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Número: Data Autuação: 06/10/2016

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Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região - 1º Grau PJe - Processo Judicial Eletrônico

Consulta Processual

04/04/2017

Número: 0025619-58.2016.5.24.0007

Data Autuação: 06/10/2016

Classe: AÇÃO TRABALHISTA - RITO ORDINÁRIO

Valor da causa: R$ 102.000,00

Partes

Tipo Nome

AUTOR JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS - CPF: 875.889.861-15

ADVOGADO JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO - OAB: MS15950

RÉU FACCHINI S/A - CNPJ: 03.509.978/0001-71

ADVOGADO GUSTAVO HENRIQUE DA SILVA ESQUIVE - OAB: SP291550

Documentos

Id. Data de Juntada Documento Tipo

e47ce 36

06/10/2016 17:50 Petição Inicial Petição Inicial

17b0f 27

13/10/2016 14:30 Intimação Intimação

0c1e2 7d

07/11/2016 15:22 Contestação Contestação

d92a3 ee

07/11/2016 15:22 00 - Contestação Jonathas Rodrigues dos Santos x Facchini

Documento Diverso 363d1

6b

24/11/2016 16:32 Intimação Notificação

c4061 c3

09/12/2016 09:31 Impugnação à Contestação Manifestação

68471 55

07/02/2017 16:23 Intimação Notificação

e4d42 97

20/02/2017 15:02 Petição em PDF Petição em PDF

8cfeff 7

20/02/2017 15:02 Manifestação sobre a réplica - Jonathas Rodrigues x Facchini

Documento Diverso b6040

b0

29/03/2017 18:41 Ata da Audiência Ata da Audiência

(2)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ____ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE-MS.

JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS, brasileiro, casado, desempregado, inscrito no CPF nº 875.889.861-15, RG nº 000982277 SSP/MS, residente e domiciliado à Rua Vicente João Interlando, nº 130; Bairro: Nova Lima; CEP: 79.017-530; nesta capital, por intermédio de seus procuradores abaixo assinados, com procuração anexada a esta inicial, e-mail: jeffersongarciamachado.adv@hotmail.com, vem mui respeitosamente propor

RECLAMATÓRIA TRABALHISTA contra

FACCHINI S/A , inscrita no CNPJ/MF nº 03.509.978/0013-05, com endereço na Rua Doutor Carlos Henrique Spengler, S/N, Lote 08, BR 163, Polo Empresarial Norte, Cidade de Campo Grande-MS para reclamar direitos trabalhistas que entende lhe sejam devidos, pelos fundamentos fáticos e jurídicos a seguir articulados.

PRELIMINARMENTE - DA JUSTIÇA GRATUITA

Do pedido da Justiça Gratuita, com fulcro no artigo 5º LXXIV da Constituição Federal, combinado com o artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil Brasileiro, requer respeitosamente a Vossa Excelência, digne-se de conceder-lhe os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, isentando-a do pagamento e/ou despesas processuais.

1- DOS FATOS

Foi admitido pela Reclamada em 17.05.2010 como auxiliar administrativo, à época recebendo o salário de R$ 975,00 (novecentos e setenta e cinco reais) e no dia 01/08/2012 fora promovido para o cargo de vendedor externo e passou a ganhar um salário de R$ 1.850,00 (hum mil e oitocentos e cinquenta reais) mais comissões.

Fora demitido da empresa em 23/03/2015 sendo seu último salário o valor de R$ 2.120,00 (dois mil, cento e vinte reais) mais comissões.

Como dito de 01/08/2012 à 23/03/2015 o Reclamante trabalhou na empresa como vendedor externo, vendia os produtos da reclamada na cidade de Campo Grande. Visitava os clientes com seu próprio carro, um Chevrolet Celta, 2011, RENAVAM: 003.239.582-65, placa HFE-6957.

Salienta-se Excelência que o Reclamante não recebia nenhum valor ou aluguel para a manutenção do seu veículo para troca de pneus, troca de óleo e desgaste do veículo em geral.

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O Reclamante executava serviço essencial da Reclamada, cumprindo roteiros semanais de visita de clientes. Trabalhava com exclusividade para a Reclamada, em condições de dependência econômica pois as comissões dela percebidas eram sua única fonte de ganhos. Trabalhava com pessoalidade e subordinação às ordens da Ré. Não era representante comercial autônomo. Era, sim, vendedor externo empregado, regido pela CLT.

Ademais, por conta da pressão psicológica feita para que o Reclamante cumprisse suas metas, o mesmo adquiriu problemas psicológicos e tem que tomar remédio controlado conforme receita em anexo.

2- DO DIREITO

2.1- SALÁRIO UTILIDADE AUTOMÓVEL. ALUGUEL DO VEÍCULO.

Para execução de seu trabalho, o reclamante utilizava veículo particular Chevrolet Celta, 2011, RENAVAM: 003.239.582-65, placa HFE-6957. Trabalhava de segunda a sábado com seu veículo efetuando as vendas para a Reclamada e como já falado não recebia nenhum tipo de indenização mensal pelo deterioramento de seu véiculo.

A Reclamada não lhe pagava pelos quilômetros rodados, nem indenização pelo uso de seu veículo particular a serviço da Ré e nem sequer aluguel pelo uso do veículo.

A propósito, cita a seguinte ementa jurisprudencial:

COMPOSIÇÃO SALARIAL - ALUGUEL DE VEÍCULO. Atribui-se natureza salarial ao valor do aluguel de veículo do empregado quando, dos elementos de convicção existentes nos autos, constata-se que a locação do automóvel foi utilizada para figurar como verdadeira contraprestação pelo trabalho realizado, evidenciando a patente intenção de burlar encargos trabalhistas e previdenciários. Aplicação do art. 9º do Diploma Consolidado. (TRT-3 - RO:

01572200901603001 0157200-04.2009.5.03.0016, Relator: Convocada Maria Cristina Diniz Caixeta, Segunda Turma, Data de Publicação: 27/07/2011 26/07/2011. DEJT. Página 93. Boletim: Não.)

ALUGUEL DE VEÍCULO DO EMPREGADO AO EMPREGADOR.

