• Nenhum resultado encontrado

Espelhar o futuro dos alunos com Project-Based Learning: desenvolver competências cognitivas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Espelhar o futuro dos alunos com Project-Based Learning: desenvolver competências cognitivas"

Copied!
79
0
0

Texto

(1)
(2)
(3)

DIREITOS DE AUTOR E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO TRABALHO POR TERCEIROS

Este é um trabalho académico que pode ser utilizado por terceiros desde que respeitadas as regras e boas práticas internacionalmente aceites, no que concerne aos direitos de autor e direitos conexos. Assim, o presente trabalho pode ser utilizado nos termos previstos na licença abaixo indicada.

Caso o utilizador necessite de permissão para poder fazer um uso do trabalho em condições não previstas no licenciamento indicado, deverá contactar o autor, através do RepositóriUM da Universidade do Minho.

Licença concedida aos utilizadores deste trabalho

Atribuição CC BY

(4)

AGRADECIMENTOS

Á família, pelo constante incentivo ao estudo para crescimento do meu ser.

Aos amigos e colegas, pelo apoio/camaradagem durante e após o curso.

Aos professores/orientadores, pelo profissionalismo e excelentes conhecimentos transmitidos.

(5)

DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Declaro ter atuado com integridade na elaboração do presente trabalho académico e confirmo que não recorri à prática de plágio nem a qualquer forma de utilização indevida ou falsificação de informações ou resultados em nenhuma das etapas conducente à sua elaboração.

(6)

Espelhar o futuro dos alunos com Project-Based Learning: Desenvolver competências cognitivas

Resumo

À medida que a civilização evolui, criam-se mais oportunidades e novos empregos tecnológicos que exigem das pessoas experiência e competências a serem utilizadas nos postos de trabalho a desempenhar. Num mundo tecnológico em constante mudança, é essencial/necessário se não obrigatório estar a par de novas ferramentas, metodologias e estratégias com intuito de encontrar uma carreira profissional competitiva no mercado de trabalho. Tendo isto em conta, torna-se fulcral, que os alunos de hoje, sejam expostos ou vivenciem a realidade que os espera, desenvolvendo competências para tal, de modo a estarem preparados para as adversidades que encontrarem no quotidiano de suas vidas profissionais.

A intervenção pedagógica decorreu numa escola singular de Guimarães, Escola Secundária Martins Sarmento. O respetivo projeto, foi aplicado numa turma, a qual frequentava uma disciplina prática, Programação e Sistemas de Informação, de um curso profissional do ensino secundário.

No decorrer das aulas observadas, com base nos documentos reguladores do processo de ensino/aprendizagem e em literatura atual e relevante, construi, estratégias de enfoque construtivista. Assim sendo, apliquei a metodologia PBL( Aprendizagem Baseada em Projetos), a qual tinha como objetivo principal, ensinar aos alunos como construir um projeto web. Com este projeto em mãos, pretendi desenvolver nos alunos algumas competências cognitivas, fomentando valores/características/habilidades esperadas pelas empresas do seculo XXI, que privilegiam o pensamento critico e criativo, resolução de problemas, a pesquisa, entre outros, como a autonomia, a colaboração e cooperação na sala de aula de modo a envolver e motivar o aluno para ser um agente ativo na construção das suas aprendizagens.

Palavras-chave: Aprendizagem Baseada em Projetos, (PBL); Competências cognitivas; Construtivismo; Ferramentas cognitivas;

(7)

Mirror student’s future with Project -Based Learning: Develop cognitive skills

Abstract

As civilization evolves there are more opportunities and technological-oriented-jobs that demand both experience and skills to be used and applied to its job roles. In a constant changing technological world it is essential/needed, if not mandatory, to be caught up to new tools, methodologies, and strategies with the goal of finding a competitive professional career on the job market. Taking this into account, it is fulcral today’s students be exposed and experience what is waiting for them, developing the needed skills to be ready to face any adversity they might find on a professional day-to-day basis.

The pedagogical intervention occurred in a singular school in Guimarães, Martins Sarmento High School. This project was implemented in a class’ subject, Programming and Information’s Systems, from a professional course of high school.

During classes’ observations, based on the documents regulating the teaching/learning process and on current and relevant literature, I constructed strategies of constructivist approach. Thus, using PBL method (Project-Based Learning) which had as its main goal teach student’s how to assemble a web project. With this project I aimed to develop on the students some cognitive skills, emphasizing values/characteristics/skills expected by 21st century companies, who give preference to critical and creative, resolution oriented, and research thinking, amongst others like autonomy, collaboration and cooperation on class to involve and motivate the student to be an active agent on one’s learnings.

(8)

ÍNDICE

1 Introdução ... 1

1.1 Estrutura geral do projeto ... 2

2 Contexto e plano geral de intervenção ... 3

2.1 Contexto de intervenção ... 3

2.1.1 A escola... 3

2.1.2 O patrono ... 4

2.1.3 Cursos Profissionais e a disciplina PSI ... 5

2.1.4 A turma ... 7

2.2 Plano geral de intervenção... 9

2.2.1 A aplicação do construtivismo ... 12

2.2.2 Aprendizagem Baseada em Projetos (Project-Based Learning - PBL) ... 14

2.2.3 Sala de aula invertida (Flipped classrom/learning) ... 15

2.2.4 Competências do século XXI ... 17

2.2.5 Estratégias de E/A... 18

2.2.6 Avaliação do módulo 18... 19

3 Desenvolvimento e avaliação da intervenção ... 20

3.1 Contextualização da intervenção ... 20

3.2 Momento de observação ... 21

3.2.1 Observação “ativa” das aulas ... 22

3.2.1.1 Módulos 14 (Linguagem de Manipulação de Dados) /15 (Linguagem de Definição de Dados) ... 23

3.2.1.2 Módulo 16 (Projeto de Software)... 23

3.2.1.3 Módulo 17 (Opção 1 – Tecnologias de Acesso a Bases de Dados) ... 25

3.2.2 Parte interventiva... 25

3.2.3 Avaliação de projetos do módulo 16... 26

3.2.4 Planeamento do projeto ... 27

3.2.4.1 Plano de intervenção inicial ... 28

(9)

3.3 Momento de intervenção ... 37 3.3.1 Implementação do projeto... 37 3.3.1.1 Aula 1 a 4... 37 3.3.1.2 Aula 5 a 7... 39 3.3.1.3 Aula 8 a 10... 41 3.3.1.4 Aula 11 e 12... 42 3.3.1.5 Aula 13 a 16... 43 3.3.1.6 Aula 17 a 19... 43 3.3.1.7 Aula 20 ... 44 3.3.1.8 Aula 21 ... 44 3.3.2 Avaliação do módulo 18... 45

3.3.3 Avaliação das fichas de trabalho ... 46

4 Conclusões, limitações e recomendações ... 48

4.1 Dificuldades / limitações ... 49

4.2 PBL e os resultados obtidos... 49

Referências bibliográficas ... 51

Anexos... 54

Índice de figuras

Figura 2: Disposição da sala de aula ... 21

Figura 3: Conteúdos a serem lecionados no CFT da disciplina do ME ... 27

Figura 4: Exemplo de um layout... 30

Figura 5: Materiais de apoio na plataforma MOODLE... 36

Figura 6: Estrutura do projeto base com templates ... 38

Figura 7: Dados da base de dados ... 40

Figura 8: Resultado da pergunta 1 ... 46

Figura 9: Resultado da pergunta 2 ... 46

Figura 10: Resultado da pergunta 3 ... 46

(10)

Figura 12: Resultado da pergunta 5 ... 46

Figura 13: Resultado da pergunta 6 ... 46

Figura 14: Resultado da pergunta 7 ... 47

Figura 15: Resultado da pergunta 8 ... 47

Figura 16: Resultado da pergunta 9 ... 47

Figura 17:Resultado da pergunta 10 ... 47

Índice de tabelas

Tabela 1: Módulos em atraso no curso... 7

Tabela 2: Módulos em atraso na disciplina ... 8

Tabela 3: Dificuldades sentidas na disciplina ... 8

Tabela 4: Estratégias E/A... 19

Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos

ESMS – Escola Secundária Martins Sarmento MEC - Ministério da Educação e Ciência IGEC - Inspeção-geral de Educação e Ciência PE – Projeto Educativo

PI – Projeto de Intervenção RI – Regulamento Interno

CPTGPSI - Curso Profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos PAP – Projeto de Aptidão Profissional

PSI – Programação e Sistemas de Informação PBL – Project-Based Learning

UNESCO – United Nations Educational, Scientific, and Cultural Organization E/A – Ensino/Aprendizagem

(11)

1 Introdução

O presente documento representa o relatório de estágio de uma prática pedagógica supervisionada decorrida numa escola singular no centro da cidade de Guimarães, no âmbito do Mestrado em Ensino de Informática, ministrado pelo Instituto de Educação da Universidade do Minho. A intervenção teve lugar no âmbito da disciplina de Programação e Sistemas de Informação (PSI) do 3º ano do Curso Profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas de Informação (CPTGPSI).

