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ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO

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ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO

Circular nº 02 13. 02. 2012

FRUTICULTURA

CONSIDERAÇÕES A TER EM

CONTA NA REALIZAÇÃO DE

TRATAMENTOS DE INVERNO

Devem ser realizados depois da poda.

Não tratar quando as temperaturas diurnas sejam inferiores a 5ºC, nem durante os períodos chuvosos, com humidades relativas elevadas ou quando houver previsão de geada para os dias seguintes.

Os produtos à base de cobre aplicados imediatamente após a poda, favorecem a cicatrização dos cortes, além de os protegerem.

Os tratamentos com óleos de verão melhoram a sua eficácia com o aumento da temperatura, pelo que devem ser aplicados com temperaturas diurnas superiores a 15º C.









POMÓIDEAS

ARANHIÇO VERMELHO

(Panonychus ulmi Koch.)

Estimativa do risco

Em Protecção Integrada, deve fazer-se agora a estimativa do risco por observação e contagem dos ovos de Inverno.

(A Estação de Avisos presta apoio à realização desta estimativa. Contacte-nos.)

PESSEGUEIRO

LEPRA DO PESSEGUEIRO

(Taphrina deformans (Berk.) Tul.)

Logo que se verifique um aumento da temperatura, deve começar a notar-se o

aparecimento das pontas verdes ou

avermelhadas no centro das escamas dos gomos foliares terminais. Deve então ser aplicada uma calda à base de cobre, (de preferência uma calda bordalesa, dada a sua maior persistência).

REALIZAÇÃO DO PRIMEIRO TRATAMENTO CONTRA A LEPRA DO PESSEGUEIRO DE

ACORDO COM O ESTADO DE

DESENVOLVIMENTO DOS GOMOS FOLIARES

DIVISÃO DE PROTECÇÃO E CONTROLO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Quinta de S. Gens Estrada Exterior da

Circunvalação, 11 846 4460 – 281 SENHORA DA HORA Telefone: 229 574 010/ 16 Fax: 229 574 029

E-mail: avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt

(2)

No decorrer do desenvolvimento do pessegueiro, os novos órgãos que se vão formando, terão de ser protegidos contra esta doença, sobretudo se o tempo decorrer frio e chuvoso. A protecção de folhas, frutos e raminhos novos deve ser feita com fungicidas orgânicos (dodina, enxofre, tirame ou zirame), dado que o cobre é fitotóxico para a vegetação do pessegueiro.

PIOLHO VERDE DO PESSEGUEIRO

(Myzus persicae Sulzer)

O piolho verde do pessegueiro causa elevados prejuízos nesta cultura, provocando a esterilização, o dessecamento precoce e a queda das flores. As picadas destes piolhos nos ovários das flores e nos frutos pequenos, provocam a sua deformação e perda. Nas variedades cujas flores têm pétalas grandes (corolas rosáceas), impede a abertura das flores. Deforma igualmente as folhas, que acabam por enrolar e encarquilhar. O piolho verde é também um dos vectores do vírus que provoca a doença-da-sharka nos pessegueiros (PPV – Plum Pox Vírus).

Deve ser aplicado um aficida específico, no estado fenológico B-C, para destruir as fêmeas fundadoras, apenas se estas forem detectadas, impedindo a sua reprodução e os ataques precoces deste piolho. Este tratamento é

também eficaz contra o piolho preto

(Brachycaudus persicae), cujas fêmeas começam

por esta altura a reproduzir-se.

No combate ao piolho verde do

pessegueiro, podem ser utilizados, por exemplo, os seguintes produtos: alfa-cipermetrina (FASTAC); deltametrina (DECIS, DECIS EXPERT, DELTAPLAN); imidaclopride (PROVADO AE,

GAUCHO, CONFIDOR O-TEQ, CONFIDOR

CLASSIC, PROVADO PIN, KOHINOR 20 SL, COURAZE, NUPRID 200 SL, WARRANT 200 SL, COURAZE WG, NUPRID 200 SC, MASTIM, CORSÁRIO, SOLAR, CONDOR, NEOMAX); tau-fluvalinato (KLARTAN, MAVRIK); tiametoxame (ACTARA 25 WG).









