O Salão do Automóvel, realizado em São Paulo, é o principal evento no Bra-sil para as marcas do segmento no país. E, além de apresentar os mais moder-nos modelos de carros, as companhias desse mercado têm usado a data para promover ativações de seus patrocí-nios no esporte, sem necessariamente estar ligado ao automobilismo.
A Nissan deu alguns exemplos de
possibilidades para o Salão do Auto-móvel. A empresa levou convidados e jornalistas para o estande da marca no evento. E, para recebe-los, contou com a presença de uma série de atle-tas que fizeram parte do time da marca durante os Jogos Olímpicos de 2016, patrocinado pela companhia japonesa.
E não foram só os Jogos Olímpicos lembrados pela Nissan. O foco da
em-Salão do Automóvel vira
palco para ativações
POR DUDA LOPES B O L E T I M
NÚMERO DO DIA
EDIÇÃO • 631 QUARTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO DE 2016
Medalhistas olímpicos foram ao Salão do Automóvel
pela Nissan. Empresa usou o evento mais uma vez
para fazer referência à participação da
marca nos Jogos do Rio 2016. Audi, Mitsubishi e outras companhias também fizeram ativações. O F E R E C I M E N T O
17mi
De reais receberá o
campeão brasileiro deste
ano, anunciou a CBF.
O valor é R$ 7 milhões
superior à premiação
dada em 2015.
WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR
2
AEG RENOVA COM
NOVA ZELÂNDIA
A seguradora AIG ampliou seu contrato com os All Blacks, a seleção de rúgbi da Nova Zelândia, por mais seis anos. A atual campeã mundial da modalidade tem a empresa como parceira desde 2012. Os valores financeiros do novo acordo não foram divulgados.Pelo contrato, a empresa será apoiadora da seleção de rúgbi, rúgbi 7 e a seleção sub-20, entre outras equipes vinculadas à federação.
CBF DOA CAMISA
A REINALDO
A CBF Social promoveu nesta terça-feira (dia 8) a entrega de uma camisa da seleção brasileira autografada por todos os jogadores convocados pelo técnico Tite para os dois próximos jogos das eliminatórias, contra Argentina e Peru, ao Servas (Serviço Voluntário de Assistência Social).
O embaixador do projeto, o ex-atacante do Atlético-MG Reinaldo, será quem irá oferecer a peça.
PACQUIÃO ASSINA
COM ANTA
Depois de ter seu contrato rescindido com a Nike, o pugilista Manny Pacquiao assinou contrato com a empresa de material esportivo chinesa Anta. A duração do contrato e os valores não foram revelados.
O filipino teve sua relação com a Nike rompida após fazer comentários homofóbicos e se mostrar publicamente contrário ao casamento gay. Atleta e Nike mantinham acordo desde 2006.
presa no Salão do Automóvel é a interatividade com o públi-co, com atrações como test-drive e simuladores. Uma delas, em específico, faz uma brincadeira com o futebol e um dos carros da companhia. O Pênalti Kicks é um simulador de penalidades máximas com referências à Liga dos Campeões da Europa, outro patrocínio dos asiáticos.
A Nissan não será a única que usará atletas patrocinados, por sinal. A Mitsubishi levará alguns nomes do esporte para o estan-de da marca. Ligada a modalidaestan-des estan-de aventuras, a companhia apostará em atletas do segmento para fazer relacionamento com os consumidores. Estão confirmados, por exemplos, os sur-fistas Gabriel Medina e Maya Gabeira.
Houve também quem arriscasse mais. A Audi, também na ter-ça-feira, chamou o skatista Bob Burnquist para saltar sobre um dos novos carros da marca.
O automobilismo, claro, não será ignorado no Salão do Au-tomóvel. A Peugeot, por exemplo, já anunciou que colocará o 3008 DKR de competição em exposição para o público. O veícu-lo foi o campeão do Rali Dakar deste ano.
Essa não é a primeira vez que o Salão do Automóvel é usado como plataforma de ativação de aportes esportivos. Em 2014, diversas marcas usaram o evento como aquecimento aos Jogos Olímpicos de 2016. A própria Nissan usou a exposição para fazer decorações em referência às disputas no Rio de Janeiro.
Ela não esteve sozinha. A Jac Motors usou o evento para ativar o rúgbi e apresentou carro com a seleção brasileira da modalida-de. Já a Land Rover usou o aporte ao tenista Bruno Soares para fazer relacionamento com jornalistas e convidados.
WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR
Por que patrocinar o esporte? Essa pergunta, invariavelmente, é feita por uma empresa que vai analisar de for-ma métrica o retorno do investimento que é feito numa ação de patrocínio.
Ainda mais num período de corte de custos, quase sempre é a corda do es-porte uma das primeiras a arrebentar ao se escolher onde parar de investir.
Como fazer isso ser diferente? A reportagem principal de hoje do Boletim mostra que o caminho para o esporte não deixar de ser investimento da marca é ele começar a fazer parte da
rotina de ações de ativação da marca. Nesta semana tem início o Salão do Automóvel de São Paulo, um dos maiores que há no mundo. As marcas investem bastante dinheiro para ter o mínimo de atenção do consumidor.
