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XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (XVII ENANCIB) GT 07 – Produção e Comunicação da Informação em Ciência, Tecnologia Inovação A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DA MATEMÁTICA BRASILEIRA NA WEB OF SCIENCE (2004-2013) SCIENTIFIC PRODUCTION ON B

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XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (XVII ENANCIB)

GT 07 – Produção e Comunicação da Informação em Ciência, Tecnologia & Inovação

A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DA MATEMÁTICA BRASILEIRA NA WEB OF SCIENCE (2004-2013)

SCIENTIFIC PRODUCTION ON BRAZILIAN MATHEMATICS IN WEB OF SCIENCE (2004 - 2013)

Daniela Gralha de Caneda Queiroz1, Ana Maria Mielniczuk de Moura2

Modalidade da apresentação: Comunicação Oral

Resumo: Esse estudo tem como objetivo analisar as características da produção científica da matemática brasileira através dos artigos indexados na base de dados Web of Science no período de 2004 a 2013. É um estudo bibliométrico cujos dados foram analisados sob a figura de tabelas, gráficos e figuras gerados através do uso dos softwares Excel, BibExcel e VOSviewer. Apresenta como resultados a recuperação de 8625 artigos, com taxa de crescimento anual de 8,04%, os quais foram produzidos por 8929 autores diferentes, resultando em 22268 autorias no total, predominando os artigos escritos por grupos de 2 ou 3 autores, com média de 2,58 e desvio-padrão de 1,15. Mostra que o idioma predominante nos artigos foi o inglês, com 99,49% e que os temas mais frequentes foram sistemas e equações. Identifica 526 periódicos, com destaque para o International Journal of Quantum Chemistry, como o periódico que mais fez publicações, e para o Bulletin of the Brazilian Mathematical Society, único periódico brasileiro encontrado. Constata a presença de 74 países e 1342 instituições (77,2% delas estrangeiras), onde Brasil, Estados Unidos e França foram os países cujas instituições mais apareceram; São Paulo, "Brasil em Geral" (denominação dada às instituições de âmbito federal) e Minas Gerais foram as regiões do Brasil cujas instituições mais se destacaram; e Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Estadual de Campinas foram as instituições que mais publicações fizeram. Conclui que a área encontra-se em franco desenvolvimento, com significativa internacionalização.

Palavras-chave: Produção científica. Comunicação científica. Matemática - Brasil.

1 Doutoranda em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília Mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2016).

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Abstract: The present study aimed to analyze the characteristics of scientific production on Brazilian mathematics through the articles indexed in the database of Web of Science from 2004 to 2013. It is a bibliometric study whose data were analyzed under the figure of tables, charts and figures generated through the use of Excel, BibExcel and VOSviewer. It presents results as the recovery of 8625 articles, with annual growth rate of 8.04 %, which were produced by 8929 different authors, resulting in 22268 authorship total, predominantly articles by 2 or 3 groups of authors, with an average of 2.58 and standard deviation of 1.15. It shows that English is the predominant language in the articles, with 99.49% and that the most frequent topics are systems and equations. It identifies 526 periodicals, with the International Journal of Quantum Chemistry, as the journal with more publications and the Bulletin of the Brazilian Mathematical Society as the only Brazilian journal found. It is noticed the presence of 74 countries and 1342 institutions (77.2% of them foreign), where Brazil, United States and France are the countries with most institutions. São Paulo, "Brazil in General" (name given to federal institutions) and Minas Gerais are the regions of Brazil whose institutions stand out; and University of São Paulo, Federal University of Rio de Janeiro and Campinas State University are institutions with most publications. It concludes that the area is rapidly developing, with significant internationalization.

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1 INTRODUÇÃO

A área da matemática tem recebido considerável atenção do Governo brasileiro. Ela é relacionada muitas vezes no Programa Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2011-2020, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), de 2010, o qual aponta que o impacto da produção científica brasileira em matemática (1,34) está bastante próximo às médias mundiais (1,51), de acordo com a classificação do Institute for Scientific

Information (ISI), de 2009 (CAPES, 2014). Da mesma forma o Documento de Área 2013 da

CAPES (2014) referente à área da matemática considera como bom o desempenho da produção científica brasileira na área da matemática, já que o número de artigos publicados em periódicos se aproxima da média mundial, colocando o Brasil na 17ª posição em termos de produção total da área de matemática, com 1,6% da produção científica mundial, no ano de 2011. Por esses dados é que o PNPG 2011-2020 destaca que a matemática está entre as áreas que mais deve crescer no Brasil nos próximos anos.

