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PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL GCA/DIAP Nº 120/2014. Saint Gobain Bionergia Ltda (Saint Gobain Canalização Ltda) CNPJ

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PARECER ÚNICO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

GCA/DIAP Nº 120/2014 1 – DADOS DO EMPREENDIMENTO

Empreendedor Saint Gobain Bionergia Ltda (Saint Gobain

Canalização Ltda)

CNPJ 28.672.087/0001-62

Endereço Via Dr. Sérgio Braga 452, Vila Bárbara, Barra

Mansa/RJ, CEP 27330-050

Empreendimento Bloco Fazenda D´Ávila e outros, Caeté, MG

Localização Fazenda D´Ávila e outras, Zona rural, CEP

34.800-000, Caeté

No do Processo COPAM 00299/2005/001/2007

Atividades Objeto do

Licenciamento

Silvicultura de eucalipto e produção de carvão vegetal Código DN 74/04 G-03-02-06 e G-03-03-4 Classe Classe 4 Fase de licenciamento da condicionante de compensação ambiental

Licença de Operação Corretiva – LOC

da condicionante de

compensação ambiental Condicionante nº 10

Fase atual do licenciamento Licença de Operação Corretiva – LOC Nº da Licença Certificado LOC Nº 137 – SUPRAM CM Validade da Licença 29/06/2015

Estudo Ambiental RCA/PCA

Valor de Referência do Empreendimento - VR

R$ 1.952.472,42 (hum milhão, novecentos e

cinquenta e dois mil, quatrocentos e setenta e dois reais e quarenta e dois centavos)

Grau de Impacto - GI apurado 0,4500%

Valor da Compensação Ambiental R$ 8.786,13 (oito mil, setecentos e oitenta e seis reais e treze centavos)

2 – ANÁLISE TÉCNICA 2.1- Introdução

O empreendimento em análise, Saint Gobain Canalização (Saint Gobain Bioenergia) – Silvicultura de eucalipto e produção de carvão vegtal, fica localizado no município de Caeté, na bacia do rio São Francisco, sub-bacia do rio das Velhas.

A Saint-Gobain Canalização Ltda possui no município de Caeté um empreendimento de silvicultura e carvoejamento denominado “bloco D´Ávila e outros”, composto por seis

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fazendas e três carvoarias. A Fazenda do Braz com 1.041,25ha; Montanha com 1.776,10ha; Fazenda D´Ávila com 322ha; Fazenda Rancho Novo com 537,94 ha; Fazenda Vargem dos Coqueiros com 51,17ha; Fazendas Serra do Luiz Soares e Gongo Soco com 2.932,45 ha e Fazenda Cachoeira com 1.600ha. Estão sendo consideradas no processo em questão a Fazenda do Braz, Fazenda Montanha, Fazenda Rancho Novo e Fazenda Serra do Luiz Soares.

A empresa planta florestas de Eucalyptus cuja lenha é utilizada para produção de carvão. Os primeiros plantios no bloco D´Ávila ocorreram na década de 1966. A partir da implantação da floresta homogênea o manejo adotado é do corte do talhão a partir do sexto ano de plantio. Com a rebrota, procede-se a seleção de 2 a 4 ramos mais viçosos e cortam-se os mais frágeis, após cortam-seis mecortam-ses da rebrota. Escortam-ses troncos rebrotados são cortados a partir do sétimo ano. Este procedimento é mantido até o quarto ou quinto corte, quando então é feito o replantio do talhão com mudas plantadas entre os tocos que são mantidos, das matrizes originais.

A produção de carvão vegetal da Saint-Gobain é de aproximadamente 130.000m³ por ano e se dá a partir da lenha produzida nas florestas dos três blocos, cada um deles composto por um grupo de fazendas com áreas contíguas ou próximas. O Bloco D´Ávila e outros, conta com três praças de carvoejamento, nas fazendas do Braz, Montanha e Rancho Novo e no final de 2005 as carvoarias das fazendas Braz e Montanha foram desativadas e a da fazenda Rancho Novo ampliada. A produção anual é de 45.000 m³.

A carbonização é uma reação de decomposição de materiais orgânicos pela ação de calor, em que o objetivo é concentrar carbono. A Figura 1 mostra o esquema deste processo e os subprodutos gerados.

Figura 1: Esquema do processo de carbonização e seus subprodutos. Fonte: RCA Bloco D’Ávila e outros/Saint Gobain Canalização/Biom a Meio Ambiente

Segundo levantamento de campo, havia em atividade 36 trabalhadores na Fazenda do Braz cuja administradora é a Empreiteira - Capelinha Serviços Florestais Ltda. Na Fazenda Luiz Soares 32 trabalhadores da empreiteira de Carlos Antonio Macellani, sediada em Caeté. Na Fazenda Montanha 32 trabalhadores e trabalhavam na Fazenda Rancho Novo 51 trabalhadores, do microempresário Sr. Carlos Antônio Macellani.

