• Nenhum resultado encontrado

Deposição e caracterização de filmes finos fabricados através da técnica de polimerização por plasma de D-limoneno

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Deposição e caracterização de filmes finos fabricados através da técnica de polimerização por plasma de D-limoneno"

Copied!
44
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA

PROGRAMA DE P ´OS-GRADUAC¸ ˜AO EM ENGENHARIA DE MINAS, METAL ´URGICA E DE MATERIAIS

DEPOSIC

¸ ˜

AO E CARACTERIZAC

¸ ˜

AO DE

FILMES FINOS FABRICADOS ATRAV ´

ES DA

T ´

ECNICA DE POLIMERIZAC

¸ ˜

AO POR PLASMA

DE D-LIMONENO

D

ANIEL

G

ERCHMAN

O

RIENTADOR

: P

ROF

. D

R

. A

NTONIO

S

HIGUEAKI

T

AKIMI

Porto Alegre – RS

Setembro/2019

(2)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ESCOLA DE ENGENHARIA

PROGRAMA DE P ´OS-GRADUAC¸ ˜AO EM ENGENHARIA DE MINAS, METAL ´URGICA E DE MATERIAIS

DEPOSIC

¸ ˜

AO E CARACTERIZAC

¸ ˜

AO DE

FILMES FINOS FABRICADOS ATRAV ´

ES DA

T ´

ECNICA DE POLIMERIZAC

¸ ˜

AO POR PLASMA

DE D-LIMONENO

D

ANIEL

G

ERCHMAN

Tese apresentada ao Programa de P´os-Graduac¸˜ao em Engenharia de Minas, Metal´urgica e de Mate-riais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como parte dos requisitos para a obtenc¸˜ao do t´ıtulo de Doutor em Engenharia, ´area de concentrac¸˜ao: Ciˆencia e Tecnologia dos Materiais

Orientador: Prof. Dr. Antonio Shigueaki Takimi Banca examinadora:

Prof. Dr. Carlos Alejandro Figueroa - UCS Prof. Dr. Marcelo Barbalho Pereira - UFRGS Dra. Fernanda Cortez Lopes - UFRGS Dra. Maria Rita Ortega Vega

Porto Alegre – RS

Setembro/2019

(3)

A

GRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer `as pessoas que estiveram ao meu lado durante o doutorado, em espe-cial:

`

A minha namorada, Amanda, por todo companheirismo, carinho, bom humor, apoio e amor; `

A minha fam´ılia, meu pai Jacques, minha m˜ae Liza, meus irm˜aos Marcos e J´ulio que sempre me apoiaram, com compreens˜ao dos desafios do doutorado, paciˆencia de ouvir as explicac¸˜oes e carinho;

Ao meu orientador Prof. Antonio S. Takimi, pelas discuss˜oes sobre resultados;

Aos meus colegas de laborat´orio que me acompanharam durante estes anos, Sara, Jhon, Thiago, Vin´ıcius, Lucas, Renato, ´Alvaro, Harald e Bruna; e ao Pedro, que tive a oportunidade de aprender e ensinar, e foi indispens´avel pra conseguir terminar o doutorado;

Ao Prof. Marcelo Barbalho e Rodrigo pelas an´alises de elipsometria, disponibilidade de ajuda e aux´ılio com artigo;

Ao Prof. Carlos Figueroa e sua equipe pela realizac¸˜ao dos testes de microscratch e oportu-nidade de conhecer os laborat´orios da UCS;

`

As Doutoras Fernanda e Anne pelos ensaios com bact´erias e por seu entusiasmo; `

A equipe do LAMAD, especialmente aos professores Fabr´ıcio e Vicente e `a doutoranda Gabriela pelo uso e aux´ılio com an´alise de FTIR;

Ao Prof. Rog´erio Maltez pela an´alise de RBS, por ser muito acess´ıvel e com paciˆencia para ensinar e ajudar;

Ao Prof. Cl´audio Radtke e Jo˜ao pelas an´alises de XPS e interpretac¸˜ao de resultados; `A equipe do LAPEC pelas an´alises de AFM;

(4)

“Podemos julgar nosso progresso pela coragem dos nossos questionamentos e pela profundidade de nossas respostas, nossa vontade de abrac¸ar o que ´e verdadeiro ao inv ´es daquilo que nos faz sentir bem.” – Carl Sagan

(5)

L

ISTA DE

A

BREVIAC

¸ ˜

OES E

S

IGLAS

K(λ ) – Parˆametro imagin´ario do ´ındice de refrac¸˜ao ∆ – Diferenc¸a de fase

Ψ – Diferenc¸a em amplitude

γLG– Energia superficial do l´ıquido em equil´ıbrio com g´as

γSG– Energia superficial do s´olido em equil´ıbrio com g´as

γSL– Energia superficial do s´olido em equil´ıbrio com l´ıquido

λ – Comprimento de onda θ – ˆAngulo de contato

n(λ ) – Parˆametro real do ´ındice de refrac¸˜ao AC – Corrente alternada

AFM – Microscopia de Forc¸a Atˆomica AISI – American Iron and Steel Institute DC – Corrente cont´ınua

DSC – Calorimetria Explorat´oria Diferencial

FTIR – Espectroscopia no Infravermelho com transformada de Fourier IH – Infecc¸˜oes hospitalares

MEV-FEG – Microscopia Eletrˆonica de Varredura com canh˜ao de emiss˜ao de campo MO – Microscopia ´otica

PDMS – Polidimetilsiloxano

(6)

RF – Radiofrequˆencia Ra – Rugosidade m´edia

Rq – rugosidade m´edia quadr´atica

Rz – M´edia dos valores absolutos das alturas dos cinco picos mais altos e dos cinco vales mais profundos

S. aureus – Staphylococcus Aureus TGA – An´alise termogravim´etrica UFC – Unidades formadoras de colˆonia

(7)

S

UM

ARIO

´

CAP´ITULO 1 – INTRODUC¸ ˜AO 20

CAP´ITULO 2 – OBJETIVOS 22

2.1 Objetivo geral . . . 22

2.2 Objetivos espec´ıficos . . . 22

CAP´ITULO 3 – FUNDAMENTAC¸ ˜AO TE ´ORICA 23 3.1 Limoneno . . . 23

3.1.1 Definic¸˜ao e propriedades . . . 23

3.1.2 Limoneno no cen´ario mundial e brasileiro . . . 25

3.1.3 Polimerizac¸˜ao de limoneno . . . 26

3.2 Plasma . . . 27

3.2.1 Definic¸˜oes . . . 27

3.2.2 Plasma de n˜ao-equil´ıbrio . . . 31

3.2.3 Polimerizac¸˜ao por plasma . . . 32

3.2.4 Polimerizac¸˜ao por plasma de terpenos e ´oleos essenciais . . . 36

3.2.5 Pol´ımeros por plasma com propriedades antibacterianas . . . 38

3.2.6 Inibic¸˜ao `a ades˜ao de bact´erias . . . 41

CAP´ITULO 4 – METODOLOGIA 45 4.1 Materiais . . . 45

(8)

4.2 Experimental . . . 45

4.2.1 Fluxograma . . . 45

4.2.2 Preparo de amostra . . . 46

4.2.3 Reator para polimerizac¸˜ao por plasma . . . 46

4.2.4 Procedimento para deposic¸˜ao dos filmes . . . 48

4.2.5 Caracterizac¸˜ao . . . 49

4.2.5.1 Elipsometria Espectral . . . 49

4.2.5.2 Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier 50 4.2.5.3 Espectroscopia de Fotoemiss˜ao de raios-X . . . 51

4.2.5.4 Espectroscopia de Retroespalhamento de Rutherford . . . 52

4.2.5.5 Microscopia Eletrˆonica de Varredura . . . 52

4.2.5.6 Microscopia de Forc¸a Atˆomica . . . 53

4.2.5.7 An´alise Termogravim´etrica . . . 53

4.2.5.8 Microscratch . . . 54

4.2.5.9 Microscopia ´Otica . . . 54

4.2.5.10 Angulo de contato . . . .ˆ 54 4.2.5.11 Estabilidade em solventes . . . 55

4.2.5.12 Teste de ades˜ao bacteriana . . . 55

CAP´ITULO 5 – RESULTADOS E DISCUSS ˜AO 57 5.1 Montagem do reator . . . 57

5.2 Influˆencia do tempo de deposic¸˜ao na espessura resultante . . . 58

5.3 Morfologia e topografia . . . 61

5.3.1 Filmes n˜ao-estruturados . . . 61

5.3.2 Filmes estruturados . . . 64

5.4 Caracterizac¸˜ao qu´ımica dos filmes . . . 75

(9)

5.6 Comportamento mecˆanico . . . 84

5.7 Angulo de contato . . . .ˆ 88 5.8 Estabilidade em solventes . . . 89

5.8.1 Estabilidade em solventes de filmes n˜ao-estruturados . . . 90

5.8.1.1 Filme n˜ao-estruturado em ´agua . . . 90

5.8.1.2 Filme n˜ao-estruturado em etanol . . . 90

5.8.1.3 Filme n˜ao-estruturado em acetona . . . 94

5.8.2 Estabilidade em solventes de filmes estruturados . . . 96

5.8.2.1 Filme estruturado em ´agua . . . 96

5.8.2.2 Filme estruturado em etanol . . . 96

5.8.2.3 Filme estruturado em acetona . . . 101

5.8.3 Considerac¸˜oes finais sobre estabilidade em solventes . . . 105

5.9 Ades˜ao bacteriana . . . 106

CAP´ITULO 6 – CONCLUS ˜OES 114

CAP´ITULO 7 – TRABALHOS FUTUROS 116

(10)

Cap´ıtulo 2

O

BJETIVOS

2.1

Objetivo geral

Obter e caracterizar filmes depositados a partir da polimerizac¸˜ao por plasma de d-limoneno.

2.2

Objetivos espec´ıficos

• Avaliar a influˆencia dos principais parˆametros de deposic¸˜ao nas caracter´ısticas dos filmes; • Realizar caracterizac¸˜ao da estrutura qu´ımica do filme;

• Estudo de morfologia e rugosidade do filme depositado;

• Avaliar a estabilidade t´ermica, mecˆanica e quanto `a imers˜ao em solventes do filme; • Avaliar o desempenho dos filmes na inibic¸˜ao `a ades˜ao de bact´erias em sua superf´ıcie.

(11)

Cap´ıtulo 3

F

UNDAMENTAC

¸ ˜

AO TE

ORICA

´

3.1

Limoneno

3.1.1

Definic¸˜ao e propriedades

O isˆomero dextr´ogiro d-limoneno, ou (+)-limoneno ou R-limoneno, ´e um hidrocarboneto monoc´ıclico (Figura 3.1) naturalmente produzido por plantas e frutas. ´E o principal compo-nente de ´oleos presentes em cascas de frutas c´ıtricas tais como laranja, lim˜ao e bergamota [15]. Em contraste, seu isˆomero menos comum, l-limoneno, ´e um dos constituintes produzidos por ´arvores como pinheiros e carvalhos [16].

