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Utilização de equipamentos de segurança entre vítimas de acidentes no município de Uberaba-MG

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Ut ilização de equipam ent os de segurança ent re vít im as de acident es no m unicípio de Uberaba- MG1

The use of safet y equipm ent s am ong accident vict im s in t he cit y of Uberaba- MG

Uso de equipos de seguridad ent re vict im as de accident s en el m unicipio de Uberaba- MG

Debora Prudencio e SilvaI, Maria Helena BarbosaI I, Suzel Regina Ribeiro ChavagliaI I I

IEnferm eira. Uberaba, MG. E- m ail: de_enf@hotm ail.com.

I IEnferm eira. Dout ora em Enferm agem na Saúde do Adult o. Docent e do Curso de Graduação em Enferm agem ( CGE) Universidade Federal do Triângulo Mineiro ( UFTM). Uberaba, MG. E- m ail: m helena331@hotm ail.com.

I I I Enferm eira. Dout ora em Enferm agem . Docente do CGE/ UFTM. Uberaba, MG. E-m ail: suzel.ribeiro@yahoo.com .br.

RESUMO

Acidentes de trânsito correspondem à terceira causa de m ortalidade no m undo. Estudo retrospectivo, com obj etivo de identificar os equipam entos de segurança ut ilizados pelas vít im as de acident es e os principais tipos de lesões ocorridas. Os dados foram coletados das fichas de atendim ent o pré- hospitalar do 8º Batalhão de Bom beiros Militar, do m unicípio de Uberaba- MG, relativos ao período de j unho/ 2006 a j unho/ 2007 e foram analisados segundo estatística descritiva. A m aioria das vítim as 69,77% era do sexo m asculino e idade m édia de 30,44 anos. Observou- se que 50,70% foram acidentes m otociclísticos. A m aioria 66,10% apresentou escoriações. Nos acidentes autom obilísticos, 25,94% utilizavam o cinto de segurança e 0,63% tiveram o air bag acionado, enquanto nos acidentes m ot ociclísticos 68,32% faziam uso do capacete. Conclui- se que na m aioria dos acidentes autom obilísticos não utilizava o cinto de segurança em bora sej a equipam ent o de uso obrigatório, enquanto observa- se m aior adesão ao uso de capacete. Enfatiza- se a necessidade de im plem entação de novos program as de educação que foquem a im portância do uso de equipam entos de segurança contribuindo assim para a redução de lesões nos acident es de t rânsit o.

Descrit ores: Acidentes de trânsit o; Ferim ent os e lesões; Cintos de segurança; Enferm agem em em ergência.

ABSTRACT

Traffic accidents correspond to the third m ortality cause in the world. This is a retrospective st udy with obj ectives of identifying safety’s equipm ents used by the victim s of accidents and the m ain types of lesions occurred. Data were collected from charts of pre- hospital from the 8th Battalion Military Fire of the Uberaba city ( MG) , between June/ 2006 and June/ 2007 and the data were analyzed according to descriptive statistics. Most of the victim s ( 69, 77% ) was m ale and was about 30 and 44 years old. I t was observed that 50, 70% were m otorcycle accidents. Most of the victim s ( 66, 10% ) present ed excoriations. I n the autom obile accidents, ( 25, 94% ) used t he seatbelt and 0, 63% had the airbag activated, while in the m otorcycle accidents ( 68, 32% ) they were using helm et. I t is concluded t hat m ost aut om obile accidents didn’t use the seat belt although it is an equipm ent of obligatory use, while it is observed larger adhesion to the helm et use. I t is em phasized the necessity of im plem entation of new education program s that focus the im portance of the use of equipm ents of safet y cont ribut ing, t his way, t o t he reduct ion of lesions in t he traffic accident s.

Descript ors: Traffic accident s; Wounds and inj uries; Seat belt s; Em ergency nursing.

