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PROGRAMA (Ação cofinanciada pelo Fundo Social Europeu PRO-EMPREGO) Educação sexual criança e jovem

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Academic year: 2021

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Investir no seu Futuro

SECÇÃO REGIONAL COORDENADORA DO SINTAP-AÇORES | Rua do Barcelos, 21/23 | Telf. 295628871 | Fax: 295628888 9700-026 ANGRA DO HEROÍSMO | formacao@sintapazores.com

PROGRAMA

(Ação cofinanciada pelo Fundo Social Europeu – PRO-EMPREGO) 1. Designação da Ação de Formação:

Educação sexual criança e jovem

2. Formador:

Dr.ª Manuela Ferreira

3. Razões Justificativas da Ação de Formação:

A sexualidade sempre tem sido objeto de abordagens múltiplas do ponto de vista moral e filosófico, estético, literário e artístico. Mais recentemente a sexualidade passou a ser também um objeto de estudo científico e uma componente das políticas de saúde e da intervenção técnico profissional.

Até há poucas décadas, na nossa cultura e sociedade portuguesas, a sexualidade era sobretudo ocultada – era um tabu sobre o qual não se falava – ou era apresentada de forma negativa, como uma componente perigosa da nossa condição e dos nossos comportamentos, do nosso crescimento e dos nossos destinos.

No entanto, o estudo científico da sexualidade que se foi realizando ao longo de todo o século xx, o desenvolvimento e prevalência de valores democráticos e humanísticos, sobretudo na segunda metade do mesmo, as profundas transformações na condição feminina e nos papéis de género e a revolução contraceptiva contribuíram para a emergência e afirmação de uma visão da sexualidade em que é essencialmente valorizada como uma componente positiva da nossa condição, ligada ao nosso bem-estar e realização pessoal, à nossa intimidade e também às nossas relações amorosas.

Contudo, apesar de vivermos numa sociedade mais permissiva em matéria de sexualidade, o acesso dos jovens a fontes de educação sexual é ainda insuficiente.Muitas famílias continuam a ter dificuldades acentuadas em abordar estas questões com os jovens e a informação veiculada pelos media é, por natureza, insuficiente, quando não confusa ou mitificada.

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Em Portugal assumem ainda uma dimensão relevante problemas como a gravidez e a maternidade na adolescência ou a infecção por HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis e estes problemas têm por base, muitas vezes, uma grande dose de iliteracia em questões básicas ligadas à sexualidade e à vida reprodutiva. A gravidez precoce em adolescentes e jovens é, em particular, um problema que assume uma dimensão significativa nos jovens em formação profissional com implicações nos próprios objetivos da formação no desenvolvimento e preparação dos jovens para a transição para a vida adulta. É, por isso, hoje reconhecida a necessidade da importância da educação sexual em meio escolar e noutros contextos formais de aprendizagem. A Lei 3/84, de 24-03-1984, compromete o Estado português na promoção da educação sexual das crianças e jovens. Este envolvimento foi reafirmado pela Lei 120/99, de 11-08-1999, assim como na sua regulamentação através do DL 259/2000, de 17-10-2000. Também a nível Regional foi adaptada a legislação Nacional e criada legislação específica sobre a educação sexual. O Plano Nacional e o Plano Regional de Saúde contemplam igualmente a necessidade de desenvolver estratégias de promoção da saúde sexual e reprodutiva nas populações jovens. A Educação Sexual é uma componente da Educação para a Saúde e inclui diversos

aspectos da sexualidade e das relações que estabelecemos com os outros.

Ao falarmos de Educação Sexual falamos das nossas emoções e afectos, do nosso corpo, da forma como nos expressamos, falamos de sentimentos, falamos de relações

interpessoais.

Esta formação pretende promover a discussão, análise e reflexão que conduza a uma vivência da sexualidade esclarecida e responsável nas crianças e essencialmente nos nossos jovens.

A escola e todas as instituições com responsabilidades de formação de crianças e jovens, enquanto espaço de grande importância na socialização, é também um local de grande permanência temporal onde se realiza uma boa parte das aprendizagens básicas de todos os indivíduos. O que somos, pensamos, fantasiamos, desejamos e fazemos ao nível sexual é resultado de um processo contínuo de aprendizagens, interacções e reflexões realizado em todos os círculos de vida e actividade humanas, nomeadamente no contexto familiar, nas relações entre os pares e nos contextos social de aprendizagem formal (a escola ou as religiões, por exemplo) e informal (nomeadamente o universo mediático típico das sociedades modernas). Estes processos são contínuos e feitos de mensagens contraditórias, por vezes até conflituais. É neste contexto que, mediante diferentes influências e experiências, se vai formando a identidade sexual.

