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BEHRING, Elaine R.; BOSCHETTI, Ivanete. Política Social: fundamental do final do século XIX, e história. 4. Ed.

Biblioteca Básica do Serviço Social, v. 2. São Paulo: Cortez, 2008.

Resumo Explicativo

Não se pode indicar com precisão um período específico de surgimento das primeiras iniciativas reconhecíveis de

políticas sociais, pois como processo social, elas se gestaram na confluência dos movimentos de ascensão do capitalismo

com a Revolução Industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal. Sua origem é comumente

relacionada aos movimentos de massa social-democratas e ao estabelecimento dos Estados-nação na Europa ocidental,

mas sua generalização situa-se na passagem do capitalismo concorrencial para o monopolista, em especial na sua fase

tardia, após a Segunda Guerra Mundial (pós 45).

Leitura complementar.

O Estado-nação

I. Estado, País, Nação e Povo.

A palavra “Estado”, em seu sentido político, pode ser

usada em duas acepções. Uma corresponde a um

Estado (usualmente grafada com

e maiúsculo),

instituição social politicamente organizada que exerce

soberania sobre um território: Brasil, Japão, França,

Estados Unidos, Alemanha, etc., A segunda acepção

corresponde à divisão política interna de alguns Estados

que formam uma federação, como o Brasil, Estados

Unidos, Alemanha ou México.

Nesses casos, as unidades internas são também

chamadas de estado (grafada com e minúsculo). Temos

assim, um Estado Federal (União) com seus respectivos

estados membros (unidades da federação). Há Estados

em que as unidades internas recebem outros nomes,

como

províncias

(Argentina,

Canadá,

etc.),

departamentos (França), condados (Reino Unido),

regiões (Itália), cantões (Suíça), repúblicas (Federação

Russa).

Um Estado exerce a soberania sobre um território

delimitado por fronteiras, guardadas pelas Forças

Armadas e com limites precisos; tem uma burocracia

administrativa e é organizado em três esferas de poder.

No Brasil, denominamos esses três esferas União,

estados e municípios – ou esfera federal, estadual e

municipal.

Embora vulgarmente “país” seja usado como sinônimo

de “Estado”, essas duas palavras não significam a

mesma coisa. O primeiro termo tem uma conotação

física; o segundo, política.

O

país é a terra, é uma porção da superfície terrestre.

Quando essa, no decorrer da história, passou a ser

controlada por um Estado, que exerce a soberania sobre

ela, então se transformou em território. É esse território

que chamamos de país, ou seja, aquilo que nós vemos o

conjunto formado pelas paisagens naturais e culturais

sob o controle do Estado.

A palavra nação, em sentido antropológico, é sinônimo

de povo ou etnia. Em sua acepção política, com a

constituição do Estado-nação a partir da independência

dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, passou a

ser usada como sinônimo de “Estado”. Vejamos alguns

exemplos:

a entidade que reúne a quase totalidade dos Estados do

mundo chama-se Organização das Nações Unidas

(ONU);

a contabilidade de um Estado, em sua relação

econômica com o mundo, denomina-se Produto

Nacional Bruto (PNB);

as relações internacionais dão-se entre os Estados que

compõem o sistema estatal mundial;

o hino e a bandeira são símbolos nacionais, etc.

(2)

econômicos e culturais – (chamados “cidadania”).

Disponível

em:

http://www.geomundo.com.br/geografia-30131.htm

Acesso em: 23 maio 2012.

As sociedades pré-capitalistas não privilegiaram as forças de mercado e assumiam algumas responsabilidades sociais,

não com o fim de garantir o bem comum, mas com o intuito de manter a ordem social e punir a vagabundagem. Ao lado

da caridade privada e de ações filantrópicas, algumas iniciativas pontuais com características assistenciais são

identificadas como protoformas de políticas sociais. As mais exaltadas e freqüentemente citadas como legislações

seminais (relativo à semente) são as leis inglesas que se desenvolveram (p. 47) no período que antecedeu a Revolução

Industrial:

Estatuto dos Trabalhadores, de 1349.

Estatuto dos Artesãos, de 1563.

Leis dos Pobres elisabetanos, que se sucederam entre 1531 e 1601.

Lei de Domicílio (Settlement Act), de 1662.

Speenhamland Act, de 1795. (o sistema Speenhamland era uma alternativa para mitigar a pobreza na zona rural,

na Inglaterra, final do século 18 e no início do século 19. (A lei era uma emenda à Lei dos Pobres elisabetana.

Essencialmente, as famílias recebiam um valor que complementasse seus salários para um nível definido de

acordo com uma tabela. Este nível varia de acordo com o número de crianças e do preço do pão. Por exemplo,

se o pão era 1s 2d, os salários de uma família com dois filhos foram cobertos até 8s 6d)

Lei Revisora das Leis dos Pobres ou Nova Lei dos Pobres (Poor Law Amendment Act – Emenda da Lei dos

Pobres), de 1834.

