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Textos Equipes

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Equipe 1: Dublar (ou interpretar) a música

Texto 1

Morena de Angola

Clara Nunes

Composição : Chico Buarque

Morena de Angola

Que leva o chocalho

Amarrado na canela

Será que ela mexe o chocalho

Ou chocalho é que mexe com ela?

Será que a morena cochila

Escutando o cochicho do chocalho?

Será que desperta gingando

E já sai chocalhando pro trabalho?

Morena de Angola

Que leva o chocalho

Amarrado na canela

Será que ela mexe o chocalho

Ou chocalho é que mexe com ela?

Será que ela tá na cozinha

Guizando a galinha à cabidela?

Será que esqueceu da galinha

E ficou batucando na panela?

Será que no meio da mata

Na moita, morena ainda chocalha?

Será que ela não fica afoita

Pra dançar na chama da batalha?

Morena de Angola que leva

O chocalho amarrado na canela

Passando pelo regimento ela faz requebrar a sentinela

Morena de Angola

Que leva o chocalho

Amarrado na canela

Será que ela mexe o chocalho

Ou chocalho é que mexe com ela?

Será que quando vai pra cama

Morena se esquece dos chocalhos?

Será que namora fazendo bochincho

Com seus penduricalhos?

Morena de Angola

Que leva o chocalho

Amarrado na canela

(2)

Será que ela mexe o chocalho

Ou chocalho é que mexe com ela?

Será que ela tá caprichando

No peixe que eu trouxe de benguela?

Será que tá no remelexo

E abandonou meu peixe na tigela?

Será que quando fica choca

Põe de quarentena o seu chocalho?

Será que depois ela bota a canela no nicho do pirralho?

Morela de Angola que leva o chocalho amarrado na canela

Eu acho que deixei um cacho

Do meu coração na catumbela

Morena de Angola

Que leva o chocalho

Amarrado na canela

Será que ela mexe o chocalho

Ou chocalho é que mexe com ela?

Morena de Angola que leva o chocalho amarrado na canela

Morena, bichinha danada, minha camarada do MPLA

Morena de Angola

Que leva o chocalho

Amarrado na canela

Será que ela mexe o chocalho

Ou chocalho é que mexe com ela?

(3)

Equipe 2: Recriar a história do negrinho pastoreiro

Texto 2

O NEGRINHO DO PASTOREIO

Um fazendeiro muito rico e avarento vivia

nos pampas do Rio Grande do Sul.

Somente três coisas despertavam seu interesse : seu filho,

maldoso como ele, um cavalo baio e um pequeno escravo, Negrinho, que se

considerava afilhado da Virgem Nossa Senhora.

Certo dia, um vizinho fez-lhe um desafio:

provar numa corrida de cavalos qual possuia o melhor cavalo.

Por ordem do fazendeiro, o negrinho iria montar seu

cavalo. A largada foi dada e no final da corrida o avarento fazendeiro viu

seu baio perder. Aquilo foi demais para seu orgulho, e resolveu castigar o

pobre menino, amarrando-o a um poste e surrando-o com um chicote.

Ainda não satisfeito, ordenou que o pobre

garoto passasse 30 dias sozinho pastoreando 30 cavalos. Cansado e

ferido pelas chicotadas, o menino seguiu seu caminho e acabou

adormecendo. Porém, ao acordar, percebeu que os cavalos tinham sido

roubados.

O filho do fazendeiro correu para contar ao pai, que

novamente repetiu o castigo e ditou que procurasse o que perdera.

Recorrendo a sua Santa Madrinha, o

Negrinho partiu em busca dos cavalos com uma vela na mão. Conforme a

cera da vela derretia, os pingos que caiam no chão iluminavam seu

caminho. Acabou encontrando a tropa de cavalos e seguiu levando-a de

volta para casa.

Porém, ao adormecer, novamente o filho

do fazendeiro espantou os cavalos.

(4)

Em casa o maldoso fazendeiro surrou o pobre menino e o

amarrou preso a um formigueiro. Passados três dias, foi ver como o

negrinho estava. Ficou muito surpreso ao ver que o menino se encontrava

em pé sobre o formigueiro, acompanhado do cavalo baio e dos demais e

pela Virgem Nossa Senhora, que zelava por seu afilhado.

Apavorado, o homem caiu de joelhos diante do

Negrinho, que saiu em disparada com seu cavalo baio pastoreando a

tropa.