Nas considerações gerais a respeito do atual estágio do campo da matemática no Brasil, o Documento de Área 2013 da CAPES (2014) traz que a área tem ocupado lugar de destaque no cenário internacional, uma vez que, além de participar do International Mathematical Union

(IMU), tem apresentado muito dos seus pesquisadores como conferencistas em eventos de nível internacional e como membros de corpos editoriais de revistas. Além disso, a matemática tem se beneficiado dos atos de cooperação com a National Science Foundation - NSF (Estados Unidos), German National Research Center for Information Technology (Alemanha) e

Ministère des Affaires étrangères (França), os quais incluem pesquisas laboratoriais e de simulação computacional em áreas estratégicas como a do petróleo e a do clima (SIMIS et al., 2002).

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investigados a colaboração e o impacto; para tanto, considerou-se que este período correspondesse a um tempo decorrido mais recente, em que foi possível fazer a análise de citação).

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Foram revisados aspectos da literatura que serviram de embasamento teórico à pesquisa realizada: comunicação científica e matemática.

2.1 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA

A comunicação científica refere-se à divulgação dos resultados obtidos pelos pesquisadores e cientistas em suas pesquisas. Comunicar a ciência, para Stumpf (1997), é transferir conhecimentos gerados pela investigação científica, com fluxo de ideias, através de um canal, entre uma fonte geradora e um receptor. Meadows (1999) chega a afirmar que a comunicação científica é tão importante quanto a pesquisa em si mesma para a ciência como um todo.

É a comunicação científica que favorece ao produto (produção científica) e aos produtores (pesquisadores) a necessária visibilidade e possível credibilidade no meio social em que produto e produtores se inserem (TARGINO, 2000, p.10).

Meadows (1999) profere que entre os tipos de comunicação - conversa em grupo, conversa pessoal, leitura e escrita - é a escrita que mais consome o tempo dos matemáticos. Enquanto os físicos disponibilizam em média 70 horas, e os pesquisadores das ciências sociais e da vida, 80 horas, os matemáticos levam, em média, 120 horas para redigir um artigo (principalmente), buscar bibliografias, revisar o texto, preparar gráficos, etc. O autor também coloca que, em média, os artigos de matemática têm uma taxa de recusa de 50% quando submetidos aos avaliadores de determinado periódico.

A atividade de publicação em matemática, considerada como um campo teórico, é menor do que em campos experimentais ou nas ciências da vida (GLÄNZEL, 2003). Nos estudos de Price (1963) é substancial a diferença na quantidade de publicações entre a matemática e outras áreas, tais como a química, a biologia e a física. Tais pesquisadores, por exemplo, não costumam fazer publicações em eventos, as quais, geralmente, culminam na publicação de artigos de periódicos.

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De acordo com o Documento de Área 2013, da avaliação trienal da CAPES (2014), a área de matemática brasileira vem tendo posição de destaque no International Mathematical Union - IMU (2014), organização científica não governamental e sem fins lucrativos, cujo objetivo é o de promover a cooperação internacional em matemática, vinculada ao

International Council for Science - ICSU (2014), organização não governamental de organismos científicos, cuja missão é a de fortalecer a ciência internacional para benefício da nossa sociedade. No IMU os países são organizados segundo a relevância da pesquisa produzida. E o Brasil conseguiu estar no segundo grupo (chamado Grupo IV), junto a Austrália, Índia, Irã, Coréia, Holanda, Polônia, Espanha, Suécia e Suíça (NASCIMENTO, 2012).

Levantamento da GEOCAPES (2015) referente ao ano de 2013 aponta que no Brasil há 46 programas de pós-graduação na área de matemática (18 programas de mestrado; 3 de doutorado; 4 de mestrado profissional e 21 de mestrado e doutorado). Segundo este levantamento havia 906 alunos matriculados no mestrado; 1003, no doutorado; e 105, no mestrado profissional. Para esses programas, havia 941 docentes permanentes; 33 visitantes; e 324 colaboradores (GEOCAPES, 2015).

O Brasil, conforme dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil Lattes3

(CONSELHO..., 2014), conta com 1229 grupos de pesquisa, cuja linha de pesquisa seja "matemática". Desse modo, apresentam-se 43 grupos das Ciências Agrárias; 19 das Ciências Biológicas; 7 das Ciências da Saúde; 387 das Ciências Exatas e da Terra; 569 das Ciências Humanas; 21 das Ciências Sociais Aplicadas; 177 das Engenharias; e 6 da Linguística, Letras e Artes. Contudo, ao analisar-se os grupos de pesquisa por área e grande área das ciências exatas e da terra/matemática, há 451 grupos de pesquisa registrados.

