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XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (XVII ENANCIB) GT 7 – Produção e Comunicação da Informação em Ciência, Tecnologia Inovação MAPEAMENTO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO BRASILEIRA A PARTIR DAS COMUNICAÇÕES ORAIS DO ENANCIB: ESTUDO DOS GT

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XVII Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (XVII ENANCIB)

GT 7 – Produção e Comunicação da Informação em Ciência, Tecnologia & Inovação

MAPEAMENTO DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO BRASILEIRA A PARTIR DAS COMUNICAÇÕES ORAIS DO ENANCIB: ESTUDO DOS GTs 1, 2, 3, 7 E 8 DE 2011 A

2015

MAPPING THE BRAZILIAN INFORMATION SCIENCE BASED UPON THE PAPERS OF ENANCIB: STUDY OF WORKGROUPS 1, 2, 3, 7 AND 8 FROM 2011 TO 2015

Michely Jabala Mamede Vogel1, Rosana Portugal Tavares de Moraes2, Maria Luiza de

Almeida Campos3

Modalidade da apresentação: Comunicação Oral

Resumo: Trata de evidenciar um mapeamento da produção científica da comunidade de especialistas no âmbito da Ciência da Informação no Brasil. A partir de estudos cientométricos apresenta uma análise dos grupos de trabalho – GT1, GT2, GT3, GT7 e GT8 do Encontro Nacional de Ciência da Informação e Biblioteconomia (ENANCIB) à luz da representatividade das Instituições de Ensino e Pesquisa do Brasil no período de 2011 a 2015, por meio das comunicações orais acessadas na base de dados BENANCIB. Considera-se uma pesquisa de natureza documental. Os dados foram analisados por sua frequência, seguindo uma abordagem quantitativa. A análise resultou na expressividade da produção científica oriunda da região Sudeste em todos os GTs analisados. Com relação à origem institucional, para o GT1 é o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia e Universidade Federal do Rio de Janeiro (IBICT-UFRJ), o GT2 é representado pela Universidade Federal de Minas Geral (UFMG), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Estadual Paulista (UNESP), o GT3 pela UFMG, o GT7 pela UNESP, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade de São Paulo (USP), e o GT8 pela UNESP.

Palavras-chave: ENANCIB. Mapeamento da Produção Científica. Ciência da Informação.

Abstract: It highlights a mapping of scientific production of an expert community in Brazilian Information Science. From scientometrics studies, it presents an analysis of the work groups – WG1, WG2, WG3, WG7, and WG8 of (ENANCIB) through the representativeness of Brazilian education and research institutions between 2011 and 2015, by analyzing the papers accessed in the database BENANCIB. It has a documentary approach as methodology. The data were analyzed by its frequency, according to a quantitative approach. As results, it shows the expressivity of scientific production from

1 Professora adjunta do GCI/IACS/UFF. Doutora em Ciência da Informação pela ECA/USP. 2 Universidade Federal Fluminense (UFF)

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the Southeast region in all workgroups. As institutional origins it presents Brazilian Institute of Information in Science & Technology and Federal University of Rio de Janeiro (IBICT-UFRJ) for WG1, Federal University of Minas Gerais, Fluminense Federal University and Paulista State University (UFMG, UFF and UNESP) for WG2, UFMG for WG3, UNESP, Federal University of Pernambuco (UFPE) and University of São Paulo (USP) for WG7 and UNESP for WG8.

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1 INTRODUÇÃO

A atividade científica pode ser medida, entre outras formas, por meio da análise dos trabalhos de evento da área. Para a Ciência da Informação feita no Brasil, o evento que congrega seus pesquisadores é o ENANCIB. Organizado em Grupos de Trabalho (GTs), o evento busca contemplar os principais eixos temáticos da investigação em Ciência da Informação. Dessa forma, uma análise da produção desses grupos pode levar ao reconhecimento das instituições onde a ciência se desenvolve, a seus tópicos de discussão, tendências de pesquisa e à distribuição geográfica dos saberes nacionais.