INTEGRAÇÃO AO SALÁRIO DOS VALORES CORRESPONDENTES. I - O Regional adotou dupla fundamentação para confirmar a sentença que determinara a integração salarial postulada pelo autor: (i) o fato de que todas as despesas de manutenção e combustível da motocicleta eram de responsabilidade do trabalhador, o que afirmou o Colegiado ser incomum em contratos de locação, nos quais aduziu ocorrer a transferência da posse e uso do bem objeto do negócio jurídico; (ii) bem como a evidência de que, na espécie, a contratação do autor esteve diretamente atrelada ao fato de ser ele possuidor do veículo objeto da locação, tanto que afirmou o Colegiado que -se ele, empregado, não possuísse o veículo, não seria contratado- (fls. 204).II- Nenhum dos paradigmas válidos colacionados na revista enfrenta os mesmos fundamentos fáticos delineados no acórdão recorrido, o que os torna inespecíficos ao cotejo de teses, consoante diretriz traçada na Súmula nº 296/TST.III- A indicação de contrariedade à Súmula nº 367 do TST é impertinente, pois o precedente jurisprudencial versa hipótese de veículo fornecido -pelo empregador ao empregado-, ao passo que na espécie trata-se de aluguel de veículo de propriedade do empregado ao empregador.IV- Da mesma forma, não se divisa ofensa à literalidade das normas preconizadas nos arts. 457,capute § 2º e 458, § 2º, I e III, da CLT, haja vista não discorrerem especificamente sobre a matéria em discussão - repita-se, aluguel de veículo de propriedade do empregado ao

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empregador.V- Recurso não conhecido. (TST - RR: 2312007320025020201 231200-73.2002.5.02.0201, Relator: Antônio José de Barros Levenhagen, Data de Julgamento: 01/11/2006, 4ª Turma,, Data de Publicação: DJ 17/11/2006.)

Neste sentido Excelência, o Reclamante junta duas matérias tiradas de site da internet sobre

aluguéis de carro as quais nos trazem um valor médio mensal do aluguel de um carro de pequeno porte como era o do Reclamante à base de R$ 2.000,00 (dois mil reais por mês).

Sendo assim, o Reclamante requer que tal verba que lhe foi suprimida lhe seja paga desde

01/08/2012 que foi quando começou a trabalhar pela empresa como vendedor externo até 23/03/2015 que foi quando fora demitido da empresa.

Com isso, o valor devido aproximadamente pela aluguel de seu veículo à empresa no tempo em

que trabalhou como vendedor externo será de R$ 62.000,00 (sessenta e dois mil reais).

2.2- REPOUSOS SEMANAIS REMUNERADOS E FERIADOS.

O reclamante não recebeu a remuneração dos repousos semanais e feriados, incidentes sobre o aluguel ou ajuda de custo referente ao uso do seu carro. Reclama o pagamento da remuneração desses repousos, mais os respectivos reflexos sobre férias acrescidas de 1/3, sobre os 13º salários, sobre o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e sobre o FGTS, acrescido de multa rescisória de 40%, valores a apurar em liquidação de sentença.

2.3- DA RESCISÃO.

O reclamante pleiteia o pagamento das verbas rescisórias trabalhistas, ou seja, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, conforme previsão normativa, e depósito do FGTS sobre as verbas remuneratórias que deixaram de ser pagas em virtude da supressão do valor do aluguel ou ajuda de custo do carro, com o acréscimo da multa de 40%.

2.4- INSS E IRRF.

O autor reclama a efetivação dos recolhimentos devidos ao INSS, a cargo exclusivo da ré, como é de lei. Entende o reclamante que também o IR é de conta exclusiva da ré, porque não deve lograr proveito de sua fraude e dos ilícitos que praticou. Em não sendo este o entendimento do MM' Julgador, o autor pede que a retenção de eventual imposto de renda seja feita mês a mês, pela alíquota cabível, observadas as deduções, isenções e não incidências legais.

2.5- HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS OU SUCUMBENCIAIS.

Cabe a condenação da ré ao pagamento de honorários sucumbenciais, ou de assistência judiciária. Em apoio à pretensão de honorários, transcreve a Súmula 219 do TST:

Súmula nº 219 do TST

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO(alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016

I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar

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assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5 . 5 8 4 / 1 9 7 0 ) . ( e x - O J n º 3 0 5 d a S B D I - I ) .

II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no

p r o c e s s o t r a b a l h i s t a .

III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego.

IV - Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da sucumbência submete-se à disciplina do C ó d i g o d e P r o c e s s o C i v i l ( a r t s . 8 5 , 8 6 , 8 7 e 9 0 ) . V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da c a u s a ( C P C d e 2 0 1 5 , a r t . 8 5 , § 2 º ) . VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código de Processo Civil.

2.6- DOS DANOS MORAIS

Conforme dito acima, o Reclamante hoje toma remédio de uso controlado ´por conta da pressão que sofria em seu trabalho. Neste sentido, fica claro o dano moral sofrido, visto que a causa de hoje o Reclamante estar tomando remédio psiquiátrico de uso controlado fora o emprego em que o mesmo trabalhava aonde estava à disposição da Reclamada.

Neste sentido, vejamos o que nos diz a Jurisprudência:

EMENTA :DANO MORAL - PROVA . Não se exige a prova efetiva do dano produzido ao psiquismo da vítima ou à sua honra

subjetiva, dada a dificuldade de se

constatar abalos dessa ordem. Todavia, os fatos potencialmente lesivos à esfera moral do indivíduo, ou seja, aqueles invocados como suporte do dano e da indenização conseqüente, de cuja mera ocorrência possibilitam, com grande segurança, concluir pela existência de dano moral (como a morte, o assédio moral, a lesão incapacitante, a ofensa

grave etc.), estes devem ser provados

robustamente. ACÓRDÃO Nº: 20070131567 Nº de

Pauta:294 PROCESSO TRT/SP Nº: 02220200406502004 RECURSO ORDINÁRIO - 65 VT de São Paulo RECORRENTE: GIVALDO PEREIRA DA SILVA RECORRIDO: 1. SUPORTE EMPREITEIRA DE MÃO DE OBRA SC LT 2. GAFISA.

Já na doutrina podemos destacar a lição do Desembargador do TRT da 3ª Região, Mestre e Professor Sebastião Geraldo de Oliveira, na obra "Indenizações por acidente do trabalho ou doença ocupacional", editora LTr, 3ª edição, agosto 2007, pág. 210/211:

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"Para a condenação compensatória do dano moral não é imprescindível a produção de prova das repercussões que o acidente do trabalho causou; basta o mero implemento do dano injusto para criar a presunção dos efeitos negativos na órbita subjetiva do acidentado. Enfatiza Carlos Alberto Bittar que "não se cogita, em verdade, pela melhor técnica, em prova de dor, ou de aflição, ou de constrangimento, porque são fenômenos ínsitos na alma humana como reações naturais a agressões do meio social. Dispensam, pois, comprovação, bastando, no caso concreto, a demonstração do resultado lesivo e a conexão com o fato causador, para responsabilização do agente.

Entendemos equivocada a postura de alguns magistrados que colocam como pressuposto da indenização a prova de que o lesado passou por um período de sofrimento, dor, humilhação, depressão etc. Ora, é desnecessário demonstrar o que ordinariamente acontece (art. 334, I, do CPC) e que decorre da própria natureza humana. Nesse sentido também a posição doutrinária de Sérgio Cavalieri Filho:

O dano moral está ínsito na própria ofensa, decorre da gravidade do ilícito em si. Se a ofensa é grave e de repercussão, por si só justifica a concessão de uma satisfação de ordem pecuniária ao lesado.

