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XV Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade Moving

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Academic year: 2023

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1 Controles internos do governo do estado do Pará: uma análise da adoção ao COSO a

partir da percepção do gestor

Michelle Luiza Santos de Araújo Universidade Federal do Pará Lidiane Nazaré da Silva Dias Universidade Federal do Pará Frederick Fagundes Alves Universidade Federal do Pará

Resumo

O dever de prestar contas é característico as atividades públicas e de interesse da sociedade que anseia cada vez mais por transparência nas informações dos atos administrativos e na prestação de serviços públicos de qualidade. Com isso, o controle interno se faz necessário para a garantia que a administração pública mantenha seus atos em conformidade com a constituição e as regras presentes nos atos normativos. O presente trabalho tem como objetivo identificar a percepção dos gestores do controle interno das entidades pertencentes a estrutura administrativa do Governo do Estado do Pará quanto a adoção ao COSO. O trabalho possui uma população de 96 instituições da administração direta e indireta que após a aplicação dos critérios da pesquisa contou com uma amostra para o estudo de 30 instituições, foram obtidos dados de 11 entidades, o que corresponde a 36,67% da amostra selecionada e mais cinco instrumentos de execução dos controles internos. Utilizou-se de pesquisa bibliográfica para fundamentar o conceito de controle interno e COSO de pesquisa documental sobre a legislação vigente, levantamento das normas e entrevista com os agentes responsáveis por esses controles internos. Os resultados demonstram, de um modo geral, uma adoção satisfatória aos elementos da estrutura COSO a partir da percepção dos seus gestores, porém evidenciadas lacunas nas atribuições presentes nos regimentos internos. Também se destaca ausências ao que concerne a capacitação de servidores, elemento fundamental para o desenvolvimento e atuação do controle interno da administração pública, a implementação do elemento “avaliação de riscos” e resultado insatisfatório ao elemento “monitoramento”

principalmente ao que acorda sobre a realização de avaliações independentes desses controles.

Palavras-chave: Controle Interno; Governo do Estado do Pará; COSO.

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1. INTRODUÇÃO

Para a administração pública, de modo geral, o controle tem a função de assegurar a execução do serviço da melhor maneira possível e também analisar as atividades como meio de corrigir problemas. A busca por eficácia e eficiência é justificada pela circunstância que a administração pública desenvolve, com dinheiro público, atividades direcionadas aos cidadãos(Waline, 1984 apud Barbieri & Hortale, 1993, p. 183).

O ano de 1964 representa a fase inicial do Controle Interno, quando a Lei Federal nº 4.320/1964, que incluindo normas gerais de Direito Financeiro, criou na Administração Pública as expressões Controle Externo e Controle Interno, nos artigos 76 a 80. Auditoria Geral do Estado do Pará [AGE] (2016).

Tratando-se de legislação estadual, a Constituição do Estado do Pará de 1989 dispõe em seu art. 23 que a administração pública deve realizar o controle interno, finalístico e hierárquico de seus atos, pretendendo preservá-los dentro dos princípios fundamentais previstos naquela Constituição, regulando-os às necessidades do serviço e às demandas técnicas, econômicas e sociais.

Já, no cenário mundial se apresenta o Commitee on Sponsoring Organizations of the Treadway Commission’s (COSO) uma entidade sem fins lucrativos, com papel de destaque, e que desde sua criação busca o aperfeiçoamento dos Controles Internos como elemento fundamental para o bom funcionamento das organizações (Vieira, 2009).

Para Maia et al. (2005), a estrutura de controle interno apresentada pelo COSO é a mais ampla e reconhecida das muitas estruturas existentes, nas quais os processos são executados pelo conselho da administração, pela diretoria ou por outros indivíduos da companhia que a levam ao sucesso operacional, definidas em três categorias: eficácia e eficiência das operações, confiabilidade dos relatórios financeiros e cumprimento de leis e regulamentos aplicáveis.

Com isso, surge a questão norteadora da pesquisa: Os controles internos da administração do Governo do Estado do Pará, apresentam os elementos do COSO? Tem-se como objetivo identificar a percepção dos gestores do controle interno dos órgãos pertencentes a estrutura administrativa do Governo do Estado do Pará quanto a adoção ao COSO.

Justifica-se o estudo pela necessidade da exploração do tema na administração estadual, visto que grande parte da literatura aborda o cenário municipal, a importância do sistema de controle interno para subsidiar o processo decisório dos gestores e a contribuição para evidenciação de resultados sobre a gestão governamental. Permite ainda, verificar elementos que necessitam de aprimoramento para o funcionamento eficiente e eficaz do controle interno e a observação do ponto de vista legal dos instrumentos que orientam as atividades executadas pelos controles internos. Além da implementação do Conselho Nacional de Controle Interno (CONACI) no ano de 2007 em Brasília, mas com sua criação no ano de 2004 em Belém-PA a partir da reunião, pela primeira vez, de um grupo de dirigentes de órgãos de controle interno no Brasil que buscava discutir avanços na área.

O tema em relação aos controles internos vem sendo bastante investigado no cenário das pesquisas, com isso sendo abordado em diversas perspectivas como nos estudos de Barbieri e Hortale (2002), Pereira (2004), Farias, Luca e Machado (2009), Cannavina e Parisi (2015) e Henrique, Chagas, Guimarães e Leal Junior (2016).

Barbieri e Hortale (2002) buscaram discutir sobre controle e regulação na área da saúde pública no Brasil, o trabalho apontou que há uma preocupação geral quanto ao processo regulatório do setor, porém em detrimento ao desenvolvimento de atitudes de controle interno de gestão nas instituições da área. O conceito de controle interno enfatizado pela pesquisa é o

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3 de controle de gestão, destacado como o mais adequado em referência ao modelo gerencial proposto pela reforma administrativa brasileira.

Pereira (2004) discutiu a importância do controle interno para a gestão das empresas, onde destacou a função de suporte a gestão empresarial. Foram utilizados elementos conceituais da literatura acadêmica, para evidenciar o vínculo entre controle interno e gestão.

Com o estudo o autor defende que existe, uma contribuição informativa importante do controle interno para a gestão empresarial, evidenciando o potencial informativo do controle interno. Essa relação pode ser reforçada, pois se vincula a alguns eventos de descontinuidade empresarial.

