 2,00 m², áreas de vazios ou interferências.

- Revestimentos de paredes – cerâmicas, azulejos, ladrilhos: m², descontando-se no que exceder a 1,00 m², os

vazios cujas superfícies de topo não sejam revestidas.

- Revestimentos de paredes – pedras, mármore, granito, madeira, laminado melamínico: m², conforme o projeto.

- Revestimentos de forro – gesso acartonado, gesso em placas, PVC: m², conforme o projeto.

- Pinturas – Massa Corrida, Tinta: m², descontando-se,

apenas o que exceder a 2,00m², áreas de vazios ou interferências.

- Impermeabilizações – multimembranas asfálticas, emulsões hidroasfálticas, resinas epóxicas, cristalizadores:

m², conforme projeto, considerando os dobramentos verticais e descontando as áreas de vazios ou interferências que excederem a 0,30 m².

Com relação aos serviços rodoviários, segue a listagem do SICRO com a unidade de medição de cada serviço. Verifiquem que a maior

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parte dos serviços são medidos por m3, logo, vale a pena atentar para os serviços que são medidos em outras unidades de medição, tais como m2 e m.

8 - QUESTÕES COMENTADAS

1) (36 – Metrô/2008 – FCC) Dentre os conceitos utilizados no planejamento de uma construção, o termo “composição unitária” significa a quantidade

(A) de serviços necessários para a execução de uma unidade dos insumos.

(B) de insumos para a realização de uma unidade de determinado serviço.

(C) total de material, equipamento e mão-de-obra para a execução de um serviço completo.

(D) de mão-de-obra necessária para a construção de 1m2 de um determinado serviço.

(E) de tempo necessária para a elaboração de um determinado serviço.

Mattos (2006) apresenta o seguinte exemplo de composição unitária:

(34)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 102 Portanto, a composição unitária significa a quantidade de insumos para a realização de uma unidade de determinado serviço.

Gabarito: B

2) (49 – Metrô/2009 – FCC) Dos itens abaixo, fazem parte do cálculo do preço unitário de um concreto estrutural virado em obra APENAS:

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 102 (A) 1 - 3 - 5 - 8 – 9 - 10 - 12 (B) 1 - 3 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 (C) 3 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 - 12 (D) 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6 - 7 - 8 - 9 - 10 (E) 2 - 4 - 6 - 8 - 10 – 12

O SINAPI apresenta a seguinte composição de concreto virado na obra:

Observa-se que não fazem parte da composição do concreto os itens 2, 4, 7, 11 e 13.

Gabarito: A

3) (37 – Analista Legislativo SP/2010 – FCC) Considere a seguinte tabela de insumos:

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 102 Na composição do custo unitário para a execução do metro quadrado de formas planas plastificadas para concreto aparente, o custo da mão de obra representa, em relação ao custo unitário do serviço, o percentual de

(A) 28,00 (B) 40,00 (C) 52,00 (D) 60,00 (E) 66,67

Total de mão de obra = (2 x 4,20 + 2 x 3,50) = R$ 15,40. Custo unitário do serviço:

Formas planas plastificadas para concreto aparente (m2)

Insumo Unidade Qdade Custo unitário (R$) Custo total (R$) Carpinteiro hora 2 4,20 8,40 Ajudante de carpinteiro hora 2 3,50 7,00 Pontalete pinho de 3"x3" m 3 4,00 12,00 Tábua de pinho de 1"x12" m2 0,1 17,00 1,70 Chapa compensada plastificada e = 12 mm m2 0,3 28,00 8,40 Prego kg 0,2 5,00 1,00 TOTAL 38,50

Custo da MO / Custo total = 15,40/38,50 = 40%

(37)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 102 4) (59 – Metrô-SP/2012 – FCC) O custo unitário de um serviço é o valor ou a importância correspondente a uma unidade do serviço considerado. Pode conter os custos de mão de obra, de materiais e de aplicação de equipamentos para uma unidade do serviço considerado. Os elementos abaixo estão contidos na composição analítica de custo unitário de um serviço, EXCETO:

(A) os preços unitários dos insumos.

(B) os coeficientes de consumo dos materiais.