A abordagem de temas sexuais na escola pode contribuir para o desenvolvimento de determinadas competências sociais, pois a frequência de programas de educação sexual

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aumenta os comportamentos preventivos, assim como os mecanismos da tomada de decisões, a utilização dos recursos disponíveis e as capacidades de comunicar.

O trabalho de Educação Sexual também contribui para o desenvolvimento da auto-estima e para a prevenção de problemas graves, como o abuso sexual e a gravidez indesejada. A escola, por ser um espaço de ensino formal e de saberes interdisciplinares, é capaz de transmitir conhecimentos técnicos e científicos que, muitas vezes, as famílias não podem promover devido à sua natureza informal, à sua deficiente preparação e à dificuldade de comunicação de muitos progenitores.

Os jovens, ao terem um suporte de informação suficiente, podem partir para a vivência da sexualidade com ideias corretas, adotando comportamentos adequados e portanto

responsáveis.

Em síntese, a Educação Sexual é um processo pelo qual se obtém informação, se desenvolvem atitudes e se desmistificam crenças acerca da sexualidade e do comportamento sexual.

4. Destinatários da Ação:

Trabalhadores das IPSS nas suas varias valências dirigidas à infância e juventude.

5. Objetivos a Atingir:

Objetivo Geral:

Formação dos agentes educativos no sentido de serem capazes de agir de forma adequada e coerente face às dúvidas e manifestações das crianças e jovens relativas à sua sexualidade;

Objetivos específicos:

Clarificar o conceito de sexualidade e de educação sexual.

Debater os diversos modelos existentes na promoção da educação sexual.

Dar a conhecer a legislação portuguesa em matéria de educação sexual e os recursos existentes nesta área de intervenção.

Clarificar o quadro ético e deontológico de actuação profissional em matéria de educação sexual.

Debater os objetivos, principais conteúdos e a metodologia da educação sexual de acordo com a idade da criança e do jovem.

Conhecer os problemas em saúde sexual e reprodutiva e as necessidades em educação sexual nas crianças e nos jovens, tendo em atenção as diferenças etárias e os papéis de género.

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Capacitar os formandos para conhecerem de forma rigorosa as necessidades atuais em educação sexual das crianças e dos jovens.

Capacitar os formandos para desenvolverem ações, e responderem, de forma adequada, ás questões relacionadas com a educação sexual dirigidos ás crianças e jovens .

6. Conteúdos da Ação:

1. APRESENTAÇÃO. (1h) 2. INTRODUÇÂO. (1h)

3. A SEXUALIDADE HUMANA: CONCEITO, DIMENSÃO E EVOLUÇÃO AO LONGO DA VIDA (5h)

3.1 Objectivos e conteúdos da unidade. 3.2 Conceito de sexualidade.

3.3 A evolução da sexualidade ao longo o ciclo de vida. 3.4 Necessidades em educação sexual das crianças e jovens.

4. EDUCAÇÃO SEXUAL: CONCEITO, MODELOS E ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS. (5h) 4.1 Conceito de educação sexual.

4.2 Valores e atitudes face à sexualidade. 4.3 Quadro ético e legal

4.4 Um quadro ético para a educação sexual. 4.5 Os objetivos da educação sexual.

4.6 Modelos de educação sexual.

4.7 Situação da educação sexual e dos programas em SSR para crianças e jovens em Portugal.

5. SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA (10h) 5.1 Conceito de SSR.

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5.2 Problemas em SSR.

5.3 Os vários métodos contracetivos.

5.4 As infecções sexualmente transmissíveis (IST).

4.5 Reconhecer as várias formas de contacto físico aos diferentes contextos de

sociabilidade; situações de abuso sexual e gravidez na adolescência;

5.6 Identificar e saber aplicar respostas assertivas em situações de injustiça, abuso ou perigo e saber procurar apoio, quando necessário.

5.7 Os diferentes níveis de intervenção profissional ao nível das questões de SSR. 5.8 Os recursos disponíveis em SSR.

5.9 Treinar respostas a situações individuais em SSR.

6. EDUCAÇÃO SEXUAL: CONTEÚDOS TEMÁTICOS E METODOLOGIA DE INTERVENÇÃO (5h)

6.1 As metodologias activas e participativas.

6.2 Apresentação de áreas/temas de educação sexual. 6.3 Passos de um projecto.

7. AVALIAÇÃO. (1h) 8. CONCLUSÃO. (2h)

7. Metodologias de Realização da Ação:

Trabalho de pesquisa.