O estudo de Farias et al. (2009) teve como objetivo analisar a adequação da metodologia COSO no gerenciamento dos controles internos do Banco do Brasil (BB), na visão dos gerentes de agência. A análise ocorreu com relação à adequação da metodologia COSO no gerenciamento dos controles internos do BB. De acordo com os gerentes pesquisados, o estudo constatou que a metodologia COSO no gerenciamento dos controles internos do BB é adequada e alinha-se aos interesses da estrutura e da cultura de controle interno propostas pelo banco.

Cannavina e Parisi (2015) buscaram identificar, por meio dos órgãos da Administração Pública Direta do Poder Executivo Federal, a percepção dos seus gestores sobre o quanto seus sistemas de controles internos têm sido utilizados para o alcance dos objetivos institucionais, se baseando nos componentes de controle interno COSO/INTOSAI. A coleta de dados ocorreu através dos relatórios de prestação de contas do Tribunal de Contas da União do ano de 2011. A pesquisa aplicada a 382 órgãos permitiu concluir que os órgãos da administração pública direta do Poder Executivo Federal não utilizam plenamente os controles internos como ferramenta para melhorar seu desempenho e alcançar seus objetivos institucionais.

Henrique et al. (2016) objetivaram verificar quais os mecanismos de controle interno adotados no município de Três Rios no Estado do Rio de Janeiro e se os controles internos aderem ao regimento legal. Por meio de entrevista na Secretaria de Controle Interno da Prefeitura, levantou-se os mecanismos, e a aplicação de vinte questionários, correspondendo ao total de servidores e agentes públicos que atuam na Câmara, foi avaliado o controle externo exercido por essa. Com o estudo foi possível notar que a prefeitura e a Câmara de Três Rios desempenham de forma satisfatória suas atribuições, porém foi observado que a secretaria do município necessita de mais pessoal e mais qualificação.

A presente pesquisa foi baseada em levantamentos bibliográficos, legislação específica ao assunto, instrumentos legais utilizados nos controles internos e entrevista com aplicação de questionário (Apêndice A) aos agentes responsáveis pelos controles internos da administração estadual.

Outrossim, este trabalho encontra-se dividido em introdução, e mais quatro seções, sendo a segunda a abordagem do referencial teórico, evidenciando definições de controle interno, legislações vigentes e apresentação dos elementos do COSO. Na terceira seção presente os procedimentos metodológicos. Na quarta a análise dos resultados e a conclusão deste trabalho é apresentada na quinta seção, seguidas das referências consultadas para sua realização.

2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. Controle Interno

No Brasil, a Norma Brasileira de Contabilidade – NBC T 16.8, editada pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) por meio da resolução CFC nº 1.135/2008, trata o controle interno com panorama contábil, em suas disposições gerais estabelece referenciais para o

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controle interno como suporte do sistema de informação contábil, no sentido de minimizar riscos e fornecer efetividade às informações contábeis.

A Norma conceitua Controle Interno sob o enfoque contábil como o conjunto de recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade do setor público, com a finalidade de:

(a) Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes patrimoniais;

(b) Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;

(c) Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;

(d) Estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas;

(e) Contribuir para promoção da eficiência operacional da entidade;

(f) Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes malversação, abusos, desvios e outras inadequações. (CFC, 2008, p.2)

Através da NBC T 16.8, se observa a preocupação de comprovação de atos e fatos que afetem o patrimônio e a garantia da integralidade das informações prestadas à administração.

De acordo com Vasconcelos, Sampaio, Silva Neto e Duque (2012), na Administração Pública o controle se faz necessário, para a certificação de que todas as suas ações foram executadas com legitimidade e em consonância com as normas pertinentes a cada ato.

Também, é apontado por Braga Neto, Vasconcelos e Luca (2013), que a busca pelo aperfeiçoamento dos instrumentos de controle com relação aos recursos públicos, recebeu maior notoriedade após a vigência da Lei Complementar nº 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Tabela 1: Definições de Controle Interno

FONTE DEFINIÇÃO COSO - Committee of Sponsoring

Organizations of the Treadway Commission (2013)

É um processo conduzido pela estrutura de governança, administração e outros profissionais da entidade, e desenvolvido para proporcionar segurança razoável com respeito à realização dos objetivos relacionados a operações, divulgação e conformidade.

INTOSAI - International Organization of Supreme Audit Institutions (2004)

É um processo integrado realizado pela gestão da entidade, projetado para lidar com os riscos e oferecer garantias de que a missão da entidade será cumprida, buscando atingir objetivos éticos, eficiência e eficácia operacional e econômica.

AICPA - American Institute of Certified Public Accountants (1954)

É o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e estimular a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas.

TCU – Tribunal de Contas da União (2016)

É o processo efetuado pela administração e por todo o corpo funcional, integrado ao processo de gestão em todas as áreas e todos os níveis de órgãos e entidades públicos, estruturado para enfrentar riscos e fornecer razoável segurança na consecução da missão, dos objetivos e das metas institucionais.

Instrução Normativa nº 01, de 06/04/2001

O conjunto de atividades, planos, rotinas, métodos e procedimentos interligados, estabelecidos com vistas a assegurar que os objetivos das unidades e entidades da administração pública sejam alcançados de forma confiável e concreta, evidenciando eventuais desvios ao longo da gestão, até a consecução dos objetivos fixados pelo Poder Público.

Fonte: Elaborado pela autora com base na revisão de literatura.

A Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988 traz a atualidade: a criação do Sistema de Controle Interno. A Carta Magna em seu art. 74 dispõe a forma do sistema de controle interno nos seguintes termos: “Art. 74º Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno”. (Brasil, 1988, p.74).

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5 Também, estabeleceu que uma das funções atribuídas aos Responsáveis pelo Sistema de Controle Interno é de apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional, com ciência ao Tribunal de Contas da União de qualquer irregularidade ou ilegalidade observada na gestão dos recursos públicos, sob pena de responsabilidade solidária, conforme art. 74, Inciso IV, § 1º, nos seguintes termos: “Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.” (Brasil, 1988, p.74)

A Constituição do Estado do Pará de 1989, prevê que a fiscalização orçamentária, financeira, operacional, patrimonial e contábil dos poderes, de todos os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, ao que se refere aos aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade, bem como a aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Poder Legislativo, mediante Controle Externo. Também, pelos Sistemas de Controle Interno que, de forma integrada, serão mantidos pelo próprio Poder com auxílio dos respectivos Órgãos de Auditoria, como dispõe os arts. 115 e 121 (AGE, 2016).