AVELEIRA

BROCA DO TRONCO E DOS RAMOS

(Zeuzera pyrina L.)

MEDIDAS CULTURAIS

Para reduzir os níveis da praga nos pomares afectados recomenda-se a eliminação mecânica das larvas dentro das galerias por meio de um arame grosso e destruir os ramos afectados

que se partem por acção do vento, reduzindo assim a população hibernante de larvas. Esta operação pode ser feita noutras fruteiras e ornamentais afectadas por esta praga.

Consulte a ficha técnica nº 106 (I Série – ex-DRAEDM)

http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/conteudos/FICHAS_DRAEDM/Ficha_tecnica_106_2004.pdf









CITRINOS

MÍLDIO OU AGUADO

(Phythophthora spp.)

A fruta por colher deve ser protegida por meio de tratamento com fungicidas adequados, sobretudo a situada na parte mais baixa da copa das árvores.

Cortar os ramos mais baixos para evitar que toquem em terra. Manter uma cobertura de erva cortada para evitar que a água da chuva projecte os esporos do fungo para os frutos.

Não colher a fruta enquanto estiver molhada.

Facilitar o escoamento da água dos pomares, principalmente da zona envolvente do colo das árvores.

ACTINÍDEA

CANCRO BACTERIANO

Trata-se de uma nova bacteriose da actinidea, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv actinidiae, que foi pela primeira vez identificada na região em 2010, em dois pomares, um em Santa Maria da Feira, outro em Valença e em três outros pomares em 2011, em Vila do Conde, Marco de Canaveses e Felgueiras.

Resumidamente, os SINTOMAS são

Folhas com pequenas necroses

castanhas, circundadas por halo amarelo (este

sintoma não é específico desta doença);

Cancros nos ramos e tronco, com

escorrimento de goma avermelhada;

► Flores necrosadas (os sintomas na floração são difíceis de observar, uma vez que não são específicos desta doença),

►Morte de plantas.

MEDIDAS PREVENTIVAS Não existem meios de luta curativos, pelo que se deve evitar a introdução da bactéria no pomar.

(3)

O pomar deverá ser inspeccionado com

regularidade, sobretudo no início da Primavera e no Outono, quando os sintomas são mais visíveis.

Caso a doença se instale, as plantas mortas devem ser arrancadas e queimadas.

O material infectado não deve ser deixado no pomar, não deve ser destroçado nem incorporado no solo. Nas plantas que

apresentem sintomas, poderão fazer-se

atarraques (50 cm abaixo de lenho são), tentando regenerar a planta a partir de nova

rebentação. ► Os rebentos deverão ser

observados e, caso apresentem sintomas da doença, as plantas deverão ser arrancadas e queimadas.

TRATAMENTOS com produtos à base de

cobre são recomendados no fim do Inverno, ao inchamento dos gomos, no Outono, após a queda das folhas, e quando as plantas apresentem feridas devido ao granizo ou ventos fortes. Estes tratamentos são bacteriostáticos, não matam a bactéria, embora reduzam grandemente a sua actividade.

OUTRAS MEDIDAS CULTURAIS

As adubações deverão ter por base

análises de solo e foliares, evitando o vigor excessivo das plantas.

Deve-se manter o controlo do coberto

vegetal no solo do pomar.

Na poda, as plantas com sintomas deverão ser podadas em último lugar, tendo-se o cuidado de desinfectar as tesouras e os serrotes com uma solução de hipoclorito de sódio a 10% ou álcool a 70%. ► Podar com tempo seco e sem nuvens. Este cuidado dever ser redobrado em pomares onde já tenha sido detectada a doença.

► A aplicação de tratamentos à base de cobre imediatamente a seguir à poda é muito importante para reduzir a incidência do cancro bacteriano.

Ler mais em:

http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/lpc/bacterias_lpc.php

BATATEIRA

ALFINETE (BICHA AMARELA)

(Agriotes spp.)

O alfinete perfura as batatas, tornando-as impróprias à comercialização e mesmo ao consumo.