Até hoje dizem que quem perder qualquer coisa deve

acender uma vela à Virgem Nossa Senhora que faz com que o Negrinho

enconte o objeto perdido.

(5)

Equipe 3: atividade oral (criar um ambiente de discussão sobre o tema do texto) texto 3

Preconceito Racial – O que é isso?

O preconceito racial é uma doença insidiosa moral e social que afeta os povos e as populações de todo o mundo. É diagnosticada pela catalogação dos seus vários sintomas e manifestações que incluem o medo, a intolerância, a separação, a segregação, a discriminação e o ódio. Apesar de todos estes sintomas de preconceito racial serem manifestados, a única causa subjacente do preconceito racial é a ignorância. Historicamente, uma raça de pessoas é definida como uma população com características biológicas distintas.

Enquanto todos os seres humanos pertencem à mesma espécie, Homo sapiens, as raças se distinguem umas das outras por características como cor e textura do cabelo, cor da pele, cor e formato dos olhos, o tamanho de partes/membros do corpo e os órgãos faciais. Embora os cientistas tenham chegado à conclusão de que essas diferenças entre os povos são superficiais e que a humanidade tem mais características em comum do que diferentes, a própria humanidade continua a ver os outros de acordo com características que são percebidas externamente.

De fato, os seres humanos são aparentemente diferentes; o problema surge quando os sintomas da doença tornam-se evidentes: a intolerância, a tornam-separação e o ódio. De uma forma positiva, alguém pode aceitar as diferenças dos povos em toda a face da terra e maravilhar-se com a singularidade dos indivíduos que vivem em uma parte diferente do mundo ou na sua vizinhança. O preconceito racial perverte essa singularidade das raças e enxerga essas diferenças como algo que separa os indivíduos uns dos outros, com um grupo sendo inferior ao outro.

Preconceito Racial – Todos sofremos desse problema?

O preconceito racial afeta a todos. Na medida em que o preconceito racial se manifesta em que as pessoas são "pré-julgadas" com base nas características superficiais, devemos honestamente concluir que todas as pessoas "sofrem" deste mal em vários níveis. Quando não conhecemos um indivíduo bem, começamos a caracterizá-lo, consciente ou inconscientemente, com base no que vemos. Novamente, isso é devido à nossa ignorância do verdadeiro caráter da pessoa e personalidade. Formamos opiniões muitas vezes baseadas em generalizações: "todas as pessoas de tal ou tal raça são. . ." Podemos preencher as lacunas com as expectativas de que certas raças são intelectualmente superiores, cheias de avareza, mais inclinadas artisticamente ou atleticamente ou possuidoras de membros que supostamente são mais prováveis de serem desonestos, etc, etc. . Essas ideias foram formadas pela sociedade, mídia e por como fomos criados.

Talvez essas ideias tenham sido ensinadas direta ou indiretamente pelos nossos próprios pais. Qualquer que seja a fonte, mesmo o membro mais esclarecido de uma sociedade vai perceber que, em certa medida, ele ou ela está julgando uma outra pessoa com base em aspectos superficiais de raça.

Preconceito Racial – Quais são as suas implicações para a sociedade?

O preconceito racial tem moldado as sociedades contemporâneas; na verdade, o preconceito tem moldado as sociedades desde o início dos tempos. Quando estudamos os filhos de Abraão, Isaque e Jacó vivendo na terra de Gósen, vemos que certos povos tinham sido dominados devido às suas diferenças. Além de todas as implicações espirituais da nação de Israel viver no Egito, é evidente que os egípcios temiam os israelitas. Sempre que há diferenças, há o medo, a intolerância e a injustiça.

De Hitler e nazistas aos proprietários de escravos, o preconceito de uma raça contra outra tem resultado em atrocidades. Para combater a doença do preconceito racial, sociedades modernas elaboraram e aprovaram legislações para garantir que as pessoas se "tratariam" com respeito e dignidade, permitindo a todos o direito inalienável da vida e liberdade. Embora a ação do homem possa ser legislada, os seus corações e temores não podem. Assim, a sociedade continua a sofrer da doença. Fóruns, coligações e outras iniciativas continuam a ser formadas para promover a união, compreensão e tolerância.

A melhor resposta pode ser encontrada na Bíblia: “Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mateus 22:37-40).

(6)

Equipe 4: Criação de texto narrativo com o tema dos textos bases Texto 4

Mãe Negra

Todos os Dias são os 'Dias das Mães'

Mas... de quais Mães fico pensando

Daquelas dos filhos lindos

que socialmente inseridas

ou daquelas discriminadas

desde o seu nascer sofridas?

