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J. Pneumologia vol.29 número6

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Academic year: 2018

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(1)

Efeitos da suplementação oral de L-carnitina associada

ao treinamento físico na tolerância ao exercício de

pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica

*

Influence of oral L-carnitine supplementation combined

with physical training on exercise tolerance in patients

with chronic obstructive pulmonary disease

AUDREY BORGHI SILVA1, VALÉRIA AMORIM PIRES DI LORENZO2, MAURÍCIO JAMAMI1,

LUCIANA MARIA MALOSÁ SAMPAIO1, AURELUCE DEMONTE3, LEONARDO CARDELLO3, DIRCEU COSTA1

* Trabalho realizado na Universidade Federal de São Carlos, São Pau-lo, SP. Ap oio: FAPESP Proc. 0 0 / 0 0 3 1 1 -6 .

1 . Laboratório de Eletromiografia e Esp irometria da UFSCar, SP. 2 . Unidade Cardiorresp iratória da UNIARA.

3 . Dep artamento de Alimentos e Nutrição – UNESP – Araraquara, SP.

Backg ro und: Patients with chronic obstructive pulmonary

dis-ease usually present intolerance to physical exertion due to ven-tilatory limitation. L-carnitine has been used to enhance aero-bic capacity in patients with chronic diseases, but no study seems to be available for this patient population.

Obje ctive : To evaluate the influence of L-carnitine

supplemen-tation (2 g/ day) in chronic obstructive pulmonary disease pa-tients undergoing physical training three times a week for six weeks.

Me tho d: Patients (mean age 6 9 ± 7 years, n = 3 0 ) with stable

chronic obstructive pulmonary disease and < 6 5 % of predicted forced expiratory volume in 1 second (FEV1) were separated into three groups of 1 0 patients each. Group 1 (G1 , n = 1 0 ) re-ceived physical training and L-carnitine (2 g/ day), group 2 (G2 , n = 1 0 ) received physical training and placebo, and group 3 (G3 , n = 1 0 ) received only L-carnitine (2 g/ day). Spirometry and a 6 -minute walking distance test were performed before and after intervention. Plasma levels of free carnitine were mea-sured at the beginning and end of the study.

Re s ults : A significant increase in walking distance was found

only in G1 and G2 (4 2 1 ± 1 0 0 to 5 0 8 ± 8 0 .7 and 4 9 6 ± 7 8 .7 to 5 2 6 ± 6 4 .3 respectively). In addition, heart rates during phys-ical training sessions were found to be significantly lower in G1 when compared to G2 . There were no significant changes in spirometric variables, oxygen saturation or dyspnea in any group. Plasma levels of free L-carnitine were found to increase only in G3 (5 9 .2 ± 1 3 .8 to 1 0 2 .3 ± 1 5 .3 µmol/ L).

Co nclus io n: Oral L-carnitine supplementation combined with

physical training may improve tolerance to physical exertion in chronic obstructive pulmonary disease patients.

Key word s – Chronic obstructive p ulmonary disease. Carnitine/ therap eutic use.

Sp irometry/ methods. Exercise. Walking.

En d ereço p ara corresp on d ên cia – Rod. Washington Luís, km 2 3 5 –

1 3 5 6 5 -9 0 5 – São Carlos, SP – Brasil. Tel.: (1 6 ) 2 6 0 -8 3 4 3 ; e-mail: dirceu@power.ufscar.br

Re ce bido p ara p ublicação e m 1 6 / 1 2 / 0 2 . Ap ro vado , ap ó s re vi-s ã o , e m 1 1 / 9 / 0 3 .

Intro dução : Pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva

crônica apresentam redução da tolerância ao exercício físico, prin-cipalmente devido à limitação ventilatória. A L-carnitina tem sido utilizada com o objetivo de melhorar a capacidade aeróbia de cientes com doenças crônicas, porém não existem estudos em pa-cientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica.