Ademais, o inciso II do art. 74 da Lei Maior dispõe sobre comprovações da legalidade e avaliação dos resultados quanto a eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. Essa asserção também é vista no inciso II do art.121 da Constituição Estadual, onde regulamenta sobre os órgãos e entidades da administração estadual, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

A Lei Estadual nº 6.176/1998, de 27.12.1998, alterada pela Lei Estadual nº 6.275/1999, de 28.12.99, e Lei Estadual nº 6.832/2006, de 12.02.2006, instituiu o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Estadual, regulando-o e organizando-o de forma sistêmica sob as referidas Leis nos seguintes termos:

Art. 1° O Sistema de Controle Interno de que tratam os arts. 115 e 121 da Constituição Estadual será instituído e organizado de forma sistêmica e regulado nos termos da presente Lei.

Parágrafo único: O Sistema de Controle Interno de que trata este artigo compreende as atividades de fiscalização, auditoria, avaliação de gestão, bem como o acompanhamento da execução orçamentária, financeira, patrimonial, administrativa e contábil, ou qualquer ato que resulte em receita e despesa para o Poder Público Estadual, sob orientação técnica e normativa do Órgão Central do Sistema de Controle Interno e demais subsistemas, no que couber. (PARÁ, 1998, p.1-2)

Diante desses conceitos pode-se inferir que controle interno envolve diversos processos e rotinas, com características contábil e administrativa (Maia et al., 2005). Se observa uma estrutura desejável de controle interno, composta dos seguintes elementos: proteção do patrimônio; confiabilidade e tempestividade de informações contábeis; e eficácia operacional (Ribeiro Filho, Lopes, Pederneiras, & Ferreira, 2008).

2.2. Commitee on Sponsoring Organizations of the Treadway Comission’s – COSO

O Commitee on Sponsoring Organizations of the Treadway Comission’s (COSO) é uma iniciativa conjunta de cinco organizações do setor privado, sendo elas: Associação Americana de Contabilidade (AAA), Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA), Executivos Financeiros Internacionais (FEI), Associação dos Contabilistas e Profissionais da Área Financeira em Negócios (IMA) e do Instituto dos Auditores Internos (IIA). O COSO dedica-se a fornecer liderança de pensamento por meio do desenvolvimento de quadros e orientações sobre gerenciamento de riscos corporativos, controle interno e dissuasão de fraude. (COSO, 2017).

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De acordo com Cannavina e Parisi (2015), o COSO propõe uma forma integrada entre os cinco componentes da estrutura do controle interno, sendo: ambiente de controle, avaliação de risco, atividades de controle, informação e comunicação e atividades de monitoramento, que funcionando juntos fornecem razoável segurança para a administração e para o conselho de administração acerca da realização dos objetivos da organização.

O ambiente de controle é um conjunto de normas, processos e estruturas os quais fornecem a base para a condução do controle interno à organização. Abrange a integridade e os valores éticos da entidade, os parâmetros que permitem a estrutura de governança cumprir suas responsabilidades de supervisão à governança, à estrutura organizacional e à delegação de autoridade e responsabilidade, o processo de atrair, desenvolver e reter talentos competentes e o rigor em torno de medidas, incentivos e recompensas por performance (COSO, 2013).

O risco é a possibilidade que um evento ocorra e afete contrariamente à realização dos objetivos. A avaliação de riscos envolve um processo dinâmico para identificar e avaliar os riscos à realização dos objetivos. Os riscos de não atingir os objetivos em toda a entidade são considerados em relação às tolerâncias aos riscos estabelecidos (COSO, 2013).

Já as atividades de controle são ações estabelecidas através de políticas e procedimentos que auxiliam a garantir o cumprimento das diretrizes determinadas pela administração. Podem ser de caráter preventivo ou detectivo, e abranger atividades manuais e automáticas, tais como: autorizações e aprovações, verificações, reconciliações e revisões de desempenho do negócio (COSO, 2013).

A informação é importante pois, auxilia a instituição a cumprir as atribuições de controle interno para apoiar a realização dos objetivos. A administração obtém ou concebe e utiliza informações significativas e de qualidade, de origem interna ou externa, com a finalidade de assegurar o funcionamento de outras peças do controle interno. A comunicação é o processo contínuo e interativo de compartilhamento de informações necessárias (COSO, 2013).

Além disso, uma organização utiliza avaliações contínuas, independentes, ou a combinação dessas, para certificação da existência e funcionamento de cada um dos cinco componentes de controle interno. As avaliações contínuas proporcionam informações oportunas. As avaliações independentes, de caráter periódico, oferecerão objetivos e frequências diferentes, dependendo da avaliação de riscos (COSO, 2013).

Para Moraes (2003), os elementos do COSO identificam os principais objetivos de qualquer instituição e define o controle interno e seus componentes, assim como fornece padrões para que os sistemas de controle possam ser avaliados e ofereçam suporte para a administração, auditoria e demais interessados consigam utilizar e avaliar um sistema de controle.

3. METODOLOGIA

O estudo tem como objetivo identificar a percepção dos gestores do controle interno dos órgãos pertencentes a estrutura administrativa do Governo do Estado do Pará quanto a adoção ao COSO. A pesquisa realizada visa proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-los explícitos ou a construir hipóteses. Segundo Gil (2007), esse tipo de pesquisa, normalmente, envolve: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; e (c) análise de exemplos que estimulem a compreensão.

Os dados foram levantados a partir de visitas nas unidades de controle interno do governo do Estado do Pará para aplicação de questionário aos responsáveis (Apêndice A) e solicitação dos regimentos internos. Optou-se pela avaliação a nível estadual, pois a Auditoria

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7 Geral do Estado do Pará (AGE) vem desenvolvendo trabalhos em consonância com o Conselho Nacional de Controle Interno (CONACI), presidido pela AGE-PA no biênio 2016/2017. Os trabalhos realizados enfatizam os Sistemas de Governança Pública existentes, utilizando-se como ferramentas as inerentes ao Sistema de Controle Interno para auxiliar o processo decisório e o aperfeiçoamento de prestação de contas (AGE, 2016).