Conforme processo de licenciamento COPAM nº 00299/2005/001/2007, analisado pela SUPRAM Central, em face do significativo impacto ambiental o empreendimento recebeu

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condicionante de compensação ambiental prevista na Lei 9.985/00, na Licença Certificado LOC Nº 137 – SUPRAM CM, em Reunião da URC Rio das Velhas no dia 29/06/2009.

A presente análise técnica tem o objetivo de subsidiar a CPB-COPAM na fixação do valor da Compensação Ambiental e forma de aplicação do recurso, nos termos da legislação vigente. Maiores especificações acerca deste empreendimento estão descritas no RCA/PCA e no Parecer Único SUPRAM Nº 092/2009 Protocolo Nº 205609/2009.

2.2 Caracterização da área de Influência

As áreas de influência do empreendimento Saint-Gobain Canalização S.A. estabelecidas no RCA foram definidas da seguinte forma:

 Área Diretamente Afetada (ADA) – área da propriedade da empresa, com enfoque para as florestas de eucalipto e unidade de carvoejamento. A ADA do empreendimento sob a ótica econômica e social, consiste na área interna às fazendas, onde são exercidas as atividades econômicas a serem licenciadas. São oito fazendas em Caeté.

 Área de Influência Direta (AID) – sub-bacias de drenagem onde há intervenção direta do empreendimento, ou seja, as áreas da propriedade, acessos e a porção localizada até 5 km a jusante da bacia de drenagem em relação à unidade produtiva. Sob a ótica econômica e social, consiste na área imediatamente vizinha às fazendas, mais os povoados mais próximos, especialmente aqueles onde moram os trabalhadores nas fazendas, quais sejam os distritos Sede, Penedia, Morro Vermelho, Roças Novas e o povoado de Rancho Novo. O distrito de Nossa Senhora Aparecida, do município de Nova União – e especialmente o povoado de Santa Helena - se situam próximos à carvoaria da fazenda do Braz;

 Área de Influência Indireta (AII) – município de Caeté, onde está instalada a maior parte da unidade da empresa, e, em menor porção, os municípios de Nova União e Barão de Cocais, onde se situa pequenas áreas de borda das propriedades.

2.3 Impactos ambientais

Considerando que o objetivo primordial da Gerência de Compensação Ambiental do IEF é , através de Parecer Único, aferir o Grau de Impacto relacionado ao empreendimento, utilizando-se para tanto da tabela de GI, instituída pelo Decreto 45.175/2009, ressalta-se que os “Índices de Relavância” da referida tabela nortearão a presente análise.

Esclarece-se, em consonância com o disposto no Decreto supracitado, que para fins de aferição do GI, apenas serão considerados os impactos gerados, ou que persistirem, em período posterior a 19/07/2000, quando foi criado o instrumento da compensação ambiental.

O RCA descreve como impactos ambientais para o meio físico a exposição do solo frente ao corte das árvores; alteração da qualidade dos recursos hídricos; alteração das condições físicas e químicas do solo; favorecimento de processos erosivos; geração de áreas contaminadas devido ao mau acondicionamento de insumos, bem como o uso de dosagens excessivas; perda do potencial produtivo dos solos devido a possibilidade de erosão laminar; compactação do solo devido ao pisoteio de animais durante o transporte de madeira até as rodovias; alteração da qualidade do ar devido à emissão de CO2 durante o transporte de madeira até os fornos pelos caminhões; alteração da qualidade do ar devido à

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emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa gerados na queima de combustível fóssil (transporte) e na atividade de carvoejamento. Para o meio biótico a inibição da regeneração das plantas nativas e comprometimento da diversidade florística; emissão de poluentes pelos caminhões de transporte de lenha de lenha e carvão; Alteração da qualidade do ar devido à emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa gerados na queima de combustível fóssil (transporte) e na atividade de carvoejamento; afugentamento de fauna; atropelamento de fauna; disseminação de ectoparasitas; carreamento de sólidos devido a revolvimento do solo podendo ocasionar alterações físicas na água e na biota aquática; alteração da qualidade de água; fragmentação de remanescentes florestais; efeito de borda.

Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias.

Segundo RCA/PCA foram registradas na área das propriedades Fazenda Braz e Fazenda Montanha as espécies listadas abaixo, as quais constam da Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção da Flora de Minas Gerais (COPAM 1997), conforme levantamento realizado em novembro 2005.

Espécie/Família Ambiente Categoria de ameaça

Guatteria sellowiana (Annonaceae) Mata Vulnerável

Guatteria vilosissima (Annonaceae) Mata Vulnerável

Dalbergia nigra (Fabaceae) Mata Vulnerável

Nematanthus lanceolatus (Gesneriaceae) Campo Rupestre Vulnerável Em análise ao levantamento florísitico, das espécies arbóreas encontradas nas matas existentes no bloco Fazenda D´ávila e outros, o jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra) se encontra na lista da espécies ameaçadas de extinção de acordo com a IN MMA 06/2008. O RCA descreve que a cobertura vegetal e a fauna da região caracterizam-se por constituírem elementos protegidos por vasta legislação, tendo em vista a ameaça eminente de extinção dos biomas de origem: da Mata Atlântica protegida pela Constituição Federal e Campos Rupestres, protegidos pela Estadual. Além disso, a região é abrangida pela APA – Sul, unidade de conservação de uso sustentável, onde a proteção do meio ambiente regulariza as práticas humanas.