O bje tivo : Avaliar a influência da suplementação de L-carnitina,

associada ao treinamento físico por seis semanas, três vezes por semana em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica.

Mé to do : A amostra foi constituída de 3 0 pacientes portadores de

doença pulmonar obstrutiva crônica (6 9 ± 7 anos) com volume expiratório forçado no primeiro segundo < 6 5 % do previsto, divi-dida em três grupos de 1 0 pacientes: grupo 1 com treinamento físico e suplementação com 2 g/ dia de L-carnitina, grupo 2 que recebeu treinamento físico e placebo e grupo 3 que não foi subme-tido a treinamento físico e recebeu 2 g/ dia de L-carnitina. Os pa-cientes foram submetidos a avaliação espirométrica, a teste de ca-minhada de seis minutos e à mensuração dos níveis plasmáticos de carnitina livre no inicio e no final do estudo.

Re s ultado s : Foi constatado aumento significativo (p < 0 ,0 5 ) da

distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos somen-te nos paciensomen-tes dos dois primeiros grupos (de 4 2 1 ± 1 0 0 para 5 0 8 ± 8 0 ,7 e de 4 9 6 ± 7 8 ,7 para 5 2 6 ± 6 4 ,3 respectivamente). Além disso, com intensidade de exercício semelhante, a subida da freqüência cardíaca foi menor no grupo 1 quando comparado com o grupo 2 . As variáveis espirométricas, a saturação da oxihemo-globina e a dispnéia não se alteraram em nenhum dos grupos estu-dados. Os valores de L-carnitina livre no plasma aumentaram so-mente nos pacientes do terceiro grupo (5 9 ,2 ± 1 3 ,8 para 1 0 2 ,3 ± 1 5 ,3 2µmol/ L).

Co nclus ão : A L-carnitina associada ao treinamento físico pode

proporcionar maior tolerância ao exercício em pacientes com doen-ça pulmonar obstrutiva crônica. (J P n e u m o l 2 0 0 3 ;2 9 (6 ):3 7 9 -8 5 )

Descrit ores – Pneumop atias obstrutivas. Carnitina/ uso terap êutico. Exercício.

(2)

S iglas e abreviat uras ut ilizadas n est e t rabalho

ATS – A m erican Toracic S ociet y CV – Capacidade vital

CVF – Capacidade vital forçada CVL – Capacidade vital lenta

DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crônica FC – Freqüência cardíaca

IMC – Índice de massa corpórea RP – Reabilitação pulmonar SaO2 – Saturação de oxigênio

TC6 – Teste de caminhada de 6 minutos TF – Treinamento físico

VEF1 – Volume expiratório forçado no 1 º segundo VVM – Ventilação voluntária máxima

de caminhada de seis minutos e melhorou a força muscu-lar de membros inferiores.(9 ,1 6 ) Apesar dos resultados

en-corajadores obtidos em diversas condições clínicas, os au-tores desconhecem qualquer avaliação prévia dos efeitos da L-carnitina sobre a capacidade de esforço de pacien-tes com DPOC. O presente estudo teve como objetivo ava-liar a eficácia da suplementação de L-carnitina, associada ao treinamento físico supervisionado, na tolerância ao exercício de pacientes com DPOC estável.

M

ÉTODO

Am o s tra

Foram considerados para inclusão neste estudo os pa-cientes com diagnóstico clínico de DPOC, apresentando volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) <

6 5 % do previsto, clinicamente estáveis, com idade supe-rior a 5 0 anos e sedentários. De 4 0 pacientes de ambos os sexos, com diagnóstico de DPOC, avaliados em nosso serviço, 3 0 foram incluídos neste estudo. Dez pacientes foram excluídos por apresentar instabilidade do quadro respiratório, cardiopatias graves ou problemas ortopédi-cos que impediam o treinamento físico. Em atendimento à Resolução 1 9 6 / 9 6 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), receberam o tratamento experimental os pacientes que deram seu consentimento, mediante as explicações dos objetivos do trabalho. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa em seres humanos de nossa instituição.