Considerações sobre tais Leis

1.

Tais legislações estabeleciam um “Código coercitivo do trabalho” e seu caráter era punitivo e repressivo e não

protetor; se espalharam pela Europa no período que antecedeu a Revolução Industrial.

2.

Tinham, entre si, alguns fundamentos comuns: estabelecer o imperativo do trabalho a todos que dependiam de

sua força de trabalho para sobreviver, obrigar o pobre a aceitar qualquer trabalho que lhe fosse oferecido,

regular a remuneração do trabalho, de modo que o trabalhador pobre não poderia negociar formas de

remuneração, proibir a mendicância dos pobres válidos, obrigando-os a se submeter aos trabalhos “oferecidos”.

3.

O princípio estruturador dessas leis era obrigar o exercício do trabalho a todos que apresentassem condições de

trabalhar, e as ações assistenciais previstas tinham o objetivo de induzir o trabalhador a se manter por meio de

seu trabalho.

4.

Associadas ao trabalho forçado, essas ações garantia auxílios mínimos (como alimentação) aos pobres reclusos

nas wokhouses (casas de trabalho).

5.

Os critérios para acesso eram fortemente restritivos e seletivos e poucos conseguiam receber os benefícios.

6.

Os pobres “selecionados” eram obrigados a realizar uma atividade (p.48) laborativa para justificar a assistência

recebida.

(3)

3

8.

A principal função dessas legislações (Polanyi, Castel), era impedir a mobilidade do trabalhador e assim manter

a organização tradicional do trabalho.

Na sociedade pré-industrial ou não capitalista, as atividades de trabalho eram indissociáveis das demais atividades da

vida social. Na sociedade capitalista burguesa, o trabalho perde seu sentido como processo de humanização, sendo

incorporado como atividade natural de produção para a troca, independente de seu contexto histórico.

No capitalismo, ao ser tratada como mercadoria, a força de trabalho possui duplo caráter: ser produtora de valor de uso e

valor de troca, ou como explicita Marx (1987: 54) “todo trabalho é, de um lado, dispêndio de força humana de trabalho,

no sentido fisiológico, e, nessa qualidade de trabalho humano igual ou abstrato, cria valor de mercadoria. Todo trabalho,

por outro lado, é dispêndio de força humana de trabalho, sob forma especial, para um determinado fim, nessa qualidade

de trabalho útil e concreto, produz valor de uso”. É nesse sentido que o valor de uso “só se realiza com a utilização ou

consumo” (1987: 42), e que “um valor de uso ou um bem só possui, portanto, valor, porque nele está corporificado,

materializado trabalho humano abstrato.” (Marx, 1987: 45).

1

(p. 50)

1

(4)

Você sabia que o capitalismo se constitui em vários estágios e/ou fases:

Por fim, podemos afirmar que as legislações sociais pré-capitalistas eram punitivas, restritivas e agiam na intersecção da

assistência social e do trabalho forçado, o “abandono” dessas tímidas e repressivas medidas de proteção no auge da

Revolução Industrial lança os pobres “servidão da liberdade sem proteção”, no contexto de plena subsunção

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do

trabalho ao capital, provocando o pauperismo como fenômeno mais agudo decorrente da chama questão social. Foram

as “lutas pela jornada de trabalho” (Marx, 1987) que provocaram o surgimento de novas regulamentações sociais e do

trabalho pelo Estado.

2 Subsunção: (latim subsumptio, onis) s. f. ato ou efeito de subsumir. Subsumir: (latim tardio subsumo, ere) v. tr.1. Incluir em algo mais amplo ou abrangente. 2.Considerar (alguma coisa) como fazendo parte de um conjunto maior e mais amplo ou como sendo a aplicação particular de algo geral.

Fases do capitalismo

Pré-capitalismo

: ocorreu nos séculos XII ao XV, a produção era distribuída através das relações de troca de

produtos, o trabalho assalariado não havia estabilizado, o produto era fruto do trabalho e não da venda da força de

trabalho. Os artesãos eram donos dos ofícios (técnicas de trabalho), das ferramentas e da matéria-prima.

Capitalismo comercial

: ocorreu entre os séculos XVI e XVIII, o artesão possuía autonomia, mas nesse

período surgiu uma nova prática comercial. A maior parte do lucro ficava nas mãos dos comerciantes e

atravessadores e não nas mãos de quem realmente produzia, essa é conhecida como a fase primitiva da acumulação

de capital, e também pode ser considerada como uma fase de “especulação”.

Capitalismo industrial

: é caracterizado pela aplicação de capital no setor industrial. O trabalho assalariado

se fixa, e então fica nítido a separação de classes, à primeira classe pertencem os donos dos meios de produção e à

segunda o trabalhador, que tem apenas sua força de trabalho.

