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CAPÍTULO - 1 ESTUDO DOS COMPONENTES EMPREGADOS EM ELETRÔNICA DE POTÊNCIA (DIODOS E TIRISTORES)

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CAPÍTULO - 1

ESTUDO DOS COMPONENTES EMPREGADOS EM

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA (DIODOS E TIRISTORES)

1.1

-

O

D

IODO

1.1.a - Diodo Ideal

O diodo ideal está representado na figura 1.1.

-C F vF + A i

Fig. 1.1 - Representação do diodo ideal.

A sua característica tensão corrente está representada na figura 1.2.

iF

vF

(2)

Para tensões vF > 0, o diodo apresenta resistência nula. Para tensões vF < 0, ele apresenta

resistência infinita. Assim o diodo ideal, quando polarizado diretamente, não apresenta nenhuma perda de energia. Quando polarizado inversamente, é capaz de bloquear uma tensão infinita. Tais características são as de um interruptor ideal.

1.1.b - Característica Estática de um Diodo Real

A característica estática de um diodo real está representada na figura 1.3.

Tal característica é estabelecida experimentalmente para cada diodo. Em condução, ele é representado por uma força-eletromotriz V(TO) associada em série com uma resistência rT. A

equivalência está representada na figura 1.4.

iF vF V(TO) VRRM IR 1 rT

Fig. 1.3 - Característica estática de um diodo real.

-C

F

v

F F

+

A

i

i

A

V

(TO)

+

C

r

T

-v

F

Fig. 1.4 - Circuito equivalente de um diodo.

A tensão reversa máxima que o diodo pode bloquear é limitada. Na figura essa tensão está representada por VRRM. Tensões superiores a esse valor são destrutivas para o componente,

(3)

porque ele entra em condução, mantendo a tensão elevada e conseqüentemente gerando grande quantidade de calor na junção.

Constata-se também que, quando polarizado inversamente, circula no diodo uma corrente de baixo valor.

A título de exemplo, estão apresentados abaixo alguns dados de um diodo de potência, obtidos em catálogo de fabricante.

Diodo : SKN20/08 VRRM = 800V

V(TO) = 0,85V

rT = 11m

Corrente média  20A (para Tcápsula = 125 o

C) IR = 0,15mA

1.1.c - Perdas em Condução

Quando o diodo encontra-se em condução, a potência que nele é perdida e convertida em calor é dada pela expressão (1.1).

PV(TO)IDmedr IT Def2 (1.1) Onde:

IDmed = Valor médio da corrente.

IDef = Valor eficaz da corrente.

A expressão (1.1) é genérica, podendo ser empregada para qualquer forma de onda.

1.1.d - Características Dinâmicas dos Diodos

Inicialmente serão analisados os fenômenos associados ao bloqueio de um diodo. Seja a estrutura representada na figura 1.5.

I

iF D L L

iS S E

Fig. 1.5 - Circuito para o estudo da comutação de um diodo.

Inicialmente o interruptor S encontra-se bloqueado. Na malha LD circula a corrente IL

(4)

Na figura, representa a indutância parasita do circuito. Quando S é fechado, a corrente do indutor L é transferida do diodo para S. Essa mudança de um ramo para outro chama-se comutação.

Na comutação mostrada o diodo se bloqueia.

As seqüências do bloqueio estão descritas nas figuras 1.6 e 1.7.

C representa a capacitância de recuperação do diodo. Qrr representa a carga armazenada

em C quando o diodo está conduzindo.

Durante a comutação a corrente IL será considerada constante. Assim:

iSiF IL (1.2) C + -Qrr iF I iD D L L iS S E

Fig. 1.6 - Estudo da comutação do diodo.

Após S ser fechado, a corrente iF começa a decrescer. A sua velocidade de

decrescimento depende de E e segundo a relação (1.3). di

dt

E F  

 (1.3)

Após a corrente no diodo ideal ter se anulado, ocorre a descarga do capacitor C. Nesse intervalo a corrente iD torna-se negativa, até que Qrr seja toda evacuada (Figura 1.7).

IRM I D -+ vD IRM L L IL I S RM E

Fig. 1.7 - Estudo da comutação do diodo.

Quando Qrr se anula, o diodo se bloqueia. O indutor provoca uma sobretensão sobre o

diodo, que pode ser destrutiva. Essa sobretensão pode ser evitada se for colocado um circuito RC em paralelo com o diodo. As formas de onda estão representadas na figura 1.8.