O estudo da fauna apresentado no RCA apresentaram resultados e detectaram a presença de 22 espécies de aves, pertencentes a 14 famílias. Segundo o diagnóstico ambiental do meio biótico no RCA, na área há suporte para animais predadores como Puma concolor (onça-parda) e Panthera onça (onça-pintada).

No PU SUPRAM CM, de acordo com Auto de Fiscalização Nº F-2903/2007, os representantes do empreendedor informaram que existem na área das Fazendas do Bloco D‟Ávila e outros onças, veados, pacas, capivaras, canários chapinha, tapetis e tamanduás. Quanto às espécies ameaçadas de extinção, o levantamento da fauna realizado e descrito no RCA não aponta a existência de espécies ameaçadas de extinção no local, segundo a Lista da Fauna Ameaçada descrita pelo IBAMA (2003) e a Lista Vermelha da Fauna de Minas Gerais, revista pela Biodiversitas em 2007. No entanto, o mesmo estudo informa que, conforme já mencionado anteriormente, a área apresenta suporte para animais como Puma

concolor (onça-parda) e Panthera onça (onça-pintada), ambas categorizadas como

vulnerável nas referidas listas. A possibilidade da existência dessas espécies foi ratificada pelos representantes do empreendedor, conforme descrito no Relatório de Vistoria Nº F-2903/2007.

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Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras)

Segundo o PCA na Fazenda Serra do Luiz Soares existem outras empresas com atividades implantadas: a M-Sol e sua instalação de tratamento de minério de ouro, sendo a propriedade já foi vendida; e a CVRD que explorou 4 minas de ouro no interior da fazenda e atualmente possui passivos em terrenos da Saint Gobain. No caso das minas da CVRD, onde a Saint Gobain é superficiária, devem ser requisitadas medidas de adequação da situação de estabilidade e revegetação. Para a revegetação de talude será necessária a utilização da vegetação forrageira.

O PCA descreve que na extinta Mina Moita, as atividades de exploração foram paralisadas há aproximadamente 4 anos e a recuperação ambiental iniciada há 2 anos e meio. A recuperação ambiental desta área baseou-se em reconformação final de taludes e bermas, implantação de dispositivos de drenagem superficial (meia cana de concreto), periférica (descidas d´água), recepção das águas pluviais (sump) e introdução de vegetação forrageira protetora dos taludes e bermas. Figura 2.

Figura 2. reconformação final na extinta Mina Moita. Fonte: PCA Bloco D’Ávila e outros/Saint Gobain Canalização/Bioma Meio Ambiente

O PCA informa que os bancos finais da mina e pilha de estéril de Roças Grandes III mostram-se estabilizados e revegetados com gramíneas e outras espécies exóticas (Cássia

mangia e Leucoena sp).

Segundo RCA, as obras de terraplanagem e aterramento para a expansão da carvoaria na Fazenda Rancho Novo e as

frentes de exploração contemplando o corte das árvores

geram a exposição do solo, favorecendo o desenvolvimento de gramíneas invasoras em áreas rodeadas por pastagem.

Dentre as consequências da introdução de plantas exóticas, STILING (1999)1 destaca a redução das plantas nativas pela competição, bem como, levanta outras conseqüências indiretas, tais como, disseminação de parasitas e doenças de espécies exóticas para espécies nativas, mudanças genéticas das espécies nativas por hibridação com espécies exóticas, alterações abióticas e mudanças no regime do fogo.

1

STILING, Peter. Ecology Theories and Applications. 3.ed. New Jersey: Pratice Hall, 1999. p. 429-441. Limite de Proprieda de da Saint Gobain e Sr. Santinho

Peixoto. Área Mina do

Moita – Saint Gobain.

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Uma vez que os estudos ambientais prevêem a utilização de gramíneas para revegetação de taludes, considerando que as espécies disponíveis no mercado usualmente utilizadas são alóctones e ainda que as mesmas se caracterizam pelo crescimento rápido, boa cobertura e resistência (características que as colocam com potencial de se tornarem invasoras), entende-se que o empreendimento introduz e/ou favorece a implantação de espécie exótica invasora.

De maneira geral, em se tratando de espécies exóticas, é primordial zelar pela prevenção e precaução, mas, uma vez que o empreendimento em tela implicará em introdução e/ou facilitação, resta clara a necessidade de compensação ambiental.

Interferência em unidades de conservação de proteção integral, sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável.

Conforme RCA, o empreendimento está localizado ao extremo norte da APA Sul, pelo que obteve anuência do Gestor da Unidade de Conservação.