(C) os coeficientes de produtividade de mão de obra por categoria de operários.

(D) os coeficientes de utilização de equipamentos.

(E) a descrição dos insumos analisados e respectivos fabricantes.

De acordo com o parágrafo 8º do art. 102 da LDO/2013 (Lei 12.708/2012), entende-se por composições de custos unitários aquelas que apresentem descrição semelhante a do serviço a ser executado, com discriminação dos insumos empregados, quantitativos e coeficientes aplicados.

Não há necessidade de descrição dos fabricantes dos insumos na composição do custo unitário. As características técnicas dos insumos devem constar nas especificações técnicas do projeto.

Lembrem-se que os custos unitários dos serviços são obtidos a partir das suas respectivas composições, as quais são constituídas pela combinação dos coeficientes de consumo unitário dos insumos (material, mão-de-obra e equipamentos) que integram o respectivo serviço.

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 102 O valor do custo unitário do serviço resulta do somatório das multiplicações dos coeficientes de consumo dos seus insumos pelos correspondentes custos unitários, incluindo os encargos sociais da mão-de-obra, conforme a tabela a seguir:

Gabarito: E

5) (77 – TCE-AM/2012 – FCC) Considere a planilha de composição de custo unitário seguinte:

Na composição do custo unitário de execução de um metro cúbico de alvenaria de fundação e embasamento com tijolos maciços comuns,

(A) o custo da mão de obra representa mais de 35% do custo unitário.

(39)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 102 Custo da mão de obra = R$ 45,50 + R$ 47,50 = R$ 93,00

R$ 93,00 / R$ 262,00 = 35,5%

Gabarito: Correta

(B) os custos dos materiais representam menos de 60% do custo unitário.

Não há equipamentos na composição. Logo, o % do Custo do material = 100% - 35,5% = 64,5%

Gabarito: Errada

(C) a relação entre os custos de materiais e o custo da mão de obra é menor que 0,40.

R$ 93,00/ R$ 169,00 = 55%

Gabarito: Errada

(D) o insumo areia representa o maior custo percentual da composição.

O maior custo percentual é do tijolo, que representa R$ 112,00 / R$ 262,00 = 42,7%

Gabarito: Errada

(E) os custos dos tijolos representam 30% do custo unitário. Conforme vimos acima, eles representam 42,7% do custo unitário.

Gabarito: Errada Gabarito: A

(DNOCS/2010 – FCC) Para responder às questões de números 44 a 46, considere a tabela de valores de referência abaixo,

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 102 obtida de um banco de dados de engenharia para o cálculo de preços unitários e orçamentos.

6) 44. O valor correto para o custo, em reais, de mão de obra de 1 m2 de concreto, lançado em uma laje de espessura média de 20 cm, corresponde a (A) 11,50. (B) 21,25. (C) 17,85. (D) 28,25. (E) 10,85.

O valor total da mão de obra será = 1,00 + 4,90 +0,15 + 0,70 + 0,70 + 0,35 + 0,45 + 0,2 x (0,70 + 6,65 + 5,65) = R$ 10,85

Gabarito: E

7) 45. O valor correto para o custo, em reais, de materiais de 1 m2 de concreto, lançado em uma laje de espessura média de 20 cm, equivale a

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 102 (A) 83,33. (B) 201,75. (C) 100,00. (D) 95,55. (E) 123,45.

Valor total de materiais = 34,20 + 1,00 + 1,05 + 7,45 + 0,23 + 7,00 + 0,2 x 162,00 = R$ 83,33

Gabarito: A

8) (59 – TCE-PR/2011 – FCC) A elaboração de uma composição de preços para serviços de engenharia é tarefa bastante complexa, pois os insumos a serem considerados são bastante variados. Esta composição deve levar em conta tanto os custos diretos quanto os custos indiretos. Para serviços prestados ao DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), devem ser verificadas as composições de preços padronizadas pelo órgão. Atualmente, a composição de preços de serviços e insumos do DNIT é disponibilizada através de tabela denominada

(A) TCPO – Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos.

(B) SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.

(C) TPU – Tabela de Preços Unitários.

