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Da Independência do Poder Judiciário

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Academic year: 2020

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J u iz Federal. Professor de D ire ito . SUMÁRIO: Como se desenvolve a atividade do Estado. — 2) Razões que justificam a distribuição de funções a órgãos distintos. —■ 3) Classificação dos órgãos estatais. — 4) A Organização do Poder Judiciário Brasileiro. — 5) O desequilíbrio entre os Poderes e a posição que deve ser reconhecida ao Judiciário. — 6) A plura­ lidade de instâncias e o seu fundamento filosófico. 7) As garan­ tias dos magistrados e a hierarquia judiciária. — 8) O Poder disci­ plinar e a magistratura. — 9) Conclusões.

Ao m enos para a te n d e r a im p e ra tivo da divisão do trabalho, ativid a d e do Estado d iv e rs ific a -s e em funções. M odernam en- nenhum a e m p re sa hum ana a tin g irá o seu o b je tivo sem o °n c u rs o dessa té c n ic a , tal é a c o m p le xid a d e da v id a em socie- n? e- O seu m a io r ou m e n o r sucesso dependerá de a d o ta r ou

90 UlTla d ivisã o ra cio n a l do tra b a lh o .

Com efeito, o Estado m oderno desenvolve a sua ação atra- errf clUa^ro processos in terd ep en d en tes e com plem entares

°lue se esgota a sua atividade.

Ir|icia lm e n te , o Estado esco lh e as opçõ e s governam e ntais adota as d ire triz e s que deve observar. Em seguida, a fim de raie P°ssa re a liz a r a p o lític a esco lh id a , estabele ce norm as ge- r„ S’ abstra ta s e o b rig a tó ria s , destinadas, em p rim e iro lugar, a E^ ' ar a sua p ró p ria o rd e m e, a seguir, as relações entre o Já ~ e os seus sú d ito s, e as relações dos cida d ã o s entre si. efA?.n*ao au to riza d o p o r ele m esmo, o Estado tra ta de prom over, D rn'Vamente> 0 bem com um , m ediante realiza çõ e s m ateriais e cuiri ° ^ ° es de ord e m m oral e in te le ctu a l. Por ú ltim o , o Estado subrn' es Pe c ific a rnente, de tu te la r a ordem ju ríd ic a a que se varrip t U|, c u ja o b s e rv â n c ia ele m esm o acata, ou im põe, co a ti-

nte, à o b e d iê n c ia de quem a tra n sg re d ir.

Urria^ Cac^a um desses processos correspondem três funções, esPecífica e as d em ais auxiliares, m eios ou instrum entais.

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De sorte que um a função que é essencial a um processo, pode transform ar-se em a u x ilia r ou instru m e n ta l de o u tro . A ta l m eca­ nism o, p ró p rio da divisão do tra b a lh o , os autores denom inam , im propriam ente , de confusão de funções.

S egundo a te rm in o lo g ia u niversalm en te aceita, as funções estatais são: legislação, a d m in istra çã o e ju ris d iç ã o , às quais alguns autores, a nosso ver, com razão, a crescentam a função política.

2. O exe rcício das quatro fun çõ e s estatais, tanto pode ser con ce n tra d o em um só órgão, com o c o n fe rid o a v á rio s órgãos independentes e coordenados. A c o n ce n tra çã o fo i a sua Pr '" m eira form a. C ontra essa m aneira de e s tru tu ra r o Estado, insur­ giu-se o grande pensador fra n cê s M ONTESQUIEU, defendendo que a co n ce n tra çã o de poderes co n d u z ao d espotism o. Daí a necessidade de serem as funções do Estado d iv id id a s e c o n fia - das a órgãos distintos, de m odo que seja o p o d e r lim ita d o p e l° poder. De fato, com o escla re ce FRANCISCO SÁ FILHO, para a fra g ilid a d e humana, a tentação de d om ínio se ria m u ito grande se as mesmas pessoas que possuem o p o d e r de fa z e r as leis, pudessem executá-las, porque seriam levadas a fu g ir a sua o b e d iê n cia e a ajustá-las às p ró p ria s co n ve n iê n cia s, a s s u m i n d o o interesse c o n tra o fim da so cie d a d e g overnam e ntal. 1 No d ize r d o P r o f. M ANOEL G O NÇALVES FERREIRA FILHO, a con­ centração de poderes torna-se in co n ve n ie n te p o rq u e dá a alguém a p o ssib ilid a d e de fa ze r de to d o s os o u tro s o que lhe parecer m elhor, segundo o c a p ric h o do m o m e n to .2

Sem dúvida, se todas as fu n çõ e s e sta ta is fossem a t r i b u í d a s a um só órgão, não haveria respeito aos d ire ito s hum anos.

H odiernam ente, existem , em todas as o rg an izaçõ es políti" cas, os P oderes Legislativo , E xecutivo e J u d ic iá rio , a quem sa distribuídas, respectivam ente, as funções legislativa, e x e c u t i v e jurisdicional, enquanto que a função p o lítica se rep arte entr os dois prim eiros.

3. C ada P oder do Estado s u b d ivid e -se em ó rg ã o s d istrib u íd o s po r duas esferas de atividade . No p rim e iro plano, estão órgãos cu jo s titu la re s são os re p re se n ta n te s do p o d e r esta > e a quem , p o r essa razão, o E statuto P o lític o c o n fe re as Pa ' celas m ais relevantes das fu n çõ e s estatais. Esses r e p r e s e n t a

1 FRANCISCO SÁ FILHO — “ Relações entre os Poderes do Estad

— 1959, págs. 14 e 15. .

2 MANOEL GONÇALVES F. FILHO — “ Curso de Direito Constituem nal” — 1967, pág. 83.

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da so cie d a d e p o lític a são den o m in a d o s m em bros dos Pode- res> a fim de se d is tin g u ire m de o u tra s pessoas que, tam bém engajadas nos q u a d ro s do G overno, pertencem aos órgãos cjue com põem a segund a esfera de ca d a P oder e recebem a designação de agentes a d m in istra tivo s. A q u e le s dispõem do Poder de re p re se n ta çã o ; estes são investidos em funções despi- cas desse ca rá te r. Os p rim e iro s exercem a sob e ra n ia nacional. ü s últim os, apesar de receberem da lei as suas atribuições, as executam em o b e d iê n c ia a o rd e n s em anadas de autoridad es superiores. Na ó rb ita de c a d a Poder, os seus m em bros elabo- Jarn, de m odo soberano, re g ra s ju ríd ic a s de c a rá te r geral, e d i- am os re g u la m e n to s dessas norm as e expedem os atos de indi- 'duação das m esm as, p ro fe re m d e cisõ e s p o lític a s e resolvem , e|in itiva m e n te , os c o n flito s que surgem entre os cid a d ã o s e a e estes e a so cie d a d e p o lític a , além de outras a trib u içõ e s nue exercem em c a rá te r s u p le tivo , as q uais servem de m eio ou nstrum ento para o desem pen ho da fu n çã o e sp e cífica que com - pete a cada um dos P oderes.

Baseado na posição que os órgãos ocupam na organização D n iv 'Ca’ ^ L L IN E K clas sific a os prim eiros órgãos em diretos, í? "ticos ou con stitu cio n ais e, em órgãos m ediatos ou dep en ­ d e s , os segundos.

t Ensina ALEXAN D R E G R O PALLI que os p rim e iro s represen- did ° S e,em er|tos e sse n cia is da o rg a n iza çã o estatutária, na me- s ã rf em t*-ue s u r9 em com o a p a re cim e n to do p ró p rio Estado, e

c o n stitu íd o s m ais para a fo rm a çã o do que para a atuação cle spUa vontade e não são su b o rd in a d o s a nenhum o u tro (Chefe são ta d ° ’ P arlam ento, G overno). Os segundos, ao co n trá rio , 6ss c r ip d ° s p e lo s ó rg ã o s d ire to s, não fazem parte da e stru tu ra (|Ujn-n? ia! do E stado e e xe rce m apenas um a fu nção d eterm inad a

'sterio s, C onselho de Estado, T rib u n a l de C ontas). 3

6 Enfim, po d e-se d iz e r que os órgãos diretos são superiores c o h rrrnaner,tes > e os m ediatos são inferiores e de existência

° n tmgente.

ó rn s!:Xistem ' no p o d e r J u d ic iá rio Federal, d o is sistem as de Cia? JU S TIÇ A C O M U M o u O R D IN Á R IA e JU STIÇ A ESPE- trèc n °U E S p E C IA LIZA D A , sendo que este ú ltim o divide-se em d0 -- ^P artam entos: J u s tiç a E le ito ra l, J u s tiç a M ilita r e Ju stiça os r _ra a*ho. D istin g u e m -se os dois sistem as de a co rd o com do d ire ito que regem as causas su b m e tid a s ao ju lg a -Pág Ai'8 2<ANDRE g r o p a l l I — “ Doutrina do Estado” , 2? Ed. Bras., 1968

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m ento dos m agistrados pertencen tes a ca d a sistem a. A natu­ reza das partes da relação ju ríd ic o -p ro c e s s u a l, d e fe n d id a por PEDRO LESSA, com o c rité rio para e sta b e le ce r essa distinção, já não é mais possível ser aceita.