Essa pesquisa representa uma das linhas de investigação que vem sendo realizada no âmbito dos estudos sobre Teorias de Representação do Grupo de Pesquisa das autoras, que reúne pesquisadores, estudantes de graduação e de pós-graduação na área de Organização e Representação do Conhecimento. No âmbito desses estudos, nos últimos anos temos dado atenção ao mapeamento das comunidades científicas que atuam no âmbito das pesquisas em Ciência da Informação no Brasil. Desta forma, entre outros aspectos, estamos também motivados em investigar por meio de estudos que envolvem a Cientometria, a atividade científica desenvolvida no âmbito dos estudos informacionais no Brasil, com a finalidade de explicitar a formação de comunidade em torno dos estudos nesta área. Mais especificamente, neste artigo, apresentaremos uma análise dos grupos – GT1, GT2, GT3, GT7 e GT8 à luz da representatividade das Instituições de Ensino e Pesquisa do Brasil no período de 2011 a 20154,

por meio das comunicações orais acessadas por meio do BENANCIB5.

2 ESTUDOS MÉTRICOS E O CONTEXTO DE PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO

Em uma análise da composição da palavra Cienciometria, percebe-se que, está relacionada a um conjunto de medidas envolvendo a atividade científica, é o estudo avaliativo da ciência pela própria ciência. Todo o fazer científico inclui a atividade de registro e posterior comunicação de suas pesquisas, é um intenso trabalho de produção de informação. O artigo científico é o meio mais utilizado pelo cientista para comunicar suas descobertas, e também é o meio privilegiado de mensuração para análise e avaliação da atividade científica.

4 Consultar (MORAES, 2015) para informações do período de 2003 a 2013 cobrindo todos os GTs.

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A ciência e os fluxos de informação são medidos por diversas técnicas quantitativas ou qualitativas, as quais são nomeadas de acordo com o seu principal objeto de estudo. Este é o caso da Bibliometria, Informetria, Webometria e, o mais recente, Altmetria. A Cienciometria é a que se aplica aos propósitos dessa pesquisa. Para Spinak (1998, p. 143), a Cienciometria pode ser considerada um instrumento da sociologia da ciência, pois utiliza técnicas matemáticas e análises estatísticas para investigar as características da produção científica. Santos e Kobashi (2009, p. 159) ressaltam que: “A cienciometria preocupa-se com a dinâmica da ciência, como atividade social, tendo como objetos de análise a produção, a circulação e o consumo da produção científica.” Percebe-se uma gama de possibilidades de estudos envolvendo a produção científica, estes podem servir a diferentes propósitos: parâmetros para o estabelecimento de políticas científicas; investimento e avaliação das agências de fomento a pesquisa; desenvolvimento de indicadores de avaliação; análise de tendências de pesquisa e gestão da atividade científica em geral; dentre outros.

A produção científica de uma dada Comunidade de Especialidade tem como um de seus espaços de disseminação nos chamados Eventos Científico. As comunicações apresentadas são resultado de um minucioso processo de pesquisa. Pode-se afirmar que essas comunicações são representativas por excelência de uma determinada área do conhecimento, pois refletem fielmente o estado da arte de um campo científico, tanto em suas teorias, como em metodologias e aplicações, dentre outros. Quanto à atualidade do conteúdo, Meadows (1999, p. 139) ressalta que “O conteúdo das apresentações feitas em congressos e conferências em geral é atual, sendo baseado em pesquisas concluídas há não muito tempo antes da reunião”.

No Brasil, a ANCIB (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação), criada em 1989, tem suas atividades estruturadas pelos Programas de Pós-Graduação stricto-sensu, representado pelos seus coordenadores e pelo ENANCIB (Encontro Nacional de Ciência da Informação e Biblioteconomia), como um “[...] fórum de debates e reflexões que reúne pesquisadores interessados em temas especializados da área, organizados em Grupos de Trabalho” (ANCIB, 2012).