Figura 3.1: Estrutura qu´ımica dos enantiˆomeros de limoneno.

Ambos enantiˆomeros pertencem `a classe de compostos orgˆanicos chamada de terpenos, que podem ser considerados como combinac¸˜oes de unidades de isopreno (C5H8). Esta fam´ılia de

compostos ´e classificada de acordo com o n´umero de cadeias de isopreno que formam o sua es-trutura qu´ımica (Tabela 3.1), sendo assim d-limoneno e l-limoneno considerados monoterpenos.

(12)

3.1 Limoneno 24

Para simplificac¸˜ao, d-limoneno ser´a abreviado para limoneno neste trabalho.

Tabela 3.1: Classificac¸˜ao de terpenos conforme o n ´umero de unidades de isopreno.

Unidades de isopreno F´ormula Geral Classe

1 C5H8 Hemiterpenos

2 (C5H8)2 Monoterpenos

3 (C5H8)3 Sesquiterpenos

4 (C5H8)4 Diterpenos

n (C5H8)n Politerpenos

Limoneno possui um odor c´ıtrico caracter´ıstico de laranjas, fator que leva a sua utilizac¸˜ao em produtos cosm´eticos e na ind´ustria aliment´ıcia [11]. ´E um l´ıquido incolor, vol´atil e com baixa solubilidade em ´agua. Propriedades gerais do limoneno s˜ao descritas na Tabela 3.2.

Tabela 3.2: Propriedades do limoneno [17].

Propriedade Valor

F´ormula Qu´ımica C10H16

Massa molar 136,238 g/mol Ponto de fus˜ao -74 °C Ponto de ebulic¸˜ao 176 °C Densidade 0,94 g/dm3 Solubilidade em ´agua 13,8 mg/L Odor Laranja Colorac¸˜ao Incolor

Referente a sua toxicidade, ´e classificado pelo C´odigo Federal de Regulac¸˜oes dos Estados Unidos como seguro (generally recognized as safe – GRAS) [18]. Estudos revelaram que a exposic¸˜ao ao limoneno por humanos n˜ao causa nenhum tipo de risco mutagˆenico, carcinogˆenico ou nefrot´oxico [19].

Al´em de seu caracter´ıstico odor c´ıtrico, o limoneno possui outras propriedades de potencial interesse industrial. O limoneno, assim como o ´oleo essencial de laranja, apresenta atividade antibacteriana [11, 20], demonstrando capacidade de eliminar bact´erias como S. aureus, B. cereuse E. coli, causando alterac¸˜oes estruturais em suas membranas que as levam `a morte [21, 22]. Nanoemuls˜oes de limoneno, por exemplo, causam danos severos `a integridade de diversos micr´obios (Figura 3.2). Exemplos de estudos envolvendo suas aplicac¸˜oes incluem a adic¸˜ao de

(13)

3.1 Limoneno 25

microc´apsulas contendo limoneno para fornecer efeito antibacteriano prolongado em tecidos de algod˜ao [23]; concreto resistente a microorganismos [24]; emuls˜oes empregadas no combate de bact´erias [25]; entre outros.

Figura 3.2: E. coli (A,B) e S. aureus (C,D) antes (A,C) e depois (B,D) de tratados por 3h com nanoemuls˜ao de limoneno, causando severos danos `as bact´erias. Adaptado de [25]

3.1.2

Limoneno no cen´ario mundial e brasileiro

Industrialmente, o limoneno ´e obtido atrav´es da extrac¸˜ao de ´oleo de res´ıduos do processa-mento da laranja. Na ind´ustria do suco de laranja, somente aproximadamente 55% ´e aproveitado para a fabricac¸˜ao do suco (Figura 3.3), gerando uma elevada quantidade de res´ıduos, como o bagac¸o, sementes e casca [26]. Da casca, ent˜ao, ´e poss´ıvel extrair o ´oleo da laranja.

(14)

3.1 Limoneno 26

O ´oleo extra´ıdo das cascas, que pertence `a classe de ´oleos essenciais devido ao seu aroma, ´e composto de uma grande variedade de fitoconstituintes produzidos pela fruta, com aproximada-mente 140 diferentes compostos qu´ımicos (Figura 3.4). Dentre eles, monoterpenos representam a maior parcela (97,52%), seguidos por alde´ıdos (0,75%) e ´alcoois (0,58%) [27]. Dos monoter-penos presentes no ´oleo essencial de laranja, o principal componente ´e o limoneno com 95,17%, seguidos por mirceno (1,86%) e α-pineno (0,42%) [28]. A proporc¸˜ao destes constituintes varia para cada fruta, por´em se encontram nestas faixas aproximadas. Mundialmente, a produc¸˜ao de limoneno est´a na faixa de 70 milh˜oes de quilos anuais e possui tendˆencias de crescimento [29].

Figura 3.4: Constituintes do ´oleo de laranja.

Especificamente para o Brasil, estudos envolvendo novas aplicac¸˜oes para o limoneno s˜ao de grande interesse, visto que o pa´ıs ´e o maior produtor de laranja do mundo, respons´avel por 16 milh˜oes de toneladas anuais do total mundial de 47,7 milh˜oes de toneladas, e o maior produtor de suco de laranja (1 milh˜ao de toneladas anuais do total mundial de 1,6 milh˜oes de toneladas) [12]. Isto representa aproximadamente 500 mil toneladas anuais de res´ıduos desta ind´ustria, dos quais o limoneno pode ser extra´ıdo e aproveitado para novas aplicac¸˜oes de possivelmente elevado valor agregado.

3.1.3

Polimerizac¸˜ao de limoneno

A estrutura qu´ımica do limoneno apresenta duas insaturac¸˜oes n˜ao conjugadas: uma ligac¸˜ao dupla endoc´ıclica e uma exoc´ıclica (Figura 3.5a). A presenc¸a destas duas insaturac¸˜oes na estru-tura qu´ımica do limoneno sinaliza uma possibilidade de polimerizac¸˜ao radicalar. A reatividade das duas insaturac¸˜oes ´e distinta, sendo a endoc´ıclica consideravelmente menos reativa que a exoc´ıclica devido a impedimentos est´ericos e rigidez da cadeia [30].

(15)

3.2 Plasma 27

Figura 3.5: (a) Localizac¸˜ao de hidrogˆenios al´ılicos e insaturac¸˜oes na cadeia do limoneno; (b) exem-plo de radical al´ılico no limoneno, que possui alta estabilidade.

Apesar disto, na literatura n˜ao h´a ind´ıcios de polimerizac¸˜ao de limoneno com sucesso. Ren n˜ao detectou oligˆomeros ap´os tentativa de homopolimerizac¸˜ao por radical livre de limoneno com per´oxido de benzo´ılo (BPO) [13]. Ele concluiu que a alta reatividade dos hidrogˆenios al´ılicos (Figura 3.5a) tende a causar uma reduc¸˜ao no peso molecular devido a mecanismos de transferˆencia de cadeia, que competem com o crescimento da cadeia. Durante a polimerizac¸˜ao, o radical do pol´ımero em formac¸˜ao tem uma maior probabilidade de reagir com o hidrogˆenio al´ılico, sendo transferido ao inv´es de ocorrer a propagac¸˜ao da cadeia, visto que o radical al´ılico (Figura 3.5b) tem alta estabilidade causada pela ressonˆancia [31].

Singh e colegas tamb´em pesquisaram a homopolimerizac¸˜ao do limoneno atrav´es do uso de BPO como iniciador monofuncional [32]. Ap´os 4 horas de reac¸˜ao, sob atmosfera inerte e 85 °C, baixas taxas de convers˜ao foram alcanc¸adas (11,5%).

Al´em de polimerizac¸˜ao por radicais livres, cadeias de baixo peso molecular tamb´em foram obtidas em polimerizac¸˜ao catiˆonica [33]. Pelos motivos acima descritos, a formac¸˜ao de um homopol´ımero de limoneno n˜ao ´e vi´avel atrav´es de t´ecnicas convencionais de polimerizac¸˜ao.

3.2

Plasma

3.2.1

Definic¸˜oes

Plasma ´e conhecido como o quarto estado da mat´eria, correspondendo a um g´as parcial-mente ou totalparcial-mente ionizado. El´etrons e ´ıons s˜ao gerados em um g´as atrav´es de colis˜oes entre f´otons (fotoionizac¸˜ao) ou el´etrons (ionizac¸˜ao por impacto eletrˆonico) com energia suficiente e ´atomos ou mol´eculas neutras do g´as [34]. O fornecimento de energia para a ionizac¸˜ao do g´as pode ser realizado de diversas maneiras. O plasma de estrelas bem como o do fogo, por exem-plo, ´e gerado por reac¸˜oes exot´ermicas, fornecendo energia t´ermica ao sistema para a ionizac¸˜ao.

(16)

3.2 Plasma 28

Entretanto, a elevada temperatura destes plasmas t´ermicos limita a sua aplicac¸˜ao tecnol´ogica. Alternativamente, plasmas de baixa temperatura podem ser gerados artificialmente atrav´es da aplicac¸˜ao de uma diferenc¸a de potencial em um g´as neutro.

Sob efeito do campo el´etrico gerado pela aplicac¸˜ao da tens˜ao, o plasma pode ser gerado pelo fornecimento de energia cin´etica aos el´etrons suficiente para ionizac¸˜ao das mol´eculas do g´as [35]. Primeiramente, el´etrons est˜ao presentes naturalmente em gases devido a interac¸˜ao com raios c´osmicos e outros processos aleat´orios [34]. Nas condic¸˜oes t´ıpicas de v´acuo para plasma, h´a naturalmente, por exemplo, uma concentrac¸˜ao de 105 a 107 el´etrons por m3 [36]. Estes el´etrons s˜ao acelerados pela diferenc¸a de potencial aplicada entre dois eletrodos, gerando colis˜oes el´asticas com outras mol´eculas neutras do g´as, ionizando-as e gerando mais portado-res de carga, e assim sucessivamente (processo conhecido como avalanche de Townsend). O mecanismo de formac¸˜ao do plasma est´a ilustrado na Figura 3.6.

Figura 3.6: Mecanismo de formac¸˜ao do plasma.