Segundo o último relatório do INEP (2014), o Brasil possui 44 instituições que oferecem curso de matemática (bacharelado), as quais oferecem 75 cursos para a formação de professores nessa área, com um total de 3814 alunos matriculados. Esse mesmo relatório traz que há 350 instituições que oferecem curso de formação de professor em matemática (licenciatura), que oferecem 681 cursos para a formação de professores nessa área, com um total de 82439 alunos matriculados.

3Conforme pesquisa realizada em 25/10/2015, no endereço

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3 METODOLOGIA

Essa pesquisa é do tipo bibliométrica, descritiva, com abordagem quantitativa do problema, de natureza aplicada e em nível macro. A base de dados Web of Science (WoS), da

Thomson Reuters Scientific, foi escolhida em função da sua cobertura, credibilidade e usabilidade. Para a complementação das análises, foram consultados: Journal Citations Reports

(JCR); Plataforma Lattes - CNPq; e Sistema WebQualis, da CAPES.

A estratégia de busca para essa pesquisa foi: utilização da "pesquisa avançada" da WoS; uso do rótulo de campo "CU=(Brasil OR Brazil)", para recuperação de todos os registros com vínculo com alguma instituição brasileira; atribuição do operador booleano "AND" entre os rótulos de campo "CU" e "WC"; aplicação das categorias de assunto no campo "WC=(operations research & management science OR mathematics, applied OR mathematics, interdisciplinary applications OR mathematics)"; emprego da opção "All languages" em idiomas, pretendendo recuperar todos os documentos, independente da língua; restrição do tipo de documento a "Article", considerado como principal canal de comunicação científica das ciência duras e principal meio para se estudar bibliometria; utilização dos anos "de 2004 até 2013" em tempo estipulado; atribuição das coleções Science Citation Index Expanded (SCI-EXPANDED) e Social Sciences Citation Index (SSCI) à pesquisa. Para as análises foram utilizados: BibExcel, Excel e VOSviewer.

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Foram recuperados 8625 artigos da área de matemática em que pelo menos um dos autores fosse vinculado a alguma instituição brasileira entre os anos de 2004 e 2013. A mesma pesquisa executada, porém considerando-se todos os países do mundo, retornou 445595 artigos, ou seja, o Brasil participa em 1,93% da produção mundial na área de matemática.

A participação brasileira na produção científica mundial vem evoluindo. Pesquisa de Braun, Glänzel e Schubert (1987) mostra que a participação brasileira entre os anos de 1978 e 1980 era de 0,42%; já entre os anos de 1989 e 1993, Braun, Glänzel e Grupp (1995) encontraram 0,73% de participação do Brasil.

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produção científica brasileira, só que entre os anos de 1991 e 2010, a matemática ficou entre as dez áreas brasileiras mais produtivas na base Scopus a partir de 2001, demonstrando desenvolvimento da área.

Abaixo é apresentada uma tabela em que esse número total de artigos (8625) é mostrado conforme o ano de sua publicação:

Tabela 1 - Número de artigos, porcentagem em relação ao número total de artigos e taxa de crescimento anual dos artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013

(n = 8625)

Ano Nº artigos % (8625) Taxa anual de crescimento (%)

2004 576 6,68

-2005 644 7,47 11,81

2006 686 7,95 6,52

2007 718 8,32 4,66

2008 857 9,94 19,36

2009 962 11,15 12,25

2010 931 10,79 -3,22

2011 980 11,36 5,26

2012 1137 13,18 16,02

2013 1134 13,15 -0,26

Total 8625 100 8,04 (média)

Fonte: Dados de pesquisa.

Observa-se que entre o primeiro e o último ano analisados a produção científica brasileira de artigos de periódicos na área da matemática quase que dobrou, com uma média anual de crescimento de 8,04%. Ao analisarem um período de 140 anos da produção científica mundial de matemática (de 1868 a 2004), Behrens e Luksch (2010) verificaram que a produção dobrou em um período de 20,7 anos; então pode-se dizer que a produção científica brasileira tem evoluído rapidamente.

Os anos de 2008 e 2012 chamam a atenção por apresentarem as maiores taxas de crescimento no período. Já os anos de 2010 e 2013 demonstraram leve declínio na produção. Em estudo realizado por Fink, Kwon, Rho e So (2014), a taxa média de crescimento da produção científica e tecnológica do Brasil na área da matemática foi de 8,2%, entre os anos de 2000 a 2009, valor bem próximo encontrado nesta pesquisa para o Brasil. Esse crescimento das publicações observado na tabela acima é um indicativo de desenvolvimento da área de matemática, como bem colocam Behrens e Luksch (2010).