Ah... Mãe Negra - de iguais lagrimas

qual as Mães de filhos nobres,

que de riqueza só tem o chorar,

por todos os seus filhos pobres

O seu chorar em silencio,

faz até Jesus chorar

pelos seus filhos sofridos

das brancas vidas a... apanhar!

Assim pelas ruas das vidas

pelas favelas dos morros

vejo meninas futuras

-Mães Negras - pedindo socorro!

Será que só resta orar

Para outra Mãe Negra nascida

que chamamos de Mãe das Mães

ou "Senhora Aparecida" ???

Mãe Negra suas lagrimas em choro

-são os rios que matam a sede

e os seus mudos lamentos

vão se transformando em ventos...

Que pelos ares dos mundos

se transforma em cósmica flor

deixando nos ares a pergunta:

- Qual a cor do Criador ?

Ah -Mãe Negra -

aceite o amor

deste joZé - branco

- e sem cor !!!

...

(7)

Sobre a obra

Minha Mãe marcou um encontro

com seu amigo Jesus

e viajou para o infinito

Minha Mãe agora é Luz!

Ah minha Mãe - sua Bença!

Nesta semana, os homens aqui nesta Terra, estão comemorando o Dia das Mães. Certamente,

que você deve estar pensando - qual todas as Mães, que "Todos os Dias são os Dias das Mães"

- eu sei - nós sabemos...

Assim, resolvi falar de Mães - tão Mães qual você foi para todos os seus 13 filhos, dos quais

sou o do meio. Resolvi falar das Mães que são as Mães Negras, que além de tudo, tem que lutar

contra todos os preconceitos contra sua cor, contra sua recorrente pobreza, contra tudo... contra

todos!

Quantas delas, ainda hoje, cuidam dos filhos "duzotos", com o mesmo amor, qual se fossem

seus filhos amados... E aproveitei, para refletir nessas menininhas da linda cor negra, que serão

as futuras "Mães Negras" desta nossa sociedade.

Não poderia deixar de ao menos colocar e citar a Mãe Negra que foi e é a Santa Tia Laudelina

da alma tão alva...

(8)

Texto 6

Que falta nesta cidade?... Verdade. Que mais por sua desonra?... Honra. Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha. O demo a viver se exponha,

Por mais que a fama a exalta Numa cidade onde falta Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio. Quem causa tal perdição?... Ambição. E a maior desta loucura?... Usura. Notável desaventura

De um povo néscio e sandeu Que não sabe que o perdeu Negócio, ambição, usura.

Quem são seus doces objetos?... Pretos. Tem outros bens mais maciços?... Mestiços. Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos. Dou ao demo os insensatos,

Dou ao demo a gente asnal, Que estima por cabedal Pretos, mestiços, mulatos1. Gragório de Matos

(9)

Equipe 4: Produzir texto oral ou escrito contemporizando (juntando) os personagens dos três livros Texto 7

– Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida, que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas, que eu conheço. És formosa e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano2. [...]

– Mas senhora, apesar de tudo isso que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam,

de que me servem?... São trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala.

– Queixas-te de tua sorte, Isaura?

– Eu não, senhora: apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar 3 (O grifo é meu).

Bernado de Guimarães (Escrava Isaura)

Texto 8

– Não chores, minha flor... [...] Tens toda a razão... perdoa-me se fui grosseiro contigo! mas que queres? Todos nós temos orgulho, e a minha posição a teu lado era tão falsa!...Acredita que ninguém te amará mais do que te amo e desejo! Se soubesses, porém quanto custa ouvir cara-a-cara: “Não lhe dou minha filha porque o senhor é indigno dela, o senhor é filho de uma escrava!” Se dissessem: “É porque é pobre!” que diabo! – eu trabalharia! Se dissessem: “É porque não tem a posição social!” juro-te que a

conquistaria, fosse como fosse!” É porque é um infame! um ladrão! um miserável!” eu me comprometeria a fazer de mim o melhor dos homens de bem! Mas um ex-escravo, um filho de negra, um – mulato! – E como hei de apagar a minha história da lembrança de toda esta gente que me detesta?5 No momento em que se explicita a gravidez de Ana Rosa, seu comportamento é ainda mais revelador:

– O senhor é um malvado! Invectivou o pobre pai, afastando-se para um canto a soluçar.

O rapaz foi ter com ele e pediu-lhe humildemente que lhe perdoasse e lhe desse Ana Rosa por esposa6.

