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HOTÉIS OTHON S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E DE 2001

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HOTÉIS OTHON S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E DE 2001 Controladora Consolidado ATIVO 31.12.2002 31.12.2001 31.12.2002 31.12.2001 R$ R$ R$ R$ CIRCULANTE: Disponibilidades 515.853 431.151 515.758 436.211

Contas a receber – líquidas 4.505.384 4.384.722 4.510.534 4.412.868

Valores a faturar 1.762.226 1.509.516 1.762.226 1.509.516

Títulos e valores mobiliários (nota 20) 4.302.778 56.249 4.302.778 56.249 Contas a receber – Banco do Brasil (nota 18.a) 17.607.694 17.607.694

Adiantamentos e outras contas a receber 1.211.903 1.038.436 1.235.903 914.505

Outros créditos 304.052 581.069 306.611 708.683

Estoques 940.609 903.331 940.609 903.331

Despesas antecipadas 1.014.835 1.104.705 1.014.835 1.104.705

Total do circulante 32.165.334 10.009.179 32.196.948 10.046.068

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO:

Companhias associadas 11.882.835 10.580.777 13.768.021 11.914.533

Contribuição social e imposto de renda diferido 24.203.897 25.598.792 24.203.897 25.598.792

Impostos a recuperar 7.058.213 4.827.629 7.058.213 4.827.629

Títulos e valores mobiliários – ADP´s 31.516.387 31.516.387 31.516.387 31.516.387 Depósitos judiciais e outros créditos 6.170.395 6.344.582 6.170.395 6.344.582 Total do realizável a longo prazo 80.831.727 78.868.167 82.716.913 80.201.923 PERMANENTE:

Investimentos:

Controladas e coligadas 11.731.357 13.185.769 1.241.978 2.656.609

Imóveis para futura edificação 2.667.167 2.667.167 2.667.167 2.667.167

Outros 238.464 238.464 262.097 262.097

Total dos investimentos 14.636.988 16.091.400 4.171.242 5.585.873

Imobilizado – líquido 306.521.344 118.284.543 319.669.323 131.438.522

Diferido – líquido 155.167 174.363 155.167 174.363

Total do permanente 321.313.499 134.550.306 323.995.732 137.198.758

TOTAL 434.310.560 223.427.652 438.909.593 227.446.749

(Continua) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.

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HOTÉIS OTHON S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E DE 2001 Controladora Consolidado PASSIVO 31.12.2002 31.12.2001 31.12.2002 31.12.2001 R$ R$ R$ R$ CIRCULANTE:

Empréstimos e financiamentos bancários (nota 20) 12.596.488 9.503.510 12.596.488 9.503.510 Parcelamento de impostos regionais 6.143.819 5.977.589 6.143.819 5.977.589 Fornecedores e serviços públicos 10.771.589 9.068.529 10.771.589 9.068.529

Impostos a recolher 12.662.657 5.713.050 12.792.819 5.720.508

Adiantamentos de clientes 4.199.829 3.461.741 4.199.829 3.461.741

Arrendamentos a pagar 467.252 462.713 467.252 462.713

Salários e encargos sociais 5.273.520 1.138.156 5.273.520 1.138.156

Provisão prestações do Programa Refis 1.126.142 1.227.136 1.126.142 1.227.136 Provisão para férias e encargos 2.133.610 2.388.527 2.133.610 2.388.527 Valor residual lease back Banco do Brasil (nota 18.a) 8.486.017 8.486.017

Outras exigibilidades e provisões 5.603.765 1.303.836 5.762.450 1.401.665

Total do circulante 69.464.688 40.244.787 69.753.535 40.350.074

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO:

Companhias associadas 5.590.241 3.891.294 6.604.648 4.361.953

Contribuição social e imposto de renda diferido

sobre a reserva de reavaliação 89.697.517 29.564.189 89.697.517 29.564.189 Parcelamentos de obrigações tributárias e

previdenciárias pelo Programa Refis 124.338.914 115.790.873 124.338.914 115.790.873 Parcelamentos de impostos regionais 13.703.347 10.384.970 13.720.256 10.384.970

Parcelamento Refis municipal 1.593.960 1.469.660 1.593.960 1.469.660

Parcelamento de serviços públicos 1.911.500 1.190.134 1.911.500 1.190.134

Provisão para contingências 2.172.926 1.828.840 2.172.926 1.828.840

Financiamentos de investimentos 3.472.871 3.472.871

Outras exigibilidades 1.662.469 1.571.177 1.662.468 1.571.177 Total do exigível a longo prazo 244.143.745 165.691.137 245.175.060 166.161.796 PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA NA

CONTROLADA 3.278.871 3.443.151 PATRIMÔNIO LÍQUIDO:

Capital social e correção monetária do capital 31.984.172 31.984.172 31.984.172 31.984.172 Reserva de reavaliação - bens próprios 263.815.469 86.952.740 263.815.469 86.952.740 Reserva de reavaliação – controlada 5.283.860 5.283.860 5.283.860 5.283.860 Reserva de reavaliação - impostos sobre

reavaliação (89.697.517) (29.564.189) (89.697.517 (29.564.189)

Prejuízos acumulados (90.683.857) (77.164.855) (90.683.857) (77.164.855) Total do patrimônio líquido 120.702.127 17.491.728 120.702.127 17.491.728

TOTAL 434.310.560 223.427.652 438.909.593 227.446.749

(Conclusão) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis consolidadas.

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HOTÉIS OTHON S.A

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E DE 2001

Controladora Consolidado 31.12.2002 31.12.2001 31.12.2002 31.12.2001

R$ R$ R$ R$

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS 90.902.595 98.868.925 90.902.595 98.868.925 IMPOSTOS E DEDUÇÕES SOBRE VENDAS (7.967.300) (8.654.757) (7.967.300) (8.654.808) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS E SERVIÇOS 82.935.295 90.214.168 82.935.295 90.214.117 CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E

SERVIÇOS PRESTADOS (30.405.751) (31.483.901) (30.427.421) (31.482.725)

LUCRO BRUTO 52.529.544 58.730.267 52.507.874 58.731.392

(DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS:

Despesas com vendas (8.364.811) (7.939.859) (8.364.811) (7.939.859)

Despesas da operação (21.168.099) (21.262.452) (21.168.099) (21.262.452) Despesas gerais e administrativas (19.573.516) (19.851.920) (19.720.136) (19.980.586)

Despesas tributárias (3.698.220) (3.141.724) (3.827.862) (3.156.822)

Depreciações e amortizações (6.941.016) (5.736.532) (6.941.016) (5.736.532)

Reversão de provisões 423.165 568.483 423.165 568.483

Resultado de equivalência patrimonial (1.333.142) (716.924) (1.293.361) (465.687) Provisão para contingências (633.440) (733.353) (633.440) (733.353) Total das (despesas) receitas operacionais (61.289.079) (58.814.281) (61.525.560) (58.706.808) RESULTADO ANTES DO

RESULTADO FINANCEIRO (nota 19) (8.759.535) (84.014) (9.017.686) 24.584 RESULTADO FINANCEIRO:

Receitas financeiras 3.435.459 1.341.903 3.651.251 1.533.428

Despesas financeiras do Programa Refis (9.694.473) (9.646.159) (9.694.473) (9.646.159) Outras despesas financeiras (10.672.061) (7.143.686) (10.661.376) (7.150.427) Total do resultado financeiro (16.931.075) (15.447.942) (16.704.598) (15.263.158) RESULTADO APÓS O RESULTADO FINANCEIRO (25.690.610) (15.531.956) (25.722.284) (15.238.574) RESULTADO NÃO OPERACIONAL:

Recuperação ação de lease back Banco do Brasil 14.329.160 14.329.160

Receitas (despesas) não operacionais – líquidas (4.865.289) 142.214 (4.857.215) (247.250) Total do resultado não operacional 9.463.871 142.214 9.471.945 (247.250) PREJUÍZO ANTES DA

PARTICIPAÇÃO MINORITÁRIA (16.226.739) (15.389.742) (16.250.339) (15.485.824)

Participação minoritária 23.600 96.082

PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (16.226.739) (15.389.742) (16.226.739) (15.389.742)

PREJUÍZO POR LOTE DE 1000 AÇÕES – R$ (88,32) (83,76) (88,32) (83,76)

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HOTÉIS OTHON S.A.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E DE 2001 Capital realizado atualizado Correção monetária do capital Reserva de reavaliação bens próprios Reserva de reavaliação controlada Tributos sobre a Reserva de Reavaliação Prejuízos acumulados Total R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ Saldos em 1º de janeiro de 2001 31.984.165 7 90.106.971 5.571.985 (30.636.628) (64.145.030) 32.881.470 Realização de parte da reserva de

reavaliação (3.154.231) 1.072.439 2.081.792

Realização de parte da reserva de

reavaliação de controladas (288.125) 288.125

Prejuízo líquido do exercício (15.389.742) (15.389.742) Saldos em 31 de dezembro de 2001 31.984.165 7 86.952.740 5.283.860 (29.564.189) (77.164.855) 17.491.728

Reavaliação de imóveis próprios 180.965.361 (61.528.223) 119.437.138

Realização de parte da reserva de

Reavaliação (4.102.632) 1.394.895 2.707.737

Prejuízo líquido do exercício (16.226.739) (16.226.739) Saldos em 31 de dezembro de 2002 31.984.165 7 263.815.469 5.283.860 (89.697.517) (90.683.857) 120.702.127

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HOTÉIS OTHON S.A.

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 e 2001

Controladora Consolidado 31.12.2002 31.12.2001 31.12.2002 31.12.2001

ORIGENS DOS RECURSOS R$ R$ R$ R$

Prejuízo líquido do exercício (16.226.739) (15.389.742) (16.226.739) (15.389.742) Itens que não afetam o capital circulante líquido:

Depreciações e amortizações 6.941.016 5.736.533 6.941.016 5.736.533

Participação minoritária (23.600) (96.082)

Resultado de equivalência patrimonial 1.333.142 716.924 1.293.361 465.687 Juros líquidos sobre ativos e passivos não

circulantes 9.705.657 9.635.374 9.705.657 9.659.871

Atualização de mútuos com empresas ligadas (2.877.891) (959.537) (3.122.814) (1.167.347) Provisão para perdas e contingências 4.831.191 190.195 4.831.191 190.195 Baixa de ativo imobilizado e outros 936.925 1.042.285 951.145 1.042.285 Total dos recursos oriundos das operações 4.643.301 972.032 4.349.217 441.400 Outras origens:

Diminuição do realizável a longo prazo 956.799 3.843.496 956.799 3.899.717

Empréstimos com associadas – líquido 596.000 947.393 361.870

Venda de ativo imobilizado 530.954

Financiamento de investimentos 3.472.871 3.472.871

Transferência do circulante para o exigível a

longo prazo 8.270.774 6.138.776 8.414.528 6.138.776

Total das origens 17.939.745 10.954.304 18.140.808 11.372.717

APLICAÇÕES DOS RECURSOS:

Transferência do exigível a longo prazo para o

circulante 5.297.786 6.569.295 5.297.786 6.569.295

Aumento de outros realizáveis a longo prazo 2.790.020 2.807.935 3.030.461 2.807.935 Diminuição do exigível a longo prazo 940.863 1.062.168 950.653 1.086.668

Variação de contas com associadas 929.008 2.642.313 954.079 2.787.606

Transferência do circulante para o realizável a

longo prazo 222.868 1.067.162 222.868 1.101.663

Aumento de ativo permanente

Aquisição de ativo permanente 6.336.930 4.518.884 14.822.947 4.586.884 Valor residual do Lease Back – Banco do Brasil 8.486.017

Total das aplicações 25.003.492 18.667.757 25.278.794 18.940.051

REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (7.063.747) (7.713.453) (7.137.986) (7.567.334) REPRESENTADO POR:

Aumento (Redução) do ativo circulante 22.156.154 (1.170.772) 22.150.880 (1.187.711) Aumento do passivo circulante 29.219.901 6.542.681 29.288.866 6.379.623 Redução do capital circulante líquido (7.063.747) (7.713.453) (7.137.986) (7.567.334)

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HOTÉIS OTHON S.A.

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 E DE 2001

1. CONTEXTO OPERACIONAL, APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Hotéis Othon S.A. é uma empresa de capital aberto, cuja atividade é a prestação de serviços na indústria hoteleira. Atualmente administra 26 hotéis e 7 pousadas, nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Amazonas, Alagoas, Ceará e nas cidades de Buenos Aires, Lisboa e Paris.

a) Apresentação das demonstrações contábeis - As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações e com as normas da Comissão de Valores Mobiliários.

b) Princípios de consolidação - As demonstrações contábeis consolidadas incluem a empresa controlada Othon Empreendimentos Hoteleiros S/A e foram preparadas com base nas demonstrações contábeis dessa controlada em 31 de dezembro de 2002 e de 2001. Os saldos ativos e passivos e as receitas e despesas entre as empresas consolidadas, bem como a participação da controladora no patrimônio líquido da controlada, foram eliminados.

c) Provisão para devedores duvidosos - É constituída com base nas perdas estimadas e seu montante é considerado suficiente para cobrir eventuais prejuízos na realização de créditos.

d) Estoques - Estão avaliados ao custo médio de aquisição. O custo dos estoques é ajustado para o seu valor de mercado quando este for menor que o custo.

e) Investimentos - As participações em sociedades controlada e coligada foram ajustadas pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos são registrados ao custo.

f) Imobilizado - Registrado ao custo de aquisição, adicionado de reavaliação e acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995, deduzidas as respectivas depreciações acumuladas, igualmente corrigidas até aquela data. As depreciações do custo corrigido são computadas pelo método linear e calculadas conforme taxas anuais descritas na nota 7. As depreciações do custo reavaliado são computadas com base na vida útil remanescente dos respectivos bens.

g) Ativo diferido - Registrado ao custo, acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995, deduzidas as respectivas amortizações acumuladas, igualmente corrigidas até aquela data. As amortizações são registradas pelo método linear pelo prazo de 5 anos.

h) Contribuição social e imposto de renda diferido - O imposto de renda diferido registrado no exigível a longo prazo corresponde à reserva de reavaliação. O imposto de renda diferido registrado no ativo realizável a longo prazo corresponde ao valor calculado sobre a base de

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cálculo negativa dos prejuízos fiscais e contribuição social apurados até 2000, cuja estimativa de realização consta da nota 14.

i) Apólices da dívida pública – Estão registradas em Títulos e valores mobiliários, no Ativo Realizável a Longo Prazo, pelo valor de face, com atualização monetária baseada em laudos emitidos pela Fundação Getúlio Vargas e outros órgãos.