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A seguir é apresentado um gráfico em que traz a quantidade de autores por artigo. Destaca-se o elevado número de artigos de autoria única, bastante comum na área da matemática, cujos profissionais preferem trabalhar de forma solitária ou em pequenos grupos (VANZ, 2009), tanto que o número de artigos com elevado número de autores é significativamente baixo. A média foi de 2,58 autores por artigo, com desvio-padrão de 1,15.

Gráfico 1 - Número de artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 conforme o tipo de autoria (n = 8625)

Fonte: Dados de pesquisa.

Nota-se também no gráfico o significante número de artigos em colaboração com dois (39,24%) e três (29,91%) autores, sendo esses responsáveis por aproximadamente 70% da produção científica da área indexada na WoS. Savić et al. (2014), no mesmo estudo citado acima, encontraram 17,91% de artigos com dois autores; 5,07% de artigos com três autores; e 2,37% de artigos com mais de três autores. Aqui os artigos produzidos por quatro autores, foram responsáveis por 11,54% da produção científica total da área. As demais coautorias somadas deram um total de 5,25%, demonstrando que a colaboração em grandes grupos não é um traço da área de matemática (MEADOWS, 1999). Indício forte dessa característica é que em um período de dez anos analisados, somente seis artigos foram escritos por grupos compostos por dez ou mais autores.

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Tabela 2 - Autores mais produtivos, vinculados a instituições brasileiras, dos artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 (n = 8625)

Autor Nº artigos % (8625) Instituição Localidade

Alves CO 64 0,74 UFCG PB

Montenegro M 61 0,71 UNICAMP SP

Shumyatsky P 57 0,66 UNB DF

Szwarcfiter JL 47 0,54 UFRJ RJ

Svaiter BF 47 0,54 IMPA RJ

Cuevas C 47 0,54 UFPE PE

Gonçalves DL 46 0,53 USP SP

Teixeira MA 46 0,53 UNICAMP SP

Pellegrino D 46 0,53 UFPB PB

Martinez JM 46 0,53 UNICAMP SP

Hernandez E 45 0,52 USP SP

Rivera JEM 43 0,50 LNCC RJ

Miyagaki OH 40 0,46 UFV e UFJF* MG

Soares D 40 0,46 UFJF MG

Fonte: Dados de pesquisa. Nota: * desde o ano de 2010.

O autor mais produtivo publicou 64 artigos e o menos produtivo (que não está na tabela acima) publicou 1 artigo (não correspondendo à produção científica da vida toda do autor, mas sim àquela obtida segundo os critérios da coleta de dados). 61,44% dos autores escreveram somente 1 artigo (considerando-se os 8929 diferentes autores); 34,50%, escreveram entre 2 e 9 artigos; e 4,05%, escreveram 10 ou mais artigos. Bracho-López et al. (2012) em estudo de 774 artigos sobre educação matemática publicados em periódicos espanhóis, entre os anos de 1999 e 2008, encontraram que 70,8% dos autores haviam escrito somente 1 artigo; 28,7%, de 2 a 9 artigos; e 0,5%, 10 ou mais artigos. Os números descritos sugerem que os autores brasileiros da área possuem uma produtividade maior.

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Tabela 3 - Número de artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 por idioma e ano (n = 8625)

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Total

Inglês 573 638 682 711 853 958 926 975 1136 1129 8581

% idioma 6,68 7,44 7,95 8,29 9,94 11,16 10,79 11,36 13,24 13,16 100,0 0 % ano 99,48 99,07 99,42 99,03 99,53 99,58 99,46 99,49 99,91 99,56 99,49

Francês 3 5 4 3 3 0 3 2 0 1 24

% idioma 12,50 20,83 16,67 12,50 12,50 0,00 12,50 8,33 0,00 4,17 100,0 0 % ano 0,52 0,78 0,58 0,42 0,35 0,00 0,32 0,20 0,00 0,09 0,28

Espanhol 0 0 0 4 1 2 0 3 0 2 12

% idioma 0,00 0,00 0,00 33,33 8,33 16,67 0,00 25,00 0,00 16,67 100,0 0 % ano 0,00 0,00 0,00 0,56 0,12 0,21 0,00 0,31 0,00 0,18 0,14

Português 0 1 0 0 0 2 2 0 0 2 7

% idioma 0,00 14,29 0,00 0,00 0,00 28,57 28,57 0,00 0,00 28,57 100,0 0 % ano 0,00 0,16 0,00 0,00 0,00 0,21 0,21 0,00 0,00 0,18 0,08 Dinamarquê

s 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1

% idioma 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 100,0 0 0,00

100,0 0 % ano 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,09 0,00 0,01

Total 576 644 686 718 857 962 931 980 1137 1134 8625

Fonte: Dados de pesquisa.