Também a Fazenda Montanha pertencente ao Bloco Fazenda D´Ávila e outros, se encontra inserida nos limites da Área de Proteção Ambiental Municipal Águas da Serra da Piedade. Assim, conforme POA 2014, as UCs de proteção integral serão consideradas afetadas quando se encontram no raio de 10 km do empreendimento, sendo as RPPN‟s, APA‟s e APE‟s consideradas afetadas, quando abrigarem o empreendimento, total ou parcialmente, em seu interio.

Ao utilizar um raio de 10 Km (Anexo I e II) foi verificada a existência da unidade de conservação de proteção integral Monumento Natural Estadual Santuário Serra da Piedade e de uso sustentável Área de Proteção Ambiental Municipal Descoberto.

O RCA ratifica a ocorrência de Unidades de conservação na área de influência do empreendimento, haja vista que no item “7.2.2 Intervenção na Serra da Piedade” informa que a Serra da Piedade, em função de sua importância histórica, paisagística, ecológica e cultural, foi tombada para fins de conservação e declarada monumento natural pelo art. 84 da Constituição do Estado de Minas Gerais em 1989. Destaca-se que a referida unidade tratan-se de Unidade de Conservação de proteção integral, com legislação específica e zona de amortecimento, bem como que a Saint Gobain possui uma propriedade – Fazenda Montanha – cujas terras alcançam as vertentes da Serra.

O RCA afirma ainda, que as unidades de conservação protegem a biota na serra da Piedade e destaca a importância das APAs no sentido de ordenar a ocupação do solo visando a sustentabilidade ambiental.

Assim, uma vez que o Monumento Natural Estadual Serra da Piedade e a APA Municial Aguas da Serra da Piedade são consideradas afetadas, este índice de relevância deve ser considerado na aferição do GI.

Interferência /supressão de vegetação, acarretando fragmentação

O empreendimento se insere em área do Bioma Mata Atlântica, embora apresente áreas de transição para o bioma Cerrado.

Segundo RCA o município de Caeté está inserido no bioma da mata Atlântica. A área do empreendimento é composta por plantios de eucalipto e fragmentos de floresta estacional

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semidecidual. Não haverá exploração de vegetação nativa. Haverá apenas a exploração dos plantios de eucalipto no ponto ótimo de corte da empresa.

O impacto da atividade de silvicultura sobre a cobertura vegetal nativa se evidencia durante o plantio de mudas e os tratos culturais. Apesar de suas plantações contarem com mais de 20 anos, a substituição da flora nativa pelo gênero Eucalyptus, é o maior impacto. O manejo implantado, de corte do sub-bosque quando da retirada do material lenhoso, ocorre inibição da regeneração das plantas nativas e comprometimento da diversidade florística nos talhões.

Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme ‘Biodiversidade em Minas Gerais – Um Atlas para sua Conservação

Segundo o PU SUPRAM CM, de acordo com a publicação da Fundação Biodiversitas:

Biodiversidade em Minas Gerais – Um Atlas para sua Conservação, instrumento legalmente

instituído como subsídio técnico nos processos de licenciamento ambiental de empreendimentos, através da Deliberação Normativa COPAM n° 55, de 13 de junho de 2002, a coordenada apresentada como um ponto de intervenção do empreendimento se encontra dentro de uma Área Prioritária para Conservação, classificada como de Importância Biológica Especial para conservação de Herpetofauna em Minas Gerais.

O empreendimento, Fazenda Serra do Luiz Soares e Fazenda Rancho Novo, pertencentes ao Bloco Fazenda D´Ávila e outros, está inserido e parcialmente inserido em área prioritária para conservação na categoria Extrema (Anexo III). Segundo a Síntese das Áreas Prioritárias de Minas Gerais – Biodiversidade em Minas Gerais – 2ª Edição, esta área recebeu a denominação de “84 - Florestas da Borda Leste do Quadrilátero”, com a justificativa para inclusão como área de alta riqueza de espécies de aves raras, endêmicas e ameaçadas de extinção, e de espécies em geral.

Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar

Segundo RCA/PCA a atividade da silvicultura contribui para a elevação da capacidade de transporte de sedimentos para os cursos dágua, visto a escassez de cobertura vegetal nas áreas desmatadas, trilhas, corredores e estradas. Devido à inexistência de cobertura vegetal, principalmente nos corredores das plantações, estradas e aceiros, tem-se o aumento da capacidade de transporte do escoamento superficial e a consequente inserção de mais material nos corpos dágua. A existência de parcelas de solo exposto na carvoaria, especialmente no local onde é retirado o barro para selamento dos fornos, gerou áreas erodidas onde ocorre a retirada e transporte de sedimentos pelo fluxo superficial. As obras de terraplanagem e aterramento para a expansão da carvoaria na fazenda Rancho Novo geram a exposição do solo e a elevação das taxas transporte de material sólido à aportar até os cursos d‟água. Os impactos sobre os recursos hídricos decorrem dos tratos culturais e da exposição do solo frente ao corte das árvores. O manejo de insumos também pode vir a afetar os recursos hídricos de maneira indireta, a partir de acidentes de transporte e estocagem. Estas atividades contribuem para o aumento de turbidez das águas. O manejo inadequado de óleos e graxas na carvoaria pode gerar a contaminação do curso d‟água.