Em outras palavras, o dano moral existe in re ipsa; deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal modo que, provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de uma presunção natural, uma presunção hominis ou facti, que decorre das regras da experiência comum.

Ainda que a vítima, por razões pessoais, tenha suportado bem o acidente ou a doença ocupacional, permanece a necessidade da condenação, pois a indenização pelo dano moral tem por objetivo também uma finalidade pedagógica, já que demonstra para o infrator e a sociedade a punição exemplar decorrente do desrespeito às regras da segurança e da saúde no local de trabalho."

Vejamos o entendimento do TST sobre tal assunto:

"Como se trata de algo imaterial ou ideal, a prova do dano moral não pode ser feita através dos mesmos meios utilizados para a comprovação do dano material. Por outras palavras, o dano moral está ínsito na ilicitude do ato praticado, decorre da gravidade do ilícito em si, sendo desnecessária sua efetiva demonstração, ou seja, como já sublinhado: o dano moral existe in re ipsa. Afirma Ruggiero: "Para o dano ser indenizável, 'basta a perturbação feita pelo ato ilícito nas relações psíquicas, na tranqüilidade, nos sentimentos, nos afetos de uma pessoa, para produzir uma diminuição no gozo do respectivo direito."

STJ. 1ª Turma.Resp n. 608.918, Rel.: Ministro José Delgado, DJ 21.06.2004.

"Para a indenização por dano moral motivada por doença profissional, bastante a prova do fato, do qual decorre, no caso, a óbvia repercussão psicológica sobre a trabalhadora que se vê atingida e frustrada em face da sua incapacidade para continuar exercendo a atividade laboral para a qual se preparou e concretamente desempenhava, integrada à classe produtiva de seu país." STJ 4ª Turma. Resp n.

329.094/MG, Rel.: Ministro Aldir Passarinho Junior, RSTJ, v. 15, n.163, p.388, DJ 17.06.2002.

Deste modo, fica claro que houve o dano moral configurado pela Reclamada em face do Reclamante. Neste sentido Excelência, pelos danos morais sofridos pelo Reclamante o mesmo requer o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) a título de indenização, visto ter que tomar remédios controlados até hoje por conta do abalo moral que sofrera enquanto trabalhava na empresa.

2.7- DAS PROVAS.

Juntam-se com a presente os anexos documentos, que comprovam a atividade laborativa do reclamante. Os documentos, em seu conjunto, comprovam a relação de emprego, grande parte das alegações fáticas ora formuladas. Todavia, será necessária a realização de prova pericial em relação aos danos morais sofridos e uso de medicamentos por conta disso. A prova documental e pericial médica será complementada com prova testemunhal.

3. DOS PEDIDOS

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ANTE O EXPOSTO, o autor postula a declaração de direitos e a condenação da reclamada nos seguintes pedidos e pagamentos:

a) Declaração da existência de um vínculo contratual empregatício desde 01/08/2012 que foi quando começou a trabalhar pela empresa como vendedor externo até 23/03/2015, computada a concessão do aviso prévio normativo proporcional ao tempo de serviço; e condenação da reclamada à anotação de todos os registros legais na Ficha de Registro de Empregados assim como na CTPS do autor, em relação aos valores do aluguel do carro ou ajuda de custo, conforme este douto juízo decidir;

b) pagamento de indenização pelo aluguel do carro do Reclamante ou ajuda de custo pago mensalmente no valor de R$ 62.000,00 (sessenta e dois mil reais);

c) pagamento da remuneração dos repousos semanais e feriados, pela incidência sobre o montante da ajuda de custo ou aluguel do carro do Reclamante; e, pelo reflexo da diferença salarial pela remuneração dos repousos e feriados, a complementar os pagamentos de 13º salários, férias mais 1/3, multa do art. 477, aviso prévio e complementação do FGTS com multa de 40%;

d) Pagamento de honorários assistenciais, no percentual de 15% da condenação ou 10% do acordo; OU, COMO PLEITO SUCESSIVO, pagamento de honorários advocatícios, no percentual de 20% da condenação, ou do acordo.

e) Pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).

f) Tudo a apurar em liquidação de sentença, com correção monetária e juros legais.

3.1- REQUERIMENTOS.

O reclamante REQUER:

1) a citação judicial da empresa ré para que, em dia e hora determinados por V. Exa., compareça à audiência de conciliação, instrução e julgamento e que, não havendo acordo, conteste, querendo, a presente reclamatória, sob as penas legais de revelia e confissão ficta.

2) o depoimento pessoal do preposto da ré, sob pena de confissão, bem como a produção de todo o gênero de provas em direito permitidas, em especial perícia médica, além de prova testemunhal e documental, para demonstração dos fatos articulados nesta inicial, que lhe caiba provar.

3) a juntada pela ré de todos os RECIBOS de pagamento de comissões do reclamante na contratualidade, mais o RECIBO DE RESCISÃO, sob pena de confissão dos valores alegados na fundamentação da inicial.

4) REQUER, por derradeiro, o recebimento da presente, com o anexo instrumento de procuração e os documentos que instruem a reclamatória, e a CONDENAÇÃO da empresa ré em todos os itens formulados no petitório supra.

5) Por fim, requer que as intimações sejam feitas em nome dos patronos Jefferson Macilio Garcia Machado, OAB/MS 15.950, Rafael Moraes Correa, OAB/MS 15.655 e Rodrigo Mendonça Duarte, OAB/MS 20.802.

O autor dá à causa, para efeitos processuais e fiscais, o valor provisório de R$ 102.000,00 (cento e dois mil reais).

Nestes termos.

Pede deferimento.

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Campo Grande-MS, 06 de outubro de 2016.

JEFFERSON M. GARCIA MACHADO RODRIGO M. DUARTE OAB/MS 15.950 OAB/MS 20.802

RAFAEL MORAES CORREA

OAB/MS 15.655

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PODER JUDICIÁRIO

Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região 7ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE Rua João Pedro de Souza, 991 - Monte Líbano CEP. 79004-914 Telefone: (67) 3316-1917 e-mail: cg_vt7@trt24.jus.br

Processo Judicial Eletrônico - PJe n. 0025619-58.2016.5.24.0007 Reclamante(s): JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS

Reclamada(o)(s): FACCHINI S/A

CITAÇÃO

De ordem do MM. Juiz, fica Vossa Senhoria citada para apresentar resposta à presente ação, no prazo de 20 dias, a contar da , sob pena de preclusão para a prática do ato, com as penalidades do artigo 844 da CLT;

data da citação

Havendo efetivo interesse de qualquer delas na realização de audiência para fins específicos de conciliação (a qualquer tempo - CLT, art. 764 e 765) poderão solicitar ao juízo a respectiva designação, que será objeto de inclusão em data próxima, mantido, contudo, o prazo para defesa e demais atos como definidos nas alíneas antecedentes. "

Obs. No caso de processo judicial eletrônico - Pje, a resposta deverá ser enviada nos termos do art. 39 da Resolução CSJT nº 94/2012.

