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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio/Seminário – FabLab – ESTG-Instituto Politécnico da Guarda (Guarda)

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TPG

folitécnico

1 daGuarda

Polytechnic o!’ Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desígn de Equipamento

Victor Manuel Marques Esteves

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R E L A T Ó R I O D E

S E M I N Á R I O

DE

DESIGN

VICTOR MANUEL MARQUES ESTEVES

RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM

DESIGN DE EQUIPAMENTO julho/2018

Escola Superior de Tecnologia e Gestão

Instituto Politécnico da Guarda

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RELATÓRIO DE SEMINÁRIO DE

DESIGN

Trabalho desenvolvido no âmbito do Seminário de Design

Autor do Trabalho: Victor Manuel Marques Esteves n.º 1011741

Orientador: Prof. Doutor Luís Miguel Lopes Lourenço Apoio Técnico: D.er Joaquim Lopes de Abreu, Téc. Superior Guarda, 06 de julho de 2018

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O POETA

“Viver não é necessário. Necessário é criar.

Fernando Pessoa

1888-1935

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

Havia, desde logo, que dignificar o honroso convite do IPG/ESTG, que tanto me sensibilizou para o Seminário de Design ser feito no seu FabLab!...

Fica, pois, o merecido agradecimento à ESTG, na pessoa da sua Diretora Profª Dr.ª Clara Silveira e Subdiretor Prof. Dr. FernandoMarcos, ao Orientador Prof. Dr. Luís Miguel Lourenço e ao colaborador do FabLab D.er Joaquim Abreu, com quem mais lidei, a total recetividade e atitude pedagógica.

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ABREVIATURAS E SIGLAS

Abreviaturas. Fab - Fabricação Lab - Laboratório SIGLA 2D - Bidimenssional

ABS - Plástico terpolímero formado a partir da copolimerização de três monómeros; Acrilonitrilo, Butadieno e Estireno

CAD - Desenho Assistido por Computador

CAD 3D - Desenho Tridimensional Assistido por Computador CAE - Engenharia Auxiliada ou Assistida por Computador CAM - Fabrico/Manufatura Assistida por Computador CEE – Comunidade Económica Europeia

CNC - Controle Numérico Computorizado

DWG – Drawing – extensão de formato de desenho computacional desenvolvido pela Autodesk

DXF - Drawing eXchange Format

ESTG - Escola Superior de Tecnologia e Gestão IPG - Instituto Politécnico da Guarda

IPSS - Instituições Particulares de Solidariedade Social MIT - Massachusetts Institute of Technology

ONG - Organização Não Governamental

PLA - Plástico de Poliácido Láctico, (biodegradável) STL - StereoLithography, (formato para impressões em 3D)

UC – Unidade Curricular

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RESUMO

O presente relatório reporta-se ao trabalho desenvolvido no âmbito da UC de Seminário de Design.

Trata-se da criação de uma linha de mobiliário de interior, composta por quatro equipamentos; Chaise-longue, Porta-guarda-chuva, Casaqueiro e Estante, contemplando a modelação digital 3D de todas as peças, bem como a execução de maquetas à escala reduzida para a; Chaise-longue, Casaqueiro e Porta-guarda-chuva, com o projeto a ser desenvolvido no FabLab Guarda. A Chaise-longue, encarada como peça principal, a figura de proa, foi construída à escala real, tornando-se assim em Protótipo Funcional. Todavia a construção deste modelo em ambiente FabLab impôs certas limitações, nomeadamente a impossibilidade de moldar madeiras, o meu processo construtivo de eleição.

Escolhi a elegância e funcionalidade, a simplicidade e a baixa complexidade na construção como principais características para esta linha de mobiliário de interior. O conceito central da estética destes objetos é a sua forma, um produto atraente, minimalista, desenho inspirado nalguns objetos da escola Bauhaus. O “ritmo” dos objetos desenvolvidos resulta do ordenamento e disposição em ’Z’, apresenta uma estética de ordem elevada e baixa complexidade, também baseado na teoria da Bauhaus.

Patchouly, o nome que atribuí a esta linha de mobiliário de interior, surge como um revivalismo, uma marca que nos faz regressar no tempo. Patchouly Z é uma linha de mobiliário de interior funcional, objetos sóbrios e racionais, um conceito simples orientado para ser belo.

Para materializar estes equipamentos, a escolha recaiu sobre alguns materiais que identificassem a região da Guarda, como a lã, os restantes e principais materiais são o alumínio e o contraplacado de madeira.

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ÍNDICE GERAL

O POETA ... III DEDICATÓRIA ... V AGRADECIMENTOS ... VII ABREVIATURAS E SIGLAS ... IX RESUMO ... XI ÍNDICE GERAL ... XIII ÍNDICE DE FIGURAS ... XVII

1. INTRODUÇÃO ... 21

2. ENTIDADE APOIANTE ... 25

2.1 ESTG ... 25

2.2 FABLAB (laboratório de fabrico digital) ... 26

3. OBJETIVOS ... 29

4. PLANO DE AÇÃO ... 31

5. CONCEÇÃO DOS MODELOS ... 37

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5.2 -Casaqueiro ... 43

5.3-Porta-guarda-chuva ... 44

5.4- Estante ... 45

6. ENSAIOS PRELIMINARES DO MODELO DIGITAL DA CHAISE-LONGUE 47 7. DESENVOLVIMENTO DOS MODELOS COM RECURSO À MODELAÇÃO DIGITAL 3D ... 49

7.1- Chaise-longue ... 50

7.2 Casaqueiro ... 51

7.3- Porta Guarda-chuva ... 52

7.4-Estante ... 53

8. CONSTRUÇÃO DAS MAQUETAS/MODELOS ... 55

8.1- Chaise-longue ... 56

8.2- Casaqueiro ... 61

8.3- Porta-Guarda-Chuvas ... 62

8.4- Estante ... 64

9. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO FUNCIONAL... 65

9.1- Chaise-longue ... 65

10. - CONCLUSÕES ... 83

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ANEXO A – MARCA UTILIZADA NA LINHA DE MOBILIÁRIO ... 89

ANEXO B – ESBOÇOS DIVERSOS ... 93 ANEXO C – ANÁLISE SIMPLIFICADA DE DEFORMAÇÕES ESTIMADAS (COM RECURSO A SOFTWARE) ... 97

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Um FabLab da rede internacional (fabfoundation.org e fablabs.io). .. 26

Figura 2: Chaise-longue Modelo Nº B306 , 1928. ... 32

Figura 3: Cadeira desenhada por Alvar Aalto para a Omega Workshops, 1913. 33 Figura 4: Cadeira PK22. ... 33

Figura 5: Cadeira de Ronan e Erwan Bouroullec. ... 34

Figura 6: Vista lateral da cadeira de Ronan e Erwan Bouroullec. ... 34

Figura 7: Vista em perspetiva de diversos componentes da Chaise-longue, em transparência. ... 37

Figura 8: Vista em perspetiva explodida do modelo digital 3D da Chaise-longue. ... 38

Figura 9: Desenho cotado com vista frontal e lateral da Chaise-longue. ... 39

Figura 10: Pormenor da barra de alumínio de suporte da Chaise-longue, vista lateral em transparência. ... 39

Figura 11: conjunto de Fixação do alumínio à madeira ... 40

Figura 12: Figura em corte de todos os componentes de fixação da cadeira. .... 41

Figura 13: Vista frontal da Chaise-longue. Figura 14: Vista lateral da Chaise-longue. ... 42