Esta reac¸˜ao em cadeia torna simples e pr´atica a formac¸˜ao do plasma por aplicac¸˜ao de alta tens˜ao (cont´ınua ou alternada). Como resultado, o plasma ´e composto por ´ıons positivos da mol´ecula de g´as, el´etrons e mol´eculas n˜ao ionizadas neutras. Usualmente, a quantidade de esp´ecies neutras, ainda assim, ´e superior `as esp´ecies ionizadas (aproximadamente 106 vezes maior), causada pela recombinac¸˜ao de el´etrons e ´ıons que geram a emiss˜ao luminosa t´ıpica dos plasmas [37], como mostrado na Figura 3.7.

(17)

3.2 Plasma 29

Figura 3.7: T´ıpico plasma entre dois eletrodos. [38]

Gases como h´elio e argˆonio s˜ao facilmente ioniz´aveis, necessitando de menor diferenc¸a de potencial para formac¸˜ao de plasma (breakdown voltage). Na Figura 3.8 ´e exposto o comporta-mento de diferentes gases em relac¸˜ao a breakdown voltage para cada press˜ao e distˆancia entre eletrodos, conhecidas como Curvas de Paschen. Estes gases inertes geram esp´ecies ativas que n˜ao adicionam funcionalizac¸˜ao a outros precursores, por´em s˜ao capazes de quebrar ligac¸˜oes qu´ımicas orgˆanicas. Por esta raz˜ao, s˜ao bastante estudados para limpeza e desinfecc¸˜ao de su-perf´ıcies, bem como para polimerizac¸˜ao por plasma [38]. Apesar das esp´ecies metaest´aveis do Argˆonio, respons´aveis pela formac¸˜ao do plasma, possu´ırem menor estabilidade se comparado aos de H´elio, sua aplicac¸˜ao em sistemas de plasma industriais e experimentais ´e mais amplo devido ao seu facilitado acesso e prec¸o reduzido [39].

De acordo com a lei de Paschen, demonstrada graficamente na Figura 3.8, a tens˜ao ne-cess´aria para a ionizac¸˜ao do g´as depende da distˆancia entre os eletrodos, press˜ao e da natureza do g´as:

B× p × d

C+ ln(p × d) (3.1)

Onde:

d = distˆancia entre eletrodos p= press˜ao

Be C = constantes que dependem da natureza do g´as e dos eletrodos.

Com a reduc¸˜ao da press˜ao (1 atm = 760 torr), a tens˜ao necess´aria para ionizac¸˜ao se reduz, tornando mais f´acil a formac¸˜ao do plasma. Isso se deve ao fato de que em press˜oes maiores h´a uma grande quantidade de mol´eculas neutras de g´as no sistema para os quais s˜ao transferidas parte da energia dos el´etrons por choques inel´asticos n˜ao-ionizantes. Devido ao curto caminho livre m´edio dos el´etrons em um sistema com elevada press˜ao, ent˜ao, o processo de ionizac¸˜ao e

(18)

3.2 Plasma 30

formac¸˜ao do plasma se torna ineficiente. Abaixo de certa press˜ao ´otima de operac¸˜ao, a quanti-dade de mol´eculas de g´as ´e reduzida, diminuindo assim a probabiliquanti-dade de ionizac¸˜ao.

Figura 3.8: Tens˜oes necess´arias para formac¸˜ao de plasma em diferentes relac¸˜oes de press˜oes x distˆancia dos eletrodos . Adaptado de [38]

A diferenc¸a de potencial pode ser aplicada de diversas maneiras, incluindo modo alternado (AC) [40], cont´ınuo (DC) [41] ou pulsada [42].

No plasma DC, ´e aplicada alta tens˜ao (≈ 103 V, ≈ 100 V/cm) entre dois eletrodos condu-tores no interior de uma cˆamara preenchida com g´as a baixa press˜ao, gerando campo el´etrico que afeta os el´etrons presentes naturalmente no g´as [34]. Sob efeito do campo gerado, estes el´etrons s˜ao acelerados unidirecionalmente no sentido do ˆanodo (+), ganhando energia cin´etica no processo. A colis˜ao entre estes el´etrons e os ´atomos do g´as desencadeiam o fenˆomeno de avalanche de Townsend descrito anteriormente. Entretanto, quando o plasma DC ´e utilizado para fabricac¸˜ao de filmes isolantes, que s˜ao formados preferencialmente c´atodo (-), a sua taxa de deposic¸˜ao ´e decrescente com o tempo devido ao isolamento el´etrico dos eletrodos conforme a espessura do filme aumenta [43]. Este isolamento causa um aumento da resistˆencia el´etrica do circuito e consequentemente num gradual decr´escimo da corrente, at´e o limite onde o plasma se extingue. Uma alternativa para esta quest˜ao ´e a utilizac¸˜ao o plasma AC. Neste caso, a al-ternˆancia da corrente causa a neutralizac¸˜ao das cargas positivas acumuladas a cada ciclo devido ao fluxo de el´etrons [41]. Plasma pulsado tamb´em pode ser utilizado para fabricac¸˜ao de filmes, onde s˜ao empregados per´ıodos curtos de plasma ligado intercalados por mais extensos per´ıodos de plasma desligado. Os curtos pulsos de plasma s˜ao capazes de ativar radicais de um precursor e, durante o per´ıodo de plasma desligado, reac¸˜oes de polimerizac¸˜ao qu´ımica pode ocorrer [40].

(19)

3.2 Plasma 31

Para s´ınteses de filmes por polimerizac¸˜ao plasma, comumente ´e utilizado o plasma AC. De-vido `a constante alternˆancia de polaridade dos eletrodos, os el´etrons s˜ao alternadamente acele-rados para cada eletrodo em frequˆencias que variam de kHz a MHz, sendo a mais regularmente utilizada a radiofrequˆencia (RF) em 13,56 MHz, em que n˜ao h´a interferˆencia com canais de comunicac¸˜ao [44]. Tal m´etodo ´e capaz de gerar plasma de baixa temperatura entre dois eletro-dos de forma homogˆenea, viabilizando sua aplicac¸˜ao em substratos termicamente sens´ıveis.

3.2.2

Plasma de n˜ao-equil´ıbrio

Como mencionado anteriormente, o plasma ´e formado basicamente por mol´eculas neutras do g´as, el´etrons e ´ıons. Em um plasma, as esp´ecies se encontram com uma distribuic¸˜ao de Maxwell–Boltzmann, onde suas velocidades m´edias (e consequentemente a energia cin´etica) podem ser expressas em func¸˜ao da massa das esp´ecies:

Vm´edia∝ r kT m (3.2) Onde: K = Constante de Boltzmann T = Temperatura m = massa

Graficamente, a distribuic¸˜ao dos el´etrons em termos energ´eticos ´e mostrada na Figura 3.9. Com o aumento da energia m´edia, uma maior frac¸˜ao dos el´etrons se encontra em energias mais elevadas.

(20)

3.2 Plasma 32

Figura 3.9: Distribuic¸˜ao de Maxwell-Boltzmann para a energia de el´etrons no plasma. Diferentes curvas representam energias m´edias distintas. Adaptado de [36]

Tipicamente, a energia m´edia dos el´etrons ´e centrada em torno de 2 eV, com a presenc¸a de el´etrons at´e acima de 10 eV [45]. Convertendo para unidades de temperatura, isto equivale a aproximadamente 22000 K (1 eV = 11000 K). Entretanto, a faixa de temperatura t´ıpica de alguns plasmas ´e baixa, podendo ser utilizados em alimentos [46] e at´e mesmo em pele humana [47] sem causar danos. Isto se deve ao fato de que nesta categoria de plasmas, os el´etrons e ´ıons n˜ao est˜ao em equil´ıbrio termodinˆamico, ou seja, a temperatura dos el´etrons ´e muito superior a dos ´ıons e mol´eculas neutras [35]. Apesar de ambos os el´etrons e ´ıons estarem todos sob um mesmo [48] campo el´etrico, causado pela diferenc¸a de potencial entre dois eletrodos, as acelerac¸˜oes de el´etrons e ´ıons, e consequentemente sua energia cin´etica, s˜ao diferentes. Devido `a maior massa, o ´ıon tem sua velocidade reduzida em comparac¸˜ao ao el´etron, e consequente-mente uma menor temperatura. A temperatura deste tipo de plasma, por fim, n˜ao se eleva de maneira pronunciada [36].

Devido ao estado de n˜ao-equil´ıbrio termodinˆamico, plasmas de baixa temperatura s˜ao de grande interesse para diversas aplicac¸˜oes como em materiais termicamente sens´ıveis.

3.2.3

Polimerizac¸˜ao por plasma

A presenc¸a de esp´ecies energ´eticas no plasma, como ´ıons e el´etrons, o torna extremamente reativo e por isso pode ser utilizado na s´ıntese de filmes finos pela t´ecnica de polimerizac¸˜ao por plasma [48]. A t´ecnica ´e conhecida por ser capaz de proporcionar a deposic¸˜ao de filmes com baixa rugosidade e sem defeitos [49]. Para tal, ´e necess´aria a adic¸˜ao de precursores que,

(21)

3.2 Plasma 33

ap´os interac¸˜ao com as esp´ecies ativas do plasma, podem reagir para formac¸˜ao de um filme so-bre o substrato [45]. O precursor orgˆanico, quando ´e inserido no sistema de baixa press˜ao, se torna gasoso e ocupa o volume do reator. Quando o plasma ´e acionado entre dois eletrodos neste sistema, o g´as presente (por exemplo, argˆonio) se ioniza como detalhado nos cap´ıtulos anteriores, gerando el´etrons e ´ıons do g´as. Especialmente os el´etrons, geralmente de maior energia cin´etica que os ´ıons, colidem com as mol´eculas de precursor e como sua distribuic¸˜ao energ´etica t´ıpica engloba a faixa das energias das ligac¸˜oes orgˆanicas (Figura 3.10), o precursor tem suas ligac¸˜oes fragmentadas [35]. Na Tabela 3.3 est˜ao expressas, em eV, as energias t´ıpicas de ligac¸˜oes orgˆanicas. Os fragmentos do precursor, com radicais livres causados pelo rompi-mento das ligac¸˜oes, se reorganizam e se ligam com outros fragrompi-mentos, at´e a formac¸˜ao de uma rede s´olida [40].

Figura 3.10: T´ıpica distribuic¸˜ao energ´etica de el´etrons em descargas a baixa press˜ao. Faixas de energia para eventos de dissociac¸˜ao de ligac¸˜oes, excitac¸˜ao eletrˆonica e ionizac¸˜ao em destaque. Adaptado de [45]

Quimicamente, n˜ao h´a consenso sobre o mecanismo de formac¸˜ao do pol´ımero por plasma, sendo as reac¸˜oes ocorrendo na fase gasosa ou em camadas adsorvidas no substrato [40, 50, 51]. Mecanismos de crescimento de cadeia por processos iˆonicos [52] ou radicalares [53] j´a foram propostos, todavia o mais popular ´e o de “polimerizac¸˜ao atˆomica” (atomic polymerisation), proposto por Yasuda [54]. Neste, as mol´eculas do precursor s˜ao fragmentadas pela ac¸˜ao das esp´ecies ativas do plasma, seguidos de recombinac¸˜ao aleat´oria.

