• Nenhum resultado encontrado

Solu¸c˜oes do Livro de ´algebra, Arnaldo Garcia e Yves.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Solu¸c˜oes do Livro de ´algebra, Arnaldo Garcia e Yves."

Copied!
27
0
0

Texto

(1)

Yves.

Rodrigo Carlos Silva de Lima

Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ

rodrigo.uff.math@gmail.com

(2)
(3)

1 Solu ¸c ˜oes 3

1.1 Cap´ıtulo 5: Teoria b´asica de grupos . . . 3

1.1.1 Se¸c˜ao 2 . . . 3

1.1.2 Se¸c˜ao 3 . . . 5

1.1.3 Se¸c˜ao 4 . . . 6

1.1.4 Se¸c˜ao 5 . . . 6

1.1.5 Se¸c˜ao 6 . . . 6

1.1.6 Quest˜oes do fim do cap´ıtulo . . . 7

1.1.7 Se¸c˜ao 6 . . . 16

1.1.8 1.2-Quest˜ao 1 . . . 16

1.2 Cap´ıtulo 6-Estudo de um grupo via Representa¸c˜oes por permuta¸c˜oes . 17 1.2.1 Quest˜oes do fim do cap´ıtulo . . . 17

1.2.2 Quest˜ao 1 . . . 17

3

(4)
(5)

Solu ¸c ˜ oes

1.1 Cap´ıtulo 5: Teoria b ´asica de grupos

1.1.1 Se ¸c ˜ ao 2

2.6-Quest ˜ao 1

b

Propriedade 1. Seja S ⊂ G. Se A < G, S ⊂ A ent˜ao < S >⊂ A. < S > ´e o menor subgrupo de G contendo S.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Como S⊂ A e A < G ent˜ao qualquer produto de elementos de S ou de inversos pertence a A pelo fato dele ser subgrupo.

b

Propriedade 2. Seja B a fam´ılia de ´ındices k de todos subgrupos Ak que cont´em S ent˜ao

< S >= \

k∈B

Ak.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Vale que S ⊂ Ak da´ı < S >⊂ Ak , para qualquer k pois Ak < G, ent˜ao < S >⊂ \

k∈B

Ak, da mesma maneira < S > ´e subgrupo que cont´em S, logo < S >= Ak para algum k, disso segue que \

k∈B

Ak ⊂< S >, das duas inclus˜oes 5

(6)

segue a igualdade

< S >= \

k∈B

Ak.

2.14-Quest ˜ao 3

b

Propriedade 3. Um elemento a∈Zn ´e invert´ıvel ⇔ mdc(a, n) =1.

ê Demonstra ¸c ˜ao. ⇒). Se a∈Zn ´e invert´ıvel ent˜ao existe b∈Zn tal queab =1, da´ı a.b ≡1 mod n⇒ n|ab−1⇒ tn =ab−1 para algum t ∈Z, (−t)n+ab =1 da´ı mdc(a, n) =1.

⇐). Se mdc(a, n) =1, ent˜ao existem x, y ∈ Z tais que ax+ny =1, olhando em zn, ax=1 portanto a ´e invert´ıvel.

b

Propriedade 4. m gera Zn ⇔ m ´e invert´ıvel em Zn. ê Demonstra ¸c ˜ao.

⇒). Se m gera Zn ent˜ao existe n∈N tal que n.m =1, portanto m ´e invert´ıvel.

⇐). Se m ´e invert´ıvel ent˜ao mdc(m, n) = 1 da´ı existem x0, y0 ∈ Z tais que x0m+y0n=1, sendo t um elemento arbitr´ario de Z tem-se

tx0m+ty0n=t

olhando sobre a congruˆencia mod n tem-se (tx0)m =t, portanto m gera Zn.

2.15-Quest ˜ao 4

b

Propriedade 5. a6=e possui ordem 2 ⇔ a=a1. ê Demonstra ¸c ˜ao.

⇒).

Se a tem ordem 2 ent˜ao a2 =e , isto ´e a.a=e logo a ´e inverso de si mesmo por unicidade do inverso.

⇐)

Se a=a−1 ent˜ao multiplicando por a tem-se a2 =e logo a possui ordem 2.

(7)

b

Propriedade 6. Se O(a) =mn ent˜ao O(am) =n.

ê Demonstra ¸c ˜ao. A ordem de am ´e o menor valor natural s, tal que ams =e, suponha que seja s < n ent˜ao ms < mn e a ordem de a seria ms, absurdo o que contraria a minimalidade de mn. Logo O(am) =n.

b

Propriedade 7. Vale que O(a) =O(a−1).

ê Demonstra ¸c ˜ao. Suponha que O(a) =m ent˜aoam =e o que implica a−m =e, portanto m ´e um candidato a ordem de a−1, suponha que ordem fosse n < m ent˜ao a−n =e o que implica an =e contrariando a minimalidade de m, portanto a ordem de a−1 ´e m.

b

Propriedade 8. Se x2 =e para todo x em G ent˜ao G ´e abeliano.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Temos (xy)(xy) =e multiplicando por x a esquerda yxy=x multiplicando por y a direita yx=xy logo abeliano.

$

Corol ´ario 1. Se O(a) =2 ∀ a6=e∈G ent˜ao G ´e abeliano.

2.16-Quest ˜ao 5

b

Propriedade 9. Se G ´e abeliano ent˜ao T(G) ´e um subgrupo de G chamado de subgrupo de tor¸c˜ao de G.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

• O conjunto n˜ao ´e vazio pois e∈T(G), e possui ordem 1.