Brainstorming ou «tempestade de ideias». Resolução de problemas/debates.

Estudo de casos.

Jogos de clarificação de valores ou «Barómetro de atitudes». Utilização de questionário.

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Produção de cartaz. Visita externa. Caixa de perguntas. Fichas.

Exploração de vídeos e outros meios audiovisuais.

8. Recursos Materiais e Pedagógicos:

Material audiovisual- computador portátil e data show, quadro, kits de educação sexual.. Material de papelaria. Folhas A4 brancas, fita adesiva, esferográficas, marcadores ou giz (uso no quadro), papel cavalinho ou cartolina, cola, lápis de cor…

9. Regime de Avaliação dos Formandos:

Avaliação diagnostica Avaliação contínua

Avaliação de conhecimentos no final do curso com o recurso a um teste.

10. Modelo de Avaliação da Ação:

Os formandos e o formador preenchem um formulário no final da acção de formação, cabendo ao formador a execução de um relatório avaliativo da referida acção de formação. Serão também enviados inquéritos de avaliação ex-post que pretendem averiguar o impacto da formação frequentada na vida profissional e/ou pessoal do formando.

11. Bibliografia Fundamental.

Sanders, Pete e Liz Swinden (1995). Para me Conhecer, Para te Conhecer... Estratégias de Educação Sexual para o 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico. Lisboa: APF – Associação para o Planeamento da Família.

Frade, Alice, António Manuel Marques, Alverca, Célia, Duarte Vilar (2001). Educação Sexual na Escola – Guia para Professores, Formadores e Educadores. Texto, 4.ª edição.

Marques, António Manuel, Fátima Forreta, Duarte Vilar (2002). Educação Sexual no 1.º Ciclo – Um Guia para Professores e Formadores. Texto.

Marques, António Manuel, Fátima Forreta, Duarte Vilar (2002). Os Afectos e a Sexualidade na Educação Sexual Pré-Escolar – Um Guia para Educadores e Formadores. Texto.

Machado Vaz, Júlio, Duarte Vilar, Susana Cardoso (1996). Educação Sexual na Escola. Lisboa: Universidade Aberta.

Ministério da Educação (CCPES), Ministério da Saúde (DGS), Associação para o Planeamento da Família (APF) (Outubro de 2000). Educação Sexual em Meio Escolar – Linhas Orientadoras.

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Nodin, Nuno (2201). Os Jovens Portugueses e a Sexualidade em Finais do Século XX. Lisboa: APF – Associação para o Planeamento da Família.

López, Félix e Antonio Fuertes (1999). Para Compreender a Sexualidade. Lisboa: APF – Associação para o Planeamento da Família.

Santos, Ana Cristina, Clara Ogando e Helena Camacho (2001). Adolescendo – Educação da Sexualidade na Escola. Da Teoria à Prática. Plátano (Didáctica).

Pereira, M. Manuela e Filomena Freitas. Educação Sexual – Contextos de Sexualidade e Adolescência Teoria/Prática (Guias práticos). Edições ASA.

The Clarity Collective; ill. By Alison Lester (1986). Taught not Caught: strategies for sex education. s.n.: LDA Learning Development Aids (imp.).

Félix, Ivone e António Manuel Marques (1995). E nós... Somos Diferentes?: Sexualidade e Educação Sexual na Deficiência Mental. Lisboa: APF – Associação para o Planeamento da Família.

Vilar, Duarte (2002). Falar Disso: A Educação Sexual na Família dos Adolescentes. Porto: Afrontamento.

WHO – World Health Organization (2002). Draft Working definition. WHO – World Health Organization (1994). Programme of Action. Alguns sites de referência:

http://www.apf.pt http://www.sexualidades.pt http://juventude.gov.pt http://www.ippf.org http://www.who.org http://www.minsaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/saude+escolar/educacaosexual. http://www.siecus.org/ http://www.phac-aspc.gc.ca

http://www.sexojovenonline.com/ (site direccionado para os jovens http://www.harimaguada.org/joomla/

Duração: 30 horas

Horário: das 09H30 às 12H30 e

das 14H00 às 17H00

Referências

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