2. ESTOQUES

Controladora e consolidado 31.12.2002 31.12.2001

R$ R$

Mercadorias para revenda (alimentos e bebidas) 400.629 351.179

Materiais de uso, consumo e manutenção 539.980 552.152

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3. PARTES RELACIONADAS NA CONTROLADORA E CONSOLIDADO

Ativo Passivo 31.12.2002 31.12.2001 31.12.2002 31.12.2001

CONTROLADORA R$ R$ R$ R$

Companhia Hotéis do Leme 5.331.343 3.806.697

Companhia Açucareira Usina Cupim 19.744

Companhia Açucareira Usina Barcelos 66.254 27.662 160.000

Cotonifício Othon Bezerra de Mello S.A.) 4.705.492 2.940.105

Othon Administração S.A. 2.322.517 1.647.635

Othon Empreendimentos Hoteleiros S.A. 98.898 84.597

Othon L. Bezerra de Mello Comércio e Importação 8.344.117 5.945.631

Provisão para perdas (3.555.545) . . .

Total 11.882.835 10.580.777 5.590.241 3.891.294

CONSOLIDADO

Cotonifício Othon Bezerra de Mello S.A. 4.705.492 2.940.105

Exeter Corretora de Seguros S.A 72.051 51.489

Othon L. Bezerra de Mello Comércio e Importação S.A. 8.344.117 5.945.631

Othon Administração S.A. 3.688.536 2.694.022

Companhia Hotéis do Leme 5.331.343 3.806.698

Companhia Açucareira Usina Barcelos 1.179.584

Outras 585.421 334.775 21.670 503.766

Provisão para perdas (3.555.545) . . .

Total 13.768.021 11.914.533 6.604.648 4.361.953

As transações entre as Companhias associadas prevêem cláusulas de atualização e remuneração de acordo com as taxas praticadas no mercado.

(9)

4. INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS E COLIGADAS - CONTROLADORA

Os investimentos em companhias controladas e coligadas são avaliados pelo método da equivalência patrimonial, com base nas demonstrações contábeis dessas companhias, para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2002 e de 2001. Os detalhes dessas participações são como segue:

Resultado de

Patrimônio Equivalência

Empresas Participação Líquido Prejuízo do Exercício

Patrimonial Saldo contábil Em 31.12.2002 31.12.2002 31.12.2001 31.12.2002 31.12.2001 31.12.2002 31.12.2001 31.12.2002 31.12.2001

% R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Othon Empreendimentos Hoteleiros S.A. 77,72 14.716.651 15.453.997 (596.665) (551.600) (573.065) (455.518) 11.437.781 12.010.847 Cotonifício Othon Bezerra de Mello S.A.(*) 20,27 (121.811) 3.505.992 (2.162.645) (1.011.376) (710.664) (252.412) 710.664 Companhia Agropastoril Vale do Rio Uma(*) 6,36 6.522.713 7.280.601 (437.478) (125.011) (48.202) (8.112) 414.845 463.046

Plantravel - Planejamento, Viagens e Turismo (*) 98,00 2.379 2.379

Othon S.A. Empreendimentos Imobiliários (*) 0,92 (62.794) 131.622 (589.129) (84.246) (1.211) (882) 1.212 Provisão para perdas em investimentos . . (123.648) .

Total (1.333.142) (716.924) 11.731.357 13.185.769

(*)Não auditadas.

A empresa Plantravel Planejamento, viagens e Turismo encontra-se em fase pré-operacional

Determinados ativos da Companhia e de sua controlada direta foram dados como garantia de empréstimos para outras empresas do grupo.

5. EMPRESAS CONSOLIDADAS

As demonstrações financeiras consolidadas incluem as contas da Companhia e as da sua controlada Othon Empreendimentos Hoteleiros S.A., cujo percentual de participação é o seguinte:

31.12.2002 31.12.2001

% %

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6 – CONTROLADAS E COLIGADAS – CONSOLIDADO

As participações nas Companhias associadas não consolidadas são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial, com base nas demonstrações financeiras dessas investidas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 20001 e 2000. Os detalhes dessas participações são como segue:

Resultado de equivalência

Empresas Participação Patrimônio líquido Prejuízo líquido patrimonial Saldo contábil 31.12.2002 31.12.2002 31.12.2001 2002 2001 2002 2001 31.12.2002 31.12.2001

% R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Cotonifício Othon Bezerra de Mello S. A. (*) 29,63 (121.811) 3.505.992 (2.165.645) (1.011.737) (1.038.825) (368.967) 0 1.038.825 Companhia Agropastoril Vale do Rio Una (*) 20,90 6.522.713 7.280.601 (437.478) (125.011) (158.399) (26.657) 1.363.247 1.521.645 Othon S.A. Empreendimentos Imobiliários (*) 73,04 (62.794) 131.622 (589.129) (84.246) (96.137) (70.063) 0 96.139

Plantravel – Planejamento, Viagens e Turismo (*) 98,00 2.379 2.379

Provisão para perdas em investimentos . . (123.648) .

Total (1.293.361) (465.687) 1.241.978 2.656.609

(*)Não auditadas.

A empresa Plantravel Planejamento, viagens e Turismo encontra-se em fase pré-operacional 7 – IMOBILIZADO

Controladora Consolidado 2002 2001 2002 2001

Custo Depreciações Custo Depreciações

Taxa de atualizado e acumuladas Valor Valor atualizado e acumuladas Valor Valor depreciação reavaliado corrigidas líquido líquido reavaliado corrigidas Líquido líquido

Itens % R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$ R$

Terrenos, edificações e construções (*) 1,7 a 2,2 (*) 303.997.614 (20.946.585) 283.051.029 107.173.604 317.141.468 (20.946.586) 296.194.882 120.323.457

Instalações 10 4.790.917 (3.996.602) 794.315 481.243 4.803.013 (4.008.698) 794.315 481.243

Móveis e utensílios 10 16.676.560 (8.693.275) 7.983.285 3.346.029 16.739.794 (8.756.508) 7.983.286 3.346.029 Máquinas e equipamentos 10 15.431.073 (7.182.571) 8.248.502 4.297.207 15.437.118 (7.188.616) 8.248.502 4.297.207

Veículos 20 406.668 (362.191) 44.477 27.653 406.668 (362.191) 44.477 27.653

Computadores, periféricos e softwares 20 2.529.699 (1.838.665) 691.034 654.037 2.529.699 (1.838.666) 691.033 654.037

Fundo de Comércio 156.829 (156.829) 156.829 (156.829)

Imobilizações em curso e outras (*) 10 5.760.369 (51.667) 5.708.702 2.304.770 5.764.495 (51.667) 5.712.828 2.308.896 Total 349.749.729 (43.228.385) 306.521.344 118.284.543 362.979.084 (43.309.761) 319.669.323 131.438.522 (*)O saldo de terrenos no montante de R$40.356.771 e imobilizações em curso não são depreciados.

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A maioria dos acionistas detentores de ações com direito a voto da Companhia e o Conselho de Administração, através de Carta Compromisso dos Acionistas e de Reunião do Conselho de Administração, respectivamente, autorizaram a contratação de empresa especializada para a elaboração de laudo de avaliação para fins de registro da reavaliação de ativos e, subseqüentemente, aprovaram o laudo de avaliação bem como a contabilização em 30 de sete mbro de 2002 dos valores constantes da avaliação. Ainda segundo a referida Carta de Compromisso, os acionistas da Companhia se comprometeram em convocar Assembléia Geral Extraordinária paraaprovar a contratação da empresa avaliadora bem como o laudo de avaliação dos bens. Os detalhes dessa operação são como segue:

Itens Rio Othon Palace (R$ Mil) Savoy Othon Travel (R$ Mil) Bahia Othon Palace (R$ Mil) Belo Horizonte Othon Palace (R$ Mil) Total (R$ Mil)

Valor contábil antes da reavaliação 83.252 10.799 683 324 95.058

Valor residual ativado 4.453 4.033 8.486

Valor da reavaliação dos terreno (1.970) 424 19.176 3.523 21.153

Valor da reavaliação das edificações 27.958 4.105 54.090 62.821 148.974

Valor da reavaliação do conteúdo 3.003 888 4.472 2.475 10.838

Valor total do acréscimo 28.991 5.417 77.738 68.819 180.965

Valor contábil após a reavaliação 112.243 16.216 82.191 72.852 284.509

Valor dos impostos sobre a reavaliação (9.857) (1.842) (26.431) (23.398) (61.528) Valor do acréscimo no patrimônio líquido 19.134 3.575 51.307 45.421 119.437

Os laudos de avaliação levaram em consideração os valores de mercado para reposição dos respectivos bens. Os prazos estimados de vida útil não se modificaram e os critérios de contabilização foram executados de acordo com a legislação vigente.