O relatório tem como título “Espelhar o futuro dos alunos com Project-Based Learning: Desenvolver competências cognitivas” e foi elaborado segundo as orientações do dossiê de estágio dos Mestrados em Ensino regulados pelo Instituto de Educação. A escolha do tema do Projeto de Intervenção foi baseada na observação das aulas da turma, no diálogo com o Professor Orientador, na análise dos documentos reguladores do processo de ensino/aprendizagem, na interação e diálogo com os alunos durante as aulas, na análise de literatura acerca das vantagens do uso das tecnologias como elemento catalisador do interesse e da motivação, e como forte aliado na construção do conhecimento. Durante o período de observação, verifiquei que algumas ferramentas poderiam representar uma excelente oportunidade para conhecimento e experiência da vida profissional dos alunos. Ferramentas essas, que são muito usadas no mercado de trabalho pelas empresas para desenvolver produtos na área de programação. Além do propósito de atingir e estarem de acordo com os conteúdos e os objetivos pretendidos para a respetiva intervenção. Pela importância das ferramentas utilizadas no contexto empresarial, foram adequados os conteúdos da disciplina por forma a integrar as ferramentas selecionadas no contexto da área web, distribuídas pelas várias utilizações, permitindo aos alunos experienciarem e utilizarem as respetivas ferramentas. Foram respeitados os estilos/métodos de aprendizagem dos alunos, partindo da sua utilização a partir do conhecimento generalizado para o conhecimento mais especializado.

Assim, durante o projeto de intervenção, foram utilizadas, principalmente, as ferramentas BootStrap e JQuery, as quais são bibliotecas para mais fácil o desenvolvimento de projetos Web.

Este tema é bastante pertinente, na medida em que o público-alvo deste projeto pertence ao universo dos cursos profissionais, e estando estes direcionados para a formação de técnicos aptos a ingressarem no mercado de trabalho, procurou-se proporcionar ambientes de aprendizagem que promovessem a formação para o exercício de uma profissão.

Um dos objetivos deste projeto é a aquisição do conhecimento por parte dos alunos das ferramentas utilizadas na aula com intuito de ficarem com experiência de como construir projetos web.

(12)

1.1 Estrutura geral do projeto

Este relatório contém 3 capítulos principais. No capítulo 2 é apresentada uma contextualização da intervenção, onde consta a caracterização da instituição de ensino onde concretizei a intervenção, uma análise ao curso e disciplina em causa, descrevendo de seguida a turma investigada. Descreve-se também o plano de intervenção de um modo geral, explicando as abordagens e métodos usados na implementação do projeto, bem como a enumeração dos objetivos e estratégias implementadas. No capítulo 3 contextualiza-se a intervenção de um modo prático, descrevendo posteriormente os momentos de observação e de lecionação, descrevendo neste último as intervenções feitas, agrupadas pelas ferramentas abordadas. No capítulo 4 apresento as conclusões e limitações da intervenção, mostrando um balanço sobre a intervenção global, cruzando com os resultados obtidos das abordagens aplicadas e mencionando o valor do projeto no desenvolvimento pessoal e profissional.

(13)

2 Contexto e plano geral de intervenção

2.1 Contexto de intervenção

2.1.1 A escola

A intervenção pedagógica terá lugar na Escola Secundária Martins Sarmento (ESMS). É uma escola singular (pois foi, em tempos, Seminário-Liceu) estando situada no centro de Guimarães, cidade histórica e sede de concelho do noroeste do país, na antiga província do Minho. Entrou em funcionamento no ano letivo de 1891/92, em finais do século XIX, com a criação do Pequeno Seminário de Nossa Senhora da Oliveira, tendo apenas o curso geral aberto até ao ano de 1922. Após a implantação da República o Seminário-Liceu foi transformado, logo em 1911, em Liceu Nacional, sendo extinto o curso teológico. A passagem do liceu a “central” permitiu que nele passasse a ser lecionado o curso complementar. O novo liceu central recebeu, desde o início, o nome de Martins Sarmento, facto que ilustra o apreço público pelo arqueólogo vimaranense, que foi uma figura intelectual de proa da cidade, na segunda metade do século XIX, mantendo-se viva a sua obra e a veneração de que era objeto. Tal designação constituía mais um padrão a perpetuar o nome ilustre do notável Arqueólogo Martins Sarmento. A partir de 1928 foram feitas obras de reestruturação nas estruturas de edifícios e material necessário para a intervenção nas aulas. O decreto de 21 de Setembro de 1928 fez voltar o liceu à categoria de “nacional”. Desde então, apenas foi lecionado em Guimarães o Curso Geral dos Liceus, até 1956, ano em que foi restabelecido o Curso Complementar. A Escola Secundária Martins Sarmento apresenta, desde 2010, um novo aspeto, em consequência de ter sido intervencionada.

Quanto à comunidade escolar, em termos de pessoal a escola conta com: 1518 alunos; 142 como pessoal docente; 31 como pessoal não docente. Tem 12 cursos de oferta formativa (4 de cientifico-humanísticos e 8 profissionais). Relativamente às instalações, possui: 45 salas de aulas (todas equipadas com computador e acesso à internet), 10 laboratórios devidamente equipados, (distribuídos por Biologia e Geologia e por Física e Química); 1 biblioteca; 13 salas específicas (3 de informática, 3 de multimédia, 3 de Desenho e Geometria Descritiva, 1 oficina de Multimédia, 1 oficina de Artes e 2 de Educação Especial); 1 estúdio multimédia; 2 Laboratórios, (1 de informática e 1 de robótica).

A comunidade desenvolve durante o ano curricular alguns projetos e clubes como a Rádio Escola, o Liceu TV, a Robótica, Voluntariado Martins Sarmento, o jornal O Pregão, Projeto Nicolinas, Projeto Eco-Escola, o Gabinete de Apoio e Informação ao Aluno (GAIA), Desporto Escolar as Jornadas Culturais.

A ESMS estabelece ainda parcerias com empresas/instituições de vários ramos de atividade como indústria e comércio, informática, multimédia e audiovisuais, instituições de ensino superior e não

(14)

superior, ação social, freguesias, saúde, entre outros. Estes protocolos estabelecidos tem como objetivo “melhorar o domínio social e ambiental; aceder a mais recursos; potenciar o trabalho em rede; desenvolver o capital humano e social; melhorar a eficiência operacional da organização; estimular a inovação organizacional; otimizar a formação e qualificação da comunidade educativa; promover a inserção no mercado de trabalho; melhorar a imagem da escola”. (PE, p.13)

“A avaliação externa das escolas é responsabilidade da Inspeção-geral de Educação e Ciência (IGEC), e esta avaliação decorre da análise dos documentos fundamentais da escola, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas. A ESMS celebrou um contrato de autonomia com o Ministério da Educação e Ciência (MEC), em janeiro de 2014, abrangendo o período 2013 a 2017.Este originou uma avaliação externa em novembro de 2013 por parte da IGEC. A ESMS foi avaliada com Muito Bom, nos três domínios a avaliar sendo eles, Resultados, Prestação do Serviço Educativo e Liderança e Gestão, produzindo um impacto acima dos valores esperados. Foram apontados alguns pontos a serem melhorados sendo que a maior parte já estariam a ser delineados e implementados no decorrer do RI 2014/2018 bem como no PE, com intuito de serem colmatados, como os que se seguem:

 O planeamento estratégico, no âmbito das ações de melhoria do sucesso escolar;  A avaliação sistemática das medidas de promoção do sucesso escolar implementadas;  Os procedimentos de divulgação do projeto educativo na comunidade educativa;  A representatividade da comunidade educativa na comissão de autoavaliação.

