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5.1 -Chaise-longue

A conceção dos modelos, inicialmente em esboços, anexo B (do autor do relatório), foi bastante apoiada pelo desenho computacional 3D, permitindo assim ensaiar alguns conceitos resultantes da imaginação de uma forma mais célere e sem ter de os testar fisicamente de modo imediato. De facto, a documentação técnica gráfica é de vital importância, por exemplo na Chaise-longue, para a configuração da montagem do bloco constituído por fatias de madeira, unindo-as num só corpo, veio facilitar posteriormente a montagem de todos os componentes aquando da construção do protótipo funcional. Na figura 7 (imagem obtida a partir da modelação digital 3D), podemos visualizar, através de transparência, os varões de união do fatiamento da madeira e na figura 8 podemos observar, através de uma vista em perspetiva explodida, todas as componentes do equipamento. Ao longo da construção dos protótipos, foram alterados alguns detalhes do desenho dos equipamentos, como por exemplo o arredondamento das arestas, devido a restrições construtivas e prevenção de choques acidentais com o utilizador.

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Figura 8: Vista em perspetiva explodida do modelo digital 3D da Chaise-longue.

O objetivo primeiro que tracei para este projeto consistia em construir uma Chaise-longue usando aço inoxidável e madeira. Apesar disso, a cadeira teria que cumprir com um peso que não inviabilizasse o seu manuseio e transporte, mesmo tratando-se de uma Chaise-longue. Com a pesquisa/investigação levada a cabo e com os devidos requisitos em mente, foi desenhado todo o mobiliário. A opção recaiu sobre o uso da madeira, do tipo folheado de choupo de 15 mm de espessura, material relativamente leve, duradouro, reciclável, económico e fácil de se obter. O aço inoxidável foi substituído por alumínio, liga do tipo 5082, por ser uma liga bastante mais leve que o aço, com quase um terço da densidade do aço, embora com propriedades mecânicas distintas!

Todos estes pontos pesaram ao nível estético, económico, funcional e ecológico (no caso do alumínio este é um dos metais mais abundantes na natureza), pelo que passámos à fase de desenho CAD 3D e CAE. Esta apresenta uma linha elegante retilínea, com uma geometria de linhas bem definidas, tanto no que concerne à madeira como ao alumínio, como podemos observar na figura 9, com a única exceção do arredondar nos topos da madeira, mais por requisitos funcionais.

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Figura 9: Desenho cotado com vista frontal e lateral da Chaise-longue.

Após se ter definido como e onde seria usado cada um dos materiais, foi necessário pensar num sistema fácil de ligar o bloco em madeira à estrutura em alumínio da qual faz parte o pé que suporta a Chaise-longue. Para resolver este problema e após várias experiências realizadas com ligações através de encaixes, parafusos e outros, concluí que a melhor maneira de realizar a ligação seria através de uma barra de alumínio soldada à estrutura de alumínio que suporta o espaldar, conforme transparência na figura 10, que, por sua vez, encaixa na madeira, permitindo apoiar/suportar o espaldar e impedindo a rotação.

Figura 10: Pormenor da barra de alumínio de suporte da Chaise-longue, vista lateral em transparência.

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Esquema B: Casquilho de fixação ao cone.

Para fixar o bloco constituído por fatias de madeira à estrutura metálica foi desenvolvido um cone, em alumínio, para ligar através de um casquilho soldado ao suporte do espaldar o qual permite fixar a madeira, conforme esquemas A, B, C e D, da figura 11

Esquema A: Cone em alumínio de fixação à madeira, peça de grande valor estético.

Esquema C: Todas as peças de fixação da cadeira à base de alumínio (vista em corte).

Esquema D: Pormenor da barra de alumínio que suporta a madeira Figura 11: conjunto de Fixação do alumínio à madeira

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Como já fora referido, a fixação da Chaise-longue é feita em dois locais, uma pela

barra de suporte, figura 10, a outra é aparafusada nas costas, conforme demonstra o esquema D da figura 11 e o desenho de pormenor ilustrado na figura 12. Para este segundo efeito, e porque se pretendia que nenhuma fixação se tornasse visível nas costas da Chaise-longue foi construído um casquilho (esquema B da figura 11), que é soldado ao alumínio, o qual incorpora um perno roscado de 10 mm de diâmetro, visível no esquema D, e na figura 12 (visualização em corte), onde encaixa o cone.

Figura 12: Figura em corte de todos os componentes de fixação da cadeira.