A amostra foi separada aleatoriamente em três grupos: grupo 1 (G1 , n = 1 0 ), que recebeu suplementação de 2 g/ dia de L-carnitina, ingerida em duas doses diárias, e que realizou um programa de treinamento físico (TF); grupo 2 (G2 , n = 1 0 ), que recebeu placebo e também realizou TF; e grupo 3 (G3 , n = 1 0 ), que recebeu suplementação por seis semanas com L-carnitina, mas não TF. A L-carnitina foi administrada em flaconetes contendo 1 g. O placebo

I

NTRODUÇÃO

A intolerância ao esforço físico é uma conseqüência dos danos causados pela doença pulmonar obstrutiva crô-nica (DPOC), principalmente em função da diminuição da capacidade ventilatória associada ao aumento da deman-da. Os programas de treinamento físico nos programas de reabilitação pulmonar (RP) têm como um de seus obje-tivos melhorar a tolerância ao esforço físico, reduzindo os sintomas de dispnéia, aumentando a distância percor-rida no teste de caminhada e a tolerância a cargas supe-riores de trabalho.(1 -4 )

A capacidade ventilatória reduzida provoca alterações adaptativas do sistema muscular esquelético, reduzindo a cap acidade física dos p acientes. A disfunção muscular esquelética é um fator que contribui para a intolerância ao exercício físico. O processo envolve alterações adap-tativas, como a redução da capilaridade e do número de enzimas oxidativas, reduzindo com isso a capacidade ae-róbia. Além disso, a limitação física da DPOC pode estar associada à disfunção do ventrículo direito.(5 ) Mahler et

al.,(6) em estudo de monitorização hemodinâmica,

demons-traram que durante o exercício físico a hipertensão pul-monar é um fator limitante que leva à interrupção do es-forço em pacientes com doença avançada. A fração de ejeção do ventrículo direito de pacientes com DPOC pode estar reduzida no exercício,(7 ) seja pela hipertensão

pul-monar ou pela hiperinsuflação dinâmica. Como conse-qüência, haveria redução do fluxo sanguíneo p ara os músculos exercitados, acentuando-se a acidose lática, que determina a interrupção do esforço, o que dificulta o pro-cesso de reabilitação. A L-carnitina é um suplemento que vem sendo investigado com o intuito de melhorar a

per-form an ce aeróbia em doenças crônicas.(8 -1 0 ) Esse

com-posto é constituinte natural do organismo, adquirido atra-vés da ingesta protéica animal, podendo ser sintetizado no fígado, rins e cérebro. Seus níveis teciduais são in-fluenciados por fatores como desnutrição, idade, sexo e algumas patologias.(1 1 ) Como suplemento, a L-carnitina

vem sendo utilizada com efeitos comprovadamente posi-tivos, com o intuito de realçar a perform an ce aeróbia,(1 2 )

provavelmente devido à facilitação da entrada dos ácidos graxos para o interior da mitocôndria, servindo de subs-trato energético para a beta-oxidação.(1 1 ) Alguns estudos

demonstraram que a L-carnitina poderia retardar a fadi-ga muscular e as dores causadas pelo esforço físico ex-cessivo.(1 3 )

Estudos recentes, em que se suplementou L-carnitina cronicamente a pacientes com insuficiência cardíaca, evi-denciaram melhora significativa da tolerância aos esfor-ços físicos e dos parâmetros fisiológicos desses

pacien-tes.(1 4 ,1 5 ) Na do en ça arterial p eriférica, a L-car n itin a

(3)

apresentava coloração e gosto similar e estava contido em frasco idêntico ao da L-carnitina. Anteriormente ao uso, foi avaliada a concentração de um dos flaconetes por método enzimático, em que foram constatadas con-centrações similares às do rótulo. Embora os pacientes desconhecessem se a substância ingerida constituía-se de placebo ou de L-carnitina, esta informação era de domí-nio do investigador responsável pela realização das medi-das funcionais.