2.1.2 O patrono

Francisco Martins de Gouveia Morais Sarmento viveu entre 1833 e 1899, sábio, historiador, arqueólogo e etnólogo, nasceu em Guimarães a 9 de março de 1833 no seio de uma família abastada. Em 1853, com vinte anos de idade, concluiu o Curso de Direito em Coimbra, do qual nunca fez uso. Após a morte dos pais e herdeiro da fortuna da família, Martins Sarmento fixou residência em Guimarães, passando a habitar um prédio do antigo Largo do Carmo que ele mandou construir e onde viria a falecer a 3 de agosto de 1899. Alberto Sampaio, outro ilustre vimaranense seu contemporâneo, considera a obra de Martins Sarmento dividida em três fases distintas: o ciclo romântico, das composições poéticas e literárias; o dos estudos sociológicos e jornalísticos e, finalmente, o ciclo dos estudos históricos e arqueológicos a que deu início em 1874. Em 1882, um grupo dos seus conterrâneos e admiradores da sua obra científica fundava em Guimarães, em sua honra, a Sociedade Martins Sarmento, na qual se

(15)

conserva, atualmente, toda a sua coleção arqueológica, a sua biblioteca privada e todo um conjunto de bens móveis que legou à instituição, juntamente com propriedades rústicas e urbanas para garantia da vida e atividades desta instituição cultural vimaranense. Deixou ainda cerca de 4000 páginas manuscritas sobre os seus estudos e prospeções arqueológicos. Correspondeu-se o sábio vimaranense com muitas das figuras mais ilustres do seu tempo, e o seu nome figura hoje em muitos tratados de arqueologia clássica, sendo considerado como um dos mais notáveis pioneiros portugueses da exploração científica e do conhecimento da cultura dos Castros do Noroeste Peninsular.

2.1.3 Cursos Profissionais e a disciplina PSI

Segundo a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional1 (ANQEP), os cursos profissionais

são um dos percursos do nível secundário de educação, caracterizado por uma forte ligação com o mundo profissional. Tendo em conta o perfil pessoal dos alunos, a aprendizagem realizada nestes cursos valoriza o desenvolvimento de competências para o exercício de uma profissão, em articulação com o sector empresarial local.

Assim sendo, estes cursos têm como objetivos proporcionar aos alunos uma formação profissional inicial e aprendizagens diversificadas, com vista ao prosseguimento de estudos e/ou contribuir para desenvolver competências pessoais e profissionais para exercer uma profissão, e até mesmo privilegiar a oferta formativa que corresponde a necessidades de trabalho local e regional;

O Curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, (CPTGPSI), está inserido na área de educação e formação das Ciências Informáticas, perfazendo um horário de 3100 horas.

Este curso termina com a apresentação de um projeto, designado por Prova de Aptidão Profissional (PAP), no qual os alunos demonstram as competências e saberes que desenvolverem ao longo da formação.

Este curso tem como saída profissional, segundo a ANQEP, o desempenho de tarefas de técnico de gestão e programação de sistemas informáticos. Este profissional, segundo a portaria que regulamenta

(16)

o curso, deve estar apto a “realizar, de forma autónoma ou integrado numa equipa, atividades de conceção, especificação, projeto, implementação, avaliação, suporte e manutenção de sistemas informáticos e de tecnologias de processamento e transmissão de dados e informações”.

A disciplina de PSI é, tal como mencionado no seu programa, voltada para a “aprendizagem de técnicas de programação e desenvolvimento de sistemas informáticos, indispensáveis ao sucesso pessoal e profissional nesta área.”, (Direcção-Geral de Formação Vocacional, 2005, p. 2).

Na mesma página deste documento apontam-se, entre outras, as seguintes finalidades:  Fomentar competências no planeamento e apresentação de soluções informáticas;

 Promover a autonomia, a criatividade, a responsabilidade, bem como a capacidade para trabalhar em equipa;

 Desenvolver a capacidade de análise de problemas reais da área da informática, e ser capaz de desenvolver soluções de software que permitam colmatar as necessidades verificadas;

 Desenvolver a capacidade de estruturar soluções com sistemas de informação adaptados aos problemas reais.

Esta disciplina tem um ciclo de formação de um total de 632 horas, sendo composta por 19 módulos, sendo os últimos três opcionais de entre cinco possíveis.

“A disciplina de PSI tem um carácter predominantemente prático e experimental. Torna-se, por isso, necessário implementar metodologias através de atividades que incidam sobre a aplicação prática e contextualizada dos conteúdos, a experimentação, a pesquisa e a resolução de problemas. Neste sentido, as aulas deverão privilegiar a participação dos alunos em projetos e na resolução de problemas e de exercícios que simulem a realidade”. (Direcção-Geral de Formação Vocacional, 2005, p.4)

Como se pode analisar, as orientações metodológicas sugeridas vão de encontro à teoria construtivista, como também, por exemplo: “o professor deverá adoptar estratégias que motivem o aluno a envolver-se na sua própria aprendizagem e lhe permitam desenvolver a sua autonomia e iniciativa” (Direcção-Geral de Formação Vocacional, 2005, p. 4)

A análise e desenvolvimento de soluções adequadas a problemas reais são apontadas como finalidades da disciplina. Isto propõe, além de uma intervenção da abordagem construtivista, investigação sobre

(17)

metodologias ativas as quais têm como principal objetivo desenvolver as competências dos alunos como se reforçará posteriormente com base no panorama contextual concreto (realidade observada - turma) e em literatura.

2.1.4 A turma

Este projeto de intervenção decorreu na turma do 3º ano do CPTGPSI, na disciplina de PSI. A turma, constituída por 26 elementos, desdobra-se em 2 turnos de 13 alunos em cada turno, sendo todos do sexo masculino. A intervenção teve lugar no segundo turno, sendo replicado para o primeiro, com a certeza de que seriam passados os mesmos conteúdos que foram passados no primeiro, acrescentando o desenvolvimento da experiência e competências no meu papel como professor estagiário na sala de aula.

A turma, (este contexto), foi caraterizada com base em inquéritos feitos aos alunos, conversas com o professor titular e auxilio à observação direta, sendo estes dados recolhidos numa fase de investigação preliminar no decorrer do 1º e 2º período escolar. A idade dos alunos está compreendida entre 16 e 18 anos de idade.

1. Através de inquéritos:

 9 alunos (34.6%) reprovaram pelo menos 1 vez, (em relação ao curso);

 Metade da turma tem módulos em atraso, (em relação ao curso), consoante a seguinte tabela

Nº alunos 4 2 1 3 1 1 1

Nº módulos 1 2 3 4 6 7 8

Tabela 1: Módulos em atraso no curso

 10 alunos (38.5%) pretendem ingressar num curso universitário; 10 alunos (38.5%) pretendem procurar trabalho; 3 alunos (11.4%) pretendem entrar num curso técnico superior,2 alunos (7.6%) ainda não sabem o que irão fazer;1 aluno (3.8%) irá recuperar módulos, (em relação ao curso);

(18)

 Em relação à disciplina:

Nº alunos 1 1

Nº Módulos 1 3

Tabela 2: Módulos em atraso na disciplina

 2 alunos (7.7%) não gostam da disciplina;

 4 alunos (15.4%) não gostam de programar, relativo à disciplina;  Metade da turma estuda fora da aula;

 Dificuldades da turma em relação à disciplina:

Dificuldades Nº alunos

Apenas dificuldades 3

A programar 10

Em perceber que tarefas têm que fazer 5 Em organizar as tarefas para resolver os desafios propostos

8

Tabela 3: Dificuldades sentidas na disciplina

2. Observação Direta:

 Frequentes desvios do trabalho em sala de aula para websites lúdicos e conversas frequentes sobre assuntos não relacionados com a disciplina;

 Uso de auriculares por 4, 5 alunos na sala de aula, estando alguns acima do volume recomendável de audição;

 1 aluno totalmente desassociado aos temas abordados nas aulas, (esporadicamente), às vezes rejeita ajuda quando dada pelo professor. Mostra comportamentos inapropriados e infantis na sua idade e no contexto em que se insere;

 Alguns alunos chegam tarde, (quase em cima do 2º toque);  Uso de linguagem inapropriada na sala de aula;

 Uso de telemóveis;

 Tratar de assuntos externos aos da disciplina, (fazer trabalhos para outras disciplinas, trabalhos de PAP, revisão para testes, etc);

 Idas à casa de banho;

 Desculpas para se ausentar da sala, (“esqueci-me da sacola”, “tenho de ir buscar a pen ao cacifo”, “tenho de ir à casa de banho”);

(19)

3. Troca de impressões com o professor titular:  Não dar tanta teoria, dar mais exercícios;

 Não há alunos de risco, apenas alguns alunos têm alguns módulos em atraso.  Não deixar que se desvaneçam muito (estar distraídos em sites desligados dos conteúdos da aula);

 Fazer mais pressão mas não muito, caso contrário afastam-se;

 Em cada aula definir tarefas específicas a cumprir e apresentá-las aos alunos no início da aula;

 Sempre que alguns alunos tenham as mesmas dúvidas específicas ou gerais explicar no quadro.