Com um olhar retrospectivo, relatando os 20 anos da ANCIB, Barreto (2009, p. 14) ressalta que:

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grupos homogeneizantes, como que para explicitar a significância do campo para todos os que trabalham com a informação.

A ANCIB promove os ENANCIBs desde 1994, evento significativo para área de Ciência da Informação, reconhecidamente um ambiente privilegiado de debate científico, quando pesquisadores tem a oportunidade de apresentar os resultados de suas pesquisas, e assim, contribuir para um constante fortalecimento e amadurecimento da área. Desde 2005 o evento passou a ser anual.

Em sua configuração atual está organizado em 11 Grupos de Trabalho (GTs), que refletem as discussões científicas geradas nos programas de Pós-Graduação, e neste sentido, apresentam as principais temáticas desenvolvidas pela área.

Os anais do ENANCIB foram reunidos pela Pesquisa “Questões em Rede”, do Grupo de Pesquisa Informação, Discurso e Memória, da Universidade Federal Fluminense, em repositório intitulado BENANCIB com todos os trabalhos apresentados no referido evento. A reunião dos anais em uma base de dados é de inestimável importância para a área de Ciência da Informação, uma vez que estes trabalhos são, em sua maioria, resultados das pesquisas desenvolvidas nos Programas de Pós-Graduação e, desta forma, com alcance das mais importantes temáticas da área. Para Campello (2000, p.69), a identificação de anais de encontros brasileiros é complicada, devido à falta de divulgação sistemática. A solução, por enquanto, tem sido a pesquisa em calendários de eventos. Há ainda problemas de normalização na sua apresentação. Nesse sentido, estes dados reunidos proporcionam robustez e visibilidade a um corpo de conhecimentos que se encontrava disperso nas páginas dos eventos. O BENANCIB configura-se em uma plataforma de estudos, um interessante campo empírico com inúmeras possibilidades de pesquisa e de monitoramento e análise da produção científica do evento.

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(BRASIL, 2010, p.130-131). Nesse sentido, busca-se fornecer um panorama dessa situação em parte do campo informacional.

3 MARCO EMPÍRICO E ASPECTOS METODOLÓGICOS

Os trabalhos apresentados nos anais do ENANCIB são fonte de comunicação científica e seu acompanhamento permite observar os delineamentos e enfoques que as temáticas, alvo de estudo dos PPGCIs, vem alcançando com o tempo.

Neste trabalho propomos uma pesquisa documental, Gil (1999, p. 66) observa que a pesquisa documental utiliza materiais que, podem ainda não ter passado por um tratamento analítico, tais como: documentos oficiais, reportagens de jornal, cartas, contratos, diários, filmes, fotografias, gravações, etc. E os que, de alguma forma, já foram analisados, como: relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas, etc. Os artigos científicos, objeto dessa análise, se constituem em documentos passíveis de investigação. Quanto aos objetivos é uma pesquisa exploratório-descritiva que possibilita o entendimento da problemática da pesquisa, bem como de suas características. Os dados foram analisados por sua frequência, seguindo uma abordagem quantitativa.

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segurança e preservação da informação em ambientes digitais. (ANCIB, 2016). Em trabalho posterior pretende-se analisar os 11 GTs do ENANCIB.

O conjunto 680 comunicações orais dos referidos GTs no período de 2011 a 2015 foram analisadas e consideramos os seguintes critérios: - comunicações orais de autores de origem nacional, e que possuam três ou mais trabalhos apresentados no período compreendido pelo levantamento6; - consideração da afiliação institucional informada pelo autor em caso de

autoria única; - comunicações em coautoria entre orientador e orientandos, priorizou-se a instituição do Programa de Pós- Graduação no qual se originou a pesquisa; - nos casos de coautoria entre pesquisadores, foram mantidas as instituições de origem informadas no artigo; - havendo trabalhos entre duas ou mais instituições em que pesquisadores dos respectivos PPGCIs assinaram o trabalho, dividiu-se o ponto atribuído entre as instituições, de modo a evitar a dispersão da informação; e, se a coautoria foi entre programa brasileiro e programa estrangeiro, apenas o primeiro considerado. Em todos os casos de coautoria foi consultado o Currículo Lattes dos respectivos autores. Ao fim, o universo de trabalho contou com 309 comunicações orais dos cinco GTs analisados.