A novidade e inovação introduzida na Chaise-longue, para além do seu amortecimento natural através do efeito de mola provocado pelo corte em anel fechado das fatias em madeira também o cobertor embutido na própria cadeira contribui para o referido amortecimento. Esta opção não é isenta de algumas dúvidas quanto à praticabilidade do seu manuseio num espaço de 30 mm, risco por mim assumido.

As linhas sublimes da cadeira seguem unicamente a sua função de se adaptar da melhor forma possível ao corpo humano. Toda a Chaise-longue foi desenhada adotando inclinações esteticamente e tecnicamente cuidadas, ver desenho técnico que consta da imagem 1 (ANEXO D). A título de exemplo, a inclinação do assento é subitamente contrabalançada com o ângulo do encosto. Estes ângulos servem para permitir e incentivar uma postura de “corpo deitado”, desta forma, a cadeira pode suportar uma maior área para suporte dos membros inferiores do utilizador, tornando-se mais confortável e ao mesmo tempo o utilizador sentir-se-á encorajado a utilizar uma postura

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de relaxamento, libertando assim a pressão da zona inferior da coluna-dorsal e da zona

do peito.

“A superfície visivelmente fina confere uma sensação de leveza ao utilizador, pelo que tanto a cadeira como a pessoa que a está a utilizar ficam intimamente ligadas ao solo e à terra.” (HAIDON, 2009)

Um dos requisitos básicos para se obter o conforto numa Chaise-longue é a diminuição da pressão exercida pela mesma no corpo do indivíduo, e um dos fatores que contribui para a diminuição de regiões de alta pressão no utilizador é a melhor distribuição de pressão através de uma maior área de contato entre a Chaise-longue e o corpo. Desta forma, é importante que a área de contacto da Chaise-longue com o seu utilizador acompanhe a silhueta do mesmo, o que nem sempre é fácil devido a diferenças antropométricas entre utilizadores. Assim as dimensões lineares e angulares utilizadas são mais adaptadas às minhas próprias dimensões.

Figura 13: Vista frontal da Chaise-longue. Figura 14: Vista lateral da Chaise-longue.

Esta postura “mais deitada” será apoiada pelo encosto que contém uma pequena deformação por excesso para acompanhar a curvatura natural da coluna dorsal. Para além destes apoios, a Chaise-longue conta também com uma inclinação na vertical para o acompanhamento da curvatura natural dos ombros ao longo das costas do utilizador. O topo do encosto e pés é caracterizado por uma curvatura que une as duas partes, permitindo que a parte superior exerça um efeito de mola (amortecimento). É

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importante referir que a geometria pode ser mantida em futuras construções bastando

adaptar as dimensões da Chaise-longue ao potencial utilizador. As figuras 13 e 14 ilustram os diversos aspetos e caraterísticas acima enunciados. No que diz respeito a questões mais estéticas da Chaise-longue, a mesma pode ser personalizada através das variadas opções do tipo de madeira. Uma outra é a possibilidade de alterar os padrões e cores, do cobertor e revestimento.

5.2 -Casaqueiro

O Casaqueiro segue a mesma filosofia do conjunto da linha de mobiliário, em ‘Z’, com o uso dos mesmos materiais, alumínio e madeira. O bloco horizontal em madeira para acomodar calças. A geometria, equilíbrio geométrico e equilíbrio físico, dimensões lineares e angulares face ao utilizador (o mesmo utilizador da Chaise-longue), são ilustrados na Figura 15 e na imagem 2 que consta do ANEXO D.

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5.3-Porta-guarda-chuva

Este equipamento, em forma de ‘Z’, e ao contrário dos demais, é todo construído em alumínio, com um prato amovível para receber o escorrimento das águas. O Porta- guarda-chuva é caraterizado por um rasgo frontal elíptico, o que permite visualizar os guarda-chuva no seu interior; as linhas seguem a geometria dos demais equipamentos que compõem a linha de mobiliário, como demonstra a Figura 16 e a imagem 3 (ANEXO D).

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5.4- Estante

A figura 17 apresenta a vista frontal e uma vista lateral da estante. É visível a estrutura principal de suporte da estante, em ‘Z’, a construir em alumínio (8 mm de espessura), com um painel vertical em madeira, para reforço, o qual encaixa na estrutura, da mesma forma que encaixam as prateleiras em vidro, o conceito pode ser melhor observado através da imagem 4 no ANEXO D.

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6. ENSAIOS PRELIMINARES DO MODELO DIGITAL

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