MEDIDAS PREVENTIVAS

Proceder a uma boa mobilização do solo – lavoura e gradagem – de modo a destruir o máximo de larvas. É muito importante a protecção das aves insectívoras – piscos, lavandiscas, melros, poupas, carriças, etc. – que consomem grandes quantidades destes insectos prejudiciais à

agricultura, mesmo durante os trabalhos de mobilização da terra.

Uma rotação adequada das culturas pode também ajudar a diminuir as populações de alfinete.

Consulte a ficha técnica nº 47 (I Série – ex-DRAEDM)

http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/conteudos/FICHAS_DRAEDM/Ficha_tecnica_047_2005.pdf

HORTÍCOLAS

CEBOLA

MÍLDIO DA CEBOLA

(Peronospora destructor (Berkeley)

Caspary)

É a mais grave doença da cebola e é muito vulgar atacar as jovens plantas no viveiro (cebolo).

As folhas atacadas apresentam manchas

alongadas, esverdeadas, que se cobrem duma penugem cinzento-violáceo. Em consequência da invasão do fungo, o cebolo acaba por tombar e por se perder. Acontece também ser transplantado cebolo afectado que vai depois, infectar a cultura final, causando a perda das cebolas, por vezes já durante a conservação.

Como medida preventiva recomenda-se o arejamento do viveiro, a limpeza das ervas infestantes, transplantar o cebolo o mais cedo possível, reduzir as adubações azotadas, evitar a rega por aspersão, fazer rotações de 3 a 4 anos, evitar plantações muito densas.

Em caso de necessidade, podem ser feitos

tratamentos com produtos à base de

azoxistrobina (QUADRIS, QUADRIS G, ORTIVA); cobre(oxicloreto)+iprovalicarbe (MELODY COBRE); dimetomorfe+piraclostrobina (CABRIO DUO; CABRIO TEAM); folpete (FOLPAN 500 SC, FOLPAN 80 WDG, FOLPETIS WG, FOLTENE, AKOFOL 80 WDG, FOLPAN 50 WP AZUL, FOLPEC 50 AZUL, BELPRON F-50, FOLPEC 50, AKOFOL 50 WP, ORTHO PHALTAN); mancozebe

(PENNCOZEB DG, DITHANE NEOTEC,

NUFOSEBE 75 DG, MANFIL 75 WG, STEP 75 WG, FUNGITANE, PENNCOZEB 80, MANCOZAN, MANCOZEBE SELECTIS, MANCOZEBE SAPEC, NUFOZEBE 80 WP, NUTHANE, FUNGÉNE, FUNGITANE AZUL, DITHANE M-45 , MANGAZEB, MANCOZEB 80 VALLÉS, CAIMAN WP, MANFIL 80 WP, MANZENE).

A assinatura anual dos Avisos Agrícolas pode agora ser paga por transferência bancária, através do NIB da DRAP-Norte

078101120000000778884

(4)

HORAS DE FRIO, ABAIXO DOS 7

0

C,

NECESSÁRIAS À QUEBRA DA DORMÊNCIA

DOS GOMOS FLORAIS DAS FRUTEIRAS, REGISTADAS NAS ESTAÇÕES

METEOROLÓGICAS DAESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO (2011-2012)

(1) Dados parcialmente extrapolados

(2) Valor parcialmente calculado pelo modelo de Crossa-Reynaud (3) Dados insuficientes

No final do mês de Janeiro, estavam já asseguradas as horas de frio necessárias à quebra da dormência dos gomos e regular floração da generalidade das fruteiras na Região. As horas de frio podem continuar a acumular-se durante os meses de Fevereiro e Março, até que se dê a rebentação dos gomos.

Assim, no ano em curso, entendemos ser desnecessária a aplicação de qualquer produto para induzir artificialmente a quebra de dormência dos gomos das fruteiras.









MANUTENÇÃO DOS APARELHOS DE

APLICAÇÃO DE PESTICIDAS

Para além da verificação periódica durante o ano, aproveite os períodos de Inverno de menor pressão de trabalho para fazer uma revisão e manutenção mais aprofundada dos aparelhos, tendo em atenção os seguintes aspectos:

Depósito ► Lavá-lo com água limpa para eliminar possíveis incrustações de produto nas suas paredes ou no fundo. Verificar que o depósito não tenha furos nem rachadelas, procedendo à sua reparação ou substituição, se necessário.