Me ns uraçõ e s

Es p iro m e t ria : Após as medidas de altura e peso

rea-lizou-se a espirometria com um espirômetro da marca

Vitalograph modelo H an d H eld 2 0 2 1 (Ennis, Irlanda).

Durante os testes, em uma sala climatizada, os pacientes p ermaneceram sentados e realizaram as manobras de capacidade vital lenta (CVL), capacidade vital forçada (CVF) e ventilação voluntária máxima (VVM). Os procedimentos técnicos foram realizados e os critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade foram estabelecidos segundo as nor-mas recomendadas p ela A m erican T h oracic S ociet y

(ATS).(1 7 ) Os valores de referência utilizados foram os de

Knudson et al.(1 8 ) Foram obtidas três curvas expiratórias

forçadas tecnicamente aceitáveis para medidas da CVF e do VEF1, e a VVM foi obtida diretamente durante as três

manobras de expiração máxima durante 1 5 s. Os resulta-dos obtiresulta-dos foram expressos em condições de temperatura e pressão. Os distúrbios ventilatórios foram classificados em leve, moderado e grave, segundo o consenso brasilei-ro de espibrasilei-rometria.(1 9 )

Te s t e d e c a m in h a d a d e s e is m in u t o s (TC 6): O TC6 foi realizado em um corredor plano de 2 8 metros de comprimento. Os pacientes foram monitorados durante todo o teste através de um oxímetro de pulso portátil (N

o-n im 8 5 0 0 A , Plymouth, Mo-n, EUA). Os pacieo-ntes foram

questionados quanto à dispnéia no início e no final do teste, através da escala de percepção de esforço de Borg CR1 0 (Category R atio 1 0 ), no qual zero foi considerado como nenhuma falta de ar e 1 0 como muito, muito

inten-sa.(2 0 ) Visando a evitar interferência da aprendizagem no

teste e procurando garantir maior fidedignidade nos re-sultados, foram realizados dois TC6 no pré-tratamento. Estes foram realizados em dias alternados, sendo que o maior valor foi utilizado para a análise estatística dos da-dos. O examinador orientava e incentivava os pacientes no início e no decorrer do teste a caminhar o mais rápido possível; o encorajamento foi padronizado.(21) Os valores de

saturação da oxihemoglobina (SaO2) foram monitorados durante o TC6, bem como a escala de Borg, que foi apli-cada no início e no término do teste. Para a análise dos dados, foi utilizado o delta de variação entre a distância final e a inicial (pós–pré/ pré)x1 0 0 da distância percorri-da entre os três grupos.

A n á lis e d a L-c a rn it in a liv re n o p la s m a : Foram

coletadas amostras de 5 ml de sangue no início e no tér-mino do experimento para a determinação da L-carniti-na livre no plasma. O sangue foi imediatamente centrifu-gado a 2 .5 0 0 rpm e armazenado em freezer a –8 0 °C. As amostras foram estocadas e analisadas em duplicata. A determinação da L-carnitina no soro foi realizada pelo método enzimático,(2 2 ) em um espectrofotômetro UV

Ul-trospec C1 0 0 da marca Pharm acia (Cambridge,

Ingla-terra).

Tre in a m e n t o fís ic o : Os pacientes do G1 e G2 foram

submetidos a um programa de treinamento físico (TF) que consistiu de sessões de 1 0 minutos de exercícios de alon-gamento de tronco, membros superiores e inferiores, e exercícios de caminhada de 3 0 minutos na esteira rolan-te, com velocidade de treinamento em 8 0 % da máxima obtida num teste de esforço em esteira, com incrementos de 0 ,5 km/ h a cada dois minutos e inclinação constante em 3 %, até a exaustão. Além disso, foram realizados exer-cícios ativos livres de membros inferiores e superiores com auxílio de bastão, nas posições de pé, sentado, deitado, em decúbito dorsal e, ao final, exercícios de relaxamento. Este programa de treinamento teve duração de uma hora, sendo realizado três vezes por semana, em dias alterna-dos, durante seis semanas consecutivas. Cada sessão de