4 RESULTADOS

De acordo com os critérios estabelecidos, foram obtidas as seguintes comunicações orais por GT (Tabela 1).

Tabela 1 - Quantidade de trabalhos Produzidos e Selecionados, por ano e totais por GT.

2011 2012 2013 2014 2015 2011-2015

Public. Selec Public. Selec Public. Selec Public. Selec Public. Selec Total Selec.

GT1 23 9 28 9 25 10 20 9 18 6 114 43

GT2 35 19 28 13 40 19 52 23 35 18 190 92

GT3 16 6 24 5 20 9 20 11 19 6 99 37

GT7 29 9 30 11 37 8 41 14 29 10 166 52

GT8 16 14 22 18 23 18 24 16 26 19 111 85

Fonte: elaboração das autoras

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Na sequência, serão apresentados os resultados por ano e por região de cada GT pesquisado.

4.1 Análise descritiva dos resultados por GTs

4.1.1 GT1: Estudos Históricos e Epistemológicos da Ciência da Informação

O GT1 apresentou 114 comunicações orais no período estudado. Dessas, 43 atendiam aos critérios da pesquisa, (37,7%).

Dentro desse universo, foram encontrados 12 autores que atendiam aos critérios, representando 9 instituições: IBICT-UFRJ, UFPB, UFBA, UFF, UNIRIO, UFMG, UNB, USP, e UNESP. Todas contam com programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação reconhecidos pela ANCIB7.

No período estudado, tivemos o seguinte resultado de produção das instituições:

2011-2015 0

2 4 6 8 10 12 14 16 18

16

5

4 4 4

3 3 3

1 IBICT-UFRJ UFPB UFBA UFF UNIRIO UFMG UNB USP UNESP

Gráfico 1 - GT1: produção por instituição no período 2011 a 2015.

De acordo com o Gráfico 1, é possível ver o destaque do IBICT-UFRJ diante das demais instituições.

Ano a ano, o panorama é apresentado no Gráfico 2, sendo que somente em 2012 a produção do IBICT-UFRJ não está em primeiro lugar, mas em segundo.

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Gráfico 2 - GT1: produção por instituição ano a ano - 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.

Em termos regionais, a produção no período foi a seguinte (Gráfico 3):

72% 7%

21%

2011-2015

Sudeste (31) Sul (0) Centro-Oeste

(3)

Nordeste (9)

Gráfico 3 - GT1: produção por região no período 2011 a 2015.

Ano a ano, a representatividade da região Sudeste se mantém sempre acima dos 56%, chegando a 78% em 2011 e 2012 (Gráfico 4).

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A dispersão no período confirma a forte presença do IBICT-UFRJ e do Sudeste (Gráfico 5).

Gráfico 5 - GT1: Dispersão da produção por instituição (à esquerda) e por região (à direita) no período 2011 a 2015

4.1.2 GT2: Organização e Representação do Conhecimento

O GT2 apresentou 190 comunicações orais no período estudado. Dessas, 92 atendiam aos critérios da pesquisa (48,4%).

Dentro desse universo, foram encontrados 27 autores que atendiam aos critérios, representando 11 instituições: IBICT-UFRJ, UEL, UFBA, UFF, UFMG, UFPB, UFPE, UFSC, UNESP, UNIRIO, e USP. Todas contam com programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação reconhecidos pela ANCIB.

No período estudado, a maior produção foi da UFMG, seguida pela UFF:.