(22)

3.2 Plasma 34

Tabela 3.3: Energias de dissociac¸˜ao de ligac¸˜oes orgˆanicas comuns [36].

Ligac¸˜ao Energia de dissociac¸˜ao (eV)

C–C 3,65

C=C 6,35

C–H 4,30

C–O 3,74

C=O 7,78

Devido a aleatoriedade das reac¸˜oes de recombinac¸˜ao, o pol´ımero por plasma n˜ao possui blocos de repetic¸˜ao peri´odicos, e sim certa desordem e reticulac¸˜oes [38]. Um esquema com-parativo pode ser visualizado na Figura 3.11. A selec¸˜ao do precursor possibilita a formac¸˜ao de revestimentos de espessuras nanom´etricas com propriedades que proporcionam aplicac¸˜oes como camada isolante para transistores [55], filmes finos para encapsulamento de eletrˆonicos flex´ıveis [56] e revestimentos bactericidas [57].

Figura 3.11: Diferenc¸as entre estrutura de (A) um precursor, (B) um pol´ımero convencional e (C) um pol´ımero por plasma. Adaptado de [38]

Apesar da desordem caracter´ıstica do pol´ımero fabricado por plasma, foi observado que as estruturas do pol´ımero s˜ao mais regulares e mais pr´oximas ao pol´ımero convencional, quando a potˆencia aplicada ´e baixa, conservando a configurac¸˜ao dos grupos funcionais do precursor [40]. A utilizac¸˜ao de potˆencias mais elevadas na formac¸˜ao de plasma, por outro lado, usualmente leva `a formac¸˜ao de filmes mais r´ıgidos, desordenados, densos e reticulados [58].

Dois tipos de reatores s˜ao comumente utilizados para a realizac¸˜ao da polimerizac¸˜ao por plasma a baixas press˜oes (Figura 3.12). O primeiro consiste em uma cˆamara com dois eletrodos internos paralelos [59], enquanto o segundo se utiliza geralmente de um reator tubular com

(23)

3.2 Plasma 35

eletrodos externos [60]. Em ambos, o precursor ´e inserido no reator atrav´es de conex˜oes com recipientes externos ou com cilindros de gases.

Figura 3.12: T´ıpicos reatores para polimerizac¸˜ao por plasma. (a) Eletrodos internos paralelos [59]; (b) Eletrodos externos [60].

No caso da utilizac¸˜ao do reator de placas paralelas interna, devido `a alta mobilidade dos el´etrons se comparado aos ´ıons e mol´eculas neutras, os el´etrons s˜ao facilmente coletados pela placa met´alica do eletrodo, o carregando negativamente e formando uma regi˜ao pr´oxima ao eletrodo com deficiˆencia de el´etrons (e consequentemente uma maior concentrac¸˜ao de ´ıons positivos) [61]. Essa regi˜ao, conhecida como plasma sheath, gera uma diferenc¸a de potencial que acelera os ´ıons em direc¸˜ao ao eletrodo met´alico, agindo como um capacitor entre o plasma e o metal (Figura 3.13).

Figura 3.13: Formac¸˜ao do plasma sheath em sistemas de placas paralelas, gerando efeito capacitivo ao sistema. (a) Diferenc¸a de fluxo de ´ıons e el´etrons causando a regi˜ao de baixa concentrac¸˜ao de el´etrons; (b) diferenc¸a de potencial gerada na regi˜ao, em preto o gr´afico esquem´atico da queda do potencial na proximidade do eletrodo.

Para o reator cujos eletrodos s˜ao externos, o plasma ´e gerado por efeito indutivo ao passar corrente pelo eletrodo em forma de espira. Em ambos os casos, devido ao comportamento

(24)

3.2 Plasma 36

capacitivo (eletrodos internos) ou indutivo (eletrodos externos), ao se aplicar a diferenc¸a de potencial para formac¸˜ao do plasma, o sistema passa a apresentar impedˆancia com uma parte real e outra imagin´aria. Essa porc¸˜ao imagin´aria (reatˆancia) reduz a potˆencia fornecida pela fonte ao sistema, por tornar fora de fase a aplicac¸˜ao da tens˜ao e corrente. Para solucionar este problema, ´e comum o uso de um equipamento de casamento de impedˆancia (matching network), que ´e capaz de manter o reator e a fonte em fase para uma eficiente transferˆencia de potˆencia [41].

A polimerizac¸˜ao por plasma tem como sua maior vantagem ser independente de substrato, ou seja, ´e poss´ıvel revestir tanto materiais polim´ericos quanto metais ou cerˆamicos [62].

3.2.4

Polimerizac¸˜ao por plasma de terpenos e ´oleos essenciais

Estudos iniciais sobre polimerizac¸˜ao por plasma de ´oleos essenciais foram realizados em 1999 por Kumar e equipe [63]. Neste trabalho, o ´oleo capim lim˜ao (lemongrass oil) foi utili-zado como precursor para polimerizac¸˜ao por plasma dentro de um reator tubular com eletrodos em RF. Entretanto, o filme n˜ao foi extensivamente caracterizado, visto que o grupo estava in-teressado em estudar mecanismos de condutividade, se focando em caracterizac¸˜ao el´etrica. De maneira similar, Kumar e equipe tamb´em estudaram propriedades el´etricas e ´oticas de filmes formados pela polimerizac¸˜ao por plasma de ´oleo de eucalipto [64]. Em ambos os trabalhos foi constatado que o principal mecanismo de conduc¸˜ao el´etrica ´e o Schottky, onde el´etrons com energia de ativac¸˜ao suficiente s˜ao capazes de conduzir para um diel´etrico a partir da superac¸˜ao da barreira energ´etica de sua interface [65].

A partir de 2008, em busca de revestimentos com origem natural, foi desenvolvida pelo Prof. Jacob e sua equipe na James Cook University, Australia, uma s´erie de estudos referente `a polimerizac¸˜ao por plasma de ´oleos extra´ıdos de plantas e seus principais componentes [44]. Atualmente, este grupo ´e dominante na ´area de polimerizac¸˜ao por plasma com terpenos e ´oleos essenciais.

Utilizando como precursor o ´oleo extra´ıdo da planta Lavandula angustif´olia, o grupo de Jacob fabricou revestimentos transparentes atrav´es da t´ecnica de polimerizac¸˜ao por plasma [44, 66, 67, 68] utilizando um reator tubular semelhante ao do grupo de Kumar. Com espessura nanom´etrica, este filme fino polim´erico homogˆeneo demonstrou ser um semicondutor orgˆanico, produzido a partir de fontes renov´aveis, e economicamente vi´avel [44].

A estabilidade dos filmes derivados de Lavandula angustif´olia foi avaliada em termos de en-velhecimento ao ar e degradac¸˜ao t´ermica [66]. Como parˆametro para identificac¸˜ao de alterac¸˜oes

(25)

3.2 Plasma 37

no filme, foi monitorado o ´ındice de refrac¸˜ao por um per´ıodo de 1400 h atrav´es de elipsometria com m´odulo de aquecimento. Apesar de uma mudanc¸a neste parˆametro nas primeiras 100 h de experimento, n˜ao houve alterac¸˜oes significativas para a maioria das potˆencias utilizadas, com variac¸˜oes em ´ındice de refrac¸˜ao abaixo de 0,7%. A composic¸˜ao qu´ımica dos filmes foi alterada com o tempo, causada pela oxidac¸˜ao ao ar. Referente `a degradac¸˜ao t´ermica, os filmes tiveram seu in´ıcio de reduc¸˜ao de espessura em temperaturas diferentes, conforme a potˆencia utilizada na polimerizac¸˜ao por plasma (potˆencias mais baixas iniciam degradac¸˜ao mais cedo). Por´em, em todos os casos o filme ´e completamente degradado at´e 300 °C. Os filmes demonstraram ser insol´uveis em uma variedade de solventes atrav´es de ensaios de ˆangulo de contato, bem como ocorre uma melhora na ades˜ao conforme a potˆencia do plasma utilizado aumenta [67].

Resultados semelhantes foram obtidos com polimerizac¸˜ao por plasma de ´oleos das plan-tas Melaleuca alternifolia (conhecido como Tea Tree) [69] e, mais recentemente, Pelargonium graveolens(Geranium) [70].

Como tais ´oleos essenciais s˜ao compostos por uma grande variedade de fitoconstituintes diferentes, tipicamente da fam´ılia dos terpenos e derivados, cujas proporc¸˜oes variam para cada fruta ou planta, a utilizac¸˜ao do ´oleo como precursor para polimerizac¸˜ao por plasma ´e muito complexa. Assim, houve grande interesse na formac¸˜ao de filmes finos a partir de constituin-tes isolados, devido `a maior simplicidade e pelo fato de n˜ao apresentarem variac¸˜oes em sua composic¸˜ao como ocorre nos ´oleos essenciais. Exemplos de fitoconstituintes isolados que j´a foram polimerizados por plasma s˜ao:

• Terpinen-4-ol [55, 57, 71, 72, 73, 74, 75, 76] • Acetato de linalila [77, 78] • Linalol [56, 79] • Cineole (eucaliptol) [60, 80] • Carvona [81] • Cis-β -ocimeno [82] • γ-terpineno [83, 84, 85]

Estes constituintes possuem a caracter´ıstica em comum de conterem ligac¸˜oes insaturadas ou estruturas c´ıclicas em suas mol´eculas, facilitando a polimerizac¸˜ao por plasma [51] (Figura 3.14).

(26)

3.2 Plasma 38

O limoneno possui estrutura qu´ımica semelhante aos demais, todavia n˜ao foi at´e o momento utilizado para produc¸˜oes de filmes finos por esta t´ecnica.

Figura 3.14: Estrutura qu´ımica dos constituintes de ´oleos essenciais que j´a foram polimerizados por plasma e o limoneno, ainda n˜ao utilizado como precursor neste processo de deposic¸˜ao.