• Dados a, b ∈ G com ordens finitas, digamos n e m, ent˜ao a.b possui ordem finita , pois (a.b)nm =anmbnm =e.

• Se a possui ordem finita ent˜ao a−1 tem a mesma ordem como j´a mostramos.

Conclu´ımos ent˜ao que T(G)< G.

(8)

Z

Exemplo 1. T(C\ {0}) ´e o conjunto das ra´ızes da unidade.

1.1.2 Se ¸c ˜ ao 3

3.8-Quest ˜ao 1

$

Corol ´ario 2. Para qualquer a∈Z e p primo vale

ap ≡a mod p.

Essa identidade vale se a = 0 se a 6= 0 ent˜ao usamos que ap−1 ≡ 1 mod p e multiplicamos por a de ambos lados.

1.1.3 Se ¸c ˜ ao 4

b

Propriedade 10. Sejam G um grupo, ACG, BCC < G ent˜ao ABCAC.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Como ACG e BCG ent˜ao ABCG e em especial vale que AB=BA.

• De ACG temos ∀ g∈G e a∈A tem-se gag−1∈A.

• De BCC segue ∀ c∈C e b∈B temos cbc−1∈B.

Queremos mostrar que ABCAC, isto ´e, ∀ ac∈AC e a0b0 ∈AB tem-se

aca0b0(ac)−1∈AB, isto ´e ,aca0b0c−1a−1∈AB por´em podemos escrever

a(ca0c−1)

| {z }

a1∈A

(cb0c−1)

| {z }

b1∈B

a−1 =aa1b1a−1 ∈AB

a ´ultima passagem ´e verdadeira pois ABCG.

(9)

1.1.4 Se ¸c ˜ ao 5

Quest ˜ao 1

b

Propriedade 11. Se H ´e o ´unico subgrupo de G de ordem n ent˜ao HlG.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

Temos que mostrar que para qualquerfautomorfismo deGemGtem-sef(H)⊂H.

f(H) ´e subgrupo de G , pois f ´e homomorfismo e H < G, al´em disso possui n elementos, pois f ´e fun¸c˜ao bijetora, disso segue que f(H) =H.

1.1.5 Se ¸c ˜ ao 6

Quest ˜ao 1

b

Propriedade 12. Todo grupo quociente de um grupo c´ıclico ´e c´ıclico.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja H < G onde < g >=G ent˜ao < gH >=G/H. Seja xH∈G/H, temos x =gk para algum k∈Z da´ı

(gH)k=gkH=xH ent˜ao gH gera G/H.

1.1.6 Quest ˜ oes do fim do cap´ıtulo

Quest ˜ao 1

b

Propriedade 13. Seja G = {e, g1, g2,· · · , gn} um grupo abeliano de ordem n+1. Se G possui um ´unico elemento de ordem 2 ent˜ao

Yn k=1

gk =g1.

ê Demonstra ¸c ˜ao. x 6= e ´e de ordem 2 ⇔ x2 = e. Al´em de g1 n˜ao h´a outro elemento de ordem 2 ent˜ao o inverso de cada gk deve pertencer ao conjunto {gs, s6=

(10)

k,1, s ∈ In} portanto Yn

k=2

gk = e,pois cada elemento ´e multiplicado pelo seu inverso,

da´ı n

Y

k=1

gk =g1.

b

Propriedade 14. Em zp com p primo, os ´unicos n´umeros que s˜ao inversos de si mesmos s˜ao p−1 e 1 .

ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja x2 =1, ent˜ao (x−1)(x+1) = 0, o que implica x =1 ou x= −1≡p−1.

$

Corol ´ario 3. Em Zp com p >2 primo, o ´unico elemento que possui ordem 2

´e p−1, j´a vimos que (p−1)(p−1) =1 o elemento 1 possui ordem 1.

b

Propriedade 15 (Teorema de Wilson). p ´e primo ⇔

(p−1)!≡−1 mod p.

ê Demonstra ¸c ˜ao. ⇒). Para p=2 a propriedade vale, suponha ent˜ao p >2, p primo. Tome A={2≤k≤p−2, k∈N}, vale

Yp−2 k=1

k≡1 mod p

pois para cada k∈A existe k0 6=k∈A tal que k.k0 ≡1 mod p, da´ı Yp−1

k=1

k≡p−1≡−1 mod p ent˜ao

(p−1)!≡−1 mod p.

⇐).

Se n = st ´e composto ent˜ao vale (n−1)! ≡ 0 mod n pois s e t aparecem como fatores (se s˜ao distintos), caso sejam fatores iguais , inicialmente para n =4 temos

(11)

3! =3.2=6≡2 mod 4 e paras >2 vales2−1>2s logo (s2−1)! ≡0 mod s2, pois se 2s aparecem como fator, em qualquer caso se n ´e composto n˜ao vale (n−1)!≡−1 mod n.

Quest ˜ao 2

Z

Exemplo 2. Z24 possui ϕ(24) =ϕ(8.3) =ϕ(8)ϕ(3) = (2322)(31) =4.2=

8 elementos, que s˜ao os elementos n, tais que mdc(n,21) =1, 0< n <24, n∈N. Sendo

1, 5, 7, 11, 13, 17, 19, ,23

Todos elementos diferentes da identidade tem ordem 2, pois

52 =25=24+1, 72 =49=2.24+1, 112 =121 =5.24+1, 132 =169=7.24+1, 172 =289=12.24+1, 192 =361=15.24+1 e 23 sabemos que tem ordem 2.