2011-2015 0

5 10 15 20 25

30 28

12.5 11

8.5 8

6

3 2.5 2.5 2

0.5 0.5 UNESP UFPE UFMG UFPB USP UEL IBICT-UFRJ UnB UNIRIO UFSCar UFBA

UFES

Gráfico 6 - GT2: produção por instituição no período 2011 a 2015.

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Gráfico 7 - GT2: Produção por instituição ano a ano - 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.

Novamente, o Sudeste aparece como a região mais produtiva no período estudado, contando com 80% das comunicações orais selecionadas (Gráfico 9). O Nordeste vem em segundo lugar (14%) e o Sul em terceiro (6%). O Centro-Oeste não aparece na seleção.

80% 6%

14%

2011-2015

Sudeste (73,5) Sul (5,5) Centro-Oeste (0)

Nordeste (13)

Gráfico 8 - GT2: Produção por região no período 2011 a 2015.

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Gráfico 9 - GT2: produção por região ano a ano - 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.

A dispersão no período por instituições e por regiões geográficas estão no Gráfico 10.

Gráfico 10 - GT2: dispersão da produção por instituição (à esquerda) e por região (à direita) no período 2011 a 2015.

4.1.4 GT3: Mediação, Circulação e Apropriação da Informação

O GT3 apresentou 99 comunicações orais no período estudado. Dessas, 37 atendiam aos critérios da pesquisa, (37,4%).

Dentro desse universo, foram encontrados 11 autores que atendiam aos critérios, representando 9 instituições: IBICT-UFRJ, FIOCRUZ, UFF, UEL, UFBA, UFC, UFMG, UNESP, USP. Dessas, FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz) e UFC (Universidade Federal do Ceará) não tem programas específicos de Pós-Graduação em Ciência da Informação reconhecidos pela ANCIB.

No período estudado, a maior produção foi da UFMG, seguida pelo IBICT-UFRJ:

2011-2015 0

2 4 6 8 10 12

10

7.5

5

3 3 3 3

2

0.5

UFMG IBICT-UFRJ UEL UFBA UFC

Unesp USP FIOCRUZ UFF

Gráfico 11 - GT3: Instituições no período de 2011 a 2015

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Gráfico 12 - GT3: Instituições por ano - 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.

Com relação à distribuição geográfica, em todos os anos, uma instituição do Sudeste é a líder em publicações, e somente em 2015 há um empate com uma instituição do Sul. A situação pode ser confirmada no Gráfico 12.

Gráfico 13 – GT3: Regiões por ano 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015

Por região temos o Sudeste na liderança, com 72% da produção, seguidos por Nordeste e Sul, quase empatados e o Centro-Oeste sem nenhuma contribuição.

70% 14%

16%

2011-2015

Sudeste (26) Sul (5)

Centro-Oeste (0) Nordeste (6)

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Para avaliar a evolução do GT3, apresentamos a dispersão por Instituição, com destaque para IBICT-UFRJ e UFMG, e por Região, confirmando o desequilíbrio regional no período (Gráfico 15).

Gráfico 15 - GT3: Dispersão da produção por instituição (à esquerda) e por região (à direita) no período 2011 a 2015.

4.1.4 GT-7: Produção e Comunicação da Informação em Ciência, Tecnologia & Inovação

O GT-7 apresentou 166 comunicações orais no período estudado. Dessas, 52 atendiam aos critérios da pesquisa (31,3%).

Dentro desse universo, foram encontrados 19 autores que atendiam aos critérios, representando 8 instituições: UFBA, UFPE, UFPR, UFRGS, UNB, UNESP, UNIRIO, e USP. Todas contam com programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação reconhecidos pela ANCIB.

A produção por instituição no período estudado foi (Gráfico 19):

2011-2015 0

2 4 6 8 10 12

14 13

10

8.5

6

5

4 3.5

2

UNESP USP UFPE UFBA

UNB UFPR UFRGS UNIRIO

Gráfico 16 - GT7: produção por instituição no período 2011 a 2015.

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Gráfico 17 - GT7: produção por instituição ano a ano - 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.