O capitalismo industrial iniciou em meados do século XVIII na Inglaterra, se espalhou no século XIX por toda

Europa, Estados Unidos e Japão e finalizou sua fase de expansão no século XX, alcançando as outras nações

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Leitura complementar

Revolução Industrial

Evolução tecnológica transforma as relações sociais

Quando se começa a estudar a Revolução Industrial, a primeira questão a levantar é sobre que tipo de revolução estamos falando. Muitas vezes, entendemos a palavra "revolução" como uma revolta, uma disputa entre grupos políticos, ou até mesmo, uma guerra civil em determinada sociedade. Mas não é disso que se trata aqui. O sentido que usamos neste caso é o de revolução como uma transformação profunda, uma mudança muito grande, uma ruptura com o que havia anteriormente. Ao falarmos, então, de uma "revolução industrial", estamos falamos numa modificação drástica no modo de fabricação dos produtos consumidos pelo homem.

O surgimento das fábricas, a produção em série e o trabalho assalariado são as principais características desta transformação, que alterou a economia, as relações sociais e a paisagem geográfica.

Primeira Revolução Industrial

Esse processo surgiu principalmente na Inglaterra no final do século 18. No decorrer do século 19, outros países iniciaram sua industrialização: os Estados Unidos, a França, a Alemanha, a Itália, a Holanda, o Japão e a Bélgica. Essa primeira fase da industrialização é chamada de Primeira Revolução Industrial, que vai de 1760 a 1860. Os principais recursos materiais utilizados nessa fase foram o ferro, o carvão, o tear mecânico e a máquina a vapor.

Segunda Revolução Industrial

Já a segunda fase do processo, que é conhecida como Segunda Revolução Industrial, dá-se entre 1860 e 1900 e se baseia no aço, na energia elétrica e em produtos químicos.

A industrialização define fortemente a era contemporânea e o mundo em que vivemos hoje é fruto direto dela. O capitalismo adquiriu sua plena expressão através da industrialização. As relações sociais atuais são determinadas pela forma como se estrutura o trabalho e a luta pela sobrevivência. Além disso, muitos fatos históricos decorreram da industrialização dos países europeus e da disputa entre eles por novos mercados consumidores e fontes de matéria-prima. Isso explica a partilha da África ocorrida no século 19, a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a consequente Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Todos os produtos que o homem usa e consome, e que não estão em estado natural, foram transformados através do trabalho humano. Este trabalho humano na confecção de produtos passou por uma evolução tecnológica no decorrer da história do mundo ocidental.

Artesanato e manufatura

Até o período medieval (entre meados do ano 400 d.C. até 1300 d.C.), os produtos eram feitos de maneira artesanal, através das corporações

de ofício. Essas corporações eram grupos de artesãos que faziam todos os mesmo produtos, artesanalmente, criando normas coletivas de fabricação e distribuição da mercadoria.

Com o renascimento comercial, no final do período medieval (século 11) começou a haver um novo controle sobre a forma de produção. O artesão que produzia uma cadeira, por exemplo, não era mais dono de seu produto. Ele passava a ser empregado de outra pessoa, que era dono das ferramentas e do material. Esse processo é chamado de manufatura, em que o produtor não é mais dono do que fabricou. O produtor vende sua força de trabalho em troca de pagamento, utilizando as ferramentas e o material de quem os possui.

A industrialização é uma etapa mais elaborada da manufatura, pois devido às novas descobertas tecnológicas, como a máquina a vapor, a produção pode ser dinamizada. Agora o trabalhador é obrigado a trabalhar seguindo o regime da fábrica. Ele passa grande parte do seu dia dentro dela, fazendo tarefas repetidas sem parar. Cada trabalhador responsável por uma etapa do produto. Além de não ser dono das máquinas e da matéria-prima, o trabalhador vende sua força de trabalho e seu tempo ao dono da fábrica. O valor que recebe em pagamento não é determinado por ele, mas pelo patrão, que, em geral, não vai remunerá-lo corretamente.