 Em todas as aulas gastar uns minutos a orientar os alunos; em que ponto é que ficaram e quais os objetivos a cumprir em cada aula.

 Caso esteja a ver que os alunos estejam atrasados posso passar partes de código no projetor para ser mais simples para eles entenderem.

2.2 Plano geral de intervenção

Com base nos dados recolhidos, juntando as informações anteriormente analisadas nas várias partes envolventes do contexto descrito anteriormente, (escola, cursos profissionais, disciplina), foi possível delinear um plano de intervenção inicial, adequado ao contexto, seguindo as diretrizes do plano interdisciplinar. Neste plano foram definidos objetivos e estratégias de Ensino/Aprendizagem, (E/A), que pusessem o aluno no centro das atividades a desenvolver, fazendo com que “utilizassem as suas capacidades no seu todo”.

Este plano foi várias vezes reestruturado com base nas capacidades dos alunos da turma e o tempo de lecionação inicialmente estipulado, o qual seria pouco, caso se continuasse com o mesmo plano de ação.

O comportamento de alguns alunos não é de todo, um exemplo de modelo de um aluno exemplar a estar dentro de uma sala de aula, a respeito de atos de ofensa verbal ou mesmo física, considerando “em situações de brincadeira”. Tendo consciência de que somos todos diferentes tendo diferentes gostos e capacidades, tendo diferentes personalidades, é fulcral perceber cada aluno e entender/procurar a

(20)

melhor forma de reensinar outras perspetivas de abordar situações semelhantes, para que este se supere a si mesmo nas situações anteriormente encontradas, ajudando a viver em sociedade.

“Desenvolver esta atitude de empatia, na escola, é muito útil para os comportamentos sociais ao longo de toda a vida.” (Unesco - Um tesouro a descobrir, p.98)

As instituições educativas devem formar bons cidadãos da sociedade para que esta se desenvolva a ela mesmo e seja melhorada. Assim, cabe ao professor adaptar a melhor estratégia para que o aluno adquira as competências necessárias para desempenhar tarefas não só profissionalmente mas também para se formar como pessoa, pois “Um dos principais papéis reservados à educação consiste, antes de mais, em dotar a humanidade da capacidade de dominar o seu próprio desenvolvimento”.(Unesco - Um tesouro a descobrir, p.82)

“I hear and I forget. I see and I remember. I do and I understand.” - Confucius

Tal como os filósofos de séculos passados o diriam/praticavam, quanto mais o envolvimento do individuo nas tarefas a serem feitas, maior a probabilidade de adquirir os conhecimentos.

Para uma melhor aquisição do conhecimento do aluno a partir do professor ou de outra via, como cursos b-learning, metodologia flipped learning, é importante envolver o mais possível o aluno nas atividades das tarefas destinadas a desenvolver/resolver para que não se torne agente passivo e os conteúdos fiquem bem assimilados por estes.

Com isto pretendo seguir os objetivos do Projeto de Intervenção, (PI) - (2017-2021), a serem implementados pelo diretor de escola quando afirma que “Queremos uma escola onde as pessoas estejam no centro de todo o processo educativo (…).Pensamos assim contribuir para o desenvolvimento pessoal, cultural, social e cognitivo de todos: juntos a formar pessoas competentes para a sociedade.” (PI, p.19)

Além disto, dado que muitos dos alunos que terminam o curso profissional têm como objetivo o início da sua carreira profissional no mercado de trabalho e sendo o foco principal dos cursos profissionais preparar o aluno para o mercada de trabalho, torna-se fulcral, dotá-los de competências e habilidades esperadas pelas empresas do século XXI.

(21)

O tema subjacente a este projeto de intervenção pedagógica, implica uma abordagem “Project-Based Learning”, (Aprendizagem Baseada em Projetos, PBL). Neste processo, os alunos criaram um projeto Web, com um tema aplicado em contexto de trabalho, com auxílio de ferramentas cognitivas, “… para fomentar e promover a qualidade de pensamento diversificado nos alunos.”, (Jonassen D. H., 2007, p.15). Esta abordagem visou propor a resolução de um projeto de mercado de trabalho com intuito de motivar os alunos na aprendizagem de conceitos e desenvolver as capacidades de cada um, com intuito de lidarem melhor no desafio de obstáculos encontrados no quotidiano de suas vidas.

“Project-based learning … gives students the opportunity to gain a deep understanding of concepts and potentially allows them to solve the society’s problems”.

(Moalosi Richie, 2012, p.30)

Tendo em conta a importância dos trabalhos dos projetos como área pertinente na evolução na carreira do aluno e para a carreia profissional e o fruto das competências adquiridas com o desenvolvimento dos projetos, foi dado como título de projeto: Espelhar o futuro dos alunos com Project-Based Learning: Desenvolver competências cognitivas.

Objetivos

Com uma observação regular aos alunos, no decorrer das aulas, sempre me questionei como os motivar na construção de conteúdos web, com PBL. Com esta ação, pretendi encontrar novas formas que os fizessem estar envolvidos nos conteúdos a lecionar de maneira que alcançassem os objetivos de aprendizagem pré-definidos, de uma forma que lhes agradasse. Com esta intervenção, os alunos ficariam com uma visão de que estratégias e fases deveriam seguir para elaborarem um projeto real.

Objetivos gerais:

 Dar a conhecer conceitos e ferramentas para desenvolver projetos web;  Ser uma forma facilitadora de aprenderem a programar: aprender, fazendo;

 Motivar e desenvolver competências cognitivas, indicando projetos relativos ao gosto de cada um, com intuito de se empenharem num tema que gostassem;

(22)

Estratégias de investigação

Quanto à investigação, após as observações feitas e diálogos com alunos acerca de ferramentas usadas em projetos anteriores, procurei investigar metodologias e abordagens que pusessem o aluno no centro das atividades e conseguissem aplicar um impacto mais positivo na formação/vida dos alunos. Naturalmente que se quis contrariar as aulas tradicionais/convencionais em que o professor expunha os conteúdos e o aluno ouvia.

Assim sendo, optei pela abordagem PBL, como anteriormente referido, num ambiente de aprendizagem centrado no aluno.

Investiguei também diversas ferramentas e quais as suas vantagens ao serem usadas para desenvolvimento de projetos web como também as próprias competências/habilidades a serem alcançadas durante a construção do projeto apoiando-me numa abordagem mais construtivista, inseridas na abordagem PBL.

Este modelo de abordagem foi escolhido pois a meu ver, transpõe para a escola, sala de aula, o que os alunos terão de fazer fora da escola, preparando-os melhor para a função a desempenhar futuramente na área escolhida por estes.

2.2.1 A aplicação do construtivismo

"… a principal inovação da prática pedagógica foi formulada por Jean-Jaques Rousseau (1712-1778). Esse autor deslocou o centro do processo de aprendizagem do docente e dos conteúdos, para as necessidades e interesses dos educandos." (Lima VV, 2017, p.423)

Apesar das origens serem no século XVIII a mudança refletiu-se no final do século XIX e início do XX. Na luta contra o "ensino tradicional", o construtivismo tem vindo a ser investigado/utilizado mesmo antes de 1970, no ensino ativo na renovação da educação/escola. Segundo Mario Carretero, "Dessa maneira, pretendíamos formar críticos e autônomos", (p.VIII, 1997).

O construtivismo teve várias influências, de entre as quais contribuíram Jean Piaget, Lev Vygotsky, Henri Wallon, David Ausubel e a Psicologia cognitiva. Estando Piaget ligado fortemente à Epistemologia e

(23)

Psicologia, teve influências na Educação, trabalhando numa instituição genebrina voltada à educação e à pesquisa psicológica e educacional (Instituto Jean-Jacques Rousseau);foi diretor do Bureau International d’Éducation, entidade ligada à Unesco, onde teve a oportunidade de acompanhar e comentar pesquisas e programas educacionais de vários países.

"E, ao que parece, a conclusão a que chegou concordava com a necessidade de uma mudança educacional, inclusive mudança de foco, que passou a incidir na criança, e não mais na figura do professor." (Cilene Ribeiro;Sá Chackur, 2015, p.42)

David Ausubel contribuiu com a teoria da assimilação, em que os alunos aprendem novos conhecimentos relacionando-os com conhecimentos adquiridos anteriormente.