O RCA/PCA descreve que os impactos causados pela atividade de silvicultura sobre os solos ocorrem a partir do manejo inadequado de insumos, dos tratos culturais e uso de biocidas e no momento do corte das árvores, devido a exposição e compactação do solo.

O transporte de madeira até os fornos, feito por caminhões gera CO2 liberado na atmosfera e poeiras, nas estradas. Dessa forma, a atividade gera alteração da qualidade do ar, restrito

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a ADA e de longa duração. Este é um impacto negativo que foi avaliado como de média magnitude, longa duração e restrito a ADA.

Emissão de gases que contribuem efeito estufa

Conforme descreve o RCA, ocorrem as poeiras e a emissão de poluentes pela atividade de circulação de veículos nos pátios, além da emissão da fumaça da carvoaria, que é permanente em torno da carvoaria. O impacto derivado da combustão da madeira foi avaliado, restrito a ADA e à zona marginal à carvoaria.

A combustão do material nos fornos libera CO2 e óleos contendo alcatrão. O funcionamento de motores à combustão, incluindo os caminhões de transporte de madeira e carvão, produzem as emissões para a atmosfera pela queima de óleo que são constituídas essencialmente por óxidos de nitrogênio, dióxido de enxofre, hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material particulado, que contribuem para o efeito estufa.

Assim sendo, este parecer considera que o empreendimento em questão favorece a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.

Interferência em paisagens notáveis

Segundo RCA, a Fazenda Montanha abrange terrenos da Serra da Piedade, que se situa na crista da Serra do Espinhaço. A cota mais elevada do terreno, 1360m, localiza-se nas proximidades da Serra da Piedade. O RCA no item “7.2.2 Intervenção na Serra da Piedade”, informa que a Serra da Piedade, devido sua importância histórica, paisagística, ecológica e cultural, foi tombada para fins de conservação e declarada monumento natural pelo art. 84 da Constituição do Estado de Minas Gerais em 1989.

A Figura 3 traz o “Modelo de elevação digital da Fazenda Montanha”, que retrata a morfologia irregular do relevo, destacando a Serra da Piedade ao fundo.

Figura 3: Modelo digital de elevação da Fazenda Montanha. Fonte: RCA Bloco D’Ávila e outros/Saint Gobain Canalização/Bioma Meio Ambiente

SERRA

DA

PIEDADE

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A Fazenda Montanha tem sua porção norte e noroeste inserida no sopé da serra da Piedade e o município de Caeté, de relevo predominantemente montanhoso em 98% de seu território, abriga a Serra da Piedade, importante marco geográfico e turístico estadual. Localizado a uma pequena distância da cidade, a serra da Piedade (1.783 m de altitude), com seu Santuário de Nossa Senhora da Piedade, é tradicional ponto de romaria e cuja origem está ligada a muitas lendas. Ao lado do Santuário está o Observatório Astronômico da UFMG. Da serra, tem-se uma linda vista de várias cidades da região. Figura 4.

Figura 4: vertentes da Fazenda Montanha voltadas para Caeté e colinas ocupadas por reflorestamento homogêneo. Ao fundo, à esquerda, a serra da Piedade.

Fonte: RCA Bloco D’Ávila e outros/Saint Gobain Canalização/Bioma Meio Ambiente Entende-se por paisagem notável uma área ou porção NATURAL da superfície terrestre provida de limite, cujo conjunto forma um ambiente de elevada beleza cênica e/ou de valor científico, histórico, cultural, de turismo e lazer. São exemplos de paisagens notáveis serras que se destaquem bela beleza cênica ou interesse científico/cultural. Também paisagens protegidas por instrumentos jurídicos ou administrativos, tais como monumentos naturais e áreas tombadas como patrimônio natural.

Conforme informado no RCA, o empreendimento, Fazenda Montanha pertencente ao Bloco Fazenda D‟Ávila e outros, na sua área diretamente afetada e de influência tem interferência na Serra da Piedade, proporcionando alteração nas características originais da paisagem em sua dinâmica ecológica/social/cultural/social/estética. O empreendimento em questão contribui para o agravamento desta degradação, juntamente com as atividades minerárias existentes no entorno.

Aumento da erodibilidade do solo

O RCA descreve que os processos erosivos predominantes se configuram como laminares por época dos desmates, quando o solo é desnudado, o escoamento pluvial é concentrado em estradas e aceiros. A unidade de carvoejamento consiste numa grande área exposta a esses tipos de processos. As florestas no entorno protegem o solo a maior parte do tempo, de maneira que tais processos são pontuais e pouco perceptíveis, a não ser nas parcelas de solo exposto que contribuem para o aumento do escoamento e transporte de sedimentos

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pelo fluxo superficial. A atividade de corte do eucalipto gera a exposição do solo causando favorecimento dos processos erosivos.

Figuras 3 e 4: Processo erosivo causado pela concentração do fluxo fluvial, com retirada acelerada de sedimentos.