Exploração e resistência

Esse processo de industrialização, que submeteu os trabalhadores ao regime das fábricas, trouxe muitas transformações. Além de alterar o próprio ritmo de fabricação, conseguindo produzir mais mercadorias em menor tempo, a industrialização alterou a vida dos homens e forçou um rápido crescimento das cidades. Assim, na Inglaterra do século 18, os ricos haviam se apropriado dos campos para obter matérias-primas para suas fábricas. Nesse processo, eles cercaram suas terras e expulsaram a maioria dos camponeses, que foram para as cidades. Lá chegando, devido ao excesso de mão-de-obra, os trabalhadores acabaram tendo que se sujeitar ao regime desumano de trabalho das fábricas. Nesse período, recebiam salários baixíssimos. Além disso, crianças, mulheres, homens e idosos eram obrigados a cumprir jornadas de trabalho de até 18 horas. Obviamente que essa exploração extrema gerou conflitos e resistências. Os trabalhadores quebraram máquinas, fizeram greves, se organizaram, formaram sindicatos. No decorrer do século 20, muitos direitos foram conquistados, criando melhores condições de trabalho e, inclusive, leis que protegem os trabalhadores.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br/historia/revolucao-industrial-evolucao-tecnologica-transforma-as-relacoes-sociais.jhtm

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indispensável à existência do homem – quaisquer que sejam as formas de sociedade –, é necessidade natural e eterna de

efetivar o intercambio material entre o homem e a natureza, e, portanto, de manter a vida humana” (Marx, 1987: 50)

Se as legislações sociais pré-capitalistas eram punitivas, restritivas e agiam na intersecção da assistência social e do

trabalho forçado, o “abandono” dessas tímidas e repressivas medidas de proteção no ague da Revolução Industrial lança

os pobres à “servidão da liberdade sem proteção” no contexto de plena subsunção

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do trabalho ao capital, provocando o

pauperismo como fenômeno mais agudo decorrente da chamada questão social. Foram as “lutas pela jornada normal de

trabalho” (Marx, 1987) que provocaram o surgimento de novas regulamentações sociais e do trabalho pelo Estado.

Questão social e a política social

As políticas sociais e a formatação de padrões de proteção social são desdobramentos e até mesmo respostas e formas de

enfrentamento – em geral setorializadas e fragmentadas – às expressões multifacetadas da questão social no capitalismo,

cujo fundamento se encontra nas relações de exploração do capital sobre o trabalho. A questão social se expressa em

suas refrações (Netto, 1992) e, por outro lado, os sujeitos históricos engendram (p.51) formas de seu enfrentamento.

Contudo, sua gênese está na maneira com que os homem se organizaram para produzir num determinado momento

histórico, o de constituição das relações sociais capitalistas – e que tem continuidade na esfera da reprodução social.

Vale destacar que, quando se fala em produção e reprodução das relações sociais inscritas num momento histórico,

sendo a questão social uma inflexão desse processo, trata-se da produção e reprodução – movimentos inseparáveis na

totalidade concreta – de condições de vida, de cultura e de produção de riqueza.

Poder-se-ia argumentar que a rigor, a categoria questão social não pertence ao quadro conceitual da teoria critica,

digas-se, da tradição marxista.

[...] vale lembrar que está na base do trabalho teórico presente na critica da economia politica empreendida por Marx,

[...] a perspectiva de desvelar a gênese da desigualdade social no capitalismo, tendo em vista instrumentalizar sujeitos

políticos – tendo à frente o movimento operário – para sua superação. Esse processo – a configuração se expressa na

realidade de forma multifacetadas, através da questão social. Desse ponto de vista, é correto afirmar que a tradição

marxista empreende, desde Marx e Engels até o dia de hoje, um esforço explicativo acerca da questão social, já que o

que está subjacente às suas manifestações concretas é o processo de acumulação de capital, produzido e reproduzido

com a operação da lei do valor, cuja contraface é a subsunção do trabalho pelo capital, acrescida da desigualdade social

e do crescimento relativo da pauperização. Esta última é expressão das contradições inerentes ao capitalismo que, ao

constituir o trabalho vivo como única fonte de valor e, ao mesmo tempo, reduzi-lo progressivamente em decorrência da

elevação da composição orgânica do capital – o que implica um predomínio do trabalho morto (p. 52) sobre o trabalho

vivo – promove a expansão do exército industrial de reserva ou superpopulação relativa em larga escala.

[...] Outro aspecto aqui é que a lei do valor não trata apenas da produção de mercadorias na sua dimensão econômica. Se o processo de produção articula a valorização do capital ao processo de trabalho, ou seja, se o trabalho é o elemento decisivo que

3 “Na manufatura, a subsunção do trabalho ao capital é apenas formal. Ela ocorre, então, de um modo formalmente voluntário, já que o trabalhador, para poder subsistir, tem de optar por depender economicamente do capitalista. As formas de subsunção anteriores, como a escravidão e a servidão, eram nvoluntárias, pois estavam baseadas em relações de estratificação social,

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7 transfere e cria valor, então tal processo se refere sobretudo à produção e reprodução de indivíduos, classes sociais e relações sociais: a política e a luta de classes são elementos internos à lei do valor e à compreensão da questão social. Se sua base material é a produção e o consumo de mercadorias, estamos falando também do trabalho enquanto atividade humana, repleta de subjetividade, de identidade, de costumes e vida.