Quest ˜ao 4

b

Propriedade 16. Se |G| = p2 ent˜ao G possui no m´aximo p+1 subgrupos com p elementos.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Vamos considerar elementos distintos da identidade e do grupo. Dado um a qualquer, vale que | < a > | = p ou p2 se | < a > | = p dado b se b∈< a >, ent˜ao < b >⊂< a >, logo n˜ao pode valer | < b > | =p2, como ambos conjuntos tem p elementos segue que < b >=< a >, logo se subgrupos de ordem p tem um elemento em comum eles s˜ao iguais nesse caso. Isso implica que podemos ter no m´aximo p+1 subgrupos de ordem p, pois caso fosse uma quantidade maior, algum dos subgrupos deveria ter elemento em comum logo seriam iguais.

Z

Exemplo 3. z2×z2 com adi¸c˜ao possui 3 subgrupos de ordem 2, que s˜ao

<(0,1)>={(0,1), (0,0)}

(12)

<(1,0)>={(1,0), (0,0)}

<(1,1)>={(1,1), (0,0)}.

Z

Exemplo 4. Z4 com adi¸c˜ao possui os seguintes subgrupos {0}=<0>

{1,2,3,0}=<1>

<2 >={2,0}

<3>={3,2,1,0}

n˜ao chega a possuir 3 subgrupos de ordem 2, pois se um grupo cont´em 3 gera o grupo, se cont´em 1 tamb´em a ´unica possibilidade do subgrupo ter ordem 2 ´e conter 2 e 0 apenas.

Quest ˜ao 5

b

Propriedade 17. Se H e K s˜ao subgrupos de G ent˜ao vale (G:H∩K)≤(G: H)(G:K).

ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja A = {g(H∩K) | g ∈ G} que ´e o conjunto das classes laterais da interse¸c˜ao e C ={gH | g ∈G}×{gK |g ∈ G} que ´e o produto cartesiano das classes laterais de H e K respectivamente, vamos definir uma fun¸c˜ao f: A→ C que seja injetora, antes observamos que

g(H∩K)H=H g(H∩K)K=K

pois H∩K⊂K e H∩K⊂H. Com isso podemos definir a fun¸c˜ao com f(g(H∩K)) = (gH, gK), ela ´e injetora, pois se

f(g(H∩K)) = (gH, gK) =f(g0(H∩K)) = (g0H, g0K)⇒gH=g0HegK=g0K isso implica queg−1g0 ∈He g−1g0 ∈Kpor issog−1g0 ∈H∩Ke da´ıg(H∩K) =g0(H∩K) disso segue

(13)

(G:H∩K)≤(G:H)(G:K).

$

Corol ´ario 4. Se (G:H) e (G:K) s˜ao finitos ent˜ao (G:H∩K) tamb´em ´e finito nas condi¸c˜oes da propriedade anterior.

Quest ˜ao 6

b

Propriedade 18. Seja G6={e}, tal que seus ´unicos subgrupos sejam {e} e G. Ent˜ao G ´e c´ıclico finito de ordem prima.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Tomamos a6=e∈G, < a > ´e subgrupo de G da´ı < a >=G, pois n˜ao pode ser < a >= {e}, pois < a > possui pelo menos dois elementos e

< e > apenas um. Se a2 = e ent˜ao o grupo ´e finito de ordem prima, se n˜ao

< a2 >= G =< a >, logo a ∈< a2 >, implicando que existe n ∈ Z tal que a2n = a da´ı a2n−1 =e, logo o grupo ´e finito. Seja p a ordem do grupo, para todo 0< s < p,

< as > gera o grupo e da´ı o(as) =o(a) implicando pela identidade o(as) = o(a)

mdc(o(a), s)

que mdc(p, s) = 1 da´ı nenhum n ´umero menor que p divide p, implicando que ele ´e primo.

Quest ˜ao 7

b

Propriedade 19. Se |G|=m n∈N tal que mdc(n, m) =1, ent˜ao para todo g∈G, g=xn para algum x∈G.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Como mdc(n, m) = 1 ent˜ao existem x0, y0 ∈ Z tais que nx0+my0 =1 da´ı

g=gnx0gmy0 = (gx0)n =xn.

(14)

Quest ˜ao 8

b

Propriedade 20. Seja a∈G com o(a)<∞ ent˜ao o(as) = o(a) mdc(o(a), s). ê Demonstra ¸c ˜ao. Sejam s > 0, n = o(a) e m = o(as) ent˜ao m = min{t >

0, t ∈ N | ast = e}. Sabemos que n|s.m ent˜ao sm = mmc(n, s), usando que mmc(n, s).mdc(n, s) =n.s e a identidade anterior tem-se

m = mmc(n, s)

s = n.s

mdc(n, s) 1

s = n

mdc(n, s) ent˜ao

o(as) = o(a) mdc(o(a), s). Quest ˜ao 10

b

Propriedade 21. Sejam N, H < G e HCG, ent˜ao H∩NCN. ê Demonstra ¸c ˜ao. Temos que mostrar que

n(H∩N)n−1⊂H∩N ∀n∈N.

Seja a ∈ H∩N, temos que a ∈ N e como n ∈ N vale nan−1 ∈ N e como vale a ∈ H e todo elemento de n ∈ N implica n ∈ G, por H ser normal em G temos nan−1 ∈ H,como vale nan−1 ∈ H e nan−1 ∈ N vale nan−1 ∈ H∩N de onde segue n(H∩N)n−1 ⊂H∩N de onde (H∩N) ´e normal em N.