TF, quando necessário, era precedida de inaloterapia e higiene brônquica. O grupo G3 (grupo controle) foi acom-panhado semanalmente e recebeu somente inalações ou técnicas desobstrutivas, de acordo com a necessidade de cada paciente. A freqüência cardíaca (FC) foi monitorada continuamente a cada sessão nos grupos treinados e a carga foi aumentada semanalmente.

A n á lis e e s t a t ís t ic a : Para a análise dos dados foi

uti-lizado o teste t pareado de Student, para comparar os dados obtidos de cada grupo do pré para o pós-tratamen-to. Para análise da FC média, do delta de variação da FC e da velocidade entre os grupos treinados, utilizou-se a aná-lise de Mann-Withney. A ANOVA foi utilizada para detec-tar diferenças entre os grupos, pois os dados apresenta-ram distribuição normal e variância equivalentes. Quando foi detectada diferença significativa aplicou-se o teste de Duncan post hoc com o objetivo de ordenar as variáveis. Foi avaliado também através da ANOVA o delta de varia-ção entre os valores finais e iniciais (pós–pré/ pré)x1 0 0 . A probabilidade estatística adotada foi de p < 0 ,0 5 .

R

ESULTADOS

(4)

TABELA 1

Características dos indivíduos que compuseram os grupos, quanto ao sexo, idade, peso, altura e IM C

G1 G2 G3

n(10) n(10) n(10)

Idade (anos) 68,5 ± 8,0 64,9 ± 6,2 69,8 ± 3,2

Sexo (F/M ) 7M /3F 7M /3F 8M /2F

Peso (kg) 062,1 ± 16,8 064,6 ± 16,3 061,4 ± 10,3 Altura (cm) 1,62 ± 0,1 1,63 ± 0,1 1,62 ± 0,1 IMC (kg/m2) 23,5 ± 5,5 24,1 ± 5,5 23,2 ± 4,0

Valores expressos em média ± desvio padrão. N = número de indivíduos; M = masculino; F = feminino; m = metros; kg = quilogramas; IM C = índice de massa corpórea. Valores expressos em média ± desvio padrão.

TABELA 2

Resultados espirométricos e do teste de caminhada do pré e pós-tratamentos e entre os grupos

G1 G2 G3

n(10) n(10) n(10)

CVF (L) Pré 1,43 ± 0,68 1,52 ± 0,56 1,43 ± 0,53 Pós 1,33 ± 0,62 1,56 ± 0,53 1,53 ± 0,58

VEF1 (L) Pré 1,11 ± 0,63 1,08 ± 0,51 1,02 ± 0,46 Pós 1,04 ± 0,59 1,07 ± 0,46 0,92 ± 0,34

VVM (L/min) Pré 46,6 ± 24,8 47,4 ± 23,4 43,2 ± 18,1 Pós 45,7 ± 26,5 46,4 ± 19,2 41,2 ± 153

TC6 (m) Pré 421 ± 100 496 ± 78,7 445 ± 50,7 Pós **508 ± 80,7** *526 ± 64,3* 474 ± 60,5

SaO2 (%) Pré 93,8 ± 3,70 92,7 ± 3,20 92,4 ± 3,70

Pós 93,9 ± 3,60 93,3 ± 3,40 92,1 ± 3,40

D ados em média ± D P, D iferenças entre pré e pós-tratamento, * p < 0,05, ** p < 0,01 – Teste t pareado.

