Ribeiro, Victor
O arquivo de misericórdia
de Lisboa
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MISERICÓRDIA DE LISBOA
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RIBEIROS.'«-i>i rorr*«pon(1*nte d» Acadmia
«ti»-» Inttiiutx .|.-Coimbra, Kiod«Jnnelro e PemaMbuen,
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DO LIVRO
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DA
MISERICÓRDIA DE LISBOA
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RIBEIRO Sado oorrMpoad«aMdaAMdtaiaiMtitaiM 4* Coiabn. Rioé» iuutxo•
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DA
UXIVKKRIDADK 1915I
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o ARÇDIYO DA MISERICÓRDIA DB LISBOA
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EIPOSIÇÀO OLISSIPOHEMSEDE
1914Ao
pôrem
práticaa suabenemériU
iniciativadeuma
Ex- potiqàoOlUsiponeme—
cde carácter essencialmente regio- nalisU, no que diz respeito À indústria cenlmica, á biblio- grafia e àiconografia desta cidade de Lisboa e seu termo»—
celebrando poresU
formaUo
louvável o seu quinqua- géasimo aniversário, a prestimosa Aê$ociação doi Arqueá- loT^"
-fugu€$e* resolveu, segundo li algures, dirigir depi
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assuas circulares aentidades nitooficiais, afim de nao distrair dos museus, bibliotecas, arquivos e colec- çíVes públicas os objectos que, ali conservados, sflo presu- midamente conhecidos dos estudiosos. Por Ul motivo, cerUmente, tendo eu sido particularmente honradocom am
convite para concorrer à exposição, nXo o foi a Miae- ricordia,em
cujo Arquivo, há trêsanos ameu
cargo, tenho iniciadouma
pequena colecçlo de documentos, planUs e objectos diversos, relativos ao venerando Instituto de As- sistência Pública, o primeiro do país e o mais ímport«nte da capital. Estes escassoselementos e relíquias daarqueo«logia da antiga Confraria da Misericórdia slo igualmente eleiíMQtos para a história e tradiçí^s da cidade que foi o berço onde s« fundou a primeira desUs Confrarias, que te
tomaram uma
verdadeira instituiçlo nacional, indisso- luvelmente ligadas à vida portuguesa, quer nos tempos antigos quer nos actuais, e que os nossos colonisadoret levaram além dot mares, até«m
mais remotos confins daterra, ató às variadas regiflee africanas dos nossos doml- nioS| «té i índia, até ao Japão, até aoa paiaet do
Novo
Mundo,
onde ainda hoje constituem igualmente a basefundamenUl
da organizaçSo da AasistÔncia pública nos vastos e opulentos Estados da República do Brasil.Mas, a par desse limiudo
número
de objectos mera- mente curiosos, a cadamomento
seme
depararam, nos documentos do Arquivo, a cuja rigorosa caUlogaçJlo eu tenho procedido, elaborando os respectivos Índices, cente- nares de noticias documentais interessando mais oumenos
à arqueologia olissiponense. Muilo mais pobre o Arquivo da Misericórdia do que o opulento Arquivo do HospiUl deSao
José, porque fiste último, tendo sido poupado pelo terremoto, contêm os seus livros e documentos desde os registos originais dos séculosxv
e xvi, e recebeu todos 08 preciosos tombos das Provedorias das Capelas, ao passo que o da Misericórdia foi totalmente devorado pelo incên- dio de 1755, e só por excepçlo ou por cópias encerra hoje documentação anterior ao lamentável desastre, con- tudo 08 elementos e notícias, que os seus índices conteem, até ao ponto que alcançaram osmeus
trabalhos,com
algu-mas
informaçõespodem
interessar e esclarecer a históriadavelha Lisboa.Ocorreu-me traze-los nessasindicaçõesde sumários a esta Academia, para a Classe lhes dar pubU- cidade no seu Boletim.
