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Fatores comuns determinantes de crises cambiais e financeiras : uma abordagem de análise fatorial

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Academic year: 2017

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CRISTINA FÁTIMA MARTINS DE BESSA

FATORES COMUNS DETERMINANTES DE CRISES CAMBIAIS E FINANCEIRAS:

UMA ABORDAGEM DE ANÁLISE FATORIAL

Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Economia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Economia

Orientador: Prof. Dr. Tito Belchior Silva Moreira

BRASÍLIA

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B557f Bessa, Cristina Fátima Martins de.

Fatores comuns determinantes de crises cambiais e financeiras : uma abordagem de análise fatorial. – 2007.

iii, 74 f. ; 30 cm

Dissertação (mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2007. Orientação: Tito Belchior Silva Moreira

1. Câmbio - crises. 2. Crises financeiras. 3. Análise fatorial. I. Moreira, Tito Belchior Silva, orient. II. Título

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AGRADECIMENTOS

Ao Professor Tito Belchior, meu orientador, pelos ensinamentos, pelo incentivo e compreensão demonstrados ao longo do período de elaboração deste trabalho.

Aos colegas de mestrado que compartilharam comigo seus conhecimentos, em especial aos amigos Ailton Guimarães, Lara Mendes, Lindomar Mendes e Raimundo Felix, cujo apoio nos estudos foi fundamental para a conclusão do curso.

À minha família, pela compreensão das longas ausências. Agradeço particularmente a meu irmão Júlio, pela atenção e pronta ajuda em diversos momentos ao longo dos últimos dois anos.

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RESUMO

Em função das graves conseqüências que os problemas de natureza cambial e financeira trazem às economias de todos os países, os estudos empíricos realizados nos últimos anos têm se voltado ao desenvolvimento de métodos que permitam prever com a devida antecedência os eventos de crises, possibilitando evitá-las ou minimizar seus efeitos. Esses estudos também procuram identificar os diferentes tipos de crises cambiais e financeiras, de forma a classificá-las e agrupá-las em diversas variedades. Este trabalho contribui para a pesquisa empírica ao acrescentar a visão de fatores latentes comuns a crises de naturezas diferentes, independentemente da época de suas ocorrências ou do estágio de amadurecimento da economia dos países envolvidos nesses episódios. Busca-se identificar e avaliar fatores comuns determinantes dessas crises, considerando-se uma amostra de 96 episódios de crises entre 1970 e 2004, com base na utilização de técnicas estatísticas de análise multivariada, como as análises fatorial, de agrupamentos e discriminante. São identificados oito indicadores comuns determinantes das crises cambiais e financeiras ocorridas no período estudado. Constata-se que a elevação das proporções de crédito doméstico, déficit fiscal e dos depósitos bancários de residentes em relação ao PIB são inerentes aos diferentes tipos de crises classificadas pela literatura econômica. Identifica-se também como fatores comuns a esses episódios indicadores que capturam a excessiva monetização das economias e que refletem a queda das reservas dos bancos centrais, representados pelas razões M2/Reservas e Importações/Reservas e pelo volume total de reservas internacionais.