Documentos associados ao processo

Título Tipo Chave de acesso**

Comp. residência rotated Documento Diverso 16100617465385400000006500212 Aviso prévio do empregador Aviso Prévio 16100617464491000000006500211 Receita remédio psiquiátrico Documento Diverso 16100617463508800000006500210 Aluguel mensal de carros vale a

pena Notícia de Jornal 16100617460348600000006500207

Matéria sobre aluguel de carros Notícia de Jornal 16100617454447300000006500206 Holerite 1.1 Contracheque / Hollerith 16100617452508900000006500202

Holerite 1 Contracheque / Hollerith 16100617451830800000006500201

Guia Recolhimento FGTS

Rescisório Extrato de Conta do FGTS 16100617443789300000006500197

FGTS Rescisório Extrato de Conta do FGTS 16100617445264500000006500200 Termo de homologação rescisão

contrato de trabalho

Termo de Homologação de Rescisão do Contrato de Trabalho

16100617431594500000006500189 Termo de rescisão contrato de

trabalho Boletim de ocorrência 16100617424122900000006500184

Notificação Facchini Sindicato Documento Diverso 16100617422703000000006500178 Comunicação de dispensa Comunicação de Dispensa 16100617414221400000006500149

Carteira-de-trabalho-pag.-50 CTPS 16100617383630100000006500106

Carteira-de-trabalho-pag.-47-48 CTPS 16100617383212900000006500103 Carteira-de-trabalho-pag.-46-47 CTPS 16100617384175000000006500108 Carteira-de-trabalho-pag.-42-43 CTPS 16100617381941200000006500100 Carteira-de-trabalho-pag.-40-41 CTPS 16100617381408900000006500099 Carteira-de-trabalho-pag.-38-39 CTPS 16100617380597400000006500097

Carteira-de-trabalho-pag.-37 CTPS 16100617371292900000006500086

Carteira-de-trabalho-pag.-34-35 CTPS 16100617365606100000006500084 Carteira-de-trabalho-pag.-26-27 CTPS 16100617364099500000006500081 Carteira-de-trabalho-pag.-24-25 CTPS 16100617362404100000006500077 Carteira-de-trabalho-pag.-22-23 CTPS 16100617361103200000006500072

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Carteira-de-trabalho-pag.-20-21 CTPS 16100617354726100000006500065 Carteira-de-trabalho-pag.-18-19 CTPS 16100617353447000000006500059 Carteira-de-trabalho-pag.-16-17 CTPS 16100617352068100000006500057 Carteira-de-trabalho-pag.-14-15 CTPS 16100617350557800000006500053 Carteira-de-trabalho-pag.-08-09 CTPS 16100617345083600000006500049 Carteira-de-trabalho-Contra-Capa CTPS 16100617343195200000006500046

SUBS JONATHAN Substabelecimento sem

Reserva de Poderes 16100617334262900000006500036

PROCURAÇÃOASSINADA Procuração 16100617333889800000006500035

Petição Inicial Petição Inicial 16100617260750200000006500016

Campo Grande, MS, 13 de Outubro de 2016.

O nome do signatário e a data do presente documento constam em sua assinatura eletrônica. Em caso de assinatura em dia não útil, considera-se praticado o ato no dia útil subsequente.

PJe n. 0025619-58.2016.5.24.0007 Destinatário: FACCHINI S/A

RUA CARLOS HENRIQUE SPENGLER , S/N, POLO EMPRESARIAL, CAMPO GRANDE - MS - CEP: 79018-800

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CONTESTAÇÃO E DOCUMENTOS ANEXOS EM FORMATO PDF.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO TRABALHO DA 7ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE-MS,

Proc. 0025619-58.2016.5.15.0007

FACCHINI S/A., pessoa jurídica de direito privado, com sede à Rua Dr. Carlos Henrique Spengler, s/nº, Lote 08, BR 163, Polo Industrial Norte, inscrita no CNPJ sob o nº 03.509.978/0013-05, na cidade de Campo Grande-MS, por seus advogados, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista proposta por JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS, processo em epígrafe, em curso por esse r. Juízo, com amparo nos artigos 846 e 847, da CLT, pelos substratos fáticos, jurídicos e probatórios a seguir expostos:

PREUDICIAL DE MÉRITO - Prescrição quinquenal.

A Reclamada apresenta prejudicial de mérito de prescrição quinquenal em relação aos alegados créditos, vez que a presente ação foi proposta em 06.10.2016, portanto, a teor do disposto no artigo 44, § único da Lei 4.886/65, bem como nos artigos 11, I da CLT e 7º, XXIX da CF/88, o período de anterior a 06/10/2011, encontra-se prescrito.

MÉRITO

No mérito, a ação é improcedente. É ônus do Autor provar os fatos constitutivos dos direitos que reclama (art. 818 da CLT).

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Admissão. Vida funcional.

O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 17.05.2010, para exercer a função de Auxiliar Administrativo PL. Em 01.04.2011 passou a exercer a função de Assistente Administrativo PL, passando em 01.09.2011 à Assistente Administrativo SE. Por fim, em 01.08.2012, passou a exercer a função de vendedor externo.

O contrato foi rescindido, mediante demissão sem justa causa, no dia 23.03.2015.

Do salário utilidade automóvel.

Pleiteia o Reclamante a condenação da Reclamada ao pagamento de aluguel mensal, sob a alegação de utilização de veículo próprio para trabalhar, supostamente sem qualquer contrapartida da empresa.

Nobre Julgador, a alegação obreira não reflete a realidade.

Consoante comprovam documentos anexos, no período em que o Reclamante laborou com seu veículo, a Reclamada sempre depositava na sua conta-corrente o reembolso das despesas que tinha com seu transporte.

O reembolso funcionava da seguinte forma, o Reclamante enviava a solicitação de reembolso com uma cópia das notas fiscais ou cupons fiscais e a Reclamada depositava em sua conta os valores comprovadamente gastos.

Assim, Exa., todos os gastos que tinha o Reclamante na utilização do seu veículo sempre lhe foram devidamente restituídos, na forma como acima explicado.

O ressarcimento de valores gastos com a utilização de veículo próprio não se confunde com a locação do veículo do empregado, visto que, somente no caso de utilização de veículo próprio pelo empregado na prestação de serviços, sem ressarcimento de despesas pelo empregador, caracterizar-se-ia, lucros indevidos e a transferência dos riscos do negócio ao trabalhador o que não se vê no caso presente.