Uma interpretação da questão social como elemento constitutivo da relação entre o Serviço Social e a realidade, tendo como mediação as estratégias de enfrentamento adotadas pelo Estado e pelas classes – o que envolve a política social como um elemento central – tem algumas implicações. Trata-se de imprimir historicidade a esse conceito, o que significa observar seus nexos causais, relacionados às formas da produção e reprodução sociais capitalistas, com o seu metabolismo incessante. E o debate deve incorporar, necessariamente, os componentes de resistência e de ruptura presentes nas expressões e na constituição de formas de enfrentamento da questão social, ou seja, esse conceito está impregnado de luta de classes, sem o que se pode recair no culto da técnica dos mapas da “exclusão”, das fotografias, da vigilância da exclusão, tão em voga nos dias de hoje. (p. 53)

[...] – a segunda metade do século XIX - , a força de trabalho reagia à exploração extenuante, fundada na mais valia absoluta com a extensão do tempo de trabalho, e também à exploração do trabalho de crianças, mulheres e idosos. A luta de classes irrompe contundente em todas as suas formas, expondo a questão social: a luta dos trabalhadores com greves e manifestações em torno da jornada de trabalho e também sobre o valor da força de trabalho – o salário, que deveria garantir “os meios de subsistência necessários à manutenção de seu possuidor”, o que tem a ver com as necessidades básicas, com seu componente histórico e moral (Marx, 1988: 137), e as estratégias burguesas para lidar com a pressão dos trabalhadores, que vão desde a requisição da repressão direta pelo Estado, até concessões formais pontuais na forma das legislações fabris, mas em geral seguidas pela burla da ação pública, como revelam os interessantes relatórios dos inspetores de fábrica, fontes de pessoas marxiana, que “fornecem uma estatística contínua e oficial sobre a avidez dos capitalistas por mais trabalho” (1988:184). (p. 54)

Portanto, com o monopólio da força, em meio e embebido da luta de classes, atua o Estado sob a direção do capital, mas com relativa autonomia, ainda que neste período esta fosse muito reduzida, o que levou Marx e Engels a caracterizarem o Estado como comitê de classe da burguesia, no seu Manifesto do Partido Comunista (1998). O Estado, então, reprimia duramente os trabalhadores, de um lado, e iniciava a regulamentação das relações de produção, por meio da legislação fabril de outro. A luta em torno da jornada de trabalho e as respostas das classes e do Estado são, portanto, as primeiras expressões contundentes da questão social, já repleta naquele momento de ricas e múltiplas determinações. Há o movimento dos sujeitos políticos – as classes sociais. Tem-se o ambiente cultural do liberalismo e ênfase no mercado como via de acesso aos bens de serviço socialmente produzidos, cuja possibilidade de inserção estaria relacionada ao mérito individual. Começa a ocorrer o deslocamento do problema da desigualdade e da exploração como questão social, a ser tratada no âmbito estatal e pelo direito formal, que discute a igualdade de oportunidades em detrimento da igualdade de condições. Verifica-se esse contexto, um deslocamento burguês em relação ao problema da jornada de trabalho, quando os capitalistas passam a incrementar cada vez mais a maquinaria e a se interessar por uma jornada “normal” de trabalho, tendo em vista os custos de depreciação da força de trabalho nas condições extenuantes do início da Revolução Industrial, aumentados pelas paralizações e mobilizações dos trabalhadores na segunda metade do século XIX.

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O liberalismo e a negação da política social

O período que vai de meados do século XIX até a terceira década do século XX, portanto, é profundamente marcado pelo predomínio do liberalismo e de seu principal sustentáculo: o princípio do trabalho como mercadoria e sua regulação pelo livre mercado.

O liberalismo, alimentado pelas teses de David Ricardo e sobretudo de Adam Smith (2003), que formula a justificativa econômica para a necessária e incessante busca do interesse individual, introduz a tese que vai cristalizar como um fio condutor da ação do Estado liberal: cada indivíduo agindo em seu próprio interesse econômico, quando atuando junto a uma coletividade de indivíduos, maximizaria o bem-estar coletivo. E o funcionamento livre e ilimitado do mercado que asseguraria o bem-estar. E a "mão invisível" do mercado livre que regula as relações econômicas e sociais produz o bem comum.

O predomínio do mercado como supremo regulador das relações sociais, contudo, só pode se realizar na condição de uma suposta ausência de intervenção estatal. O papel do Estado, uma espécie de mal necessário na perspectiva do liberalismo, resume-se a fornecer a base legal com a qual o mercado pode melhor maximizar os "benefícios aos homens". Adam Smith criticou duramente o "Estado intervencionista e o Estado mercantilista”, mas não defendeu sua extinção. Ao contrário, reafirmava a necessidade (p. 56) da existência de um corpo de leis e a ação do Estado que garantisse maior liberdade ao mercado livre. É interessante notar a ambiguidade liberal-burguesa na relação com o Estado, que sempre esteve presente como uma espécie de parteiro (Mandel, 1982) do mundo do capital, desde que mantido sob controle estrito, sem o que é a fonte de todos os males e crises.

