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Informe 3 Novembro de 2008

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Informe 3 – Novembro de 2008

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Aumento significativo da alocação de recursos: o Orçamento aumentou na ordem de 68% em comparação com 2008. Será que estes fundos serão todos investidos no Sector de Saúde?

e

Elevados níveis de dependência da ajuda externa: 80% dos recursos alocados são provenientes da ajuda externa. e

A gestão dos recursos do Sector de Saúde continua muito centralizada: 82% da dotação orçamental será gerido no Âmbito Central e somente 18% no Âmbito Provincial.

e

A alocação orçamental per capita mostra diferenças significativas na distribuição de fundos por província. As províncias da Zambézia e Nampula foram as mais sacrificadas.

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Auummee nnttoo ssiiggnniiffiiccaattiivvoo ddoo eenn vveellooppee dd ee rr eeccuurrssooss dd oo SSeeccttoorr eemm tteerrmmooss nnoommiinnaaiiss ee ppee rrcceennttuuaaiiss.. A previsão para 2009 da dotação orçamental total para o Sector de Saúde é de 17,151,413 mil Meticais, que representa 16.4% da Despesa Pública total prevista para 2009. Este é um aumento substantivo se compararmos com

o ano de 2008 quando a alocação para este Sector foi de apenas 10,207,398 mil Meticais, ou 11.5% da Despesa Pública. Consequentemente, comparativamente a 2008, a dotação no Sector de Saúde irá aumentar em 68%. Este aumento deve-se ao aumento da Despesa de Investimento, cuja componente externa irá duplicar.

Figura 1: Comparação entre a previsão de despesa (por principal tipo de despesa) em 2008 e 2009

6.790 10.207 3.418 3.447 17.151 13.705 -4.000 8.000 12.000 16.000 20.000

Despesa de Funcionamento Despesa de Investimento Despesa Total

M ilhõ es de M eti ca is Lei OE 2008 Proposta OE 2009

Fonte: MF, Lei OE 2008 e Proposta OE 2009

(2)

Tendo em conta uma subdivisão do Sector de Saúde em: Sistema de Saúde e HIV/SIDA, prevê-se que do total dos recursos disponibilizados ao Sector de Saúde cerca de 3.4% serão alocados ao Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA (CNCS) para acções de prevenção e combate ao HIV/SIDA e os restantes 96.6% ao Sistema de Saúde. É positivo notar que a alocação para o CNCS não está directamente relacionada com a alocação ao Sector de Saúde e que muitos dos fundos geridos pelo CNCS são gastos nas acções de mitigação e prevenção. Contudo, enquanto a alocação ao Sistema de Saúde irá aumentar na ordem de 73%, a alocação ao CNCS decrescerá em 7%.

O Orçamento do Sector de Saúde é aallttaammeennttee dd eeppee nnddeenn ttee ddee rreecc uurrssooss ee xxtteerr nnooss pp rroovviiddee nncciiaaddooss pp eellooss dd ooaaddoorree ss ee qq uuee c

coonn ttaabb iilliizzaamm 8800%% ddoo eennvveelloopp ee ttoottaall dd ee rreecc uurrssooss ddeessttee SSeeccttoorr a

allooccaaddooss eemm 22 000099 – cerca de 65% acima do valor de 2008.

Porquê este aumento significativo nos recursos externos? Será que este aumento de recursos deve-se ao incremento da ajuda externa ao país para o Sector de Saúde em 2009?

Ou será porque o Governo registou no Orçamento do Estado (OE) mais recursos dos doadores que não eram registados em anos anteriores como, por exemplo, o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos da América para Alívio do SIDA (PEPFAR) que prevê investir cerca de 200 milhões de Dólares Americanos no país em 2009 na luta contra o HIV/SIDA? Se for este o caso, será que estes fundos serão todos investidos no

Sector de Saúde ou parte destes recursos beneficiarão outros sectores (por exemplo mitigação do impacto do HIV/SIDA)? Será que todos estes fundos foram tomados em consideração pelos Sectores na sua planificação para 2009? Por fim, será que todas as despesas relacionadas com estes fundos serão contabilizadas no Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE) de modo a evitar que fundos registados no OE não sejam reportados como não executados?

O que se tem verificado - e que é crítico para a planificação e gestão no uso de fundos públicos, nomeadamente nos Sectores Sociais – é que apesar de os fundos estarem a ser registados no OE, a execução dos mesmos tem sido muito reduzida. Por exemplo, o Relatório de Execução Orçamental (REO) de 2007 indica que a execução orçamental da componente externa do investimento foi apenas de 70% no Sistema de Saúde.

