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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO POLÍTICA INSTITUCIONAL DE APOIO E INCENTIVO À INOVAÇÃO

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO POLÍTICA INSTITUCIONAL DE APOIO E INCENTIVO À INOVAÇÃO

I - Introdução

O mundo está repleto de desafios que se apresentam à humanidade, seja em escopo global, regional, nacional ou local. Muitos desses desafios são completamente novos, como os decorrentes da conectividade e dos avanços proporcionados pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Outros desses desafios, apesar de não serem novos, revestem-se de maior complexidade, por conta da maior conectividade e interdependência em âmbito global entre os diversos agentes sociais e econômicos. Paralelamente vive-se no contexto da economia do conhecimento, em que o crescimento e desenvolvimento econômico e social ocorrem na medida em que são desenvolvidas as capacidades de criar, desenvolver, divulgar e aplicar conhecimentos.

Na intersecção entre os desafios atuais e a economia do conhecimento está a inovação. A abordagem e solução dos inúmeros desafios, seja em esfera local, nacional, internacional ou global, demanda desenvolver a capacidade de inovar. A inovação tem sido indicada como fonte de vantagem competitiva e, mais do que isso, como ponto de partida para serviços mais rápidos e eficientes, produtos mais efetivos na satisfação de necessidades e desejos, condições sociais mais justas e melhores condições de vida às pessoas.

Essas constatações e expectativas têm levado órgãos supranacionais, países, e instituições a procurarem mapear e estudar o processo de inovação para melhor incentivo e fomento, por meio de políticas e leis. No âmbito supranacional, destaca-se o Manual de Oslo, já em sua terceira edição, elaborado pela Organization for Economic Co-Operation and Development (OECD). No Brasil, há a Lei N. 10.973, de 2 de Dezembro de 2004, conhecida como a Lei da Inovação, que estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica, visando a construção de vantagens competitivas de autonomia tecnológica e desenvolvimento industrial. No âmbito institucional diversas Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e particulares, têm desenvolvido e proposto políticas e regulamentos de fomento à inovação.

Diante deste contexto, o Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), por seu posicionamento de Educar e Servir com excelência e em consonância com os princípios bíblicos, não poderia ficar à margem dessas tendências. Por isso é intenção deste documento oferecer diretrizes e parâmetros gerais que norteiem a gestão da inovação na instituição, não apenas visando ao desenvolvimento de vantagens competitivas, mas principalmente o aprimoramento e melhoria dos serviços prestados pela IES às comunidades circunvizinhas e aos cidadãos em geral, seja no Brasil ou em outros países com os quais o UNASP tenha a oportunidade de interagir e/ou atuar.

II - Diretrizes e Política Nacional de Inovação

Em 2 de dezembro de 2004 foi promulgada a Lei N. 10.973, conhecida como Lei da Inovação, que trata de incentivos à inovação e pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, visando o alcance da autonomia tecnológica e desenvolvimento industrial do Brasil. A lei em seu texto define como foco de ação a inovação tecnológica e industrial e elege como principal agente articulador as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), definidas como órgãos ou entidades da administração pública. Porém, a Lei da Inovação também tem sido

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um indicador de oportunidades de parcerias com ICTs para as entidades da iniciativa privada, além de oferecer parâmetros de ação e articulação na gestão e fomento da inovação.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) define como eixos de sustentação da estratégia nacional de inovação três grandes linhas de ação:

1. Promoção da inovação;

2. Fortalecimento da pesquisa e da infraestrutura científica e tecnológica; 3. Formação e capacitação de recursos humanos.

Ainda como parte dessa estratégia há a indicação de áreas prioritárias para o fomento e desenvolvimento da inovação no Brasil:

1. Desenvolvimento de competitividade do Brasil no cenário mundial. Envolve diferentes aspectos, tais como TICs, fármacos e complexo industrial da saúde, biotecnologia, nanotecnologia e novos materiais;

2. Recursos naturais e meio-ambiente. Nesta grande área temática estão incluídos itens como Antártica, biodiversidade, biotecnologia marinha, desastres naturais, oceanos e zonas costeiras, recursos hídricos e recursos minerais.