Quest ˜ao 11

b

Propriedade 22. Sejam H e K dois subgrupos de um grupo finitoG, tais que

|H|>√

G e |K|>√

G ent˜ao |H∩K|>1. ê Demonstra ¸c ˜ao. Da identidade

|HK|= |H| |K|

|H∩K| se fosse |H∩K|=1 ter´ıamos

|G|≥|HK|=|H||K|>p

|G|√

G=|G|

|G|≥|HK|>|G| o que ´e absurdo, logo deve valer |H∩K|>1.

(15)

Quest ˜ao 12

b

Propriedade 23. Seja f:G1→G2 homeomorfismo de grupos ent˜ao

f(G10)⊂[f(G1)]0. ê Demonstra ¸c ˜ao.

Seja t∈f(G10) vamos mostrar que t∈[f(G1)]0. Um elemento de f(G10) ´e da forma

t=f(xyx−1y−1) =f(x)f(y)f(x)−1f(y)−1 que realmente pertence a f(G1)0.

Quest ˜ao 13

b

Propriedade 24. Seja f : G → G com f(x) = x−1. G ´e abeliano ⇔ f ´e morfismo.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

⇒). Supondo G abeliano. f(xy) = (xy)−1 =y−1x−1=x−1y−1=f(x)f(y).

⇐). Supondo que f seja morfismo. ∀x, y∈G tem-se f(x−1y−1) =f(x−1)f(y−1) =xy=yx.

$

Corol ´ario 5. Se ∀ a ∈G a2 =e ent˜ao G ´e abeliano. a ´e inverso dele mesmo a=a−1, portanto

(xy)−1 =y−1x−1=yx=xy.

Quest ˜ao 17 e 18 Letra a)

b

Propriedade 25. Sejam a, b ∈ R com a 6= 0. Definindo σ(a,b) : R → R por

(16)

σ(a,b)(x) = ax+b para cada x ∈R. Ent˜ao o conjunto G={σ(a,b), a, b ∈ R, a6=0}

com a opera¸c˜ao de composi¸c˜ao de fun¸c˜oes ´e um grupo.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Primeiro vamos mostrar que a opera¸c˜ao ´e fechada sobre G, vamos simbolizar (a, b) ao inv´es de σ(a,b), temos que

(a, b)◦(a0, b0)(x) =a(a0x+b0) +b=a.a0x+a.b0 +b= (a.a0, a.b0+b)(x) Escrevemos ent˜ao

(a, b)◦(a0, b0) = (a.a0, a.b0+b)

a opera¸c˜ao ´e fechada, pois como a6=0 e a0 6=0 s˜ao reais temos a.a0 6=0 e a.b0 +b

´e um n ´umero real.

Existˆencia de elemento neutro . Existe elemento neutro para a opera¸c˜ao (1,0), tal elemento ´e realmente neutro pois

(a, b)(1,0) = (a.1, a.0+b) = (a, b).

Existˆencia de inverso. Para cada elemento(a, b)existe um inverso(a−1,−b.a−1) tal que (a, b)(a−1,−b.a−1) = (1,0), a propriedade realmente vale , pois

(a, b)(a−1,−b.a−1) = (aa−1, a.(−b).a−1+b) = (1,0).

Associatividade. Segue da associatividade de composi¸c˜ao de fun¸c˜oes. Ent˜ao temos realmente um grupo .

O grupo ´e n˜ao abeliano pois

(2,3)◦(3,4) = (6,11)6= (3,4)◦(2,3) = (6,13).

O centro de G (conjunto dos elementos que comutam com todos os outros ele- mentos) cont´em apenas a identidade, pois dado um elemento diferente da identidade (x, y), x 6= 1 e y 6= 0 existe um elemento que n˜ao comuta com ele da forma (1, w) com w > 0 se 1−x > 0 (logo w(1−x) > 0) e w < 0 se 1−x < 0 (logo tamb´em w(1−x)>0), pois

(x, y)(1, w) = (x, xw+y), (1, w)(x, y) = (x, y+w)

da´ı vale sempre y+w > y+xw pois equivale `a w > xw ⇔w(1−x)>0 que sempre vale pelo que observamos anteriomente

(17)

Letra b)

b

Propriedade 26. Seja H={(1, b), b∈R} ent˜ao H ´e um subgrupo normal em G.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Primeiro vamos mostrar que H ´e um subgrupo de G. Temos que H possui o elemento neutro (1,0), pois basta fazer b = 0 em (1, b). Sendo (1, b) ∈ R seu inverso ´e (1, b)−1 = (1−1,−b.1−1) = (1,−b) logo como (1, b)−1 ´e do tipo (1, c) para c real, temos o inverso de cada elemento pertence ao conjunto.

Seja agora (1, b)∈H e (1, c)∈Htemos que (1, b)(1, c) = (1, c+b) como c+b ´e real temos que o produto ´e fechado no subgrupo. Assim s˜ao satisfeitas todas propriedades de um subgrupo logo H ´e um subgrupo de G.