Por J u s tiç a Comum, entende-se a J u s tiç a co m p e te n te para ju lg a r as causas cíveis, crim in a is, a d m in istra tiva s, fisca is, tra ­ balhistas, etc., quer figurem , na relação p rocessual, apenas os indivíduos ou entidades privadas, estes e as pessoas ju ríd ica s de d ire ito p ú b lic o ou, tão-som ente, os ú ltim o s. A J u s tiç a Espe­ cial tem co m p e tê n cia de d ire ito e strito , e a p lic a apenas um ramo do d ire ito que poderá ser o e le ito ra l, o p e n a l-m ilita r ou o trabalhista.

Cprno se infere, a J u s tiç a Com um c o n s titu i o p rin c ip a l s is ' tem a ju d ic iá rio , não só porque o S uprem o T rib u n a l F e d e ra l, órgão de cú p u la do A pa re lh o J u d ic iá rio B ra sile iro , in te g ra esse sistem a, com o tendo em v is ta a d ive rsid a d e de p le ito s com pre­ endidos na sua co m petência . Os D epartam en tos E specializados são desdobram entos da J u s tiç a Com um , re su lta n te s da descen­ tra liza çã o que se pretendeu re a liza r nos ó rg ã o s ju d ica n te s.

No vé rtice do P oder J u d ic iá rio da U nião en co n tra -se o Suprem o T rib u n a l Federal. No pla n o im e d ia ta m e n te abaixo, estão os Tribunais Superiores: T rib u n a l Federal de R e c u rs o s , T ribunal S u p e rio r E leitoral, S u p e rio r T rib u n a l M ilita r e T rib u n a S u p e rio r do Trabalho. Em seguida, vêm as Seções J u d ic iá r ia Federais (um a em cada Estado), os T rib u n a is R e giona is EJel rais, T rib u n a is R egionais do T ra b a lh o e as A u d ito ria s M ilitar-® de segunda instância. Finalm ente, na base da pirâ m id e , esta os Juizes E leitorais, as Juntas de C o n c ilia ç ã o e Julg a m e n to as A u d ito ria s M ilita re s de p rim e ira in stâ n cia .

Existe, no J u d ic iá rio , consoan te fic o u d em onstrad o, ° . Sj ^ tem a de p lu ra lid a d e de instâncias ou graus. C ada sistem a ju c ia rio co n stitu i-se de trê s instâncias. E m bora a S uprem a C ° r , ocupe o te rc e iro grau da J u s tiç a O rd in á ria , fu n cio n a , e v e ntu mente, com o órgão recursal de q u a rto grau da J u s tiç a f sP3 cializada. De q u a lq u e r fo r m a , a sua p o siçã o n o r m a l é d e org de te rc e ira instância, um a vez que, na J u s tiç a C o m u m , existem duas instâ n cia s abaixo dele — o T rib u n a l F e d e ra l Recursos e as Seções J u d ic iá ria s Federais. A sua posiÇ com o quarta in stâ n cia é anôm ala, co m o tam bém o é, Q^an ju lg a em in stâ n cia única, no e x e rc íc io de sua c o m p e t ê n c ia ginaria, ou com o segunda instância, q u a n d o revê as d e c is o p roferidas, o rig in a ria m e n te , p e lo s T rib u n a is S u p e rio re s.

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Tal e s tru tu ra não p e rm ite que e xista parid a d e entre as ins­ tâncias o rd in á ria s e as e sp e cia liza d a s. A te rc e ira in stâ n cia da Justiça E special c o rre s p o n d e à segund a da J u s tiç a C om um , e a segunda e q ü iva le à p rim e ira .

Q uanto aos ó rg ã o s da J u s tiç a dos E stados-m em bros, do d is trito Federal e dos T e rritó rio s , estão os p rim e iro s d is trib u í­ dos po r duas instâncias, e n qua nto que nos T e rritó rio s existe aPenas a p rim e ira in stâ n cia . Os fe ito s ju lg a d o s pela J u s tiç a dos te rritó rio s F ederais são re visto s pelo T rib u n a l de J u s tiç a do d is trito Federal. Em a lg u n s Estados, co m o a G uanabara, M inas g e ra is e São Paulo, existem d o is T rib u n a is de segundo grau, o

r|bunal de J u s tiç a e o T rib u n a l de A lça d a .

Os E stados tam bém podem c ria r ó rg ã o s da J u s tiç a M ilita r, .em ente de p rim e ira in s tâ n c ia (C o n s titu iç ã o Federal, art. 144, ^ 1?. letra d).

. Finalm ente, deve-se re c o rd a r que não há e q u iv a lê n c ia entre s instâncias dos ó rg ã o s do P oder J u d ic iá rio Estadual e as dos te ^ h ° S do 'Ju d iciá rio da U nião, m esm o que aquele s e estes nham a m esm a den o m in a çã o , de vez que os E stados-m em - 0s, com o se sabe, são e n tid a d e s in fe rio re s ao Estado Fe- ral- Há, e n tre a U nião e os E stados-m em bros, um degrau que separa. A q u e la o c u p a o p rim e iro plano, estes estão em se- H nd ° plano. A U nião é a e n tid a d e m áxim a da Federação, dota- de p o d e r soberano . Os E stados Federados são co le tiv id a d e s g ^ c ia is , que gozam apenas de autono m ia , a qual, no Estado

asileiro, a ca d a m om ento, torna-se d e fic ie n te .

os - P°~r for<?a dessa d iv e rs id a d e de graus do regim e federativo, e s t? r9 ac>s estaduais, do D is trito Federal e dos T e rritó rio s , não da U n'^3 m esm a Po s iÇao p o lític a e ju ríd ic a dos seus congên eres

mP Kd M u n icíp io s, m eras u n id a d e s a d m in is tra tiv a s dos Estados- óm~ ro s’ nao possuem P o d e re s. D ispõem apenas de dois res in s titu iç õ e s — : a P re fe itu ra e a C âm ara dos V ereado-A õ, 0 re presentam , sequer, o te rc e iro grau da Federaçao. Çõn Posição pod e c o rre s p o n d e r a de dete rm in a d a s reparti- n0rT^ ad° P oder E xecutivo, a p e sa r de gozarem de re s trita

auto-5

Q U ien divisão fu n c io n a l do poder, tal com o im aginou M ONTES- na D, até hoje tem s id o a base da o rg a n iza çã o dos governos Ha <5 i m o cra cia s o c id e n ta is . E m bora se re co n h e ça o seu v a lo r sjfj a a9U3rda dos d ire ito s in d ivid u a is, nos m oldes em que tem aP licada a te o ria , não tem co n d u z id o a um resu lta d o , rea

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-mente, eficaz. A inda não foi suficiente p ara e stab e lec e r o equi- líbrio entre os três Poderes, n ada obstante ser esse o seu objetivo.

A exp e riê n cia tem dem onstrado que a causa do desequilí- brio da ação do Estado reside, p rin cip a lm e n te , na m aior soma de a trib u içõ e s de natureza p o lític a ora c o n fe rid a ao Executivo, ora ao Legislativo. Tal fato im p lic a em re co n h e ce r ascendência de um Poder sobre os dem ais o que, segundo VA N D E R B ILT, co n stitu i um a tra içã o ao espírito da C o n s titu iç ã o .4 Na verdade» apesar de in scrita em todas as C o n s titu iç õ e s m odernas, na prá­ tic a a indepe ndência dos ó rg ã o s -P o d e re s do Estado tem sido bastante m utilada. E xiste, apenas, nom inalm en te.

Se bem que a luta pela su p re m a cia do P oder tem se desen­ volvido, exclusivam ente, entre o E xecutivo e o Leg isla tivo , ° s seus reflexos têm sido bastante p re ju d ic ia is à ação do Poder J u d ic iá rio que, do mesmo passo, se vê to lh id o ou am esquinhado diante da in te rfe rê n cia do P oder que lo g ra ser o m ais forte nessa pugna, que é m ais c o n tra a d e m o c ra c ia do que de um Poder co n tra o outro.

A objeção da m aioria dos autores em re c o n h e ce r uma quarta função no Estado e, po r o u tro lado, a c o n ce itu a çã o J u" rid ic a que se tem dado à a d m in istra çã o com o um a das funções específicas realizadora s do d ire ito , c o n fo rm e defende a g ra n d e m aioria dos autores, igualm ente tem c o n c o rrid o p a ra que conti nue e xistindo o d e se q u ilíb rio entre os P oderes do Estado.

A função ju ríd ic a que exerce o P oder E xecutivo não cons titu i, porém , a sua ativid a d e e sp cífica . É fu n çã o a u x ilia r , mel ou instrum ental, da m esm a fo rm a que a fu n çã o a d m in istra tiv . propriam ente dita, tam bém o é. A a d m in istra çã o , em se f1*1. _ lato, e sua a tividade fim , a qual co n siste em p ro m o ve r d ire > im ediata e de m odo contínuo, o p ro g re sso m aterial e moral sociedad e p o lític a . Tal ob je tivo , o E xecutivo a lc a n ç a atrave da prestação de serviços p ú b lico s.

O d e se q u ilíb rio entre os P oderes do Estado está a reclam ar um a revisão na o rganizaçã o p o lític a o c id e n ta l, ta re fa in g e n te , n m n ; C0m0 lem bra o Prof. M AN O EL G O N Ç ALVES FERBEIHQ

U-HO. C onsoante o mesmo p u b lic is ta , a nova trip a rtiç ã o estatais su g e rid a por KARL LO EW NSTEIN, em sua oDr

p c q c” P 0 W E R A N D T H E G O V E R N A M E N T A L P R U

’ talvez abra cam inho neste se n tid o . s

5 y,A S ILT. citad0 p ° r Sá Filho — ob. cit. — pág. 43. M. GONÇALVES FERREIRA FILHO — ob. cit. — pág. 87.