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8 – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – CONTROLADORA (NÃO AUDITADA)

O Valor Adicionado gerado pela Companhia em 2002 e 2001 e sua respectiva distribuição estão demonstrados como segue:

Controladora 31.12.2002 31.12.2001

Receitas R$ R$

Vendas de mercadorias e serviços (menos descontos e devoluções) 90.690.631 98.671.613 Provisão para devedores duvidosos – reversão (constituição) (106.142) (499.858)

Não operacionais 14.493.360 475.113

Outras receitas (reversão de impostos e outros custos) .423.023 568.483

Total 105.500.872 99.215.351

(-) Insumos adquiridos de terceiros

Materiais de uso e consumo para a operação 3.434.491 3.109.855

Alimentos, bebidas, e outros materiais e serviços de hospedagem 8.392.058 8.740.694

Serviços públicos e de terceiros 16.359.283 14.916.999

Publicidade, representações e comissões 10.730.284 7.792.091

Manutenção, seguros, transporte e outros 4.321.301 6.412.150

Total 43.237.417 40.971.789

Valor adicionado bruto 62.263.455 58.243.562

(-) Retenções:

Depreciação e amortização 6.941.016 5.736.532

Valor adicionado líquido produzido pela companhia 55.322.439 52.507.030 (+/-) Valor adicionado recebido em transferência:

Resultado da equivalência patrimonial (1.333.142) (716.924)

Receitas financeiras 3.435.459 1.341.903

Provisão para contingências (527.156) (233.495)

Despesas não operacionais (461.240) (332.899)

Provisão para perdas (4.568.249)

Total (3.454.328) 58.585

Valor adicionado líquido a distribuir 51.868.111 52.565.615

Distribuição do valor adicionado:

Mão de obra – pessoal e encargos 25.811.869 27.722.809

Capital de terceiros – arrendamentos e aluguéis para a operação 6.486.478 7.396.906 Capital de terceiros – custo financeiro de empréstimos e outros passivos 6.190.373 4.235.438

Governo – impostos, taxas e contribuições 15.167.556 15.765.886

Governo – custo financeiro do passivo fiscal 14.176.161 12.554.408

Associações de classe 262.413 279.910

Prejuízos acumulados (16.226.739) (15.389.742)

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9 –DESPESAS COM CONTRATOS DE ARRENDAMENTO - CONTROLADORA

A Companhia arrenda hotéis de terceiros, de acionistas e de companhias associadas. As despesas com esses arrendamentos estão apresentadas como segue:

31.12.2002 31.12.2001

Arrendamentos R$ R$

De terceiros 864.345 912.661

De acionistas (pessoa física) 2.318.687 2.521.179 De empresas ligadas 1.469.776 1.364.074

Total 4.652.808 4.797.914

10 – OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS E PREVIDENCIÁRIAS PARCELADAS - CONTROLADORA

Referem-se a diversas obrigações tributárias e previdenciárias, cujos parcelamentos foram obtidos em sua maior parte durante os exercícios de 1999 e 2000, e sua composição em 31 de dezembro de 2002 e seus vencimentos são demonstrados como segue:

Impostos

Total

curto prazo 2004 2005 2006 Após 2006

Total longo prazo R$ R$ R$ R$ R$ R$ ISS 3.903.378 2.319.695 1.134.073 773.231 927.879 5.154.878 ICMS 963.479 905.142 810.640 772.156 4.407.592 6.895.530 Aforamento 194.878 IPTU 738.186 315.178 218.456 533.634 FGTS 176.397 142.892 142.892 142.892 643.018 1.071.694 Outros 167.501 47.611 47.611 Total 6.143.819 3.730.518 2.306.061 1.688.279 5.978.489 13.703.347

11 – APÓLICES DA DÍVIDA PÚBLICA

A Companhia adquiriu em dezembro de 1998 e durante o ano de 1999, apólices da dívida pública (ADP’s) com a finalidade de utilizar esses papéis no pagamento de débitos fiscais. Parte desses títulos foi sujeita à avaliação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e outros órgãos, cujos laudos atribuíram como valor de face para tais títulos o montante de R$31,5 milhões. A Companhia obteve liminar, com tutela antecipada, em ação ordinária, para compensação desses ativos com determinados débitos federais e previdenciários, os quais estavam com exigibilidade suspensa, conseqüentemente, estes títulos, bem como os impostos e contribuições utilizados para compensação foram classificados no realizável e no exigível a longo prazo. No exercício de 2000, conforme mencionado na nota 13, a Companhia optou pela adesão ao Programa REFIS e desistiu da ação de tutela antecipada para garantir a exigibilidade desses títulos e incluiu esses débitos no parcelamento do Programa REFIS.

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12 – PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO FISCAL – REFIS

Em 13 de abril de 2000, a Companhia formalizou sua adesão ao Programa de Recuperação Fiscal – REFIS. A Companhia vem honrando o pagamento das prestações mensais do Programa, correspondente a 1,2% do seu faturamento, e atualizando a dívida pela TJLP conforme estabelece a legislação pertinente, tendo por isso recebido sua certidão de regularidade.

A movimentação dos impostos parcelados – REFIS, no ano de 2002 foi como segue:

Impostos e contribuições Saldos em 31/12/2001 R$ Mil Pagamentos em 2002 R$ Mil Juros em 2002 R$ Mil Saldos em 31/12/2002 R$ Mil Longo prazo R$ Mil INSS 59.958 (555) 4.943 64.952 64.395 IRRF 4.790 (40) 394 5.188 5.148 IRPJ 2.931 (24) 241 3.174 3.150

IRPJ Lease Back 17.608 (208) 1.450 19.078 18.869

CSSL 1.471 (12) 121 1.593 1.581

PIS 6.454 (54) 532 6.990 6.936

COFINS 22.389 (192) 1.842 24.249 24.056

FINSOCIAL 190 (1) 16 206 204

Total 115.791 (1.086) 9.539 125.430 124.339

ISS – São Paulo 1.470 (36) 155 1.629 1.594

Total Geral 117.261 (1.122) 9.694 127.059 125.933

A Companhia vem pagando rigorosamente em dia as prestações formuladas no acordo de parcelamento do Refis, de acordo com a evolução do seu faturamento mensal. De acordo com a legislação que regulamentou do REFIS, a inadimplência por três meses consecutivos ou seis meses alternados, o que primeiro ocorrer, relativamente às referidas parcelas mensais do REFIS ou a qualquer dos tributos ou contribuições abrangidos pelo REFIS, além do FGTS, pode resultar em exclusão do referido programa. As principais conseqüências resultantes de eventual exclusão do REFIS seriam: o vencimento imediato da dívida; a alteração da taxa de atualização do parcelamento de TJLP para a SELIC, desde a data da consolidação dos débitos; e a reconsideração das multas reduzidas dos débitos consolidados.