Figura 15: Vista frontal e lateral do Casaqueiro. ... 43

Figura 16: Vista frontal e lateral do Porta-guarda-chuva. ... 44

Figura 17: Vista lateral e frontal da Estante. ... 45

Figura 18: Modelo 3D da Chaise-longue. ... 50

Figura 19: Modelo 3D do casaqueiro. ... 51

Figura 20: Modelo 3D do porta-guarda-chuva. ... 52

Figura 21: Modelo 3D da estante. ... 53

Figura 22: Maqueta da Chaise-longue. ... 56

Figura 23: Corte em fatiamento das várias peças de madeira que vão formar o conjunto da Chaise-longue. ... 57

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Figura 25: Corte e montagem das fatias de madeira. ... 58

Figura 26: Chaise-longue finalizada. ... 59

Figura 27: Chaise-longue finalizada, com manequim de 30cm. ... 59

Figura 28: Chaise-longue finalizada com manequim coberto com cobertor. ... 60

Figura 29: Cadeira de madeira reaproveitada finalizada. ... 60

Figura 30: Cadeira reaproveitada finalizada com manequim de 30cm. ... 61

Figura 31: Corte em ângulo do acrílico para o casaqueiro no torno mecânico. . 61

Figura 32: Casaqueiro terminado. ... 62

Figura 33: Impressão 3D de um componente da maqueta/modelo do Porta-guarda-chuva. ... 63

Figura 34: Após a impressão 3D do guarda-chuva. ... 63

Figura 35: Maqueta do Porta-guarda-chuva. ... 64

Figura 36 : Figura renderizada da Chaise-longue, vista em perspetiva. ... 65

Figura 37: Abertura, no cilindro maciço em alumínio, para acomodar o casquilho. ... 66

Figura 38: Serragem do cilindro com a separação das duas metades. ... 66

Figura 39 : Maquinação do cone. ... 67

Figura 40: Foto do cone e casquilho acabados onde passará o perno roscado. .. 67

Figura 41: Pormenores do interior do cone onde acomodará o casquilho (à direita na figura). ... 67

Figura 42: Percurso de corte das várias fatias de madeira na CNC. ... 68

Figura 43: Fresagem das fatias de madeira. ... 68

Figura 44: Um dos perfis de madeira quase terminado. ... 68

Figura 45: lixagem individual de cada perfil. ... 69

Figura 46: Inserção dos vários perfis de madeira no varão roscado. ... 69

Figura 47 Componentes finais da cadeira, antes da serragem do excesso do varão roscado e enceramento. ... 70

Figura 48: Antevisão relativa aos esforços mecânicos esperados na região de soldadura ... 71

Figura 49: Imagem 3D simulação das furações para posterior soldagem a alumínio. ... 71

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Figura 51: Simulação quinagem a 45 graus. ... 71

Figura 52: Rasgo da chapa de alumínio em U para posterior quinagem. ... 72 Figura 53: Aquecimento a maçarico para melhor dobragem da chapa... 72 Figura 54: Dobragem final da amostra da chapa no torno. ... 73 Figura 55: Furações para posterior soldadura a alumínio. ... 73 Figura 56: Corte da Chapa para o pé da Chaise-longue. ... 74 Figura 57: Gravação das siglas do IPG. ... 74 Figura 58: Rasgo para a quinagem da chapa. ... 75 Figura 59: Retirada das pontes. ... 75 Figura 60: Lixar e limar excesso de material. ... 76 Figura 61: O mesmo procedimento já testado de aquecimento para dobragem da chapa. ... 76

Figura 62 : Chapa quinada a 49,5 graus. ... 77 Figura 63: Corte da barra de suporte da estrutura de madeira. ... 77 Figura 64: Suporte da estrutura de madeira já finalizada. ... 78 Figura 65: Base de madeira já seca da cera aplicada. ... 78 Figura 66: União da madeira com o alumínio com a maqueta em fundo. ... 79 Figura 67: Testes de estabilidade lateral ... 79 Figura 68: Teste de estabilidade e conforto. ... 80 Figura 69: Aplicação do cobertor embutido e o estofo. ... 80 Figura 70: Chaise-longue terminada. ... 81

Desenho 1 (Desenho técnico da Chaise-longue cotado de 1:6) ... 103 Desenho 2 (Desenho técnico do casaqueiro cotado de 1:6)... 104 Desenho 3 (Desenho técnico do Porta-guarda-chuva cotado de 1:4) ... 105 Desenho 4 (Desenho técnico da Estante cotado de 1:10) ... 106

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1. INTRODUÇÃO

Deparamo-nos hoje com uma espécie de saturação industrial, em que a produção de equipamentos atingiu níveis de semelhança, em aparência, custo e tecnologia, em mercados cada vez mais fortes, onde os consumidores destes produtos exercem uma forte influência para a criação de valores estéticos para novos produtos industriais.

Por outro lado, outras tendências têm vindo a ser implementadas ao longo da história. “Muitos dos defensores do Estilo Internacional adotaram a estética funcionalista do Movimento Moderno apenas por razões puramente estilísticas…”. “Outros, contudo, desenvolveram uma pureza estética com o objetivo de promover um maior universalismo na arquitetura e no design. Designers do período mais tardio do pós-guerra – especialmente na América – como Florence Knoll, Charles Eames e George Nelson combinaram esta abordagem moderna e democrática do design com métodos de produção industrial …)”, (RASULO, 2001).

No interior de um mundo onde os indícios e os símbolos da esfera cultural que nos rodeia são abundantes, procurar novos códigos de equipamento é um desafio tão grande quanto o da vida em si mesma. Com o desenvolvimento e globalização do consumo de massa, os estilos e as culturas misturam-se num emaranhado de gostos e de práticas culturais em que os estilos tendem a interligar-se. Atualmente, nenhuma classe ou grupo social escapa à lógica da moda e do design, pode dizer-se que, nos dias de hoje, até o Design português está na moda! Mas, quanto mais hegemónicos e homogénicos são o mercado e a moda, tanto mais o individualismo tem efeitos fundamentais diferenciadores sobre a própria vida individual e coletiva!...

Perante os desafios colocados no desenvolvimento dos trabalhos integrados na UC de Seminário de Design foi aberto caminho a um processo criativo que abracei. No processo criativo de desenvolvimento desta linha de mobiliário havia, desde logo, que assegurar um bom equilíbrio entre o objeto, seus componentes e os objetivos delineados; a elegância funcional e a baixa complexidade na construção. Este produto sofre uma mudança de aparência estética, para se diferenciar dos competidores e atrair a atenção dos consumidores. O conceito central da estética destes objetos é a sua forma, o minimalismo, conduzindo ao desenho inspirado nalguns objetos Bauhaus («Casa da

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Construção»), uma escola de artes e ofícios fundada na Alemanha por Walter Gropius

em 1919 que objetivava o funcionalismo e o racionalismo.

O ritmo destes quatro objetos criados resulta do ordenamento e disposição em ’Z’, claramente percetível, os quais apresentam uma aparência visual estética de ordem elevada e de baixa complexidade, funcionalismo e harmonia criativa, em que a ornamentação considerada supérflua é inexistente e a estrutura é reduzida a formas elementares, racionais. Surge inusitado para este segmento de produtos de uso doméstico, com uma identidade que traz de volta os anos idos, recriando uma atmosfera desses tempos, conferindo em simultâneo um look atual, mas com um toque vintage.

