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FARMACOCINÉTICA DISTRIBUIÇÃO:

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Academic year: 2021

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(1)

1 1

FARMACOCINÉTICA

DISTRIBUIÇÃO:

Corresponde ao processo de repartição do medicamento no conjunto dos tecidos e órgãos, a quantidade a ser

distribuída depende da biodisponibilidade.

(2)

2 2

DISTRIBUIÇÃO

• Fatores que influenciam

Fixação protéica da molécula (forma livre X forma ligada)

Características físico-químicas

(pKa e seu coeficiente de partição) Irrigação dos órgãos

(3)
(4)

4

Volume de distribuição

(5)

5

Volume de distribuição

• É o volume aparente de distribuição.

• Relaciona a quantidade de fármaco no organismo à sua concentração no sangue ou plasma, dependendo do líquido dosado.

Cp Dose =

Vd

• Representa a extensão em que um fármaco está presente nos tecidos extravasculares.

(6)

6 Indivíduo de 70 kg : • Volume sanguíneo: 5,5 L. • Plasma: 3-4 L. • Volume extracelular : 10-12 L. • Volume intracelular : 28 L.

• Volume de água corporal total: 42 L.

Função das solubilidades em água e lipídeos e das propriedades ligantes do fármaco a tecidos e plasma.

Goodman & Gilman, 11ed.

(7)

7

Vd igual ou maior do que a água

total do corpo

• Difusão para o fluido intracelular. Vd = água total do corpo:

– Etanol 38 L (34-41)

– Alfentanil 56 L (35-77)

• Fármacos que ligam a tecidos. Vd > água total do corpo

(8)

8

Exemplos de Vd

Vd MEDICAMENTOS

<10L AAS; clofibrato, naproxeno, probenecida, tolbutamida, varfarina.

10-50 L Ácido valpróico, amoxicilina, clordiazepóxido, eritromicina, furosemida, gentamicina, hidralazina, indometacina, penicilina G, teofilina.

50-200 L Diazepam, lidocaína, lítio, morfina, oxazepam, paracetamol, fenobarbital, fenitoína, pindolol, procainamida, quinidina.

200-1000 L Propanolol, petidina

1000-5000 L Clorpromazina, desipramina, haloperidol, imipramina, nortriptilina.

(9)

9 9

DISTRIBUIÇÃO: FATORES

• Ligação a proteínas – Insuficiência renal – Hipoalbuminemia – Gravidez – Interações medicamentosas – Doenças – Ligação saturável • Distribuição tecidual – Ligação a proteínas Albumina, alfa-1-glicoproteína ácida.

– Sítios específicos nos tecidos

– Fluxo sanguíneo regional – Lipossolubilidade

(10)

10

Ligação a proteínas

• Drogas ácidas (fenitoína, a maioria dos antiepilépticos): albumina

• Drogas básicas (lidocaína, quinidina, etc): ligam a globulinas.

(11)

11 11

DISTRIBUIÇÃO

MEDICAMENTOS FORTEMENTE LIGADOS

(12)

12

Estados patológicos que

provocam hipoalbuminemia

• Queimaduras,

câncer,

insuficiência

cardíaca,

doenças

inflamatórias,

hipertireoidismo, ferimentos diversos.

• A subnutrição, estresse, intervenção

cirúrgica, entre outros.

Observação IMPORTANTE:

(13)
(14)

14 14

Resumindo….

Para uma melhor distribuição

Ligação fraca a proteínas plasmáticas

Forte

afinidade

pelas

proteínas

tissulares

Lipossolubilidade

(15)

15 15

Distribuição no SNC

• BARREIRA HEMATOENCEFALICA Lipossolubilidade / forma não ionizada • BARREIRA PLACENTÁRIA

COMPOSTO: lipossolubilidade, grau de

ionização, fixação protéica fraca. Peso molecular: < 500 (facilitada)

(16)

16

Comparação esquemática entre um capilar cerebral e um capilar periférico (Kandel et al., 2000).

(17)

17

Localização esquemática das proteínas responsáveis por efluxo de medicamentos nas células endoteliais dos capilares cerebrais responsáveis pela barreira

hemato-encefálica

(18)

18

Organização molecular das “tight junctions” na barreira hematoencefálica

(19)

19

Difusão fetoplacentária: fatores

FATORES DESEMPENHO

COMPOSTO

Lipossolubilidade Determinante Grau de ionização Incerto

Peso molecular - <500: passagem facilitada

- Entre 500 e 1000: transferência mais difícil - >1000 passagem impossível

Fixação protéica Quanto mais fraca, tanto mais rápida a passagem

PLACENTA

Débito sanguíneo Moléculas lipossolúveis; irrigação é modulador.

(20)

20 20

(21)

21

Modelos farmacocinéticos

(22)

22

Modelo Monocompartimental

22

(23)

23

Modelo bicompartimental

23

(24)

24

Referências

• Pharmacokinetic concepts — Drug

binding,

apparent

volume

of

distribution and clearance. European

Journal

of

Clinical

Pharmacology.