Lev Vyghosky contribuiu com o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal onde considera que o aluno aprende mais facilmente numa interação social com outros, ao invés de individualmente, fazendo uso da colaboração, debates entre grupos, entre outros.

Henri Wallon estudou o papel das emoções bem como o impacto no desenvolvimento da criança, as quais estabelecem uma ligação entre a criança e o educador.

"Wallon’s claim that emotions matter in child development and form a legitimate subject for study is now generally accepted. Many researchers have underlined the importance of children’s first emotions (e.g. Bowlby, 1969; Bradley, 1989; Stern, 1985) and have argued that emotions are inextricably linked to cognition (e.g. Damasio, 1994; Frijda, 1986)."

(24)

Alguns princípios do construtivismo, segundo Mario Carretero, (1997, p.9):  Partir do nível de desenvolvimento do aluno;

 Possibilitar que os alunos realizem aprendizagens significativas por si sós;  Procurar que os alunos modifiquem seus esquemas de conhecimento;

 Estabelecer relações ricas entre o novo conhecimento e os esquemas de conhecimento já existentes.

2.2.2 Aprendizagem Baseada em Projetos (Project-Based Learning - PBL)

A abordagem a ser implementada, já vem sido testada há mais de 3 décadas, dá pelo nome de Project-Based Learning (PBL). Com esta abordagem os alunos estarão expostos a um projeto real a concluir, tendo para isso de planear ou seguir as fases existentes num projeto, questionar-se se é a melhor forma de resolver os problemas encontrados, debater ideias, analisar e selecionar a informação correta quando feitas pesquisas para solucionar obstáculos encontrados.

“students going through an extended process of inquiry in response to a complex question, problem, or challenge. While allowing for some degree of student “voice and choice,” rigorous projects are carefully planned, managed, and assessed to help students learn key academic content, practice 21st Century Skills (such as collaboration, communication & critical thinking), and create high-quality, authentic products & presentations).”

(Buck Institute2i)

O projeto a ser implementado será dividido em várias fases, estando cada uma relacionada com um tópico dos conteúdos a ser lecionado.

É certo que para implementação de um projeto aplicando PBL, deveriam ser formadas “equipas”, neste caso alunos. No entanto, tendo em conta que cada aluno deveria entregar o seu próprio projeto, cada um teve que desenvolver o projeto individualmente, fazendo tarefas delineadas nas fases intervenientes do projeto.

(25)

2.2.3 Sala de aula invertida (Flipped classrom/learning)

Segundo o inquérito inicial realizado, metade da turma estudava fora da disciplina. Tendo acesso à internet e estando os materiais de ensino disponíveis na plataforma MOODLE, os alunos poderiam facilmente progredir na resolução das tarefas se assim o desejassem, apoiando-se em alguns Sistemas de Gestão de Aprendizagens, (LMS - Learning Management System), existentes, neste caso MOODLE, bem como em ferramentas de comunicação instantânea, para esclarecimento de dúvidas ou mesmo resolução nas tarefas existentes no projeto entre alunos.

Tendo o mesmo principio que o PBL, Flipped learning3 é uma metodologia centrada no aluno, mantendo

uma aprendizagem ativa do aluno durante a aula na execução/prática de exercícios sobre os temas abordados virtualmente fora da aula.

Esta metodologia, Flipped Learning4, assenta em 4 pilares básicos, sendo eles:

 Ambiente flexível, (Flexible environment): Os espaços de aprendizagem são alterados consoante o nº de alunos, quer sejam em grupo ou estudo individualizado, ou mesmo o assunto a abordar;

 Auto aprendizagem valorizada, (Learning culture): No decorrer do tempo de aula, a atenção é centrada no aluno criando oportunidades para esclarecer dúvidas ou aprofundar os conhecimentos acerca do tema estudado/ a exercitar, que tenham valor para o aluno;

 Vários conteúdos, (Intentional content): O professor, segundo as dúvidas do respetivo aluno, sugere material de ensino e ferramentas que o aluno deva explorar para solucionar os obstáculos e aprofundar as dúvidas;

 Professores profissionais, (Professional Educators): O professor, numa observação atenta, fornece feedback aos alunos no momento de dúvidas, prestando auxílio no decorrer da aula, sendo mais tolerantes a possíveis criticas e alguma azáfama existente no debate/diálogo entre alunos;

3 Criado por Jonathan Bergmann e Aaron Sams, na década de 2000, (

(26)

São várias as ferramentas5 possíveis de serem utilizadas pelos professores para criação e passagem dos

conteúdos abordados nas aulas.

“In order to apply flipped classroom model it is not necessary to be a professional video producer, it is possible to use any source that explains the subject (PDFs, recorded sounds, websites).” (Ozdamli, F. & Asiksoy, G., 2016)

Com acesso aos conteúdos abordados nas aulas, os alunos poderiam trabalhar no projeto fora destas, adiantando as tarefas planeadas, ficando assim as aulas destinadas à resolução de dúvidas ou aprofundamento do conhecimento e prática das ferramentas utilizadas. Com esta abordagem, também seria possível passar os temas abordados num tempo de lecionação menor.

(27)

2.2.4 Competências do século XXI

Um pouco por todo o globo6, desde universidades da Ásia7 e Africa8, passando pelas Américas, e

organizações presentes na europa, todos consideram as seguintes competências representadas na imagem a seguir.

Figura 1: Competências do século XXI

Fonte: https://widgets.weforum.org/nve-2015/content/exhibits/02.svg

Na construção de projetos, através de metodologias ativas como PBL, os alunos desenvolveram algumas competências presentes na imagem acima, preparando-os para a vida além da escola.

As principais competências a serem focadas foram o pensamento crítico, a criatividade, comunicação e a colaboração, bem como outras associadas ao envolvimento social.

6 Canadá: https://www.kslaring.no/pluginfile.php/57624/mod_page/content/1/21stCentury%20Competencies.pdf 7 Ministério da Educação de Singapura: https://www.moe.gov.sg/education/education-system/21st-century-competencies

(28)

É certo que devido ao tempo e ao número de competências não será possível desenvolve-las todas, estando o projeto focado apenas em algumas, a enumerar e explicação presentes com mais detalhe na descrição na 2ª parte do relatório, Desenvolvimento e avaliação da intervenção.

2.2.5 Estratégias de E/A

Na tabela a seguir, constam os objetivos e estratégias de ação inicialmente planeados para levar a cabo o projeto de intervenção, assim como os instrumentos a utilizar e resultados a obter.

Objetivos Estratégias Instrumentos Resultados a obter

Dar a conhecer conceitos e ferramentas para desenvolver projetos web;  Observação do trabalho dos alunos, para verificar o nível de conhecimentos de ferramentas das aulas;  Diálogo com os

alunos;

 Folhas;  Questionário;

 Forms, para recolher informação acerca de ferramentas.  Conhecimento de ferramentas anteriormente usadas;  Mobilização de conhecimentos sobre ferramentas utilizadas.

Ser uma forma facilitadora de aprenderem a programar: aprender, fazendo;  Utilizar o mínimo de apresentações multimédia;  Dotar os alunos de informações relativas às camadas de aplicação, ide e framework.  Registos do professor;  Resultados de questionários;

 Reflexão sobre a eficácia das estratégias e sobre o plano de intervenção;  Observação do progresso do aluno e do nível de autonomia na conclusão de atividades;  Certificar-me que o aluno utiliza as ferramentas e informações simples sobre a sua utilização,

prestadas pelo

professor;

 Aferir a sua utilização e os resultados esperados Motivar e desenvolver Competências cognitivas, indicando projetos relativos ao gosto de  Dialogo com os alunos, para identificar os seus reais interesse e áreas de motivação;  Identificação

individual de projetos

 Elaboração de fichas de trabalho relativas aos conteúdos do programa para criação de páginas web;

(29)

cada um, com intuito de se empenharem num tema que gostassem; de grande interesse do aluno;  Potenciar estratégias que vão de encontro aos interesses dos alunos, articulando com os com os conteúdos a abordar;  Pesquisa e seleção de soluções na internet;  Realização de um projeto final;

 Avaliação dos resultados das aprendizagens;

 Mostra e discussão de projetos à turma.