Mais uma vez a região Sudeste lidera a produção do GT (Gráfico 18). Porém diferentemente dos demais GTs estudados neste trabalho, não concentra mais da metade da produção, chegando a 48% no período.

48%

14% 10%

28%

2011-2015

Sudeste (25) Sul (7,5)

Centro-Oeste (5) Nordeste (14,5)

Gráfico 18 - GT7: produção por região no período 2011 a 2015.

Acompanhando a produção da região Sudeste a cada ano percebe-se que chega ou passa a metade em 2014 (57%) e em 2015 (50%), como apresenta o Gráfico 19.

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Em termos de dispersão, tem-se o seguinte panorama por instituição e por região (Gráfico 20).

Gráfico 20 - GT7: dispersão da produção por instituição (à esquerda) e por região (à direita) no período 2011 a 2015.

4.1.5 GT-8: Informação e Tecnologia

O GT-8 apresentou 111 comunicações orais no período estudado. Dessas, 85 atendiam aos critérios da pesquisa (76,57%).

Dentro desse universo, foram obtidos 32 autores representando 12 instituições: IBICT-UFRJ, UEL, UFBA, UFES, UFMG, UFPB, UFPE, UFSCAR, UNB, UNESP, UNIRIO, USP. Dessas, UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) e UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) não têm programa de pós-graduação específico para Ciência da Informação, e, portanto, não reconhecido pela ANCIB.

No período estudado, a maior produção foi da Unesp, seguida pela UFPB e UFPE:

2011-2015 0

5 10 15 20 25

30 28

12.5 11

8.5 8

6

3 2.5 2.5 2

0.5 0.5 UNESP UFPE UFMG UFPB USP UEL IBICT-UFRJ UnB UNIRIO UFSCar UFBA

UFES

Gráfico 21 - GT8: Produção das instituições no período 2011 a 2015.

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Gráfico 22 - GT8: Produção das instituições por ano 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.

Em todos os anos, a UNESP é a líder em publicações, seguida ora pela UFPE (2011, 2013 e 2014), ora pela UFMG (2012 e 2015), ora pela USP (2015).

Por região, temos o Sudeste na liderança, com 65% da produção, seguidos por Nordeste com 21,5%, Sul com 7%, e Centro-Oeste com 3%.

65% 7%

3% 25%

2011-2015

Sudeste (55) Sul (6)

Centro-Oeste (2,5) Nordeste (21,5)

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Ano a ano, temos o seguinte panorama para as regiões, o Sudeste aparece como mais representativo em todos os anos, sempre seguido pelo Nordeste (Gráfico 24):

Gráfico 24 - GT8: produção por região ano a ano 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.

Para avaliar a evolução do GT-8, apresentamos a dispersão por Instituição, com destaque para UNESP e UFPB, e por Região, confirmando novamente o desequilíbrio regional no período.

Gráfico 25 - GT8: dispersão da produção das instituições no período 2011 a 2015.

Pelos gráficos acima fica evidente a distância do IBICT-UFRJ das demais instituições e a distância do Sudeste, ainda que a região Nordeste mereça destaque.

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Observando os dados de cada GT podem ser feitas algumas inferências entre os GT

pesquisados, as instituições e as regiões geográficas representadas pelas comunicações orais.

No GT1 nota-se a representatividade das pesquisas do IBICT referente aos

fundamentos teórico-conceituais da área de Ciência da Informação diante das demais

instituições. De igual modo as temáticas do GT8 possuem significativa representação nas

pesquisas da UNESP. Esse dado reflete a força da temática no percurso histórico de pesquisa.

No GT2 é representativo o quantitativo geral de comunicações orais apresentadas no

período, foram 190 seguida pelo GT7 com 166. Demonstra que questões relacionadas a

Organização e Representação da Informação e do Conhecimento e as que tratam dos

processos de comunicação, divulgação, análise e formulação de indicadores científicos para

planejamento, avaliação e gestão da Ciência, Tecnologia e Inovação são expressivos, com

considerável volume de pesquisas.

