Imperfeições Cristalinas
Imperfeições Cristalinas
Por quê estudar?
Afetam o comportmento dos materiais:
Condutividade elétrica Condutividade elétrica Deformação plástica
A t d i tê i â i Aumento da resistência mecânica Difusão
Defeitos pontuais
Defeitos de linha (discordâncias)
Defeitos de interface (grão e maclas) Defeitos de interface (grão e maclas)
Defeitos volumétricos (inclusões, precipitados) 3
O que é um defeito
É uma imperfeição ou um "erro" no arranjo periódico regular dos átomos em um cristal periódico regular dos átomos em um cristal.
P d l i l id d
Podem envolver uma irregularidade na posição dos átomos
no tipo de átomos
O tipo e o número de defeitos dependem do material, do meio ambiente, e das , ,
Imperfeições estruturais
Apenas uma pequena fração dos sítios atômicos são imperfeitosp
Menos de 1 em 1 milhão Menos de 1 em 1 milhão
M d l i fl i it
Menos sendo poucos eles influenciam muito nas propriedades dos materiais e nem
d f ti
sempre de forma negativa
Imperfeições estruturais
Exemplos
o O processo de dopagem em semicondutores visa criar
imperfeições para mudar o tipo de condutividade em imperfeições para mudar o tipo de condutividade em determinadas regiões do material
o A deformação mecânica dos materiais promove a formação o A deformação mecânica dos materiais promove a formação
de imperfeições que geram um aumento na resistência mecânica (processo conhecido como encruamento)
o Wiskers de ferro (sem imperfeições do tipo discordâncias)
apresentam resistência maior que 70GPa, enquanto o ferro i d t 270MP
Imperfeições estruturais
São classificados de acordo com sua geometria ou dimensões
Defeitos Pontuais associados c/ 1 ou 2
posições atômicas
ou d mensões
posições atômicas
Defeitos lineares uma dimensão
Defeitos lineares uma dimensão
Defeitos planos ou interfaciais (fronteiras)
Defeitos planos ou interfaciais (fronteiras) duas dimensões
Defeitos volumétricos três dimensões
Defeitos Pontuais
Vacâncias ou lacunas Vacâncias ou lacunas Á Átomos Intersticiais SchottkyOcorrem em sólidos iônicos
Frenkel
Vacâncias ou lacunas
E l f l d á
Envolve a falta de um átomo
f d d
São formados durante a
solidificação do cristal ou como resultado das vibrações atômicas resultado das vibrações atômicas (os átomos deslocam-se de suas posições normais)
p ç )
Vacâncias ou lacunas
O número de vacâncias aumenta exponencialmente O número de vacâncias aumenta exponencialmente com a temperatura
Nv= N exp (-Qv/KT)
Nv= número de vacâncias
N= número total de sítios atômicos N= número total de sítios atômicos
Qv= energia requerida para formação de vacâncias
K= constante de Boltzman = 1 38x1023J/at K ou
K= constante de Boltzman = 1,38x1023J/at.K ou
Intersticiais
Envolve um átomo extra no interstício (do próprio cristal)
(do próprio cristal)
Produz uma distorção no reticulado, já
át l t é i
que o átomo geralmente é maior que o espaço do interstício
A formação de um defeito
(auto)intersticial implica grandes deformações na rede, sendo menos provavel que uma lacuna
Intersticiais
Átomo intersticial pequeno Átomo intersticial grande
Átomo intersticial pequeno Gera maior distorção na rede
Defeito de Frenkel
Ocorre em sólidos iônicos Ocorre quando um íon sai
d s si ã l
de sua posição normal e vai para um interstício
Defeito de Schottky
Ocorre em sólidos iônicos iônicos E l f lt d Envolve a falta de um ânion e/ou um cátionImpurezas nos sólidos
Um metal considerado puro sempre tem Um metal considerado puro sempre tem
impurezas (átomos estranhos) presentes
99,9999% = 1022-1023 impurezas por cm3
A presença de impurezas pr m ve a f rmaçã A presença de impurezas promove a formação
Impurezas nos sólidos – Ligas metálicas
As impurezas (p (chamadas elementos de ligag ) são ) adicionadas intencionalmente com a finalidade: - aumentar a resistência mecânica
t i tê i à ã
- aumentar a resistência à corrosão - Aumentar a condutividade elétrica - Etc.
