De 21 a 31 o estado do tempo no Continente foi condicionado inicialmente por uma depressão centrada na Europa Central e posteriormente por uma outra centrada a oeste da Península Ibérica.
Deste modo, no dia 21 o céu esteve pouco nublado ou limpo e ocorreram neblinas ou nevoeiros que persistiram na região de Trás-os-Montes durante o dia.
De 22 a 31 ocorreram períodos de céu muito nublado, aguaceiros, que foram mais frequentes nas regiões do Norte, e verificou-se uma descida da temperatura em especial da mínima.
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR
INSTITUTO DE METEOROLOGIA
BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A AGRICULTURA
Publicação Trimensal
PRESIDENTE: Dr. Adérito Vicente Serrão Dia 1 de Fevereiro de 2007 — N.º 1993
3.ª década (21-31) de Janeiro de 2007
Propriedade do Instituto de Meteorologia Rua C ao Aeroporto de Lisboa 1749-077 LISBOA — PORTUGAL
Sai aos dias 1, 11 e 21 de cada mês
Assinatura anual: ¤ 53 (inclui IVA e portes de correio) Avulso: ¤ 2
Depósito Legal n.º 7919/85 — ISSN 0870-4694
INFLUÊNCIA DO TEMPO NAS CULTURAS INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS
De 21 a 31 de Janeiro, os valores da temperatura média do ar foram bastante inferiores aos valores normais (61-90) para a época em todo o território. Os valores médios da temperatura média variaram entre -0.6ºC nas Penhas Douradas e 10.3ºC no Cabo Carvoeiro. Os desvios em relação aos valores normais (61-90) variaram entre -2.0ºC em Mirandela, Porto e Castelo Branco e -3.8ºC nas Penhas Douradas.
Nesta década os valores de precipitação ocorridos foram bastante inferiores aos normais (61-90) para a época em todo o território. Tendo-se verificado o máximo, de 41.0 mm, em Santarém.
Os valores da precipitação acumulada desde 1 de Setembro de 2006 até 31 de Janeiro de 2007 variaram entre 361 mm em Beja e 1259 mm nas Penhas Douradas e são superiores aos respectivos valores médios. A percentagem da quantidade de precipitação acumulada, em relação aos valores médios, variou entre 107% em Vila Real e 176%
em Castelo Branco.
Nesta década os valores de insolação foram superiores aos normais (61-90) para a época em quase todo o território e variaram entre 48 horas nas Penhas Douradas e 70 horas em Viseu.
Os valores de evapotranspiração potencial (calculada pelo método de Penman) apresentaram-se próximos dos normais (61-90) para a época em todo o território. O menor valor de 3.9 l/m² ocorreu em Mirandela e o maior, de 13.5 l/m2, em Sagres.
Os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, foram superiores aos normais (61-90) para a época em alguns locais do Centro e Sul, sendo inferiores ou próximos no resto do território.
No inicio da década a percentagem de armazenamento de água nas principais albufeiras situadas a norte do rio Tejo era, em média, de 68%, sendo em igual data do ano passado de 62% (segundo informação retirada dos boletins da REN).
VALORES NA DÉCADA E DESVIOS DA NORMAL
TEMPERATURA DO AR PRECIPITAÇÃO (mm)
Média Desvio da normal Total Desvio da normal
ESTAÇÃO
Temperatura do ar
(isotérmicas médias)
A norte do Tejo:
Temperatura média: 5.3 Desvio da normal: -2.8
Precipitação (mm)
(isoietas)
3.ª década, 21-31 de Janeiro de 2007
Montalegre ... 1.7 -2.5 9.5 -71.0
Mirandela ... 4.6 -2.0 11.0 -9.5
Braga ...
— — — —
Vila Real ... 4.2 -2.8 7.3 -51.8
Viseu ... 4.5
— 4.3 —
Coimbra ... 7.3
— 30.1 —
Castelo Branco ... 6.3 -2.0 13.5 -27.9
Santarém/Fonte Boa ... 8.1 -2.3 41.0 +9.2
Lisboa ... 9.7 -2.1 30.7 -3.3 Portalegre ... 6.2 -2.7 13.5 -28.5
Elvas ... 6.9 -2.3
— —
Évora ... 7.1
— 21.7 —
Beja ... 7.5 -2.4 11.7 -12.8 Alvalade ... 7.2 -3.0 22.2 0.0 Faro... 10.0 -2.1 6.0 -3.5
A sul do Tejo:
Temperatura média: 7.5 Desvio da normal: -2.9
A norte do Tejo:
Precipitação média: 16.3 Desvio da normal: -35.1
A sul do Tejo:
Precipitação média: 15.0 Desvio da normal: -12.5
Evolução provável das condições meteorológicas até 10 de Fevereiro de 207
Até dia 4, o estado do tempo no Continente será condicionado por uma depressão centrada no Sul da Península Ibérica. A partir de dia 5 o cenário meteorológico mudará devido a um anticiclone localizado no Atlântico estendendo-se em crista pela Península Ibérica.