TABELA 3

Freqüência cardíaca média, delta de FC e delta de velocidade durante o treinamento físico do G1 e G2

FC media ∆∆∆∆∆ FC ∆∆∆∆∆ velocidade

G1 116,5 ± 10,9 –2,6 ± 7,5* 15,1 ± 6,60

G2 117,4 ± 9,50 –4,6 ± 7,4* 17,2 ± 15,6

Valores expressos em média ± desvio padrão; FC média = freqüência cardíaca média durante as seis semanas de treinamento físico em esteira, em bpm; ∆FC = delta de FC ((FCinicial-FCfinal/FCfinal)*100) das sessões de TF em esteira; ∆V = delta de velocidade, *p < 0,05% – M ann-W hitney.

moderado; e quatro, grave. Não foram constatadas varia-ções estatisticamente significativas entre a CVF, o VEF1 e o

VVM do pré e do pós-tratamento (Tabela 2 ).

Não foram relatados efeitos adversos com o uso da L-carnitina ou placebo nos três grupos de pacientes

avalia-dos. Com relação à distância percorrida no TC6, não fo-ram constatadas diferenças significativas entre os grupos quando comparados os valores obtidos nas avaliações ini-ciais. No entanto, foram observados aumentos significati-vos (p < 0 ,0 5 %) da distância percorrida pelos pacientes do G1 (de 4 2 1 ± 1 0 0 para 5 0 8 ± 8 0 ,7 metros) e pelos pacientes do G2 (4 9 6 ± 7 8 ,7 para 5 2 6 ± 6 4 ,3 metros). Os pacientes do G3 não apresentaram aumentos signifi-cativos da distância percorrida no TC6 na reavaliação (Ta-bela 2 ). No G1 , 8 0 % dos pacientes tiveram aumento maior que o valor considerado como clinicamente significativo (5 4 m).(2 3 ) Esse aumento foi constatado em 4 0 % dos

pa-cientes do G2 e 3 0 % do G3 . A Figura 1 ilustra o delta de variação da distância percorrida no TC6 entre a situação pré e pós-tratamento para os três grupos estudados. Ob-serva-se maior ganho na distância percorrida pós-trata-mento (p < 0 ,0 5 ) no grupo 1 , onde, pela ordenação dos dados (teste de Duncan), G1 < G2 = G3 .

Com relação à FC de treinamento, a FC média obtida durante as seis semanas não foi estatisticamente diferen-te entre o G1 e G2 . Contudo, o delta de variação entre a

FC inicial menos a final foi diferente entre os grupos trei-nados, demonstrando redução significativa da FC somente no G1 , embora houvesse incremento de velocidade sema-nal similar em ambos os grupos (Figura 2 ). Não se cons-tatou alteração significativa dos escores pela escala de

± 1 . 9 6 * D P ± 1 . 0 0 * D P M é d i a

D E L T A D A D I S T Â N C I A P E R C O R R I D A N O T C 6

- 5 5 1 5 2 5 3 5 4 5 5 5

T F + L - C a r n i t i n a T F + P l a c e b o L - C a r n i t i n a p < 0 , 0 5 p < 0 , 0 5

N S

Figura 1 – Delta de variação da distância percorrida no TC6 para os grupos estudados; NS: não significativo.

3,6 4 4,4 4,8

1 2 3 4 5 6

Semanas

G1 G2

Figura 2 – Comportamento do incremento de velocidade durante as seis semanas de treinamento físico em esteira

(P

ó

s–

p

ré/p

ré)*

100

V

e

lo

c

id

a

d

e

(

k

m

/h

(5)

Borg e da SaO2 durante o TC6 em nenhum dos grupos

estudados, e tamp ouco na análise intragrup os dessas mesmas variáveis.

Quanto à variação das frações de L-carnitina no soro dos grupos estudados, somente nos pacientes do G3 ob-servou-se aumento estatisticamente significante (p < 0 ,0 5 ).

D

ISCUSSÃO

O presente estudo avaliou os efeitos de um programa de treinamento físico supervisionado, associado ou não à suplementação de L-carnitina, na tolerância ao exercício (teste da caminhada de seis minutos) de pacientes com

DPOC. Pode-se observar que a suplementação de L-carni-tina associada ao treinamento físico promoveu melhora do desempenho no teste de caminhada de seis minutos e atenuação da FC. Além disso, foram observados aumen-tos dos níveis de L-carnitina no plasma dos pacientes que receberam a suplementação e não realizaram o TF.