Volume 20, Number 4 / July, 1981.

(25)

25

Biotransformação, Clearance

e pacientes especiais

Farmacocinética Clínica

(26)

26 26

Biotransformação

• INTESTINO E FÍGADO • FASES....I E II • Pró-fármacos • Metabólitos ativos

• Genética: acetilação, oxidação... • Doenças hepáticas: cirrose, etc...

Clin. Pharmacokinet. v. 21, n. 1, p. 42-69, 1991 Grahame-Smith, D.G., Aronson, J.K.Farmacologia Clínica e

(27)

27

Rea

Rea

ç

ç

ões de Biotransforma

ões de Biotransforma

ç

ç

ão:

ão:

metab

metab

ó

ó

litos

litos

Anfetamina Fenobarbital

Anfetamina Fenobarbital

Reação Exemplo

Droga ativa para Metabólito Inativo

Deaminação Hidroxilação Deaminação Hidroxilação Fenilacetona Hidroxifenobarbital Fenilacetona Hidroxifenobarbital Codeína Fenilbutazona Codeína Fenilbutazona

Droga ativa para Metabólito Ativo

Droga ativa para Metabólito Ativo

(28)

28

Rea

Rea

ç

ç

ões de Biotransforma

ões de Biotransforma

ç

ç

ão:

ão:

metab

metab

ó

ó

litos

litos

Sulfassalazina

Sulfassalazina

Reação Exemplo

Droga inativa para Metabólito Ativo

Azoredução Azoredução Sulfapiridina + Ácido- 5-aminosalicílico Sulfapiridina + Ácido- 5-aminosalicílico Paracetamol Paracetamol

Droga ativa para Intermediário Reativo

Droga ativa para Intermediário Reativo

(29)

29

Reações de Fase I

• Oxidação

• Hidroxilação

• Redução

• Hidrólise

(CYP450)

Reações de Fase II

• Introdução de novo

grupo funcional:

Acetilação, sulfatação

Conjugação com ácido

glicurônico

(30)

30 30

Interações no processo de biotransformação

> freqüência : citocromo P450  Indução e inibição enzimáticas

Enzimas metabolizadoras de xenobióticos

“Oxigenases” da fase I: Citocromo P450 (P450 ou CYP) Monoxigenases contendo flavina (FMO) Hidrolases do epóxido Outras enzimas: Alcooldesidrogenases Aldeidodesidrogenases, etc..

“Transferases” da fase II: Sulfotransferases

UDP-glicuronosiltransferases Glutationa-S-transferase

(31)

31 31

Nomenclatura das isoformas

• CYP = citocromo P450 (raiz)

• 2 = família genética

• D = subfamília genética

• 6 = gene específico (tipo de CYP)

(32)

32 32

BIOTRANSFORMAÇÃO

Isoformas do citocromo P-450 nos seres humanos:

• CYP1A1, CYP1A2 • CYP1B1 • CYP2A6 • CYP2B6 • CYP2C8 • CYP2C9 • CYP2C19 • CYP2D6 • CYP 2E1

• CYP3A4, CYP 3A5

(33)

33 33

Enzimas CYP + ativas para fármacos

CYP2C; CYP2D; CYP3A (CYP3A4 – 50%).

Polimorfismos e variabilidade interindividual

Segundo Goodman: CYP2A6, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6.

(34)
(35)

35 C p d e cl o rz o x a o n a (m g /L ) Horas 100 10 1 0 3 6 9 12

(36)

36

0.1

0.01

0.001

0 2 4 6 8 10

Indução causada pelo pentobarbital sobre

Alprenolol

Horas C p d e A lp re n o lo l (m g /L ) v.o. depois

i.v. antes i.v. depois

v.o. antes

(37)

37 37

PROCESSO DE EXCREÇÃO

 Excreção > rins e fezes

 Fígado como órgão de eliminação

(clearance)

 Competição pela secreção tubular renal  Excreção biliar:

Circulação entero-hepática  atraso na

excreção:

(38)
(39)

39 39

PROCESSO DE EXCREÇÃO

 Eliminação renal

Filtração glomerular

Reabsorção tubular

Secreção tubular ativa

Elevada

filtração

glomerular

ou

secreção renal

 abaixa t ½ ou

biodisponibilidade

(40)

40 0 4 8 12 16 6 4 2 0 Diurese Ácida (pH 4.9-5.3) Sem controle pH Diurese Alcalina (pH 7.8-8.2) Horas Q u a n ti d a d e d e M et a n fe ta m in a E x cr e ta d a

Excreção Urinária de Metanfetamina

(41)

41 41

ELIMINAÇÃO

• Via renal, pulmões, leite materno, suor,

lágrimas, secreções genitais, bile, saliva.