Vamos mostrar agora que o subgrupo ´e normal. Sejam (1, b) ∈ H e (a, c) ∈ G elementos arbitr´arios, vamos mostrar que (a, c).(1, b).(a, c)−1 ∈ H. Temos que (a, c).(1, b) = (a, a.b+c) e (a, c)−1 = (a−1,−c.a−1), aplicando a opera¸c˜ao (a, a.b+ c)(a−1,−c.a−1) = (1,−c+a.b+c) = (1, a.b)∈H logo o subgrupo ´e normal.

b

Propriedade 27. G/H ´e isomorfo ao grupo multiplicativo R∗=R−{0}. ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja a aplica¸c˜ao fde G/H em R∗ definida comof(H(a, b)) = a. Vamos mostrar que tal aplica¸c˜ao ´e uma fun¸c˜ao, isto ´e, se H(a, b) =H(c, d) ent˜ao f(H(a, b)) =f(H(c, d)). Se H(a, b) =H(c, d) ent˜ao existem elementos (1, x),(1, y)∈H tal que (1, x)(a, b) = (a, b+x) = (1, y)(c, d) = (c, d+y) logo a= c. Como a =c em H(a, b) = H(c, d) segue que f(H(a, b)) = f(H(c, d)) = f(a) assim a fun¸c˜ao est´a bem definida.

Mostraremos agora que tal fun¸c˜ao ´e um homomorfismo.

f(H(a, b)H(c, d)) = f(H(a, b)(c, d)) =f(H(ac, ad+b)) = ac=f(H(a, b))f(H(c, d)).

Olhando para o n ´ucleo veremos que a fun¸c˜ao ´e injetiva ker(f) ={B∈G/H|f(B) =1}

temos que B =H(a, b) se f(B) = 1 ent˜ao a =1, logo o ´unico elemento no n´ucleo ´e H(1, b) =H pois (1, b)∈H.

A fun¸c˜ao ´e sobrejetora tamb´em pois, dado b 6=0 ∈ R temos que existe x ∈ G/H da forma H(b, c) tal que fH(b, c) =b.

(18)

Quest ˜ao 27

F Teorema 1. Seja o conjunto d|n ={d > 0 ; d|n, n∈ N}, como n ´e natural o n ´umero de divisores de n ´e finito, logo podemos tomar a seguinte soma sobre o conjunto finito

g(n) = X

k∈d|n

ϕ(k).

Vamos mostrar que

X

k∈d|n

ϕ(k) =n.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Como g(n) ´e multiplicativa, por ϕ(k)ser multiplicativa, basta sabermos qual o resultado de g(ps) sendo p um n ´umero primo e s um natural, pois todo n ´umero n > 0 natural pode ser escrito como produto de fatores primos n = Ym

k=1

pskk e por propriedade de fun¸c˜ao multiplicativa g(n) = Ym

k=1

g(pskk), pois obviamente os n ´umeros primos distintos s˜ao primos entre si. Seja ent˜ao n=ps, os divisores de n s˜ao os n´umeros da forma pk com k variando de 0 at´e s, ent˜ao nosso conjunto d|n

´e d|n = {pk,0 ≤ k ≤ s}, tomamos ent˜ao a seguinte enumera¸c˜ao dos elementos do conjunto d|n f(k) =pk (0≤k≤s) logo a soma se escreve

X

k∈d|ps

ϕ(k) = Xs k=0

ϕ(pk) =ϕ(p0) + Xs

k=1

ϕ(pk) =1+ Xs

k=1

pk−pk−1 =1+ Xs

k=1

∆pk−1=

=1+pk−1

s+1 1

=1+ps −1=ps.

logo X

k∈d|ps

ϕ(k) =ps

sendo n= Ym

k=1

pskk, aplicando a propriedade de fun¸c˜ao multiplicativa

g(n) = Ym

k=1

g(pskk) = Ym

k=1

pskk

assim em geral X

k∈d|n

ϕ(k) =n.

(19)

Podemos tamb´em demonstrar por indu¸c˜ao sobre o expoente de n=ps, para s=0 temos n=1 e n tendo assim 1 divisor apenas, logo a soma

X

k∈d|1

ϕ(k) =ϕ(1) =1. Supondo v´alido para ps

X

k∈d|ps

ϕ(k) =ps vamos provar para ps+1

X

k∈d|ps+1

ϕ(k) =ps+1

Como os divisores de ps+1 s˜ao d|ps+1 = d|ps ∪{ps+1} (os divisores de ps+1 s˜ao os divisores de ps mais o termo ps+1), temos uma parti¸c˜ao do conjunto logo

X

k∈d|ps+1

ϕ(k) = X

k∈d|ps{ps+1}

ϕ(k) = X

k∈d|ps

ϕ(k)+ X

k∈{ps+1}

ϕ(k) =ps+ϕ(ps+1) =ps+ps+1−ps =ps+1 .

Quest ˜ao 28

b

Propriedade 28. Seja n= Ym

k=1

pakk, ent˜ao vale ϕ(n) =n Ym

k=1

(1− 1 pk).

ê Demonstra ¸c ˜ao. Usaremos que a fun¸c˜ao ϕ ´e multiplicativa e a propriedade de aplica¸c˜ao em primos

ϕ(n) = Ym

k=1

ϕ(pakk) = Ym

k=1

(pakk −pakk−1) = Ym

k=1

pakk(1− 1 pk) =n

Ym k=1

(1− 1 pk).

1.1.7 Se ¸c ˜ ao 6

1.1.8 1.2-Quest ˜ ao 1

b

Propriedade 29. Sejam HCG e a fun¸c˜ao f:G→ P(H) com fg(h) = ghg1 ent˜ao f ´e uma representa¸c˜ao de G no grupo das permuta¸c˜oes de H.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

(20)

• Vamos mostrar que fg : H → H ´e bije¸c˜ao. Ela ´e injetora pois ghg−1 = gtg−1 segue por lei do corte que h=t, al´em disso ela ´e sobrejetiva, pois dado t ∈ H queremos achar h ∈ H tal que ghg−1 = t, da´ı h = g−1tg e h dessa forma realmente pertence a H pois H ´e subgrupo normal de G.