Com relação aos testes de avaliação do estado funcio-nal aplicados durante um programa de treinamento físi-co, o TC6 tem-se mostrado, em vários estudos, reprodutí-vel, de fácil execução, podendo ser utilizado para avaliar a tolerância ao exercício físico em pacientes com DPOC(2 3 )

após um programa de TF supervisionado.(2 4 ,2 5 ) De acordo

com nossos resultados, houve, nos grupos treinados, au-mento significativo da distância p ercorrida (Tabela 2 ). Entretanto, os pacientes que receberam o TF e suplemen-tação com L-carnitina apresentaram maior ganho na dis-tância percorrida, quando comparados com os demais (Figura 1 ).

A literatura tem demonstrado que os programas de TF

podem aumentar a tolerância ao exercício em pacientes com DPOC, até mesmo em programas curtos.(1 ,2 6 )

Entre-tanto, poucos estudos têm associado os efeitos da suple-mentação de compostos com o treinamento físico evi-denciando resultados positivos na perform an ce. Sridhar

et al.,(2 7 ) por exemplo, fizeram suplementação em um

gru-po de pacientes com DPOC em programa de reabilitação pulmonar com aumento do aporte nutricional por quatro meses, porém, não obtiveram melhora significativa nas

medidas antropométricas, na função pulmonar, na força muscular respiratória e no consumo máximo de oxigê-nio. A administração de anabólico-esteróides(2 8 ) aos

pa-cientes desnutridos (com o intuito de aumentar a massa magra), também tem sido objeto de estudo. Contudo, a capacidade ao exercício não se alterou. A suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada por um período de três meses aumentou significativamente o peso corpóreo e a força muscular respiratória.(2 9 )

A suplementação nutricional tem sido bastante investi-gada, principalmente nos pacientes com DPOC depleta-dos, porém, segundo Ferreira et al.,(3 0 ) ainda

permane-cem dúvidas quanto à eficácia desse suporte na melhora das medidas antropométricas e da capacidade funcional ao exercício em pacientes com DPOC estáveis. Para Schols e Wouters,(3 1 ) estudos adicionais devem ser realizados para

investigar se uma resposta anabólica é realçada pela mo-dulação do metabolismo celular do músculo pelos chama-dos “nutrientes bioativos” envolvichama-dos na energia muscu-lar, como a creatina, a carnitina, os antioxidantes e os aminoácidos.

Embora o incremento de velocidade tenha sido similar no decorrer do estudo em ambos os grupos treinados (G1 e G2 ), foi observado que somente o G1 apresentou maior atenuação da FC durante as sessões de TF em esteira. Es-ses resultados sugerem que os pacientes do G1 podem ter apresentado menor sobrecarga do sistema cardiovas-cular, com aumento do tempo de teste e aumento da ve-locidade de trabalho, pois, como já discutido, parece ter havido um efeito benéfico da suplementação de L-carniti-na associada ao TF no desempenho aeróbio dos pacien-tes do G1 . Além disso, outra provável hipópacien-tese para tal resultado é que pode ter ocorrido incremento do metabo-lismo oxidativo muscular, já que a atenuação da FC pode estar relacionada a melhor extração periférica de oxigê-nio.