Fonte: RCA Bloco D’Ávila e outros/Saint Gobain Canalização/Bioma Meio Ambiente No momento do corte, a erosão laminar ocorre com maior intensidade até a rebrota, quando o solo fica exposto, contribuindo para a perda de potencial produtivo dos solos, e portanto, sua indisposição para certos usos e sua lavagem pelas águas de chuva. Com relação à possibilidade de erosão a partir das trilhas formadas pelo pisoteio de animais avaliou-se o impacto restrito à ADA. O pisoteio dos animais durante o transporte da madeira até as vias de acesso causa a compactação do solo. A estrutura granular dos latossolos da região transforma-se em laminar devido a pressão das patas dos animais, reduzindo a infiltração e aumentando o escoamento. Dessa forma tem-se a potencialização dos processos erosivos. As obras de terraplanagem e aterramento para a expansão da carvoaria na fazenda Rancho Novo geram a exposição do solo e a elevação das taxas transporte de material sólido à aportar até os cursos d‟água.

Segundo LAL (1988)2, erodibilidade é o efeito integrado de processos que regulam a recepção da chuva e a resistência do solo para desagregação de partículas e o transporte subseqüente. Ainda segundo o autor, esses processos são influenciados pelas pela constituição, estrutura, hidratação do solo, bem como pelas características da circulação da água no mesmo.

Neste sentido LAL(1988) pontua que a proporção relativa de macroporos, a estabilidade e continuidade dos mesmos, bem como à existência de biocanais criados por raízes deterioradas e pela fauna do solo, são fatores que contribuem para o aumento da capacidade de infiltração da água no solo, e portanto para a redução de sua erodibilidade. Assim, tendo em vista as atividades inerentes à implantação e operação do empreendimento, corte do eucalipto, exposição do solo na carvoaria e transporte da madeira por animais, e considerando que as mesmas provocam exposição do solo e compactação, entende-se que o empreendimento contribui para o aumento da erodibilidade do solo.

Emissão de sons e ruídos residuais

2

LAL, R. Erodibility and erosivity. In: LAL, R. et al. Soil erosion research methods. Washington: Soil and Water Conservation Society, 1988. p. 141-160.

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Segundo RCA/PCA as atividades de carvoejamento e silvicultura nas fazendas da Saint Gobain geram impactos que contém um potencial risco à saúde dos trabalhadores, em diferentes situações, que implicam no fato de se tratar de saúde humana.

Quando o Eucalyptus atinge a idade de seis anos, está pronto para ser cortado para carvoejamento. O corte é feito com o uso de motosserras, equipamento que não dispensa o uso de EPI‟s. Este material é, então, transportado por muares e disposto à beira da estrada já sob forma de lenha, para secagem e recolhimento. A lenha é carregada em caminhões e levada para a praça de carvoejamento. A geração de ruídos são no empreendimento, são adivindos das operações de uso de motosserra e provocados por veículos e equipamentos, bem como o trânsito de pessoas.

Destaca-se a importância da geração de tais ruídos para a degradação da saúde humana, bem como, fator gerador de estresse da Fauna, podendo causar o seu afugentamento e até mesmo interferência em processos ecológicos.

Neste sentido, CAVALCANTE (2009)3, em sua revisão da literatura, destaca estudos que apontam a interferência de ruídos na ecologia e distribuição de passariformes:

“Esta alteração do campo acústico em hábitats de passeriformes, como conseqüência das ações do homem, pode produzir o mascaramento de nichos espectrais, afetando a comunicação dos animais. Se vocalizações de acasalamento não forem ouvidas podem resultar na redução do número de indivíduos ou até mesmo na extinção de espécies (KRAUSE, 1993).”

Sendo assim, considera-se o impacto “Emissão de sons e ruídos residuais”, pra fins de aferição do GI.

2.5 Indicadores Ambientais

2.5.1 Índice de Temporalidade

A temporalidade de um empreendimento para fins de Grau de impacto, é definida pelo Decreto 45.175/2009, como o tempo de persistência dos impactos gerados pelo mesmo empreendimento no meio ambiente.

Assim, considerando os impactos ocorrência de espécies ameaçadas de extinção; introdução ou facilitação de espécies invasoras; interferência em unidades de conservação; interferência em áreas prioritárias para a conservação; alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar; emissão de gases que contribuem efeito estufa; interferência em paisagens notáveis e aumento da erodibilidade do solo, este Parecer considera que o Índice de temporalidade do empreendimento é longo.

2.5.2 Índice de Abrangência

Considerando que Área de Influência Indireta do emprendimento abrange município de Caeté, onde está instalada a maior parte da unidade da empresa, e, em menor porção, os municípios de Nova União e Barão de Cocais, onde se situa pequenas áreas de borda das propriedades, considerando a proximidade com a Serra da Piedade, considerando a

3

CAVALCANTE, K. V. S. M. Avaliação acústica ambiental de háitats de passariformes expostos a ruídos antrópicos em Minas Gerais e São Paulo. UFMG. Belo Horizonte.2009.