A tabela acima permite visualizar a hegemonia do idioma inglês nas publicações analisadas, nunca ficando abaixo de 99% ao longo dos dez anos analisados, com uma média de 99,49%. Chama a atenção o ano de 2012, em que somente um artigo não foi escrito no idioma inglês entre todos os artigos analisados.

Tal supremacia do idioma inglês, inclusive sobre o idioma português, pode ser indício de uma internacionalização da área de matemática brasileira. Nessa internacionalização da área deve-se considerar que a área possui uma "linguagem universal", o que facilita a comunicação entre pares. Outro possível motivo para a preponderância do idioma inglês nos artigos brasileiros é o baixo número de periódicos brasileiros indexados na base de dados WoS.

Estudo de Leta (2011) encontrou que cerca de 80% da produção científica brasileira em geral são escritas em inglês. Os resultados encontrados aqui foram superiores, garantindo, desse modo, maior visibilidade à área de matemática, pois, assim, aumentam as chances de outros pesquisadores se interessarem e lerem os trabalhos dos autores brasileiros (LETA, 2011).

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apresentada uma figura em que são mostrados os temas mais frequentes nos artigos (presentes em mais de 200 artigos):

Figura 1 - Mapa dos temas de pesquisa dos artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013

Fonte: Dados de pesquisa.

Nota: Por especificações do software utilizado, os nomes dos temas estão em inglês.

Percebe-se que mesmo o tema mais frequente, no caso, systems (sistemas), possui uma porcentagem baixa, de apenas 1,29%. Isso demonstra que a frequência de palavras-chave se encontra diluída. Assim, segundo dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil, da Plataforma Lattes, do CNPq, o tema systems (sistemas) aparece na linha de pesquisa de 46 grupos (da grande área Ciências Exatas e da Terra e da área Matemática). Da mesma forma, o tema equations (equações) faz-se presente em 40 grupos de pesquisa.

Os 8625 artigos coletados para essa pesquisa foram publicados em 526 diferentes periódicos. O gráfico a seguir mostra a distribuição dos periódicos e seus artigos publicados por ano:

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Fonte: Dados de pesquisa.

Ao longo dos anos a média de artigos por publicação ficou em 3,27. A menor média aconteceu no ano de 2005, com 2,82; e a maior média ocorreu no ano de 2012, com média de 3,79. Pode-se dizer que a proporção de número de artigos por número de periódicos não teve considerável variação ao longo dos anos, ao contrário do que Behrens e Luksch (2010) encontraram em sua pesquisa, em que acharam mais artigos em menos periódicos ao analisar a produção científica da matemática na base de dados Zentralblatt MATH, entre 1868 e 2008.

Abaixo é apresentada uma tabela em que constam os periódicos que mais tiveram publicações dos artigos brasileiros da área de matemática:

Tabela 4 - Principais periódicos que publicaram artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 (n = 10)

Periódico

artigos % (8625) País Qualis FI

International Journal of Quantum

Chemistry 252 2,92 EUA B3 1.432

Journal of Mathematical Analysis

and Applications 241 2,79 EUA A2 1.120

Nonlinear Analysis-Theory Methods

& Applications 227 2,63 Inglaterra B1 1.327 Expert Systems With Applications 170 1,97 EUA A2 2.240 Mathematical Problems in

Engineering 160 1,86 EUA B5 0.762

Journal of Computational and

Applied Mathematics 147 1,70 Holanda B1 1.266

Journal of Differential Equations 146 1,69 EUA A1 1.680 Applied Mathematics and

Computation 141 1,63 EUA B2 1.551

Proceedings of The American

Mathematical Society 138 1,60 EUA A2 0.681

Discrete and Continuous Dynamical

Systems 128 1,48 EUA B1 0.972

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A primeira análise dessa tabela diz respeito ao periódico que mais publicou artigos da área de matemática brasileira, o International Journal of Quantum Chemistry. Os artigos publicados por esse periódico são da área da química, sendo que seu escopo "se expandiu para além do seu núcleo tradicional de ciências moleculares para campos tão diversos como a química e catálise, biofísica, nanotecnologia e ciência dos materiais" (INTERNATIONAL, 2015). Assim o periódico é classificado pela WoS como abrangendo as áreas da Química, Física; Matemática, Aplicações Interdisciplinares; e Física, Atômica, Molecular e Química. Análise dos títulos dos 252 artigos permite afirmar que esses são maciçamente da área de química, o que indica a forte inter e multidisciplinaridade da matemática, a qual serve como suporte a outras áreas científicas. Além disso, pesquisa realizada no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil Lattes indicou a existência de 98 grupos de pesquisa cujas linhas de pesquisa fossem matemática e química juntas, dando indícios de colaboração entre as áreas.