Estudos prévios já detectaram efeitos potencialmente positivos sobre o sistema cardiovascular em pacientes com doenças crônicas somente com a suplementação nutri-cional. Alguns autores(3 2 ,3 3 ) demonstraram que a

suplementação de Lcarnitina isolada aumentou a perform an

-ce física de pacientes com doenças cardiovasculares. Em

nosso estudo foi observado que, quando comparados os três grupos quanto ao desempenho no TC6, o G2 e o G3 foram similares, sugerindo que a suplementação isolada pôde resultar em melhora da perform an ce em pacientes com DPOC. Apesar de ter havido certa concordância com os dados da literatura, esses resultados devem ser vistos com cautela, pois o ganho obtido no G2 e no G3 foi muito pequeno quando comparado com o obtido no G1 . Foram constatados no presente estudo aumentos dos níveis de L-carnitina livre no plasma somente para o G3 (suplementação isolada), enquanto que no G1 os valores

0 25 50 75 100

(uMol/L)

G1 G2 G3

Pré Pós

*

(6)

não se alteraram. Esses resultados foram observados pre-viamente por Heinonen:(3 4 ) provavelmente, o TF levou a

maior atuação da L-carnitina como transp ortadora de ácidos graxos para servirem de substrato energético. Al-guns estudos(9 ,3 2 ) observaram que no exercício crônico os

níveis de carnitina muscular aumentaram, porém, no plas-ma esses valores diminuíram.(3 2 ) Provavelmente, os níveis

de L-carnitina não se elevaram nos pacientes do G1 pelo treinamento aeróbio imposto cronicamente, o que possi-bilitou maior utilização da L-carnitina como transporta-dora, melhorando o metabolismo aeróbio. Outra prová-vel explicação para tal resultado é a de que a L-carnitina livre tenha sido integrada ao músculo esquelético ou car-díaco, resultando na melhora da perform an ce final, ain-da que em nosso estudo não tenha sido determinaain-da a L-carnitina muscular.

Não detectamos alterações significativas do VEF1, da CVF

e do VVM em nenhum dos grupos estudados. Esses acha-dos foram verificaacha-dos na literatura em pacientes submeti-dos somente ao TF.(2 2 ) No entanto, Vogiatzis et al.(2 4 )

com-pararam pacientes com DPOC com grau de obstrução leve, moderada e grave submetidos a um programa de RP por 1 2 semanas, e constataram aumentos significativos do

VEF1 e da CVF. Segundo esses autores, os aumentos

obti-dos nos valores espirométricos constituíram melhora clí-nica, a qual foi acompanhada de uso mais adequado da medicação inalatória.

Com relação à SaO2 e à dispnéia, neste estudo não foram observadas alterações do pré para o pós-TF em nenhum dos grupos estudados. Alguns estudos(2 ,3 5 )

tam-bém observaram que não houve alterações da SaO2, quan-do realizaquan-dos somente exercícios de alta intensidade em pacientes com DPOC. Quanto aos valores obtidos para a dispnéia, avaliada pela escala de Borg, Berry et al.(36)

tam-bém não detectaram melhora deste sintoma após um pro-grama de 12 semanas, embora outros investigadores tenham observado resultados positivos de melhora da dispnéia após um programa de TF.(2 4 )

Algumas limitações, tais como a não administração duplo-cego da L-carnitina ou placebo, assim como o ta-manho da amostra e a falta de dados fisiológicos mais comp lexos, sugerem a necessidade de novos estudos. Todavia, nossos resultados preliminares mostram que essa estratégia nutricional pode ter um papel adjuvante na rea-bilitação pulmonar dos pacientes com DPOC.

A

GRADECIMENTOS

À Profª Regina Vendramini e à Profª Dra. Heloisa Sobreiro Selistre, pelas orientações quanto às coletas e armazenamento do material biológico; ao Prof. Dr. J orge Oishi, pelas orienta-ções na análise estatística; à Sintofarma, pelo fornecimento de parte da L-carnitina; e à FAPESP (proc. 0 0 / 0 0 3 1 1 -6 ), pelo su-porte financeiro.

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EFERÊNCIAS

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Imagem

Figura 1 – Delta de variação da distância percorrida no TC6 para os grupos estudados; NS: não significativo.
Figura 3 – Valores médios dos níveis plasmáticos de L-carnitina livre no plasma no pré e no pós-tratamentos

Referências

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