3.2.5

Pol´ımeros por plasma com propriedades antibacterianas

Caracter´ısticas antibacterianas e de prevenc¸˜ao de formac¸˜ao de biofilmes em substratos fo-ram avaliadas para pol´ımeros por plasma produzidos com compostos presentes em ´oleos essen-ciais [57, 86, 87]. Como exemplo, colˆonias da bact´eria Pseudomonas aeruginosa, conhecida por sua resistˆencia a antibi´oticos e por ser causadora de infecc¸˜oes hospitalares, foram deposita-das sobre substratos de vidro (Figura 3.15.a e Figura 3.15.b) e em filmes finos de terpinen-4-ol polimerizados por plasma (Figura 3.15.c e Figura 3.15.d). Ap´os 18h de incubac¸˜ao, an´alises de microsc´opio eletrˆonico de varredura (MEV) mostraram claramente uma inibic¸˜ao do cres-cimento bacteriano no substrato revestido (Figura 3.15.c) se comparado ao vidro n˜ao tratado (Figura 3.15.a). An´alises com microscopia de varredura com laser confocal (CLSM) indicam a presenc¸a de uma maior quantidade de c´elulas vivas, identificadas em vermelho com SYTO 17 Red, na amostra de vidro (Figura 3.15.b) se comparada a amostra tratada (Figura 3.15.d). Resul-tados semelhantes foram encontrados para as bact´erias Staphylococcus epidermidis e Staphylo-coccus aureus[87].

(27)

3.2 Plasma 39

Figura 3.15: Bact´eria P. aeruginosa crescida durante 18h sobre substratos de vidro (a,b) e sobre revestimentos de terpinen-4-ol fabricados por polimerizac¸˜ao por plasma (c,d). Adaptado de [87].

Uma hip´otese proposta por Bazaka [9] confere a ac¸˜ao antimicrobiana aos grupos funcio-nais do pol´ımero por plasma. Entretanto, devido a fragmentac¸˜ao do precursor e sua aleat´oria recombinac¸˜ao, filmes fabricados com diferentes precursores da fam´ılia dos terpen´ois possuem caracter´ısticas qu´ımicas semelhantes, como se pode visualizar nos espectros de infravermelho (Figura 3.16). Estas semelhanc¸as incluem o γ-terpineno [88], que apesar de n˜ao possuir gru-pos polares em sua cadeia, forma um pol´ımero por plasma com hidroxila (entre 3100 e 3500 cm-1) assim como eucaliptol [60], linalol [79] e terpinen-4-ol [72]. Isto significa que a estrutura qu´ımica do precursor pouco ´e mantida ap´os sua fragmentac¸˜ao e recombinac¸˜ao, sendo assim im-prov´avel que no caso de pol´ımeros por plasma de terpen´oides as propriedades antibacterianas sejam devido `a composic¸˜ao qu´ımica.

(28)

3.2 Plasma 40

Figura 3.16: Comparac¸˜ao de espectro infravermelho para pol´ımeros por plasma com precursores distintos. Adaptado de [60, 79, 72, 88]

Foi observado por Bazaka e equipe [9] que filmes finos de pol´ımeros por plasma com pre-cursores antibacterianos tˆem efeito contra bact´erias por per´ıodos curtos, por´em perdem estas propriedades ao com prolongada exposic¸˜ao `as bact´erias. Isto sugere, segundo os autores, que o efeito antibacteriano consiste na lixiviac¸˜ao de precursores, que se mant´em intactos presos den-tro do pol´ımero por plasma. A lixiviac¸˜ao de constituintes foi confirmada no trabalho de Kumar e colegas [75], que observaram que oligˆomeros s˜ao removidos ap´os imers˜ao de pol´ımero por plasma de terpinen-4-ol por tempo prolongado em ´agua (Figura 3.17).

(29)

3.2 Plasma 41

Figura 3.17: Lixiviac¸˜ao de oligˆomeros em pol´ımeros por plasma estudada por Kumar e colegas [75], que ´e uma hip´otese para explicar efeito bactericida de filmes fabricados com a t´ecnica [9].

3.2.6

Inibic¸˜ao `a ades˜ao de bact´erias

Certas ´areas de pesquisa se destinam a fornecer propriedades aos materiais que os tornam bactericidas, ou seja, matam as bact´erias que se encontram em sua superf´ıcie. Abordagens com este objetivo incluem a liberac¸˜ao controlada de substˆancias antimicrobianas como nano-part´ıculas de prata [89] e antibi´oticos [90], bem como a funcionalizac¸˜ao do material com com-postos capazes de causar a morte de bact´erias como amina quarten´aria e sais a base de f´osforo [91]. A contaminac¸˜ao por bact´erias pode ser controlada por outros m´etodos que n˜ao incluem a morte das bact´erias, e sim o impedimento de que ocorra a ades˜ao inicial com a superf´ıcie mate-rial, como, por exemplo, a aplicac¸˜ao de pol´ımeros anti-adesivos, superf´ıcies super-hidrof´obicas e morfologia nanoestruturada [92, 93].

O combate `a ades˜ao de bact´erias em materiais ´e uma ´area multidisciplinar cujo interesse ´e crescente para o combate de infecc¸˜oes crˆonicas [94]. Recentes avanc¸os em pesquisa com materiais e engenharia de superf´ıcie est˜ao oferecendo possibilidades de controle de bact´erias por formac¸˜ao de padr˜oes na superf´ıcie de materiais que se deseja proteger. A ades˜ao de bact´erias ´e um processo complexo que depende de uma s´erie de propriedades das c´elulas das bact´erias (como prote´ınas) bem como da superf´ıcie do substrato [95]. Tang e colegas observaram que superf´ıcies superhidrof´obicas, por exemplo, reduzem a ades˜ao de bact´erias S. aureus [96].

O controle da topografia do material tamb´em tem capacidade de reduzir a ades˜ao de bact´erias. Um exemplo presente na natureza ´e a pele do tubar˜ao (Carcharhinus galapagensis), onde sua microtextura (Figura 3.18A) ´e respons´avel por reduzir a colonizac¸˜ao de bact´erias [97]. A pele do tubar˜ao cont´em escamas com uma texturizac¸˜ao superficial orientada, e foi observado ex-perimentalmente que em determinadas condic¸˜oes de espac¸amento destas estruturas certos mi-crorganismos tˆem mais dificuldade de aderˆencia [98]. Entretanto, n˜ao h´a consenso sobre as condic¸˜oes ideais, visto que o complexo mecanismo de ades˜ao ´e influenciado por v´arios fatores,

(30)

3.2 Plasma 42

inclusive tamanho das bact´erias [99]. Para replicar estas propriedades, foi desenvolvido em la-borat´orio filmes microtexturizados similares aos naturais utilizando a t´ecnica de fotolitografia em elastˆomero de PDMS (Figura 3.18B)[100]. Ap´os colonizac¸˜ao por S. aureus, 22% da ´area do revestimento plano estava coberta de bact´erias, enquanto uma ´area de cobertura de apenas 4% foi observada na presenc¸a das estruturas (Figura 3.18C-D).

Figura 3.18: Efeito da topografia na ades˜ao de bact´erias. (a) Escamas de tubar˜ao resistentes `a ades˜ao bacteriana [101]; (b) Reproduc¸˜ao das estruturas do tubar˜ao em PDMS; (c) Superf´ıcie de PDMS ap´os 7 dias de incubac¸˜ao de S. aureus; (d) PDMS microtexturizado ap´os 7 dias de incubac¸˜ao de S. aureus. Adaptado de [100]

N˜ao h´a um consenso sobre as causas da inibic¸˜ao de ades˜ao de bact´erias sobre filmes micro-texturizados [102]. Uma hip´otese ´e que a topografia com dimens˜oes definidas e formas ´e capaz de restringir e inibir o movimento das c´elulas [99]. Neste contexto, foi proposto que as bact´erias tendem a maximizar sua ´area de contato com o substrato [103], apoiados por experimentos re-alizados por Hochbaum e equipe onde o controle do espac¸amento de pilares em substrato de PDMS mostrou ser capaz de restringir pontos de ades˜ao de bact´erias Pseudomonas aeruginosa e reduzir a formac¸˜ao de colˆonias [104] (Figura 3.19).

(31)

3.2 Plasma 43

Figura 3.19: Ades˜ao de bact´erias Pseudomonas aeruginosa em substrato de PDMS com pilares de 300 nm de diˆametro e 2 µm de altura. Escala correponde `a 1 µm. Adaptado de [104].

Uma outra hip´otese foi elaborada por Schumacher e colaboradores que considera o conceito de gradientes de nanoforc¸as [105]. A hip´otese baseada na diminuic¸˜ao de ades˜ao de esporos em superf´ıcies com certos padr˜oes topogr´aficos considera que gradientes de forc¸as s˜ao causa-das por variac¸˜oes de geometria, induzindo gradientes de tens˜ao na membrana de uma c´elula em momentos iniciais de contato. Segundo o autor, as dimens˜oes das estruturas e o m´odulo el´astico definem sua rigidez (em termos de flex˜ao), e quando a c´elula entra em contato com, por exemplo, duas estruturas de diferentes rigidez (diferente geometria), este gradiente de forc¸as ser´a detectado pela c´elula por prote´ınas na membrana celular que resultaria na tendˆencia de se mover e tentar se aderir em outra ´area. A hip´otese foi testada e indicou uma reduc¸˜ao de esporos em superf´ıcies cujas estruturas s˜ao mais diferentes entre si (Figura 3.20).

(32)

3.2 Plasma 44

Figura 3.20: Influˆencia de diferentes tamanhos de estruturas com capacidade de ades˜ao de micro-organismos. No detalhe, as forc¸as estimadas para causar deflex˜ao de 10% em diferentes estruturas de elastˆomero de PDMS. Adaptado de [105] e [106].

O m´etodo mais utilizado para fabricac¸˜ao de tais padr˜oes topogr´aficos ´e a fotolitografia. Este processo ´e composto por m´ultiplas etapas: recobrimento do substrato (geralmente sil´ıcio) com pol´ımero fotosens´ıvel, exposic¸˜ao por ultravioleta ou vis´ıvel atrav´es de uma m´ascara, revelac¸˜ao, e por fim ´e realizado o etching da superf´ıcie para formac¸˜ao dos padr˜oes desejados [107]. Como pode-se observar, ´e um m´etodo complexo, custoso e de m´ultiplas etapas.

(33)

B

IBLIOGRAFIA

[1] Nicholas Graves et al. “Effect of Healthcare-Acquired Infection on Length of Hospital Stay and Cost”. Em: Infection Control & Hospital Epidemiology 28.3 (mar. de 2007), pp. 280–292.

[2] Maira Ferreira Pinto Lima et al. “Staphylococcus aureus E AS INFECC¸ ˜OES HOSPI-TALARES – REVIS ˜AO DE LITERATURA”. Em: REVISTA UNINGA REVIEW 21.1 (jan. de 2018).

[3] JanaIna Bathke et al. “INFRAESTRUTURA E ADES ˜AO `A HIGIENIZAC¸ ˜AO DAS M ˜AOS: DESAFIOS `A SEGURANC¸ A DO PACIENTE”. Em: Revista Gaucha de En-fermagem34.2 (jul. de 2013), pp. 78–85.

[4] Rodrigo Pires dos Santos et al. “Changes in hand hygiene compliance after a multimo-dal intervention and seasonality variation”. Em: American Journal of Infection Control 41.11 (nov. de 2013), pp. 1012–1016.