(D) SICRO – Sistema de Custos Rodoviários. (E) TCU – Tabela de Custos Unitários.

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 102 O DNIT adota o SICRO – Sistema de Custos Rodoviários para orçar obras ou serviços de natureza rodoviária.

O SICRO, juntamente com o SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil são os referenciais oficiais de preços adotados para balizar os preços dos serviços e insumos pagos com recursos de origem do Orçamento da União, conforme o art. 125 da LDO/2012 (Lei 12.465, de 12 de agosto de 2011), conforme a seguir:

“Art. 125. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.”

O Sinapi é um sistema de pesquisa mensal que informa os custos e índices da construção civil e tem a CAIXA e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE como responsáveis pela divulgação oficial dos resultados, manutenção, atualização e aperfeiçoamento do cadastro de referências técnicas, métodos de cálculo e do controle de qualidade dos dados disponibilizados pelo SINAPI.

A rede de coleta do IBGE pesquisa mensalmente preços de materiais de construção, equipamentos e salários das categorias profissionais, junto, respectivamente, a estabelecimentos comerciais, industriais e sindicatos da construção civil, nas 27 capitais da Federação.

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 102 A manutenção da base técnica de engenharia, base cadastral de coleta e métodos de produção é de competência da CAIXA. Os projetos, a relação de serviços, as especificações e as composições de custos, constituem a base técnica de engenharia do sistema.

Já a TCPO trata-se de uma publicação da editora PINI com Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos.

E TCU corresponde a Tribunal de Contas da União.

Gabarito: D

9) (81 – TCE-PR/2011 – FCC) Para a concretagem de um tubulão cilíndrico, com diâmetro igual a 160 cm e altura de 6 m deverá ser encomendado concreto a ser transportado em caminhão betoneira. Recomenda-se que o volume mínimo de entrega de concreto não seja inferior a 1/5 da capacidade máxima do caminhão betoneira. Considerando que os caminhões serão carregados com 2/3 da capacidade máxima, de 10 m3, há necessidade de (A) 1 caminhão. (B) 2 caminhões. (C) 3 caminhões. (D) 7 caminhões. (E) 20 caminhões. 2/3 da capacidade de 10 m3 = 20/3 m3 Volume do tubulão = 6 x (3,14) x (0,8)^2 = 12 m3

Quantidade de caminhões = 12/(20/3) = 1,8 caminhões Portanto, são necessários 2 caminhões.

(44)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 102 (TCE-SE/2011 – FCC) Considere o texto abaixo para responder às questões de números 67 e 68.

A execução de um metro quadrado de alvenaria de tijolo de barro maciço com espessura de um tijolo requer os seguintes materiais: 0,080 m3 de areia (R$ 80,00/m3); 14 kg de cal hidratada (R$ 0,35/kg); 7 kg de cimento (R$ 0,40/kg); 140 unidades de tijolo comum maciço (R$ 0,20/unidade), além de 2,4 horas de pedreiro (R$ 5,00/h) e 3,20 horas de servente (R$ 4,00/h).

10) 67. Para esses insumos, o custo unitário, por metro quadrado, da execução desse tipo de alvenaria, sem contar os encargos e leis sociais, é, em reais,

(A) 24,80 (B) 33,45 (C) 42,10 (D) 66,90 (E) 91,70

Segue a composição de custo unitário da alvenaria de tijolo de barro maciço descrita no comando da questão:

Alvenaria de tijolo maciço (m2) unidade consumo custo unitário custo total areia m3 0,08 80,00 6,40 cal hidratada kg 14 0,35 4,90 cimento kg 7 0,40 2,80

tijolo maciço un. 140 0,20 28,00 pedreiro h 2,4 5,00 12,00 servente h 3,2 4,00 12,80

(45)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 102 TOTAL 66,90

Gabarito: D

11) 68. Na composição do custo unitário de execução de um metro quadrado de alvenaria de tijolo de barro maciço com espessura de um tijolo,

(A) o custo da mão de obra representa mais de 35% do custo unitário.

Conforme a composição acima, a MO representa 24,80/66,90 = 37%.

