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ANEXO COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO EUROPEU E AO CONSELHO

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COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 14.10.2015 COM(2015) 510 final ANNEX 3

ANEXO da

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO EUROPEU E AO CONSELHO

Gerir a crise dos refugiados: balanço da execução das ações prioritárias no quadro da Agenda Europeia da Migração

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Anexo 3: Itália — Ponto da situação a partir de 11 de outubro de 2015

I. Pontos de registo Medidas já tomadas

1. As autoridades italianas inauguraram o primeiro ponto de registo em Lampedusa há duas semanas. Este ponto de registo está totalmente operacional com o apoio prestado pelo EASO e pela Frontex. A recolha de impressões digitais no ponto de registo tem vindo a aumentar, apesar de alguns migrantes continuarem a opor-se a essa prática. 2. Todos os outros pontos de registo já foram designados. A maioria deles pode começar a

funcionar nas próximas semanas. Dois deles, Taranto e Augusta, só estarão operacionais no final de 2015.

3. Em todos os pontos de registo, os efetivos mínimos previstos incluem 10 agentes Frontex encarregados de recolher as impressões digitais, 2 equipas de informação e 2 equipas de controlo, juntamente com uma equipa de 3 peritos do EASO para o fornecimento de informações. Os pedidos em curso, lançados pela FRONTEX e pelo EASO, deverão permitir cobrir todas as necessidades de todos os pontos de registo, na condição de que os Estados-Membros se comprometam a disponibilizar um número suficiente de peritos.

4. Uma Taks Force regional da UE (EURTF) funcionou já na Catânia desde julho e está plenamente operacional graças à presença de todas as agências. No entanto, é necessário integrar melhor o trabalho da Europol no conceito de ponto de registo, em especial para promover o intercâmbio de informações entre os magistrados do Ministério Público e as autoridades policiais italianas, por um lado, e a Europol, por outro.

5. A fim de apoiar a plena aplicação do sistema de pontos de registo, as autoridades italianas estão atualmente a proceder à listagem das suas necessidades no quadro de um exercício único de avaliação exaustiva das necessidades, com vista a solicitar um conjunto de medidas de apoio dos fundos europeus. Está prevista para 16 de outubro uma reunião técnica com a Comissão.

O que falta fazer

1. Os restantes pontos de registo devem tornar-se operacionais nos prazos previstos, a fim de assegurar o pleno funcionamento do sistema e aliviar a pressão que pesa sobre Lampedusa. A situação a nível dos fluxos de entradas e saídas deve ser objeto de um acompanhamento permanente a fim de detetar qualquer eventual necessidade de abertura de mais pontos de registo.

2. A Itália deverá assegurar a plena utilização das capacidades dos centros de detenção existentes a fim de garantir o cumprimento das regras em matéria de identificação, e deve abrir novos lugares em centros de detenção para dispor da capacidade necessária para a realização eficaz dos procedimentos de identificação e de regresso.

3. Os Estados-Membros devem assegurar a disponibilidade imediata de peritos para responder aos apelos lançados pela Frontex e pelo EASO. Esses peritos devem estar disponíveis para um destacamento de longa duração, de forma a estarem tão operacionais quanto possível.

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4. A Itália deve ponderar a realização de reformas das suas normas atuais em matéria de detenção, a fim de permitir a detenção de longa duração, sempre que tal seja indispensável para concluir o procedimento de identificação nos casos difíceis.

5. As autoridades italianas devem emitir novas orientações sobre o recurso proporcionado da força nos casos em que os migrantes se recusam a ser identificados, com base nas indicações emitidas pela Comissão.

6. Para permitir a rápida transferência de migrantes dos pontos de registo para as instalações de acolhimento de segunda linha, ou para os centros de detenção, é provável que venha a ser solicitado em breve à Comissão um apoio logístico, através do recurso a um contrato-quadro especial da ECHO para o fretamento de aviões.

II. Regresso Medidas já tomadas

1. As autoridades italianas investiram recursos significativos no domínio do regresso, estando agora o procedimento bem estabelecido em numerosos casos (egípcios e tunisinos). Desde o início do ano, foram organizados 72 voos de regresso.

2. A Itália está atualmente a negociar com vários países da África Subsariana acordos operacionais para permitir o rápido regresso de nacionais de países terceiros (particularmente na África Ocidental). Já foi alcançado um acordo com a Gâmbia, enquanto outros foram propostos a outros países terceiros. A cooperação com a Nigéria foi também reforçada.