[5] Krasimir Vasilev, Jessica Cook e Hans J. Griesser. “Antibacterial surfaces for biomedi-cal devices”. Em: Expert Rev. Med. Devices 6.5 (set. de 2009), pp. 553–567.

[6] M. Cloutier, D. Mantovani e F. Rosei. “Antibacterial Coatings: Challenges, Perspecti-ves, and Opportunities”. Em: Trends Biotechnol. 33.11 (nov. de 2015), pp. 637–652. [7] F. Song, H. Koo e D. Ren. “Effects of Material Properties on Bacterial Adhesion and

Biofilm Formation”. Em: J. Dent. Res. 94.8 (mai. de 2015), pp. 1027–1034.

[8] Jafar Hasan, Russell J. Crawford e Elena P. Ivanova. “Antibacterial surfaces: the quest for a new generation of biomaterials”. Em: Trends Biotechnol. 31.5 (mai. de 2013), pp. 295–304.

[9] K. Bazaka et al. “Anti-bacterial surfaces: natural agents, mechanisms of action, and plasma surface modification”. Em: RSC Adv. 5.60 (jun. de 2015), pp. 48739–48759. [10] Ahmed Al-Jumaili et al. “Plant Secondary Metabolite-Derived Polymers: A Potential

(34)

BIBLIOGRAFIA 118

[11] Rosaria Ciriminna et al. “Limonene: a versatile chemical of the bioeconomy”. Em: Chem. Commun.50.97 (nov. de 2014), pp. 15288–15296.

[12] USDA Foreign Agricultural Service. Citrus: World Markets and Trade. 2018.

[13] Shanshan Ren. “d -Limonene , a Renewable Component for Polymer Synthesis”. Tese de dout. University of Ottawa, 2017.

[14] H. Yasuda et al. “Plasma polymerization of some organic compounds and properties of the polymers”. Em: Journal of Polymer Science: Polymer Chemistry Edition 14.1 (jan. de 1976), pp. 195–224.

[15] Laura Espina et al. “Chemical composition of commercial citrus fruit essential oils and evaluation of their antimicrobial activity acting alone or in combined processes”. Em: Food Control22.6 (jun. de 2011), pp. 896–902.

[16] J.H. Schween et al. “Determination and accuracy of VOC-fluxes above the pine/oak forest at Castelporziano”. Em: Atmospheric Environment 31 (jan. de 1997), pp. 199– 215.

[17] (+)-Limonene, PubChem CID 440917. [18] Code of Federal Regulations.

[19] Jidong Sun. “D-Limonene: safety and clinical applications.” Em: Alternative medicine review : a journal of clinical therapeutic12.3 (set. de 2007), pp. 259–64.

[20] Rosangela Di Pasqua et al. “Membrane Toxicity of Antimicrobial Compounds from Essential Oils”. Em: (2007).

[21] Laura Espina et al. “Mechanism of bacterial inactivation by (+)-limonene and its poten-tial use in food preservation combined processes.” Em: PloS one 8.2 (2013), e56769. [22] Robyn L. van Zyl et al. “The Biological Activities of 20 Nature Identical Essential Oil

Constituents”. Em: J. Essent. Oil Res. 18 (2006), pp. 129–133.

[23] M. Sundrarajan e A. Rukmani. “Durable Antibacterial Finishing on Cotton by Impreg-nation of Limonene Microcapsules”. Em: Advanced Chemistry Letters 1.1 (mar. de 2013), pp. 40–43.

[24] Seok-Kyun Park et al. “Development of anti-fungal mortar and concrete using Zeolite and Zeocarbon microcapsules”. Em: Cement and Concrete Composites 31.7 (ago. de 2009), pp. 447–453.

[25] Mohamed Reda Zahi, Hao Liang e Qipeng Yuan. “Improving the antimicrobial activity of d-limonene using a novel organogel-based nanoemulsion”. Em: Food Control 50 (abr. de 2015), pp. 554–559.

(35)

BIBLIOGRAFIA 119

[26] R. Darros-Barbosa e J. E Curtolo. “Produc¸˜ao industrial de suco e subprodutos c´ıtricos”. Em: Citros. Ed. por D. De Mattos J´unior et al. Campinas: IAC: Fundag, 2005. Cap. 28, pp. 839–870.

[27] Surjith Alancherry, Kateryna Bazaka e Mohan V. Jacob. “RF Plasma Polymerization of Orange Oil and Characterization of the Polymer Thin Films”. Em: Journal of Polymers and the Environment26.7 (jul. de 2018), pp. 2925–2933.

[28] J. D. VORA et al. “Preparation and Chemical Composition of Orange Oil Concentra-tes”. Em: Journal of Food Science 48.4 (jul. de 1983), pp. 1197–1199.

[29] Francesca Kerton e Ray Marriott. Alternative Solvents for Green Chemistry. Green Che-mistry Series. Cambridge: Royal Society of CheChe-mistry, abr. de 2013.

[30] F´abio Jos´e B. Brum, Felipe N. Laux e Maria Madalena C. Forte. “Synthesis of hydrocar-bon polymers by cationic polymerization and their thermal properties”. Em: Designed Monomers and Polymers16.3 (mai. de 2013), pp. 291–301.

[31] Alberto Gobbi e Gernot Frenking. “Resonance Stabilization in Allyl Cation, Radical, and Anion”. Em: Journal of the American Chemical Society 116.20 (out. de 1994), pp. 9275–9286.

[32] Anamika Singh e Meet Kamal. “Synthesis and characterization of polylimonene: Poly-mer of an optically active terpene”. Em: Journal of Applied PolyPoly-mer Science 125.2 (jul. de 2012), pp. 1456–1459.

[33] Mario Modena, R. B. Bates e C. S. Marvel. “Some low molecular weight polymers of d-limonene and related terpenes obtained by Ziegler-type catalysts”. Em: Journal of Polymer Science Part A: General Papers3.3 (mar. de 1965), pp. 949–960.

[34] H Conrads e M Schmidt. “Plasma generation and plasma sources”. Em: Plasma Sources Science and Technology9.4 (nov. de 2000), pp. 441–454.

[35] Alexander Fridman. Plasma Chemistry. Cambridge: Cambridge University Press, 2008. [36] Andrew Michelmore et al. “Nanoscale deposition of chemically functionalised films via

plasma polymerisation”. Em: RSC Advances 3.33 (jul. de 2013), p. 13540.

[37] Hirotsugu Yasuda. “Electrical Breakdown of Argon and Trimethylsilane in Low-Pressure DC Discharges: The Surface-States Equilibration Principle”. Em: Plasma Processes and Polymers4.4 (mai. de 2007), pp. 347–359.

[38] Delphine Merche, Nicolas Vandencasteele e Franc¸ois Reniers. “Atmospheric plasmas for thin film deposition: A critical review”. Em: Thin Solid Films 520.13 (abr. de 2012), pp. 4219–4236.

(36)

BIBLIOGRAFIA 120

[39] Francoise Massines et al. “Atmospheric Pressure Low Temperature Direct Plasma Te-chnology: Status and Challenges for Thin Film Deposition”. Em: Plasma Processes and Polymers9.11-12 (dez. de 2012), pp. 1041–1073.

[40] J¨org Friedrich. “Mechanisms of Plasma Polymerization - Reviewed from a Chemical Point of View”. Em: Plasma Processes and Polymers 8.9 (set. de 2011), pp. 783–802. [41] Farid Khelifa et al. “Free-Radical-Induced Grafting from Plasma Polymer Surfaces”.

Em: Chemical Reviews 116.6 (mar. de 2016), pp. 3975–4005.

[42] Tapan Barman, Arup R. Pal e Joyanti Chutia. “Comparative study of structural and optical properties of pulsed and RF plasma polymerized aniline films”. Em: Appl. Surf. Sci.313 (set. de 2014), pp. 286–292.

[43] Mu-Rong Yang e S. K. Wu. “DC plasma-polymerized hexamethyldisilazane coatings of an equiatomic TiNi shape memory alloy”. Em: Surf. Coat. Technol. 127.2 (mai. de 2000), pp. 273–280.

[44] M.V. Jacob et al. “Fabrication of a novel organic polymer thin film”. Em: Thin Solid Films516.12 (abr. de 2008), pp. 3884–3887.

[45] Damien Thiry et al. “Plasma diagnostics for the low-pressure plasma polymerization process: A critical review”. Em: Thin Solid Films 606 (mai. de 2016), pp. 19–44. [46] N. N. Misra et al. “Nonthermal Plasma Inactivation of Food-Borne Pathogens”. Em:

Food Engineering Reviews3.3-4 (dez. de 2011), pp. 159–170.

[47] G. Isbary et al. “Ex vivo human skin experiments for the evaluation of safety of new cold atmospheric plasma devices”. Em: Clinical Plasma Medicine 1.1 (jun. de 2013), pp. 36–44.

[48] MITCHEL SHEN e ALEXIS T. BELL. “A Review of Recent Advances in Plasma Poly-merization”. Em: set. de 1979, pp. 1–33.

[49] Wallace W.H. Wong et al. “Plasma deposition of organic polymer films for solar cell applications”. Em: Organic Electronics 32 (mai. de 2016), pp. 78–82.

[50] Andrew Michelmore et al. “The link between mechanisms of deposition and the physico-chemical properties of plasma polymer films”. Em: Soft Matter 9.26 (2013), p. 6167. [51] Hirotsugu Yasuda e Qingsong Yu. “Creation of Polymerizable Species in Plasma

Poly-merization”. Em: Plasma Chemistry and Plasma Processing 24.2 (jun. de 2004), pp. 325– 351.

(37)

BIBLIOGRAFIA 121

[52] H.-U. Poll, M. Arzt e K.-H. Wickleder. “Reaction kinetics in the polymerization of thin films on the electrodes of a glow-discharge gap”. Em: European Polymer Journal 12.8 (jan. de 1976), pp. 505–512.

[53] A.R. Denaro, P.A. Owens e A. Crawshaw. “Glow discharge polymerization—styrene”. Em: European Polymer Journal 4.1 (fev. de 1968), pp. 93–106.

[54] H. Yasuda. “Glow discharge polymerization”. Em: Journal of Polymer Science: Macro-molecular Reviews16.1 (jan. de 1981), pp. 199–293.

[55] M.V. Jacob et al. “Fabrication and characterization of polyterpenol as an insulating layer and incorporated organic field effect transistor”. Em: Thin Solid Films 518.21 (ago. de 2010), pp. 6123–6129.

[56] Mohan V. Jacob et al. “Plasma polymerised thin films for flexible electronic applicati-ons”. Em: Thin Solid Films 546 (nov. de 2013), pp. 167–170.