• Falta mostrar que f ´e homomorfismo

(ft◦fg)(x) =ft(gxg−1) =f(tgxg−1t−1) =f(tgx(tg)−1) =ftg(x).

1.2 Cap´ıtulo 6-Estudo de um grupo via Representa ¸c ˜ oes por permuta ¸c ˜ oes

1.2.1 Quest ˜ oes do fim do cap´ıtulo 1.2.2 Quest ˜ ao 1

b

Propriedade 30. Sejampprimo, Gn˜ao abeliano com |G|=p3 ent˜ao|Z(G)|= p e

G/Z(G)wZp×Zp. Al´em disso G0 =Z(G).

ê Demonstra ¸c ˜ao. Como G ´e p-grupo ent˜ao seu centro ´e n˜ao trivial, |Z(G)| ∈

{p, p2, p3}. Se G/Z(G) ´e c´ıclico ent˜ao G ´e abeliano, ent˜ao n˜ao podemos ter |Z(G)|

valendo p2 ou p3, logo |Z(G)| = p. Portanto |G/Z(G)| = p2, os ´unicos grupos de ordemp2 a menos de isomorfismo s˜aoZp2 e zp×zp como G/Z(G) ´e n˜ao c´ıclico ent˜ao devemos ter G/Z(G) isomorfo a zp×zp.

Como G/Z(G) ´e abeliano, ent˜ao G0 ⊂ Z(G), G0 ´e n˜ao trivial (pois G n˜ao ´e abeliano) e subgrupo de G ent˜ao segue G0 =Z(G).

Usamos o resultado G/N ´e abelianos ⇒ G0 ⊂N.

Quest ˜ao 2

(21)

b

Propriedade 31. Seja G um grupo finito com apenas duas classes de conjuga¸c˜ao ent˜ao |G|=2.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Usaremos que |G|=X

|C(x)| e |C(x)|= |G|

|N(x)|, como C(e) = {e} ´e uma classe todo outro x 6=e pertence a classe C(x) logo

|G|=1+|C(x)|⇒|G|−1=|C(x)| de |C(x)| = |G|

|N(x)| segue que |G|−1 divide |G|, como s˜ao n´umero primos entre si temos |G|−1=1, |G|=2.

Quest ˜ao 3

Z

Exemplo 5. Mostre que se |G|=112132 ent˜ao G ´e abeliano.

Seja G um grupo com|G|=132.112. Temos 13-Sylow e 11-Sylow. n11 ∈{1,13,132} conclu´ımos que n11 = 1 pois nenhum outro satisfaz n11 ≡ 1 mod 11, da mesma maneira temos que n13 ∈ {1,11,112} como 11 ≡ −2 mod 13 logo 132 ≡ 4 mod 13 conclu´ımos que n13 =1 . Disso temos que ambos 13-Sylow e 11-Sylow s˜ao normais.

Sejam ent˜ao H o 11-Sylow e K o 11-Sylow. H∩K ´e subgrupo de H e de K logo

|H∩K| | | |H| e |H∩K| | | |K| assim |H∩K| |mdc(132,112) =1, disto conclu´ımos que

|H∩K|=1 implicando H∩K={e} e pelo princ´ıpio de contagem

|HK|= |H||K|

|H∩K| =|H||K|=132.112. Disto podemos concluir que HK=G.

Temos tamb´em que H e K s˜ao abelianos por terem ordem p2 (com p primo); e ainda mais, seja y∈G ent˜ao y=ab com a∈H e b∈K. Considere

ab.a1b1 =













|{z}a

∈H

. (b.a−1b−1)

| {z }

∈HPois ´e normal em G

∈H

(aba−1)

| {z }

∈KPois ´e normal em G . b|{z}−1

∈K

∈K

(22)

Logo aba−1b−1∈H∩K={e}, aba−1b−1=e, implicaab =ba. Sejam ent˜ao y=ab e x =a0.b0, y, x∈G, temos

yx=(0) aba0b0 =(1)aa0bb0 =(2)a0ab0b=(3)a0b0ab=xy

onde de (0) para (1) e de (2) para (3) usamos comutatividade dos elementos de K e H e de (1) para (2) usamos comutatividade em K e H, logo o grupo ´e abeliano.

Quest ˜ao 4

b

Propriedade 32. Sejam pprimo , |G|=pm.b, HCG e S p-Sylow de G ent˜ao H∩S ´e p-sylow de H.

Vale tamb´em que SH/H ´e um p-Sylow de G/H.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Temos que H∩S < H e S, pela segunda tem-se |H∩S|=ps onde s≤m, disso segue tamb´em que |H|=pt.b1 onde t≥ s e mdc(b1, pt) =1 pois a ordem do subgrupo tem que dividir a ordem do grupo. Como HCG ent˜ao SH < G e temos por contagem

|SH|= |S||H|

|H∩S| = pm.pt.b1 ps como SH < G ent˜ao |SH| divide pm.b=|G|

pm.b.ps

pm.pt.b1 = b.ps pt.b1

da´ı pt divide ps o que implica s ≥ t, juntando com a condi¸c˜ao t ≥ s tem-se t = s, logo H∩S ´e p-Sylow de H.

Vale que SH/H < G/H pois SH < G, usando os fatos obtidos acima temos

|SH/H|=pm−s e|G/H|=pm−s.b logo SH/H ´e p-Sylow de G/H.