A população da pesquisa foi composta de 96 instituições, sendo 50 da administração direta e 46 da administração indireta do Governo do Estado do Pará, sendo estabelecidos os seguintes critérios para a seleção da amostra: i) a instituição está listada no site oficial do Governo do Estado do Pará como pertencente a administração estadual; ii) a entidade identificada deveria apresentar site próprio e disponível para acesso; e iii) no site da entidade deveria haver a identificação da estrutura organizacional da mesma, contemplando a unidade de controle interno.

Após a análise descrita, identificou-se uma amostra final com 30 órgãos administrados pelo Governo do Estado do Pará, todos aqueles continham sites próprios, disponíveis e vinculados ao do Governo Estadual. Grande parte desses órgãos apresentavam organogramas com a presença da unidade de controle interno ou disponibilizava algum tipo de estrutura organizacional com os dados de responsáveis, possibilitando a identificação dos controles internos.

Para a realização do objetivo proposto, a coleta de dados foi dividida em quatro etapas:

i) realização de contato telefônico com os números disponibilizados dos controles internos ou responsáveis pelos mesmos nos sites; ii) envio de e-mail aos responsáveis dos controles internos identificados nos sites, apresentando a pesquisa e o questionário, formalizando a solicitação de entrevista; iii) entrega de ofícios nas sedes das instituições para autorização de entrevista; e iv) solicitação dos regimentos internos de cada entidade pesquisada através do site oficial do Governo do Estado do Pará, por meio do Sistema de Informação ao Cidadão eletrônico (e-SIC).

O questionário utilizado representa uma adaptação do desenvolvido por Garcia Neta, Araújo, Dias e Albuquerque (2017), aplicado às prefeituras do Estado do Pará. As respostas correspondem ao grau de adoção da instituição ao item em análise, sendo utilizada a escala tipo Likert, que varia de um a cinco, sendo: (1) item não adotado, (2) item inicialmente adotado, (3) item parcialmente adotado, (4) item mais que parcialmente adotado e (5) item totalmente adotado.

Destaca-se que diferentemente de Garcia Neta et al. (2017), nessa pesquisa aplicou-se pessoalmente o questionário aos órgãos pertencentes a amostra, possibilitando o levantamento de informações adicionais e, em alguns casos, a disponibilização do regimento interno. Por meio da entrevista foi possível identificar os responsáveis pelos controles internos e compreender questões além do questionário.

O sistema de controle interno do Estado do Pará em sua atuação sistêmica integra o órgão central, a Auditoria Geral do Estado do Pará (AGE) e as Secretaria de Estado de Planejamento (SEPLAN), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA) e Secretaria de Estado de Administração (SEAD). O estudo obteve a resposta de onze instituições, correspondendo a 36,67% da amostra selecionada. Entre as entrevistadas se encontra duas das três secretarias que fazem parte da atuação sistêmica com a Auditoria Geral do Estado do Pará.

A análise dos dados é apresentada a seguir de acordo com cada bloco de perguntas respondidas no questionário (Apêndice A), a interpretação dos dados foi feita com base nas legislações vigentes sobre o sistema de controle interno do Poder Executivo Estadual conjuntamente com a análise dos regimentos internos recolhidos e resultados evidenciados em pesquisas sobre a abordagem dos controles internos.

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4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Com o objetivo de identificar a percepção dos gestores do controle interno das entidades pertencentes a administração do Governo do Estado do Pará quanto a adoção ao COSO, serão dispostas as respostas dos responsáveis pelos controles internos, no quantitativo total de onze instituições.

Para a averiguação dos resultados, a análise é feita com base nas 275 respostas coletadas e avaliadas pela escala tipo Likert de 1 a 5 aplicada nos questionários aos responsáveis pelos controles internos. Também, baseando-se nos dispositivos legais vigentes, compreensão dos cinco regimentos internos recolhidos e resultados encontrados em outras pesquisas sobre o tema controles internos. As Tabelas apresentadas para análise integram os seis blocos dos questionários aplicados (ambiente de controle, avaliação de riscos, atividades de controle, informação e comunicação, atividades de monitoramento e o compliance com as normas brasileiras).

Como pode ser visto na Tabela 2, cerca de 63% dos respondentes, correspondendo a sete órgãos dos onze entrevistados evidenciam que existe um padrão de atuação formalmente adotado que aborda pontos como integridade e valores éticos. Esse resultado é apoiado com a Instrução Normativa nº 001/2004, de 23 de janeiro de 2004 da AGE, que institui os princípios e normas ético-profissionais aplicáveis aos servidores públicos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado do Pará.

Acerca de parâmetros estabelecidos para sua própria revisão, na questão 2 da Tabela 2, 54%, correspondendo a seis unidades de controle interno dos onze entrevistados adotam esse item. Entretanto, ao serem analisados os cinco regimentos internos, apenas um apresenta dentre as suas atribuições a implantação, a manualização e a coordenação de atividades de Organização e Métodos (O&M), para padronização de fluxo, formulários e documentos.

Tabela 2 – Dados referente a adoção do elemento ambiente de controle

Bloco 1 1 2 3 4 5

1

Possui um padrão de atuação formalmente estabelecido, abordando

pontos relacionados a fatores de integridade e valores éticos. 18% 0% 9% 9% 63%

2

Possui parâmetros claramente estabelecidos para a sua própria revisão.

0% 0% 9% 36% 54%

3

Possui uma estrutura organizacional definida, contemplando níveis

hierárquicos e de responsabilidade. 0% 0% 0% 9% 90%

4

Possui programas de treinamento visando o aperfeiçoamento de seus colaboradores e/ou incentiva o desempenho (por meio de plano de cargos

e salários e remuneração atrelada ou produtividade/capacitação). 45% 9% 27% 0% 18%

Fonte: Dados da pesquisa.

Considerando a estrutura organizacional, obteve-se 90% dos controles internos com estruturação definida, o que corresponde a dez órgãos. Tal verificação também é observada na estruturação e organização disposta no Manual de Procedimentos do Agente Público de Controle de 2005 da AGE. Além disso, foi possível identificar um período de atuação dos responsáveis nas unidades entrevistadas que variou de um ano e meio a vinte e dois anos.