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E ntretanto, até que s u rja o u tro p ensad or p o lític o que dê continuidade à grande o b ra de MONTESQUIEU, estudando me- , ° r a ra c io n a liz a ç ã o do poder, urge que se reco n h e ça ao J u d i- C'ario p o siçã o de real in d e p e n d ê n cia , porq u a n to é a êle que sta co n fia d a a fu n çã o de c o n tro le (p o lic y c o n tro l), em que o ujo r am ericano c ita d o vê o p o n to c ru c ia l do regim e c o n s titu c io - a|; A inda na expressão do Prof. F e rre ira Filho, esse c o n tro le é dispensável para a m anutençã o da d e m o c ra c ia e para a sal- a9uarda da p ró p ria lib e rd a d e in d iv id u a l. 8

r i 0 P oder J u d ic iá rio , na fe liz expressão do e m inente FRAN- ^ C o CAM POS, é o J u iz das a trib u iç õ e s dos o u tro s Poderes, o m ecanism o de fu n c io n a m e n to das fu n çõ e s estatais, sem pre D I ■inuará sendo o fie l da b a la n ça po r ser o responsável d ire to P® a paz na so cie d a d e . No entanto , as c o n d iç õ e s indispen sá- c e 't 30 desem penho dessa tra n sce n d e n ta l fu n çã o têm sido, de r 0 roodo, re s trin g id a s , q u e r p o r parte dos o u tro s dois Pode- for ° U’ at® m esm o> Po r d e te rm in a d o s m a g istra d o s que se tra n s­

i a m em s u p e rio re s h ie rá rq u ic o s de outros.

0

j u 9 , P oder soberano , de que são in ve stid o s os m em bros do a iciá rio , deno m in a -se ju ris d iç ã o , a qual co n siste em declarar, s , i o d o d e fin itiv o , o d ire ito a p lic a d o aos fatos. A pesar de eran°> esse p o d e r não é ilim ita d o . O Estado, ao mesmo Po em que se a u to d e te rm in a , tam bém a u to lim ita -se e auto- rtga-se. Se não fo ra isto, não se ria um a o rg a n iza çã o de se- * " S a ju ríd ic a , na expressão de HERM ANN HELLER.' Se, qa„Ventuf a > o Estado não se a u to lim ita s s e e não se a u to -o b ri- qu s®’ nao h averia d ire ito in d iv id u a l a se r p o r ele tu te la d o . En- Oütr sob e ra n °> o p o d e r e statal não pode s o fre r lim ita ç õ e s de no <5° poder exte rn o . P orém , internam en te, ele é lim itá ve l. Não os H0ntido de d e riv a r de um ó rg ã o que e x e rç a su p re m a cia sobre trárín m ais ó fg ã o s g o ve rn a m e n ta is, p o rq u e assim seria, ao con- ’ to rná-lo ilim ita d o pela c o n c e n tra ç ã o em um ú nico órgão, exch . rania do E stado m anife sta -se com o p o d e r o rig in á rio e e Un SlV0, isto é, tem sua fo n te na p ró p ria vo n ta d e do Estado, tern ICarr,ente nela. C ontudo , não é in c o n d ic io n a d o , com o se Porío a d o - No â m b ito da o rg a n iza çã o de cada Estado, o c,i2i! detém o poder. “ LE POUVOIR ARRÊTE LE POUVOIR , Pensá ^"*"ESQUIEU. É o siste m a de fre io s e contrapeso s, indis- serja Ve* entfe os P oderes. Sem esse m ecanism o de frenagem ,

P °r dem ais d e fic ie n te a defesa dos d ire ito s hum anos. 0 ».

7 G o n ç a lv e s f e r r e i r a f i l h o — ob. cit. — pág. 87.

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Para a salvaguarda das fra n q u ia s d e m o crá tica s, não bast especia liza r funções e c o n fia r a ó rg ã o s d istin to s, com o já foi dito. A tentação de dom ínio e x is tirá sem pre no hom em , q uer se concentrem todas as funções em um só órgão ou, mesmo, quando d ivid id a s entre vá rio s órgãos, sejam e x e rc id a s sem ° co n tro le a posteriori de outros, que, re cip ro ca m e n te , se lim item

-Por isso, a G. B erlin assiste razão quand o a firm a que o conceito^ de fre io s e contrapeso s é, exatam ente, o mesmo separação dos poderes, visto sob o u tra ó tica . 8

O sistem a de fre io s e co n tra p e so s pode c o n s is tir no con tro le recíp ro co entre os Poderes ou, apenas, entre os ó rg a ° de um Poder. Entre nós, o p rim e iro se v e rific a quand o o le g isla tivo processa, p o r crim e de impeachment, o P residente a R epública e os altos m em bros do J u d ic iá rio ; a p re c ia as ina cações do E xecutivo para o provim e n to de d e te rm in a d o s cargo p ú b lico s; fix a o núm ero de m em bros do J u d ic iá rio e lim ita a su ju ris d iç ã o ; quando o EXECUTIVO ve ta re so lu çõ e s do Congresso N acional; e, finalm ente, quando o JU D IC IÁ R IO p ro ce ssa e julÉP o Presidente e o V ice -P re sid e n te da R e p ú b lica e os D e p u ta d e Senadores.

O c o n tro le interno é e xe rcid o através da ação do Sen3 ^ ° sobre a C âm ara dos D eputados e, desta, sobre aquele, m e ^ i t o a revisão dos p ro je to s de lei que o C ongresso vota. No âm d ° P oder J u d ic iá rio , processa-se pelo sistem a de graus de i risd içã o que perm ite, igualm ente, a revisão das decisões j ciais, em bora sem o c a rá te r de re c ip ro c id a d e id ê n tic o ao q ^ existe nas duas Casas do P arlam ento. De q u a lq u e r maneira- fa to de um a m esm a causa ser ju lg a d a duas ou trê s vezeS’trÇ,|e m agistrados diferentes, perm ite que se e sta b e le ça um con recíproco entre eles, diante da ce n su ra de to d a o rd e m a expõem as decisões p ro fe rid a s. Esse siste m a de c o n tro le m ula tanto o Ju iz de p rim e iro grau com o o do segund o a tu d a r e a m elhor ju lg a r. A respeito, le c io n a C H IO VENDA Q * enfim , a e xistê n cia dum c o n tro le e s tim u la o J u iz in fe rio r a

lh o r ju lg a r, com o o Ju iz de p rim e iro grau e q ü iva le a um

ao superior. 9 - Q

A ação do Ju iz de segundo grau a in d a é lim ita d a por j1 d isp o r ele, nessa posição, de c o m p e tê n c ia para in s ta u r a r ^ tancia. Em todas as causas em que se re c o rra ao dup . -0 trip lo grau de ju ris d iç ã o , a in s tâ n cia a quo goza do Pr,vl

8 FRANCISCO SÁ FILHO — ob. cit. — pág. 20. _..a| Cl' •,, * GILISEPPE CHIOVENDA — “ Instituições de Direito Proces vil — Ed. de 1955 — 29 vol., pág. 98.

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da in icia tiva . P ro p o sta a ação, é quem p rim e iro m ovim enta o aparelham ento ju ris d ic io n a l do Estado. A lei não co n fe re po­ deres à in s ta n c ia recursal para c o n h e c e r do ajuizam ento da ação e d e te rm in a r ao ju iz de p rim e iro grau que a ju lg u e , por­ que esse m ecanism o p ro ce ssu a l em nada c o n c o rre para a salvaguarda dos d ire ito s in d iv id u a is . Ao revés, p o d e ria resultar denegação de ju s tiç a , p o r d ific u lta r ou, em m uitos casos, l0 rnar im possível o acesso à J u stiça . P or isso é que, enquanto 0 Juiz de p rim e iro grau não p ro ce ssa r e ju lg a r o p le ito , a lnstância ad quem não pode c o n h e c e r do c o n flito .

. C erto é que, se o c o n tro le re c íp ro c o dos órgãos ju ris d ic io - ais não se p ro ce ssa de m odo id ê n tic o ao que existe no Par­ amento (no sistem a b ica m e ra l), nem p o r isso d eixa de repre-

entar um a g a ra n tia a m ais aos d ire ito s dos ju ris d ic io n a d o s . . Com o se vê, a p lu ra lid a d e de in s tâ n cia s se fu n d a no mesmo P ^ncípio de defesa dos d ire ito s do hom em , que insp iro u M

ON-i QUIEU a fo rm u la r a sua te o ria . Não é baseado na lei natu- ai, segundo a qual n ingué m se c o n fo rm a com um único ju l­ gamento com o afirm a m a lg u n s autores n a c io n a is .10 Realm ente,

® a ju ris d iç ã o fosse e x e rc id a em um a ú n ic a instância, não há uvida de que haveria o p e rig o de tra n sfo rm a r-se o m agistrado

tirano.