Gabarito: Correta

(B) os custos dos materiais representam menos de 50% do custo unitário.

Conforme a composição acima, ao materiais representam 42,10/66,90 = 62,9%.

Gabarito: Errada

(C) a relação entre os custos de materiais e o custo da mão de obra é 0,40.

A relação entre os MAT e a MO é 42,10/24,80 = 1,7.

Gabarito: Errada

(D) a relação entre os custos da mão de obra e o custo de materiais é 1,50.

A relação entre a MO e os MAT é 24,80/42,10 = 0,59.

(46)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 102 (E) os custos dos tijolos representam 20% do custo unitário.

Os tijolos representam 28,00/66,90 = 42% do custo unitário.

Gabarito: Errada Gabarito: A

12) (48 – Infraero IV/2011 – FCC) BDI é o elemento orçamentário destinado a cobrir todas as despesas que, num empreendimento (obra ou serviço), segundo critérios claramente definidos, classificam-se como indiretas, e, também, necessariamente, atender ao lucro. Na planilha de orçamento de uma determinada obra foram listadas as despesas de acordo com o projeto e a execução. Dentre as parcelas apresentadas abaixo, a que NÃO pode ser incluída no BDI é:

De acordo com Mattos (2006), dá-se a designação de Benefícios (ou Bonificação) e Despesas Indiretas (BDI) ao quociente da divisão do custo indireto (DI) - acrescido do lucro (B) - pelo custo direto da obra. O BDI, portanto, inclui:

- despesas indiretas de funcionamento da obra; - custo da administração central (matriz);

- custos financeiros; - fatores imprevistos; - impostos;

- lucro.

Tanto o termo benefícios quanto bonificação querem dizer lucro.

Em termos práticos, o BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto dos itens da planilha da obra para se chegar ao preço de venda.

(47)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 102 Segundo Tisaka (2006), o BDI é composto dos seguintes elementos:

- Despesas ou Custos Indiretos: são os custos específicos da Administração Central diretamente ligados a uma determinada obra, tais como gerente de contrato, engenheiro fiscal e as respectivas despesas de viagem e alimentação e o rateio de todos os custos da Administração Central constituídos por salários de todos os funcionários, pró-labore de diretores, apoio técnico-administrativo e de planejamento, compras, contabilidade, contas a receber e a pagar, almoxarifado central, transporte de material e de pessoal, impostos, taxas, seguros, etc.

- Taxa de Risco do Empreendimento - Custo financeiro do capital de giro - Tributos

- Taxa de comercialização - Benefício ou Lucro.

Pessoal, cabe atentar para o caso de obras públicas custeadas com recursos federais, pois só cabem as parcelas previstas na LDO, conforme vimos na questão anterior. Portanto, se a questão falasse que a obra é federal, todos os itens relacionados não deveriam constar no BDI.

(A) equipe administrativa de campo.

Essa equipe integra a Administração Local da obra. De acordo com Mattos (2006), ela faz parte do BDI. No caso de obras custeadas com recursos federais, esse item não poderia estar no BDI.

(B) vigia do canteiro.

O vigia do canteiro também faz parte da Administração Local da obra.

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 102 (C) água e luz no canteiro.

As despesas de água e luz no canteiro são despesas de funcionamento da obra, as quais, para Mattos (2006), fazem parte do BDI. De acordo com Tisaka (2006), essas despesas fazem parte da Administração Local, cujos principais itens de despesas são:

- Aluguel de equipamentos administrativos: mobiliário do escritório, telefones fixos e celulares, computadores, aparelhos de ar-condicionado, ventiladores, geladeiras e fogão para copa, extintores de incêndio, relógio de ponto, etc.

- Aluguel de veículos leves e sua manutenção para locomoção na obra e serviços administrativos;

- Consumos: materiais de escritório, materiais de limpeza, água e café, despesas com contas de água, energia e telefone, combustível para abastecimento de veículos, etc.

- Salários: engenheiro responsável, engenheiros setoriais, mestre de obras, técnicos de produção, planejamento e de segurança do trabalho, enfermeiro, apontador, almoxarife, vigias, segurança patrimonial e demais funcionários administrativos, exceto pessoal diretamente envolvido na produção que faz parte dos custos diretos.