3. Desenvolvimento Social. Nesta área estão incluídos aspectos como inclusão social e produtiva, popularização da ciência, tecnologia e inovação, melhoria do ensino de ciências e tecnologias social e assistiva.

Diante das linhas de ação e prioridades nacionais para a inovação, é possível identificar oportunidades de participação e contribuição do UNASP, considerando sua filosofia e missão.

III - Princípios da Política Institucional de Apoio e Incentivo à Inovação do

UNASP

O UNASP, em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) destaca a inovação em conexão direta com o empreendedorismo. É intento do UNASP que seus colaboradores, estudantes e egressos encontrem um ambiente favorável ao empreendedorismo, pois entende-se que o empreendedorismo é a alma da instituição. Independente de quaisquer formalidades e estruturas organizacionais, a iniciativa das pessoas em buscar soluções, melhorias e novas práticas ou tecnologias, é um dos elementos centrais que confere ao UNASP capacidade de diferenciar-se e de manter-se atualizado frente às constantes mudanças no cenário sócio-econômico e tecnológico.

Portanto, levando em conta os objetivos do UNASP, considera-se como princípios fundamentais desta política institucional de apoio e incentivo à inovação:

1. Centralidade da missão institucional. Isso quer dizer que todos os esforços e recursos destinados à inovação no UNASP, antes e acima de buscar vantagens competitivas, priorizará a busca pela excelência do serviço a Deus e à humanidade. A inovação, no contexto dos valores bíblicos, parte da compreensão de que estudantes, professores e colaboradores são todos filhos de um mesmo Criador e, como tais, capazes de criar em suas diversas esferas de atuação, aplicando os diversificados talentos, conhecimentos e experiências individuais.

2. Estímulo à criação favorecendo o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo. Isso quer dizer que a inovação deve ser resultante de um processo crítico e reflexivo, no qual a inovação, seja qual for, leve em consideração suas implicações e repercussões sociais, ecológicas, éticas, econômicas e espirituais.

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3. Estimular e reconhecer o espírito empreendedor. O fortalecimento e sobrevivência da instituição está nos indivíduos que a compõem, na capacidade criativa, inovadora e de iniciativa desses indivíduos. O UNASP reconhece que a iniciativa individual empreendedora e inovadora, ainda que esteja a serviço da instituição e de sua missão, depende de incentivos individuais e regulamentos que valorizem e protejam a propriedade intelectual.

4. Alinhamento com as linhas de pesquisa institucionais. O UNASP tem em seu PDI a definição de suas linhas de pesquisa que deverão nortear as iniciativas de inovação na instituição.

IV - Definição de termos

Para os efeitos desta política e para os demais regulamentos e ações dela provenientes são definidos os seguintes termos:

Inovação

Compreende um processo de mudança associado ao desenvolvimento e implantação de produto(s) e/ou processo(s) tecnologicamente novo(s), ou que tenha(m) sido substancialmente melhorado(s), no âmbito institucional. São reconhecidas como inovações mudanças de produto, de processo, de marketing ou posição, de paradigma, bem como mudanças organizacionais.

Inovação incremental

Processo de mudança em que algo é substancialmente aprimorado, implementado ou desenvolvido por meio de melhorias gradativas.

Inovação radical

Processo de mudança em que algo completamente novo é desenvolvido e implementado, de uma só vez.

Criação Intelectual

A invenção ou substancial melhoria em produtos e/ou processos, desenvolvidas por um ou mais criadores.

Inventor/Criador

Pessoa física, com vínculo empregatício com o UNASP, que inventa/cria ou é autora de uma nova solução ou substancial melhoria.

Inventor/Criador Independente

Pessoa física, sem vínculo empregatício com o UNASP, que inventa/cria ou é autora de uma nova solução ou substancial melhoria.