RESUMEN

Accidentes de tránsito corresponden a la tercera causa de m ortalidad en el m undo. Este estudio retrospectivo tiene el obj etivo de identificar los equipos de seguridad ut ilizados por las victim as de accidentes y los principales tipos de lesiones ocasionadas. Los datos fueron recogidos de las cartas de pre- hospitalaria del 8 º batallón m ilitar de Bom beros de Uberaba ( MG) , en el período com prendido entre Junio/ 2006 y Junio/ 2007 y fueron analizados utilizando estadística descriptiva. La m ayoría de las victim as ( 69,77% ) era del sexo m asculino y la edad m edia 30,44 años. Fue observado que 50,70% fueron accident es m otociclísticos. La m ayoría ( 66,10% ) , presentó heridas superficiales. En los accidentes autom ovilísticos, 25,94% utilizaban el cinturón de seguridad y 0,63% tuvieron la bolsa de aire accionada, m ientras que en los accidentes m oto ciclísticos 68,32% hacían uso de casco. Fue concluido que en la m ayoría de los accidentes autom ovilísticos no era utilizado el cinturón de seguridad aunque es un equipam iento de uso obligatorio, sin em bargo se observa m ayor adhesión al uso del casco. Se hace énfasis a la necesidad de im plem entación de nuevos program as de educación que enfoquen la im portancia del uso de equipos de seguridad, contribuyendo de esta form a, para la reducción de lesiones en los accidentes de tránsito.

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I N TRODUÇÃO

Atualm ente, os acidentes de trânsito correspondem à t erceira causa de m ort alidade no m undo, superado apenas pelas neoplasias e doenças cardiovasculares( 1) e são incluídos em um grupo de

causas de m orte não natural classificado com o causas ext ernas( 2- 3).

No decorrer dos últim os anos, tem - se observado um progressivo aum ent o do núm ero de acident es de trânsito( 4), represent ando, assim , um grave problem a

de saúde pública( 3,5), pois além de acarret ar um

elevado ônus ao sistem a de saúde, é responsável tam bém pelo aum ento de núm ero de m ortes e sequelas precoces( 3). Com o causa dest e aum ent o,

identifica- se o elevado núm ero de veículos circulant es, a falt a de organização do t rânsit o, a vigilância insuficient e, com port am ent os inadequados dos usuários e a im punidade dos infratores( 4,6).

Nota- se com o população predom inante envolvida em acident es de t rânsit o a de adult os j ovens, do sexo m asculino( 3- 4). Este perfil é decorrente de

com port am ent os det erm inados social e culturalm ente, além da m aior exposição às bebidas alcoólicas e outras drogas( 2).

Dentre os acidentes de trânsito, observa- se que pedestres, ciclistas e m otociclistas são as vítim as m ais vulneráveis em relação à exposição corpórea a lesões( 2,7). Nestes tipos de acidentes, as vítim as

absorvem toda a energia produzida no im pacto em sua superfície corporal, gerando um m aior risco de vítim as politraum atizadas com lesões graves( 8). Em

um acident e aut om obilístico, a prot eção conferida aos ocupant es do veículo é m aior, devido à m enor exposição corporal, resultando em um m enor risco de ocorrerem lesões( 9). Sej a qual for o t ipo de acident e,

são produzidas lesões que, geralm ent e, acarret am em deficiências e incapacidades t em porárias ou perm anentes, interferindo na qualidade de vida das vítim as e seus fam iliares( 4,10).

Nos acidentes de trânsito envolvendo m otociclistas, observa- se que a utilização do capacet e reduz, significativam ent e, a incidência de lesões crânio- encefálicas graves e o núm ero de sequelas decorrentes do acidente, aum entando a probabilidade de sobrevida( 3- 4,9,11). A utilização do

capacet e por m otociclistas reduz em 29% o risco de lesões fatais, e, em 67% o risco de traum atism o crânio- encefálico( 4).

A utilização do cinto de segurança de três pontos, de form a apropriada, reduz o núm ero de m ortes e a ocorrência de lesões traum áticas graves em acidentes autom obilístico. O cinto de segurança de dois pontos, se utilizado corretam ente, pode reduzir as lesões. Ent ret ant o, quando ut ilizado de form a inapropriada pode gerar lesões traum áticas graves de abdom e e coluna( 9). Apesar da im portância

do uso deste equipam ent o de prot eção, a utilização deste, principalm ente pelos passageiros do banco

traseiro, não represent a um hábito pela grande m aioria das pessoas( 3).

O air bag representa out ro tipo de equipam ento de segurança capaz de reduzir, de form a significativa, as lesões em im pactos frontais, desde que est ej a em associação com o cinto de segurança de três pontos, conferindo um a proteção m ais com pleta. O aum ento da segurança para os ocupantes do veículo ocorre apenas no prim eiro im pacto, sendo que no segundo, o air bag j á foi disparado e está vazio, não havendo m ais qualquer proteção( 9).