Os critérios de evolução da dívida do Refis demonstram que há uma acentuada distância entre a diminuição pelos valores pagos e o aumento pela atualização (TJLP), conforme demonstrado acima, onde o montante dos pagamentos foi de R$1.122 mil, enquanto as atualizações totalizaram R$9.694 mil, superando em mais de 8 vezes o volume das baixas por desembolso. Essa diferença está impactando o resultado do período, quando na verdade trata-se de um acréscimo em um passivo que não traz qualquer reflexo para o Caixa da Companhia, já que a amortização é efetuada em função de percentual fixo sobre o faturamento.

13 – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E IMPOSTO DE RENDA DIFERIDO

A Companhia possuía em 31 de dezembro de 2002 prejuízos fiscais a compensar e base negativa de contribuição social, no montante de R$97.903 mil e R$126.352 mil respectivamente, os quais não possuem prazo de prescrição. A Companhia registrou no ativo apenas os créditos apurados até o ano de 2000 e realiza o crédito fiscal diferido ativo na medida em que o imposto de renda e a contribuição social sobre a reserva de reavaliação também sejam realizados. Cálculos internos indicam que os créditos fiscais diferidos serão realizados nos seguintes anos:

Anos 2003 2004 2005 2006

Valores R$ mil 2.387 2.387. 2.387 2.387

Anos 2007 2008 a 2010 2011 a 2013 Total

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14 – IMPOSTOS A RECUPERAR/COMPENSAR

Estão registrados pelos valores pagos relativos: (a) ao Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE), no período de 1989 a 1996, considerados inconstitucionais. A Companhia impetrou ação de inconstitucionalidade e obteve, em novembro de 1997, o direito da tutela antecipada, em primeira instância, permitindo a compensação desses valores com as novas contribuições. O INSS entrou com efeito suspensivo para essa compensação, e a Companhia está aguardando o julgamento do mesmo, para prosseguir a compensação desses valores com as novas contribuições; (b) ao SAT – Seguro de Acidentes de Trabalho, onde a Companhia obteve liminar com tutela antecipada em maio de 1999, para compensar a alíquota excedente a 1%, já que até então praticava a alíquota de 2% para esse encargo; e (c) ao ICMS de São Paulo, representado por depósitos judiciais, que serão compensados com parcelamento já em curso. Os impostos a recuperar cuja utilização está pendente de decisão judicial, são como segue:

31.12.2002 31.12.2001

FNDE 2.286.121 2.286.121

SAT 2.724,376 2.541.508

ICMS – São Paulo 2.047.716

Total 7.058.213 4.827.629

15 –CAPITAL

O capital autorizado da Sociedade é de R$ 38.999.825 e o capital subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2002 é de R$ 31.984.165 e compõem-se de 104.779.173 ações ordinárias e 78.944.947 ações preferenciais, nominativas e sem valor nominal.

16 – FUNDO DE COMÉRCIO

Por ocasião da reavaliação efetuada em 30 de setembro de 2002 (nota explicativa 7), a Companhia teve avaliado o seu GOODWILL para sua unidade hoteleira Rio Othon Palace Hotel em R$16,5 milhões, proveniente basicamente do potencial de sua marca no mercado hoteleiro, que, embora seja um bem intangível, a mais valia desse fundo de comércio possui reconhecimento nacional e internacional. O valor agregado desse ativo não está consignado nas demonstrações contábeis.

17 – SEGUROS

A Companhia possuía, em 31 de dezembro de 2001, apólices de seguros com os seguintes capitais segurados:

Modalidade Importância segurada (R$) Incêndio 175.954.930 Roubo 35.490 Automóveis 695.018 Acidentes Pessoais 558.425 Lucros Cessantes 27.495.000 Riscos diversos 213.507 Total 204.952.370

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18 – PASSIVO CONTINGENTE

a) A Companhia efetuou levantamento de sua dívida perante o Banco do Brasil, proveniente do contrato de arrendamento, através de profissional especializado em Lease Back, cujo relatório final apresenta como conclusão a ocorrência de excessos de pagamento na liquidação das respectivas parcelas, pelo acúmulo excessivo de juros, correção monetária e outros encargos considerados ilegais. Os cálculos apresentados nesse levantamento foram ratificados pelo juiz. A pedido do Banco do Brasil, houve indicação de outro perito para analisar a composição dos cálculos, o qual igualmente comprovou a fidedignidade dos cálculos apresentados. Por essa razão, as demonstrações contábeis de 1997 foram ajustadas, reduzindo-se o passivo perante o Banco do Brasil S.A. no montante de R$14 milhões.

Ganho em 1ª e 2ª instâncias – em 14 de setembro de 2000, a Companhia recebeu sentença favorável, proferida pelo Juízo da 38ª Vara Cível da Comarca da Capital, que julgou procedente em parte o objeto do referido processo, determinando que o Banco do Brasil efetue o ressarcimento à Companhia no montante líquido de R$5,8 milhões, líquido do valor residual do bem financiado e dos honorários advocatícios. Sobre os outros itens reclamados pela Companhia nesse processo, incluindo a retomada dos imóveis arrendados, foi interposto recurso de apelação, a fim de que a ação seja julgada procedente na plenitude do seu conteúdo. Esta ação já foi julgada em 11 de setembro de 2001 pelo tribunal de justiça do Rio de Janeiro, através da 12ª câmara cível, apelação nº2001.001.03918, com a qual não só acatou a sentença de 1ª instância, mas também que a devolução no valor acima informando seja realizada em dobro, o que corresponde em valores atuais a cerca de R$35 milhões.

Trânsito em Julgado – da decisão da 12ª câmara cível o Banco do Brasil recorreu em recurso especial

apenas da dobra do valor, não perpetuando recurso quanto ao mérito, cuja decisão neste particular restou transitada em julgado, que ensejou a sua divulgação de fato relevante que foi publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro e no Diário Mercantil, na data de 13 de agosto de 2002, tendo sido devidamente comunicada à Comissão de Valores Mobiliários e à Bolsa de Valores de São Paulo na data de 12 de agosto de 2002.

A ação judicial envolvendo os prédios do Bahia Othon Palace e Belo Horizonte Othon Palace encontram-se em fase de apreciação pelo Superior Tribunal de Justiça de Brasília do recurso de Agravo de Instrumento manejado contra a decisão que indeferiu o processamento de Recurso Especial interposto pelo Banco do Brasil contra a dobra do valor que será devolvido a Hotéis Othon S.A. em face de não mais discussão quanto a transferência de propriedade dos imóveis para a Hotéis Othon S.A., até mesmo em razão de não ter o Banco do Brasil recorrido dessa parte da sentença, tendo o processo já sido devolvido para a 1ª Instância e sido objeto de agravo de instrumento por parte do Banco do Brasil, cujo desfecho ocorrerá muito provavelmente até o final do 1º semestre de 2003, quando então procederá imediatamente a execução da sentença, objetivando regularizar o registro dos imóveis em seu nome, conforme parte da sentença transitada em julgado.

