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Texto contexto enferm. vol.17 número3

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Academic year: 2018

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Editorial -

411-Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2008 Jul-Set; 17(3): 411-2.

EDITORIAL

Este número reapresenta a comunidade de enfermagem, estudantes, outros prois -sionais de saúde e demais interessados, a temática “Mulher, Saúde e Enfermagem”, como constatação de que o assunto possui relevância no cenário brasileiro e internacional.

Como em tempos imemoriais, a saúde da mulher, na atualidade, possui íntima relação com o “lugar” que a mesma ocupa ou é levada a ocupar no cenário social. Independente do enfoque utilizado para iluminar uma ou outra faceta referente à atenção à sua saúde, a tônica do gênero é requerida – não apenas para tangenciar a discussão, e sim, para que haja coerência interpretativa, face ao papel que as mulheres desempenham e as demandas sócio-históricas que são exigidas para a análise.

Os estudos envolvendo a mulher, na instância da saúde, têm focalizado alguns assuntos que aparecem de modo quase reiterativo, revelando as lacunas atuais de conhecimento nas publicações brasileiras. Tais estudos focalizam mulheres sob risco e sofrimento de violências de diversas ordens; padrões contemporâneos de estética e os diferentes impactos e represen-tações na sua saúde; transtornos como a síndrome do pânico e os vários tipos de depressão; patologias e cuidados ligados à saúde da mulher idosa; saúde nos casos de aborto; além de continuar em pauta aqueles estudos voltados à saúde da mulher na maternidade. Invaria-velmente, as publicações continuam mostrando que países como o Brasil ainda precisam

superar outras diiculdades, além daquelas especíicas da atenção à saúde dessa clientela,

que é o acesso aos serviços de saúde e as desigualdades de gênero, apesar dos incontestáveis avanços na visibilidade da construção de políticas públicas voltadas a esta população.

Do ponto de vista particular da participação da Enfermagem nesta área temática, temos constatado que a mesma tem recebido reconhecimentos no plano legal e institucional para assumir papel de liderança. Na prática, este papel referenda-se por inúmeras portarias

do Ministério da Saúde brasileiro, tais como − Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento; Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal; Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna/Neonatal; Política Nacional de Atenção Básica e, mais recentemente, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. Esta última, le -gitimada por diversos setores da sociedade e pelas instâncias de controle social do Sistema

Único da Saúde, relete o compromisso com a implementação de ações e serviços de saúde

que contribuem para a garantia dos direitos humanos das mulheres e reduzem a

morbi-mortalidade por causas preveníveis e evitáveis. Além disso, incorpora, num enfoque de

gênero, a integralidade e a humanização da atenção à saúde, como princípios norteadores, bem como consolida os avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos.

Reforçamos que, nas últimas décadas, temos acompanhado uma notável contribui-ção da Enfermagem para a área da saúde da mulher, quer no âmbito da assistência, da pesquisa, do ensino e da administração dos serviços de saúde envolvidos. Os diferentes enfoques sobre esta temática transcendem as questões da saúde materna e saúde

reprodu-tiva, reletindo tanto o esforço de desenvolvimento conceitual, como a preocupação com

a formação dos enfermeiros e a implementação de práticas assistenciais que valorizam a mulher na sua singularidade e integralidade.

Este número da Texto & Contexto Enfermagem brinda os seus leitores, em especial os

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- 412 - Santos EKA, Monticelli M, Brüggemann OM

Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2008 Jul-Set; 17(3): 411-2.

abordagens teóricas e metodológicas diversas, os estudos buscam avaliar, compreender e interpretar situações de saúde/doença, assim como os diversos aspectos que permeiam as fases da vida da mu-lher, entre os quais, a sexualidade; as práticas contraceptivas; a gestação; o trabalho de parto e parto; o puerpério; o aleitamento materno; o climatério; a violência; a morbidade materna; o câncer de mama;

a perspectiva de ser mulher com HIV/Aids; as doenças crônicas; os vários ângulos representativos do

exercício dos papéis sociais, como ser mulher, mãe, cuidadora e enfermeira; além de apresentar novas

discussões sobre o exercício proissional das enfermeiras obstétricas.

Esperamos que este exemplar, cuidadosamente elaborado, possa veicular um recorte

representa-tivo da produção cientíica da enfermagem nesta área e suscitar novas provocações e desaios.

Dra. Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos

Professor Associado do Departamento de Enfermagem e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PEN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Líder do Grupo de Pesquisa em Enfermagem na

Saúde da Mulher e do Recém-nascido (GRUPESMUR)

Dra. Marisa Monticelli

Professor Associado do Departamento de Enfermagem e do PEN/UFSC. Vice-líder do GRUPESMUR

Dra. Odaléa Maria Brüggemann

Referências

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