Mas essa interpretação do liberalismo acerca do Estado rompeu com o debate político iluminista moderno, de Maquiavel a Rousseau. Façamos uma breve incursão nessa reflexão que precede o liberalismo, buscando apreender como ela compreende o lugar do Estado na sociabilidade, de modo a esclarecer o processo de constituição da política social viabilizada nesse âmbito, bem como precisar melhor os axiomas liberais.

Com a decadência da sociedade feudal e da lei divina como fundamento das hierarquias políticas, por volta dos séculos XVI e XVII, ainda no contexto da chamada acumulação primitiva do capital, é desencadeada uma discussão sobre o papel do Estado. Desde Maquiavel, busca-se uma abordagem racional do exercício do poder político por meio do Estado. Naquele momento, este era visto como uma espécie de mediador civilizador (Carnoy,988), ao qual caberia o controle das paixões, ou seja, do desejo insaciável de vantagens materiais, próprias dos homens em estado de natureza. Em seu Leviathan, de 1651, Hobbes apontava que, no estado de natureza, os apetites e as aversões determinam as ações voluntárias dos homens e que, entre preservar a liberdade vantajosa da condição natural e o medo da violência e da guerra, impõe-se a renúncia à liberdade individual em favor do soberano, do monarca absoluto. A sujeição seria uma opção racional para que os homens refreassem suas paixões, n um contexto em que o "homem é o lobo do homem".

John Locke concordava com essa ideia hobbesiana de que os homens se juntam na sociedade política para se defender da guerra de todos contra todos. Porém, dizia que a monarquia absoluta era incompatível com o governo civiI, já que o soberano não teria a quem apelar a não ser a si mesmo. Nesse sentido, fazia-se necessário que o poder político estivesse em mãos (p. 57) comunidade, no sentido de preservar a vida, a liberdade e, sobretudo, a propriedade. A presença do tema da propriedade introduz uma clivagem diferenciada à discussão, já que há uma clara associação entre poder político e propriedade, fortemente vinculada às relações capitalistas nascentes. Aqui a razão e a perfeição da sociedade civil se contrapõem ao caos no estado de natureza, sendo a propriedade a base da sociedade justa e equitativa.

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9 e sem maldade — a conhecida ideia de que o homem é naturalmente bom, do bom selvagem —, enquanto a sociedade civil é a descrição de como os homens vivem em realidade, e não uma construção ideal. A sociedade civil, para Rousseau, é imperfeita: foi corrompida pela propriedade, e é produto da voracidade do homem, obra do mais rico e poderoso, que quer proteger seus interesses próprios. Assim, o Estado foi até aquele momento uma criação dos ricos para preservar a desigualdade e a propriedade, e não o bem comum. A saída rousseauniana para o impasse da desigualdade social e política na sociedade civil é a configuração de um Estado cujo poder reside no povo, na cidadania, por meio da vontade geral. Este é o contrato social em Rousseau. Diferentemente de Locke, o pacto não é apenas dos proprietários, mas envolve o conjunto da sociedade em mecanismos de democracia direta (Bobbio, 1988). Assim, apenas esse Estado, um Estado de direito, fundado nas leis definidas pela vontade geral seria capaz de limitar os extremos de pobreza e riqueza presentes na sociedade civil e promover a educação pública para todos — meio decisivo para a livre escolha. (p. 58)

É bom que se diga que nos primórdios do liberalismo, no século XIX, existia um claro componente transformador nessa maneira de pensar a economia e a sociedade: tratava-se de romper com as amarras parasitárias da aristocracia e do clero, do Estado absoluto, com seu poder discricionário. O cenário de uma burguesia já hegemônica do ponto de vista económico, mas não consolidada como classe politicamente dominante, propicia o antiestatismo radical presente no pensamento de um Adam Smith e em sua ode ao mercado como mecanismo natural de regulação das relações sociais.

É evidente que essa dimensão se esgota na medida em que o capital se torna hegemônico e os trabalhadores começam a formular seu projeto autônomo e a desconfiar dos limites da burguesia a partir das lutas de 1848, e das lutas pela jornada de trabalho.

A “loucura das leis humanas” não pode interferir nas leis naturais da economia, e por isso o Estado deve apenas fornecer a base legal, para que o mercado livre possa maximizar os benefícios aos homens. Trata-se, portanto, de um Estado mínimo, sob forte controle dos indivíduos que compõem (p. 59) a sociedade civil, na qual se localiza a virtude. Smith pensava um Estado com apenas três funções: a defesa contra os inimigos externos; a proteção de todo o indivíduo de ofensas dirigidas por outros indivíduos, e o provimento de obras públicas, que não possam ser executadas pela iniciativa privada (Bobbio, 1988). Ele acreditava que os indivíduos, ao buscarem ganhos materiais, são orientados por sentimentos morais e por uma senso de dever, o que assegura a ausência da guerra de todos contra todos. A coesão social se originaria na sociedade civil, com a mão invisível do mercado e o cimento ético dos sentimentos morais individuais, fundados na perfectibilidade humana. Para Smith, não há, portanto, contradição entre acumulação de riqueza e coesão social.