- Serviços de apoio estratégico e logístico da obra: medicina e segurança do trabalho, controle tecnológico de qualidade dos materiais e da obra.

Percebam que Tisaka (2006), acima, ao discriminar os itens do BDI, não considera a Administração Local, mas a Central. Portanto, segundo Tisaka (2006), essas despesas não fazem parte do BDI.

A LDO, ao regular sobre obras custeadas com recursos federais, também não as prevê no BDI, conforme a questão anterior.

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Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 102 O DNIT, de forma excepcional, prevê a Administração Local no BDI.

(D) aluguel de equipamentos.

Esse item faz parte das despesas gerais dos custos indiretos, constituindo, portanto, o BDI, segundo Mattos (2006).

Conforme o item anterior, Tisaka (2006) considera-o como parte da Administração Local, não a prevendo no BDI.

A LDO, ao regular sobre obras custeadas com recursos federais, também não prevê aluguel de equipamentos no BDI.

(E) matéria prima.

A matéria prima da obra é representada pelos materiais aplicados na obra. Ao materiais, mão de obra e equipamentos (insumos) são considerados como custos diretos da obra.

Portanto, a matéria-prima não faz parte do BDI.

Gabarito: E

13) (50 – TJ-PI/2009 – Arquitetura – FCC) Na composição do BDI (benefício e custos indiretos), a taxa entendida como uma provisão de onde será retirado o lucro do construtor, após o desconto de todos os encargos decorrentes de inúmeras incertezas que podem ocorrer durante a obra, difíceis de serem mensuradas no seu conjunto, é a taxa denominada de

(A) Rateio da Administração. (B) Risco de Execução.

(50)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 102 (D) Benefício.

(E) Operacional de Risco.

Conforme vimos na questão anterior, tanto o termo benefícios quanto bonificação querem dizer lucro.

De acordo com Tisaka (2006), o Orçamento para a execução de obras e serviços na Construção Civil é composto pelos seguintes elementos ou etapas de cálculo:

a) Cálculo do Custo Direto: despesas com material e mão-de-obra que serão incorporadas ao estado físico da mão-de-obra. Despesas da administração local, instalação do canteiro de obras e sua manutenção e sua mobilização e desmobilização.

b) Cálculo das Despesas Indiretas: despesas que, embora não incorporadas à obra, são necessárias para a sua execução, mais os impostos, taxas e contribuições.

c) Cálculo do Benefício: previsão de Benefício ou lucro esperado pelo construtor mais uma taxa de despesas comerciais e reserva de contingência.

Ainda segundo Tisaka (2006), a taxa adotada como Benefício deve ser entendida como uma provisão de onde será retirado o lucro do construtor, após o desconto de todos os encargos decorrentes de inúmeras incertezas que podem ocorrer durante as obras, difíceis de serem mensuradas no seu conjunto. É diferente da taxa de risco de execução, do qual já falamos anteriormente.

Podem fazer parte da taxa do benefício algumas eventuais despesas com:

- Pagamentos de assessorias jurídicas ou custas judiciais. - Eventuais falhas na elaboração do orçamento.

(51)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 102 - Atrasos nos pagamentos absorvidos pela empresa.

- Falha no dimensionamento da mão-de-obra indireta.

- Reservas de contingência para furtos em obra, assaltos, chuvas e inundações excepcionais, mudanças não previsíveis na economia etc.

Gabarito: D

14) (57 – Metrô-SP/2012 – FCC) Para a orçamentação de uma obra ou serviço, é comum a adoção de um percentual que se adiciona aos custos diretos referente a todas as despesas indiretas da Administração Central, as quais devem cobrir os gastos de aluguel da sede, almoxarifado e oficina central, salários e benefícios de todo o pessoal administrativo e técnico, pro labore dos diretores, todos os materiais de escritório e de limpeza, consumos de energia, telefone e água, mais os tributos e o lucro. A esse percentual dá-se o nome de (A) Margem de custo.

(B) Custos Indiretos. (C) Lucro.

(D) Benefícios e Despesas Indiretas. (E) Margem de preço.