“A poesia formal de Van Severen distingue-o de outros designers e a MVS Chaise, que alia indústria, materialidade não adornada e beleza escultural, integra a sua linguagem única.” (HAIDON,2009)

O espírito por de trás da conceção desta linha de equipamentos incorpora liberdade de movimento através de um design cuidadosamente simples, objetos de uso, feitos para capturar atenções e interesses, com um design minimalista e elegante, idealizado e concebido para um ‘target’ de utilizadores que privilegiam a estética, em detrimento das funcionalidades mais técnicas, embora também presentes, e onde a simplicidade conceptual poderá causar alguns equívocos.

“A arte não evita, antes procura, a contaminação com os materiais tecnológicos e com os métodos da produção industrial, submetendo-se ao conceito de útil” (BATTISTINA, 2002)

Nestas estruturas de linhas minimalistas há um ponto de equilíbrio com a distribuição equitativa do peso visual, um equilíbrio assimétrico, casual e ao mesmo tempo dinâmico.

A denominação escolhida para esta nova linha de equipamentos “Patchouly”, anexo A (Marca Patchouly, propriedade do autor do relatório), surge como um revivalismo, um nome do passado recente, uma marca que nos faz voltar aos tempos áureos do “Vitinho” que mandava os meninos para a cama; da integração de Portugal na CEE; do consumo e dos excessos. Uma marca relacionada com um admirável mundo

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novo onde está tudo por fazer e há muita “urgência” em fazer. Patchouly ‘Z’ é uma

linha de mobiliário de interior, funcional, composta por objetos sóbrios e racionais, um conceito simples orientado para ser belo.

Pessoalmente, não segui uma tendência mais comercial empolando o desenvolvimento de produtos/equipamentos destinados a grandes massas, não tendo, portanto, a intenção de servir e agradar aos outros, entenda-se à maioria, mas sobretudo pelo deleite pessoal que essa linha de equipamentos implica. Estes equipamentos foram concebidos por mim a pensar, também, no prazer que a sua utilização me traria, não deixando, no entanto, de acreditar que a muitos agradará!...

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2. ENTIDADE APOIANTE

IPG-Instituto Politécnico da Guarda

Foi criado em 1980 como um dos primeiros estabelecimentos de ensino superior Politécnico a ver aprovados os seus estatutos. O IPG congrega quatro escolas superiores abragendo diversas áreas do conhecimento, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, a Escola Superior de Saúde e a Escola Superior de Turismo e Hotelaria. O IPG Também agrega uma unidade de investigação científica, a UDI-Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior.

A oferta formativa do IPG é ministrada no regime diurno e pós-laboral, compreende a formação de 1.º ciclo (licenciaturas), de 2.º ciclo (mestrados), pós-graduações e de especialização não conferente de grau académico, pós-secundária não superior, cursos de especialização tecnológica contínua, e cursos preparatórios para o acesso ao ensino superior de maiores de 23 anos, caracterizando-se assim por uma oferta abrangente e multidisciplinar, com cursos em múltiplas áreas do conhecimento.

Deste modo, o IPG desempenha um papel decisivo na qualificação dos recursos humanos, em diversas áreas do saber, na sua esfera de competências, bem como no desenvolvimento económico, social, científico e cultural da região da Guarda.

2.1 ESTG

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) assegura uma formação superior em diversas áreas do conhecimento dinamizando, deste modo, o funcionamento de diversos cursos superiores, entre eles o curso de licenciatura em Design de Equipamento; vocacionados para a empregabilidade com inovação e novas abordagens ao nível dos contéudos e dos processos educativos, dando resposta ao mercado interno e externo.

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De acordo com o diagrama da Figura 1 um FabLab é:

“Um lugar para discutir e implementar projetos; um lugar de formação e aprendizagem; um lugar para solucionar um problema local; uma comunidade de recursos e habilidades; uma plataforma de inovação social, digital e económica; um lugar para fazer qualquer coisa” (tradução livre) Laura Pandelle

Nestes laboratórios procuram-se respostas de aplicação técnico-científica a problemas e desafios que são colocados nas diferentes áreas do conhecimento com envolvência tecnológica.

EXEMPLO DE COMUNIDADES SERVIDAS NUM FABLAB:

- Alunos do ensino básico e secundário de escolas públicas e particulares; - População em geral/comunidades;

- Artistas/artesãos; - Professores;

- Estudantes universitários;

- Estado, autarquias, empresas públicas e privadas; - IPSS/ONG.

O IPG, através do FabLab Guarda (integrado no IPG), procura oferecer apoio a todas estas comunidades. O IPG procura ser inovador na forma como traz o conhecimento para a comunidade, onde se integra, para além da sua comunidade académica. Através do seu FabLab Guarda procura interligar as duas, promovendo respostas inovadoras, abrindo a suas portas à criatividade, inovação e empreendedorismo local. O FabLab Guarda integra a rede internacional de Fablabs que conta com cerca de 1285 Fablabs em todo o mundo (em 2018). O FabLab Guarda integra também uma rede nacional, procurando participar ativamente em projetos de âmbito nacional e internacional e integra ainda uma rede interna de laboratórios do IPG (IPG Labs), como o Lab de Prototipagem Rápida e Fabrico Digital, desempenhando um papel fundamental no apoio a cursos da ESTG, principalmente ao Curso de Licenciatura em Design de Equipamento.

O FabLab Guarda possui vários equipamentos de fabrico automático ou semi-automático que podem ser ligados a vulgares computadores pessoais de acordo com

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processos de CAD/CAM integrado, dos quais se destaca; uma fresadora de grandes

dimensões (vulgarmente designada de CNC router) e uma fresadora de precisão, uma gravadora e cortadora a laser e duas impressoras 3D.

O trabalho desenvolvido no ãmbito da UC de Seminário de Design (semelhante a um Projeto de Design) não envolveu propriamente uma empresa acolhedora, todavia, o apoio obtido no FabLab Guarda, quer em relação aos equipamentos disponibilizados quer em relação ao apoio técnico prestado pelos seus recursos humanos, foi fundamental para a sua prossecução e conclusão.

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3. OBJETIVOS

O Seminário de Design constitui uma alternativa ao Estágio de Design e surge como UC final conducente à conclusão da Licenciatura em Design de Equipamento e é encarado como uma fase de extrema importância para o aluno aplicar os conhecimentos e competências adquiridas nas aulas, aplicando-os a uma situação real de projeto.

Os objetivos traçados para o presente Seminário de Design assentam no desenvolvimento de uma linha de mobiliário de interior, singular e que possa ser construída em ambiente FabLab.

Neste contexto, como resposta, a escolha estratégica foi a diferenciação dos equipamentos, a ser conseguida na sua singularidade, no aspeto dos produtos, produtos capazes de atrair o utilizador pela aparência, pela capacidade de ficar na sua memória, facilmente reconhecidos, conferindo-lhes inovação e criatividade, em que o desempenho procura ir além das suas funcionalidades imediatas, relacionando-se também com o utilizador. Mas pretendi ir mais longe, procurei não só que o conjunto de cada equipamento fosse belo, ainda que admitindo a subjetividade deste adjetivo, mas que cada modelo fosse mais do que a soma das suas partes!

Foi assim com um elevado sentido de responsabilidade, mas também de enriquecimento pessoal e profissional que o seminário foi encarado. A experiência iria permitir-me conviver, trabalhar e cooperar num espaço que convida à criatividade e à execução das ideias, o laboratório de fabrico digital – FabLab Guarda.

Este seminário permitiu a convivência com situações e problemas reais na área profissional do Design com vista ao desempenho eficaz das minhas funções, juntando a parte teórica à prática, permitindo-me ainda desenvolver a minha criatividade, o que nem sempre se revela possível quando o estágio decorre numa empresa, muitas vezes devido a outros interesses que tipicamente se levantam.