Quest ˜ao 6

b

Propriedade 33. Qualquer grupo abeliano G ´e isomorfo produto direto de seus p-Sylows.

(23)

ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja G com |G| =

Yn k=1

pakk, produto de primos distintos e ak ∈ N. Seja Pk o pk- Sylow, Pk ´e ´unico pois o grupo ´e abeliano e da´ı o conjugado de Pk ´e ele mesmo, sendo tamb´em normal.

Pk ⊂ Yn

k=1

Pk onde esse ´ultimo ´e subgrupo pois cadaPkCG, al´em disso taisp-Sylows tem e como ´unico elemento em comum pois suas ordem tem valores primos entre si.

Por aplica¸c˜ao sucessiva da propriedade |HK|= |H||K|

|H∩K| tem-se | Yn

k=1

Pk|= Yn

k=1

pakk, logo Yn

k=1

Pk =G.

Com isso temos um isomorfismo natural com o produto direto P1× · · · ×Pn dado por

f:G=P1P2· · ·Pn →P1× · · · ×Pn com f(a1· · ·an) = (a1, · · · , an) onde ak∈Pk.

b

Propriedade 34. Se G ´e um grupo abeliano finito de ordem n, ent˜ao para cada d|n, G possui subgrupo de ordem d.

ê Demonstra ¸c ˜ao. Seja G=P1×Pn, vale |G|= Yn

k=1

pakk onde Pk ´e o pk-Sylow de G. Se d divide |G| ent˜ao d=

Yn k=1

pbkk onde 0 ≤bk ≤ak. Como Pk ´e um Pk-grupo de ordem pakk ele cont´em um subgrupo normal Nk de ordem pbkk por teorema de Cauchy . Seja ent˜ao N=

Yn k=1

Nk como NkCG, N ´e subgrupo de G e os fatores n˜ao possuem elemento em comum fora a identidade {e} pois est˜ao contidos emp-Sylows disjuntos,

da´ı n

Y

k=1

pbkk =|N|=d G possui subgrupo de ordem d.

Quest ˜ao 8

(24)

b

Propriedade 35. Sejam p < q dois n ´umeros primos e G um grupo de ordem pq.

G ´e abeliano ⇔ ele possui apenas um p-Sylow.

ê Demonstra ¸c ˜ao.

⇒).

Se G ´e abeliano ent˜ao ele possui apenas um p-Sylow pois o conjugado de um p-Sylow ´e ele mesmo.

⇐).

Suponha que G possua apenas um p-Sylow H, seja K um q-Sylow, nq ≡1 mod q e nq ∈{1, p}, n˜ao podemos ter nq =p pois p < q, da´ı p6≡ 1 mod q, logo o q-Sylow

´e ´unico, sendo portanto normal.

Disso temos que ambosp-Sylow eq-Sylow s˜ao normais. Sejam ent˜aoHo p-Sylow e K o q-Sylow. H∩K ´e subgrupo de H e de K logo |H∩K| | | |H| e |H∩K| | | |K| assim

|H∩K| | mdc(p, q) = 1, disto conclu´ımos que |H∩K| = 1 implicando H∩K = {e} e pelo princ´ıpio de contagem

|HK|= |H||K|

|H∩K| =|H||K|=pq.

Disto podemos concluir que HK=G.

Temos tamb´em que H e K s˜ao abelianos por terem ordem p . Seja y ∈ G ent˜ao y=ab com a∈H e b∈K. Considere

ab.a−1b−1 =











|{z}a

∈H

. (b.a−1b−1)

| {z }

∈HPois ´e normal em G

∈H

(aba−1)

| {z }

∈KPois ´e normal em G . b|{z}−1

∈K

∈K

Logo aba−1b−1∈H∩K={e}, aba−1b−1 =e, implica ab=ba. Sejam ent˜ao y=ab e x=a0.b0, y, x ∈G, temos

yx=(0) aba0b0 =(1)aa0bb0 =(2)a0ab0b=(3)a0b0ab=xy

onde de (0) para (1) e de (2) para (3) usamos comutatividade dos elementos de K e H e de (1) para (2) usamos comutatividade em K e H, logo o grupo ´e abeliano.

(25)

Quest ˜ao 10

Z

Exemplo 6. Sejam p e q primos ´ımpares, tais que p < q <2p. G um grupo de ordem pnq se (p, q)6= (2,3) ent˜ao Gpossui um subgrupo normal de ordem pn. Temos que np ∈{1, q} e nq ∈{1, p2, p3,· · · , pn}, n˜ao podemos ter nq =p pois q > p e da´ı p 6≡ 1 mod q. N˜ao podemos ter np = q pois ter´ıamos q ≡ 1 mod p assim p|(q−1) mas p n˜ao pode dividir q−1, pois como q ´e ´ımpar q−1 ´e par e o primeiro par m ´ultiplo de p ´e maior que q de 2p > q. Logo temos que np =1 e o p-Sylow ´e normal, possuindo pn elementos.

Z

Exemplo 7. Se G possui ordem 2n.3 ent˜ao ele possui subgrupo normal de de ordem 2n ou 2n−1.

Se n=1 temos um subgrupo de ordem 211 =1, que ´e o o grupo formado por

{e}, sendo normal em G. Suponha ent˜ao n≥2.

G possui um subgrupo de ordem 2n e tal subgrupo ´e grande, pois (G:H) =3, 3!<22.3=12≤2n.3. O n ´ucleo do homomorfismo

T :G→P({aH|a∈G}) := P(C)

´e um subgrupo normal de G e est´a contido em H. Vamos mostrar que |ker(T)| vale 2n ou 2n−1.