3. A Itália participa em voos conjuntos organizados regularmente pela Frontex.

O que falta fazer

1. A Itália deve intensificar os seus esforços para o regresso de migrantes em situação irregular provenientes de países da África Subsariana. A Comissão e o SEAE devem ajudar as autoridades italianas a concluir acordos operacionais com estes países a fim de garantir um regresso eficaz e efetivo dos migrantes em situação irregular. Tal pode incluir a prestação de apoio financeiro à cooperação no domínio da readmissão entre a Itália e os países em causa.

2. A Itália deve estabelecer um contrato-quadro para voos de regresso de longo curso (para os países da África Subsariana) que exijam a realização de concursos relativos a montantes superiores a 250 000 EUR. A Comissão pode apoiar esses voos, podendo os voos de regresso organizados pela Frontex ser igualmente utilizados para este efeito. 3. A Itália deve assegurar o rápido tratamento dos pedidos de asilo que sejam claramente

uma tentativa para eliminar os esforços em matéria de regresso. Para o efeito, poderiam ser afetadas a esses casos capacidades de tratamento especiais. Pode igualmente ser prevista uma eventual reforma dos recursos com efeitos suspensivos em casos manifestamente infundados.

4. A Itália deve fornecer a tempo à Frontex e à Comissão uma avaliação clara das necessidades no domínio do regresso tendo em vista a reunião técnica de 16 de outubro de 2016.

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5. Os voos de regresso conjuntos organizados pela Frontex devem, sempre que adequado, prever escalas em Itália, em especial os voos com destino a países da África Subsariana.

III. Recolocação Medidas já tomadas

1. Teve lugar em 9 de outubro um primeiro de voo de recolocação, transportando 19 eritreus para a Suécia. Este voo testemunha concretamente o facto de os procedimentos estarem agora disponíveis para a implementação do sistema de recolocação.

2. A Itália designou centros específicos para as pessoas elegíveis para uma recolocação. Um, situado em Villa Sikania, já está operacional, e dispõe de pessoal do EASO para proceder às entrevistas de recolocação. Dois outros, em Crotone e Bari, devem tornar-se rapidamente operacionais.

3. Foram organizadas reuniões com os agentes de ligação em Roma e com as outras unidades «Dublim» europeias, em conjunto com a Comissão, no intuito de facilitar o procedimento e explicar a todos os Estados-Membros os aspetos técnicos do processo. 4. A fim de garantir a absorção dos atrasos existentes, foram destacadas equipas EASO

para as principais cidades de trânsito (Roma e Milão) a fim de apoiar as autoridades italianas a proceder ao registo dos candidatos a uma recolocação.

5. O EASO lançou um convite a peritos para reforçar a unidade «Dublim» italiana (10 peritos solicitados — 3 destacados até ao momento e 2 em breve).

6. Foi dirigida uma circular a todas as prefeituras italiana para as informar do lançamento do processo de recolocação e para dar a conhecer o procedimento em toda a Itália, antes de as pessoas se dirigirem às autoridades.

O que falta fazer

1. Todos os Estados-Membros devem fornecer informações sobre o número de lugares que disponibilizarão para efeito de recolocação até ao final do ano. Os compromissos devem inicialmente ser limitados a fim de permitir um aumento gradual das transferências antes de atingirem a velocidade de cruzeiro.

2. A Itália deve garantir que o procedimento de recolocação aplicado pela primeira vez com a Suécia está agora consolidado sob a forma de procedimentos operacionais normalizados em todo o território e deve reforçar a sua unidade «Dublim», a fim de permitir a rápida divulgação do processo.

3. A Itália deve criar uma base de dados específica a nível da unidade «Dublim» a fim de apoiar o procedimento de correspondência de dados e garantir a rápida implementação das atualizações informáticas necessárias.

4. A Itália deve abrir os restantes dois centros de recolocação designados, devendo o EASO destacar rapidamente peritos para esses locais.

5. A Itália, com o apoio do EASO e do ACNUR, deve preparar informações destinadas a pessoas suscetíveis de serem recolocadas. A Comissão pode apoiar esse esforço, por exemplo através do financiamento de uma equipa de mediadores culturais especializados.

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6. Os Estados-Membros devem considerar a possibilidade de elaborar dossiês de informação que seriam fornecidos aos candidatos à recolocação identificados.

IV. Medidas a médio prazo

A Itália deve examinar prioritariamente formas possíveis de aumentar a eficiência global do seu procedimento de asilo, a fim de permitir o rápido tratamento dos pedidos de pessoas que não são elegíveis para uma recolocação e a fim de assegurar a coerência das decisões. Tal poderia incluir também o sistema de recursos, a fim de ser racionalizado, o que permitiria acelerar as decisões em segunda instância.

A Itália deve também ponderar a forma de garantir uma qualidade uniforme das condições de acolhimento em todo o território, inspirando-se nas boas práticas existentes em várias regiões e divulgando-as a outras regiões.

Referências

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