Tabela 4: Estratégias E/A

2.2.6 Avaliação do módulo 18

Em relação à avaliação foi uma avaliação contínua, recorrendo à observação das aulas, das tarefas elaboradas pelos alunos bem como a sua interação nos conteúdos a lecionar, tendo ainda em conta os critérios de avaliação da disciplina, (Anexo 5). No final do módulo, foi avaliado o projeto prático feito por cada aluno, tendo em conta os objetivos pré estabelecidos para o desenvolvimento do respetivo projeto. Poderia ainda ser feito um teste escrito para comprovar que os conhecimentos por parte dos alunos foram adquiridos.

(30)

3 Desenvolvimento e avaliação da intervenção

Neste capítulo será apresentada uma contextualização da intervenção. Após a descrição do planeamento e conceção do projeto, descrever-se-ão as atividades realizadas ao longo das aulas, agrupadas pelas ferramentas que foram abordadas nas respetivas aulas, bem como os resultados alcançados pelos alunos. Estas serão juntamente apoiadas na literatura da investigação anteriormente pesquisada. Como conclusão será exposta a avaliação do processo de intervenção.

3.1 Contextualização da intervenção

Após ter-me dirigido à escola para conhecer o orientador, foi-me mostrado e explicado os mapas anuais de aulas, tempos, cursos, módulos e turmas a que o Prof. Manuel Rodrigues, lecionava. De entre os cursos/módulos apresentados escolhi um módulo de programação. Este módulo pertencia à disciplina Programação e Sistemas de Informação, (PSI), lecionada a uma turma do 3ºano de um curso profissional, designada 3GPSI, com 26 alunos, dividida em dois turnos. De seguida foi-me apresentada a turma destinada a ser feita a observação e intervenção, bem como o horário de funcionamento. Relativamente à carga horária da disciplina, esta contemplava 6 blocos semanais de 90 minutos, sendo a sua distribuição feita, com 2 blocos às terças/quintas-feiras de manhã, das 10h10m às 13h25m, e 4 blocos às sextas-feiras, das 8h25m às 13h25m e das 16h20m às 17h50m, sendo que neste dia os turnos alternavam o horário, para não serem sempre o mesmo turno a entrar e sair no 1º e último respetivo tempo de aulas.

Quanto ao módulo onde fiz a minha intervenção prática, foi no módulo 18: “Ferramentas de Desenvolvimento de Páginas Web”. Este seria lecionado em 30 horas, supostamente a iniciar em meados de março e com termino em finais de abril de 2018.

Os 4 respetivos módulos anteriores ao da intervenção seriam destinados a serem observados para minha aprendizagem, estudo dos conteúdos e preparação da intervenção.

(31)

Disposição dos lugares ocupados na sala de aula.

Figura 2: Disposição da sala de aula Fonte: Própria

3.2 Momento de observação

Esta fase teve início em meados de outubro de 2017 e prolongou-se no decorrer do 1.º e 2.º período, até finais de março de 2018.

Ensino colaborativo (co-teaching)

No final da 2ª semana o Prof. Manuel Rodrigues sugeriu que tivesse uma participação mais ativa durante as aulas, deixando de estar simplesmente a observar sentado e de modo passivo, fazendo assim uma observação-participante. Com isto, os alunos foram alertados para o facto de que desde aquele momento até ao final do ano, teriam não 1 mas 2 professores dentro da sala de aula. Assim sendo, eu também ficaria responsável pelos seus alunos e poderia intervir para auxílio de dúvidas por parte destes ou complemento de ideias durante exposição de conteúdos. Também poderia intervir noutros pontos essenciais, como alerta de comportamentos ou manutenção de equipamento informático.

(32)

Como as aulas são bastante práticas, houve sempre tempo no decorrer destas para debater e dialogar sobre os conteúdos, tarefas, estratégias delineadas e possíveis de serem melhor implementadas na turma. Além de trocas de ideias, utilizei a ferramenta MOODLE da escola, onde me foi concedido acesso para gestão dos conteúdos a lecionar, estando assim ao corrente dos temas/ferramentas e conteúdos que iriam ser lecionados nas próximas aulas pelo Prof. Manuel Rodrigues.

3.2.1 Observação “ativa” das aulas

O período de observação, iniciado em meados de outubro, permitiu-me recolher dados importantes para posteriormente poder construir o projeto a ser implementado. Durante os períodos letivos 1 e 2 pude observar, interagir, orientar os alunos registando apontamentos acerca dos mesmos, como critérios de avaliação de componente cívica (Anexo 5), como também aspetos desde personalidades, comportamentos de grupos entre colegas, atitudes entre outos pontos importantes como dificuldades. Estas ações foram cruciais para uma melhor compreensão dos alunos e familiarizar-me na sala de aula, no que diz respeito ao papel de professor. Quanto à observação do Prof. Manuel Rodrigues, anotei estratégias de ensino e metodologias implementadas na sala de aula. Também trocamos ideias ao longo do ano letivo sobre métodos de como lecionar os conteúdos mediante a faixa etária/comportamento de alunos de cursos profissionais.

A seguir são descritas algumas partes de aulas ocorridas de modo a compreender os alunos da turma, estratégias de sala de aula pelo Prof. Manuel Rodrigues, bem como os modos de interação com e entre alunos.

Todas as semanas houve interação da diretora de turma, nas aulas, para relembrar os alunos das suas obrigações relativas ao projeto de final de curso, Prova de aptidão Profissional, (PAP). Foi necessário intervir pois a maioria dos alunos não enviavam a documentação exigida para os devidos responsáveis, quer fossem orientadores ou órgãos de direção. Outros assuntos como preparação das apresentações intermédias da PAP.

(33)

3.2.1.1 Módulos 14 (Linguagem de Manipulação de Dados) /15 (Linguagem

de Definição de Dados)

Neste módulo foram abordados conteúdos de Base de Dados relacionais, usando a ferramenta MySQL. Recorreu-se à linguagem SQL para ensinar as instruções para a construção de uma Base de Dados. Vulgarmente designado por DML (Data Manipulation Language). Estas aulas foram dedicadas à resolução da ficha nº2 de SQL sobre Linguagem de Manipulação de Dados. Os alunos resolveram pacificamente os exercícios pretendidos. Alguns alunos entreajudaram-se na solução das alíneas da ficha de trabalho. Desde cedo notou-se que os alunos não estavam totalmente focados na resolução dos exercícios, visto verificarem o telemóvel regularmente, ou navegarem em sites lúdicos, ocasionalmente.

Sendo o 1º tempo da manhã, sexta-feira, geralmente a maior parte dos alunos chegavam sempre tarde, independentemente do turno, entre 10 a 15 minutos de atraso, a maior parte das desculpas deviam-se ao atraso dos transportes públicos. Neste dia de aulas, foram apresentados e explicados conteúdos sobre instruções de manipulação de dados da base de dados recorrendo à linguagem PHP, mais precisamente Triggers e Stored Procedures. De seguida foram feitos exercícios sobre os conteúdos abordados relacionados com as fichas anteriores.

Neste módulo, 15, foram passados conteúdos da 2ª parte do tema de Base de Dados relacionais, continuação da 1ª parte do tema do módulo anterior, módulo 14, (DDL-Data Defenition Language). De seguida iniciou-se a resolução de exercícios referentes aos conteúdos lecionados bem como a resolução de uma ficha de projeto: Desenvolvimento do modelo E-R e esquema físico da ficha de projeto anterior.

3.2.1.2 Módulo 16 (Projeto de Software)

A iniciar em meados de novembro, este módulo, baseou-se no desenvolvimento de um projeto web. Ficou definido fazer um “projeto dos munícipes”, onde era feito a gestão dos respetivos munícipes e registo de queixas ou falhas existentes nas freguesias para posteriormente serem melhoradas/reparadas.

Numaa terça-feira, a aula começou com a exposição e explicação de conteúdos relacionados com estabelecimentos de conexões a uma Base de Dados MySQL, através da linguagem de programação PHP.

Alguns alunos têm vindo a expor algumas queixas das dificuldades encontradas no estágio acerca de algumas ferramentas utilizadas nos projetos das empresas. Estando o professor titular consciente das mesmas, foi dando algumas soluções possíveis que os alunos devessem executar para ultrapassar a

(34)

interessante, até para ser diferente e para não ser desmotivador, os alunos instalarem e configurarem uma framework PHP: Laravel.

Na última semana do 1º período, sendo uma semana com atividades culturais e a última de aulas, em dezembro, os alunos andaram mais irrequietos, pois uma parte estiveram inseridos em algumas tarefas da semana cultural, não podendo estar presentes nas aluas Nestas aulas, os alunos ocuparam-se do desenvolvimento do projeto, especificamente da parte da autenticação de utilizador, da formatação da aparência do site, recorrendo a estilos presentes na framework w3schools dos respetivos menus do site. Foram também abordados temas a serem implementados no projeto como instruções à base de dados, fazendo uso de instruções da linguagem de programação PHP: Prepare Statement.