Filtro do depósito ► A sua função é de reter as impurezas presentes na água e as partículas de produto não completamente dissolvidas. Deve-se

manter em boas condições, limpando-o

cuidadosamente com jacto de água.

Tubagens ► Devem ser lavadas com jacto de água para eliminar possíveis incrustações no seu interior. Substituí-las em caso de deterioração. Bicos ► Os bicos podem estar obstruídos, pelo que o débito de produto irá diminuindo. É aconselhável proceder á limpeza dos bicos, depois de desmontados, para restituir a sua capacidade de pulverização. Nesta limpeza, não utilizar objectos perfurantes que possam alterar o diâmetro do orifício de saída do líquido. Caso seja necessário, substituir os bicos.

Bomba Nas máquinas que disponham deste

elemento, deve comprovar-se periodicamente que o lubrificante contido no cárter está ao nível

aconselhado. O óleo deve ser mudado

periodicamente.

Manutenção do motor Deve limpar-se o filtro

de ar a cada 50 horas de funcionamento. Controlar o estado das velas a cada 50 horas – devem-se desmontar, limpar e comprovar que a distância entre eléctrodos é a correcta. No caso de as velas estarem muito deterioradas, deve proceder-se à sua substituição. Local Soma Nov+ Dez Ja- neiro Soma Nov+ Dez+Jan

ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS MANUAIS

Refóios– Ponte de Lima 314 (1) 346 (1) 660

S. Martinho de Mouros -

Resende 426 367 793

(2)

Ermelo – Mondim de Basto 676 394 1070

Sobrado – Castelo de Paiva 481 491 972

Escola Secundária - Cinfães 401 403 804 ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS CAMPBELL Apúlia - Esposende 235 337 572 S. Cristóvão de Nogueira - Cinfães 472 372 844 Gatão - Amarante 434 393 827

Longos Vales - Monção 262 254 516

Vila Boa de Quires - Marco

de Canaveses 371

(1)

386 757

EPAMAC – Rosém – Marco

de Canaveses 371 333 704

S. João de Fontoura -

Resende

(3) (3) (3)

EPA de Santo Tirso 390 398 788 ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS AUTOMÁTICAS

ADDCON

Goães - Amares 332 321 653

Arouca 414 402 816

Arcozêlo – Ponte de Lima 367 357 724

S. Marinha do Zezere -Baião 344 418 762

S. M. da Carreira - Barcelos (3) (3) (3) EPA Fermil – Molares -

Celorico de Basto

477 391 868

Cepões – Ponte de Lima 371 345 716

Correlã – Ponte de Lima 357 330 687

Paçô- Arcos de Valdevez 410 307 717

Giela – Arcos de Valdevez 383 380 763

S. Torcato-Guimarães 413 333 746

Vilar do Torno e Alentém-

Lousada

468 409 877

Penso - Melgaço 387 323 710

Prado - Melgaço (3) (3) (3)

Atei – Mondim de Basto 450 393 843

Paderne - Melgaço 365 325 690

Pinheiros - Monção 361 327 688

Perre – Viana do Castelo 295 305 600

Oleiros- Ponte da Barca 334 340 674

S. Cosme e S.Damião –

Arcos de Valdevez

359 342 701

Roriz – Santo Tirso 314 297 611

Vairão – Vila do Conde 222 290 512

Ganfei - Valença 311 296 607

(5)

DIVULGAÇÃO

Meteorologia Agrícola 







Geadas

As geadas podem ser de três tipos: geadas de advecção ou geadas negras, geadas de evaporação e geadas de

irradiação ou geadas brancas. Os efeitos que têm sobre os vegetais são semelhantes, embora os fenómenos meteorológicos que

estão na sua origem sejam diferentes.