(10)

Texto 9

Aloízio de Azevedo ( O cortiço)

Bertoleza é que continuava na cepa torta, sempre a mesma crioula suja, sempre atrapalhada de serviço, sem domingo nem dia santo: essa, em nada, em nada absolutamente, participava das novas regalias do amigo: pelo contrário, à medida que ele galgava posição social, a desgraçada fazia-se mais e mais escrava e rasteira. João Romão subia e ela ficava cá embaixo, abandonada como uma cavalgadura de que já não precisamos para continuar a viagem10.

Texto 10 Macunaíma

Grito imperioso da brancura em mim... [...]

Me sinto branco, fatalizadamente um ser de mundos que [nunca vi

[...]

Não acho nada, quase nada, e meus ouvidos vão escutar [amorosos

Outras vozes de outras falas de outras raças, mas formação, [mas forçura.

Me sinto branco na curiosidade imperiosa de ser. Mas eu não posso me sentir negro nem vermelho!

Decerto que essas cores também tecem minha roupa arlequinal Mas eu não me sinto negro, mas eu não me sinto vermelho, Me sinto só branco, relumeando caridade e acollhimento, Purificado na revolta contra os brancos, as pátrias, as guerras, as posses, as preguiças e as ignorâncias

Me sinto só branco agora, sem ar neste ar-livre da América! Me sinto só branco em minha alma crivada de raças!19

(11)

Equipe 5: Realizar comentário crítico enfatizando as diferenças de abordagem dos três textos Texto 11

Mas eu, Senhor!... Eu triste abandonada Em meio das areias esgarrada,

Perdida marcho em vão!

Se choro... bebe o pranto a areia ardente: Talvez... pra que meu pranto, ó Deus clemente! Não descubras no chão!

... Basta, Senhor! Do teu potente braço Role através dos astros e do espaço Perdão pros crimes meus!...

Há dois mil anos... eu soluço um grito... Escuta o brado meu lá do infinito, Meu Deus! Senhor, meu Deus!7 Texto 12

Poemas da Negra (Mario de Andrade) Você é tão suave,

Vossos lábios suaves Vagam no meu rosto, Fecha meu olhar. Sol-posto.

É a escureza suave Que vem de você,

Que se dissolve em mim18.

Texto 13 Macunaíma

Grito imperioso da brancura em mim... [...]

Me sinto branco, fatalizadamente um ser de mundos que [nunca vi

[...]

Não acho nada, quase nada, e meus ouvidos vão escutar [amorosos

Outras vozes de outras falas de outras raças, mas formação, [mas forçura.

Me sinto branco na curiosidade imperiosa de ser. Mas eu não posso me sentir negro nem vermelho!

Decerto que essas cores também tecem minha roupa arlequinal Mas eu não me sinto negro, mas eu não me sinto vermelho, Me sinto só branco, relumeando caridade e acollhimento, Purificado na revolta contra os brancos, as pátrias, as guerras, as posses, as preguiças e as ignorâncias

Me sinto só branco agora, sem ar neste ar-livre da América! Me sinto só branco em minha alma crivada de raças!19

(12)

Equipe 6: Estabelecer relação de causa e efeito (criar situação de diálogo entre os dois textos) Texto 14

Os versos de “Protesto”, de Carlos Assumpção Mas irmão, fica sabendo

Piedade não é o que eu quero Piedade não me interessa Os fracos pedem piedade Eu quero coisa melhor Eu não quero mais viver No porão da sociedade Não quero ser marginal Quero entrar em toda a parte Quero ser bem recebido Basta de humilhações Minha alma já está cansada Eu quero o sol que é de todos Ou alcanço tudo o que eu quero Ou gritarei a noite inteira Como gritam os vulcões Como gritam os vendavais Como grita o mar

E nem a morte terá força Para me fazer calar! Texto 15

Lei Áurea

Declara extinta a escravidão no Brasil:

A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D.

Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou e

ela sancionou a lei seguinte:

Art. 1.º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.

Art. 2.º: Revogam-se as disposições em contrário.

Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da

referida Lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente

como nela se contém.

O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e

interino dos Negócios Estrangeiros, Bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho

de Sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.

Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67.º da Independência e

do Império.

Princesa Imperial Regente.

Rodrigo Augusto da Silva

Carta de lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto da Assembleia

Geral, que houve por bem sancionar, declarando extinta a escravidão no Brasil, como

nela se declara. Para Vossa Alteza Imperial ver. Chancelaria-mor do Império -

Antônio Ferreira Viana.