São assim os principais objetivos gerais do seminário acompanhado, que decorreu no FabLab Guarda:

 Proporcionar que o aluno seja confrontado com a prática ligando-a à teoria;

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 Dar ao aluno a oportunidade de aplicar o que aprendeu na sala de aulas;

 Proporcionar ao aluno a vivência em ambiente de trabalho, com todos os problemas inerentes;

 Permitir um período de experiência para que o aluno inicie a sua atividade profissional de forma mais preparada.

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4. PLANO DE AÇÃO

Em reunião com a equipa de orientação e depois da troca de ideias quanto ao tipo de trabalho a realizar no âmbito da UC de Seminário de Design, foi decidido criar uma linha de mobiliário permitindo ao aluno desenvolver a sua criatividade pessoal e o seu conhecimento na área do Design Tridimensional. Na referida reunião foi igualmente decidido que o mobiliário seria composto por uma Chaise-longue, um Porta-guarda-chuvas, um Casaqueiro e uma Estante. O processo de desenvolvimento dos equipamentos deveria seguir uma estrutura de trabalho objetivando a construção de um modelo funcional da Chaise-longue para repouso, e a realização de maquetas em escala reduzida dos restantes equipamentos, com exceção da Estante, podendo esta última ser desenvolvida apenas ao nível da modelação digital tridimensional.

O trabalho foi realizado de acordo com várias etapas seguindo uma metodologia que seguidamente se apresenta:

- Analisar o atual mobiliário de tipologia semelhante ao pretendido e disponível no mercado, considerando também as vantagens e desvantagens que a sua utilização oferece;

- Abordar as problemáticas ergonómicas e anatómicas relacionadas com o projeto, em particular com a Chaise-longue, por maioria de razão, a ergonomia tinha que estar presente, enquanto ferramenta de design, pela envolvente de grande compromisso entre o utilizador e o ‘seu’ objeto;

- Recorrer a materiais relacionados com a região, sempre que possível. No que diz respeito à Chaise-longue foram selecionados os materiais alumínio, contraplacado de madeira e lã, objetivando o uso de materiais oriundos da região da Guarda. Foram ainda selecionados materiais vulgarmente usados em maquetagem e prototipagem rápida, tais como ABS e PLA na impressão 3D e acrílico nos processos de corte laser para obtenção de maquetas e modelos em escala reduzida;

- Analisar a aplicabilidade dos materiais escolhidos para o mobiliário e as respetivas formas de interação com os mesmos, assumindo o modelo da Chaise-longue como primordial;

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Para além das semelhanças obtidas a partir das análises Diacrónica e Sincrónica

como as formas geométricas que foram absorvidas, o projeto da Chaise-Longue foi sofrendo alguns pequenos ajustes, mais para se adaptar às condicionantes dos equipamentos e métodos de fabrico com a atualização do “briefing” por parte dos intervenientes. Os constrangimentos são comuns a todos os projetos, em menor ou maior escala e por vezes torna-se necessário proceder a alterações que derivam dos materiais, dos processos, das ferramentas a utilizar, etc. De resto, como se verá adiante, o pé de suporte da Chaise-longue difere de toda a análise conhecida diferenciando-se das demais, bem como o cobertor de lã embutido na própria estrutura, uma característica inovadora.

“ Os objetos criados através de tentativa e erro têm mais alma” (JONGERIUS, 2001)

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5. CONCEÇÃO DOS MODELOS

5.1 -Chaise-longue

A conceção dos modelos, inicialmente em esboços, anexo B (do autor do relatório), foi bastante apoiada pelo desenho computacional 3D, permitindo assim ensaiar alguns conceitos resultantes da imaginação de uma forma mais célere e sem ter de os testar fisicamente de modo imediato. De facto, a documentação técnica gráfica é de vital importância, por exemplo na Chaise-longue, para a configuração da montagem do bloco constituído por fatias de madeira, unindo-as num só corpo, veio facilitar posteriormente a montagem de todos os componentes aquando da construção do protótipo funcional. Na figura 7 (imagem obtida a partir da modelação digital 3D), podemos visualizar, através de transparência, os varões de união do fatiamento da madeira e na figura 8 podemos observar, através de uma vista em perspetiva explodida, todas as componentes do equipamento. Ao longo da construção dos protótipos, foram alterados alguns detalhes do desenho dos equipamentos, como por exemplo o arredondamento das arestas, devido a restrições construtivas e prevenção de choques acidentais com o utilizador.

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Figura 8: Vista em perspetiva explodida do modelo digital 3D da Chaise-longue.

O objetivo primeiro que tracei para este projeto consistia em construir uma Chaise-longue usando aço inoxidável e madeira. Apesar disso, a cadeira teria que cumprir com um peso que não inviabilizasse o seu manuseio e transporte, mesmo tratando-se de uma Chaise-longue. Com a pesquisa/investigação levada a cabo e com os devidos requisitos em mente, foi desenhado todo o mobiliário. A opção recaiu sobre o uso da madeira, do tipo folheado de choupo de 15 mm de espessura, material relativamente leve, duradouro, reciclável, económico e fácil de se obter. O aço inoxidável foi substituído por alumínio, liga do tipo 5082, por ser uma liga bastante mais leve que o aço, com quase um terço da densidade do aço, embora com propriedades mecânicas distintas!

Todos estes pontos pesaram ao nível estético, económico, funcional e ecológico (no caso do alumínio este é um dos metais mais abundantes na natureza), pelo que passámos à fase de desenho CAD 3D e CAE. Esta apresenta uma linha elegante retilínea, com uma geometria de linhas bem definidas, tanto no que concerne à madeira como ao alumínio, como podemos observar na figura 9, com a única exceção do arredondar nos topos da madeira, mais por requisitos funcionais.

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Figura 9: Desenho cotado com vista frontal e lateral da Chaise-longue.

Após se ter definido como e onde seria usado cada um dos materiais, foi necessário pensar num sistema fácil de ligar o bloco em madeira à estrutura em alumínio da qual faz parte o pé que suporta a Chaise-longue. Para resolver este problema e após várias experiências realizadas com ligações através de encaixes, parafusos e outros, concluí que a melhor maneira de realizar a ligação seria através de uma barra de alumínio soldada à estrutura de alumínio que suporta o espaldar, conforme transparência na figura 10, que, por sua vez, encaixa na madeira, permitindo apoiar/suportar o espaldar e impedindo a rotação.

Figura 10: Pormenor da barra de alumínio de suporte da Chaise-longue, vista lateral em transparência.

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Esquema B: Casquilho de fixação ao cone. Para fixar o bloco constituído por fatias de madeira à estrutura metálica foi

desenvolvido um cone, em alumínio, para ligar através de um casquilho soldado ao suporte do espaldar o qual permite fixar a madeira, conforme esquemas A, B, C e D, da figura 11

Esquema A: Cone em alumínio de fixação à madeira, peça de grande valor estético.

Esquema C: Todas as peças de fixação da cadeira à base de alumínio (vista em corte).

Esquema D: Pormenor da barra de alumínio que suporta a madeira

Figura 11: conjunto de Fixação do alumínio à madeira

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Como já fora referido, a fixação da Chaise-longue é feita em dois locais, uma pela

barra de suporte, figura 10, a outra é aparafusada nas costas, conforme demonstra o esquema D da figura 11 e o desenho de pormenor ilustrado na figura 12. Para este segundo efeito, e porque se pretendia que nenhuma fixação se tornasse visível nas costas da Chaise-longue foi construído um casquilho (esquema B da figura 11), que é soldado ao alumínio, o qual incorpora um perno roscado de 10 mm de diâmetro, visível no esquema D, e na figura 12 (visualização em corte), onde encaixa o cone.