Destaca-se as respostas que contemplam o item capacitação de servidores e desempenho, as quais apresentam maior número de respostas entre a escala de 1 a 3, totalizando o percentual de 81%, ou seja, entre os onze controles pesquisados nove se encontram em adoção parcial nesse item. Essa assertiva é consoante com o estudo de Henrique et al. (2016) que ao verificarem os controles internos do município de Três Rios no

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9 Estado do Rio de Janeiro, observaram que a Secretaria de Controle Interno da Prefeitura necessitava de mais pessoal e mais qualificação. Também, ao analisar os cinco regimentos internos recolhidos, apenas um apresenta como atribuições do controle interno a realização de capacitação e treinamentos diversos das unidades de corporação referentes a área de atuação do controle interno.

Na Tabela 3, o quantitativo de 45% dos entrevistados, representando apenas cinco controles internos, adotam a administração de uma rotina de identificação de riscos para que os objetivos e metas da organização a qual estão vinculados não sejam prejudicados.

Também, entre os cinco regimentos internos analisados apenas dois tem como atribuição a operacionalização dos objetivos e metas pretendidos pelo órgão, por meio de um planejamento estratégico, ações e projetos, com definição de responsabilidade, recursos necessários e cronogramas.

Tratando-se do item que 2 que considera os riscos do não atingimento dos objetivos definidos pela entidade, havendo alguma tolerância apenas 45% dos respondentes, o que equivale a cinco controles internos adotam totalmente. Apoiando este resultado verifica-se a presença em apenas um instrumento de execução dos cinco recolhidos a atribuição de estudo permanente do sistema de planejamento e controle do órgão, propondo as devidas alterações em relação as novas necessidades de atualização.

A respeito da consideração do potencial para fraude na avaliação dos riscos, na questão 3 do segundo bloco, 63% dos respondentes adotam tal medida, essa verificação também é feita por Souza Junior e Silva (2016), que destacam que todas as Unidades Jurisdicionais (UJs) avaliadas em seu trabalho consideram de parcial a totalmente válidos a ocorrência de processos formais para apuração de fraudes e para o controle do patrimônio.

Tabela 3 – Dados referentes a adoção do elemento avaliação de riscos

Bloco 2 1 2 3 4 5

1

Administra uma rotina de identificação dos riscos que podem prejudicar o atingimento dos objetivos e metas da organização.

9% 0% 9% 36% 45%

2

Considera os riscos do não atingimento dos objetivos definidos pela entidade, havendo alguma tolerância ao que foi estabelecido.

9% 0% 0% 45% 45%

3

Considera o potencial para fraude na avaliação

dos riscos à realização dos objetivos. 18% 0% 0% 18% 63%

4

Busca identificar claramente os objetivos da entidade dentro das categorias operacional, divulgação e conformidade, para que, dessa forma, proceda a análise dos riscos inerentes aos mesmos.

0% 0% 0% 36% 63%

5

Monitora as mudanças no ambiente externo inerentes à realização dos objetivos institucionais, as quais podem tornar Controle Interno ineficaz.

0% 9% 9% 27% 54%

Fonte: Dados da pesquisa.

Observou-se que 63% dos respondentes, correspondendo a sete unidades de controle interno, identificam os objetivos da entidade dentro das categorias operacional, divulgação e conformidade (questão 4 do bloco 2), conforme a percepção dos seus gestores. Mas, somente dois regimentos interno apontaram a atribuição de emissão de relatórios e pareceres de auditorias realizadas nos setores operacional e patrimonial.

Sobre o monitoramento das mudanças no ambiente externo que poderia tornar o controle interno ineficaz para a entidade vinculada, foi verificado que apenas 54% das

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unidades o adotam totalmente, o que corresponde a seis órgãos. Resultado esse, apontado na análise dos regimentos internos onde apenas um dos cinco avaliados apontam intercâmbio com áreas e profissionais afins, de outros órgãos da administração, buscando a troca de experiência e melhoria contínua.

Na Tabela 4, a questão 1 sobre a seleção e desenvolvimento de atividades de controle que ajudam no cumprimento das diretrizes determinadas pela administração, 90%, a partir da percepção dos seus gestores, adotam tal medida. Essa verificação também é observada em quatro dos cinco regimentos como atribuição das unidades de controle interno registro das conformidades diárias de acordo com as transações do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (SIAFEM-PA).

Tabela 4 – Dados referente ao elemento atividade de controle

Bloco 3 1 2 3 4 5

1

Seleciona e desenvolve atividades de controle que ajudam a garantir o cumprimento das diretrizes determinadas pela administração e cooperam para a redução, a níveis aceitáveis, dos riscos

à realização dos objetivos.

0% 0% 0% 9% 90%

2

Seleciona e desenvolve atividades de controle em todos os níveis da entidade, nos vários estágios dentro dos processos institucionais e do ambiente tecnológico.

0% 0% 27% 27% 45%

3

Possui natureza preventiva ou de detecção, além de abranger uma série de atividades manuais e automáticas, como autorizações, verificações e revisões de desempenho do negócio.

0% 0% 0% 27% 72%

4

Possui políticas e metodologias formais, que indicam as instruções a serem adotadas pelo pessoal, impedindo interpretações equivocadas.

9% 0% 0% 18% 72%

Fonte: Dados da pesquisa.

Na questão 2 sobre o desenvolvimento de atividades de controle, em todos os níveis dos órgãos pesquisados que inclua de processos institucionais a ambiente tecnológico, foi verificado que 45%, ou seja, cinco controles adotam esse item, conforme a percepção do gestor. Além disso, foi verificado que um entre os controles internos visitados implementou no ano de 2017 o check-list eletrônico, que consiste em um banco de informações com todos os procedimentos executados pelo controle interno, possibilitando auxilio na análise de desempenho. Apesar dessa implementação que já sinaliza modificações, uma das prerrogativas para o percentual de 54% é que a administração pública, apesar das mudanças sofridas no ambiente tecnológico de sua estrutura ainda necessita de mais desenvolvimento na área.

Na terceira questão da Tabela 4, acerca da natureza preventiva ou detectiva dos controles internos foi evidenciado que 72% das respostas, ou seja, oito órgãos apresentam essa natureza além de abranger atividades manuais e automáticas para verificações de desempenho. Apesar, de oito órgãos adotarem esse item, a atividade é visualizada apenas em dois dos cinco regimentos analisados, os quais atribuem as unidades de controle interno a emissão de Solicitações de Ações Preventivas (SAP’s) utilizadas para registro a situações em desacordo com a legislação vigente.