Ao lado da ética do trabalho, esse raciocínio torna-se amplamente hegemônico, à medida que a sociedade burguesa se consolida. Trata-se de uma sociedade fundada no mérito de cada um em potenciar suas capacidades supostamente naturais. O liberalismo, nesse sentido, combina-se a um forte darwinismo social, em que a inserção social dos indivíduos se define (p. 60) por mecanismos de seleção natural. Tanto que Malthus, em seus clássicos estudos sobre a população, por exemplo, recusava drasticamente as leis de proteção, responsabilizando-as pela existência de um número de pobres que ultrapassava os recursos disponíveis. A legislação social, para ele, revertia leis da natureza. Nas suas palavras: "há um direito que geralmente se pensa que o homem possui e que estou convicto de que ele não possui nem pode possuir: o direito de subsistência, quando seu trabalho não a provê diretamente” (Malthus apud Lux, 1993: 44). Nesse ambiente intelectual e moral, não se deviam despender recursos com os pobres, dependentes ou passivos (Kant apud Coutinho: 1989), mas vigiá-los e puni-los, como bem mostrou o estudo de Foucault (1996). Relação semelhante se mantém com os trabalhadores: os salários não devem ser regulamentados, sob pena de interferir no preço natural do trabalho, definido nos movimentos naturais e equilibrados da oferta e da procura no âmbito do mercado.

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Fica evidente, assim, que a débil intervenção do Estado na garantia de direitos sociais sob o capitalismo liberal não emanou de uma natureza predefinida do Estado, mas foi criada e defendida deliberadamente pelos liberais, numa disputa política forte com os chamados reformadores sociais (LUX, 1993).

A síntese que segue de alguns elementos essenciais do liberalismo ajuda a melhor compreender a reduzida intervenção estatal na forma de políticas sociais nesse período:

a) predomínio do Individualismo. Os liberais consideram o indivíduos ( e não a coletividade) como sujeito de direito, de modo que os direitos civis foram os primeiros a ser reconhecidos pelo Estado Liberal no século XVIII, pois a liberdade de ir e vir, de adquirir e comercializar propriedade era um requisito fundamental para instituir a sociedade de classe; (p. 61)

b) o bem-estar individual maximiza o bem-estar coletivo. Para os liberais, cada indivíduo deve buscar o bem-estar para si e sua família por meio da venda de sua força de trabalho no mercado. Assim, não cabe ao Estado garantir bens e serviços públicos para todos. Nessa perspectiva, cada um, individualmente, deve garantir seu bem-estar, o que levaria todos os indivíduos a atingir uma situação de bem-estar. Tal princípio se funda em outro — a liberdade em detrimento da igualdade;

c) predomínio da liberdade e competitividade. A liberdade e a competitividade são entendidas como formas de autonomia do indivíduo para decidir o que é melhor para si e lutar por isso. Os liberais não reconhecem que a liberdade e a competitividade não asseguram igualdade de condições nem de oportunidades para todos;

d) naturalização da miséria. Os liberais vêem a miséria como natural e insolúvel, pois decorre da imperfectibilidade humana, ou seja, a miséria é compreendida como resultado da moral humana e não como acesso desigual à riqueza socialmente produzida;

e) predomínio da lei da necessidade. Baseados nas teses malthusianas, os liberais entendem que as necessidades humanas básicas não devem ser totalmente satisfeitas, pois sua manutenção é um instrumento eficaz de controle do crescimento populacional e do conseqüente controle de miséria;

f) manutenção de um Estado mínimo. Para os liberais, o Estado deve assumir o papel "neutro" de legislador e árbitro, e desenvolver apenas ações complementares ao mercado. Sua intervenção deve restringir-se a regular as relações sociais com vistas a garantir a liberdade individual, a propriedade privada e assegurar o livre mercado;

g) as políticas sociais estimulam o ócio e o desperdício. Para os liberais, o Estado não deve garantir políticas sociais, pois os auxílios sociais contribuem para reproduzir a miséria, desestimulam o interesse pelo trabalho e geram acomodação, o que poderia ser um risco para a sociedade de mercado;

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11 Glossário

Evolução do sistema capitalismo

Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo: este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas: busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.