Sendo, portanto, fato concreto que a Companhia obteve pleno êxito quanto a esse processo, lhe restou reconhecer contabilmente a reintegração dos dois prédios em seus ativos em 30/09/2002, bem como o reconhecimento da restituição a ser recebida do Banco do Brasil. O valor residual do Lease Back foi registrado no passivo. A Companhia reavaliou os referidos imóveis antes de registrá-los na Contabilidade, conforme laudos da empresa Wisconsin Consultores Associados Ltda. Os detalhes dessa operação são como segue:

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Elementos R$

 Valor residual dos imóveis envolvidos 8.486.017

 Valor da reavaliação dos imóveis 146.557.472

 Valor da restituição Banco do Brasil 17.607.694

 Outros encargos da ação 3.278.534

 Valor residual a pagar ao Banco do Brasil 8.486.017

 Valor a Receber do Banco do Brasil 17.607.694

Os detalhes da reavaliação são como segue:

Elementos Bahia Othon

Palace

B. Horizonte Othon Palace

Total

Valor residual Terrenos 1.165.471 214.129 1.379.600

Valor residual Edificações 3.287.991 3.818.426 7.106.417 Reavaliação Terrenos 19.175.529 3.522.871 22.698.400 Reavaliação Edificações 54.090.009 62.821.574 116.911.583

Reavaliação Conteúdo 4.472.443 2.475.046 6.947.489

Total 82.191.443 72.852.046 155.043.489

b) A Companhia também mantém ação contra o Banco do Brasil, no tocante à operação de empréstimo denominada “Resolução 63”, pleiteando os mesmos direitos acima mencionados. Na análise pericial foi constatado que a modalidade de cálculo dos encargos financeiros aplicada pelo réu está de acordo com o que fora pactuado, estando, todavia, em desacordo o procedimento de evolução do saldo devedor, tendo ocorrido uma audiência em 08 de fevereiro de 2001, junto ao Juízo da 15ª Vara Cível. Já foi realizada prova pericial que constatou a existência de pagamento em excesso estando o processo ainda sem sentença;

c) A Companhia também efetuou levantamento de sua dívida perante o Morada Leasing, proveniente do contrato de leasing do imóvel onde está instalado o Hotel Pajuçara Othon, através de profissional especializado, cujo relatório final apresenta como conclusão a ocorrência de excessos de pagamento na liquidação das respectivas parcelas, pelo acúmulo excessivo de juros, correção monetária e outros encargos considerados ilegais. O processo foi julgado, tendo sido favorável em parte à Companhia. Existem recursos da empresa e do Morada Leasing que podem alterar o resultado do processo ainda sem esta definição.

d) A Companhia possui diversos processos de natureza cível, fiscal e trabalhista, decorrentes de operações normais do negócio, que encontram-se em tramitação, alguns ainda em fases preliminares. De acordo com a opinião dos advogados da Companhia, as provisões de contingências contabilizadas referentes a esses processos são suficientes para cobrir possíveis perdas no desfecho final dessas ações.

e) A Companhia impetrou ações de ilegalidade na cobrança do IPTU contra os municípios onde opera com suas unidades hoteleiras, com base em dispositivo constitucional, que não permite a cobrança de alíquotas progressivas e seletivas, que tomam por base a localização e a metragem dos imóveis, indo contra a isonomia tributária. O STF já se pronunciou a respeito desse assunto nos municípios de São Paulo e Belo Horizonte, dando ganho de causa para as empresas reclamantes. A Companhia obteve ganho de causa, em segunda instância, para todas as suas unidades hoteleiras do Rio de

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Janeiro, mas ainda aguarda o trânsito em julgado da sentença. Com base nas expectativas favoráveis na conclusão dessas ações, segundo a opinião da Administração e dos advogados da Companhia, as demonstrações contábeis de 1998 foram ajustadas, reduzindo-se o passivo em R$9,8 milhões e aumentando o resultado do exercício no mesmo valor.

f) As declarações de rendimentos da Companhia estão sujeitas a revisão e eventual lançamento adicional por parte das autoridades fiscais durante o período de cinco anos. Outros impostos, taxas e contribuições estão também sujeitos a essas condições, conforme legislação aplicável.

19 – CAIXA GERADO PELAS OPERAÇÕES (EBITDA)

Apesar de ter a Companhia apresentado resultado operacional negativo, a performance do EBITDA foi positiva, conforme abaixo demontrado:

R$ Resultado antes das despesas financeiras (8.759.535)

Depreciação e amortização 6.941.016

Resultado da equivalência patrimonial 1.333.142 Custos de financiamento bancário – seguro reciprocidade 702.939

Provisões contingenciais 633.440

Total 851.002

20 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os valores contábeis dos instrumentos financeiros ativos e passivos estão semelhantes aos seus valores de mercado, exceto quanto aos seguintes:

Descrição Valor de Mercado R$ Mil Valor Contábil R$ Mil Apólices da Dívida Pública 1.395 31.516

Parcelamento REFIS 10.908 124.339

Os títulos da dívida pública estão valorizados ao valor de venda em 31 de dezembro de 2002. O valor da dívida com o parcelamento do Refis está calculada usando a taxa de juros atribuída a essa dívida (TJLP), de acordo com a Instrução CVM 346/2000. Caso essas rubricas tivessem sido contabilizadas pelo valor de mercado de 31 de dezembro de 2002, o patrimônio líquido da Companhia seria aumentado, após os efeitos do imposto de renda e contribuição social, de R$120.702 mil para R$175.687 mil.

A Companhia vem amortizando suas linhas de crédito de curto prazo, o que diminuiu em 14% o seu passivo bancário em relação ao ano anterior. Ao montante dos financiamentos está agregado o valor de R$4.302 mil, vinculado a uma operação casada de compra de debêntures, conforme abaixo demonstrado:

31/12/2002 31/12/2001

Empréstimos Bancários 12.184.686 9.503.510

Aquisição de debêntures vinculada a empréstimos bancários (4.302.758) 7.881.928 9.503.510

Os empréstimos de longo prazo, no valor de R$3.473 mil, referem-se ao financiamento obtido para a construção de um Centro de Convenções, vinculado ao Hotel Bahia Othon Palace, cujas operações estão previstas para início em março/2003.

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No tocante aos aspectos qualitativos dos fatores de risco de mercado que poderiam afetar os negócios da Companhia, podem ser destacados os seguintes:

a) Risco de crédito – A seletividade e a análise criteriosa da situação financeira e econômica, assim como do histórico de crédito dos seus clientes e ainda o acompanhamento semanal da pontualidade de pagamentos são procedimentos que a Companhia adota de modo a minimizar eventuais problemas de "default". A exposição ao risco de crédito é, desta forma, monitorada com grande rigor, resultando historicamente num prazo médio de faturamento inferior a 20 dias e numa taxa de inadimplência em torno de 1%, o que respalda a política de preservação de créditos adotada pela Companhia.

b) Risco de taxa de câmbio – Sendo pelo menos 1/3 dos negócios da Companhia realizados em dólares americanos e não havendo captação de recursos nem custos diretos em moeda estrangeira, eventuais flutuações negativas na taxa de câmbio terão efeito pouco significativo nos resultados da Companhia.

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PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Aos

Acionistas e Administradores da Hotéis Othon S.A.

Rio de Janeiro - RJ

1. Examinamos os balanços patrimoniais, individuais (controladora) e consolidados, da Hotéis Othon S.A. e controlada, levantados em 31 de dezembro de 2002 e de 2001, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido (controladora) e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.

2. Exceto quanto ao mencionado no parágrafo 3, nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia e de sua controlada; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia e de sua controlada, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.

3. Conforme descrito na nota explicativa 6, as demonstrações contábeis consolidadas referentes aos exercícios de 2002 e de 2001 incluem investimentos em determinadas coligadas diretas e indiretas, que não foram examinadas por nós, nem por outros auditores independentes. Os investimentos consolidados em coligadas diretas e indiretas não auditados em 31 de dezembro de 2002 e a correspondente despesa de equivalência patrimonial do exercício de 2002 montavam R$1.241.978 (R$2.656.609 em 2001) e R$1.293.361 (R$465.687 em 2001), respectivamente.