Através da tabela percebe-se também que não existe o predomínio de um ou mais periódicos na publicação de artigos da área, tanto que o periódico que mais teve publicações de artigos da matemática ocupou uma fatia de 2,92% do total. Desse modo, pode-se dizer que a publicação dos artigos da área encontra-se dissipada. Conclusão igual chegaram Behrens e Luksch (2010, p.186) em sua pesquisa, quando afirmam que: "o campo da matemática não é dominado por poucos periódicos." Mas, ao contrário do que esses autores encontraram (31% dos artigos publicados nos primeiros 100 periódicos), nesta pesquisa os 100 primeiros periódicos foram responsáveis por 68,32% dos artigos publicados, ou seja, menos disperso que na pesquisa desses autores.

Os Estados Unidos (EUA) sozinhos são responsáveis por 32,70% dos periódicos analisados. Inglaterra, Holanda e Alemanha somadas possuem 34,41% dos periódicos, valor bem próximo dos Estados Unidos, corroborando a supremacia americana na produção científica. Chama a atenção o baixo número de periódicos brasileiros, somente 1 - Bulletin of the Brazilian Mathematical Society, da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), responsável pela publicação de 124 (1,43%) artigos. Esse baixo número de periódicos nacionais vem ao encontro do trabalho de Queiroz, Vilan Filho e Moura (2015), em que uma consulta ao sistema WebQualis, por Área de Avaliação "Matemática/Probabilidade e Estatística" dos estratos de A1 a B5, retornou 1437 periódicos e desse total somente 8 (0,55%) eram publicações científicas brasileiras e correntes da área de matemática no ano de 2013.

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Castanha e Grácio (2013), em pesquisa sobre a área da matemática brasileira, entre os anos 2002 e 2011, na base Scopus, indicou que entre as causas para a internacionalização da área da matemática brasileira pode estar uma maior inclusão e abertura para revistas brasileiras de ciência mainstream, o que não se verifica nesta pesquisa, já que foi encontrado somente um periódico brasileiro entre os analisados. Pesquisa desenvolvida por Mugnaini, Digiampietri e Mena-Chalco (2014), a respeito da produção científica brasileira nas bases WoS e Scientific Electronic Library Online, entre 1998 e 2012, constatou que o percentual de artigos de matemática publicados em periódicos brasileiros era no máximo de 17%.

Os artigos dessa pesquisa provieram de 74 países e de 1342 instituições diferentes, sendo 22,8% delas nacionais e 77,2%, estrangeiras. Logo abaixo, a tabela apresenta os países com seus números de instituições e artigos:

Tabela 5 - Número de instituições e de artigos por país dos autores dos artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 (n = 9)

País Nº instituições % (1342) Nº artigos % (8625) Média art./inst.

Brasil 306 22,80 8625 100,00 28,19

EUA 194 14,46 803 9,31 4,14

França 107 7,97 580 6,72 5,42

Alemanha 60 4,47 212 2,46 3,53

Itália 53 3,95 225 2,61 4,25

China 53 3,95 89 1,03 1,68

Espanha 51 3,80 435 5,04 8,53

Inglaterra 40 2,98 194 2,25 4,85

Canadá 36 2,68 192 2,23 5,33

Fonte: Dados de pesquisa.

Por ser o Brasil o país de estudo desse trabalho, ele é quem apresenta o maior número de instituições e artigos entre os registros coletados para essa pesquisa. Contudo, quando na análise mundial de produção de artigos em matemática pela WoS, no mesmo período (2004 a 2013), o Brasil aparece na 18ª posição, com uma fatia de 1,94%.

Depois do Brasil, os Estados Unidos são o país com maior número de instituições e de artigos nessa pesquisa. Sua posição pode ser explicada porque são o país que mais publicaram na área de matemática, segundo informações da WoS, ocupando uma considerável parcela de 23% da produção mundial. Além disso, os Estados Unidos investem em Science, technology, engineering e mathematics (STEM), provavelmente sendo por isso bastante desenvolvidos na área de matemática. Soma-se a isso, o ato de cooperação do Brasil com a NSF, o qual favorece a área. Então, não seria improvável que esse fosse o país de maior colaboração para com o Brasil.