Sendo assim , é fundam ental o investim ento no t ráfego, com o m elhorias na sinalização, na ilum inação e nas condições das vias públicas, prom ovendo um a circulação m ais segura e eficient e de pedestres e de veículos. Em associação a isto, é urgente a criação e im plem entação de cam panhas de educação no trânsito, com o obj etivo de conscientizar a população, principalm ente, adultos j ovens do sexo m asculino, a fim de reduzir a ocorrência de acident es de t rânsit o no Brasil, dim inuindo, assim , o núm ero de acidentes e vítim as( 2- 3,6).

Considerando os acident es de trânsito com o um problem a de saúde pública, este est udo tem com o obj etivo identificar os equipam entos de segurança utilizados e os principais tipos de lesões das vítim as de acident es de trânsito atendidas pelo 8º Batalhão de Bom beiros Militar de Uberaba- MG de j unho de 2006 a j unho de 2007.

Acredita- se que os resultados da investigação poderão subsidiar a im plem entação de program as e cam panhas educativas e preventivas para a população buscando atenuar ao m áxim o a ocorrência de lesões e sequelas decorrentes dos acidentes de trânsito.

MÉTODOS

Trat a- se de um est udo epidem iológico, ret rospect ivo, realizado no m unicípio de Uberaba, Minas Gerais ( MG) .

A população alvo ( N) dest e estudo foi constituída por 2547 vítim as de acidentes de trânsito atendidas pelo 8º Batalhão de Bom beiros Militar de Uberaba-MG, do período de j unho de 2006 a j unho de 2007, constituindo-se na am ost ra desta pesquisa ( n) , por atenderem aos critérios de inclusão: serem vítim as de acident es de t rânsito autom obilísticos, m otociclísticos, ciclísticos e ou atropelam entos, dest e período.

I nicialm ent e foi solicit ada aut orização form al ao 8º Batalhão de Bom beiros Militar para acessar as fichas de atendim ento pré- hospitalar das vítim as atendidas por este serviço.

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Os dados foram obtidos j unto ao Serviço de Arquivo e Estatística do 8º Batalhão de Bom beiros Militar de Uberaba–MG ( 8º BBM) por m eio da análise das fichas de atendim ento pré- hospitalar das vítim as at endidas por est e Serviço.

Para coleta dos dados, das fichas de at endim ento pré- hospitalar das vítim as de acidentes de trânsito, ut ilizou- se um inst rum ent o específico para est e fim , constituído de três part es. A prim eira parte referia- se aos dados sócio- dem ográficos da população ( sexo, idade, profissão e procedência) , aos dados de identificação dos acidentes de trânsito ( tipo de acidente, local, horário do acidente, dia da sem ana, vítim as fat ais no local do acident e) . A segunda part e referia- se aos dados sobre os tipos lesões ( contusão, escoriações, frat ura expost a, frat ura fechada, ferim ent o perfurant e e ferim ent o cort o- cont uso) e à utilização de equipam entos de segurança das vítim as ( air bag, capacete, cinto de segurança) . A terceira parte referia- se aos dados de destino da vítim a ( hospit al, recusa de at endim ent o, óbito no local) .

O período retrospectivo para a busca dos dados foi de j unho de 2006 a j unho de 2007.

Os dados obtidos foram inseridos em Planilha eletrônica do Excel® for Windows XP® e analisados

segundo estatística descritiva, em frequências absoluta e relativa, m édia e desvio padrão e os resultados são apresent ados sob a form a de figuras.

RESULTADOS E DI SCUSSÃO

Em Uberaba- MG, do período de j unho de 2006 a j unho 2007, ocorreram 2102 acidentes de trânsito

( aut om obilístico, m ot ociclíst ico, at ropelam ent o e ciclístico) , com um total de 2547 vítim as, com a m édia de 1,21 vítim as por acidente.

Em relação aos dados sócio- dem ográficos destas vítim as, observou- se que a m aioria era do sexo m asculino, 1777 ( 69,77% ) , com um a m édia de idade de 30,44 anos ( idade m ínim a de sete m eses e m áxim a de 93 anos) , com desvio padrão de 14,81 anos e a m aioria 2360 ( 92,66% ) era procedent e da região do m unicípio de Uberaba. Nest e estudo, com relação a estas variáveis, sexo e idade, percebe- se que os resultados são sem elhantes a outros estudos que indicam um a m aior frequência de acident es de t rânsit o envolvendo indivíduos adult os j ovens, do sexo m asculino. Este perfil pode ser decorrent e, principalm ente, a com portam entos determ inados social e cult uralm ent e, t ais com o, im pulsividade, abuso de álcool e drogas e o prazer em situações de risco( 2- 3,5- 6,12-13).