Figura 12: Figura em corte de todos os componentes de fixação da cadeira.

A novidade e inovação introduzida na Chaise-longue, para além do seu amortecimento natural através do efeito de mola provocado pelo corte em anel fechado das fatias em madeira também o cobertor embutido na própria cadeira contribui para o referido amortecimento. Esta opção não é isenta de algumas dúvidas quanto à praticabilidade do seu manuseio num espaço de 30 mm, risco por mim assumido.

As linhas sublimes da cadeira seguem unicamente a sua função de se adaptar da melhor forma possível ao corpo humano. Toda a Chaise-longue foi desenhada adotando inclinações esteticamente e tecnicamente cuidadas, ver desenho técnico que consta da imagem 1 (ANEXO D). A título de exemplo, a inclinação do assento é subitamente contrabalançada com o ângulo do encosto. Estes ângulos servem para permitir e incentivar uma postura de “corpo deitado”, desta forma, a cadeira pode suportar uma maior área para suporte dos membros inferiores do utilizador, tornando-se mais confortável e ao mesmo tempo o utilizador sentir-se-á encorajado a utilizar uma postura

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42

de relaxamento, libertando assim a pressão da zona inferior da coluna-dorsal e da zona

do peito.

“A superfície visivelmente fina confere uma sensação de leveza ao utilizador, pelo que tanto a cadeira como a pessoa que a está a utilizar ficam intimamente ligadas ao solo e à terra.” (HAIDON, 2009)

Um dos requisitos básicos para se obter o conforto numa Chaise-longue é a diminuição da pressão exercida pela mesma no corpo do indivíduo, e um dos fatores que contribui para a diminuição de regiões de alta pressão no utilizador é a melhor distribuição de pressão através de uma maior área de contato entre a Chaise-longue e o corpo. Desta forma, é importante que a área de contacto da Chaise-longue com o seu utilizador acompanhe a silhueta do mesmo, o que nem sempre é fácil devido a diferenças antropométricas entre utilizadores. Assim as dimensões lineares e angulares utilizadas são mais adaptadas às minhas próprias dimensões.

Figura 13: Vista frontal da Chaise-longue. Figura 14: Vista lateral da Chaise-longue.

Esta postura “mais deitada” será apoiada pelo encosto que contém uma pequena deformação por excesso para acompanhar a curvatura natural da coluna dorsal. Para além destes apoios, a Chaise-longue conta também com uma inclinação na vertical para o acompanhamento da curvatura natural dos ombros ao longo das costas do utilizador. O topo do encosto e pés é caracterizado por uma curvatura que une as duas partes, permitindo que a parte superior exerça um efeito de mola (amortecimento). É

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43

importante referir que a geometria pode ser mantida em futuras construções bastando

adaptar as dimensões da Chaise-longue ao potencial utilizador. As figuras 13 e 14 ilustram os diversos aspetos e caraterísticas acima enunciados. No que diz respeito a questões mais estéticas da Chaise-longue, a mesma pode ser personalizada através das variadas opções do tipo de madeira. Uma outra é a possibilidade de alterar os padrões e cores, do cobertor e revestimento.

5.2 -Casaqueiro

O Casaqueiro segue a mesma filosofia do conjunto da linha de mobiliário, em ‘Z’, com o uso dos mesmos materiais, alumínio e madeira. O bloco horizontal em madeira para acomodar calças. A geometria, equilíbrio geométrico e equilíbrio físico, dimensões lineares e angulares face ao utilizador (o mesmo utilizador da Chaise-longue), são ilustrados na Figura 15 e na imagem 2 que consta do ANEXO D.

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5.3-Porta-guarda-chuva

Este equipamento, em forma de ‘Z’, e ao contrário dos demais, é todo construído em alumínio, com um prato amovível para receber o escorrimento das águas. O Porta-guarda-chuva é caraterizado por um rasgo frontal elíptico, o que permite visualizar os guarda-chuva no seu interior; as linhas seguem a geometria dos demais equipamentos que compõem a linha de mobiliário, como demonstra a Figura 16 e a imagem 3 (ANEXO D).

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45

5.4- Estante

A figura 17 apresenta a vista frontal e uma vista lateral da estante. É visível a estrutura principal de suporte da estante, em ‘Z’, a construir em alumínio (8 mm de espessura), com um painel vertical em madeira, para reforço, o qual encaixa na estrutura, da mesma forma que encaixam as prateleiras em vidro, o conceito pode ser melhor observado através da imagem 4 no ANEXO D.

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47

6. ENSAIOS PRELIMINARES DO MODELO DIGITAL

DA CHAISE-LONGUE

Para o projeto ser bem-sucedido foi útil realizar alguns testes relativos ao comportamento estimado face aos esforços (carga estipulada) aos quais o produto estaria sujeito. O processo bastante simplista do ponto de vista do projeto mecânico necessário e que foi levado a cabo através do recurso a uma ferramenta CAE de simulação (Autodesk® permitiu verificar a viabilidade em adotar a geometria e os materiais propostos. Esta operação de engenharia contou com o devido apoio especializado. Questões técnicas puramente de engenharia relativas aos procedimentos de CAE utilizados recaem fora do âmbito das competências oficiais de um designer, pelo que se escusa de apresentar quaisquer pormenores no presente documento, sendo os resultados meramente indicativos, todavia muito úteis ao presente projeto. Ressalvo, contudo, o facto do curso Design de Equipamento recorrer a procedimentos técnicos baseados em engenharia, contemplando, e bem a meu ver, constituindo uma mais valia face a outros cursos afins, a área científica de engenharia e técnicas afins com quase 40% do total de créditos da licenciatura!...

Para a Chaise-longue, em particular, foram avaliadas as suas características estruturais para aferir se a geometria e os materiais selecionados ofereciam a necessária rigidez e resistência face às cargas aplicadas, sobretudo devido ao receio da ocorrência de flexão em demasia. Os ensaios de tensões e deformações visaram exclusivamente a Chaise-longue, pelas suas caraterísticas geométricas, tendo sido ensaiada com uma distribuição de forças concentradas em três localizações distintas de 20 (F1), 70 (F2) e 40 Kg, (F3), respetivamente, de acordo com a imagem 1 (ANEXO C). Para estes ensaios computáveis foram indicados/inseridos os materiais de construção da Chaise-longue, alumínio na estrutura, madeira e revestimento. Na imagem 1 (ANEXO C) podemos ainda constatar não haver pontos críticos em todos os elementos da malha e na imagem 2 (ANEXO C) as deformações não se apresentam com valores comprometedores, conforme gráfico, em milímetros. No eixo Y da imagem 3, bem como no eixo Z da imagem 4 do mesmo anexo também não se verificam pontos críticos

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48

de relevância. Após várias experiências o resultado mostrou-se bastante satisfatório,

podendo concluir-se que a Chaise-longue encaixava nos padrões exigidos. Ressalva-se e reforça-se que este assunto extravasa as competências do Designer de Equipamento, embora possa e deva existir, sempre que necessário, a colaboração entre vários intervenientes no projeto de equipamentos., principalmente sempre que a segurança se assuma como requisito obrigatório. Pelas razões enunciadas decidi remeter para anexos as informações relativas a este mesmo assunto.