Importante consignar que os pagamentos a título de utilização do veículo pelo empregado jamais podem se confundir com verbas salariais, visto que tais pagamentos estão intimamente relacionados com a

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utilização do veículo e encargos pertinentes, esta é, pois, a posição da jurisprudência, veja-se:

ALUGUEL DO VEÍCULO DO EMPREGADO PELO EMPREGADOR. 1. Não houve a celebração de contrato de locação por escrito. [...]. 3. O empregador tem o direito de locar o veículo do empregado, sendo que esse fator não é e nem pode ser reconhecido como salário. 4. O relato do autor deixa evidente que o mesmo usava a sua motocicleta e que a trabalho, em prol das atividades pelas quais foi contratado como empregado, pagava o combustível, além das demais despesas de manutenção. 5. Os valores pagos a título de RPA, somente pelo relato do autor, não podem ser vistos como retribuição ao serviço prestado; o pagamento em questão estava relacionado com a utilização da moto e os demais encargos. Portanto, não vejo esses pagamentos como salários, logo, acato as razões recursais, decretando a improcedência do pedido.

Diante do acolhimento da improcedência, descabem as demais matérias postas nas razões recursais.

(TRT-2 - RECORD: 30200204002004 SP 00030-2002-040- 02-00-4, Relator: FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO, Data de Julgamento: 01/07/2003, 4ª TURMA, Data de Publicação: 18/07/2003)

Outrossim, Exa., a simples utilização de veículo próprio pelo empregado não configura um contrato de aluguel do bem, como tenta fazer parecer o Reclamante. Mormente pelo fato de que a Reclamante sempre ressarciu o Reclamante pelas despesas comprovadamente tidas na utilização do bem.

O uso do veículo pelo empregado dá a ele o direito de receber a indenização correspondente aos gastos com combustível e desgaste do veículo, conforme jurisprudência pátria:

USO DE VEÍCULO PRÓPRIO A SERVIÇO DO EMPREGADOR.

INDENIZAÇÃO. Utilização de veículo particular do empregado para a realização de atividades de interesse do empregador. Assunção dos riscos da atividade econômica, na forma do artigo 2º da CLT. Direito à indenização a título de desgaste do veículo e gastos com combustível assegurado ao empregado. (…) (TRT-4 - RO:

3583820105040305 RS 0000358-38.2010.5.04.0305,

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Relator: RICARDO TAVARES GEHLING, Data de Julgamento:

30/06/2011, 5ª Vara do Trabalho de Novo Hamburgo, ) Tais gastos sempre foram adimplidos pela Reclamada, conforme já demonstrado, logo, não ha que se falar em pagamento de aluguel do seu veículo, visto que tal nunca foi contratado entre as partes e a Reclamada sempre reembolsou os gastos comprovados pelo Reclamante.

É importante salientar, Exa., que o Reclamante, conforme confessado na inicial, atendia apenas a cidade de Campo Grande-MS, logo, não realizava viagens longas que demandariam outros reembolsos senão os que já foram efetuados.

Nobre Julgador, a Reclamada reitera que jamais pactuou uma locação com o Reclamante o que, de per se, já levaria à improcedência do seu pleito, note-se que inexistindo qualquer negociação entre as partes nesse sentido, não há como se considerar a existência de um contrato de locação não discutido e entabulado entre as partes.

Os valores não podem ser considerados como verba salarial, mormente pelo fato de não advindos de pactuação de locação do veículo do Reclamante, tais valores somente eram reembolsados ao Reclamante, na forma da lei e da jurisprudência pátria. Não se constata nenhuma irregularidade no caso presente.

Assim, ainda que entendesse este r. Juízo, pelo inexistente contrato de locação do veículo – o que não é o caso presente – ante a inexistência de qualquer irregularidade, bem como a não verificação de contraprestação aos serviços prestados, mas somente o reembolso das despesas oriundas da eventual utilização de veículo próprio, não seria possível atribuir ao valor pago ao Reclamante natureza salarial, veja-se a posição da jurisprudência:

COMPOSIÇÃO SALARIAL - ALUGUEL DE VEÍCULO. Atribui-se natureza salarial ao valor do aluguel de veículo do empregado quando, dos elementos de convicção existentes nos autos, constata-se que a locação do automóvel foi utilizada para figurar como verdadeira contraprestação pelo trabalho realizado, evidenciando a patente intenção de burlar encargos trabalhistas e previdenciários.

Aplicação do art. 9º do Diploma Consolidado. (TRT-3 - RO:

01572200901603001 0157200-04.2009.5.03.0016, Relator: Convocada Maria Cristina Diniz Caixeta, Segunda

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Turma, Data de Publicação: 27/07/2011 - 26/07/2011.

DEJT. Página 93. Boletim: Não.)

Outrossim, em razão do princípio da eventualidade, a Reclamada impugna de maneira expressa o valor pretendido, visto que não reflete a realidade, mormente pelo fato de não ter sido pactuado entre as partes o que inviabiliza a fixação de valor locatício ao bem sem a concordância da outra parte. Se existisse um contrato de locação, as cláusulas dele advindas deveriam ter sido pactuadas entre as partes não podendo o Reclamante, ao seu bel- prazer, imputar um valor desprovido de suporte fático probatório.

Por fim, resta comprovada a litigância de má-fé do Reclamante em cobrar verbas que sabe indevidas, visto que sempre recebeu todas os reembolsos durante o pacto laboral e, inadvertidamente, nega o recebimento, demonstrando a sua absoluta má-fé.

Diante do exposto, tal pedido deve ser julgado totalmente improcedente, haja vista que já foram pagos os valores dos reembolsos conforme demonstrado. Ademais, não é devido ao Reclamante o “aluguel” do seu veículo e, consequentemente, não há que se falar em integração de tais valores à verba salarial.

Descanso Semanal Remunerado.

Melhor sorte não tem o autor ao alegar que a reclamada não pagava corretamente os valores referentes ao Descanso Semanal Remunerado.

A improcedência do pleito é evidente, visto que, não sendo devidos os valores pleiteados a título de aluguel do veículo, conforme acima demonstrado, não há que se falar em diferenças no pagamento dos DSR´s.

De acordo com os holerites anexados à presente o reclamante recebia mês a mês o DSR, não demonstrando o Reclamante qualquer erro no seu pagamento.

Não sendo devidas as diferenças, igualmente não são devidos os reflexos em férias acrescidas de 1/3, sobre os 13º salários, sobre o aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e sobre o FGTS, acrescido de multa rescisória de 40%.

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Outrossim, ainda que assim não fosse o autor sequer observou o disposto na OJ 394 da SDI-1 que aduz: “Repouso semanal remunerado - RSR. Integração das horas extras. Não repercussão no cálculo das férias, do décimo terceiro salário, do aviso prévio e dos depósitos do FGTS.(DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06. 2010)

Diante do exposto, não há o que se falar em diferença ou reflexos em relação aos DSR, sendo os pedidos improcedentes..