(16)

França. A França, do mesmo modo que os Estados Unidos, investe em STEM e tem um ato de cooperação entre o seu Ministère des Affaires étrangères e o Brasil. Acrescenta-se a isso o fato da França ter sido um expoente na ciência e o berço da colaboração científica. Na produção mundial analisada pela WoS, a França ocupa o terceiro lugar, com 7,58%.

(17)

Tabela 6 - Número de instituições brasileiras por número de artigos dos autores dos artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 (n = 306)

Estado Nº inst. % (306) Nº artigos % (8625)

Média de artigos/inst

.

Nº grupos de pesquisa

São Paulo 61 19,93 4132 47,91 67,74 79

Brasil em

Geral 61 19,93 1658 19,22 27,18

-Minas

Gerais 34 11,11 1022 11,85 30,06 41

Rio de

Janeiro 22 7,19 2037 23,62 92,59 67

Rio Grande

do Sul 22 7,19 543 6,3 24,68 43

Paraná 21 6,86 577 6,69 27,48 57

Bahia 14 4,58 142 1,65 10,14 21

Santa

Catarina 13 4,25 319 3,7 24,54 19

Ceará 10 3,27 266 3,08 26,60 9

Pernambuc

o 9 2,94 352 4,08 39,11 10

Pará 6 1,96 142 1,65 23,67 4

Paraíba 4 1,31 370 4,29 92,50 7

Goiás 4 1,31 181 2,1 45,25 10

Amazonas 4 1,31 43 0,5 10,75 5

Distrito

Federal 3 0,98 467 5,41 155,67 7

Rio Grande

do Norte 3 0,98 79 0,92 26,33 5

Espírito

Santo 2 0,65 85 0,99 42,50 11

Alagoas 2 0,65 69 0,8 34,50 6

Mato Grosso do Sul

2 0,65 47 0,54 23,50 11

Mato

Grosso 2 0,65 15 0,17 7,50 10

Maranhão 2 0,65 12 0,14 6,00 2

Piauí 1 0,33 60 0,7 60,00 9

Sergipe 1 0,33 28 0,32 28,00 8

Tocantins 1 0,33 4 0,05 4,00 3

Acre 1 0,33 2 0,02 2,00 2

Amapá 1 0,33 1 0,01 1,00 2

Rondônia 0 0,00 0 0,00 0,00 2

Roraima 0 0,00 0 0,00 0,00 1

Total 306 100 12653 146,71 33,33 451

Fonte: Dados de pesquisa.

Notas: Brasil em Geral refere-se às instituições de esfera federal.

(18)

Análise da tabela acima permite visualizar que o estado de São Paulo possui o maior número de instituições e é o maior produtor de artigos. O estado de São Paulo possui o maior número de grupos de pesquisa na área, segundo dados do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil Lattes (CONSELHO..., 2014), e recebe incentivos financeiros da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), ainda que não muito altos na área da matemática, mas que podem explicar sua expoência.

Brasil em Geral, que é representado por instituições tais como Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), Petróleo Brasileiro S. A. (Petrobras) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta o mesmo número de instituições que o estado de São Paulo. Contudo, Brasil em Geral, fica em terceiro lugar na produção de artigos de periódicos. Nesse ponto verifica-se a proeminência do estado de São Paulo, já que ele sozinho possui produção científica superior ao Brasil em Geral.

Os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro ocupam, respectivamente, o terceiro e o quarto lugares em relação ao número de instituições. Mas ocupam o quarto e o segundo lugares, respectivamente, em relação ao número de artigos produzidos. O estado do Rio de Janeiro é o segundo estado com maior número de grupos de pesquisa de matemática e Minas Gerais, o quinto. Importante destacar que os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro também foram os primeiros (juntamente com a Bahia) a possuírem instituições de ensino em matemática, assim, fazendo parte da história da ciência brasileira (CASTRO, 1992). Isso, provavelmente, é uma explicação do porquê das instituições desses estados se sobressaírem na produção científica do país.

Interessante observar que Minas Gerais possui um pouco mais da metade do número de instituições de São Paulo (e Brasil em Geral). Da mesma forma, o Rio de Janeiro produz pouco menos da metade do número de artigos produzidos por São Paulo. No entanto, ao analisar-se o número médio de artigos por instituição, o estado de São Paulo cai para a 4ª posição, cedendo o primeiro lugar para o Distrito Federal, seguido do Rio de Janeiro e da Paraíba, estado do autor brasileiro mais produtivo.