De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, atual LDO/2013 (Lei 12.708, de 17 de agosto de 2012), art. 102, § 7º, a taxa de rateio da Administração Central faz parte do BDI:

(52)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 102

“O preço de referência das obras e serviços de engenharia será aquele resultante da composição do custo unitário direto do sistema utilizado, acrescido do percentual de Benefícios e Despesas

Indiretas - BDI, evidenciando em sua composição, no mínimo: I - taxa de rateio da administração central;

II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado;

III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e IV - taxa de lucro.“ (grifou-se)

Conforme vimos nesta aula, de acordo com o DNIT, a Administração Central envolve os custos da sede da empresa executora, tais como: honorários de diretoria, despesas comerciais e de representação, administração central de pessoal, administração do patrimônio, aluguéis da sede, comunicações, materiais de expediente, treinamento e desenvolvimento tecnológico, viagens do pessoal lotado na sede etc..

Gabarito: D

15) (65 – TRF2/2012 – FCC) Para o cálculo do BDI é necessário previamente determinar as Despesas Indiretas. Estes são gastos que não fazem parte dos custos da obra, mas que são necessários para a sua execução. São basicamente despesas da administração da sede da empresa, mais os encargos financeiros do capital de giro necessários na produção e os riscos envolvidos no empreendimento. Dentre os gastos que compõem a administração, NÃO é correto citar como componente para o cálculo do BDI:

(53)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 102 (B) o aluguel dos imóveis.

(C) o alojamento.

(D) mão de obra indireta. (E) serviços de copiadoras.

O alojamento faz parte do Canteiro de Obras e os demais itens fazem parte da Administração Local da obra.

De acordo com Tisaka (2006), acerca da estrutura de um canteiro de obras, a infra-estrutura física da obra que possibilite o perfeito desenvolvimento da execução consiste no seguinte:

- Regularização do terreno do canteiro de obras, construção provisória para escritório da obra, sala para a chefia, sala para a fiscalização, sanitários completos, oficinas, bandeja salva-vida no caso de prédios, etc.

- Alojamentos completos, refeitórios, vestiários, guaritas, etc. - Instalações provisórias de água, esgoto, telefone, eletricidade, iluminação, tapumes, cercas, etc.

- Estradas de acesso, pavimentação provisória, etc.

- Placas de obra de acordo com as especificações do cliente. Nas obras custeadas com recursos federais, de acordo com a LDO, a Administração Local não faz parte do BDI. Exceção a esse comando ocorre nas obras contratadas pelo DNIT, que inclui a Administração Local no BDI, conforme a planilha a seguir:

(54)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 102 Percebam que o Canteiro de Obras não faz parte do BDI do DNIT.

Conforme vimos em questão anterior, Tisaka (2006) também não considera o Canteiro de Obras no BDI. Contudo, Mattos (2006) contempla este item no BDI.

O importante é sabermos que a banca da FCC considera a Administração Local no BDI e o canteiro de obras fora dele. Contudo, se a obra for custeada com recursos federais, vale o que diz a LDO.

(55)

Prof. Marcus V. Campiteli www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 102 16) (51 – TJ-PI/2009 – Arquitetura – FCC) Num orçamento, para calcular o BDI (benefício e custos indiretos), é necessário ter em mãos uma série de informações que vão constar da sua composição:

I. custo direto da obra;

De acordo com Mattos (2006), chama-se BDI o fator a ser aplicado ao custo direto para obtenção do preço de venda.

O preço de venda é o preço final da obra.

O BDI é percentual obtido pela divisão entre os custos indiretos e lucro e o custo direto da obra.

Portanto, precisamos saber o custo direto da obra para estabelecermos o percentual de BDI.

Gabarito: Correta

II. prazo de execução da obra;

Conforme vimos, a FCC considera que a Administração Local faz parte do BDI. O custo total da Administração Local depende do prazo da obra, pois abrange os profissionais mensalistas e demais custos administrativos mensais da obra.

Gabarito: Correta

III. ISS da prefeitura local;

Conforme vimos na aula, o ISS faz parte dos tributos que integram o BDI.

Referências

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