Verbas Rescisórias. INSS. IRRF.

Nobre Julgador, a improcedência do pedido é evidente, conforme amplamente demonstrado, inexistem diferenças de pagamentos a serem feitas ao Reclamante, visto que não é devido o valor pleiteado a título de Aluguel / Salário Utilidade Automóvel.

Não tendo o Reclamante direito ao recebimento de tais verbas, inexistem diferenças a serem quitadas ao mesmo nas verbas rescisórias já adimplidas, inclusive no valor do FGTS rescisório. O mesmo se diga dos recolhimentos ao INSS e o IRRF.

OS pedidos são improcedente, bem como os reflexos a ele atrelados.

Ausência de dano moral.

Nobre Julgador, diferentemente do que tenta fazer parecer o Reclamante, jamais lhe fora feita pressão no seu trabalho.

Veja-se, que a alegação do Reclamante é genérica e vazia, não tendo ele sequer tentado especificar a suposta pressão sofrida. O mesmo se diga da absurda alegação de que toma remédio controlado em razão da suposta pressão sofrida.

Exa., a má-fé do Reclamante é tamanha que ele tenta até mesmo tentar fazer parecer que o remédio por ele consumido se deu por culpa da Reclamada, Exa., a má-fé do Reclamante é tamanha que ele tenta até mesmo tentar fazer parecer que o remédio por ele consumido se deu por culpa da Reclamada, mas não traz nenhum relatório médico demonstrando a origem do uso de tal medicamento e, sabe-se que o uso deste medicamente pode se dar em várias ocasiões, veja-se:

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“Tegretol - Indicações

Epilepsia (Crises parciais complexas ou simples - com ou sem perda da consciência com ou sem generalização secundária, Crises tônico-clônicas generalizadas. Formas mistas dessas crises); Tegretol é adequado para monoterapia e terapia combinada; Tegretol geralmente não é eficaz em crises de ausência e em crises mioclônicas;

Mania aguda e tratamento de manutenção em distúrbios afetivos bipolares para prevenir ou atenuar recorrências;

Síndrome de abstinência alcoólica; Neuralgia idiopática do trigêmeo e neuralgia trigeminal em decorrência de esclerose múltipla (típica ou atípica); Neuralgia glossofaríngea idiopática; Neuropatia diabética dolorosa;

Diabetes insípida central. Poliúria e polidipsia de origem neuro-hormonal.1

Não se sabe o motivo pelo qual o Reclamante, supostamente, tem que fazer uso da medicação informada. Note-se que ele sequer tenta explicar a sua patologia, limitando-se a dizer que teria “adquirido problemas psiquiátricos”

Para uma condenação por dano moral, mister se estar presentes os seguintes requisitos: a existência de ato praticado pelo empregador (ou seu agente) e a comprovação de materialidade do ato; reflexos lesivos na esfera trabalhista e profissional com prejuízo manifesto por parte do empregado; e nexo de causalidade entre o ato e o prejuízo sofrido. Nada disso foi comprovado nos autos.

O ponto nodal reside na comprovação destes atos e se os mesmos caracterizam situação vexatória a ponto de causar dano na esfera subjetiva da pessoa humana a exigir a respectiva reparação.

O dano moral está presente quando se tem a ofensa ao patrimônio ideal do trabalhador, tais como: a honra, a liberdade, a imagem, o nome etc.

Ainda, para a verificação de indenização por dano moral é necessário que seja observado se o dano atingiu a vida privada, intimidade, honra ou imagem, que são os bens realmente tutelados.

Nesse sentido é o posicionamento dos Tribunais pátrios:

1 Disponível em http://www.medicinanet.com.br/bula/detalhes/4957/indicacoes_tegretol.htm Rua José Guide, nº 85 – Distrito Industrial

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“RECURSO DA RECLAMANTE – DANO MORAL – Para que o ato praticado possibilite a indenização por dano moral, faz- se necessário verificar se ele atingiu a intimidade, vida privada, honra ou imagem, bens juridicamente tutelados. O dano moral configura-se com a caracterização da tipicidade do ato ilícito, pois, se inexistente o ato ilícito, o dano moral não se aperfeiçoa. Sofrimentos normais, compatíveis com a vida não gera indenização por dano moral, por exemplo aqueles causados em exercício regular de um direito.” (TRT 23ª R. – RO 00002.2004.031.23.00-3 – Cuiabá – Rel. Juiz Osmair Couto – DJMT 08.12.2004 – p. 27)

À guisa de corroboração, a doutrina de PABLO STOLZE GAGLIANO, para quem não é todo e qualquer melindre, toda suscetibilidade exacerbada que ensejam a condenação a título de danos morais:

“Superadas, portanto, todas as objeções quanto à reparabilidade do dano moral, é sempre importante lembrar, porém, a advertência brilhante de ANTÔNIO CHAVES, para quem “propugnar pela mais ampla ressarcibilidade do dano moral não implica reconhecimento de todo e qualquer melindre, toda suscetibilidade exacerbada, toda exaltação do amor próprio, pretensamente ferido, à mais suave sombra, ao mais ligeiro roçar de asas de uma borboleta, mimos, escrúpulos, delicadezas excessivas, ilusões insignificantes desfeitas, possibilitem sejam extraídas da caixa de pandora do Direito centenas de milhares de cruzeiros.” (Novo curso de direito civil, 2. ed., São Paulo: Saraiva, 2004, vol. III, p. 85)

No mesmo sentido se posiciona APARECIDA AMARANTE:

“Para ter direito de ação, o ofendido deve ter motivos apreciáveis de se considerar ofendido, pois a existência da ofensa poderá ser considerada tão insignificante que, na verdade, não acarreta prejuízo moral. O que queremos dizer é que o ato, tomado como desonroso pelo ofendido, seja revestido de gravidade (ilicitude) capaz de gerar presunção de prejuízo e que pequenos melindres incapazes de ofender os bens jurídicos (não) possam ser motivo de processo judicial.” (Responsabilidade Civil por Dano à Honra, Belo Horizonte: Del Rey, 1991, p. 274 apud GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo, Ob. Cit. v. 3, p.85)

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A prova há de ser cabal e robusta para o reconhecimento do dano moral.

A Empresa nega a existência de qualquer ato que pudesse causar dano à moral do Reclamante, posto que nunca houve tratamento diferenciado, degradante ou com menosprezo, agindo sempre nos limites da legislação.

A prova das alegações incumbirá à parte que as fizer, sendo que ao Reclamante sobejarão os fatos tidos como constitutivos de seu direito.

Negados pela Empregadora, é do Reclamante o ônus da prova dos fatos que entende desabonadores e que ensejariam dano moral.