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LISTA DE TABELAS

1. TESTES DE ADEQUAÇÃO AMOSTRAL... 45

2. EXTRAÇÃO DOS FATORES... 46

3. MATRIZ DE FATORES SUBMETIDOS À ROTAÇÃO... 47

4. NÚMERO DE CLUSTERSCRITÉRIO R2... 52

5. AGRUPAMENTOS OBTIDOS GRUPO 1... 53

6. AGRUPAMENTOS OBTIDOS GRUPO 2... 54

7. TESTES DE SIGNIFICÂNCIA... 56

8. ANÁLISE DAS MÉDIAS DOS GRUPOS ... 57

9. ESTATÍSTICAS RELACIONADAS À FUNÇÃO DISCRIMINANTE... 58

10. ESTATÍSTICAS DE CLASSIFICAÇÃO DA FUNÇÃO DISCRIMINANTE... 59

11. TESTES DE SIGNIFICÂNCIA PARA MÉDIAS... 60

12. ANÁLISE DAS MÉDIAS DOS GRUPOS COM FATORES... 60

13. ESTATÍSTICAS RELACIONADAS À FUNÇÃO DISCRIMINANTE COM FATORES... 61

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...9

2. REFERENCIAL TEÓRICO...12

2.1. INTRODUÇÃO...12

2.2. MODELOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO...14

2.3. MODELOS DE SEGUNDA GERAÇÃO...16

2.4. MODELOS DE TERCEIRA GERAÇÃO ...18

3. REVISÃO DA LITERATURA...20

3.1. FUNDAMENTAÇÃO PARA ESCOLHA DOS INDICADORES. ...28

4. METODOLOGIA...32

4.1. SELEÇÃO DA AMOSTRA... ...32

4.2. ANÁLISE FATORIAL...34

4.3. ANÁLISE DISCRIMINANTE...37

4.4. ANÁLISE DE AGRUPAMENTOS...41

5. RESULTADOS E ANÁLISES...43

5.1. RESULTADOS DA ANÁLISE FATORIAL...44

5.2. RESULTADOS DA ANÁLISE DE AGRUPAMENTOS...51

5.3. RESULTADOS DA ANÁLISE DISCRIMINANTE...56

6. CONCLUSÕES...63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...65

APÊNDICE...69

A -TABELAS...69

TABELA A1 EPISÓDIOS DE CRISE POR PAÍS DA AMOSTRA...69

TABELA A2 MATRIZ DE CORRELAÇÕES ENTRE INDICADORES DA AMOSTRA....70

TABELA A3 MATRIZ DE CORRELAÇÃO ANTI-IMAGEM...71

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1. INTRODUÇÃO

Observando-se a economia mundial nos últimos 40 anos, verifica-se a alta e crescente incidência de crises cambiais e financeiras, atingindo tanto economias maduras quanto países em desenvolvimento. Tais acontecimentos estimularam o desenvolvimento de diversas teorias e estudos empíricos com o objetivo de explicar as causas das crises, grande parte deles voltados às economias emergentes.

Os estudos empíricos têm sido eficientes na verificação da vulnerabilidade dos países aos colapsos cambiais, apesar da dificuldade na previsão das ocorrências desses episódios. Para evitar que crises ocorram, há a necessidade de desenvolver mecanismos para prevê-las. Por isso, nos anos 1990 a linha de pesquisa voltada ao estudo de indicadores que antecipam crises cambiais ganhou forte impulso. Contudo, na prática, não houve aceitação ampla de que estes modelos propostos fossem, de fato, capazes de prevê-las.

A averiguação da saúde financeira e a consistência das políticas cambiais implementadas são cruciais para a economia dos países, sendo que a compreensão da anatomia das crises é um importante passo nessa direção. Levando-se em conta que uma crise cambial é caracterizada pela perda repentina de confiança na moeda nacional e sua acelerada depreciação em relação a outras moedas, com reflexos no setor real da economia, percebe-se a importância da investigação dos ataques especulativos.

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desequilíbrio na saúde patrimonial das instituições financeiras, chega-se ao colapso do sistema. As empresas e instituições financeiras, com elevados passivos em moeda estrangeira, podem ser gravemente atingidas por desequilíbrios que as conduzem à falência.

As teorias surgidas dessa investigação subdividem-se em três grupos de modelos: de primeira, segunda e terceira geração.

Os modelos de primeira geração tiveram como foco de estudo as crises na América Latina nos anos 60 e 70, relacionando as causas fiscais e monetárias às crises. De acordo com essa abordagem, as crises cambiais ocorreriam devido à contínua monetização do déficit fiscal, proporcional à perda de reservas, levando um regime de câmbio fixo ao colapso pela exaustão dessas reservas.

A segunda geração de modelos voltou-se às causas das crises do Sistema Monetário Europeu em 1992, centrados na análise de economias maduras que, mesmo com os fundamentos macroeconômicos sólidos, foram vítimas de ataque especulativo, provocando crises com caráter auto-realizável. Nesses casos, boatos não relacionados aos fundamentos monetários e fiscais tornam-se o centro das turbulências.

O terceiro grupo de análise foi conseqüência da onda de crises cambiais surgidas a partir da segunda metade da década de 90: a chamada Crise Tequila em 1994 e as crises dos países asiáticos em 1997 e 1998 que sucederam-se àquela crise, a moratória russa em 1998 e os colapsos brasileiro em 1999 e argentino em 2002.

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A elevada liquidez no mercado financeiro produz as chamadas “bolhas de preços” dos ativos, ou seja, ativos sobrevalorizados artificialmente, fruto da especulação, insustentáveis por longos períodos. Com a queda dos preços desses ativos e a deterioração dos créditos bancários, instala-se um pânico financeiro que leva à corrida contra a moeda doméstica e, conseqüentemente, à perda de reservas internacionais. Os modelos de terceira geração também preocupam-se com o contágio dessas crises financeiras entre países, estimulado pela liberalização dos mercados.

Este trabalho objetiva contribuir com a pesquisa empírica agregando a visão de fatores latentes que são comuns a crises de natureza diferentes, independentemente do estágio de amadurecimento da economia dos países envolvidos nos episódios ou da época de suas ocorrências.

Primeiramente, faz-se uma revisão da teoria que suporta a ligação entre pressão cambial e crises financeiras e das pesquisas empíricas relacionadas ao tema, incluindo os estudos voltados à sinalização e predição das turbulências. A seguir, estuda-se um conjunto de 20 países, num total de 96 ocorrências de crises, tanto de economias maduras quanto emergentes, no período de 1970 a 2004. Pretende-se, com a utilização de métodos estatísticos de análise multivariada, identificar e avaliar fatores comuns determinantes das crises cambiais e financeiras no período sob análise. Para esse fim são utilizadas técnicas de análise fatorial, análise de agrupamento e discriminante.

Referências

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