S |. D iaf>te do que fic o u exposto, c o n c lu i-s e que não existe n ordin a çã o e n tre os d ive rso s graus de ju ris d iç ã o . Pelo me- s, entre os c u lto re s do d ire ito , esse tem sid o o e n tend im e nto unanime.

m A p ro p ó sito , en sin a o fam oso C H IO VENDA: "N o Estado aerno, não é possível a p lu ra lid a d e das in s tâ n c ia s ju n d a r-s e su b o rd in a çã o do ju iz in fe rio r ao su p e rio r, p o r não depen- rem os juizes, q u a n to à a p lic a ç ã o da lei, senão da lei mesma. 0 T ^te -se a p lu ra lid a d e p o r sugestõe s de u tilid a d e p rá tica , ejn dp r-?1 a ot)te r a m e lh o r d e cisã o p o ssíve l” .11 Id ê n tica é a ° P m '? ° « b U lM A P A E S M ENEG ALE, o qual escrevendo a c e rc a da dis- difo ° e n tre a fu n ç ã o e x e c u tiv a e a ju ris d ic io n a l, ensina: A aSnrença é o u tra : d eduz-se da fo rm a de co o rd e n a çã o dos or- j u<3 O plano da J u s tiç a é de co o rd e n a çã o . E fetivam ente, na djp.JÇ.a não existem ó rg ã o s su b o rd in a d o s a outros, m esm o ju - a ri°s . Na a d m in is tra ç ã o , e n co n tra m -se ó rg ã o s na m esm a

Civil"0 G a b r ,e L JOSÉ R. DE REZENDE FILHO — “ Direito Processual - - 10 19 VoL Pá9- 68; e JOAO MONTEIRO — “ Teoria do Processo Civil

u V°I-, pág. 122.

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ordem e outros em ordem in fe rio r. Há, aí, um a h ie ra rq u ia de autoridade. Por isso, os órgãos ju d ic iá rio s se sin g u la riza m pela m aependencia e esta noção de in d e p e n d ê n cia se com põe corri a de ordem , no sentido filo s ó fic o de ordinis. No plano co n sti- u cional é que essa indepe ndência se pate n te ia a to d a luz e se exprim e num fa to : nenhum órgão ju d ic iá rio recebe instruções e outro na fo rm a de circu la re s, recom e n d a çõ e s ou portarias, que contem regras e são p e cu lia re s à a d m in is tra ç ã o .12

É verdade que a le g isla çã o o rd in á ria co n fe re a trib u içõ e s aos orgaos co le g ia d o s da J u s tiç a E le ito ra l no se n tid o de ex­ pedirem instruções destinadas à a p lica çã o da lei e le ito ra l. As­ sim o co rre porque a le g isla çã o e le ito ra l, p o r sua p ró p ria na­ tureza, não pode ser executad a sem que seja regulam entada-

^? sa regulam entação só pode fic a r a c a rg o do p ró p rio Poder u d icia rio , justam ente para preservar a sua independência. U uanto ao fato de não d is p o r o ju iz de p rim e ira in s tâ n cia da m esm a função norm ativa, não d im in u i a sua independência, p orquan to ele ju lg a rá sem pre de a co rd o com o seu livre con­ vencim ento. As instru çõ e s dos T rib u n a is E le ito ra is não vinculam as decisões de p rim e ira instância. A p o siçã o do J u iz continua a mesma: p rim e ira m e n te s u b o rd in a d o à C o n s titu iç ã o e, em se­ guida a lei o rd in á ria . A p lic a rá as norm as re g u la m e n ta re s se não co n flita re m com aqueles diplom as. É com o d iz ia RUY BAR' a, o ju iz está entre a C o n s titu iç ã o e a lei, com o dever, q e ine com ete aquela, de in te rp re ta r e a p lic a r um a e o u tra ” - em d iv e rg in d o a lei da C o n stitu içã o , o ju iz , para c u m p rir esta n ,,!,m a’ ne9 a aPücação à prim eira. E isto pela sim p le s razão de Ie i” ’i3 em cor|t ra vindo à C o n stitu içã o , o ato le g is la tiv o não

in d e Pendência do J u d ic iá rio é um a g a ra n tia que a Cons- . o 0 r,e c ° n^ ece a ele, não com o um to d o e, sim , a cada um r>rn3^US-0 r? f 0-S'P essoas 'rnediatas, posto que, sendo os Podere

iÇões, ou su je ito s a b stra to s de d ire ito , não sa aotados de o rganism o b io p síq u ico . P ortanto, os p rim e iro s são os

g os que representam a vo n ta d e do Estado. Por isso, tanto r iá lin r°A com o 0 ju iz são os ó rg ã o s so b e ra n o s do P oder Jud*' ta m h ; s _9a ra n tia s> p re rro g a tiva s e re s p o n s a b ilid a d e s de um, tam bem sao as do outro.

i í t i r a ^ ° f tU-?-a' seJ :iiv id ir a in d e p e n d ê n cia do m a g istra d o em P° ju r ídica. C onsiste a p rim e ira num c o m p le x o de garantia da A d m ln Ís t« rL ^ "RAEf» MENEQALE — “ D ire ito Administrativo e Ciência

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6 Prerrogativas constitucionais que definem o status funcional do Juiz com o um dos rep resen tan tes da sob eran ia nacional.

essas g a ra n tia s: a in a m o vib ilid a d e , a irre d u tib ilid a d e de vencim entos, a v ita lic ie d a d e e o acesso aos T rib u n a is, para os °iue se e ncontram na in s tâ n c ia in fe rio r.

A in a m o v ib ilid a d e é o d ire ito re c o n h e c id o ao m agistrado perm anece r no órg ã o em que fo i lo ta d o enqua nto bem se rvir ã Justiça. É o d ire ito à lo ta çã o , que tem p o r fim d e ix a r o ju iz a salvo de p e rse g u içõ e s, que pode ria m o c o rre r através de atos Oe m ovim entação. Há, en tre ta n to , um caso em que o m a g istra ­ do, ju iz ou m in istro , p o d e rá se r c o m p e lid o a ir se rvir e m o u tr a

°ca lid a d e , na h ip ó te se de ser tra n s fe rid a a sede do órgão em ^ue é lotado. Mas, aí, não há v io la ç ã o do d ire ito de inam ovi- ''idade, p o rq u e a tra n s fe rê n c ia de re p a rtiçã o não se confund e o°m os in s titu to s da tra n s fe rê n c ia e da rem oção de pessoal,

em poderá v is a r a o b je tiv o s escusos.

f . A irre d u tib ilid a d e de v e n c im e n to s s ig n ific a que, um a vez 'x a d °s estes, não p o d e rã o se r reduzidos, a não ser p o r in- 'dê ncia de im p o sto s gerais. A té m esm o as co n sig n a çõ e s em avor das In s titu iç õ e s de P re vid ê n cia S ocia l só poderão ser escontadas dos ve n c im e n to s dos m a g istra d o s com o seu con- entim ento que, v ia de regra, m anifesta-se de fo rm a tá cita . cia p 0 n s is te a v ita lic ie d a d e na g a ra n tia m áxim a de perm anên- r w t m a9 is tra d o no S e rv iç o P u b lico . A v ita lic ie d a d e diz res- d ° a? status e ao v ín c u lo fu n c io n a l do Juiz. S om ente através , decisão ju d ic ia l p o d e rá ele ser afastado do S erviço Pu- e r °i" p ? ré m - o Estado p ode e x tin g u ir o c a rg o do m agistrado o H° . ã-lo em d is p o n ib ilid a d e , um a vez que a ninguém é dado

•reito de tra n s fo rm a r-s e em p ro p rie tá rio de c a rg o p ú b lico . tr 0 acesso aos T rib u n a is ou o d ire ito à c a rre ira da m agis- p.-h..ra é um dos e le m e n to s da p ro fis s io n a liz a ç ã o do S erviço u- lc°- A ssim co m o o ju iz tem o d ire ito de perm anece r, tam - r6jt tern o de p ro g re d ir. A o Estado não é líc ito negar esse di- Soni J u iz ’ p o rq u e a sua fu n ç ã o é p ro m o ve r o p ro g re sso da re edade p o lític a , em to d o s os se n tid o s. C o n stitu i seu dever Se ° nhece r esse d ire ito de fo rm a expressa, a fim de que nao P rnn°n^!a em d ú v id a q u a n to a sua p ro ce d ê n cia . O d ire ito de re c *jr®dir é a c e s s ó rio ao e m prego, cab e n d o ao Estado nao so a f a ecer co m o e s tim u la r os seus representa ntes ou agentes 0din26r Us° dessa co n q u is ta . S e ria um tra ta m e n to sum am ente aP e n ° ° ^ sta do p ro v e r os c a rg o s s u p e rio re s da m a g istra tu ra

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Traduz-se a indepe ndência ju ríd ic a na não-subo rdinação do juiz, quando no e xe rcício de suas funções, a não ser à lei- Pode-se d e fin ir com o um co n ju n to de poderes re co n h e cid o s ^ cada órgão do J u d ic iá rio a fim de que se a firm e com o órgão soberano do Estado. Esses poderes são norm ativos, a dm inis­ trativos e ju ris d ic io n a is . A in d e p e n d e n cia ju ríd ic a do ju iz re la c io ­ na-se, diretam ente, com a posição da entid a d e que ele encar­ na. Se esta é independente, o bviam ente o ju iz tam bém o será- oao autonom ias de funções re co n h e cid a s ao ó rg ã o ju ris d ic io