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definição da abrangência estabelecida pelo Decreto 45.175/2009, entende-se que o empreendimento possui abrangência regional.

3.1 Valor da Compensação ambiental

Em se tratando de empreendimento agrosilvopatoril, de acordo com o Decreto 45.175/09,o valor do GI apurado, pode ser deduzido 0,01% a cada 1% de reserva legal acima dos 20% legalmente exigidos.

Deste modo, segue abaixo quadro ,conforme RCA e PU SUPRAM, com as áreas de cada fazenda e seus respectivos quantitativos de reservas legais averbadas e áreas de preservação permanente. FAZENDA Área De Plantio (ha) % Área de Reserva Legal Averbada (ha) % Área de Preservação Permanente (ha) % Outros (ha) % ÁREA TOTAL (ha) Fazenda do Braz 639,7 66,62 208,25 21,69 72,34 7,53 39,91 4,16 960,20 Fazenda da Montanha 439 24,78 375,6 21,20 248,7 14,04 708,33 39,98 1.771,63 (1063,3) Fazenda D´Ávila/ Rancho Novo 607,41 64,85 212,22 22,66 79,39 7,84 97,65 10,43 936,67 Fazenda Serra do Luiz Soares 862,77 61,72 330,79 23,67 140,21 10,03 63,99 4,58 1.397,76 Fazenda Cachoeira 439 44,16 404,85 40,72 60 6,04 90,35 9,09 994,20 TOTAL 2.987,88 48,87 1.531,71 25,05 594,64 9,72 1.000,2 16,36 6.060,46

Quadro de áreas das fazendas pertencentes ao “Bloco D´ Ávila e outros”.

Conforme o quadro, uma vez que as áreas de Reserva Legal averbadas apresentam percentual 5% superiores aos 20% exigidos por lei, deve ser reduzido 0,05 do Grau de Impacto – GI (tabela em anexo), calculado nos termos do Decreto 45.175/09, alterado pelo Decreto 45.629/11. Assim o GI aferido passa de 0,5% para 0,45%.

Com base neste GI o valor da compensação ambiental foi apurado considerando o Valor de Referência do empreendimento informado pelo empreendedor e o

Valor de referência do empreendimento: R$ 1.952.472,42 (hum milhão, novecentos e cinquenta e dois mil, quatrocentos e setenta e dois reais e quarenta e dois centavos)

Valor do GI aplicado: 0,4500%

Valor da Compensação Ambiental (GI x VR): R$ 8.786,13 (oito mil, setecentos e oitenta e seis reais e treze centavos)

3.2 Unidades de Conservação Afetadas

De acordo com a análise realizada, o Monumento Natural Estadual Serra da Piedade e a APA Municial Aguas da Serra da Piedade são consideradas afetadas. No entanto, em consulta ao CNUC/MMA verificou-se que apenas a Área de Proteção Ambiental Municipal

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Águas da Serra da Piedade se encontra cadastrada, sendo a única apta, de acordo com as diretrizes do POA/2014, a receber os recursos da compensação ambiental.

Assim sendo a mesma unidade foi submetida à metodologia prevista no mesmo instrumento para cálculo do índice de distribuição, que estipula a percentagem de recusos previstos para a unidade de acordo com os critérios sintetizados a seguir:

Unidade Diretamente Afetada

Área de Proteção Ambiental Municipal Águas da Serra da Piedade

Área Prioritária Extrema

Espécies Ameaçadas Dalbergia nigra Índice Biológico Elevado

Área da Unidade 4.570,2012 ha

Índice Biofísico Alto

Categoria de Uso Uso sustentável

Índice de Distribuição 63%

A despeito o ID aferido pela metodologia, conforme diretrizes do POA/2014, quando o valor da compensação ambiental for igual ou inferior à R$10.000,00 (dez mil reais) e houver Unidade de conservação afetada, o recurso será destinado à mesma integralmente.

Portanto, este parecer recomenda destinar R$ 8.786,13 (oito mil, setecentos e oitenta e seis reais e treze centavos) para Área de Proteção Ambiental Municipal Águas da Serra da Pìedade.

3.3 Recomendação de Aplicação do Recurso

Desse modo, obedecendo a metodologia prevista, bem como as demais diretrizes do POA/2014, este parecer faz a seguinte recomendação para a destinação dos recursos:

Valores e distribuição do recurso

100% dos recursos para Unidade de conservação afetada - Área de

Proteção Ambiental Municipal Águas da Serra da Pìedade. R$ 8.786,13

Valor total da compensação: R$ 8.786,13

Os recursos deverão ser repassados ao IEF em até 04 parcelas, o que deve constar do Termo de Compromisso a ser assinado entre o empreendedor e o órgão.

4 – CONTROLE PROCESSUAL

Trata-se o expediente de processo visando o cumprimento de condicionante de compensação ambiental estabelecida nos autos do processo de licenciamento ambiental – PA/COPAM Nº.: 00299/2005/001/2007, pelo qual o empreendimento obteve a Licença de Operação Corretiva para a implantação da atividade de Silvicultura de eucalipto e produção de carvão vegetal.