Transitou em 13 de maio de 1888.- José Júlio de Albuquerque.

(13)

Equipe 7: Elaborar atividade que aborde a história passada e recente do Brasil com relação ao tema em estudo.

Texto 13

Racismo no Brasil

Racismo no Brasil é, no mínimo, uma atitude de ignorância as próprias origens. Qual é o antepassado do “verdadeiro brasileiro”? Indígena (os primeiros povos a habitar a terra do ‘Pau Brasil’)? Os negros (que foram trazidos para trabalhar como escravos e, ainda, serviram de mercadoria para seus senhores)? Os portugueses (que detém o status de descobridores desta terra)? Porém, pode ser a miscigenação de todas as raças, como vemos hoje? Afinal de contas, aqui se instalaram povos de todos os lugares do mundo. Portugueses, espanhóis, alemães, franceses, japoneses, árabes e, ultimamente, peruanos, bolivianos, paraguaios, uruguaios e até argentinos vivem neste país que hospitaleiro até demais com os estrangeiros e, muitas vezes, hostil com sua população. Atualmente, a população brasileira faz parte do ‘vira-latismo’ mundial. Quantas pessoas mestiças nascidas no Brasil você conhece ou, pelo menos, já viu? Quantas vezes você ouviu alguém dizer que...”meu avô era africano, minha avó espanhola”, ou então...”meu pai é japonês e minha mãe é árabe”? Quando representantes ‘tupiniquins’ participam de eventos esportivos ou sociais, o que vemos são pessoas de diferentes raças, mas apenas um sangue, somente uma paixão, o Brasil. O que existe por aqui é muito racismo camuflado e que todo mundo faz questão de não enxergar. Os alvos, mesmo que inconscientemente, sempre são os mesmos. Negros, mestiços, nordestinos, pessoas fora do padrão da moda, ou seja, obesos, magrelas, altos demais, baixos ou anões e, principalmente, os mais pobres sofrem com a discriminação e não conseguem emprego, estudo, dignidade e respeito.

Estes não têm vez na sociedade brasileira!

Para exemplificar isso, basta visitar as faculdades, os pontos de encontro (como bares, danceterias, teatros e cinemas) ou, até mesmo, se tiver mais coragem, verificar o revés da história, ou seja, favelas e presídios. Claramente, nesses lugares, este racismo hipócrita e camuflado vem à tona e causa espanto em muitas pessoas que não ‘querem’ encarar a verdade dos fatos. Segundo a Constituição Brasileira, qualquer pessoa que se sentir humilhada, desprezada, discriminada, etc...por sua cor de pele, religião, opção sexual...pode recorrer a um processo judicial contra quem cometeu tal atrocidade. Mas, neste país, a verdade é que ninguém encara isto seriamente e quando atitudes idênticas a do jogador Grafite, do São Paulo Futebol Clube, acontecem causa estranheza nas pessoas. Grafite está errado em exigir seus direitos? Certamente, não! Mas, na verdade este fato deve ser de alento para que todos lutemos por vagas nas faculdades públicas, trabalho e, conseqüentemente, respeito! Porém, sem ter de passar pela humilhante condição de “cotas para negros” ou programas de televisão sensacionalistas que exploram a distinção racial e social para ganhar audiência. A cota tem de estar disponível para quem não tem condições de cursar uma faculdade paga. Mas, para que isto ocorra é necessário que haja uma reforma no ensino, com o objetivo de se melhorar e valorizar as escolas estaduais e municipais, para que seus alunos possam “brigar” por vagas em universidade gratuitas. A somatória de notas pela vivência escolar pode ser uma solução para o caso, contudo, mesmo assim, tem de acontecer uma reconstituição de educação no Brasil.

Voltando ao caso “Grafite”, dois fatos ficaram mal explicados e precisam ser explicados. O primeiro se refere ao fato de que se prática de racismo, no Brasil, é crime inafiançável, Desábato não poderia ter sido libertado mediante pagamento de fiança. Se o argentino pôde escapar, daqui para frente todos que forem indiciados neste artigo terão o mesmo direito. A outra preocupação é com a ação de alguns brasileiros que banalizam o acontecimento e começam a utilizar as palavras agressivas do zagueiro do Quilmes para hostilizarem os brasileiros, mesmo sendo mestiços e negros. Pior do que a atitude do argentino foi a do torcedor que jogou uma banana no campo do Estádio Paulo Machado de Carvalho

(14)

(Pacaembu), no jogo da seleção brasileira contra a Guatemala. Isto é repugnante! Ainda neste pensamento, outro fato negativo, é que há jornalista esportivo no Brasil desdenhando de toda esta situação e, ainda, se posiciona contrário a atitude do atacante do tricolor. Isto é um absurdo! Um

formador de opinião não pode cometer tal heresia.