GEADAS DE ADVECÇÃO OU GEADAS NEGRAS

Advecção é o transporte de massas de ar frio ou quente pelo vento. As massas de ar frio na Península Ibérica

ocorrem quando há uma invasão de massas de ar polar ou ártico (massas de ar muito frio e seco), com ventos de nordeste procedentes das regiões siberianas. A espessura da camada de ar frio nestas circunstâncias é muito grande, chegando a atingir mais de dois mil metros.

As geadas originadas pela invasão destas massas de ar frio são as geadas de advecção ou geadas negras, assim chamadas por deixarem as plantas enegrecidas e queimadas

nos locais onde passam. Estas geadas ocorrem geralmente no

Inverno, mas também na Primavera, altura em que provocam

elevados prejuízos nas culturas. As geadas negras, ao

contrário das geadas brancas, provocam sempre grandes prejuízos na agricultura.

GEADAS DE EVAPORAÇÃO

A evaporação da água é um fenómeno que produz uma absorção de calôr do próprio líquido e dos corpos que o rodeiam.

Quando a água que cobre as plantas se evapora com muita rapidez a temperatura destas desce acentuadamente. Se a temperatura dos órgãos vegetais mais tenros (gomos, folhas novas, flores, frutos jovens) descer abaixo de zero graus, produzem-se os efeitos próprios da geada. A

evaporação rápida da fina camada de água gelada que cobre as plantas, ao nascer o sol no Inverno, produz este tipo de geadas, sobretudo nos locais expostos a nascente, que são repentinamente banhados pelo sol.

GEADAS DE IRRADIAÇÃO OU GEADAS BRANCAS

A superfície terrestre aquece durante o dia sob a acção dos raios solares. Durante a noite, a Terra irradia o calor recebido de dia e a superfície terrestre arrefece, tal como a camada de ar junto ao solo. Em consequência deste

arrefecimento, o vapôr de água condensa-se sobre a superfície terrestre e formam-se gotas de orvalho. Se o arrefecimento fôr

muito intenso, o vapôr de água passa directamente ao estado de gelo, formando-se a geada, que se deposita em

forma de pequenas escamas sobre a superfície terrestre e em todos os objectos que aí se encontrarem: edifícios, plantas, árvores, etc..

Risco de ocorrência de geada em Portugal continental (Instituto de Meteorologia)

As geadas produzidas como consequência da irradiação terrestre recebem o nome de geadas de irradiação ou geadas brancas, por serem acompanhadas da formação de uma camada branca de gelo .

As geadas de irradiação ocorrem no Inverno, Outono e Primavera e podem provocar prejuízos nas culturas

temporãs de Primavera e tardias de Outono.

INTENSIDADE DAS GEADAS DE IRRADIAÇÃO

(6)

o céu estiver nublado, uma parte do calôr irradiado reflecte-se nas núvens e volta para a terra. Com céu nublado não existe o

perigo de geadas.

O arrefecimento devido à irradiação terrestre é muito intenso até uma altura que varia de 5 a 15 metros acima do solo. Acima dessa altura o ar está mais quente. Se houver vento, a camada de ar mais quente superior mistura-se com a de ar frio inferior, diminuindo o risco de geada.

Quando a humidade do ar é elevada, dá-se a condensação do vapôr de água. Este processo origina uma libertação de calôr, que aumenta a temperatura do ambiente.

Por isso, quando a humidade relativa do ar é

elevada, a irradiação nocturna origina a formação de nevoeiro, mas não de geada. Por outro lado, os nevoeiros

formam, tal como as núvens, uma camada protectora que impede a formação de geada.

Além dos factores meteorológicos, há outros como a

configuração do terreno ou a constituição do solo, que influenciam a intensidade deste tipo de geadas.

Durante a noite, as montanhas arrefecem primeiro que os vales. O ar que está em contacto com a montanha arrefece e desliza para o fundo, acumulando-se nas terras mais baixas, aumentando aí o risco de geada, sobretudo se estas partes

baixas não tiverem uma boa drenagem atmosférica, ou seja, se o ar frio não poder circular e se acumular no local.

A constituição do solo influi também na formação de geadas. Os solos arenosos, soltos e pedregosos arrefecem

muito rápidamente. Produzem-se assim geadas com maior

facilidade.