Impurezas nos sólidos – Ligas metálicas
Podemos controlar a quantidade de impurezas para formar:
Soluções sólidas
<
limite del b l d d
formar:
solubilidade
Segunda fase
>
limite deSegunda fase
>
limite desolubilidade A solubilidade depende : A solubilidade depende : Temperatura Tipo de impureza Tipo de impureza Concentração da impureza
Impurezas nos sólidos – Ligas metálicas
Elemento de liga ou Impureza
soluto
(< quantidade)
Matriz ou Hospedeiro
Solvente
(>quantidade)
Solvente (>quantidade)
Ex: Prata Sterling
(925)
Soluções sólidas
Nas soluções sólidas as impurezas podem ser: - Intersticial
Substitucional
Soluções sólidas intersticiais
Os átomos de impurezas ou os elementos de liga
d í
ocupam os espaços dos interstícios
Ocorre quando a impureza apresenta raio atômico bem menor que o hospedeiro
atômico bem menor que o hospedeiro
Como os materiais metálicos tem geralmente Como os materiais metálicos tem geralmente
fator de empacotamento alto as posições intersticiais são relativamente pequenas intersticiais são relativamente pequenas
Geralmente, no máximo 10% de impurezas são
i d i í i
incorporadas nos interstícios
Soluções sólidas intersticiais
Fe + C
A solubilidade máxima do C no Fe é 2 1% a A solubilidade máxima do C no Fe é 2,1% a
910 C (Fe CFC)
O C tem raio atômico bastante pequeno
p q
se comparado com o Fe
raio atômico do C= 0,071 nm= 0,71 A raio atômico do Fe= 0,124 nm= 1,24 A
Soluções sólidas Substitucionais
Fatores de influência
Raio atômico deve ter uma diferença de no máximo 15%, caso contrário pode promover p p
distorções na rede e assim formação de nova fase Mesma estrutura cristalina
Eletronegatividade próximasEletronegat v dade próx mas
Valências químicas similares não devem diferir Valências químicas similares não devem diferir
mais que uma unidade
Exemplos de solução sólida substitucional
Cu + Nisão solúveis em todas as proporções Cu + Nisão solúveis em todas as proporções
Cu Ni
Cu Ni
Raio atômico 0,128nm=1,28 A 0,125 nm=1,25A
Estrutura CFC CFC
Eletronegatividade 1,9 1,8
Defeitos lineares - discordâncias
As discordâncias estão associadas com a
cristalização e a deformação (origem: térmica
cristalização e a deformação (origem: térmica,
mecânica e supersaturação de defeitos pontuais)
A presença deste defeito é a responsável pela
d f ã f lh t d t i i
deformação, falha e ruptura dos materiais Podem ser:
- Aresta (cunha)Aresta (cunha) - Hélice
Mi t - Mista 25
Defeitos lineares - discordâncias
Vetor de Burgers (b) Vetor de Burgers (b)
Dá it d di ã d di t ã
Dá a magnitude e a direção de distorção da rede
Corresponde à distância de deslocamento p dos átomos ao redor da discordância
Discordâncias em aresta
Envolve um SEMI-plano
Envolve um SEMI plano extra de átomos
O vetor de Burger é
perpendicular à direção
perpendicular à direção da linha da discordância Envolve zonas de tração e
compressão compressão
Discordâncias em hélice
O vetor de Burger é O vetor de Burger é paralelo à direção da linha da discordância linha da discordância 29Discordâncias em hélice
DISCORDÂNCIA EM HÉLICE NA SUPERFÍCIE DE UM MONOCRISTAL DE SiC. AS LINHAS ESCURAS
SÃO DEGRAUS DE ESCORREGAMENT SUPERFICIAIS. (Fig. 5.3-2 in Schaffer et al.).
Discordâncias em hélice
Discordância em hélice em liga Al 4%Cu Discordância em hélice em liga Al-4%Cu.
Discordâncias no TEM
Discordâncias no HRTEM
Considerações gerais
A tid d i t d di dâ i d t l d
A quantidade e o movimento das discordâncias podem ser controlados
pelo grau de deformação (conformação mecânica) e/ou por tratamentos térmicos
Com o aumento da temperatura há um aumento na velocidade de
deslocamento das discordâncias favorecendo o aniquilamento mútuo das mesmas e formação de discordâncias únicas
Impurezas tendem a difundir-se e concentrar-se em torno das Impurezas tendem a difundir se e concentrar se em torno das
Considerações gerais
O cisalhamento se dá mais facilmente nos planos de maior densidade p atômica, por isso a densidade das mesmas depende da orientação cristalográfica
As discordâncias geram vacâncias
As discordâncias influem nos processos de difusão As discordâncias influem nos processos de difusão
As discordâncias contribuem para a deformação plástica
3-Defeitos planos ou interfaciais
Envolvem fronteiras (defeitos em duas dimensões) l
e normalmente separam regiões dos materiais de diferentes estruturas cristalinas ou orientações
l áf
cristalográficas
Superfície externa Contorno de grão Contorno de grão
Fronteiras entre fases M l
É i ób i
Superfícies externas
É o mais óbvio
N fí i át
Na superfície os átomos não estão completamente ligados
ligados
Então o estado energia dos Então o estado energia dos átomos na superfície é maior que no interior do cristal
q
Os materiais tendem a Figure: Si (111) 7 × 7 by NC-AFMScan Size: 13 nm × 13 nm
C til Pi R i ti t ( d b SII)
m m
minimizar esta energia Cantilever: Piezo Resistive type (made by SII)Frequency shift: -33 Hz
Ichiro Shiraki NIMS, Miki group
Contorno de grão
Corresponde à região que separa dois p g q p ou mais cristais de orientação
diferente
um cristal = um grão
No interior de cada grão todos os
á ã j d d
átomos estão arranjados segundo um único modelo e única orientação,
caracterizada pela célula unitária caracterizada pela célula unitária
Formação dos Grãos
A f m d ã é A f m d ã é A forma do grão é A forma do grão é controlada controlada: pela presença dos pela presença dos grãos circunvizinhos O tamanho de grão é O tamanho de grão é controlado controlado Composição Taxa de cristalização ou solidificação 41
Considerações gerais contorno grãos
Há um empacotamento Ô p ATÔMICO menos eficiente á Há uma energia mais elevada
l d
Favorece a nucleação de novas fases (segregação)
f d f
favorece a difusão
O contorno de grãod
Monocristal e policristal
Monocristal
Monocristal: Material com apenas uma
l é
orientação cristalina, ou seja, que contém apenas um grão
P l l
P l l M l d
Policristal
Policristal: Material com mais de uma
orientação cristalina, ou seja, que contém
á ã
vários grãos