Daqui para frente, tudo tem de ser diferente! O brasileiro tem de valorizar e acreditar em suas virtudes, para que um dia este país tenha condições de lutar com igualdade pelos seus direitos e por todos nós, além de almejar um posto de destaque no cenário mundial. Caso contrário, seremos sempre o país do futebol, do melhor corredor de automobilismo, da melhor ginasta, do melhor carnaval, mas, nunca teremos cadeira fixa nos conselhos mundiais, como a Organização das Nações Unidas, que definem as

regras econômicas e comerciais vigentes.

(15)

Equipe 8: Adaptar o texto a um cordel Texto 14

A libertação dos escravos no Ceará - por Armando Rafael

A

província do Ceará foi a primeira do Brasil a abolir a escravidão da raça negra. Este episódio histórico, que ainda hoje nos enche de orgulho, levou José do Patrocínio, durante uma conferência, em favor da abolição, a denominar o Ceará de "Terra da Luz, Berço da Liberdade ".

Como Terra da Luz ficou sendo conhecido o Ceará.

No Ceará, consoante tradição corrente, o escravo jamais sofreu a opressão e a impiedade, como gemiam seus irmãos de raça nos cativeiros de outras províncias. Talvez por não existir aqui uma elite econômica ( como ocorria em Pernambuco, Bahia, Minas, Rio de Janeiro, São Paulo etc. ) o escravo no Ceará, com raras exceções, era quase gente da família. Esses negros compartilhavam com humildade os acontecimentos alegres e tristes dos seus senhores. Mesmo assim no último quartel do século XIX já se

registravam no Ceará campanhas contra a escravidão.

Sociedades anti-escravistas foram surgindo com a adesão de pessoas de todas as categorias sociais da província. Uma delas, a Sociedade Perseverança e Porvir tinha entre seus membros Antônio Soares Teixeira Júnior, Francisco Araújo, Antônio Martins, Manoel Albano Filho, José Amaral, José Teodorico da Costa, Antônio Cruz Saldanha, Alfredo Salgado, Joaquim José de Oliveira e José Barros da Silva. Em 1880 foi fundada a Sociedade Libertadora Cearense com 225 sócios. Nessa sociedade militavam João Cordeiro, Frederico Borges, Antônio Bezerra, Almino Tavares Afonso, Isaac Amaral e José Marrocos. Em janeiro de 1881 o jangadeiro Francisco José do Nascimento afirmou que no porto do Ceará não embarcariam mais escravos. Por esse gesto passou à história como o "Dragão do Mar". Essa determinação foi cumprida. Em agosto daquele ano os jangadeiros impediram o embarque, no vapor Espírito Santo, de duas escravas, apesar da presença do Chefe de Polícia, Dr. Torquato Viana, que tentava coagir os humildes homens do mar a obedecer à lei. O fato é que no tumulto "polícia versus jangadeiros", o abolicionista José Carlos Silva Jataí desapareceu com as duas negras, livrando-as do embarque. Em 1882 surgiu a mais influente sociedade, o Centro Abolicionista 25 de dezembro, que entre seus membros contava com o conhecido historiador cearense Barão de Studart.

A partir daí a campanha abolicionista foi num crescendo. No dia 1º de janeiro de 1883, Acarape foi o primeiro município cearense a libertar seus escravos. Por isso o município mudou de nome e passou a chamar-se Redenção. Finalmente no dia 25 de março de 1884 foi abolida a escravidão em toda a província do Ceará. O número de negros libertos, naquela data, totalizou 35.508. Isso quatro anos e dois meses antes da Lei Áurea, aprovada a duras penas pelo Parlamento do Império, depois de intensas negociações da Princesa Regente Isabel.

Ela tomou essa decisão final em nome de Dom Pedro II e no seu próprio, como legítima representante do povo brasileiro. A Princesa Isabel afirmou dias depois que, mesmo pressentindo que a libertação da raça negra poderia representar a queda da Monarquia, não hesitara em assinar a lei. O tempo provou que ela tinha razão...

.

Referências

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