Os estados do Paraná e do Rio Grande do Sul ocupam o terceiro e o quarto lugares em relação ao número de grupos de pesquisa. No entanto, no que tange ao número de instituições, ocupam o sexto e o quinto lugares, respectivamente. E em relação ao número de artigos, ocupam a quinta e sexta posições respectivamente.

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de dez anos analisados. Segundo Nascimento (2012), essa desigualdade regional pode ser explicada porque não há financiamento constante da pesquisa que permita planejamento a longo prazo, sendo um entrave para a produção científica nacional.

A tabela a seguir apresenta as instituições brasileiras que tiveram o maior número de artigos publicados:

Tabela 7 - Instituições nacionais com maior número de artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 (n = 10)

Instituição Nº artigos % (8625) Estado Tipo

USP 1990 23,07 São Paulo Pública

UFRJ 1194 13,84 Rio de Janeiro Pública

UNICAMP 1122 13,01 São Paulo Pública

IMPA 695 8,06 Brasil em Geral Pública

UNESP 492 5,70 São Paulo Pública

UNB 437 5,07 Distrito Federal Pública

UFMG 392 4,54 Minas Gerais Pública

UFF 381 4,42 Rio de Janeiro Pública

UFRGS 337 3,91 Rio Grande do

Sul Pública

UFPE 323 3,74 Pernambuco Pública

Fonte: Dados de pesquisa.

Onde: USP - Universidade de São Paulo; UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro; UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas; IMPA - Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada; UNESP Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; UNB Universidade de Brasília; UFMG Universidade Federal de Minas Gerais; UFF -Universidade Federal Fluminense; UFRGS - -Universidade Federal do Rio Grande do Sul; UFPE - Universidade Federal de Pernambuco.

Análise dos dados totais permite a verificação de que 58% das instituições são públicas e 42%, privadas. Esses percentuais vão de encontro ao que era esperado. Isso porque o curso de bacharelado em matemática é oferecido por 36 instituições públicas e 8 privadas. Além disso, entre os 46 programas de pós-graduação existentes no Brasil, 44 são vinculados a instituições públicas. Assim, havia a expectativa de que houvesse um número bem maior de instituições públicas.

Contudo, ao analisar-se a produção de artigos, essa diferença é ainda maior. As instituições públicas foram responsáveis pela produção de 11843 (94%) artigos, enquanto que as instituições privadas, de 810 (6%). Ou seja, enquanto as instituições públicas possuem uma média de 68,45 artigos por instituição, as instituições privadas apresentam uma média de 6,23 artigos por instituição, indicando que a maior produtividade vem das instituições públicas.

(20)

quarto). A USP é uma instituição de renome e grande produtora científica, não sendo inesperado ser a instituição que mais publicou. Ela está na 32ª posição entre as instituições mais produtivas do mundo na área da matemática, conforme pesquisa na WoS.

Em seguida aparecem a UFRJ e UNICAMP, com 13,84% e 13,01%, respectivamente, na produção de artigos. Ambas universidades também ficam na região Sudeste do país e, do mesmo modo, são instituições de renome. A UFRJ aparece na 148ª posição no ranking das instituições mais produtivas do mundo na área da matemática e a UNICAMP, na 151ª posição, de acordo com a WoS.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Análise de produção permitiu verificar que o Brasil ocupa a 18ª posição mundial, com 1,93% de participação na produção de artigos, segundo a WoS. Se considerarmos que existem 193 países, pode-se considerar que o Brasil está bem colocado na sua 18ª posição. Contudo, se considerarmos o percentual de participação na produção de artigos, esta posição se altera, principalmente quando se examina os primeiros colocados no ranking, como os Estados Unidos, com 23,01%, e a China, com 17,53%. A produção científica da área apresentou, de uma maneira geral, crescimento médio de 8,04%, permitindo supor que a matemática brasileira se encontra em franco desenvolvimento, rumo à excelência em nível mundial.

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Tabela 1 - Número de artigos, porcentagem em relação ao número total de artigos e taxa de crescimento anual dos artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013
Gráfico 1 - Número de artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 conforme o tipo de autoria (n = 8625)
Tabela 2 - Autores mais produtivos, vinculados a instituições brasileiras, dos artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 (n = 8625)
Tabela 3 - Número de artigos brasileiros da área de matemática indexados na WoS entre 2004 e 2013 por idioma e ano (n = 8625)
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