Todavia, existe no âmbito estadual o Sistema de Controle Preventivo (SICONP), o SICONP é um aplicativo desenvolvido em plataforma web sua utilização tem amparo na Instrução Normativa nº 001/2011 da AGE, de 15 de junho de 2011, que dispõe sobre a implantação do sistema, no âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

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11 Estadual. Tem por objetivo viabilizar o monitoramento preventivo dos atos administrativos por meio das publicações dos atos administrativos dos órgãos no Diário Oficial do Estado. O sistema é utilizado a partir da disponibilização de listas de procedimentos específicos, de acordo com a fundamentação legal da dispensa ou da inexigibilidade, onde os Agentes Público de Controle (APC) devem aplicar nos processos analisados de competência do seu órgão.

Quando se trata das políticas e metodologias formais adotadas para instrução de pessoal para impedimento de interpretações equivocadas, se observa uma adoção de 72%, conforme a percepção dos gestores correspondendo a oito controles internos dos onze entrevistados.

Porém, essa verificação é apontada apenas em dois dos cinco regimentos internos recolhidos, os quais dispõe a organização de coletâneas de leis para atualização dos setores da instituição e a manutenção sistemática e organizada da legislação, possibilitando consultas posteriores.

Na Tabela 5, 90% dos respondentes, correspondendo a dez dos onze controles internos entrevistados utilizam-se de fontes internas e externas para o apoio do seu funcionamento.

Como apontado por Souza Junior e Silva (2016) um evento que pode contribuir é o aumento ao estímulo do processo de transparência das informações nos órgãos públicos. E, entre os regimentos internos recolhidos quatro dos cinco apontam a execução de atividades de acordo com as normas da AGE ou a manutenção de intercâmbio com instituições correlatas, visando à troca de informações e experiência na busca de elevar os níveis técnico-administrativo e operacional da unidade de controle interno para o órgão.

Tabela 5 - Dados referente ao elemento Informação e comunicação

Bloco 4 1 2 3 4 5

1

Utiliza informações tanto de fontes internas quanto externas com a finalidade de apoiar o seu funcionamento.

0% 0% 0% 9% 90%

2

Possui o compartilhamento interno de informações entre os departamentos, apoiando o seu funcionamento.

0% 0% 18% 9% 72%

Fonte: Dados da pesquisa.

Além disso, quando questionado ao responsável pela unidade de controle interno sobre a autonomia desse setor na instituição pesquisada, todos os responsáveis das unidades afirmaram que elas são autônomas, ou seja, conseguem executar suas atividades sem impedimentos com o apoio de outros setores e ainda recebem a concordância de seus diretores ou gestores máximos. Essa verificação encontra-se de acordo com a conclusão de Cavalcante, Peter e Machado (2011), que afirmam que um dos objetivos do controle interno é atuar como mecanismo de auxílio para o administrador público. Também, entre os cinco regimentos internos analisados, três competem a unidade de controle interno o assessoramento e assistência ao gestor máximo do órgão.

Analisando de forma global o bloco de questões aplicado acerca do elemento monitoramento na Tabela 6, observa-se que é o único bloco que não apresenta níveis de adoção acima de sete unidades de controle interno, o mesmo foi constatado por Souza Junior e Silva (2016), que ao traçarem um diagnóstico para a busca contínua de melhoria nos controles internos estatuais obtiveram como resultados a indicação de uma fragilidade quanto ao aprimoramento contínuo dos controles.

No item 1, o qual avalia a realização de avaliações contínuas e/ou independentes para certificar o funcionamento e a eficácia dos componentes dos controles internos, observou-se uma adoção de 54%, o que corresponde a seis unidades de controle interno das onze pesquisadas. Diferentemente do que enfatiza Imoniana e Nohara (2005), que a eficácia do controle é fornecida por meio da conscientização dos integrantes do ambiente de controle e

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sua eficiência é o resultado da implementação do conceito de accountability e monitoramento.

No item 2 da Tabela 6, ao avaliar a realização de avaliações contínuas em diferentes setores da entidade, evidenciou-se que 54% adotam esse item, correspondendo apenas a seis unidades de controle interno, esse resultado também é corroborado com a análise feita nos regimentos internos, onde é verificado em dois regimentos dos cinco recolhidos a competência da unidade de controle interno em avaliar os controles internos de setores como coordenadorias e gerências e a elaboração de relatórios mensais das atividades sobre a avaliação dos controles internos pertencentes ao órgão.

Tabela 6 – Dados referentes ao elemento monitoramento

Bloco 5 1 2 3 4 5

1

Realiza avaliações contínuas e/ou independentes para se certificar da presença, funcionamento e eficácia dos seus componentes.

0% 9% 27% 9% 54%

2

Realiza avaliações continuas em diferentes setores por meio das quais são proporcionadas informações relevantes e em tempo hábil para a entidade.

0% 0% 27% 18% 54%

3

Realiza, periodicamente, avaliações

independentes. 27% 0% 27% 27% 18%

Fonte: Dados da pesquisa.

Também, quando se discute sobre a realização de avaliações independentes encontradas na questão 3 do quinto bloco, se observa que apenas duas entre as onze unidades pesquisadas, representadas por 18% adotam tal premissa, para Souza Junior e Silva (2016) a auto avaliação é significativa no contexto de controle interno, uma vez que possibilita evidenciar as dificuldades de implementação e operacionalização para atuação desses controles.

Como pode ser visto na primeira questão da Tabela 7, cerca de 90% das unidades elaboram relatórios ao controle externo do Governo do Estado do Pará, item esse encontrado como atribuição em três dos cinco regimentos internos analisados, com a elaboração de relatório de controle interno para compor a prestação de contas trimestral, conforme exigência do Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE-PA).

Também, na segunda questão da Tabela 7, aproximadamente 72% dos órgãos, correspondendo a oito entrevistados avaliam o cumprimento de metas previstas no Plano Plurianual (PPA), execução dos programas e orçamento estadual. Esse item também é disposto em três dos cinco regimentos internos analisados.

Acerca da comprovação da legalidade da gestão orçamentária, financeira e patrimonial da entidade a qual o controle interno está vinculado, verifica-se o percentual de 100% de adoção, conforme a percepção do gestor. Essa verificação também é constante em três regimentos internos analisados.