Apenas por argumento, no tocante ao quantum indenizató- rio, não merecem ser acolhidas as sugestões iniciais e fica expressamente im- pugnada e contestada, posto que extrapola o caráter indenizatório. Isto porque, uma eventual condenação nos valores postulados, não fosse pela absoluta falta de parâmetro legal para a obtenção de tal valor, a toda evidência trará ao Recla- mante um enriquecimento sem causa.

Com efeito, para que seja arbitrada uma condenação justa e compatível, há que se levar em consideração a repercussão da lesão decorrente de ato tido por ilícito, bem como a situação pessoal do ofendido, não permitindo que o Poder Judiciário seja utilizado como meio de obter uma alavancagem financeira.

Por esse motivo, o arbitramento do dano moral deve ser equitativo e moderado para ser justo, não permitindo o enriquecimento sem causa, devendo se ater aos critérios da razoabilidade e proporcionalidade.

Nestes termos, improcedente a pretensão do Reclamante.

Litigância de mé fé.

Como demonstrado, trata-se a presente Reclamatória de verdadeira aventura jurídica, em que a Reclamante, agindo com manifesta má-fé processual, procura obter vantagens indevidas, devendo desta forma ser penalizada na forma preconizada no artigo 80 do CPC.

Age de má fé o Reclamante ao alterar a verdade dos fatos, procurando a todo custo enriquecer ilicitamente às custas da Reclamada, fato que, sem qualquer fundamento afirma ser credor de verbas já quitadas e faz

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alegações inverídicas como a do não recebimento da ajuda de custo e da suposta pressão psicológica sofrida.

Perceba-se, que o Reclamante chega ao absurdo de tentar imputar, sem qualquer suporte, à Reclamada a responsabilidade pelo remédio controlado que supostamente faz uso pela suposta doença psicológica – que sequer foi explicada.

As alegações do Reclamante são levianas, dotadas da mais absoluta má-fé. Não se pode mais aceitar que todo aquele que ingressa com uma Reclamatória trabalhista faça todo e qualquer tipo de alegação, sem o menor suporte fático probatório, ainda mais quando feitas de maneira genérica e vazia como faz o Reclamante.

Ante a alteração dos fatos, mister se faz a aplicação da multa prevista no art. 81 do CPC, no importe de 20% sobre o valor da causa, por ter a Reclamante se enquadrado como litigante de má-fé, nos termos do art. 80, II, do CPC:

Art. 80. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:

(…)

II – alterar a verdade dos fatos;

Em casos análogos, entenderam nossos Tribunais que:

RECURSO ORDINÁRIO. LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS FATOS. SANÇÕES. Deduz pretensão ilegítima e incorre em má-fé aquele que altera a verdade dos fatos. Tal conduta se subsome à hipótese taxativamente elencada no artigo 17, inciso II, do Código de Processo Civil, e atrai as sanções punitivas previstas no artigo 18 daquele Diploma Legal. (TRT-1 – RO: 00000577720135010432 RJ, Relator: Flávio Ernesto Rodrigues Silva, Data de Julgamento:

02/07/2014, Décima Turma, Data de Publicação:

18/07/2014)

LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. ALTERAÇÃO DA VERDADE DOS FATOS. A afirmação da parte que busca criar uma situação totalmente desconexa com a realidade, contrária à prova oral e documental produzida pela própria parte implica em inafastável litigância de má-fé. (TRT-15 – RO:

2251620125150112 SP 071654/2012-PATR, Relator: HELCIO DANTAS LOBO JUNIOR, Data de Publicação: 06/09/2012)

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Departamento Jurídico

Nestes termos, não merece guarida a pretensão da Reclamante, bem como impõe-se sua condenação ao pagamento da multa por litigar de má-fé, nos termos ora expostos.

Honorários advocatícios.

Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060/50, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador (caput, art. 14, da Lei nº 5.584/70).

Os honorários advocatícios são devidos tão somente nos termos da Lei nº 5.584/70, quando existente, concomitantemente, a assistência do Sindicato e a percepção de salário inferior ao dobro do mínimo legal ou a impossibilidade de se pleitear em juízo sem comprometimento do próprio sustento ou da família.

Em face da evidência de em sede trabalhista não vigorar o princípio da sucumbência, a verba honorária, nunca superior a 15%, está condicionada estritamente ao preenchimento dos requisitos indicados na Súmula nº 219 do TST, alterada em 15 de março de 2016: “[...] a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário-mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família (art.14, § 1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305 da SBDI-I)”.

Não há prova nos autos que o Autor esteja representado pelo Sindicato de sua categoria, pelo contrário, é patrocinado por advogado particular, sendo descabido e infundado tal pedido, ficando expressamente impugnado o pedido.

Requerimentos finais

Por fim, resta dizer que as alegações da parte Autora são frágeis, demonstrando que não há nenhuma prova dos fatos alegados, colhendo-se a impressão de que o pleito decorre mais do estado de carência financeira do que dos próprios argumentos alegados como fundamento à pretensão deduzida.

Os documentos juntados não comprovam os fatos narrados na exordial.

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Departamento Jurídico

Inexistem provas de irregularidades que desafiem a expedição dos ofícios requeridos, devendo mais este pleito ser indeferido.

Dessa forma, a Empresa nada deve a parte Autora, consoante restará provado na instrução do processo. Ad cautelam, se algum direito for reconhecido, requer, desde já, que seja observado o seguinte critério:

a) A apuração do quantum debeatur deverá ser feita através de perícia, em regular execução de sentença, com cálculos mês a mês, descontando e compensando todos os valores;

b) Deferir o desconto a título de INSS e IRRF no que couber das verbas a serem apuradas em regular execução, nos termos dos artigos 12 da Lei 7713/88; 43, 44 e 45 do CTN, além da Lei 8212/91 aplicável à espécie;

c) Juros e correção monetária se devidos, deverão incidir tão-somente a partir da prolação da sentença eventualmente favorável à Autora, levando-se em conta o momento em que a obrigação se tornar exigível, conforme for o caso;

d) Argui a Reclamada a compensação dos os valores comprovadamente pagos, caso algum valor venha ser deferido (art. 767 da CLT);

PEDIDO

Ex positis, requer que esta Egrégia Vara do Trabalho ao analisar a matéria aqui debatida julgue a presente reclamação trabalhista totalmente IMPROCEDENTE, absolvendo a Reclamada de todos os pedidos da inicial, tudo com a consequente condenação da Reclamante em qualquer hipótese, no pagamento das custas e despesas processuais além da litigância de má-fé suscitada.

Provará o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confissão e revelia, oitiva de testemunhas, com a expedição de cartas precatórias, juntada de documentos, pela ressalva contida no art. 397 do CPC e outras mais em direito admitidas, provas essas que ficam desde já expressamente requeridas.

São José do Rio Preto, 04 de novembro de 2016.