Propriedade Intelectual

Garantias legais dos inventores e/ou responsáveis sobre suas criações em termos de direitos autorais e/ou patentes e/ou marcas registradas, mediante recebimento de benefícios econômicos e/ou financeiros decorrentes do uso e/ou exploração da sua criação.

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Um conjunto de direitos outorgados pelo Estado concedido a um inventor por um determinado período de tempo para a divulgação, fabricação, exploração, e a alienação da sua invenção.

Direitos autorais

Conjunto de prerrogativas conferidas por lei a pessoa física ou jurídica desenvolvedora de obra intelectual, para que a mesma possa se beneficiar de fins morais e/ou patrimoniais, resultantes da exploração de suas criações.

Marca Registrada

Um conjunto de direitos outorgados pelo Estado, concedido a uma pessoa física ou jurídica, para o uso, exploração e alienação de um nome, símbolo, logotipo, logomarca ou slogan, que identifique uma empresa, produto ou serviço.

Benefício Econômico e/ou Financeiro

Qualquer tipo de remuneração ou pagamento decorrentes do uso, exploração ou comercialização de uma inovação, cuja propriedade intelectual tenha sido devidamente reconhecida.

Contrato

Acordo entre o UNASP e qualquer órgão, entidade ou pessoa física, para o desenvolvimento, uso ou exploração de uma inovação, preservando os interesses das partes envolvidas.

Convênio

Acordo firmado entre o UNASP e qualquer órgão, entidade ou pessoa física para o desenvolvimento, uso ou exploração de uma inovação de interesse comum dos participantes.

V - Objetivos da Política de Inovação

São objetivos desta política:

1. Estimular e valorizar de forma contínua e permanente a atividade criativa demonstrada pela produção científica, tecnológica e artística do corpo docente, discente e técnico-administrativo do UNASP.

2. Estimular e potencializar a criação intelectual através de projetos ou atividades financiadas ou realizadas em conjunto com outras instituições, entidades de apoio ou empresas, nacionais ou estrangeiras.

3. Proteger a propriedade intelectual das inovações produzidas no UNASP ou resultantes de parcerias com o UNASP e nas organizações parceiras.

4. Fomentar a sustentabilidade institucional das ações de inovação, das interfaces econômica, social, cultural e ambiental.

VI - Ações Previstas

Com o propósito de realizar os objetivos propostos, são previstas as seguintes linhas de ação:

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1. Constituição de um Comitê Institucional de Inovação (CII), com a função de propor os mecanismos de fomento, divulgação e regulação dos processos de inovação no UNASP, apreciando também todo e qualquer artefato que componha um produto de inovação. O CII será órgão colegiado de assessoramento e instrução, instituído pelo Conselho Superior Universitário do UNASP, cujas recomendações, quando aplicável, serão submetidas à assessoria jurídica do UNASP.

2. Elaboração de um regulamento sobre Propriedade Intelectual no UNASP, a ser proposto pela CII, com a estipulação de incentivos para a produção intelectual e inovação, preservando ao mesmo tempo os direitos de propriedade intelectual dos inventores/criadores e os interesses do UNASP.

3. Divulgação entre docentes, discentes e corpo técnico-administrativo desta política e seus decorrentes regulamentos e incentivos.

4. Realização de convênios com entidades de fomento e empresas nascentes, com a finalidade de apoiar a utilização das linhas de financiamento existentes.

5. Celebração de contratos com órgãos, entidades ou pessoas físicas, para o desenvolvimento, uso, exploração ou comercialização de uma inovação, preservando os interesses das partes envolvidas.

6. Compartilhamento das instalações do UNASP, tais como laboratórios, equipamentos, instrumentos e materiais, com empresas e empreendimentos econômicos solidários em atividades voltadas à inovação e incubação, sem prejuízo ou conflito com suas atividades fim.

Referências

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