[57] Kateryna Bazaka et al. “Plasma-Enhanced Synthesis of Bioactive Polymeric Coatings from Monoterpene Alcohols: A Combined Experimental and Theoretical Study”. Em: Biomacromolecules11.8 (ago. de 2010), pp. 2016–2026.

[58] H. Biederman e D. Slavınsk´a. “Plasma polymer films and their future prospects”. Em: Surface and Coatings Technology125.1-3 (mar. de 2000), pp. 371–376.

[59] E Angelini et al. “Electrochemical impedance spectroscopy evaluation of the corrosion behaviour of Mg alloy coated with PECVD organosilicon thin film”. Em: Progress in Organic Coatings46.2 (mar. de 2003), pp. 107–111.

[60] Christopher D. Easton, Mohan V. Jacob e Robert A. Shanks. “Fabrication and cha-racterisation of polymer thin-films derived from cineole using radio frequency plasma polymerisation”. Em: Polymer 50.15 (jul. de 2009), pp. 3465–3469.

[61] Avishek Kumar et al. “Plasma Polymerization: Electronics and Biomedical Applica-tion”. Em: Plasma Science and Technology for Emerging Economies. Singapore: Sprin-ger Singapore, 2017, pp. 593–657.

[62] Alex A. Cavallaro, Melanie N Macgregor-Ramiasa e Krasimir Vasilev. “Antibiofouling Properties of Plasma-Deposited Oxazoline-Based Thin Films”. Em: ACS Applied Ma-terials & Interfaces8.10 (mar. de 2016), pp. 6354–6362.

[63] D. Sakthi Kumar e M.G. Krishna Pillai. “Conduction mechanism in plasma polymerized lemongrass oil films”. Em: Thin Solid Films 353.1-2 (set. de 1999), pp. 249–253.

(38)

BIBLIOGRAFIA 122

[64] D. Sakthi Kumar et al. “Electrical and optical properties of plasma polymerized eu-calyptus oil films”. Em: Journal of Applied Polymer Science 90.4 (out. de 2003), pp. 1102– 1107.

[65] Fu-Chien Chiu. “A Review on Conduction Mechanisms in Dielectric Films”. Em: Ad-vances in Materials Science and Engineering2014 (fev. de 2014), pp. 1–18.

[66] C. D. Easton e M. V. Jacob. “Ageing and thermal degradation of plasma polymerised thin films derived from Lavandula angustifolia essential oil”. Em: Polymer Degradation and Stability94.4 (abr. de 2009), pp. 597–603.

[67] C.D. Easton e M.V. Jacob. “Optical characterisation of radio frequency plasma poly-merised Lavandula angustifolia essential oil thin films”. Em: Thin Solid Films 517.15 (jun. de 2009), pp. 4402–4407.

[68] Christopher D. Easton e Mohan V. Jacob. “Solubility and adhesion characteristics of plasma polymerized thin films derived from ¡i¿Lavandula angustifolia¡/i¿ essential oil”. Em: Journal of Applied Polymer Science 115.1 (jan. de 2010), pp. 404–415.

[69] Kateryna Bazaka et al. “Effects of Iodine Doping on Optoelectronic and Chemical Pro-perties of Polyterpenol Thin Films”. Em: Nanomaterials 7.1 (jan. de 2017), p. 11. [70] Ahmed Al-Jumaili, Kateryna Bazaka e Mohan V Jacob. “Retention of Antibacterial

Activity in Geranium Plasma Polymer Thin Films”. Em: Nanomaterials 7.12 (set. de 2017), p. 270.

[71] K. Bazaka e M. V. Jacob. “Synthesis of radio frequency plasma polymerized non-synthetic Terpinen-4-ol thin films”. Em: Materials Letters 63.18-19 (jul. de 2009), pp. 1594–1597.

[72] Kateryna Bazaka e Mohan V. Jacob. “Post-deposition ageing reactions of plasma de-rived polyterpenol thin films”. Em: Polymer Degradation and Stability 95.6 (jun. de 2010), pp. 1123–1128.

[73] Sachin V. Otari et al. “Rapid, thermostable antimicrobial peptide-mediated synthesis gold nanoparticles as highly efficient charge trapping medium for sol-gel-derived thin film”. Em: Materials Letters 188 (fev. de 2017), pp. 375–378.

[74] Kateryna Bazaka, Mohan V. Jacob e Elena P. Ivanova. “A Study of a Retention of An-timicrobial Activity by Plasma Polymerized Terpinen-4-ol Thin Films”. Em: Materials Science Forum654-656 (jun. de 2010), pp. 2261–2264.

(39)

BIBLIOGRAFIA 123

[75] Avishek Kumar et al. “Biodegradable optically transparent terpinen-4-ol thin films for marine antifouling applications”. Em: Surface and Coatings Technology 349 (set. de 2018), pp. 426–433.

[76] Daniel S. Grant et al. “Organic bioelectronic plasma polymerised polyterpenol thin films: preservation of properties relevant to biomedical and organic electronic appli-cations following exposure to sterilising doses of gamma radiation”. Em: Journal of Materials Science: Materials in Electronics29.1 (jan. de 2018), pp. 801–812.

[77] L.J. Anderson e M.V. Jacob. “Effect of RF power on the optical and morphological properties of RF plasma polymerised linalyl acetate thin films”. Em: Applied Surface Science256.10 (mar. de 2010), pp. 3293–3298.

[78] Mohan V. Jacob et al. “RF plasma polymerised thin films from natural resources”. Em: International Journal of Modern Physics: Conference Series 32 (jan. de 2014), p. 1460319.

[79] Kateryna Bazaka, Mohan V. Jacob e Robert A. Shanks. “Fabrication and Characteri-zation of RF Plasma Polymerized Thin Films from 3,7-Dimethyl-1,6-octadien-3-ol for Electronic and Biomaterial Applications”. Em: Advanced Materials Research 123-125 (ago. de 2010), pp. 323–326.

[80] Adoracion Pegalajar-Jurado et al. “Antibacterial activity studies of plasma polymerised cineole films”. Em: J. Mater. Chem. B 2.31 (jul. de 2014), pp. 4993–5002.

[81] Yuen Wah Chan et al. “Plasma polymerized carvone as an antibacterial and biocompa-tible coating”. Em: Materials Science and Engineering: C 68 (nov. de 2016), pp. 861– 871.

[82] Kateryna Bazaka, Ryan Destefani e Mohan V. Jacob. “Plant-derived cis-β -ocimene as a precursor for biocompatible, transparent, thermally-stable dielectric and encapsulating layers for organic electronics”. Em: Scientific Reports 6.1 (dez. de 2016), p. 38571. [83] Jakaria Ahmad et al. “Wetting, Solubility and Chemical Characteristics of

Plasma-Polymerized 1-Isopropyl-4-Methyl-1,4-Cyclohexadiene Thin Films”. Em: Coatings 4.3 (jul. de 2014), pp. 527–552.

[84] Jakaria Ahmad et al. “Electrical conduction in plasma polymerized thin films of γ-terpinene”. Em: Journal of Applied Polymer Science 132.30 (out. de 2015), n/a–n/a. [85] Kateryna Bazaka et al. “Photostability of plasma polymerized γ-terpinene thin films for

(40)

BIBLIOGRAFIA 124

[86] Kateryna Bazaka et al. “The Effect of Polyterpenol Thin Film Surfaces on Bacterial Viability and Adhesion”. Em: Polymers 3.4 (jan. de 2011), pp. 388–404.

[87] Kateryna Bazaka et al. “Plasma-assisted surface modification of organic biopolymers to prevent bacterial attachment”. Em: Acta Biomaterialia 7.5 (mai. de 2011), pp. 2015– 2028.

[88] Jakaria Ahmad. “Synthesis and characterization of plasma polymer thin films from γ-terpinene for encapsulation of electronic devices”. Tese de dout. Jan. de 2015.

[89] Catalina Marambio-Jones e Eric M. V. Hoek. “A review of the antibacterial effects of silver nanomaterials and potential implications for human health and the environment”. Em: J. Nanopart. Res. 12.5 (jun. de 2010), pp. 1531–1551.

[90] Connie S. Kwok, Thomas A. Horbett e Buddy D. Ratner. “Design of infection-resistant antibiotic-releasing polymers: II. Controlled release of antibiotics through a plasma-deposited thin film barrier”. Em: J. Controlled Release 62.3 (dez. de 1999), pp. 301– 311.

[91] Iolanda Francolini et al. “Antimicrobial Polymers for Anti-biofilm Medical Devices: State-of-Art and Perspectives”. Em: SpringerLink (2015), pp. 93–117.

[92] Jiri Gallo, Martin Holinka e Calin S. Moucha. “Antibacterial Surface Treatment for Orthopaedic Implants”. Em: Int. J. Mol. Sci. 15.8 (ago. de 2014), pp. 13849–13880. [93] Davide Campoccia, Lucio Montanaro e Carla Renata Arciola. “A review of the

bioma-terials technologies for infection-resistant surfaces”. Em: Biomabioma-terials 34.34 (nov. de 2013), pp. 8533–8554.

[94] Huan Gu e Dacheng Ren. “Materials and surface engineering to control bacterial adhe-sion and biofilm formation: A review of recent advances”. Em: Front. Chem. Sci. Eng. 8.1 (mar. de 2014), pp. 20–33.

[95] Jon Palmer, Steve Flint e John Brooks. “Bacterial cell attachment, the beginning of a biofilm”. Em: J. Ind. Microbiol. Biotechnol. 34.9 (set. de 2007), pp. 577–588.

[96] Peifu Tang et al. “Effect of superhydrophobic surface of titanium on <i>staphylococcus aureus</i> adhesion”. Em: J. Nanomaterials 2011 (jan. de 2011), pp. 1–8.

[97] Gregory D. Bixler e Bharat Bhushan. “Biofouling: lessons from nature”. Em: Philo-sophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences(mai. de 2012).

[98] Michelle L. Carman et al. “Engineered antifouling microtopographies – correlating wet-tability with cell attachment”. Em: Biofouling 22.1 (jan. de 2006), pp. 11–21.

(41)

BIBLIOGRAFIA 125

[99] Mary V. Graham e Nathaniel C. Cady. “Nano and Microscale Topographies for the Prevention of Bacterial Surface Fouling”. Em: Coatings 4.1 (mar. de 2014), pp. 37–59. [100] Kenneth K. Chung et al. “Impact of engineered surface microtopography on biofilm formation of Staphylococcus aureus”. Em: Biointerphases 2.2 (jun. de 2007), pp. 89– 94.

