Gabarito - Lista Semanal 06
Questão 1. Mostre que o ponto (2, 4) está na curva x3 + y3− 9xy = 0. Em seguida, determine a
tangente e a normal à curva nesse ponto. Solução: Primeiramente veriquemos que
23+ 43− 9 · 2 · 4 = 8 + 64 − 72 = 0. Logo, o ponto (2, 4) está na curva x3+ y3− 9xy = 0.
Derivando implicitamente ambos os lados de x3 + y3 − 9xy = 0 em relação a x, considerando y
como uma função de x, usando a regra da cadeia no termo y3 e a regra do produto no termo 6xy,
obtemos 3x2+ 3y2y0− (9y + 9xy0) = 0 ou x2+ y2y0− 3y − 3xy0 = 0. Isolando y0, temos y0= −x 2+ 3y y2− 3x . Quando x = 2 e y = 4, y0 = −2 2+ 3 · 4 42− 3 · 2 = 4 5.
Logo, uma equação da reta tangente à curva x3+ y3− 9xy = 0em (2, 4) é
y − 4 = 4 5(x − 2) ou y = 4 5x + 12 5 .
Para encontrar a equação da reta normal à curva no ponto (2, 4), lembramos que ela é perpendicular à reta tangente neste ponto. Logo, o coeciente angular da normal é o oposto do inverso do coeciente angular da reta tangente. Assim a reta normal tem equação:
y − 4 = −5 4(x − 2) ou y = − 5 4x + 13 2 .
Questão 2. Um tanque cilíndrico com raio 5m está sendo enchido com água a uma taxa de 3m3/min.
Quão rápido está aumentando a altura da água?
Solução: Seja V o volume, r o raio e h a altura da água no tanque cilíndrico. Então temos que V = πr2h.
Do enunciado temos que r = 5m e a taxa de variação do volume em relação ao tempo é de 3m3/min,
isto é, dV dt =3m
3/min. Uma vez que
dV dt = πr 2dh dt, temos 3 = π · 52·dh dt. E assim dh dt = 3 25π.
Portanto, a altura da aguá está aumentando a uma taxa de, aproximadamente, 3
25π m/min.
Questão 3. Um tanque de armazenamento de petróleo em forma de um cilindro circular mede 5m de altura. O raio mede 8m com um erro possível de ±0, 25m. Use diferencial para estimar o erro máximo no volume do cilindro. Encontre o erro relativo aproximado.
Solução: Se o raio do tanque em formato cilíndrico for r e a altura h, então seu volume é V = πr2h.
Assim o erro no cálculo do volume do cilindro, que pode ser aproximado pela diferencial, é dV = 2πhr · dr.
Quando r = 8, h = 5 e dr = 0, 25, temos
dV = 2π · 5 · 8 · dr dV = 80π · 0, 25 dV = 20πm3.
Sendo assim, o erro máximo no volume calculado é de aproximadamente 20π m3..
O erro relativo é dado por
dV V = 20π 5 · π · 82 = 20π 320π = 0, 0625. Pelo ponto de vista percentual, o erro é de 6,25%.
Questão 4. Ache os extremos absolutos da função dada no intervalo indicado, se existirem. Faça um esboço do gráco da função, no intervalo, para vericar sua resposta.
(a) f(x) = x2− 2x + 4; (−∞, +∞)
Item Anulado
(b) g(x) = 3x
9 − x2; (−3, 2)
Item Anulado
(c) f(x) = 2 cos 2x − cos 4x; [0, 2π]
Solução: Note que f é contínua, pois é a soma de duas funções contínuas. Utilizando o método do intervalo fechado, temos:
f (x) = 2 cos 2x − cos 4x ⇒ f0(x) = −4 sen 2x + 4 sen 4x
Uma vez que f0(x) existe para todo x, os únicos pontos críticos ocorrem quando f0(x) = 0.
Temos que
f0(x) = 0 ⇔ sen 2x = sen 4x. Segue então que,
sen 2x = sen 4x ⇔ 2 sen x cos x = 2 sen 2x cos 2x ⇔
sen x cos x = sen 2x cos 2x. Note que
sen x cos x = sen 2x cos 2x = 2 sen x cos x cos 2x = 2 sen x cos x(2 cos2x − 1) = 4 sen x cos3x − 2 sen x cos x.
Disso temos que
4 sen x cos3x − 3 sen x cos x = 0. E ainda,
4 sen x cos3x − 3 sen x cos x = 0 ⇔ sen x cos x(4 cos2x − 3) = 0 ⇔ sen x cos x[(2 cos x)2− (√3)2] = 0 ⇔ sen x cos x(2 cos x +√3)(2 cos x −√3) = 0 Para sen x cos x = 0, temos x = 0 ou x = π ou x = π
2 ou x = 3π 2 . Para cos x = − √ 3 2 , temos x = 5π 6 ou x = 7π 6 . E para cos x = √ 3 2 , temos x = π 6 ou x = 11π 6 .
Vamos calcular o valor de f nas raízes de f0que estão no intervalo dado [0, 2π] e nas extremidades
f (0) = 2 cos 0 − cos 0 = 2 − 1 = 1 f (π) = 2 cos 2π − cos 4π = 2 − 1 = 1 fπ 2 = 2 cos π − cos 2π = −2 − 1 = −3 f 3π 2 = 2 cos 3π − cos 6π = −2 − 1 = −3 f 5π 6 = 2 cos5π 6 − cos 10π 6 = 1 + 1 2 = 3 2 = 1, 5 f 7π 6 = 2 cos7π 3 − cos 14π 3 = 1 + 1 2 = 3 2 = 1, 5 fπ 6 = 2 cosπ 3 − cos 2π 3 = 1 − −1 2 = 3 2 = 1, 5 f 11π 6 = 2 cos11π 3 − cos 22π 3 = 1 + 1 2 = 3 2 = 1, 5 f (2π) = 2 cos 4π − cos 8π = 2 − 1 = 1
Comparando esses nove valores, vemos que o valor absoluto é f 5π 6 = f 7π 6 = fπ 6 = f 11π 6 = 1, 5 e o valor mínimo absoluto é
fπ 2 = f 3π 2 − 3.
Questão 5.
(a) Se uma função par f(x) possui um valor máximo local em x = c, pode-se dizer algo sobre o valor de f quando x = −c? Justique sua resposta.
Solução: Temos que se f(c) é uma valor de máximo local de f, então f(c) ≥ f(x) quando x está próximo de c. Como f é par, temos f(−c) = f(c) ≥ f(x) = f(−x) para os valores −x próximos de −c. Logo, f(x) possui um valor máximo local em x = −c. O que também pode ser visto pela simetria de seu gráco em relação ao eixo y, como na gura abaixo
Figura: Gráco de uma função par com um valor máximo local em x = c
(b) Se uma função ímpar g(x) possui um valor mínimo local em x = c, pode-se dizer algo sobre o valor de g quando x = −c? Justique sua resposta.
Solução: Temos que se g(c) é uma valor de mínimo local de g, então g(c) ≤ g(x) quando x está próximo de c. Como g é ímpar, temos g(−c) = −g(c) ≥ −g(x) = g(−x) para os valores −x próximos de −c. Logo, g(x) possui um valor máximo local em x = −c. O que também pode ser visto pela simetria de seu gráco em relação à origem, como na gura abaixo