Desde o começo do mês, temos re-cebido diversos materiais de divulga-ção que falam sobre ações das monta-doras envolvendo o esporte no Salão. O segmento automotivo é um dos que mais dinheiro injeta no esporte. A partir do momento em que as marcas entendem que isso precisa ter retorno
para além do momento da competi-ção esportiva, a cadeia toda se fortale-ce e passa a fazer mais sentido investir. Um dos melhores legados do Brasil pós-megaeventos é o de que as marcas perceberam que tem de se ter muito trabalho quando patrocina o esporte.
Só assim para, quando invariavel-mente surgir aquela pergunta sobre qual o sentido de fazer um patrocínio, você nem precisar dar uma resposta muito longa para o seu chefe.
Marcas precisam colocar esporte
dentro de rotina das ações
Mesmo em baixa no Brasileirão, o Corin-thians permanece na liderança entre os clubes de futebol mais valiosos da América em levan-tamento promovido pela Forbes do México.
Segundo a publicação, o atual campeão bra-sileiro vale US$ 532,7 milhões (R$ 1,7 bilhão). Algumas das razões para isso são a base de mais de 30 milhões de torcedores, o contrato de TV mais alto do Brasil e a Arena Corinthians, inaugurada em 2014, às vésperas da Copa do Mundo da Fifa no Brasil.
A segunda posição pertence ao Palmeiras, líder do Brasileirão. O time do Allianz Parque vale US$ 480,1 milhões. Outros times brasilei-ros aparecem bem cotados na lista da Forbes.
O Grêmio é o terceiro colocado, com valor de US$ 320,9 milhões impulsionado, em grande parte, pela inauguração de sua nova arena.
Atrás deles aparecem São Paulo (11º lugar, com US$ 188,3 milhões), Internacional (17º, com US$ 158,7 milhões), Atlético-PR (25º, US$ 141,5 milhões), Flamengo (27º, US$ 128,3 mi-lhões), Santos (34º, US$ 111,7 mimi-lhões), Cruzei-ro (38º, US$ 102,5 milhões), Atlético-MG (39º, US$ 99,1 milhões), Fluminense (43º, US$ 75,4 milhões), América-MG (45º, US$ 66,3 milhões) e Sport Recife (50º, US$ 51,4 milhões).
Os Estados Unidos, que recentemente de-senvolveu a MLS, é o país com mais clubes en-tre os 50 mais valiosos, com 17 equipes.
Corinthians é time mais valioso das
Américas em levantamento de Forbes
4
POR REDAÇÃO
O P I N I Ã O
POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte
A NBA acertou parceria com o canal infantil Cartoon Network. Até 4 de dezembro, as principais atra-ções da emissora irão mostrar suas habilidades com a bola laranja. É o NBA Jam, ação da liga norte--americana de basquete e do canal fechado, que terá episódios temá-ticos de basquete diariamente.
“Sempre pensamos em maneiras divertidas e relevantes de entreter as crianças. Dessa vez contamos
com estrelas do basquete, em pes-soa e em suas versões animadas”, afirmou Daniela Vieira diretora sê-nior de conteúdo do canal.
As ações irão aparecer em alguns dos desenhos mais populares, como em Hora de Aventura, O In-crível Mundo de Gumball, O Show dos Looney Tunes, Apenas Um Show, Ursos Sem Curso, Os Jovens Titãs em Ação, Clarêncio, O Oti-mista e Meninas Superpoderosas.
Como parte da promoção do ‘NBA Jam’, serão veiculadas cha-madas com personagens do canal e jogadores da NBA em lances inu-sitados e divertidos da temporada, além de mensagens dos brasileiros Marcelinho Huertas (Los Angeles Lakers), Tiago Splitter (Atlanta Ha-wks) e Cristiano Felício (Chicago Bulls), convidando meninos e me-ninas para ficarem ligados. A ação acontece no Brasil e em outros pa-íses da América Latina, como Mé-xico, Argentina, Chile e Colômbia.
“Temos olhado com muito cari-nho para meninos e meninas dessa faixa etária, promovendo também algumas plataformas e projetos, como o Camps e o Jr. NBA, com um retorno bastante positivo. Ações como o ‘NBA Jam’ nos dão a chance de aproximar o esporte ainda mais do público infantil, mes-clando o carisma dos personagens e a alegria do basquete”, comen-tou Arnon de Mello, vice-presiden-te da NBA para a América Latina.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
NBA latino-americana acerta
parceria com Cartoon Network
O Palmeiras está próximo de conquistar o título do CaCom intenção de crescer no mercado norte--americano, Hankook acertou o patrocínio de nove equipes da NBA. Brooklyn Nets, Chicago Bulls, Dallas Mavericks, Denver Nuggets, Los Angeles Clippers, Miami Heat, Milwaukee Bucks, San An-tonio Spurs e Utah Jazz irão incorporar a fábrica
sul-coreana de pneus entre seus parceiros oficiais. A Hankook ocupa a vaga que era da concorrente Kumho Tyre como parceira da NBA. Além da liga de basquete, a multinacional também é patrocina-dora da MLB. “Como marca global, estamos ven-do um crescimento significativo nos EUA”, afirmou Hee Se Ahn, presidente da Hankook Tyre America.