Vale que |P(C)| = |C|! < |G|, como || {z }f(G)|

|G/(Ker(f))|

≤ |P(C)| ent˜ao |G/ker(f)| < |G| e da´ı n˜ao vale ker(f) ={e}. Como Ker(T)⊂H ent˜ao a ordem do n´ucleo est´a contida no conjunto {2, 22, 23, · · · , 2n}. Por´em G/ker(T) ´e isomorfo a

T(G)< P({aH|a∈G})

que tem ordem 6 , logo |G/ker(T)| assume valor 1, 2, 3 ou 6 e portanto |ker(T)| pode ser

{2n.3, 2n−1.3, 2n, 2n−1}

(26)

tomando a interse¸c˜ao com as outras possibilidades temos que |ker(T)| vale 2n ou 2n−1.

Quest ˜ao 11

Z

Exemplo 8. Se G possui ordem 3n.22 ent˜ao ele possui subgrupo normal de de ordem 3n ou 3n−1.

Se n=1 temos um subgrupo de ordem 31−1 =1, que ´e o o grupo formado por

{e}, sendo normal em G. Suponha ent˜ao n≥2.

G possui um subgrupo de ordem 2n e tal subgrupo ´e grande, pois (G:H) =4, 4! <22.33=36≤3n.22. O n ´ucleo do homomorfismo

T :G→P({aH|a∈G}) := P(C)

´e um subgrupo normal de G e est´a contido em H. Vamos mostrar que |ker(T)| vale 3n ou 3n−1.

Vale que |P(C)| = |C|! < |G|, como || {z }f(G)|

|G/(Ker(f))|

≤ |P(C)| ent˜ao |G/ker(f)| < |G| e da´ı n˜ao vale ker(f) ={e}. Como ker(T)⊂H ent˜ao a ordem do n´ucleo est´a contida no conjunto {3, 32, 33, · · · , 3n}. Por´em G/ker(T) ´e isomorfo a

T(G)< P({aH|a∈G})

que tem ordem 24 = 23.3 , logo |G/ker(T)| assume valor 1, 2, 3, · · · tomando a interse¸c˜ao com as outras possibilidades temos que |ker(T)| vale 3n ou 3n−1.

Quest ˜ao 17 Quest ˜ao 17 a)

Z

Exemplo 9. Seja (G, .) um grupo com 42 elementos. Mostre que G tem um subgrupo com 6 elementos.

Primeiro fatoramos a ordem do grupo 42=2.3.7, por isso temos 2-Sylow,3-Sylow

(27)

e 7-Sylow subgrupos com n2 ∈ {1,3,7,3.7} e n2 ≡ 1 mod 2, n3 ∈ {1,2,7,2.7} e n3 ≡1 mod 3 com isso descartamos as possibilidades de 2 e 2.7≡ 14≡ 2 mod 3 por´em temos ainda n3∈ {1,7} e finalmente analisando n7, temos n7 ∈ {1,2,3,2.3}

e n7 ≡1mod7 implica n7 =1.

Se n3 = 7, seja P um dos 3−Sylow temos pelo teorema de Sylow que 7 = 2.3.7

|N(P)|, N(P) =6 e N(P) ´e subgrupo de G, pois P ´e subgrupo de G, neste caso temos um subgrupo com 6 elementos.

Se n3 = 1 temos |N(P) = 42|, o 3−Sylow ´e normal, tomamos um 2-Sylow H, logo HP ser´a subgrupo de G, como |H∩P| ´e subgrupo de H e de P temos ainda

|H∩P| | | |H| e |H∩P| | | |P| assim |H∩P| | mdc(3,2) = 1, disto conclu´ımos que

|H∩P|=1 logo H∩P={e} e pelo princ´ıpio de contagem

|HP|= |H||P|

|H∩P| =|H||P|=2.3=6

, neste caso tamb´em temos um subgrupo de ordem 6. Assim seja n3=7 ou n3=1 temos subgrupo de ordem 6 no grupo G.

Referências

Documentos relacionados

Primeiro, apresentamos alguns exemplos de problemas de contorno que ilustram o fato destes problemas poderem ter exatamente uma solu¸c˜ao, m´ ul- tiplas solu¸c˜oes e at´e mesmo

Dar solu¸c˜ oes leg´ıveis e justificadas, escrevendo os passos, detalhes e propriedades relevantes. Ler as solu¸c˜oes de uma sess˜ao s´o depois dela... Quest˜ ao 1.. Calcular

A Doença de Machado-Joseph foi descrita pela primeira vez por Nakano e colaboradores, em 1972, os quais caracterizavam a família Machado, de descendência açoriana (da

TABELA 1: Percentual de freqüência numérica (%FN), percentual de biomassa (%W), percentual de freqüência de ocorrência (%FO), Índice de Importância Relativa (IIR) e o

A prática delas também é norteada pelos saberes adquiridos com a experiência, esta é produzida por elas no seu cotidiano docente, num processo permanente de reflexão

(Estratégia Militares 2021– Questão Inédita – Professor Wagner Santos) Segundo o texto, as notícias são.. (A) utilizadas como fontes de propaganda de pensamentos

As viagens tinham como principal razão: principal razão: as peregrinações/ culto dos lugares as peregrinações/ culto dos lugares

A Sizmek MDX Analytics é projetada para fornecer acesso fácil aos dados de campanha, necessários para o monitoramento, otimização e análise de métricas para ajudar os