Como visto nos gráficos 11 e 21 o GT3 e o GT8 apresentaram comunicações com

afiliação insitucional fora dos Programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação, fato

que chamou a atenção pelo interesse das pesquisas nos assuntos relacionados aos processos e

relações entre mediação e circulação da informação, como também nas questões que

envolvem estudos sobre a informação em ambientes digitais. Prova que estes assuntos são

temáticas abrangentes e de interesse de pesquisadores independentes de programas de pós.

Em relação à distribuição geográfica da produção, algumas questões merecem atenção.

A primeira é a alta concentração da região Sudeste, em todos os GTs. Essa hegemonia contraria as recomendações do PNPG 2011-2020 para diminuição das assimetrias nacionais. É somente no GT7 que quatro regiões são contempladas e, ainda que predomine a produção da região Sudeste, observa-se crescimento na participação da região Nordeste. Em cinco anos, por exemplo, ainda não houve um resultado efetivo na região Norte, é preciso acompanhar os próximos cinco anos para verificar se a meta do PNPG relacionada com superação de assimetrias é alcançada. No entanto, um estudo mais profundo torna-se necessário para investigar essas razões. Além da região Sudeste concentrar a maior parte dos PPGCIs (6 dos 14 listados pela ANCIB), há que se considerar o quanto a localização do evento pode influir no número de publicações das regiões. A edição de 2011 foi na região Centro-Oeste, 2012 e 2014 na Sudeste, 2013 no Sul e 2015 no Nordeste.

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com filiações desligadas de programas de pós de qualquer natureza (caso de docentes de federais sem pós em CI, que já concluiram seus doutorados há algum tempo, e seguem pesquisando de forma autônoma).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho pretendeu apresentar um primeiro mapeamento de cinco dos onze GTs do Enancib, buscando fornecer um panorama da situação da produção científica do campo informacional relativo as temáticas dos GTs analisados.

A maior dificuldade na coleta de informações residiu na identificação das afiliações de autores. Se, a princípio, buscaram-se as comunicações orais cujos autores tivessem pelo menos três trabalhos no período e que estivessem com palavras-chave, a variação das informações nesse campo, exigiu a conferência manual das mesmas. Entende-se que existem questões político-profissionais que levam os autores a além da instituição onde desenvolvem sua pesquisa, indicarem também a instituição onde trabalha ou aquela que lhe fomenta. Como o objetivo deste trabalho era visualizar a representatividade dos PPGCIs, outras variáveis poderiam distorcer os resultados. Dado o caráter científico do evento, sugere-se recomendar aos autores que indiquem na filiação a instituição onde desenvolvem sua pesquisa, e que a estrutura da comunicação oral reserve outro local para citar instituições de fomento e os locais de trabalho. A exceção seria de autores que de fato são apenas colaboradores em pesquisas da Ciência da Informação.

É interessante proceder a um estudo da autoria das comunicações dos trabalhos no período: quantos publicam em coautoria, quantos sozinhos? As parcerias entre autores e entre instituições se mantêm ou variam? Qual o peso da coautoria orientador/orientando? Além disso, trabalhos futuros podem contemplar questões relacionadas ao percentual de pesquisadores sêniors e de pesquisadores detentores de Bolsas de Produtividade do CNPq na apresentação de trabalho nos GTS.

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As autoras seguem a pesquisa, de modo a avaliar e comparar os 11 GT do ENANCIB.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO – ANCIB. Grupos de trabalho da ANCIB. Disponível em: <

http://gtancib.fci.unb.br/>. Acesso em: 3 abril 2016.

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Tabela 1 - Quantidade de trabalhos Produzidos e Selecionados, por ano e totais por GT.
Gráfico 1 - GT1: produção por instituição no período 2011 a 2015.
Gráfico 2 - GT1: produção por instituição ano a ano - 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015.
Gráfico 5 - GT1: Dispersão da produção por instituição (à esquerda) e por região (à direita) no período 2011 a 2015
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