Tratando-se da verificação da atividade do controle interno o exercício do controle das operações de crédito, avais e garantias, 63% dos pesquisados, correspondendo a sete unidades de controle interno adotam tal item. Mas, apenas um regimento interno dos cinco analisados dispõe a análise de pedidos de anulação e suplementação de dotações orçamentárias e emissão de pareceres sobre eles, para posterior remissão ao gestor máximo do órgão para devida aprovação.

Referente a atuação do controle interno na atuação de proteção de ativos e componentes patrimoniais, na sexta pergunta da Tabela 7, foi averiguado que 81% das instituições adotam tal medida, porém o que corresponde a análise dos regimentos internos apenas um dos cinco

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13 instrumentos aponta a verificação in loco de bens ou materiais e valores em posse dos setores da entidade vinculada.

Tabela 7 - Compliance de normas e regulamentos que regem o controle interno no Brasil

Bloco 6 1 2 3 4 5

1

O Controle Interno da entidade elabora relatórios direcionados ao controle externo do governo do estado.

0% 0% 0% 9% 90%

2

O sistema de Controle Interno da entidade avalia o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e do orçamento estadual relacionado à sua atuação.

0% 0% 18% 9% 72%

3

O Controle Interno comprova a legalidade e avalia os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial da entidade a qual está vinculado.

0% 0% 0% 0% 100%

4

Dentre as atividades do Controle Interno está o exercício do controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da entidade.

18% 0% 18% 0% 63%

5

Existe regulamento do sistema de Controle Interno da entidade, estabelecendo sua composição e funcionamento.

27% 0% 0% 0% 72%

6

O sistema de Controle Interno da entidade atua no sentido de proteger os ativos e assegurar veracidade dos componentes patrimoniais.

0% 0% 9% 9% 81%

7

O Controle Interno da entidade auxilia na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações.

0% 0% 9% 0% 90%

Fonte: Dados da pesquisa.

A obtenção de uma quantidade menor de regimentos internos do que a quantidade de unidades entrevistadas, e o percentual de 27% encontrado no item 5 da Tabela 7 como item não adotado deve-se ao fato, conforme os gestores entrevistados, de que os regimentos internos se encontram em fase de reelaboração ou estão em processo de aprovação por parte da SEAD, Secretaria responsável pelo gerenciamento dos Controles Internos existentes no âmbito do Poder Executivo Estadual.

Acerca do item 7 do sexto bloco de avaliação, 90% dos respondentes, correspondendo a dez unidades adotam esse item. O mesmo verificado nos regimentos internos como mecanismo de prevenção a práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes e outras inadequações, a elaboração e organização da prestação de contas internas relativas à receitas e despesas, sempre que solicitado.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo buscou identificar a percepção dos gestores do controle interno dos órgãos pertencentes a estrutura administrativa do Governo do Estado do Pará quanto a adoção ao COSO, analisando, paralelamente, os regimentos internos disponibilizados pelas unidades visitadas. O estudo foi dividido nos cinco elementos estabelecidos pelo COSO para o controle interno: ambiente de controle, avaliação de riscos, atividade de controle, informação e comunicação e o monitoramento, mais um sexto bloco de perguntas que corresponde a um compliance de normas e regulamentos que orientam o controle interno no Brasil.

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De forma geral, acerca do ambiente de controle, os controles internos apresentam-se, na percepção dos gestores entrevistados, avaliados satisfatoriamente para a adoção ao COSO concomitante com os atos normativos dispostos pela Auditoria Geral do Estado do Pará, porém o item relacionado a capacitação e desempenho de servidores ainda evidencia o mesmo cenário encontrado no trabalho de Henrique et al. (2016).

Sobre a avaliação de riscos se obteve respostas satisfatórias em apenas um dos cinco itens avaliados quanto adoção ao COSO, também ao que se devem as atribuições elencadas nos regimentos internos recolhidos apenas um entre os cinco recolhidos apresentava maior atribuições relacionados a avaliação de riscos, e quando verificamos a análise do monitoramento externo para diminuir a ineficácia do controle interno foram encontradas fragilidades.

Nas atividades de controle é observado uma adoção total entre os itens avaliados pelos gestores de no mínimo 72%, destacando-se sobre a seleção e desenvolvimento de atividades de controle que ajudam no cumprimento das diretrizes da administração, verificando-se em quatro dos cinco regimentos a atribuição do registro das conformidades diárias e a utilização do SICONP, no controle preventivo dos atos administrativos relacionados a dispensa de licitação e inexigibilidades. Porém, o desenvolvimento de atividades em todos os níveis da entidade apresenta apenas 45% de adoção, ou seja, cinco controles internos, observando que ainda é necessário o aprimoramento da tecnologia na esfera pública.

A respeito do elemento informação e comunicação evidenciou-se uma adoção total de no mínimo 72%, correspondendo a oito dos onze controles internos visitados, concordando também com o trabalho de Souza Junior e Silva (2016). Também, ao ser questionada a autonomia desse setor na instituição pesquisada, todos os responsáveis das unidades afirmaram que elas são autônomas, ou seja, conseguem executar suas atividades com o apoio de outros setores e a concordância de seus gestores máximos. Essa verificação encontra-se de acordo com a conclusão de Cavalcante et al. (2011), que afirmam que um dos objetivos do controle interno é atuar como mecanismo de auxílio para o administrador público. Também, entre os cinco regimentos internos analisados, três competem a unidade de controle interno o assessoramento e assistência ao gestor máximo do órgão.

O elemento monitoramento quando se faz uma análise global é o que apresenta maior fragilidade entre os elementos verificados, pois encontram-se respostas que não ultrapassam o percentual de 54% em níveis de adoção total, o que corresponde a seis unidades de controle, também a avaliação do item de avaliações periódicas independentes é o que apresenta o menor percentual de adoção total assim como o item 4 do bloco 1 acerca do ambiente de controle em relação a capacitação de servidores.

A análise feita com base no compliance evidenciou resultados satisfatórios e também a o cenário de readaptação dos controles as mudanças que vem ocorrendo na administração pública por parte dos seus regimentos, visto que se encontram em fase de reformulação ou de aprovação por parte do órgão competente. E com base na análise dos regimentos recolhidos e as respostas foi possível verificar que existe por parte dos controles internos a comprovação da legalidade, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial da entidade a qual está vinculado.