4. Conforme demonstrado nas notas explicativas 3 e 6, as demonstrações contábeis individuais (controladora) e consolidadas incluem créditos a receber de empresas do grupo em 31 de dezembro de 2002, nos montantes de R$15.438.380 (R$10.580.777 em 2001) e R$17.323.566 (R$11.914.533 em 2001), respectivamente, e as demonstrações contábeis consolidadas também incluem investimentos em coligadas diretas e indiretas em 31 de dezembro de 2002 no valor de R$1.241.978 (R$2.656.609 em 2001). A realização desses créditos e investimentos está vinculada a eventual negociação dos ativos dessas empresas, cujos valores dependem de transações ainda em discussão, e/ou da capacidade financeira dessas coligadas honrarem seus compromissos. As demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2002 contemplam provisão para perda na realização desses créditos e investimentos nos montantes de R$3.555.545 e R$123.648, respectivamente.

5. Conforme descrito na nota explicativa 14, a sociedade possui registrado no ativo impostos a recuperar no montante de R$7.058.213 (controladora e consolidado), relativos a disputas judiciais referentes ao Fundo Nacional para Desenvolvimento da Educação (FNDE), ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT) e ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ainda, em

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anos anteriores, a sociedade com base em autorização judicial, posteriormente revogada, compensou créditos de FNDE e de SAT com impostos e contribuições devidos no montante de R$2.700.000 e R$4.062.000, respectivamente. Consequentemente, o patrimônio líquido foi aumentado em R$13.820.213 e o prejuízo do exercício de 2002 foi reduzido em R$2.047.716. A recuperação desses impostos bem como a validade da redução dos impostos e contribuições a pagar dependem do sucesso da sociedade nas referidas disputas judiciais.

6. Conforme mencionado na nota 11, a sociedade adquiriu em dezembro de 1998 Apólices da Dívida Pública. Esses títulos foram sujeitos a avaliação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os advogados da sociedade entendem que esses papéis poderão ser utilizados no pagamento das dívidas. Dessa forma, a sociedade contabilizou pelo valor de aquisição e posteriormente efetuou reavaliação desses títulos com base nos laudos da FGV até o valor de face determinado por este órgão. Assim, foi registrado no passado um ganho no ativo e no patrimônio líquido no valor de R$30.122.000, baseado na expectativa da utilização desses títulos pelo seu valor de face. As demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2002 e de 2001 não contemplam qualquer provisão para perda na realização desses títulos.

7. Em nossa opinião, exceto quanto aos possíveis ajustes que poderiam resultar (1) dos exames dos investimentos mencionados no parágrafo 3, (2) da realização dos créditos a receber e dos investimentos conforme descrito no parágrafo 4, (3) da recuperação dos impostos a recuperar e da redução do imposto a pagar conforme mencionado no parágrafo 5, e (4) da avaliação dos títulos da Apólice da Dívida Pública, conforme descrito no parágrafo 6, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira individual e consolidada da Hotéis Othon S.A. em 31 de dezembro de 2002 e de 2001, e os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido (controladora) e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

8. A sociedade vem apurando constantes prejuízos operacionais, índices de liquidez negativos e fluxos de caixa operacionais insuficientes. Como conseqüência, ao longo dos últimos anos não tem conseguido honrar diversas obrigações de sua responsabilidade. As projeções atuais de fluxo de caixa indicam que a liquidação das dívidas vencidas depende do sucesso de ação judicial contra o Banco do Brasil, conforme descrito na nota explicativa 18.a, e/ou da captação de recursos de acionistas ou de terceiros. As demonstrações contábeis não incluem quaisquer ajustes que poderiam ser necessários caso se acentuem as dificuldades acima relacionadas.

9. Conforme mencionado na nota 18.a, a sociedade contratou serviços de consultoria externa para que fosse efetuado o recálculo de sua dívida com o Banco do Brasil relacionada ao contrato de lease-back dos hotéis Bahia Othon Palace e Belo Horizonte Othon Palace. Como resultado desse trabalho, a empresa contratada apresentou relatório cuja conclusão indicava ter havido pagamentos em montantes superiores aos valores contratados, devidamente corrigidos. Com base nesse relatório a sociedade impetrou ação contra o credor, a fim de reconhecer seu crédito perante a instituição financeira. Com base nas expectativas favoráveis de realização desse crédito, segundo a opinião da administração e dos advogados da sociedade, as demonstrações financeiras de 1997 foram ajustadas reduzindo-se o passivo no montante de R$14.000.000 e aumentando o patrimônio líquido

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no mesmo valor. A sociedade obteve sentença favorável tendo sido julgado procedente o direito de ressarcimento no valor atualizado de, no mínimo R$17.607.694 (R$5.843.143, líquido do valor residual de outros encargos da demanda judicial).

10. Conforme mencionado na nota 18.a, a sociedade, em face de não mais haver discussão judicial quanto a transferência de propriedade dos imóveis relativos aos hotéis Bahia Othon Palace e Belo Horizonte Othon Palace, reconheceu contabilmente a aquisição dos mesmos no seu ativo imobilizado pelo valor residual garantido previsto nos contratos de “lease-back” de R$8.486.017, bem como a reavaliação de R$146.557.472 dos referidos imóveis. Entretanto, o registro de tais bens junto ao Registro Geral de Imóveis na forma prevista em lei ainda não foi obtido pela sociedade.

11. Conforme mencionado na nota 7, a maioria dos acionistas detentores de ações com direito a voto e o Conselho de Administração, através de Carta Compromisso dos Acionistas e em Reunião do Conselho de Administração, autorizaram a contratação de empresa especializada para a elaboração de laudo de avaliação para fins de registro da reavaliação de ativos e, subseqüentemente, aprovaram o laudo de avaliação bem como a contabilização em 30 de setembro de 2002 dos valores constantes da avaliação. Ainda, segundo a referida Carta de Compromisso, os acionistas se comprometeram em convocar Assembléia Geral Extraordinária para aprovar a contratação da empresa avaliadora bem como o laudo de avaliação dos bens, que será efetuada em conjunto com a Assembléia Geral Ordinária de 2003.

12. Conforme mencionado na nota 18.e, a sociedade entrou com ações de ilegalidade na cobrança do IPTU contra os Municípios para todas as suas unidades hoteleiras, baseada no disposto na própria Constituição Federal. O STF já se pronunciou a respeito desse assunto nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, dando ganho de causa para as empresas reclamantes e, em dezembro de 1998, a sociedade obteve ganho de causa em primeira instância para as suas unidades hoteleiras Leme Hotel e Castro Alves. Com base nas expectativas favoráveis quanto ao desfecho dessas ações, segundo a opinião da administração e dos seus advogados, as demonstrações financeiras foram ajustadas reduzindo-se o passivo no montante de R$9.800.000 e aumentando o resultado do exercício de 1998 no mesmo valor.

13. Conforme mencionado na nota 12, a sociedade em 13 de abril de 2000 aderiu ao programa de recuperação fiscal – REFIS, cuja regulamentação, entre outras condições, prevê que a inadimplência por três meses consecutivos ou seis meses alternados, o que primeiro ocorrer, relativamente às parcelas mensais do REFIS ou a qualquer dos tributos ou contribuições abrangidos pelo REFIS, pode resultar em exclusão do referido programa. As principais conseqüências resultantes de eventual exclusão do REFIS seriam o vencimento imediato da dívida, a alteração da taxa de atualização do parcelamento de TJLP para a SELIC e a reconsideração das multas reduzidas dos débitos consolidados.