-S T A M M L E R ensina que a in d e p e n d ê n cia ju ríd ic a d o j u i z consta das seguintes regras: a) o ju iz deve subm eter-se a p e n a s a sua p ró p ria c o n vicçã o ; b) nas dúvidas e in ce rte za s sobre a interpretaçã o de um a lei, o ju iz não se subm ete ao c rité rio de outros, mas ao seu p ró p rio , estando pois a b o lid o o jus respor*' dendi; c) nenhum ju iz está o b rig a d o a a c e ita r as d e cisõ e s de outros juizes ou trib u n a is, com o norm a de d e c id ir, q u a n d o co n trá ria s à sua c o n v ic ç ã o .14

A função norm ativa perm ite ao m a g istra d o e d ita r n o r m a s , dispond o sobre a e stru tu ra in te rn a e o fu n c io n a m e n to do o i" g a ° ju d ic iá rio , tanto no que diz re sp e ito à parte p r o c e s s u a > com o à parte ad m in istra tiva . A in d a no e x e rc íc io dessa f u n ç ã o , cabe ao juiz, p riva tiva m e n te (desde que respeitado , em sua plenitude, o p rin c íp io da in d e p e n d ê n cia dos Poderes), p ro p 0 ^ ao L e gislativo as m edidas que só p o d e rã o ser adotadas m® diante lei. Já se vê que a fu nção n o rm a tiva do J u d ic iá rio na se co n fin a nos lim ite s do p o d e r reg u la m e n ta r, c u ja f i n a l idade- com o sabem os, é c o m p le m e n ta r ou re g u la m e n ta r no t o c a n t e

ei. o Poder J u d ic iá rio , além de d is p o r de c o m p e tê n c ia Pa regulam en tar a lei, no âm bito da sua esfera, isto é, na Par que lhe com pete executar, pode, igualm ente , e x p e d ir ato n o m ativo que se e q u ip a ra à p ró p ria lei, co m o é o caso dos reg mentos internos de seus órgãos. Na ta x io n o m ia das leis, esS atos vem logo depois da C o n s titu iç ã o ou da Lei C o m p l e m e n a ela, quando existe, um a vez que não se destinam a e x p l i c 1 a lei o rd in á ria .

Os regim entos dos órgãos ju ris d ic io n a is têm co n te ú d o Pr° prio, ratione materiae, um a vez que a sua fu n ç ã o é d ispor, or ginariam ente, a respeito da o rg a n iza çã o dos se rviço s auxiliar® , a Pa r e |]? ju d ic iá rio , da ordem dos ju lg a m e n to s, b e m com re a e dição de ce rto s atos p ro ce ssu a is c o n tid o s no âmag

ícatio, con fo rm e já d e c id iu o p re tó rio e xce lso ao d ecla J- FREDERiCO MARQUES — ob. cit., pág. 141.

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a in c o n s titu c io n a lid a d e da Lei n9 2 .7 9 0 , ju sta m e n te p o r haver 'nvadido d om ínio n o rm a tivo do regim ento.

P e rm itir ao le g is la d o r o rd in á rio re g u la m e n ta r os serviços auxiliares do P oder J u d ic iá rio , im p lic a em negar ao m agistrado, erí1 fla g ra n te d e sre sp e ito ao p rin c íp io antes anuncia do, o d ire ito de e sco lh e r os seus p ró p rio s in stru m e n to s de tra b a lh o .

A lém dessa fu n çã o n orm ativa, de natureza interna co rp o ris, c°m um a to d o s os ó rg ã o s ju ris d ic io n a is , a J u s tiç a do Trabalho 6 a J u stiça E le ito ra l exercem fu n çõ e s o rd e n a tó ria s, destinadas a d is c ip lin a r re la çõ e s de o u tra ordem . A lei co n fe re aos órgãos da J u stiça do T ra b a lh o as se g u in te s a trib u iç õ e s de ca rá te r norm ativo: a) e ste n d e r as d e cisõ e s que estabeleçam co n d iço e s de tra b a lh o aos e m p re g a d o s da em presa que pertençam a ^e s m a p ro fissã o dos litig a n te s , mas que não tenham p a rticip a d o do processo (C o n so lid a çã o das Leis do T ra b a lh o , art. 868); b) es- ender d e cisõ e s dessa n a tu re za a to d o s os p ro fis s io n a is da mesma c a te g o ria , desde que co n c o rd e m trê s q u a rto s dos inte- J^ssados (em p re g a d o s e em p re g a d o re s) ou dos resp e ctivo s sin- d |catos (C o n so lid a çã o , art. 869); c) rever ex officio a s p ró p ria s decisões dessa natureza, qua n d o se hajam to rn a d o injustas ou lnaP licáveis às c o n d iç õ e s de fa to em que se basearam (Cons., art- 874).

De m odo p a rtic u la r, ao T rib u n a l S u p e rio r do T ra b a lh o com - Pete, no e x e rc íc io da fu n ç ã o norm ativa, e sta b e le ce r p re ju lg a - d ° s- com fo rç a in te rp re ta tiv a o b rig a tó ria p a ra os T ribunais, untas de C o n c ilia ç ã o e Ju lg a m e n to e para os Ju ize s de D ireito HUe estejam in ve stid o s de ju ris d iç ã o tra b a lh ista .

f Q uanto à J u s tiç a E le ito ra l, tem a seu cargo, co n fo rm e já 'v is t o , a re g u la m e n ta çã o da le g is la ç ã o e le ito ra l. Essa com - ^ tencia e x c lu i a do P oder E xecutivo sobre a m esm a m ateri , ®sde que a in d e p e n d ê n c ia dos P oderes não perm ite que um aM-ao d0 Estado e xp e ça re g u la m e n to s para o u tro c u m p rir

P ICa|\ a e fic á c ia dos re g u la m e n to s do E xecutivo circu n s a esfera de ação desse Poder. Se o J u d ic iá rio , ao execu rnQe[ m inada le i- e n tend e que a m esm a necessita de re 9 u

ntação, a ele cabe, p riva tiva m e n te , e x p lic ita r as norm a ls a que c u m p re observar.

Ie- _Peve-se te r sem pre presente que a fu nção nc?rm ativa spL 30 J u d ic iá rio é e x te n s iv a a to d o s os seus orgaos, q feri ^ s 'n9 u la re s ou co le g ia d o s , de in s tâ n cia s u p e rio r ou

Dr ° r- p o u co im p o rta que essa co m p e tê n c ia não

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E xistirá mesmo de form a im plícita, salvo se o J u d ic iá rio não fig u re com o um dos Poderes independentes.

Em caso sem elhante, essa tese já foi su fra g a d a pelo Su­ prem o T ribunal Federal que, em 1891, votou o seu regim ento interno, a despeito m esm o de haver a C o n s titu iç ã o Federal da­ quele ano sile n cia d o sobre o assunto.

No e xe rcício da função a d m in istra tiva , o ju iz p ra tic a todos os atos de a dm inistração , com o sejam : os referentes ao p ro vi­

m ento e à va câ n cia dos cargos p ú b lic o s ; ao regim e d is c ip lin a i dos fu n cio n á rio s que estão d ire ta m e n te su b o rd in a d o s a e le > os relativos à execução o rç a m e n tá ria da re p a rtiçã o que dirige» etc.

Por últim o, através da fu n çã o ju ris d ic io n a l, o ju iz a p lic a a lei em ca rá te r d e fin itivo , para po r fim aos c o n flito s que sur- gem entre os ju ris d ic io n a d o s e, ao m esm o tem po, pune pena m ente os seus p ró p rio s m em bros, quando in co rra m na prátic de crim e com um ou de re sp o n sa b ilid a d e .

Resulta assim, que a in d e p e n d ê n cia ju ríd ic a do m agistra do traduz-se na a u to n o m ia dos m eios que ele n e ce ssita r Par exercer, com plena ind e p e n d ê n cia , a sua fu n çã o específic ■ Negar esses m eios ao ju iz s ig n ific a a v ilta r a fu n çã o ju d ica n e tra ir os postulad os da sábia te o ria de M O NTESQ UIEU, a todos os Estados m odernos aderiram .

C ada órgão ju ris d ic io n a l deve gozar de a u to n o m ia admi nistrativa, o rç a m e n tá ria e, até m esm o, fin a n c e ira . Não se co cebe que um órgão indepe ndente não d isp o n h a de poderes p ra a d m in istra r-se a si mesm o, para e la b o ra r e a d m i n i s t r a r seu orçam ento, e não co n te com um a fo n te p ró p ria de recei

No B rasil, os T rib u n a is J u d ic iá rio s gozam apenas de nom ia a d m in istra tiva e o rça m e n tá ria . P ropõem ao *-e 9 's atprT1 a cria çã o dos cargos de suas S e cre ta ria s, nom eiam e admi os seus fu n c io n á rio s e p ra tica m os dem ais atos de Pro v ' rnerier e va câ n cia de seu pessoal a d m in is tra tiv o ; exercem o po ^ d is c ip lin a r sobre os seus fu n c io n á rio s ; elab o ra m e executa seu o rçam ento.