Observou- se que a m aioria dos acident es 1292 ( 50,70% ) foi m ot ociclíst ico, conform e Gráfico 1. O acident e m ot ociclístico t am bém foi apont ado com o o principal tipo de acidente de trânsito em outros estudos de m etodologia sim ilar( 1- 6) que o associam à

m aior exposição nas vias públicas e a realização de m anobras arriscadas realizadas por seus condut ores. Além disso, at ualm ent e a m ot ociclet a represent a um a opção econôm ica de transporte, com parada ao aut om óvel, o que aum ent a o seu uso com o opção tanto de econom ia quanto de agilidade e rapidez no t rânsit o( 1- 3,6).

Gráfico 1 : Distribuição dos acidentes de trânsito segundo o tipo de acidente. Uberaba- MG, 2006/ 2007.

18%

51% 19%

11% 1%

Automobilístico

M otociclístico

Ciclístico

Atropelamento

Outros

Out ro achado que cham ou a at enção nest a pesquisa foi o elevado núm ero de acidentes ciclísticos 485 ( 19,00% ) . Sabe- se que o aum ento do uso de bicicletas no trânsito se relaciona tam bém à econom ia de despesas com im postos e com bustível, além de represent ar um benefício para a saúde do

(4)

Com relação ao local dos acident es, a m aioria ocorreu na área urbana de Uberaba ( 2202 / 86,45% ) e 921 ( 36,16% ) ocorreram no período da tarde ( 12h às 17h59m inm in) , enquant o 851 ( 33,41% ) no período da noite ( 18h às 23h59m inm in) . Observou- se que a m aioria ocorreu nos finais de sem ana, 489 ( 19,20% ) nos dom ingos e 437 ( 17,20% ) nos sábados. I st o m ostra que em bora as leis de trânsito estej am post as, provavelm ente pode estar associado ao uso de álcool, com o identificado em outros estudos que apontaram com o causas dos acident es o uso de bebidas alcoólicas m ais freqüente nest es períodos( 3,6,15,16), o que não foi investigado nest a

pesquisa.

Out ro aspect o im port ant e, verificado nest e estudo, é que a m aior parte das vítim as é j ovem e os

com ponentes psicoem ocionais além dos sociais tam bém podem ter cont ribuído para a ocorrência desses acidentes.

Quant o ao t ipo de lesões, a m aioria das vít im as 2376 ( 93,29% ) sofreu algum tipo de lesão corporal, sendo que 1684 ( 66,10% ) foram escoriações, 793 ( 31,10% ) cont usões, 533 ( 20,90% ) ferim ent os cort o-cont usos, 321 ( 12,60% ) frat uras fechadas, 105 ( 4,10% ) frat uras expostas, 44 ( 1,70% ) ferim entos perfurantes e 199 ( 7,80% ) outros tipos de lesões ( queim aduras, am putação, luxação, obj et o em palado) , Gráfico 2. Observou- se m aior frequência de lesões superficiais, com o as escoriações, seguidas pelas contusões; lesões essas que norm alm ente são encont radas na m aioria dos acidentes de t rânsit os( 1,17).

Gráfico 2 : Distribuição das vítim as de acidentes de trânsito segundo as lesões corporais. Uberaba- MG, 2006- 2007.

Verificou- se que entre as 2547 ( 100,00% ) vítim as de acidentes de trânsito, 23 ( 0,90% ) foram vítim as fat ais.

Com relação aos equipam entos de segurança utilizados pelas vítim as, observou- se que nos acidentes autom obilísticos, 124 ( 26,00% ) utilizavam o cinto de segurança no m om ento do acidente e três ( 0,63% ) tiveram o air bag acionado. É im portante ressalt ar que a part ir de 1998, o Código Nacional de Trânsito instituiu com o de uso obrigatório à utilização do cinto de segurança por todos os ocupantes do veículo, então suj eito às penalidades. Ent ret anto, a partir dos estudos( 9,17- 18), not a- se que a ut ilização

deste equipam ento não representa um hábito entre os ocupantes do veículo. Este dispositivo quando utilizado, corretam ente, reduz, significativam ente, o

núm ero de m ortes e lesões traum áticas graves(

9,17-18).