Será crucial que o Governo e os Parlamentares monitorem de perto esta situação durante o ano de 2009 bem como o seu impacto na realização das prioridades apontadas pelo Governo.

No concernente a alocação de recursos ao CNCS, é notório que a alocação interna de recursos apenas representa 11% da alocação total – o CNCS é altamente dependente de recursos externos dos doadores. O incremento de recursos internos ao CNCS será importante para sinalizar um cometimento político com a resposta nacional para o HIV/SIDA e assegurar a sustentabilidade.

Figura 2: Fonte de Recursos no Sector de Saúde: comparação entre 2008 e 2009 (mil Meticais)

3,777,632 3,677,924 6,529,474 13,373,781 0% 20% 40% 60% 80% 100% Lei OE 2008 Proposta OE 2009

Fundos Internos Fundos Externos

Fonte: MF, Lei OE 2008 e Proposta OE 2009

(3)

Figura 4: Despesa de Investimento 2009 por Âmbito Geográfico (mil Meticais)

1,796,001 52%

1,650,565 48%

Âmbito Central Âmbito Provincial

Figura 5: Despesa de Funcionamento 2009 por Âmbito Geográfico (mil Meticais)

1,222,189 9%

12,482,658 91%

Âmbito Central Âmbito Provincial

Fonte: MF, Proposta OE 2009 Fonte: MF, Proposta OE 2009

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O Sistema de Saúde inclui o Ministério da Saúde, os Hospitais e as Direcções Provinciais. Dos 16,560,518 mil Meticais alocados ao Sistema de Saúde, 78.5% será destinado ao Ministério da Saúde, 14.9% às Direcções Provinciais de Saúde e 6.6% ao conjunto dos Hospitais (distribuídos ao longo do País). Destes 6.6%, prevê-se que somente o Hospital Central de Maputo irá beneficiar-se de

cerca de metade dos recursos (50%). Com isso, verifica-se que a g

gee sstt ããoo dd ooss rree ccuurr ssooss ddoo SS eecctt oorr ddee SS aaúúddee cc oonnttiinnuuaa mmuu iitt oo c

ceennttrraalliizzaaddaa . Considerando que a alocação para o Hospital

Central de Maputo é gerida a nível central, prevê-se que em 2009, 82% da dotação orçamental do Sector de Saúde seja efectuada no Âmbito Central e somente 18% no Âmbito Provincial. Prevê-se que em 2009, a dotação da Despesa de Funcionamento será superior no Âmbito Provincial (52%) comparativamente ao Âmbito Central (48%). O mesmo não se

prevê para a Despesa de Investimento, pois, existe uma dotação de 91% para o Âmbito Central e apenas uma dotação de 9% para o Âmbito Provincial.

Figura 3: Despesa Total 2009 por Âmbito Geográfico (mil Meticais)

14,133,2238 82% 3,018,190

18%

Âmbito Central Âmbito Provincial

Fonte: MF, Proposta OE 2009

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Há duas formas através das quais as províncias em Moçambique beneficiam dos fundos de OE: alocações provinciais e centrais. A primeira categoria refere-se a alocações de OE que são registadas directamente no ‘Âmbito Provincial’, isto é, que beneficiam directamente às Direcções Provinciais que têm classificador orgânico próprio no Orçamento e, contornando assim o Ministério central. A segunda refere-se a parte remanescente do Orçamento registada no ‘Âmbito Central’ e que se refere aos fundos que são controlados pelos órgãos centrais nomeadamente Ministérios em Maputo. Como referimos anteriormente uma parte substancial destes fundos é na realidade gasto nas províncias - dado o tamanho da alocação central, tais fundos frequentemente representam a maioria dos gastos financeiros nas províncias. Contudo, a Proposta de OE não permite perceber qual é a parte dos fundos alocados ao nível central que poderá eventualmente beneficiar o nível provincial.

Considerando este aspecto, uma análise da distribuição dos recursos entre o nível central e provincial pode ser bastante imperfeita. No entanto, tal análise é benéfica para compreender até que ponto a alocação dos recursos por províncias é equitativo e conducente à redução das disparidades existentes nos indicadores de Saúde.