Q uanto aos órgãos singularès, e m b o ra a C o n s titu iç ã o F® deral assegure as m esm as ga ra n tia s de in d e p e n d ê n c ia aos J zes, o le g is la d o r o rd in á rio tem re tira d o a lgum as dessas Pre gativas. É lam entável que isso aconteça , ju sta m e n te com aq le a quem é co n fia d a a p a rc e la m ais d ifíc il e inco m p re e n o de d is trib u ir ju stiça , qual seja a fu n ç ã o in s tru tó ria . O ju iz p rim e ira in stâ n cia ju lg a sozinho e sem p o d e r c o n ta r co

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aPoio im e d ia to e d ire to de q u a lq u e r o u tro órgão ju ris d ic io n a l. pao tem o d ire ito de d iv id ir com o u tro s a re sp o n sa b ilid a d e de s F ar ? a de receber, m uitas vezes, as in jú ria s das partes de­

fe n d id a s em suas p retensõe s infundadas.

é a esse m a g istra d o que têm sido negados os poderes que C o n stitu içã o lhe co n fe re .

O bserva-se que, nos E stados e, sobretudo , na J u s tiç a do ^rabalho, os Ju ize s de p rim e iro grau são tra ta d o s pelos seus oiegas da in s tâ n c ia s u p e rio r com o se a eles estivessem s u b o r­

n a d o s. Basta le m b ra r que as Ju n ta s de C o n c ilia ç ã o e Ju lg a - ento não dispõem , sequer, de a u to n o m ia a d m in istra tiva . A tra - s de leis, m anife sta m e n te in c o n s titu c io n a is , as atividade s- eios dessas re p a rtiç õ e s são c o n ce n tra d a s nos T rib u n a is Re­ i n a i s do T ra b a lh o .

d tra ta m e n to sem e lh a n te vem sendo im posto à J u s tiç a Fe­ i r a i de P rim e ira Instância. R estaurada pelo A to In stitu cio n a l

• 2, de 27 de o u tu b ro de 1965, quase to d a s as suas funções jriin istra tiva s foram c e n tra liz a d a s em um C onselho, cria d o jjeia Lei n9 5 .010, de 30 de m aio de 1966, e c o n s titu íd o de 2a ~stros do T rib u n a l Federal de R ecursos. Com essa c e n tra li- nist90’- re sta m > apenas, às S eções J u d ic iá ria s , fu n çõ e s adm i- dn í? t 'Vas rneram ente e x e cu to ra s. C um prem o rd e n s em anadas

C onselho d a J u s tiç a Federal.

a tríh ^ a ~a m a 's ^ n e ce ssá rio d ize r para d e m o n stra r que as c i0nal‘ÇÕeS d ° re fe r‘do C o n se lh o afro n ta m o te xto c o n s titu -rião ^ CriaÇao desse órg ã o , tal co m o se e n c o n tra organizad o, rj0r atenta apenas c o n tra os p rin c íp io s c o n s titu c io n a is , ante- prontente c °m e n ta d o s . R epresenta m ais um o b stá cu lo à ação derai 6 e*'caz da J u s tiç a , p o r s o b re c a rre g a r o T rib u n a l Fe- Droc 0,0 R ecursos, ju n to ao qual fu n cio n a . Por o u tro lado, a

. ______ ___ . ____ ___________ m c t i l n i r n o c

pre neu u rso s, junxo ao quai lu n c io n a . r o r u u n u “ <j0 p nÇa do novo ó rg ã o na e s tru tu ra de um a das in s titu içõ e s rninio+>Ve.rn ° ’ c o n tra ria os p o stu la d o s da m oderna té c n ic a ad- da “ ativa, a que 0 P oder E xe cu tivo vem de a d e rir através a Cjp rrip,a re fo rm a que e m p re e n d e no S e rviço P úblico, na qual dirRts.Centra liz a ç ã o de fu n çõ e s se sobressai com o um a de suas

trizes.

cuçsjr de ressaltar-se, p o r o p o rtu n o , que essa fo rm a de exe- Ho t t das a tiv id a d e s a d m in is tra tiv a s tem sido adotada, tanto entidaH 0 U n itá rio , co m o no E stado Federal. Inúm eras são as Sejarn. do P oder E xe cu tivo que gozam de autono m ia , com o ■ A u ta rq u ia s, Fundações, Em presas P ú b lica s e S o cie d a ­

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des de Econom ia M ista. Entre nós, até m esm o a ce rto s órgãos da A dm in istra çã o C e ntralizada — C onselho s e C om issões tem sido c o n fe rid a autono m ia a d m in is tra tiv a e fin a n c e ira .

C onsiderando a extensão co n tin e n ta l de nosso país, a des­ centralização fu n cio n a l é, realm ente, a m e lh o r fo rm a que aten­ de à realidade b rasileira.

Enquanto isso, são subtraídas aos ó rg ã o s ju ris d ic io n a is de prim e ira instância as suas a trib u iç õ e s c o n s titu c io n a is de na- tureza instrum ental Aos ju ize s fe d e ra is não se p e rm ite q ue dirija m a sua p ró p ria casa, isto é, o ó rg ã o da J u s tiç a que eles representam . E o que m ais avilta a sua p o siçã o de ó rg ã o sobe­ rano da lei é que, de fato, as Seções J u d ic iá ria s vêm sendo adm inistradas, indiretam en te, pelos fu n c io n á rio s b u ro crá tico s que servem no a lu d id o C onselho. Tal o c o rre em v irtu d e de não disporem os M in istro s do C onselho da J u s tiç a Federal da tem po para dedica r-se a q u e stiú n cu la s a d m in is tra tiv a s q ue’ adem ais, requerem co n h e cim e n to s e sp e cia liza d o s. De resto, os D iretores do Foro das Seções J u d ic iá ria s cum p re m ordens de agentes a d m in istra tivo s que, escu d a d o s em d is p o s iç õ e s de le>> desenganadam ente in c o n s titu c io n a is , tra n sfo rm a m -se em supe' riores h ie rá rq u ico s do juiz.

No Brasil, de um m odo geral, o tra ta m e n to d i s p e n s a d o ao j u i z de p rim e ira in stâ n cia pelos ó rg ã o s da in s tâ n c ia sup® rior, ao c o n trá rio de estim ular, d e se n co ra ja q u a lq u e r c i d a d a o a ingressar na M ag istra tu ra . Para v e n ce r essa s itu a çã o de des­ p restigio, de desconfia nça, com que se p ro c u ra d e s p ir ess m em bro do J u d ic iá rio das p re rro g a tiv a s c o n s titu c io n a is enobrecem , d ig n ific a m a fu n çã o ju d ic a n te , é indispen sável

o juiz, antes de ser um bom ju lg a d o r, co n h e ç a a sua posiÇ3,^

com o órgão do Estado, ou, “ no e n q u a d ra m e n to da função PUca , com o d e fin iu CASTRO NUNES. E m ais do que isso- Em q u a lq u e r in stâ n cia que o m a g istra d o e xe rça a sua j ucl.ic^s tura, deve esta r sem pre atento às tra n s fo rm a ç õ e s econôm io e so cia is por que passa a s o cie d a d e p o lític a . Deve ^cornp nhar o desenvolvim ento, a fim de d e fe n d e r ou p ro p o r, ao der Legislativo , as m edidas legais que pe rm ita m ao J u d ic ia engaja r nesse mesmo processo. Não pode p e rm a n e ce r Pre a rotinas o bsoleta s e , m uito menos, re tro c e d e r no tempo» P d esconh ecer as té cn ica s da m oderna A d m in is tra ç ã o . A finai, r o d e r J u d ic iá rio tam bém é um dos e le m e n to s que form am G overno. A adequação do J u d ic iá rio ao p ro ce sso de des® volvim ento n aciona l não requer, apenas, re fo rm a dos C ódig t m iste r que esse P oder tam bém a tu a lize a sua e s t r u t u r a ,

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rnodo que e ste ja sem pre c a p a c ita d o a d is trib u ir ju s tiç a , com a Presteza que e xig e o p ro g re sso so cia l.

De que valerão ao hom em as novas co n q u ista s da c iê n c ia ® da té cn ica , se o P oder J u d ic iá rio , ainda ju n g id o a velhos Processos e m p írico s de o rg a n iza çã o , não se e n co n tra apare- nado para p o r term o, sem ta rd a n ça , aos e n tre ch o q u e s de in- eresses, ca d a vez m ais presentes em um a so cie d a d e em de­ senvolvim ento?

E ao E xecutivo, bem co m o ao Leg isla tivo , não cabe diag- osticar as causas que em baraçam a ação im ediata da Jus- ?a- N inguém m e lh o r do que o m a g istra d o p o derá c o n sta ta r ssas causas e p ro p o r os seus co rre tiv o s . É m ais um dever Mue a M agna C a rta lhe im põe. Se não o cum pre, o b rig a rá a

utro P oder s u p rir essa o m issão im perdoáve l.