(5)

iF IL tr t t ri rr t E t3 t2 t1 t0 VD IRM Vpico Qrr di dt E F  

Fig. 1.8 - Tensão e corrente em um diodo durante o bloqueio.

Pode-se obter os valores de trr e de IRM com o emprego das expressões empíricas (1.4) e

(1.5). t Q di dt rr rr F        3 (1.4) I Q di dt RM   rr F   4 3 (1.5)

O valor de Qrr é dado pelo fabricante do diodo. O valor de diF dt depende do circuito e

é estabelecido pelo projetista.

Segundo as expressões (1.4) e (1.5) tanto o tempo de recuperação do diodo quanto o pico da corrente inversa dependem de Qrr. Quanto menor Qrr, mais rápido será o diodo.

Os diodos, quanto à velocidade de recuperação, são classificados em rápidos, ultra-rápidos e lentos. Por exemplo, para correntes até 50A e tensões de 500V, os diodos ultra-rápidos apresentam trr menores que 200ns e os diodos ultra-rápidos apresentam trr menores que 70ns. Os

diodos comuns, empregados em retificação de baixa freqüência apresentam trr superiores a 1s.

No circuito apresentado na figura 1.5 não há uma impedância que limite o valor de pico da corrente inversa. No circuito representado na figura 1.9 a corrente inversa é limitada pelo resistor r. D r L S E

(6)

A forma de corrente do diodo está apresentada na figura 1.10. iF trr t IRM di dt F

Fig. 1.10 - Corrente do diodo para a figura 1.9. Para o caso da figura 1.9 são empregados as seguintes expressões:

I E r RM  (1.6) t Q I I di dt rr rr RM RM F  0,63 ( ) (1.7)

Serão considerados a seguir os fenômenos associados à entrada em condução de um diodo.

Seja o circuito representado na figura 1.11.

E

F

vF i

R

Fig. 1.11 - Circuito para o estudo da comutação do diodo.

Com o circuito apresentado pode-se impor no diodo a corrente cuja forma está representada na figura 1.12. iF vF t Io t FP V VF 2V rf t RD t di dt F

(7)

Verifica-se a existência de um certo tempo para que o diodo entre em condução. É o tempo de entrada em condução e pode variar de 0,1 a 1,5s. O valor de pico da tensão em alguns casos pode alcançar valores próximos de 40V.

O que explica o atraso e a sobretensão é a existência de uma variação da resistência do diodo, mostrado na figura 1.12.

Os fenômenos mostrados só aparecem quando o diodo é atacado por uma fonte de corrente.

A experiência mostra que nos circuitos de baixa tensão, onde o diodo não pode ser atacado em corrente, o diodo introduz no circuito um atraso considerável na corrente.

Como no caso do bloqueio, o emprego de diodos rápidos reduz o valor de VFP e do

tempo de entrada em condução trf.

1.1.e - Perdas na Comutação

As perdas nos diodos na entrada em condução são representadas pela expressão (1.8).

P10 5, (VFPVF)I to rf f (1.8)

Para freqüências inferiores a 40KHz essas perdas podem ser ignoradas. As perdas que ocorrem no bloqueio são calculadas com a expressão (1.9).

P2Q E frr (1.9)

Sendo f a freqüência das comutações e E a tensão aplicada no diodo após a comutação.

1.1.f - Emprego dos Diodos Rápidos

Há um grande número de aplicações em que o emprego do diodo rápido é de grande interesse ou mesmo indispensável. Em seguida serão apresentados alguns casos típicos.

a) Retificação a freqüência elevada

Nesses casos o emprego de diodos rápidos diminui as perdas nas comutações e diminui a rádio-interferência.

b) Conversores a transistor

Tome-se como exemplo a estrutura apresentada na figura 1.13.

Quando o transistor entra em condução, o diodo inicialmente em condução se bloqueia. A corrente de pico inversa do diodo circula pelo transistor. Se o diodo não for rápido, tal corrente pode ser destrutiva para o transistor.

(8)

D

I

T E

Fig. 1.13 - Circuito que utiliza um diodo rápido.

1.2

-

O

T

IRISTOR

1.2.a - Tiristor Ideal

O tiristor ideal está representado na figura 1.14. Além do anodo e do catodo, possui o gatilho, que é utilizado para o disparo.

-C

T

v

T

i

G

+

A

i

Fig. 1.14 - Representação do tiristor ideal.

A característica estática ideal do tiristor está representada na figura 1.15.

iT

vT

1 2

3

Disparo

Fig. 1.15 - Característica estática ideal do tiristor.