Destaca-se que os autos encontram-se devidamente formalizados e instruídos com a documentação exigida pela Portaria IEF 55/2012.

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Verifica-se que o valor de referência do empreendimento foi apresentado em consonância com o estabelecido pelo Art. 11 do Decreto Estadual 45.175/2009, estando devidamente assinada por profissional legalmente habilitado.

Ressalta-se que por ser o valor de referência um ato declaratório, a responsabilidade pela veracidade do valor informado é do empreendedor, sob pena de, em caso de falsidade, submeter-se às sanções civis, penais e administrativas, não apenas pela prática do crime de falsidade ideológica, como também, pelo descumprimento da condicionante de natureza ambiental, submetendo-se às sanções da Lei 9.605/98, Lei dos Crimes Ambientais.

Infere-se, ainda, que a sugestão de aplicação dos recursos financeiros a serem pagos pelo empreendedor a título de compensação ambiental estão em conformidade com a legislação vigente, notadamente com as diretrizes estabelecidas pelo Plano Operativo Anual – POA/2014.

Isto posto, afirma-se que a destinação dos recursos sugerida neste parecer atende as normas legais vigentes e as diretrizes do POA/2013, não restando óbices legais para que o mesmo seja aprovado.

5 - CONCLUSÃO

Considerando a análise e descrição técnicas empreendidas,

Considerando a inexistência de óbices jurídicos para a aplicação dos recursos provenientes da compensação ambiental a ser paga pelo empreendedor, nos moldes detalhados neste Parecer,

Infere-se que o presente processo encontra-se apto à análise e deliberação da Câmara de Proteção à Biodiversidade e áreas protegidas do COPAM, nos termos do Art. 18, inc. IX do Decreto Estadual 44.667/2007.

Ressalta-se, finalmente, que o cumprimento da compensação ambiental não exclui a obrigação do empreendedor de atender às demais condicionantes definidas no âmbito do processo de licenciamento ambiental.

Este é o parecer. Smj.

Belo Horizonte, 16 de agosto de 2014.

Márcio de Fátima Milagres de Almeida MASP 1002331-5

CREA 42526/D De acordo:

Samuel Andrade Neves Costa Gerente da Compensação Ambiental OAB/MG 117.572 MASP: 1.267.444-6

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Tabela de Grau de Impacto - GI

Nome do Empreendimento

Nº Pocesso(s) COPAM SAINT GOBAIN CANALIZAÇÃO LTDA 00299/2005/001/2007

Índices de Relevância Valoração

Impacto identificado

Valoração apurada

Ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou interferência em áreas de reprodução, de pousio ou distúrbios de rotas migratórias

0,0750 X 0,0750

Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras) 0,0100 X 0,0100

Interferência /supressão de vegetação, acarretando fragmentação

ecossistemas especialmente

protegidos (Lei 14.309)

0,0500

outros biomas 0,0450

Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e

sítios paleontológicos 0,0250

Interferência em unidades de conservação de proteção integral,

sua zona de amortecimento, observada a legislação aplicável. 0,1000 X 0,1000

Interferência em áreas prioritárias para

a conservação, conforme

„Biodiversidade em Minas Gerais – Um Atlas para sua Conservação

Importância Biológica Especial 0,0500 Importância Biológica Extrema 0,0450 X 0,0450 Importância Biológica Muito Alta 0,0400 Importância Biológica Alta 0,0350

Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar 0,0250 X 0,0250

Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas

superficiais 0,0250

Transformação ambiente lótico em lêntico 0,0450

Interferência em paisagens notáveis 0,0300 X 0,0300

Emissão de gases que contribuem efeito estufa 0,0250 X 0,0250

Aumento da erodibilidade do solo 0,0300 X 0,0300

Emissão de sons e ruídos residuais 0,0100 X 0,0100

Somatório Relevância 0,6650 0,3500

Indicadores Ambientais

Índice de temporalidade (vida útil do empreendimento)

Duração Imediata – 0 a 5 anos 0,0500

Duração Curta - > 5 a 10 anos 0,0650

Duração Média - >10 a 20 anos 0,0850

Duração Longa - >20 anos 0,1000 X 0,1000

Total Índice de Temporalidade 0,3000 0,1000

Índice de Abrangência

Área de Interferência Direta do empreendimento 0,0300

Área de Interferência Indireta do empreendimento 0,0500 X 0,0500

Total Índice de Abrangência 0,0800 0,0500

Somatório FR+(FT+FA) 0,5000

Valor do grau do Impacto a ser utilizado no cálculo da compensação (- 0,05% referente a 5%

acima de 20% de reserva legal – empreendimento agrosilvopastoril) 0,4500%

Valor de Referencia do Empreendimento R$ 1.952.472,42

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ANEXO I – EMPREENDIMENTO X UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

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ANEXO II – EMPREENDIMENTO X UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

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ANEXO III – EMPREENDIMENTO X ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO

Referências

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