Justam ente a tende ndo a im p e ra tivo dessa ordem , é que t â m . de ser re s ta b e le cid a a J u s tiç a Federal de P rim eira Ins- j Cla-, graças, s o b re tu d o , às sugestões p a rtid a s do p ró p rio

ta r -°' R esta’ no entanto, em c o m p le m e n ta çã o a essa salu- , P rovidência, d e vo lve r às Seções J u d ic iá ria s as suas atri- |Çoes a d m in istra tiva s, sem as q u a is o ju iz não pode e xe rce r f Ur!u[ isc|iÇão em to d a a sua p le n itu d e . A m u tila çã o de suas Çoes tra n s fo rm a o ju iz em ó rg ã o p a rc ia lm e n te subordina do. rist <~'om o ta r|tas vezes tem sid o e n fa tiza d o por em inentes ju - ^ as, o lado p o s itiv o da in d e p e n d ê n c ia ju ríd ic a do m agistrado W p ii\fUa s u b o rd in a çã o à l e i . 15 Já a C o n s titu iç ã o alem ã de 6 MAR dizia, e xp re ssa m e n te : “ os Ju ize s são indepe ndentes FjA ° estão s u b o rd in a d o s à le i” (art. 102). No pensam ento de fic BRUCH, o p rin c íp io da in d e p e n d ê n c ia do J u d ic iá rio sig n i- rtiunH c o n sa 9 ração do D ire ito em fre n te ao Estado, com o um v i d <0 que se rege p o r suas p ró p ria s leis, separado da ati- trar~ 9 ° v e rnam ental, da m esm a fo rm a que to rn a a adm inis- iridp ju s tiç a a fa sta d a da restante a d m in is tra ç ã o .16 E essa t§n Pendência não e xiste apenas em relação aos ju ize s da

ins-la sup e rio r, p o rq u e assim não te ria sentido.

Co É ainda o Prof. JO SÉ FREDERICO MARQUES quem ensina, o jijiap°ÍP em AD O LF M ER KL: “ No e x e rc íc io de suas f unçoes, l^ p Rí não está preso a v ín c u lo s h ie rá rq u ico s. Para ADO LF

• 0 tra ?o e s p e c ífic o da m a g is tra tu ra reside justam ente °utro sÍ^UaÇão de in d e p e n d ê n c ia de ca d a ju iz em relação aos

- - - ^ J ^ é r g ã o s ju d ic iá rio s . Na a d m in is tra ç ã o existe a s u b o rd i­ 10 J- PREDERICO MARQUES — ob. cit. pág. 141

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nação que decorre da h ie ra rq u ia o rg â n ic a ; na Ju stiça , coo - denação, tão-som ente, que resulta da in d e p e n d ê n cia fu nciona de cada m agistrado. A in d e p e n d ê n cia ju d ic ia l consiste, sobre­ tudo, na in a d m issib ilid a d e e fa lta de o b rig a to rie d a d e de quais­ quer instruções supe rio re s relativas ao e x e rc íc io da atividade ju d ic iá ria , mesmo que desçam tais in stru çõ e s de trib u n a is d in stâ n cia m ais elevada. A ativid a d e ju d ic iá ria não só prescina de instruções dessa natureza, com o tam bém não deve sP^®r - 0 seu influxo. A h ie ra rq u ia das instâncias e dos graus de ju ris d iç a nada m ais traduz que “ um a co m p e tê n c ia de d e rro g a çã o e nun­ ca um a co m p e tê n cia de m ando do s u p e rio r sobre o da m ' tâ n cia in fe rio r.17

Não chegam os a negar a e x is tê n c ia de um a relação hie^ ra rq u ica entre os órgãos c o n s titu c io n a is do J u d ic iá rio . A ^}era q u ia é p ró p ria de to d a o rg a n iza çã o so cia l, e m b o ra não apresente com a m esm a u nidad e e stru tu ra l. No P oder J ciá rio , ela se estrutura, e xclusivam ente , através da coorde ção, relação que se desenvolve no pla n o h o rizo n ta l. Os o r^ ~ 0 ju ris d ic io n a is são d is trib u íd o s por c írcu lo s, c u ja esfera de aç va ria de acordo com a natureza e extensão das a trib u iç com etidas ao órgão ju d ic iá rio .

Não se con fu n d e o grau de ju ris d iç ã o com o nível quico, posição esta que se co n fe re aos ó rg ã o s a d m in is tra i em lin h a v e rtic a l. São expressões que não devem ser emp gadas com o sin ô n im o s

D istingue-se a h ie ra rq u ia a d m in is tra tiv a da h ie ra rq u ia d ic iá ria porque a p rim e ira se fu n d a na nece ssid a d e de^um ^ a ação de órgãos in cu m b id o s de p rom overem re alizações te ria is, sem o que não é possível serem a lca n ça d o s os 0 J ~0 vos visados, ao passo que a ú ltim a rep re se n ta a gradu de a utoridad es ju d ic iá ria s , tão -so m e n te com a f in a l i d a n stas d iv id ir a sobe ra n ia do poder, a tende ndo às razões exp

nos parágrafo s anteriores. nUja

Segundo CARLOS S. D,E BARROS JÚNIO R, a hierarq ^ é um p rin c íp io de o rg a n iza çã o a d equ ado a ce rta s ^orl^ apCão a tividade que requerem , para seu m e lh o r desem penho, dir *0|a u nificada , coo rd e n a çã o e su b o rd in a çã o . Daí o d ize r-se qu in d ica um sistem a de o rdenaçã o, de que é um a espéci te c id o co n e ctivo , através do qual a ação do s u b o rd in a qS apresenta com o se fo ra a do p ró p rio ente p elos seus o 9 de d ire ç ã o .18

17 J. FREDERICO MARQUES — ob. cit. pág. 142 _ . lld0 d

o

18 CARLOS S. DE BARROS JÚNIOR — “ Contribuição ao Esxu Dever de Obediência no Emprego Público” — 1960 — pág.

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13-No exe rcício da ju risd ição , essa sim biose funcional não Pode existir porque anu la ria o fun dam ento filosófico da plu­ ralidade de instâncias. É p ró p ria das funções que buscam alcan - Çar realizaçõ es con cretas. “ N as outras funções estatais, dada a Própria n atu reza, d iferem os pressupostos de organização; numa, a legislativa, o princípio inspirador estrutural é o da |9Ualdade ou p arid ad e dos órgãos; noutra, a ju d iciária, o da " d e p e n d ê n c ia de seus órgãos c om po n entes” . 19

Não se pode, e n tre ta n to , d e ix a r de reconhece r-se que a Pluralidade de graus im p lica , necessariam e nte, na e xistê n cia uma h ie ra rq u ia ju d ic iá ria , baseada, tão-som ente , em relação coordena ção. Não há, no J u d ic iá rio , co m o vim os, vín cu lo Pe subordina ção. Os graus de ju ris d iç ã o representam posições lnterdependentes da e s tru tu ra ju d ic iá ria . Daí porque, em q u a l­ quer posição que se e n c o n tre o m agistrado, a sua vontade e 0riginária. Não d e riv a de o u tra , c o n fo rm e se v e rific a com o a9ente a d m in is tra tiv o , a quem a lei não co n fe re essa über- '-‘Sde, um a vez que a sub m issã o h ie rá rq u ic a , no d ize r de H E L Y

^°P E S MEIRELLES, re tira do in fe rio r a atuação p o lític a , isto e, esPe o s u b o rd in a d o da ação de com ando, p e rm itin d o -lh e , tão- ®°mente, a g ir com in ic ia tiv a no e s trito â m b ito de suas a tri-

U|Ções e s p e c ífic a s .20

Do m esm o passo, o m a g istra d o não está su g e ito ao po- ef d is c ip lin a r que, co m o c o rre la to do p o d e r h ie rá rq u ic o , e Prc p rio da A d m in is tra ç ã o . Na e xp re ssã o de CAIO TÁC ITO , o P°der d is c ip lin a r re p re se n ta o e q u ilíb rio e n tre a m anutençao i® .M o ra lid a d e e e fic iê n c ia do se rviço p ú b lic o e a p ro te çã o do Qivíduo c o n tra a p re p o tê n c ia a d m in is tra tiv a .21 Dessa rela- não p a rtic ip a o J u d ic iá rio , p o rq u e e la só se fo rm a entre ritades su p e rio re s e vo n ta d e s su b o rd in a d a s. O p o d e r d isci- " 'nar se p v o r r o nn â m h itn in tp rn n d a in s titu iç ã o , COmO T3

19 CARLOS S. DE BARROS JÚNIOR — ob. cit., pág. 12. ^ 1o HELY LOPES MEIRELLES — “ Direito Administrativo Brasileiro

Bras- 1966 - pág. 71. _

pão* o CA,° Tá c it o — “ Rev. de Direito Administrativo — vol. J / ys' 350 e 351.

fra - ,lu que, no uso ao p o a e r a is c ip m m i Ç°es a d m in is tra tiv a s que eles com etem .

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Ora, se o poder d is c ip lin a r é c o n s e c tá rio do po d e r h ie rá r­ quico, aquele tam bém inexiste no J u d ic iá rio . O p o d e r de cen­ surar a conduta fu n cio n a l do m agistra d o é, so b re tu d o , incom ­ patível com a m ajestade da fu nção que ele encarna. Não f que o m agistrado deva ser p ro te g id o pelo m anto da im uni­ dade. Ao co n trá rio , a lei para ele deverá ser m ais severa, por­ que a ju d ic a tu ra exige que o ju iz goze de re putação ilibada, isto é, mantenha, ta n to na vid a p ú b lic a co m o na particular, procedim en to irrepreensível. O m a gistrado, ju iz ou m inistro, deve com portar-se sem pre e em q u a lq u e r lugar, com com pos­ tu ra e austeridade, c o rre çã o e p ro b id a d e , isenção e equilíbrio- discriçã o e altivez. Responsável pelo e q u ilíb rio da sociedade, na ordem dinâm ica, o ju iz deve s e rv ir de e xem plo aos seu ju ris d ic io n a d o s . Q ualque r deslize que com eta pode re fle tir n sua co n d u ta de ju lg a d o r.