Previsão do estado do Tempo no Continente até 10 de Fevereiro de 207
Até dia 4, o céu estará em geral muito nublado, prevendo-se precipitação a partir de dia 2 em especial nas Regiões do Centro e do Sul.
A partir de dia 5 o céu deverá estar pouco nublado ou limpo e o vento fraco.
Valores normais na 1.ª década (1-10) de Fevereiro
TEMPERATURA DO AR PRECIPITAÇÃO TOTAL (mm)
Montalegre ... 4.5 65.3
Mirandela ... 7.2 19.0
Braga ... 9.5 57.8
Vila Real ... 7.4 46.4
Viseu ...
— —
Coimbra ...
— —
Castelo Branco ... 9.0 40.1
Santarém/Fonte Boa ... 10.8 29.9
Lisboa ... 12.3 32.7
Portalegre ... 9.3 33.8
Elvas ... 9.7 20.9
Évora ...
— —
Beja ... 10.4 20.8
Alvalade ... 10.6 19.7
Faro... 12.6 21.0
ESTAÇÃO
ESTAÇÃO TEMPERATURA-BASE
NA DÉCADA DESDE
1 Set 1 Jan
TEMPERATURAS ACUMULADAS
0°C 6°C 10°C 12°C Tb = 0°C Tb = 6°C
33.8 2.0 0.0 0.0 - 32.8
- - - - - -
46.6 2.8 0.0 0.0 1880.6 58.0
84.8 21.7 2.2 0.0 2287.8 144.5
49.4 5.8 0.9 0.0 1915.3 77.9
- - - - - -
88.2 23.1 4.3 0.8 - 147.5
69.2 10.7 1.4 0.0 2152.3 72.0
68.1 13.5 3.7 1.7 2210.4 114.5
88.7 22.8 4.7 0.7 - -
99.8 33.8 7.0 3.0 2485.5 147.4
77.6 16.4 3.2 0.0 - -
82.9 19.5 2.8 0.0 2390.7 118.9
98.8 33.6 5.9 0.5 2423.1 163.4
110.2 44.2 8.4 2.4 2615.1 178.6
107.8 42.3 12.0 5.6 2532.1 172.8
BRAGANÇA...
VIANA DO CASTELO ...
VILA REAL ...
PORTO/PEDRAS RUBRAS ...
VISEU/CENTRO ...
COIMBRA/CERNACHE...
MONTE REAL ...
CASTELO BRANCO ...
PORTALEGRE...
FONTE BOA ...
LISBOA/G.COUTINHO ...
ÉVORA ...
BEJA ...
SINES/MONTE CHÃOS...
FARO ...
SAGRES ...
LOCAL
Temperatura média do ar (½C) Precipitação (mm) Evaporação (mm)
Mês
Desvio da Normal
Média das Máximas
Desvio da Normal
Média das Mínimas
Desvio da Normal
Total
Desvio da Normal
Núm.