Rio de Janeiro, 27 de março de 2003

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Celso de Almeida Moraes

Auditores Independentes Contador

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Senhores Acionistas: Em cumprimento às normas legais e estatutárias, apresentamos a V.Sas. o Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2002, aprovados pelo Conselho de Administração e acompanhados do Parecer dos Auditores Independentes. Análise do resultado: Em 2002 o movimento turístico no Brasil sofreu diversas influências negativas, entre as quais as mais importantes foram: os reflexos ainda presentes da longa crise Argentina, que reduziu drasticamente o fluxo dos seus turistas, um dos mais importantes para a Rede, e a gravíssima crise que atingiu as companhias aéreas em todo o mundo após os eventos de 11 de setembro de 2001 em Nova York, que reduziram eventos e viagens, tanto de lazer como de negócios, num período naturalmente bastante favorável. A estas somaram-se as incertezas quanto à sucessão presidencial, que provocaram uma desaceleração no ritmo de crescimento do país, e a realização da Copa do Mundo na Ásia no mês de junho, que concentrou grande contingente de turistas naquele continente, desaquecendo o turismo interno e externo em um período de alta temporada. Dessa forma, foram concentrados esforços no fluxo turístico doméstico e sulamericano, no sentido de minimizar as perdas que poderiam ter sido catastróficas. Houveram ainda esforços localizados nos Estados Unidos que tiveram êxito na captação de alguns novos clientes que incrementaram o fluxo turístico no segundo semestre do ano, que apresentou uma receita 13% superior ao primeiro. Alcançou-se assim uma modesta redução de apenas , 0,98 ponto percentual na ocupação e de 1,6% na diária média em relação a 2001, o que resultou em uma queda de 8% - R$7,9 milhões - na Receita Bruta. Foram realizados diversos esforços na redução dos custos fixos da Companhia, que resultaram na diminuição de R$2,6 milhões, principalmente em seus gastos com pessoal, líquidos de todos os custos de rescisões, e em suas despesas gerais e administrativas. As despesas com vendas cresceram cerca de R$425 mil, sobretudo em mídia, como parte do esforço de minimizar as perdas mencionadas anteriormente. É importante ressaltar que os incontroláveis aumentos de mais de 30% nas tarifas de energia e água em todo o país resultaram em inaceitável crescimento nessas despesas, no total de R$1,1 milhão. Para fazer frente a esses aumentos, a companhia vem continuamente realizando ações de racionalização de consumo e investindo na melhoria da eficiência de seus equipamentos, o que contribuiu para uma redução de R$575 mil. O Resultado Operacional antes do Financeiro apresentou um prejuízo de R$8,7 milhões. Esse resultado foi portanto fruto basicamente da perda na receita e do aumento da depreciação pela incorporação de novos ativos ao patrimônio (nota 7) a partir do mês de setembro. O resultado financeiro negativo cresceu R$1,3 milhão (R$3,7 milhões em 2001) devido principalmente à elevação do custo financeiro da remuneração do capital de giro. Apesar dessa performance, a Companhia ainda apresenta um EBITDA positivo (nota 19), principalmente em função da despesa de depreciação e do resultado da equivalência patrimonial, que não afetam a composição do caixa gerado pelas operações.Principais investimentos: A Administração continuou a dar, em 2002, prioridade à modernização das principais unidades hoteleiras. Alguns investimentos foram financiados com recursos próprios e financiamentos diretos, tais como as instalações de novos elevadores nos hotéis Savoy Othon Travel, Olinda Othon Classic e Rio Othon Palace, as reformas em algumas unidades hoteleiras e outros investimentos em tecnologia, cujo montante foi de R$2,5 milhões. Foram financiados com recursos do BNDES através do Desenbahia no montante equivalente a 70% do valor do empreendimento de R$5,4 milhões, a reforma dos apartamentos e a construção de um novíssimo Centro de Convenções no Bahia Othon Palace, em Salvador, anexo ao prédio do referido hotel, com capacidade para 1.100 pessoas, que entrará em operação em abril de 2003. A Rede de Hotéis ampliou-se de forma significativa em 2002, com a inclusão de 444 novos quartos. Foram incorporados à nossa Rede de Comercialização os hotéis Claridge Othon Palace (161) na cidade de Buenos Aires; Rochambeau Othon Classic (50), Waldorf Madeleine Othon Classic (45) e Chateaubriand Othon Classic (28), na cidade de Paris; Iracema Othon Travel (140), na cidade de Fortaleza e Jungle Othon Palace (20), que é um

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hotel-balsa, localizado no Rio Negro, na Amazônia, com padrão internacional. Conforme detalhado na nota 17a, a Companhia agregou ao seu ativo os prédios onde estão instalados os hotéis Bahia Othon Palace e Belo Horizonte Othon Palace, cujo valor reavaliado em 30/09/2002 foi de R$155 milhões, aumentando consideravelmente o seu patrimônio líquido. Prosseguindo com o aprimoramento e qualificação da força de trabalho em seus diferentes níveis, foram realizadas 66.943 horas de treinamento, envolvendo 6.473 participantes, no desenvolvimento operacional e gerencial. Impostos: Os expressivos parcelamentos de passivos fiscais, referentes a diversos tributos federais, estaduais e municipais, têm sido valiosos na administração do capital de giro, já que grande parte do montante das dívidas de curto prazo foi renegociada em número de prestações substancialmente maior que a média normalmente concedida, sendo o excedente a 12 parcelas registrado no longo prazo. É importante ressaltar que esses parcelamentos apresentam significativa redução no biênio 2003-2004 (nota 10). Deve-se lembrar ainda que a dívida parcelada de tributos federais, através do Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, apresenta uma amortização mensal igual a 1,2% do Faturamento da Empresa, desvinculando o pagamento da dívida do seu valor total e atrelando-o ao resultado econômico real da empresa. Esse fato, reduz significativamente o impacto da correção dessa dívida no caixa da empresa, uma vez que, da correção de R$9,7 milhões apenas R$1,1 milhão são efetivamente pagos (nota 12). Perspectivas: O primeiro trimestre de 2003 permite antever resultados muito bons para a Companhia. A excelente receita de Reveillon, o aumento bastante significativo das reservas para a alta estação e o carnaval, que acontece no início de março, alongando as viagens de férias, são fortes indícios de receitas crescentes e superiores a 2002. Aliadas às reduções de custos e despesas realizadas e ao aumento de tarifas praticado, a expectativa da Administração é de significativa melhora nas margens de lucro nesse período. É ainda importante ressaltar a crescente recuperação do tráfego internacional, principalmente dos Estados Unidos, da Itália, do Extremo Oriente e da América do Sul. A significativa melhora da situação econômica do Brasil perante o mercado também tem se feito sentir no fechamento de novos contratos e eventos para 2003. No entanto, uma ressalva deve ser feita com relação à guerra entre Estados Unidos e Iraque. Este evento tem prognósticos e conseqüências desconhecidas, não permitindo qualquer previsão quanto ao mercado turístico e de negócios para prazos maiores que três meses.Proposta à Assembléia Geral: a) aprovação das Demonstrações Contábeis e destinação do resultado do exercício; b) fixação da remuneração anual dos administradores; c) eleição dos membros do conselho de Administração para o biênio 2003/2005; d) aprovação da reavaliação dos imóveis e conteúdo em AGE; e) outros assuntos de interesse da Companhia. Agradecimentos: A administração da Companhia não poderia deixar de registrar os agradecimentos aos seus acionistas, funcionários, clientes, fornecedores, comunidade financeira e a todos que contribuíram para o engrandecimento de nossa Sociedade. Rio de Janeiro, 27 de março de 2003.

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