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49

7. DESENVOLVIMENTO

DOS

MODELOS

COM

RECURSO À MODELAÇÃO DIGITAL 3D

Foi decidido manter os protótipos do Porta-guarda-chuvas, Casaqueiro e Estante fiéis à versão final, mas alterar o encosto da Chaise-longue para mais 200 mm, para possibilitar um melhor encosto da cabeça. Uma vez que a base/pé da Chaise-longue foi pensada para ser construída adotando uma estrutura de alumínio com 8 mm de espessura, era primordial saber e demonstrar que a união entre este material e a madeira seria possível, e de que forma.

Começou-se pelo planeamento do modelo para os testes, começando por realizar esquiços, e de seguida a sua modelação digital 3D. A modelação digital assume enorme relevância, uma vez que todo o sucesso do fabrico dependerá da qualidade da informação destes modelos, principalmente dos modelos digitais, os quais são utilizados para pensar, visualizar, comunicar, prever, controlar, ensaiar.

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7.1- Chaise-longue

A figura 18 apresenta uma imagem renderizada, ainda que utilizando recursos tecnológicos modestos, da “figura de proa” da linha de mobiliário, a Chaise-longue Patchouly ‘Z’, modelada digitalmente.

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7.2 Casaqueiro

O Casaqueiro, com a sua estrutura em alumínio, permite acomodar na parte superior casacos e camisas e também calças no suporte, em madeira. Conta ainda com um generoso pé de apoio, visível na figura 19, o que lhe permite um bom equilíbrio do conjunto.

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7.3- Porta Guarda-chuva

Este Porta-guarda-chuva apresentado na figura 20 é uma peça bela! Toda feita em alumínio, permite, com a abertura frontal, visualizar os guarda-chuva.

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7.4-Estante

Na figura 21 pode observar-se uma vista em perspetiva do modelo da Estante, a par com um modelo humano cuja estatura é de 1,70 m. A utilização de modelos digitais relativos a pessoas permite comparações dimensionais muito úteis.

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8. CONSTRUÇÃO DAS MAQUETAS/MODELOS

A importância do modelo físico para o desenvolvimento de um produto.

Desde sempre que o homem tem necessidade de visualizar as suas ideias para melhor compreendê-las, e as maquetes é essa ferramenta, hoje utilizadas também no design de produto.

Tal como o exercício da escrita, o equipamento de um criador designer é concebido e ganha corpo primeiro no papel, esboço/sketch, depois virtual, 3D model, maqueta, modelo, mockups, e só depois de passar todos os testes passa à produção de um exemplar em tamanho real, protótipo funcional. Por vezes não se considera necessário proceder a todos estes passos no desenvolvimento de um produto, contudo, para o presente trabalho aqui resumidamente relatado, foi seguido quase na integra. Para as maquetas, tudo foi dimensionado tendo por base o manequim (modelo humano de madeira existente com 30 cm de estatura), a aplicação da escala de 1:6 corresponde ao dimensionamento dos objetos para um adulto com 180 cm de altura, 6x30 cm = 180 cm.

Era uma vez (…)

Uma linha de mobiliário de interior que nasceu como uma busca pela inspiração original e como uma história que irá acomodar as suas personagens num tempo que é futuro na cabeça de quem cria e será presente no utilizador, com o uso de matéria prima e materiais relacionados com a região, como a lã.

A Chaise-longue conta com amortecimento natural e um cobertor embutido, o que lhe confere caraterísticas de novidade!

Seriam necessárias maquetas para ensaios. Por uma questão de abrangência, custos e logística, os protótipos dos equipamentos foram materializados com impressão de polímeros 3D e corte de madeiras e acrílicos a Laser, recorrendo ainda a maquinaria pesada/tradicional, como o torno mecânico e a fresadora.

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56

De referir que todo o trabalho virtual realizado através do recurso ao software de

CAD Inventor foi gravado em DXF ou STL e de seguida passou a um formato para utilização CAM para ser reconhecido em maquinagem automática do tipo CNC.

Já aqui foi referido que os processos CAE (Computer Aided Engineering), são ferramentas da área da Engenharia, e por isso não ser feita uma descrição exaustiva destes processos por se tratar aqui de Design tecnológico, apesar do curso Design de Equipamento contemplar a área científica de Engenharia com quase 40% do total de créditos.

8.1- Chaise-longue

Dentro da linha de mobiliário, propus-me construir “a mais bela cadeira do mundo”, que resultou numa bela Chaise-longue! Mas este desiderato pressupunha que toda a construção fosse feita em FabLab, o que impunha, à partida, algumas restrições, como a impossibilidade de usar madeira moldada.

Para este objetivo foi decidido criar uma maqueta à escala 1:6, para um manequim existente de 30 cm, com os materiais madeira, chapa de aço galvanizada e uma esponja como estofo, figura 22.

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57

Para a maqueta optou-se pelo corte a laser de madeira fina, a figura 23 ilustra as

diversas peças resultantes do corte a laser de contraplacado de madeira com 3 mm de espessura.

Figura 23: Corte em fatiamento das várias peças de madeira que vão formar o conjunto da Chaise-longue.

Nesta fase a construção do modelo à escala 1:6, tornou-se necessário lixar levemente o modelo. Este processo é necessário para eliminar o material de suporte e as marcas do corte encontradas na superfície e para tornar a mesma uniforme. Esta etapa serviu, também, para posteriormente permitir uma melhor adesão da cola ao material. Com esta fase terminada, procedeu-se à montagem e colagem das devidas partes usando cola de madeira, como se pode observar nas figuras 24 e 25.

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Figura 24: Montagem da base, com a união da madeira fatiada.

Figura 25: Corte e montagem das fatias de madeira.

Tendo a base de madeira e o estofo da cadeira prontos, passou-se à sua união e estofagem, finalizando a maqueta como demonstra a figura 26.

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Figura 26: Chaise-longue finalizada.

A figura 27 permite comparar a imagem da Chaise-longue com o cobertor embutido na estrutura, com a figura 28, esta com o cobertor a cobrir o manequim.

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Figura 28: Chaise-longue finalizada com manequim coberto com cobertor.

Após o corte de todas as peças de madeira, sobejou o “miolo”, o qual permitiu ensaiar a maqueta de outra cadeira, esta mais de uso exterior (figuras 29 e 30). Este procedimento vai de encontro ao aproveitamento de praticamente todos os materiais, minimizando o desperdício.

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61

Figura 30: Cadeira reaproveitada finalizada com manequim de 30cm.

8.2- Casaqueiro

Para esta maqueta optou-se pelo uso de material acrílico cortado a laser. Procedeu-se ao corte em chapa de acrílico das 3 peças do casaqueiro, sendo que os ângulos para encaixe foram feitos na fresadora, figura 31, foram depois coladas as 3 peças no que resultou a peça final como demonstra a figura 32.

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Figura 32: Casaqueiro terminado.

8.3- Porta-Guarda-Chuvas

Para a construção da maqueta relativa ao Porta-guarda-chuvas, recorreu-se a uma impressora 3D utilizando material polimérico (figuras 33 e 34), onde foram materializados, separadamente, as três peças/componentes (corpo, prato e guarda-chuva), e posteriormente procedeu-se à montagem dos mesmos (figura 35).

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63

Figura 33: Impressão 3D de um componente da maqueta/modelo do Porta-guarda-chuva.

Após simulação dimensional e funcional, o modelo desenvolvido em CAD 3D serviu para gerar ficheiros de formato de dados reconhecidos, respetivamente, DXF para a Laser (no caso da chaise-longue) e STL para a impressora 3D. Todas as peças do Porta-guarda-chuva foram construídas em fio biodegradável PLA de modelação 3D.