[101] D. W. Bechert, M. Bruse e W. Hage. “Experiments with three-dimensional riblets as an idealized model of shark skin”. Em: Exp. Fluids 28.5 (mai. de 2000), pp. 403–412. [102] Yow-Ren Chang, Eric R. Weeks e William A. Ducker. “Surface Topography Hinders

Bacterial Surface Motility”. Em: ACS Appl. Mater. Interfaces 10.11 (mar. de 2018), pp. 9225–9234.

[103] Joseph T. Decker et al. “Engineered Antifouling Microtopographies: An Energetic Mo-del That Predicts Cell Attachment”. Em: Langmuir 29.42 (out. de 2013), pp. 13023– 13030.

[104] Allon I. Hochbaum e Joanna Aizenberg. “Bacteria Pattern Spontaneously on Periodic Nanostructure Arrays”. Em: Nano Lett. 10.9 (set. de 2010), pp. 3717–3721.

[105] James F. Schumacher et al. “Engineered nanoforce gradients for inhibition of settlement (attachment) of swimming algal spores”. Em: PubMed. comprises. more. than. 29 mil-lion. citations. for. biomedical. literature. from. MEDLINE, life. science. journals., and online. books.24.9 (mai. de 2008), pp. 4931–4937.

[106] James A. Callow e Maureen E. Callow. “Trends in the development of environmentally friendly fouling-resistant marine coatings”. Em: Nat. Commun. 2 (mar. de 2011), p. 244. [107] ACS Symposium Series (ACS Publications). [Online; accessed 8. Aug. 2019]. Ago. de

2019.

[108] Harland G. Tompkins. A User’s Guide to Ellipsometry (Dover Civil and Mechanical Engineering). Dover Publications, jul. de 2006.

[109] Harland Tompkins e Eugene Irene. Handbook of Ellipsometry. [Online; accessed 6. Aug. 2019]. Ago. de 2005.

[110] Paulo Azevedo Soave. Estudo de filmes PC/PMMA voltado para aplicac¸˜oes em dispo-sitivos termo-´opticos. [Online; accessed 6. Aug. 2019]. 2010.

[111] Peter Larkin. Infrared and Raman Spectroscopy. Elsevier, mai. de 2011. [112] John Coates. Interpretation of infrared spectra, a practical approach. 2000.

[113] Paul van der Heide. X-ray Photoelectron Spectroscopy: An introduction to Principles and Practices. Wiley, dez. de 2011.

(42)

BIBLIOGRAFIA 126

[114] Richard M. France e Robert D. Short. “Plasma Treatment of Polymers: The Effects of Energy Transfer from an Argon Plasma on the Surface Chemistry of Polystyrene, and Polypropylene. A High-Energy Resolution X-ray Photoelectron Spectroscopy Study”. Em: Langmuir 14.17 (1998), p. 17.

[115] Wei-Kan Chu. Backscattering Spectrometry. Academic Press, set. de 1978. [116] Viacheslav Kazmiruk. Scanning Electron Microscopy. Mar. de 2012. [117] Bharat Bhushan. Modern Tribology Handbook, Two Volume Set. [118] Robert Speyer. Thermal Analysis of Materials.

[119] F. Cemin et al. “The influence of different silicon adhesion interlayers on the tribological behavior of DLC thin films deposited on steel by EC-PECVD”. Em: Surf. Coat. Technol. 283 (dez. de 2015), pp. 115–121.

[120] KENAN C¸ AKMAK et al. “Plasma polymerized linalool (ppLin): an antimicrobial and biocompatible coating”. Em: Turkish Journal of Chemistry 43.1 (fev. de 2019), pp. 323– 334.

[121] Anne H.S. Martinelli et al. “Soybean ubiquitous urease with purification facilitator: An addition to the moonlighting studies toolbox”. Em: Process Biochemistry 53 (fev. de 2017), pp. 245–258.

[122] Christopher D. Easton et al. “Surface and Chemical Characterization of PolyLA Thin Films Fabricated Using Plasma Polymerization”. Em: Chemical Vapor Deposition 15.7-9 (set. de 20015.7-9), pp. 1715.7-9–185.

[123] Zhiping Shen et al. “Use of Adsorbent and Supercritical Carbon Dioxide To Concentrate Flavor Compounds from Orange Oil”. Em: (2001).

[124] Soumaya Bourgou et al. “Changes of Peel Essential Oil Composition of Four Tunisian Citrus during Fruit Maturation”. Em: The Scientific World Journal 2012 (mai. de 2012), pp. 1–10.

[125] Juan Rodr´ıguez-Hern´andez. “Wrinkled interfaces: Taking advantage of surface instabi-lities to pattern polymer surfaces”. Em: Progress in Polymer Science 42 (mar. de 2015), pp. 1–41.

[126] Chi-Mon Chen e Shu Yang. “Wrinkling instabilities in polymer films and their applica-tions”. Em: Polymer International 61.7 (jul. de 2012), pp. 1041–1047.

[127] G. C. Martin et al. “The metallization of silicone polymers in the rubbery and the glassy state”. Em: Journal of Applied Physics 53.1 (jan. de 1982), pp. 797–799.

(43)

BIBLIOGRAFIA 127

[128] J.M. Lackner et al. “Self-assembling (nano-)wrinkling topography formation in low-temperature vacuum deposition on soft polymer surfaces”. Em: Thin Solid Films 520.7 (jan. de 2012), pp. 2833–2840.

[129] George M. Whitesides et al. “Spontaneous formation of ordered structures in thin films of metals supported on an elastomeric polymer”. Em: Nature 393.6681 (mai. de 1998), pp. 146–149.

[130] Bekim Osmani, Gabriela Gerganova e Bert M¨uller. “Biomimetic nanostructures for the silicone-biosystem interface: tuning oxygen-plasma treatments of polydimethylsi-loxane”. Em: European Journal of Nanomedicine 9.2 (jan. de 2017), pp. 69–77.

[131] Diana B. H. Chua, H. T. Ng e Sam F. Y. Li. “Spontaneous formation of complex and ordered structures on oxygen-plasma-treated elastomeric polydimethylsiloxane”. Em: Applied Physics Letters76.6 (fev. de 2000), pp. 721–723.

[132] Jan Genzer e Jan Groenewold. “Soft matter with hard skin: From skin wrinkles to tem-plating and material characterization”. Em: Soft Matter 2.4 (mar. de 2006), p. 310. [133] Ned Bowden et al. “The controlled formation of ordered, sinusoidal structures by plasma

oxidation of an elastomeric polymer”. Em: Applied Physics Letters 75.17 (out. de 1999), pp. 2557–2559.

[134] Jun Young Chung, Adam J. Nolte e Christopher M. Stafford. “Diffusion-Controlled, Self-Organized Growth of Symmetric Wrinkling Patterns”. Em: Advanced Materials 21.13 (abr. de 2009), pp. 1358–1362.

[135] Pei-Chun Lin et al. “Mechanically tunable dry adhesive from wrinkled elastomers”. Em: Soft Matter4.9 (ago. de 2008), p. 1830.

[136] Thomas R. Gengenbach et al. “A multi-technique study of the spontaneous oxidation of N-hexane plasma polymers”. Em: Journal of Polymer Science Part A: Polymer Che-mistry32.8 (jun. de 1994), pp. 1399–1414.

[137] D.D. Burkey e K.K. Gleason. “Structure and Thermal Properties of Thin Film Poly(α-methylstyrene) Deposited via Plasma-Enhanced Chemical Vapor Deposition”. Em: Che-mical Vapor Deposition9.2 (mar. de 2003), pp. 65–71.

[138] F. Clouet e M. K. Shi. “Interactions of polymer model surfaces with cold plasmas: Hexatriacontane as a model molecule of high-density polyethylene and octadecyl oc-tadecanoate as a model of polyester. I. Degradation rate versus time and power”. Em: Journal of Applied Polymer Science46.11 (dez. de 1992), pp. 1955–1966.

(44)

BIBLIOGRAFIA 128

[139] K. Schr¨oder et al. “Plasma-Induced Surface Functionalization of Polymeric Biomate-rials in Ammonia Plasma”. Em: Contrib. Plasma Phys. 41.6 (nov. de 2001), pp. 562– 572.

[140] S. W. Hwang et al. “Synthesis and Characterization of Iron Oxide Nanoparticles for Phenyl Hydrazine Sensor Applications”. Em: Sens. Lett. 12.1 (jan. de 2014), pp. 97– 101.

[141] C.D. Boeira et al. “A comprehensive study on different silicon-containing interlayers for a-C:H adhesion on ferrous alloys”. Em: Thin Solid Films 645 (jan. de 2018), pp. 351– 357.

[142] D Rats, V Hajek e L Martinu. “Micro-scratch analysis and mechanical properties of plasma-deposited silicon-based coatings on polymer substrates”. Em: Thin Solid Films 340.1-2 (fev. de 1999), pp. 33–39.

[143] J. Tomastik e R. Ctvrtlik. “Nanoscratch test — A tool for evaluation of cohesive and adhesive properties of thin films and coatings”. Em: EPJ Web of Conferences 48 (mai. de 2013). Ed. por Miroslav ˇSulc et al., p. 00027.

[144] A Krupiˇcka, M Johansson e A Hult. “Use and interpretation of scratch tests on ductile polymer coatings”. Em: Progress in Organic Coatings 46.1 (jan. de 2003), pp. 32–48. [145] Neil J. Shirtcliffe et al. “An introduction to superhydrophobicity”. Em: Adv. Colloid

Interface Sci.161.1 (dez. de 2010), pp. 124–138.

[146] S. T. Chambers, B. Peddie e A. Pithie. “Ethanol disinfection of plastic-adherent micro-organisms”. Em: Journal of Hospital Infection 63.2 (jun. de 2006), pp. 193–196. [147] F. Basarir et al. “Electrochemical properties of PP membranes with plasma polymer

Referências

Documentos relacionados

A two-way (eccentric versus concentric training) repeated measures (pre-training versus post-training) ANOVA, with a 5% significance level, was used to compare:

An optimized set of loading (tension), frequency and number of cycles was obtained. Concerning the method validation, using modified T-test samples in fresh and humidity-aging

Os substratos que demonstraram maiores IVG foram vermiculita e papel filtro, sendo que a vermiculita também propiciou maior porcentagem de germinação, indicando que esse substrato

ter se passado tão lentamente como muda uma montanha, aos nossos olhos eternamente parada e cujas mudanças só são percebidas pelos olhos de Deus” (DOURADO, 1999, p.

Diante desta realidade, se faz uma análise referente ao processo de industrialização do maracujá azedo, transformando em polpa de frutas, buscando novos mercados para a

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Este estágio de 8 semanas foi dividido numa primeira semana de aulas teóricas e teórico-práticas sobre temas cirúrgicos relevantes, do qual fez parte o curso

É necessária uma reflexão sobre a importância das atividades práticas no ensino de Ciências, uma vez que, ao utilizar somente aulas teóricas ou utilizando