Já, a baixa frequência do uso de air bag ( 0,63% ) , verificada nesta pesquisa, pode estar relacionado ao tipo de veículo envolvido nos acidentes, pois se sabe que este dispositivo é encontrado, principalm ente, em veículos de luxo, realidade est a que não condiz com a da m aioria da população brasileira nos dias atuais.

Nos acident es m otociclísticos 882 ( 68,37% ) faziam uso do capacet e no m om ent o do acident e ( Gráfico 3) . Percebeu- se m aior aderência pelos m otociclistas, corroborando com outros estudos( 4,8,11). Ressalt a- se que a não- ut ilização do

capacet e representa falta gravíssim a, segundo o 66,10%

31,10%

20,90%

12,60%

7,80%

4,10%

1,70%

Escoriações

Contusões

Ferimentos

Corto

Ͳ

contusos

Fraturas

Fechadas

Outros

Fraturas

Expostas

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Código Nacional de Trânsito; além de seu uso reduzir a gravidade das lesões crânio- encefálicas( 4,8- 9,11).

Gráfico 3 : Dist ribuição dos acident es de t rânsit o segundo a utilização dos equipam entos de segurança. Uberaba- MG, 2006- 2007.

Quant o ao dest ino das vít im as, observou- se que 2425 ( 95,21% ) foram encam inhados ao hospit al, 97 ( 3,81% ) recusaram at endim ent o, 23 ( 0,90% ) t iveram óbito no local do acident e, um ( 0,04% ) foi encam inhado à delegacia de polícia e um ( 0,04% ) não cont inha est a inform ação. Observou- se um baixo índice de m ort es ( 0,90% ) no local do acident e, podendo estar relacionado à velocidade do veículo no m om ent o do acident e, o envolvim ent o com veículos m aiores ( carret a, cam inhão, et c) não verificados nest a pesquisa, além da utilização dos equipam ent os de segurança.

CON CLUSÃO

Evidenciou- se que ent re o período de j unho de 2006 a j unho de 2007, ocorreram 2102 acidentes de t rânsit o, com um t ot al de 2547 vítim as e a m aioria era do sexo m asculino ( 69,77% ) , com a m édia de idade de 30,44 anos, residentes no m unicípio de Uberaba- MG e a m aioria ( 50,70% ) foi acidente m ot ociclístico e ocorreu nos finais de sem ana ent re a tarde e noite.

Quanto às lesões, a m aioria ( 66,10% ) apresent ou escoriações, t iveram encam inham ent o ao hospit al e ( 0,90% ) foram vítim as fat ais, com óbit o no local do acident e.

Em relação aos dispositivos de segurança, notou-se baixa adesão ao uso destes equipam entos preconizados pelo Código Nacional de Trânsito, tanto do cinto de segurança nos acidentes autom obilísticos quanto do capacete entre os m otociclistas, considerando que quase 50,0% destas vítim as não o usavam no m om ent o do acident e. Apesar de recom endado, o air bag foi acionado em apenas 0,63 % dos acidentes autom obilísticos, apontando para a

não disponibilidade desse dispositivo na m aior parte dos veículos envolvidos nestes acidentes.

Est as evidências apont am não som ent e para a necessidade de invest im ent os na infra- est rut ura do t ráfego e da int ensificação da fiscalização, m as tam bém para a necessidade de criação e im plem entação de novos program as de prevenção de acidentes que consigam sensibilizar os j ovens e adultos, que se constituem no grupo de risco desses acident es.

O traum a constitui um dos principais problem as de saúde pública, correspondendo à t erceira causa de m orbi- m ort alidade no m undo. Sabe- se que o aum ent o no núm ero de acident es no t rânsito relaciona- se às deficiências nas vias e nos veículos, som ados a com port am ent os de risco, que podem ser controlados e evitados através de m edidas prevent ivas( 19). Frent e a ist o, faz- se necessário um

trabalho intersetorial executado de form a coordenada e efetiva tanto na esfera m unicipal, quanto estadual e federal para reduzir a ocorrência de vít im as em acidentes de trânsito.

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Artigo recebido em 26.01.09.

Imagem

Gráfico 1 : Distribuição dos acidentes de trânsito segundo o tipo de acidente. Uberaba- MG, 2006/ 2007.
Gráfico 2 : Distribuição das vítim as de acidentes de trânsito segundo as  lesões corporais
Gráfico 3 : Dist ribuição dos acident es de t rânsit o segundo a  utilização dos equipam entos de segurança

Referências

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