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Figura 35: Maqueta do Porta-guarda-chuva.

Após a impressão do Porta-guarda-chuvas à escala reduzida, tornou-se necessário lixar levemente o modelo. Este processo é necessário para eliminar o material de suporte e as marcas de impressão encontradas na superfície e para tornar a mesma uniforme.

8.4- Estante

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65

9. CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO FUNCIONAL

9.1- Chaise-longue

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66

Procedeu-se à construção da Chaise-longue (protótipo funcional) à escala 1:1.

Deu-se início ao trabalho no torno mecânico em 3 fases, onde foi feita a maquinação do cone em alumínio maciço, peça de ligação entre a base de alumínio e a estrutura de madeira.

Na 1ª fase procedeu-se ao torneamento interior do encaixe de ligação ao casquilho, conforme ilustrado na figura 37, este seria depois soldado na estrutura de alumínio.

Figura 37: Abertura, no cilindro maciço em alumínio, para acomodar o casquilho.

Na 2ª fase procedeu-se à separação/sangramento do corpo do material a usar, para a dimensão final, demonstrado na figura 38.

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67

Na 3ª fase foi feito o torneamento cónico externo da peça, figura 39.

Figura 39 : Maquinação do cone.

Figura 40: Foto do cone e casquilho acabados onde passará o perno roscado.

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68

O passo seguinte contemplou o recurso à maquinação em fresadora do tipo CNC

com o início da fresagem das várias fatias de madeira. Antes houve que configurar o equipamento a partir dos ficheiros em formato DXF para ficheiro de CAM com recurso ao software Artcam (figura 42). As figuras 43 e 44 ilustram o corte por fresa de um elemento (fatia) do bloco de madeira que irá constituir o espaldar e o corpo principal da Chaise-longue.

Figura 42: Percurso de corte das várias fatias de madeira na CNC.

Figura 43: Fresagem das fatias de madeira.

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69

Com a madeira cortada, foi-se aparando os pormenores estéticos com rebarbagem

e lixando-se as arestas e corpo da madeira, removendo as pontes, para mais tarde se aplicarem os varões roscados ligando todas as peças (fatias de madeira).

Figura 45: lixagem individual de cada perfil.

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Fixadas todas as peças de madeira nos varões roscados, permitiu, com a união, obter

uma peça única e sólida, selada com porcas de mama de 6 mm que se assemelham a botões (Figura 47).

Figura 47 Componentes finais da cadeira, antes da serragem do excesso do varão roscado e enceramento.

No caso da madeira, foi posteriormente aplicada uma grossa camada de cera líquida para a proteger, impedir a infiltração de humidade e diminuir a expansão natural do material. Com a primeira camada de cera finalizada, usando apenas uma lixa de papel, lixou-se levemente a madeira para garantir uma superfície regular, que ao mesmo tempo ficasse limpa de impurezas, permitindo também uma maior facilidade de aplicação da seguinte camada de cera. A peça foi deixada a secar.

Havia agora que testar o corte e quinagem da chapa de alumínio, começando-se por empregar teoria de dobragem de materiais considerando a sua espessura, passando por simulação em CAD 3D, conforme figuras abaixo, <fig. 48, 49, 50 e 51.

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71

Figura 48: Antevisão relativa aos esforços mecânicos esperados na região de soldadura

Figura 49: Imagem 3D simulação das furações para posterior soldagem a alumínio.

Figura 50: Simulação do vinco para melhor quinagem

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72

Feita a simulação virtual, testou-se numa pequena amostra retirada do mesmo

material, fazendo um corte em U na CNC, Figura 52, o qual foi dobrado com ajuda de calor, Figura 53, tendo resultado segundo o esperado. Constatei que dobrar chapa de alumínio com 8 mm de espessura é muito diferente do que dobrar chapa de alumínio com 1 ou 2 mm de espessura.

Figura 52: Rasgo da chapa de alumínio em U para posterior quinagem.

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A Figura 54 mostra já a dobragem da chapa, o que nos permitiu perceber que

precisávamos de reduzir mais o ângulo, e, por conseguinte, modificar a geometria e as dimensões do corte em U da chapa de 8 mm de alumínio com 40 cm de largura e mais de 2 m de comprimento, o que foi feito. Na Figura 55 podem ser observadas furações para incisões de solda de alumínio para reforço.

Figura 54: Dobragem final da amostra da chapa no torno. .

Figura 55: Furações para posterior soldadura a alumínio.

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74

Com a serragem da chapa de alumínio, fig. 56, nas dimensões necessárias (escala 1:1),

os cortes nesta chapa teriam que ser precisos pois só dispúnhamos de uma chapa de alumínio para o efeito! Com a chapa na mesa também se fizeram as respetivas gravações da escola e laboratório, fig 57.

Figura 56: Corte da Chapa para o pé da Chaise-longue.

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75

A Figura 58 mostra a fresagem da cavidade em U por onde vai ser dobrada a

chapa com o intuito de alcançar uma dobragem a 135º (45º no interior), não conseguido na amostra de teste anterior.

Figura 58: Rasgo para a quinagem da chapa.

Depois de cortada a chapa foi necessário proceder à separação das pontes que suportavam a peça cortada, como mostra a figura 59.

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76

Figura 60: Lixar e limar excesso de material.

O passo seguinte consistiu em remover todas as impurezas e óleo existentes nas peças de alumínio. Por fim limou-se qualquer excesso de material existente proveniente dos cortes usando uma lima para esse efeito conforme demonstra a figura 60.

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Dobrada a chapa (Figura 62) verificou-se que a mesma não tinha o ângulo que nos

propúnhamos, de 45 graus, ainda assim a diferença de cerca de 4 graus a mais não inviabilizou o projeto. Para esta diferença contribuiu a dobragem manual com aquecimento do material através de maçarico.

Figura 62 : Chapa quinada a 49,5 graus.

Figura 63: Corte da barra de suporte da estrutura de madeira.

Foi altura de cortar a barra que suporta toda a estrutura de madeira, conforme Figura 63, para posterior soldadura. Com o alumínio limpo de impurezas, pós e óleos, era altura de ligar as diferentes peças através de soldadura em alumínio.

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78

Figura 64: Suporte da estrutura de madeira já finalizada.

Passou-se à finalização de ambas as peças. Uma vez que os alumínios já estavam limpos, seria apenas uma questão de os polir um pouco para realce do pé da cadeira, Figura 64. Com a madeira seca, Figura 65, seria tempo de a unir ao pé de alumínio, com a união dos materiais a revelar-se extremamente bem-sucedida, conforme é observável na Figura 66.

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Figura 66: União da madeira com o alumínio com a maqueta em fundo.

Houve uma fase de experimentações várias, testando a estabilidade do equipamento, sobretudo no sentido lateral porque não tínhamos muitos dados quanto ao equilíbrio lateral do modelo físico, estes a mostrarem-se muito convincentes, Figura 67. Já no que ao conforto diz respeito, há um desconforto na parte onde encosta a cabeça, a pedir uma almofada! Figura 68.

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Figura 68: Teste de estabilidade e conforto.

Era então altura de aplicar o estofo e o cobertor de pura lã de ovelhas da Serra da Estrela, o qual se mostrou pouco praticável pelo curto espaço em que se insere, fig 69.

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Figura 70: Chaise-longue terminada.

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10. - CONCLUSÕES

A falta de tempo foi a principal condicionante para tão ambicioso projeto, no entanto os objetivos estabelecidos foram amplamente cumpridos. Todos os equipamentos; Chaise-longue, Porta-guarda-chuvas, Casaqueiro e Estante, resultaram de acordo com o plano, e, nesta medida foi cumprido a 100%!