MARCO ANTONIO CAIS

OAB/SP 97.584

GUSTAVO HENRIQUEDA SILVA ESQUIVE

OAB/SP 291.550

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(24)

PODER JUDICIÁRIO

Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região 7ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE Rua João Pedro de Souza, 991 - Monte Líbano CEP. 79004-914 Telefone: (67) 3316-1917 e-mail: cg_vt7@trt24.jus.br

Autos nº. 0025619-58.2016.5.24.0007

AUTOR: JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS RÉU: FACCHINI S/A

INTIMAÇÃO

Em cumprimento àdeterminação do MM. Juiz Titular, com fulcro no art. 93, XIV, da CF e art. 162, §4 , doo CPC, pela presente, fica Vossa Senhoria INTIMADO(A) paraimpugnar a defesa apresentada pela(s) reclamada(s), no prazo de 15 dias, a contar da data da intimação devendo ela falar precisamente, além dos documentos, sobre fatos impeditivos, mofificativos ou extintivos, sob pena de serem admitidos como incontroversos ressalvados aqueles entre as partes - CF, art. 5º,

e o CPC/2015, arts. 5º, 15, 139 e 374, III e a boa-fé processual assim determinaram);

caput

Campo Grande,24 de Novembro de 2016.

Certifico que digitei e assinei o presente expediente, encaminhando-o ao destinatário viaDEJT em 24/11/2016 - BIANCA VIEGAS NASSER.

JEFFERSON MACILIO GARCIA MACHADO cód. rastreamento:

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(25)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 7ª VARA DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE-MS.

JONATHAS RODRIGUES DOS SANTOS, já qualificado nos autos, vem, a presença de Vossa Excelência, através de seu advogado abaixo assinado, impugnar a contestação apresentada pela Reclamada.

1- DA PRESCRIÇÃO

Quanto a prescrição quinquenal alegada pela Reclamada não há de se levar em consideração, visto que os pedidos do Reclamante dizem respeito à época em que o mesmo trabalhara como vendedor externo da empresa, ou seja, a partir de 01/08/2012 até 23/03/2015.

2- DO SALÁRIO UTILIDADE DO AUTOMÓVEL

A Reclamada tenta ludibriar este juízo ao juntar comprovantes no processo que diz respeito ao ressarcimento pelo combustível usado pelo Reclamante para trabalhar, mas em nenhum momento comprova o ressarcimento ao Reclamante pelo uso e deterioração de seu veículo. Neste sentido, vejamos o que nos diz a Jurisprudência pátria:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. USO DE VEÍCULO PRÓPRIO. INDENIZAÇÃO.

Demonstrada divergência jurisprudencial, nos moldes da alínea a do artigo 896 da Consolidação das Leis do Trabalho, dá-se provimento ao agravo de instrumento a fim de determinar o processamento do recurso de revista. RECURSO DE REVISTA. USO DE VEÍCULO PRÓPRIO. INDENIZAÇÃO. 1. Provado o uso pelo reclamante de veículo próprio para a execução do seu trabalho e sendo o empregador o único beneficiário desse uso, deve o empregado ser ressarcido dos correspondentes gastos. A assunção dos riscos da atividade econômica, pelo empregador, é uma das características do contrato de emprego, derivando daí a sua responsabilização pelos custos e resultados do trabalho prestado, nos termos do artigo 2° da Consolidação das Leis do Trabalho. 2. Recurso de revista conhecido e provido. (Processo: RR 17168220115240002 - Relator(a): Lelio Bentes Corrêa - Julgamento: 15.04.2015)

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VEÍCULO UTILIZADO PARA O TRABALHO. DESPESAS COM MANUTENÇÃO.

Em se verificando que o uso de veículo era indispensável para o trabalhador executar o seu trabalho, as despesas a estes referentes devem ser suportadas pela reclamada. Foge ao princípio da razoabilidade creditar a este o ônus de arcar com as despesas de manutenção do veículo, não sendo demais registrar que é do empregador a responsabilidade pelo risco do negócio. Recurso a que se nega provimento. (Processo: RO 8691820125010283 RJ - Relator(a): Claudia de Souza Gomes Freire - Julgamento:

30.04.2013)

INDENIZAÇÃO PELO USO DE VEÍCULO PRÓPRIO. Havendo prova do uso de veículo próprio para o serviço prestado em favor do empregador, irrelevante se havia ou não exigência deste quanto ao uso, pois tal prática importa em ajuste tácito, devendo o empregador ressarcir as despesas correspondentes, pois é deste o ônus do empreendimento, não podendo haver imputação de tal ônus ao empregado... (Processo:

RO 1544003420085040202 RS 0154400-34.2008.5.04.0202 - Relator(a): Clóvis Fernando Schuch Santos - Julgamento: 13.09.2011)

USO DE VEÍCULO PRÓPRIO A SERVIÇO DO EMPREGADOR. INDENIZAÇÃO.

Utilização de veículo particular do empregado para a realização de atividades de interesse do empregador. Assunção dos riscos da atividade econômica, na forma do artigo 2º da CLT. Direito à indenização a título de desgaste do veículo e gastos com combustível assegurado ao empregado... (Processo: RO 3583820105040305 RS 0000358-38.2010.5.04.0305 - Relator(a): Ricardo Tavares Gehling - Julgamento:

30.06.2011)

Neste sentido Excelência, como a Reclamada pagava somente o combustível utilizado para o

Reclamante trabalhar a mesma deve arcar com os custos pela deterioração do carro do Reclamante, visto que o empregador usufruía do veículo para ter lucro.

3- LOCAÇÃO OU ALUGUEL DO VEÍCULO

Nos casos de utilização do veículo para o trabalho é conveniente a empresa elaborar contrato de locação com o empregado, com valor equivalente ao de mercado e tratar esta relação externamente ao contrato de trabalho.

Se o empregador e empregado firmarem autêntico contrato de locação, autônomo e independente da relação de emprego, poderá não haver qualquer irradiação de efeitos sobre a remuneração do empregado e nem sobre o contrato de trabalho.

O problema Excelência é que na presente demanda as partes não firmaram contrato algum para a

utilização do carro do Reclamante, saindo o mesmo no prejuízo, visto que usou o carro próprio por quase três anos e nunca recebeu nenhuma indenização ou aluguel por isso.

Ademais, se a utilização do veículo for para o trabalho não terá natureza salarial, mas se for utilizado gratuitamente como benefício pelo trabalho prestado, será salário-utilidade. Vejamos mais alguns julgados sobre o tema:

EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO. DISSÍDIO COLETIVO DE GREVE. PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO ENTRE AS PARTES. ALUGUEL DE VEÍCULO PARTICULAR DO EMPREGADO. PREVISÃO DE NATUREZA JURÍDICA INDENIZATÓRIA. DISSIMULAÇÃO DO CARÁTER SALARIAL. CLÁUSULA INVÁLIDA.

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