No início do 2º período escolar, como a maioria dos alunos estavam atrasados na construção do projeto de curso, PAP, algumas aulas foram dedicadas ao respetivo assunto.

Como alguns alunos não tinham documentação em dia em relação à PAP e depois de vários avisos sistemáticos por parte da diretora de turma durante os 2 meses anteriores, 2 a 3 aulas foram direcionadas para trabalharem na PAP. Alguns projetos dos alunos teriam de ser revistos, pois o tema era muito vulgar, estando vários alunos a desenvolver um sistema de informação de lojas de informática. Sendo assim, houve um debate de ideias entre professores, (eu e o Prof. Manuel Rodrigues), e os alunos, de maneira a criar projetos mais interessantes que fossem diversificados, possíveis de serem implementados. Neste sentido foi aconselhado aos alunos que implementassem algo com interação mobile. Assim sendo, algumas aulas direcionaram-se para a pesquisa de componentes e preços de placas arduino, destinado a projetos PAP, pesquisando métodos e formas de relacionar este novo objeto aos projetos a implementar.

Outra atividade de uma aula foi pesquisar frameworks web e mobile, inseridas no mercado de trabalho que valessem a pena serem estudadas e investigadas com intuito dos alunos poderem aprender a usa-las e criarem novos produtos, (como aplicações para a área da restauração ou para a indústria farmacêutica).

No decorrer deste módulo, fiz algumas alterações à disposição de lugares dos alunos, de forma a haver menos distrações entre colegas, aumentando assim a produtividade e capacidades dos alunos. Havendo material informático disponível não faria sentido estarem dois alunos num só computador, dando oportunidade a conversas alheias aos assuntos da aula.

No início de fevereiro de 2018 houve 2 aulas destinadas à apresentação dos projetos do módulo, finalizando o módulo 16.

(35)

3.2.1.3 Módulo 17 (Opção 1 – Tecnologias de Acesso a Bases de Dados)

Neste módulo, com inicio em meados de fevereiro, foi iniciado numa das aulas com a apresentação de um projeto PAP, de três alunos intitulado ”Águas do Norte”, apresentado à turma GPSI do 3º ano. O objetivo deste módulo consistiu na aprendizagem da linguagem Java e Xml (programação mobile), recorrendo à ferramenta Android Studio. No final do projeto os alunos teriam de entregar um conjunto de exercícios feitos durante as aulas, seguindo para isso um manual de Android onde continha instruções e exemplos de utilização dos vários componentes inseridos na framework de um sistema Operativo.

Houve uma aula dedicada à construção das apresentações de PAP. As apresentações intermédias eram à tarde e alguns alunos ainda estavam a preparar as apresentações e organizar os materiais necessários á mesma

Após esta aula deu-se continuidade à resolução dos exercícios do manual de Android.

3.2.2 Parte interventiva

Devido à ausência do Prof. Manuel Rodrigues, por problemas de saúde durante sensivelmente 10 dias e para os alunos não mudarem de professor, já que me conheciam, e com a aprovação da direção da escola, eu estive responsável, pelos alunos nas aulas dos dias 18 a 30 de janeiro de 2018. Esta experiência foi benéfica pois estive sozinho numa sala a orientar os alunos na continuação das tarefas do projeto do módulo 16.

Relativamente à construção do projeto, o objetivo seria construir uma aplicação Web com auxílio da linguagem de programação PHP e MySQL como SGBD, como referido anteriormente.

Desde cedo reparei que os alunos, a maior parte deles (50 a 60%), sentiam-se desorientados, não sabendo que tarefas teriam de executar/fazer para elaborar o projeto. Após vaguear pela sala e perguntar aos alunos se sabiam o que fazer, conclui que nenhum aluno tinha uma descrição das tarefas que tinha de seguir para concluir o projeto.

Ao orientá-los, quando me chamavam ou ia ver em que ponto do projeto estavam, perguntava ao aluno basicamente as seguintes perguntas:

 Em que ponto ia no projeto?;  O que já fizeram?;

 Que tarefas lhe falta fazer para concluir o projeto?;  Se está com dificuldades? Ou quer ajuda?.

(36)

Quando chamavam para tirar dúvidas específicas como: "Professor como ponho limites de carateres na password?". Ao invés de dar a resposta imediata, levava os alunos num segmento de perguntas de forma a pensarem por eles mesmos com intuito de chegarem a uma solução. Por vezes Indiquei formas de pesquisa que o aluno executou para encontrar possíveis soluções, num motor de busca, uma das quais a correta; Indiquei sites de referência, como w3schools.com, onde podiam encontrar informações e exemplos concretos e mais fidedignos sobre o obstáculo a ultrapassar. Com estas ações quis que os alunos adquirissem autonomamente formas de solucionar os obstáculos encontrados.

“… Introduzir, nas aulas, técnicas de estudo perdendo tempo a ensinar os alunos a estudar já que o enfoque deve residir no como aprender e não tanto no que aprender. (…) ensiná-los a localizar a informação importante e a destaca-la para depois a utilizar. ” (Sanches, Isabel Rodrigues, p. 68/69)

3.2.3 Avaliação de projetos do módulo 16

Esta avaliação de projetos foi relativa ao módulo 16. Foi dividida em diferentes cotações sendo 25% do Prof. Manuel Rodrigues, outros 25% de minha responsabilidade, correspondendo à minha intervenção e uma pequena cotação da autoavaliação de cada aluno. Além do projeto também foi avaliado um relatório do respetivo projeto. Esta ação foi desencadeada para preparar os alunos na construção do relatório intermédio e final do projeto da PAP.

Esta avaliação dos projetos também teve intuito de comprovar a forma como eu iria avaliar e atribuir as respetivas notas e justificações de cada projeto e relatório dos alunos.

A partir das duas últimas aulas, aulas de apresentação de projetos, fui recebendo os projetos dos alunos na plataforma MOODLE. Nem todos os alunos entregaram, ou porque se esqueceram ou porque não era a última versão do projeto, entre outras razões.

Construi uma tabela base numa folha de cálculo para aferir as funcionalidades, onde separei as várias partes intervenientes na avaliação da construção global do projeto, sendo algumas as seguintes:

 Base de Dados: (Estabelecimento de conexões, tabelas/campos e relacionamentos);  Sistema de autenticação;

 Registo de munícipes/utilizadores/funcionários, (operações CRUD);  Registo de queixas;

(37)

De seguida, por cada secção acima descrita, atribui uma nota de 0 a 20 mediante a complexidade da tarefa e a resolução da mesma por parte do aluno.

Após esta avaliação, efetuei o mesmo processo de avaliação para o relatório do projeto de cada aluno. No relatório delineei os tópicos que os alunos deveriam redigir bem como o nível de descrição dos pontos a cobrir.

No final das avaliações feitas e diálogo com o Prof. Manuel Rodrigues, este constatou que as atribuições de notas dos elementos de avaliação, feitas por mim, estavam dentro do intervalo por ele esperado a cada aluno.

3.2.4 Planeamento do projeto

Após a recolha de dados sobre as várias partes intervenientes do meio escolar, como a escola, o pessoal funcionário, comunidades escolar, analisei o material dos critérios e objetivos que tinham de ser lecionados no respetivo módulo da disciplina. Analisei também, o documento do programa de CFT da disciplina PSI disponibilizado pelo ME da DGFV versão 2005. O módulo 18 a ser lecionado foi a opção 5, Ferramentas de Desenvolvimento de Páginas Web, num tempo estimado de 30 horas. Relendo os objetivos da aprendizagem e âmbito de conteúdos, fui investigando ferramentas, conteúdos para articular com os objetivos propostos e de acordo com os conteúdos do módulo, definindo também estratégias e os respetivos processos que deveria fazer para delinear o plano do projeto, em inícios de novembro.

Figura 3: Conteúdos a serem lecionados no CFT da disciplina do ME Fonte: Referencial da disciplina do ME

(38)

Sendo um curso profissional, faz todo o sentido que os alunos utilizem ferramentas idênticas se não as mesmas que se utilizam nas empresas. Assim sendo, achei interessante que os alunos aprendessem a fazer projetos da mesma forma como se faz numa empresa. Após algumas conversas com os alunos percebi que quase ninguém, estando a frequentar um curso profissional, ainda não tinham trabalhado com as principais ferramentas que se utilizam nas empresas para construir projetos web.