Olhando para o orçamento per capita alocado ao Sector de Saúde (i.e. total de fundos alocados divididos pela projecção da população para 2009), podemos notar que a proposta orçamental apresenta dd iiffeerreennççaass ssiigg nniiffiiccaattiivvaass nnaa aallooccaaççããoo ddee ffuunnddooss pp oorr p

prroovvíínncciiaa, com pouca correlação entre os fundos alocados e o tamanho da população ou os indicadores de desenvolvimento da criança. A alocação per capita varia de 284 Meticais na Província de Gaza a 81 Meticais na Província da Zambézia e 84 Meticais em Nampula. Verifica-se assim que as províncias mais populosas, nomeadamente ZZaammbbéézziiaa ee NNaamm ppuullaa,, oonnddee cceerrccaa dd ee 4400%% ddaa p

pooppuullaaççããoo vviivvee,, rreeccee bbeemm mmeennooss ffuunnddooss ppeerr ccaappiittaa nnoo SSeeccttoorr ddee S

Saaúúddee – No entanto, o nível de privação de saúde nas crianças é superior nestas duas províncias.

Será que este desequilíbrio na alocação de fundos será ultrapassado pelos fundos geridos centralmente? Será importante que no futuro a Proposta do OE providencie uma imagem clara acerca da alocação dos recursos aos níveis subnacionais, de modo a ajudar aos leitores a compreenderem qual é a alocação que está direccionada a reduzir as disparidades. É também importante que os Sectores revejam os seus critérios de alocação de fundos às províncias, tendo sobretudo em conta a situação dos indicadores de desenvolvimento da criança.

Este informe foi produzido pela FDC e pelo UNICEF com apoio técnico da SAL e Caldeira. Para mais informações por favor contacte:

FDC

Av. 25 de Setembro, Edifício Times Square, Bloco 2, nr. 12504 Maputo, Moçambique Tel. +258 21 355300 Website: www.fdc.org.mz UNICEF Av. do Zimbabwe nr. 1440 Maputo, Moçambique Tel. +258 21 481100 Website: www.unicef.org/mozambique

A informação contida neste informe foi retirada da Proposta de OE para 2009 submetida pelo Governo de Moçambique à Assembleia da República em Setembro de 2008. Foram analisados o Documento de Fundamentação, a Proposta de Lei Orçamental e os Mapas Anexos.

Figura 6: Alocação dos fundos no Sector de Saúde por província, per capita

284 207 188 179 169 163 146 128 110 84 81 0 50 100 150 200 250 300

Gaza Tete Niassa Maputo P. Maputo Cidade

Cabo Delgado

Manica Sofala Inhambane Nampula Zambézia

Me tica is pe r c api ta

Fonte: MF, Proposta OE 2009 e INE, Projecções da População 2005

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Diferença Despesa de Despesa Despesa de Despesa Absoluta Funciona. Comp. Comp. To tal Funciona. Comp. Comp. To tal 2008 – 2009 (%) Interna Externa Interna Externa 3,417,596 202,423 5,949,653 6,152,076 9,569,672 93.8 3,446,566 264,120 12,849,831 13,1 13,951 16,560,518 96.6 73.1 1,090,105 78,450 5,083,928 5,162,378 6,252,483 61.3 1,126,325 90,698 11 ,783,723 11 ,874,421 13,000,747 75.8 107.9 1,252,216 96,244 865,725 961,969 2,214,185 21.7 1,246,769 156,080 1,066,108 1,222,189 2,468,958 14.4 11 .5 21 1,988 5,150 0 5,150 217,138 2.1 218,315 0 0 0 218,315 1.3 0.5 126,516 0 0 0 126,516 1.2 63,914 0 0 0 63,914 0.4 -49.5 0 0 0 0 0 50,243 0 0 0 50,243 0.3 487,914 15,000 0 15,000 502,914 4.9 524,239 17,342 0 17,342 541,581 3.2 7.7 227,889 7,579 0 7,579 235,468 2.3 169,623 0 0 0 169,623 1 -28 20,968 0 0 0 20,968 0.2 22,590 0 0 0 22,590 0.1 7.7 0 0 0 0 0 24,547 0 0 0 24,547 0.1 0 57,905 579,821 637,726 637,726 6.2 0 66,945 523,950 590,895 590,895 3.4 -7.3 3,417,596 260,328 6,529,474 6,789,802 10,207,398 100 3,446,566 331,066 13,373,781 13,704,847 17,151,413 100 68 2008 2009 Despesa de In vestimento P eso Despesa de In vestimento P eso To tal To tal Desi g naç ão (S ector / Instituiç ão) S istema de S de Ministério da Saúde

Direcção Provincial da Saúde

Hospitais Provinciais Hospitais Gerais

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Hospital Central Maputo

Hospitais Centrais Hospital Psiquiátrico Hospital Geral

Consel h o N acional de Combate ao H IV /S IDA T O TA L S A Ú DE

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Fonte: MF , Lei OE 2008 e Proposta OE 2009

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