Como limitações da pesquisa foi identificado o período de encerramento do exercício, com isso o volume de atividades a serem executadas por esses controles para consolidação do desempenho e apreciação do órgão competente (AGE) é mais demandado, a falta de sites próprios e/ou disponíveis para acesso dos órgãos listados como da administração estadual do Pará, não visualização dos organogramas nos sites oficiais e a não disponibilização nos sites dos responsáveis e/ou contatos para a busca das informações necessárias.

Como sugestão de pesquisas futuras, buscando o aprofundamento da abordagem feita, é recomendado a verificação do cenário estadual dos controles internos principalmente ao que

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15 aborda as suas atribuições e/ou competências após esse processo de reformulação e aprovação dos regimentos internos, relações entre os órgãos da administração direta e indireta, assim como adicionar ao questionário matérias que abordem questões relacionadas a princípios da administração pública como o da legalidade, esse bastante discutido nas entrevistas realizadas.

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(17)

17 Ribeiro Filho, J.F.; Lopes, J. E. G.; Pederneiras, M. M. M.; Ferreira, J. O.L. (2008). Controle Interno, controle externo e controle social: análise comparativa da percepção dos profissionais de controle interno de entidades das três esferas da Administração Pública. Revista Universo Contábil, Blumenau, v. 4, n.3, p. 48-63, jul./set.

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(18)

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

Avalie cada item contido nos 6 blocos conforme a escala: 1. Item não adotado, 2. Item incialmente adotado, 3. Item parcialmente adotado, 4. Item mais que parcialmente adotado e 5. Item adotado.

QUESTIONÁRIO SOBRE O SISTEMA DE CONTROLE INTERNO ESTADUAL

Classifique cada atividade contida nos componentes abaixo conforme o

grau de atendimento ao item. 1 2 3 4 5

1- AMBIENTE DE CONTROLE

(O ambiente de controle representa o universo de normas que proporcionam base à direção do Controle Interno em toda a organização, abrangendo conceitos como conduta, integridade e os valores éticos.)

O Sistema de Controle Interno da entidade, no que concerne ao ambiente de controle:

Possui um padrão de atuação formalmente estabelecido, abordando pontos

relacionados a fatores de integridade e valores éticos.

Possui parâmetros claramente estabelecidos para a sua própria revisão.

Possui uma estrutura organizacional definida, contemplando níveis

hierárquicos e de responsabilidade.

Possui programas de treinamento visando o aperfeiçoamento de seus colaboradores e/ou incentiva o desempenho (por meio de plano de cargos e

salários e remuneração atrelada ou produtividade/capacitação).

2- AVALIAÇÃO DE RISCOS

(A Avaliação de riscos é processo de identificação e avaliação dos riscos mais relevantes à efetivação dos objetivos)

O Sistema de Controle Interno da entidade, no que concerne à avaliação de riscos:

Administra uma rotina de identificação dos riscos que podem prejudicar o

atingimento dos objetivos e metas da organização.

Considera os riscos do não atingimento dos objetivos definidos pela entidade,

havendo alguma tolerância ao que foi estabelecido.

Considera o potencial para fraude na avaliação dos riscos à realização dos

objetivos.

Busca identificar claramente os objetivos da entidade dentro das categorias operacional, divulgação e conformidade, para que, dessa forma, proceda a

análise dos riscos inerentes aos mesmos.

Monitora as mudanças no ambiente externo inerentes à realização dos objetivos

institucionais, as quais podem tornar Controle Interno ineficaz.

3- ATIVIDADES DE CONTROLE

(As Atividades de Controle garantem o cumprimento das diretrizes definidas pela administração, onde espera- se assegurar que os objetivos operacionais sejam alcançados e os riscos à realização dos objetivos sejam

superados)

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19 O Sistema de Controle Interno da entidade, no que concerne às atividades de controle:

Seleciona e desenvolve atividades de controle que ajudam a garantir o

cumprimento das diretrizes determinadas pela administração e cooperam para a

redução, a níveis aceitáveis, dos riscos à realização dos objetivos.

Seleciona e desenvolve atividades de controle em todos os níveis da entidade, nos vários estágios dentro dos processos institucionais e do ambiente

tecnológico.

Possui natureza preventiva ou de detecção, além de abranger uma série de atividades manuais e automáticas, como autorizações, verificações e revisões

de desempenho do negócio.

Possui políticas e metodologias formais, que indicam as instruções a serem

adotadas pelo pessoal, impedindo interpretações equivocadas.

4- INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

(A informação e comunicação fornecem suporte para o Controle Interno, interligam as informações que podem ser de fontes internas ou externas)

O Sistema de Controle Interno da entidade, no que concerne à informação e comunicação:

Utiliza informações tanto de fontes internas quanto externas com a finalidade

de apoiar o seu funcionamento.

Possui o compartilhamento interno de informações entre os departamentos,

apoiando o seu funcionamento.

5- MONITORAMENTO

(O monitoramento são avaliações contínuas e independentes, ou uma combinação das duas. Certificam-se da presença e do funcionamento das cinco peças do Controle Interno)

O Sistema de Controle Interno da entidade, no que concerne ao monitoramento:

Realiza avaliações contínuas e/ou independentes para se certificar da presença, funcionamento e eficácia dos seus componentes.

Realiza avaliações continuas em diferentes setores por meio das quais são

proporcionadas informações relevantes e em tempo hábil para a entidade.

Realiza, periodicamente, avaliações independentes.

6- COMPLIANCE DE NORMAS E REGULAMENTOS QUE REGEM O CONTROLE INTERNO NO BRASIL

O Controle Interno da entidade elabora relatórios direcionados ao controle

externo do governo do estado.

O sistema de Controle Interno da entidade avalia o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e do

orçamento estadual relacionado à sua atuação.

O Controle Interno comprova a legalidade e avalia os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial da

entidade a qual está vinculado.

(20)

Dentre as atividades do Controle Interno está o exercício do controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da

entidade.

Existe regulamento do sistema de Controle Interno da entidade, estabelecendo

sua composição e funcionamento.

O sistema de Controle Interno da entidade atua no sentido de proteger os ativos

e assegurar veracidade dos componentes patrimoniais.

O Controle Interno da entidade auxilia na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes, malversação, abusos, desvios e outras

inadequações.

Referências

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