O tiristor sem corrente de gatilho é representado na figura 1.15 pelas retas 1 e 2. Assim sendo, ele bloqueia tanto as tensões positivas quanto as negativas. Com corrente de gatilho, ele passa a ser representado pelas retas 1 e 3, assumindo portanto a característica de um diodo. Por isto é denominado também de diodo controlado. Em inglês é também conhecido por SCR (“Silicon Controlled Rectifier”).

(9)

1.2.b - Característica Estática Real dos Tiristores.

A exemplo do diodo, a característica real do tiristor apresenta modificações importantes em relação à característica ideal. Tais modificações podem ser verificadas na figura 1.16.

As tensões máximas que o tiristor consegue bloquear, tanto direta quanto inversa, são limitadas. iT vT VAKM VRM 1 2 3

Fig. 1.16 - Característica estática real de um tiristor. Curvas 1 e 2 - Sem corrente de gatilho. Curvas 1 e 3 - Com corrente de gatilho.

As demais não idealidades já mencionadas para o diodo são também válidas para o tiristor. Em condução o tiristor é também representado por uma força-eletromotriz em série com uma resistência, como está representado na figura 1.17.

-C

T

v

T T

+

A

i

i

A

V

+

T(TO)

C

r

T

-v

T

Fig. 1.17 - Circuito equivalente do tiristor.

1.2.c - Perdas em Condução

(10)

PVT TO( )ITmed r IT Tef2 (1.10) Onde:

ITmed e ITef são os valores médio e eficaz da corrente que o tiristor conduz.

1.2.d - Características Dinâmicas dos Tiristores

Inicialmente será estudado o comportamento do tiristor no disparo. Seja o circuito representado na figura 1.18. O tiristor encontra-se inicialmente bloqueado. No instante to o

interruptor S é fechado. R T + T v -S VG iG E

Fig. 1.18 - Circuito para o estudo do disparo do tiristor. As formas de onda estão representadas na figura 1.19.

vG t t IG iG G 10% I vT 90% E 10% E t tr td ton

Fig. 1.19 - Formas de onda relativas ao disparo do tiristor. São empregadas as seguintes denominações:

ton - tempo de fechamento.

td - tempo de retardo.

(11)

ton td tr (1.11) O tempo de retardo, que é o maior componente do tempo ton, depende:

a) da amplitude da corrente de gatilho;

b) da velocidade de crescimento da corrente de gatilho. O tempo tr independe da

corrente de gatilho. Em geral o valor de ton é superior a 1s e inferior a 5s.

Na figura 1.20 estão representadas duas correntes de gatilho com formas diferentes. i

t G

1 2

Fig. 1.20 - Formas da corrente de gatilho. Curva 1 - Disparo lento.

Curva 2 - Disparo rápido.

A seguir será considerado o comportamento do tiristor no bloqueio. Seja a estrutura representada na figura 1.21.

R S

E2 T iT

E1

Fig. 1.21 - Circuito para o estudo do tiristor no bloqueio.

Inicialmente o interruptor S encontra-se aberto. O tiristor T encontra-se em condução. Para iniciar o bloqueio de T, S é fechado. Os fenômenos associados ao bloqueio são semelhantes àqueles já descritos para o diodo. As formas de onda estão representadas na figura 1.22.

(12)

E1 iT tq tinv t1 t0 VT IRM E2 t Qrr 2 E + V

Fig. 1.22 - Formas de onda relativas ao bloqueio do tiristor.

No instante t1 o interruptor S é novamente aberto. O tiristor encontra-se bloqueado e

retém a tensão E1.

O tempo tq é especificado pelo fabricante do tiristor. É denominado tempo mínimo de

aplicação de tensão inversa. Para que o tiristor readquira o poder de bloqueio é necessário, após a sua corrente ter-se anulado, aplicar uma tensão inversa durante um tempo superior a tq.

Quando se trata de comutação forçada, o tempo tq é um dado fundamental. Quanto

menor o tq, melhor é o tiristor. Poderá operar com freqüências mais elevadas, com menores

perdas na comutação e com circuitos auxiliares de comutação forçada de menor custo.