• Filtração glomerular:

TFG normal = 120 mL/min

• Reabsorção tubular passiva

pH e pka = ionização

(42)

42

Clearance sistêmico

• Medida da eficiência com que a droga é irreversivelmente removida do organismo.

• Clearance sistêmico pode ser obtido a partir dos: Clearance renal (CLr) e Clearance metabólico (CLm) :

CL

CL

sist

sist

= CLr + CLm

= CLr + CLm

CL

CL

CL

sist

sist

sist

=

=

=

Dose

Dose

ASC

0-inf

ASC

(43)

43

Clearance Sistêmico

Clearance Sistêmico

Clearance Sistêmico

Cl

Cl

sist

sist

= Cl

=

Cl

hep

hep

+ Cl

+

Cl

r

r

+ Cl

+

Cl

outros

outros

• Medidas: mL/Kg ou mL/min/Kg

• Depuração hepática e renal

kel = constante eliminação

(44)

44

Nefropatia e farmacocinética:

Clearance de creatinina

• Produção muscular a partir do metabolismo da creatina fosfato.

• Produção depende da idade, peso e gênero. • Eliminação predominante por filtração .

• Alteração da função renal aumenta as concentrações. • A creatinina é endógena e requer a coleta da urina e

do plasma.

• Unidade da conc. sérica de creatinina: mg/100mL • Unidade do clearance de creatinina: mL/min.

CL creatinina

CL creatinina

CL creatinina

1440 min . 1mg

1440 min . 1mg

1440 min . 1mg

1.73g . 100mL

1.73g . 100mL

1.73g . 100mL

=

(45)

45 45

Cockcroft & Gault: como calcular

o CLcr a partir da Cp de creatinina

CrCl (mL/min) = [140 – idade] X peso(kg)[x 0.85 em f ] 72 X Conc. Sérica de creatinina (mg/dL)

(46)

46

Constante de Eliminação(k),

Clearance(CL), Cp e Vd

Constante de Elimina

Constante de Elimina

ç

ç

ão(k),

ão(k),

(47)

47

Cálculo da meia-vida

t

t

½½

=

=

0.693

0.693

k

k

ee

Constante de

Eliminação

Constante de

Constante de

Elimina

Elimina

ç

ç

ão

ão

(48)

48

Meia-vida e clearance

Meia

Meia

-

-

vida e clearance

vida e clearance

(49)

49 49

(50)

50 50

(A)Administração oral repetida

(B) Curvas

a – dose padrão b – 1/2 dose padrão

(51)

51 51

FARMACOCINÉTICA

(52)

52 52

NEONATO

-ABSORÇÃO

Acidez do estômago • Ao nascer pH 6-8 • 1 dia pH 1-3

• 3 anos = capacidade do adulto Esvaziamento gástrico

< 6 meses - lento

Clin chem 43:1, p. 222-27, 1997.

• Baixa ligação a proteínas

• Baixa afinidade da albumina fetal

(fenitoÍna, salicilatos, ampicilina, nafcilina, etc) • Água corporal (70-75%)

DISTRIBUIÇÃO

METABOLISMO

• Imaturidade da degradação metabólica • Fase II reduzida

• Prolongamento da meia vida de eliminação • T1/2 = 0.69Vd/Clearance

EXCREÇÃO

• Substâncias eliminadas inalteradas: penicilinas, cefalosporinas, digoxina, aminoglicosídeos.

(53)

53 53

Farmacocinética em geriatria

ABSORÇÃO

↑ pH

↓ superfície de absorção; fluxo sanguíneo esplâncnico; motilidade GI; velocidade de esvaziamento gástrico

DISTRIBUIÇÃO

↓ Débito cardíaco, água corporal total, massa corporal, albumina e perfusão tecidos

↑ glicoproteína ácida-alfa1, gordura corporal

METABOLISMO

↓ Massa hepática; Atividade enzimática; fluxo sanguíneo

ELIMINAÇÃO

↓ fluxo sanguíneo renal; TFG; secreção tubular; massa renal.

(54)

54

Características comum dos idosos com

problemas de medicação

• Idade > 85 anos

• Clearance creatinina estimado < 50mL/min • IMC <22kg/m2

• Mais de 6 doenças crônicas • Reação adversa anterior

(55)

55

Applied – Biopharmaceutics & Pharmacokinetics – fig. 20.2

Concentrações plasmáticas (médias) de felodipina após dose oral durante estado de equilíbrio, 5 mg/2Xdia em voluntários sadios (n = 12)

e pacientes idosos hipertensos (n = 11)

(56)

56 56

Resumindo....

CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM FARMACOCINÉTICA Volume de distribuição

Clearance

Meia vida de eliminação

FATORES QUE INTERFEREM NA Cp Vias de administração

Biodisponibilidade Clearance

ESTADO DE EQUILÍBRIO (Steady-state) Css = velocidade de infusão/CL

Referências

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