Seria uma excelente forma de dar a conhecer ou que ficassem com uma noção de como construir um site como no mercado de trabalho se faz. Com isto, torna-se importante desenvolver no aluno capacidades/habilidades que o esperam a ser correspondidas no mundo profissional. Assim sendo, solicitei que os alunos estivessem envolvidos em tarefas contextualizadas com a realidade e interesse dos mesmos, com o intuito de adquirir os conhecimentos pré-estabelecidos bem como aquisição de competências já citadas anteriormente, necessárias ao seu futuro profissional.

Para permitir uma aprendizagem centrada no aluno, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento das capacidades dos alunos e à aquisição dos conhecimentos, planeei para este projeto de intervenção a utilização de metodologias apoiadas na abordagem Project-Based Learning, (PBL), a qual na minha opinião encaixa bem no contexto e currículo a ser implementado.

Como poucos alunos necessitavam de aprender a trabalhar com uma framework, pois utilizavam no estágio profissional, pensei logo em aplica-la no conteúdo a lecionar e tracei um planeamento inicial da estrutura dos conteúdos a serem dados que cobrissem os objetivos do módulo.

3.2.4.1 Plano de intervenção inicial

A intervenção foi aplicada no decorrer do 18º módulo da disciplina – Ferramentas de Desenvolvimento de Páginas Web. Esta teve início em meados de março de 2018 com término em abril do mesmo ano. No início do módulo foi realizada uma avaliação diagnóstica, divulgando um questionário com perguntas acerca da disciplina e da matéria relacionada, com intuito de perceber quais os conhecimentos dos alunos e seus objetivos na disciplina em causa. Na estratégia de intervenção foi usada a abordagem PBL- Project-Based Learning. Após o questionário inicial, os alunos escolheram um de entre vários temas dos projetos à escolha, ou poderiam anunciar um tema que quisessem elaborar conforme os seus gostos. Para desenvolver o projeto, construção de conteúdos web, foram utilizadas ferramentas para auxiliar o desenvolvimento do projeto, como refere Jonassen. “As ferramentas cognitivas são ferramentas informáticas adaptadas ou desenvolvidas para funcionarem como parceiros intelectuais do aluno, de modo a estimular e facilitar o pensamento crítico e a aprendizagem de ordem superior.” (Jonassen D.

(39)

H., 2007, p.21) Uma framework, como CodeIgniter9 ou CakePHP10, seria utilizada para desenvolver a

parte principal do projeto, utilizando a linguagem de programação PHP. Como Ferramenta de Sistema de Gestão de Base de Dados irá ser usado o MySQL. Para se auxiliarem na construção do aspeto do projeto recorrer-se-ia ao HTML, CSS e Bootstrap. Para criação de alguns eventos e interações com os utilizadores do site criado, foi usada a ferramenta JQuery, muito usada na elaboração de projetos, com apoio à Linguagem de programação JavaScript. Certamente qua há alunos com capacidades mais desenvolvidas que outros, na medida que uns conseguem resolver os exercícios dados pelo professor com mais rapidez e facilidade. Com o objetivo de alguns alunos não ficarem à espera dos restantes, construiria materiais didáticos mais avançados para conhecerem melhor as ferramentas utilizadas na aula.

Inícios de janeiro, elaborei um questionário inicial, (Anexo 1), para perceber se os alunos já tinham algum conhecimento acerca de construção de projetos e que ferramentas utilizaram no seu desenvolvimento. Perguntei também, caso tivessem que desenvolver um projeto em que área seria. Esta última pergunta foi fulcral, pois era do interesse do aluno, para construir um layout de um site que futuramente seria desenvolvido por cada aluno.

Este inquérito permitiu-me conhecer melhor o público-alvo cujas caraterísticas previsivelmente e desejavelmente também se iam modificando ao longo da intervenção em resposta às estratégias implementadas.

Assim que todos os alunos finalizaram o preenchimento do inquérito, iniciei a construção dos layouts11,

cujos temas foram escolhidos pelos alunos.

9 CodeIgniter: https://codeigniter.com/ 10 CakePHP: https://cakephp.org/

(40)

Figura 4: Exemplo de um layout Fonte: Própria

Em meados de janeiro notei que os alunos tendiam a ficar mais irrequietos no decorrer do ano letivo. Isto foi um obstáculo, pois para passar os conhecimentos acerca de uma framework, requeria dedicação, tempo e esforço, variáveis incompatíveis naquele momento pré-intervenção. Devido ao comportamento da turma e tempo estimado em horas a lecionar os conteúdos, foram efetuadas alterações ao plano inicial para simplificar ao máximo as tarefas a desenvolver, por parte dos alunos, na construção do projeto.

“Dar a volta ao/s conteúdo/s, tornando/s acessível/eis ao público que pretendemos atingir.” (Sanches, Isabel Rodrigues, p.22)

(41)

3.2.5 Calendarização das atividades das aulas:

Entretanto delineei um plano onde defini que conteúdos iria dar e que por ordem iriam ser dados, definindo tarefas semanais e diárias com intuito de atingir os objetivos semanais, referenciados no âmbito dos conteúdos da disciplina, dividindo por vezes em tarefas mais pequenas.

Segue-se a seguir a calendarização das atividades das aulas planeadas.

Aula nº

Seman

a Dias

Tempo

(1º/2º) Conteúdos Tarefas das aulas

Componentes Teórica Prática 1 1 Tuesday 4/10/2018 1 1-Templates; 2-CSS/JavaScript; Introdução ao módulo:

-explicação do que consiste o módulo; -explicação das várias fases para elaborar um projeto; ?

-explicação da estruturação de projetos: ficheiros/pastas/livrarias;

-Folhas de estilo: css: varias formas de aplicação; (relembrar)

-criação de ficheiros externos e aplicação dos estilos; (relembrar)

-criação de ficheiros externos e aplicação dos métodos javascript; (relembrar)

30min de exposição de conteúdos

-Resolução da ficha nº1:"": lista de tarefas a fazer na aula: fazer/continuar template, aplicar template, criar menu e referentes páginas, (ficha nº1);

(42)

-Modelos (Templates): o que são, exemplos, criação e aplicação; 2 Thursda y 4/12/2018 1 -Continuação da resolução da ficha nº1:"...footer" 3 Friday 4/13/2018 1 -Continuação da resolução da ficha nº1: parte dos estilos, CSS

4

Friday

4/13/2018 2

6-model:construir a base dados, ligação base dados;

Base dados:

-Explicação da parte PDO: função/objetivo:-classes, -métodos; -atributos/propriedades; -explicação de uma conexão à base dados: PDO e classes; (normas a seguir e erros a evitar);

30min de exposição de conteúdos

-analisar o layout para criar a base de dados e respetivas tabelas; Implementar tabelas para autenticação de utilizadores

ficha 2:"Base dados": (analisar "as regiões/os dados editáveis" que podem vir da base dados e a fim de construir as tabelas);. Aula nº Seman a Dias Tempo

(1º/2º) Conteúdos Tarefas das aulas

Componentes Teórica Prática

Imagem

Figura 2: Disposição da sala de aula ............................................................................................
Tabela 1: Módulos em atraso no curso
Tabela 2: Módulos em atraso na disciplina
Figura 1: Competências do século XXI
+7

Referências

Documentos relacionados

Se os olhares acima mencionados refletem a ampliação do conceito de penitência e através deles conseguimos melhor visualizar os pontos convergentes entre as irmandades de penitentes

Normas para definição do cronograma de apresentação dos trabalhos, prazos para entrega dos trabalhos e para divulgação da composição das Bancas de Validação

Por fim, vale salientar que independentemente da metodologia utilizada para o gerenciamento de risco e controle de poluição, há a necessidade dentre outras coisas de se atender

Após os elementos dentais serem selecionados foram criados dois grupos distintos quanto a técnica e material utilizados: grupo A (Técnica incremental oblíqua com resina

de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribu-

14.6 Precauções especiais para o utilizador: Não são necessárias precauções especiais para este produto. 14.7 Transporte a granel em conformidade com o anexo II da Convenção

/ (“Seu carro custou mais que o meu.”) Com base também no fato de médias serem mais tolerantes a apagamento de preposição e a preposition stranding que construções ergativas,

- Declaração de que não possui matrícula em outra instituição de ensino superior, bem como não é portador de diploma de nível superior, preenchida e assinada pelo estudante