O projeto principal, a Chaise-longue, implicou uma maior dedicação e quantidade de esforço em todo o Seminário de Design, tendo sido substituído um dos materiais inicialmente previstos; o aço inoxidável, devido ao seu elevado peso e a questões relacionadas com a maquinação, foi trocado por alumínio de alta resistência e com boa soldabilidade (alumínio duro). Pese embora o reduzido tempo previsto para conclusão da UC de Seminário de Design, foi possível desenvolver e construir o protótipo funcional da Chaise-longue.

A área da maquetagem foi, por sua vez, uma área interessante. Nesta fase particular do projeto foi possibilitado o uso e exploração de ferramentas de alta tecnologia, tais como impressoras 3D e outros equipamentos de controlo numérico, o que leva à aquisição de conhecimento sobre a tecnologia existente para a resolução de certos problemas específicos e que, ao mesmo tempo, auxilia a interatividade entre ferramentas automáticas que podem ser conjugadas com ferramentas manuais para a obtenção de um melhor resultado. Técnicas elaboradas como as que recorrem à impressão 3D, quando conjugadas com técnicas primitivas e económicas, tais como o uso de cola, de revestimentos e de lixa, ajudam a criar maquetas com níveis de acabamento superior. Apesar do projeto principal ser o de maior importância, não se pode descartar os demais, que são igualmente importantes, na medida em que permitiram muito trabalho individual, enquanto promoviam o uso de técnicas e de ferramentas, completando desta forma a área de trabalho do designer.

Por outro lado, a redação deste relatório permitiu-me refletir sobre o trabalho e atividades desenvolvidas no decorrer do Seminário de Design. Destaco, desde logo, o excelente acolhimento e a disponibilidade total para o esclarecimento de dúvidas e partilha de conhecimentos que me foi dispensada por parte do orientador Prof. Dr. Luís

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Miguel Lourenço e pelo colaborador do Fablab, D.er Joaquim Abreu, com quem mais

lidei, e a total recetividade e atitude pedagógica de outros profissionais com quem contactei no IPG, em particular nas pessoas dos responsáveis pela ESTG.

Em suma, este Seminário de Design proporcionou-me um leque variado de experiências, revelando-se uma fonte inestimável de conhecimentos e alargando a minha visão sobre o design tridimensional. A realização deste Seminário de Design permitiu constatar a enorme diversidade de técnicas, materiais e equipamentos que podem ser colocados ao serviço do design, reconhecendo assim a dificuldade do desafio que se coloca aos profissionais do design em dominarem toda esta atividade ligada à prototipagem e concretização dos modelos criados.

“…o nosso objetivo é o de resolver problemas comerciais unindo a marca, a tecnologia e o consumidor de uma forma inovadora e irresistível” (LUNAR Design, 2001)

Todo o trabalho desenvolvido foi muito enriquecedor a nível pessoal e profissional, permitiu a consolidação dos conhecimentos obtidos na fase curricular da licenciatura, e contribuiu para o desenvolvimento de novas competências no contexto da prática. Em suma, os orientadores proporcionaram-me todas as condições necessárias para o desenvolvimento do Seminário de Design de acordo com os objetivos previamente propostos, sendo que o balanço do seminário foi verdadeiramente positivo, indo mesmo além das expectativas traçadas inicialmente, permitiu mais enriquecimento pessoal e profissional completando em parte o meu percurso como aprendiz através da Licenciatura em Design de Equipamento. Poder acompanhar, aprender e fazer parte de uma pequena equipa experiente, que discutia situações reais, com problemas reais, que seriam resolvidos com soluções, técnicas e instrumentos reais, ajudou a compreender como funciona realmente a criatividade de construção “fora do papel”. Todo o tempo passado no laboratório demonstrou ser a parte que mais contribuiria para o complemento e preenchimento da falta de experiência, proveniente dos anos dedicados a projetos académicos, em que muitas vezes o projeto nunca vê a luz do dia!

A possibilidade de se poder idealizar e construir algo, do nada, recorrendo a várias ferramentas disponíveis num completo e vasto laboratório, onde estão pessoas experientes nesta área, foi uma mais-valia. Considero que, através destes projetos, adquiri novos conhecimentos, completando e diversificando as áreas de intervenção

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85

enquanto designer, preparando-me assim, para futuros trabalhos e/ou problemas

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87

11. BIBLIOGRAFIA

BATTISTINA, Maria Giovanna et All - Guia da História da Arte, Editorial Presença, 5.º edição, Lisboa, 2002

DE KETELE, Jean-Marie; ROEGIERS, Xavier – Metodologia de Recolha de Dados. Instituto Piaget, Lisboa, 1999

FIELL, Charlotte & Peter, Design do século XX, Benedikt Tashen Verlag, Colónia, 2000.

HAIDON, P- Design 1000 objetos de culto 939-1000 Design Classics. Volume 15, Prisa Innova, 2.º edição, Madrid, 2009.

HUOT, Réjean – Métodos Quantitativos para as Ciências Humanas. Instituto Piaget, Lisboa, 2002.

IIDA, ITIRO. Ergonomia, projeto e produção. Edgard Blucher, São Paulo 1998.

MUNARI, Bruno. A Arte como Ofício. Editorial Presença - Coleção Dimensões, 1978.

PANERO, Julius e ZELNIK, Martin. Dimensionamento humano para espaços interiores. Editorial Gustavo Gili, SA, Barcelona, 2002.

RASULO, Prospero; JONGERIUS, Hella; LUNAR, Design - Design do Seculo XXI, TASCHEN, Lisboa 2001(Tradução de João Bernardo Boléo).

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88

http://www.ikea.com/pt/pt/ Acedido no dia 26 de novembro de 2017.

http://www.mattiazzi.eu/designers/ronan-erwan-bouroullec/ Acedido no dia 11 de março de 2018

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MARCA NACIONAL Nº 440155 Síntese do Processo

Data de Início da Fase Data de Fim Previsto Situação de Taxas Data de Início da Sit.

29-01-2009 ---

NÃO HÁ RENOVAÇÕES A AGUARDAR PAGAMENTO 29-07-2009

Tipo de Sinal: MISTO

Data de Fim Previsto da Sit. 23-07-2018

Taxas Pagas 1

Taxas Devidas 0

Data da Última DIU --- BPI 1ª Publicação 11-11-2008 Data do Despacho 21-01-2009 BPI do Despacho 29-01-2009 Data de Início de Vigência 21-01-2009 Data Limite de Vigência ---

Titulares VICTOR MANUEL MARQUES ESTEVES

Mandatário ---

Classificação de Nice 03 Processo em Tribunal NÃO

Tribunal ---

Data de Envio ---

Classificação de Nice

Edição 9

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ANEXO C – Análise simplificada de deformações

estimadas (com recurso a software)

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Imagem 1: Malha computacional da Chaise-longue

Imagem 2: Campo de deformações estimado da Chaise-longue por reação a aplicação de 3 forças localizadas de respetivamente 20, 70 e 40 Kgf.

F1=20Kg F3=40Kg

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Imagem 3: Campo de deformações estimado da Chaise-longue, eixo y, por reação a aplicação de 3 forças localizadas de respetivamente 20, 70 e 40 Kgf.

Imagem 4: Campo de deformações da Chaise-longue, estimado segundo o eixo z, por reação a aplicação de 3 forças localizadas de respetivamente 20, 70 e 40 Kgf.

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Referências

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