É um
indículo apenas,mas
assimpoderão aproveitar aos estudiosos do assunto alguns docu- mentos porventura ignorados. Pena é que nfto possa fa- zer-se idêntico trabalho
com
os índices do HospiUl de SSo José, certamenteem
muitos casos,menos
explícitos sobreestes particulares assuntos de arqueologia citadina, para os quais, por impulso natural da orientação dos
meus
tra- balhos e estudos predilectos, semoveram
sempre, durante a verbeUçfto, osmeus
cuidados eatenções.É
desta forma, pela consciente e dedicada colaboração dos mais variados elementos que se pode formar adocumenUçSo
completarelativa à história retrospectiva dacidade.
Como
seu filhoamantíssimo, orgulhar-me-hei e por muito
bem
pagom«
darei deste e doutros fatigantes e inglórios trabalhos, de que ot néecios 6orriem
com
desdém, se acaso alguma ou algumas das indicações respeitantes a qualquer dosnomea
apontados na relaçílo alfabética que' se seg^e, poderem aproveitar, ministrandoum
elemento bovo, sequer quesrja, para a história municipal. Este indiculo nÍo é mais do que
um
aditamento ao extenso índice alfabético dat matérias e documentos a quejá fiz mais oumenos
larga referência ou a que dei publicação na íntegra, nomeu
lirro àcêrca da Misericórdia de Lisboa, publicado nas Memóriaa Âeadémietu desta
Segunda
Classe, a que muitome
honro de pertencer.Enumerarei
em
primeiro lugar os subsídioscom
que oAr-..uivo
da
Misericórdia poderia concorrer ao famoso cer-n iconográfico e bibliográfico da Exposição Olissipo-
-"', e
em
seguida darei os sumários devidamente alfa-uetados a que
me
referi.I
Eis a relaçlo de objectos que reuni e dos que se con- servam no
Museu
e na pequena biblioteca anexa ao Ar- quivo:\fi
OBUPO
1 .
—
Bandeirasda
Misericórdia, que aoompanluTain Ot condenados e saiam á frente da Confraria. (No Museu),2.
—
Bandeiras que serviam nas procissSes daCompa-
nhia de Jesus.
3.
—
Varas dos irmãos da Confraria da Misencordui (Ko Museu).i.
—
Compromissoda
Misericórdia; c<Spia manuscrita1, descrita no citado Livro àk Misericórdia a
1'»^. .r^-. (No Museu).
67
\'frdu t '"^ "'«/>o ^^ Ourique.
—
Arrenda-inenlo por .1
.1
Luís Martins Português. 167C. Tes- Umentos, X. Certid5«9, 15.Vieira (Simão Franco).
—
Institu- .nua capela era^SJloRoque com
bens domorgado
do Calhandriz. 1724-1763.Vários Papeis Antigos, n, n.* 8.
TRABALHOS DO AUTOR, NAS PUBLICAÇÕES DA ACADEMIA
A
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. 1I«02, gr. iu4." de xui- 563pág. e XXIIest. (Hut. e Memorias da Acad.. nova s^ríp 2.»cl., tomoIX, parte II).A
Fundadora daegreja e colégio de Santo Antão, lUU, ^,-df 55 p;'i>:. •• i «st illist t Memórias, 2.» cl., tomo XIV).
A egreja e casa de S. Roque de Lisboa, Ií»in
"
pig- (Boletim daSegunda Ciaste, vol. IIF, n." »i'Gabriel Pereira, i912 {Boletim da Segunda Classe, vol. VI, u.» 1) O paleógrafo J. da Cunha Taborda "" "'''"" '^" -^r*/""'^''
Classe, vol. VII, n.» 1).
As Lotarias da Misericórdia e a Academia das sciencia», IStU,
.^.o (Ic32 pág. (Boletim da Segunda Clatse, v-l. VII, u" 2l.
OArquivo da Misericórdia de Lisboa naExposição Olissiponense
.. . .-.-. ij.!,t:....L. <,„..„,l,, r'/-.,^. \ol VIIII