de Dias
Desvio da Normal
CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS NO CONTINENTE EM DEZEMBRO DE 2006
Monção 9.1 -0.1 13.6 +0.5 4.6 -0.7 153.0 -18.8 15 0 36.7 -23.3
Viana do Castelo 10.2 — 14.2 — 6.1 — 161.3 — 15 — 44.0 —
Braga — — — — — — — — — — — —
Porto/Pedras Rubras 10.6 +0.4 14.2 -0.2 7.0 +0.9 134.8 -34.6 11 -5 — —
Montalegre — — — — — — — — — — — —
Bragança 4.5 -0.5 8.7 0.0 0.4 -0.8 64.2 -34.3 10 -5 — —
Mirandela 5.8 -0.7 10.0 -0.7 1.6 -0.6 29.5 -31.1 8 -2 — —
Miranda do Douro 4.4 -0.4 8.4 -0.1 0.2 -0.8 — — — — — —
Vila Real 6.5 -0.2 9.7 -0.3 3.3 0.0 126.0 -33.8 10 -4 29.5 -5.7
Chaves 5.9 -1.0 10.7 -0.7 1.1 -1.4 — — — — — —
Viseu 7.3 — 10.5 — 4.1 — 157.0 — 10 — 58.2 —
Guarda — — — — — — — — — — — —
Penhas Douradas 3.6 -0.1 6.4 -0.1 0.7 -0.2 199.5 -42.7 12 -3 — —
Coimbra/Cernache 10.1 — 13.6 — 6.5 — 122.0 — 8 — 53.5 —
Anadia — — — — — — — — — — — —
Castelo Branco 8.3 -0.3 12.0 -0.3 4.7 -0.3 43.4 -54.5 9 -2 58.2 +6.5
Alcobaça — — — — — — — — — — — —
Santarém/Fonte Boa 10.5 -0.3 14.8 -0.2 6.1 -0.5 44.3 -52.2 12 -1 — —
Alvega 8.9 -0.5 15.1 +0.3 2.8 -1.1 61.2 -28.9 10 -2 37.6 -10.7
Benavila 9.1 -0.5 14.1 0.0 4.2 -1.0 — — — — — —
Lisboa/G. Coutinho 11.3 -0.3 14.3 -0.3 8.3 -0.3 48.5 -71.1 11 -4 73.5 +16.0
Setúbal 10.4 -0.4 15.4 -0.1 5.3 -0.8 — — — — — —
Coruche 29.5 -1.3 15.5 -0.3 3.6 -2.1 44.3 -60.7 9 -5 48.9 +5.0
Lavradio 11.2 -0.2 14.6 -0.6 7.9 +0.2 43.4 -45.5 12 0 — —
Portalegre 9.0 -0.1 11.7 -0.2 6.3 +0.1 67.2 -50.1 10 -3 62.1 -11.5
Elvas 9.4 +0.4 14.1 +0.6 4.8 +0.2 37.0 -41.2 7 -5 54.0 +0.4
Évora 9.7 — 14.4 — 4.6 — 39.3 — 7 — 47.8 —
Alcácer do Sal — — — — — — — — — — — —
Alvalade 9.3 -0.8 16.0 +0.2 2.4 -2.1 47.8 -33.4 11 +1 — —
Beja 10.0 -0.1 14.1 -0.1 5.9 -0.1 33.5 -49.8 7 -5 — —
Amareleja 9.1 -0.2 14.7 +0.4 3.6 -0.7 36.2 -33.8 7 -3 36.3 -17.5
Mértola — — — — — — — — — — — —
Neves Corvo 8.9 — 14.7 — 3.3 — 35.6 — 10 — — —
Sagres 12.6 -0.9 16.4 +0.2 8.8 -2.0 38.4 -40.7 8 -5 — —
Faro 12.5 -0.2 16.4 -0.3 8.6 0.0 33.1 -61.0 5 -6 — —
INSTITUTO DE METEOROLOGIA LISBOA — PORTUGAL
Desvio da Normal
Total
LEGENDA DOS QUADROS
QUADRO I
CAU...Capacidade de Água Utilizável (mm) T ...Temperatura Média do Ar (ºC) H R ... Humidade Relativa do Ar – Média às 09 UTC (%) V ...Velocidade Média do Vento (km/h) I ...Insolação (h) R ... Precipitação (mm) ETP ... Evapotranspiração Potencial – Penman Original (mm)
% AS ... Percentagem de CAU preenchida D ... Desvio de cada elemento em relação ao valor médio
QUADRO II
Notas:
1. O desenvolvimento potencial das culturas é calculado em função da temperatura média na década;
2. A cada espécie e variedade corresponde um zero vegetativo, isto é, uma determinada temperatura a partir da qual a planta se desenvolve.
QUADRO III
TMIN ... Temperatura Mínima do Ar em abrigo (ºC) TMAX ... Temperatura Máxima do Ar em abrigo (ºC) TREL ... Temperatura Mínima do Ar junto à relva (ºC) T10 ... Temperatura do Solo à profundidade de 10 cm T20 ... Temperatura do Solo à profundidade de 20 cm H R ... Humidade Relativa do Ar às 09 UTC MIN ...Valor Mínimo MÁX ... Valor Máximo MED ...Valor Médio
Notas:
• Consideram-se os meses divididos em 3 decêndios ou décadas: 1ª década – 1 a 10; 2ª década – 11 a 20; 3ª década – 21 até ao último dia do mês.
• Os elementos meteorológicos observados nas diferentes estações, que serviram de base aos valores inscritos nos quadros I, II e III chegam ao IM, em tempo real, através de mensagens telegráficas, pelo que se poderão considerar apenas provisórios.