MÉTODOS DE LUTA ANTI-GEADA

Há métodos de luta directos - de que são exemplo na nossa Região as águas de lima encaminhadas para os prados durante o Inverno, para impedir a queima das ervas pela geada e favorecer o seu desenvolvimento - e os métodos indirectos, cuja eficácia é sempre relativa, dependendo da intensidade da geada. Assim, é necessário ter em conta:

LOCALIZAÇÃO DOS POMARES E VINHAS

Devem evitar-se as zonas baixas e de fraca drenagem atmosférica, como método de prevenção, sobretudo dos efeitos das geadas brancas, uma vez que não existem praticamente meios de defesa contra geadas negras.

ESCOLHA DE ESPÉCIES E VARIEDADES

Não há espécies nem variedades que sejam

verdadeiramente resistentes à geada, embora a sensibilidade a este fenómeno seja diferente de umas para outras. Por outro lado, os danos produzidos sobre

diferentes órgãos vegetais dependem muito do estado de desenvolvimento vegetativo da planta.

A macieira suporta melhor a geada que outras plantas, como por exemplo, a Vinha. Em ordem crescente de sensibilidade, seguem-se-lhe a pereira, o pessegueiro, a cerejeira.

Uma forma de prevenir, por vezes, o efeito de geadas, é atrasar a poda, sobretudo na Vinha, nos locais mais atreitos à ocorrência de geadas. Podas tardias originam rebentações tardias, o que pode salvar a vinha menos bem localizada dos efeitos destruidores de uma geada tardia, na Primavera.

TÉCNICAS ADEQUADAS DE CULTIVO

Sabe-se que a temperatura de um solo recoberto de

vegetação devidamente cortada é mais elevada do que a de um solo recentemente revolvido ou de um solo coberto de erva alta. Portanto, o risco de geada será maior nas vinhas e pomares com erva alta ou com solo recentemente revolvido.

A erva seca proveniente dos cortes de manutenção do coberto vegetal, acumulada no terreno, constituiu uma boa protecção que diminui o arrefecimento do solo.

A resistência da planta diminui se esta estiver debilitada

por ataques fortes de doenças ou pragas. Por conseguinte, uma protecção fitossanitária correcta, mantendo as plantas em boas condições de desenvolvimento, é um meio eficaz de prevenção dos efeitos da geada.

A fertilização racional das culturas, tendo especial cuidado nas adubações azotadas, evitando execessos de vigôr vegetativo, dão às plantas robutez, que lhes permitem resistir melhor aos efeitos negativos de uma geada.

MEDIDAS A TOMAR APÓS A OCORRÊNCIA DE UMA GEADA

Apesar de todos os cuidados que possam ser tomados, a geada por vezes vem mesmo e torna-se então necessário tomar algumas medidas para minorar os prejuízos:. Assim, quando os pâmpanos da vinha são " queimados " pelas geadas, pode-se proceder a seguir, a uma pulverização com um adubo foliar e, se possível, a uma poda de reconstituição. Esta acção tem por objectivo ajudar a planta a

desenvolver novas varas e a recuperar, aínda que parcialmente, as que não tiverem sido totalmente destruídas, refazendo-se, assim, mais rápidamente do choque que a geada representa. Por outro lado, consegue-se assegurar a existência de "poda" no Inverno seguinte, que permita reconstituir a Vinha.

Se a geada não fôr muito tardia, por vezes aínda se poderá salvar uma parte da produção, a partir de gomos que

não tenham ainda rebentado na altura da ocorrência da geada.

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Textos de divulgação técnica da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho nº 1/ 2012 (II Série) Fevereiro

Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas/ DRAP-Norte/ Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário/ Estação de Avisos de Entre Douro e Minho Estrada Exterior da Circunvalação, 11846 4460–281 SENHORA DA HORA

℡ 22 957 40 10/ 22 957 40 16/  22 957 40 19  avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt

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Fontes:Meteorologia - Compêndio para a Formação Profissional de Pessoal Meteorológico da Classe IV, INMG, Lisboa, 1979; Iniciacion a la Meteorologia Agricola, Ministerio de Agricultura y Pesca, Madrid,1981. http://www.meteo.pt (30.12.2011).

Referências

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