Mercantilismo ou capitalismo concorrencial: renascimento do comércio: não devemos entender o "renascimento" do comércio como simplesmente a retomada de algo do passado, tal como o comércio era realizado pelos fenícios, gregos ou romanos. Esse renascimento é na verdade o surgimento de algo novo, o capitalismo. O que há de novidade nesse sistema é que ele trouxe para os povos a necessidade de expandir a produção de seus reinos.

Capitalismo concorrência e capitalismo monopolista: no sistema concorrencial o capitalista produz e coloca no mercado seus produtos sem se preocupar com a demanda, encontrando outro capitalista que faz o mesmo com produto parecido, havendo, portanto, uma concorrência na venda de determinados produtos parecidos. No sistema monopolista, os capitalistas se unem formando aglomerados que produzem e vendem diversificados produtos, sem, no entanto um produto afetar as vendas de outro – a intenção do monopólio é a de acabar com o concorrente no mercado.

O capitalismo consolidava-se, ao longo do século XIX, como modo de produção dominante em escala mundial. Nos Manuscritos de 1861-1863, situados entre os Grundrisse e O Capital, Marx desenvolveu os conceitos de subsunção formal e subsunção real para designar as relações de dominação e subordinação do trabalho frente ao capital. O conceito de subsunção formal designa a subordinação do trabalho frente ao capital do período pré-industrial (capital mercantil), particularmente a produção de base artesanal e/ou manufatureira. O trabalhador está subsumido ao capital na medida em que não possui meios de produção e é obrigado a se tornar um trabalhador assalariado. No entanto, esta subsunção é apenas formal, pois, nesse momento, a produção é feita sem a introdução de máquinas e o trabalhador ainda pode exercer um grande controle sobre o ritmo e o modo de produzir, pois detém o conhecimento (o saber-fazer) do processo de trabalho. Com isso, o aumento da exploração do trabalho, em geral, se dá pelo aumento da jornada de trabalho (mais valia absoluta). [...] O conceito de subsunção real designa, pois, a relação de dominação e subordinação do trabalho frente ao capital do período industrial. Nesse momento, o trabalhador passa por um processo de expropriação do seu saber-fazer e cristalização desse conhecimento em um processo mecânico e objetivo (as máquinas-ferramentas). O trabalhador passa a não mais ter o domínio completo sobre o ritmo da produção e, principalmente, sobre o modo de produzir – e isso passa a ser ditado pela máquina, a qual subsume realmente o trabalhador. Com a incorporação do trabalhador a uma máquina simples, o capital separa braços e mentes, tornando o conhecimento aplicado no processo de trabalho como algo externo aos próprios agentes produtivos. Foi preciso, então, criar um segmento de trabalhadores técnico-científicos, separado da classe trabalhadora tradicional, vinculado a um trabalho unicamente intelectual (sem nenhuma relação direta com algum trabalho manual específico), responsável unicamente pela gestão e organização do trabalho. Disponível em: http://resistir.info/brasil/14_congr/tese_capitalismo_hoje.html

A divisão entre concepção e execução abriu a possibilidade de o trabalho intelectual tornar-se produtivo e de a ciência interferir diretamente no processo de produção, pois, com a consolidação do processo de formação do trabalhador coletivo, não é produtivo apenas o trabalho manual, mas qualquer tipo de trabalho que, de algum modo, participe do processo de valorização do capital. Mas a subsunção real nunca se dá de forma absoluta e tampouco se dá de forma passiva (a relação é sempre contraditória, conflituosa), bem como o trabalho manual, mesmo o mais mecânico possível, jamais é completamente desprovido de subjetividade. O capitalismo cria essa forma específica de subordinação e de divisão do trabalho, mas ambas se dão de maneira constantemente conflituosa.

Refratário: re.fra.tá.rio adj. 1. Que recusa cumprir uma obrigação. 2. Rebelde à aceitação de uma idéia, de uma ordem ou de um costume. 3. Imune a certa doença. 4. Que resiste a alguma ação física ou química. 5. Fís. Que resiste à ação do calor. S. m. 1. Aquele que se subtrai ao serviço militar. 2. Material refratário.

Refração: sf. Desvio de direção que os raios luminosos sofrem quando passam de um meio para outro.

Social-democracia: é uma ideologia política de esquerda surgida no fim do século XIX por partidários do marxismo que acreditavam que a transição para uma sociedade socialista poderia ocorrer sem uma revolução, mas por meio de uma evolução democrática. A ideologia social-democrata prega uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário, geralmente tendo em meta uma sociedade socialista. O conceito de social-democracia tem mudado com o passar das décadas desde sua introdução. A diferença fundamental entre a social-democracia e outras formas de socialismo, como o marxismo ortodoxo, é a crença na supremacia da ação política em contraste à supremacia da ação económica ou determinismo económico sócio industrial. Isto ocorre desde o século XIX. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Social-democracia.

Referência complementares

Referências

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