Mas, o descu m p rim e n to desses deveres não afeta a d |SC‘ p lin a de um a o rg a n iza çã o a d m in is tra tiv a ou de um serviço P b lico qualquer. A tin g e a p ró p ria ordem so cia l, po r causar P juízo d ire to à c o le tivid a d e . Por essa razão, o p o d e r d is c ip '1 _ é in su ficie n te para s u p rim ir as in fra çõ e s fu n c io n a is dos m a9 0 trados, tendo em vista, ainda, que o ju iz, co m o q u a lq u e r ou m em bro do poder p ú b lico , quando in c o rre na p rá tic a de cer infrações legais, é preferível ser afastado, d e fin itiva m e n te , órgão que representa, através de p rocesso c o n te n cio so . Os P cedim entos irre g u la re s dos m agistrados, ao invés de se'■ co n sid e ra d o s fa lta s d is c ip lin a re s , devem ser c a p itu la d o s c crim es fu n c io n a is com uns, ou de re sp o n sa b ilid a d e , conto a g ravidade do ilícito .

Os crim e s fu n c io n a is com uns estão d e fin id o s no

Penal, poden do neles in c id ir q u a lq u e r s e rv id o r p ú b lic o , ' . i- pendente de ca te g o ria ou status. Já os c rim e s de respon g lidade resultam da vio la ç ã o de deveres ou p ro ib iç õ e s im p ° pela C o n stitu içã o , aos re presenta ntes dos trê s P oderes e devem co n sta r apenas do E statuto P o lítico .

Da m esm a fo rm a que os ó rg ã o s sobe ra n o s do Estado a sua sede na C o n stitu içã o , tam bém esta c o n s titu i o E s t a t u .er m agistrados, com o o é dos P arlam entare s e do C hefe do r _ Executivo. As suas p re rro g a tiva s, os seus deveres e reS^ a(j 0 sab ilid a d e s e as p ro ib iç õ e s que são im p o sta s ao m a9 lS, devem fig u ra r na C o n stitu içã o e, som ente, nela. Ao le g is a\t

o rd in á rio é defeso a cre sce n ta r o u tra s ao e le n co c o n s titu c i - porquan to o ju iz não pode fic a r su je ito às m utações da lação o rd in á ria que, po r vezes, agasalha, em seu texto, Pa

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momentâneas. A fu n çã o ju d ic a n te , m ais do que q u a lq u e r outra, requer e sta b ilid a d e .

Já d e c id iu o SUPREMO T R IB U N A L FEDERAL, em acórdão 29 de o u tu b ro de 1940, que o ju iz é “ c o n s titu cio n a lm e n te U|ti fu n c io n á rio sui generis, v ita líc io , inam ovível e de ve n cim e n ­ tos irre d u tív e is ” , não s u je ito ao E statuto dos F u n cio n á rio s Pú­ blicos, pois o E statuto J u d ic iá rio é “ a p ró p ria C o n stitu içã o nas cláusulas b a s ilia re s da in d e p e n d ê n c ia da função, desenvo lvi- ^ s pelas leis co m p le m e n ta re s ou p e cu lia re s — m a g is tra tu ra ” .

A te n d e n d o à g ra v id a d e do c rim e de re s p o n sa b ilid a d e que cometer, de a c o rd o com a C o n s titu iç ã o Federal, o m agistrado está su je ito a ser rem ovido, co m p u lso ria m e n te , posto em d is ­ p onibilida de ou d e m itid o , sem pre através de decisão ju d ic ia l. duas p rim e ira s sanções p o derão ser a p lica d a s p o r m otivo de interesse p ú b lic o , e n q u a n to que a dem issão pod e rá v e rifi- car-se nos se g u in te s casos: 1) se o m a g istra d o exe rce r, ainda ^Ue em d is p o n ib ilid a d e , q u a lq u e r o u tra fu n çã o p ú b lica , salvo Urr* cargo de m a g is té rio ; 2) receber, a q u a lq u e r títu lo e sob Qualquer p re te xto , p o rce n ta g e n s nos p ro ce sso s s u je ito s a seu Julgamento; 3) e x e rc e r a tiv id a d e p o lític o -p a rtid á ria (Const. Fe- aeral, art. 114).

Nada o bstante , sobre o assunto tam bém têm sido votadas al9Umas leis o rd in á ria s , que v u ln e ra m o te xto c o n stitu cio n a l, P °r subm eterem o ju iz (apenas o de p rim e ira instância) ao di- freito d is c ip lin a r, re d u zin d o -o , dessarte, à c o n d iç ã o de sim ples

un cio n á rio su b a lte rn o .

Força é co n vir, no entanto , que não se pode s u b ju lg a r o a9istrado, seja da in s tâ n c ia s u p e rio r ou da in fe rio r, a um re- ^ lrr|e d is c ip lin a r, sob pena de a v ilta r a fu n çã o ju d ic a n te . E v i-

®ntemente, o m a g istra d o a quem fo r a p lic a d a um a p enalid ade ryin istra tiva de a d ve rte n cia , ce n su ra ou suspensão, nao tera . aj s co n d iç õ e s m o ra is de e x e rc e r a ju d ic a tu ra perante o s seus Junsd icio n a d o s. P erderá, p o r igual, a a u to rid a d e para d irig ir

6 mesmo os s e rv id o re s que lhe são sub o rd in a d o s.

Na p ró p ria e sfe ra do P oder E xecutivo, a puniçã o d is c ip li- r só se a p lic a aos fu n c io n á rio s que não desem penham en- r9 0s d e c h e fia ou d ire ç ã o , a não ser em ú n ico caso, com o e^a visto. A s a u to rid a d e s a d m in istra tiva s, q u a lq u e r que seja c' ue o cu p e m na e sca la h ie rá rq u ic a (um m odesto chete H Seção, p o r exe m p lo ), não são a tin g id a s por to d a s as pena­ da ^ es d is c ip lin a re s . A e la s se ap lica m , tão-som ente , a pena c u J ^ titu iç ã o de função, p o r m otivo de fa lta de exaçao no mPnm ento do d e ve r (E sta tu to dos F uncionário s, art. 2Ub).

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Tal ocorre, em v irtu d e da punição d is c ip lin a r re tira r da auto­ ridade o respeito que deve in fu n d ir ou in s p ira r aos seus su­ bordinados. A m elhor fo rm a de a dm oestar um s u p e rio r h ie rá r­ q u ic o é, não resta dúvida, d e stitu í-lo do e n ca rg o da chefia- Im por-lhe o u tra penalid ade m enos ra d ica l, sem a fastá-lo da chefia, servirá tão-só para d e sa u to rá -lo perante os seus su­ balternos, aos quais fic a n ivelado no plano d is c ip lin a r.

Na prática, o que se tem obse rva d o é que a A d m in istra çã o não se vale, nem mesmo, da pena de d e s titu iç ã o de fu n çã o pa- ra afastar os fu n c io n á rio s que se portam com in c o rre ç ã o n0 exe rcício dos c a rg o s de c h e fia ou d ire çã o . P refere exonerá-los. sim plesm ente, quando eles com etem ce rta s in fra ç õ e s legais, já que são dem issíveis ad nutum. Se o fa to d e litu o s o é, ao mesmo tem po, co n sid e ra d o ilíc ito a d m in is tra tiv o e ilíc ito penal, o agente será denun cia d o crim in a lm e n te .

C erto é que as p e nalid ades a d m in is tra tiv a s de repreensão e suspensão (a d ve rtê n cia não existe m ais no regim e estatuía- rio) ja m a is são a p lica d a s aos fu n c io n á rio s a d m in is tra tiv o s que desem penham en ca rg o s de chefia.

Com o então se p re te n d e r in flig ir ta is p e n a lid a d e s aos re presentantes da soberania n a cio n a l? E xistirã o e n tre eles a lg ^ 11 que detenham um p o d e r de su p re m a cia sobre os dem ais? P°^ acaso não serão os ju ize s de p rim e ira in stâ n cia , tam bém , re presentantes da sob e ra n ia n a cio n a l? S erá possível im por a ju iz status in fe rio r ao do agente a d m in is tra tiv o , sem fe rir C o n stitu içã o ?

Fora do sistem a de fre io s e co n tra p e so s, a i n d e p e n d ê n c i a só existe se fo r integral. Não há in d e p e n d ê n c ia relativa p a rcia l. O nde há subm issão, obviam ente, não e x is tirá indepe d ê n cia ou po d e r soberano.

Pouco im p o rta que o m a g istra d o se ja ju iz ou m inistro. ^ seu status é um só. Am bas são ó rg ã o s so b e ra n o s do Estado-9. Segundo fic o u dem onstrad o, a in d e p e n d ê n c ia do ^

diciário visa a resguardá-lo de in te rfe rê n c ia s de outros res e dos próprios órgãos ju d iciá rio s e n tre si. Apesar de 1 c rita na C arta M agna, e la so fre re s triç õ e s que to rn a m o J

ciário dependente, p rin c ip a lm e n te , do E xecutivo. É a P. J * - S. C o n stitu içã o que a u to riza a P re sid ê n cia da República a ■Jy c u ir-se em assuntos c o n ce rn e n te s à o rg a n iz a ç ã o da Jus ■* ’ através do p rovim ento dos ca rg o s da m a g istra tu ra . É, entre ^ to, no que tange à fix a ç ã o dos ve n c im e n to s dos juizes.

Qu

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