Infelizmente o tiristor não pode ser comandado pelo gatilho no bloqueio. Esse é o seu maior ou talvez único inconveniente. Atualmente estão sendo produzidos os GTO’s (“Gate Turn-Off Thyristors”) que podem ser bloqueados pelo gatilho. Para os tiristores rápidos tem-se:

10s < tq < 200s

1.3

-

C

ÁLCULO

T

ÉRMICO

1.3.a - O Problema

A corrente que circula no componente produz calor, tanto na condução quanto na comutação. Esse calor gerado deve ser transferido para o ambiente. Caso contrário a temperatura da junção se eleva acima dos limites máximos permitidos e provoca a inutilização do componente. A corrente máxima e portanto a potência máxima que um diodo de potência ou tiristor pode processar é limitada apenas pela temperatura da junção.

(13)

Assim, a determinação do dissipador e das perdas em um componente é de importância prática fundamental.

1.3.b - Cálculo Térmico em Regime Permanente

Para o cálculo térmico será empregado o circuito equivalente representado na figura 1.23. P Rj c Rcd Rda Ta Td Tc Tj

Fig. 1.23 - Circuito térmico equivalente de um componente.

As grandezas representadas na figura 1.23 são definidas do seguinte modo: Tj - temperatura da junção (oC).

Tc - temperatura da cápsula (oC).

Td - temperatura do dissipador (oC).

Ta - temperatura ambiente (oC).

P - potência térmica produzida pela corrente que circula no componente e sendo transferida ao meio ambiente (W).

Rjc - resistência térmica entre a junção e cápsula (oC/W).

Rcd - resistência térmica entre o componente e dissipador (oC/W).

Rda - resistência térmica entre o dissipador e o ambiente ( o

C/W). Rja - resistência térmica entre a junção e o ambiente (

o

C/W).

Rja RjcRcd Rda (1.12)

A equação empregada para o cálculo térmico de um componente é a seguinte:

TjTa RjaP (1.13)

Existe uma analogia com um circuito elétrico resistivo, representado na figura 1.24.

R

V2

I

V1

(14)

O objetivo do cálculo térmico é evitar que a temperatura máxima da junção alcance valores próximos da máxima temperatura permitida.

É adotado o seguinte procedimento:

a) P - é calculado a partir das características do componente e da corrente que por ele circula.

b) Tj - fornecida pelo fabricante do componente.

c) Ta - valor adotado pelo projetista.

d) com a expressão (1.14) determina-se a resistência térmica total.

R T T

P ja

j a

  (1.14)

e) com a expressão (1.15) determina-se a resistência térmica do dissipador.

As resistências térmicas Rjc e Rcd são fornecidas pelo fabricante do componente (diodo

ou tiristor).

Rda RjaRjc Rcd (1.15)

Com um catálogo de dissipadores pode-se escolher o mais conveniente. Caso o valor encontrado não seja comercial, deve ser escolhido o valor menor mais próximo.

1.3.c - Transitório - Conceito de Impedância Térmica

Seja um diodo no qual não circula corrente para t < to. A sua temperatura de junção é

igual à temperatura ambiente Ta.

No instante to começa a dissipar uma potência constante P. A capacidade térmica do

componente impede que a temperatura cresça abruptamente. Ela cresce exponencialmente como está representado na figura 1.25.

T

j

P

t

o

t

T

a

T

(15)

A diferença de temperatura instantânea é dada pela expressão (1.16).

TZ Pt (1.16)

Onde Zt representa a impedância térmica, que é variável com o tempo.

Seja o circuito térmico equivalente incluindo a capacidade térmica, representado na figura 1.26. P C P P1 P R Tj 2 Ta Fig. 1.26 - Circuito térmico transitório.

PP1P2 (1.17) R P C P dt Tj Ta T 2 1 1 

   (1.18) RdP dt P C 2 1 (1.19) Assim: RdP dt P C P C 2 2 (1.20) dP dt P RC P RC 2 2 (1.21) Resolvendo-se a equação (1.21) obtém-se a equação (1.22).

T P R e Z t RC t             1 (1.21)

A dedução feita adota algumas simplificações.

O valor exato de Zt é fornecido pelo fabricante do componente.

O conceito de impedância térmica é muito importante quando o componente funciona com correntes impulsivas (grande intensidade e curta duração).

Convém salientar que a impedância térmica é análoga à impedância elétrica, grandeza muito conhecida na teoria de circuitos elétricos.

(16)

1.4

-

C

URVAS PARA

C

ÁLCULO

T

ÉRMICO DE

D

IODOS E

T

IRISTORES

a) Diodos

(a) (b)

Fig. 1.27.a - Potência dissipada PFmed em função da corrente direta média Imed, para corrente contínua pura (cont.), para meia-onda senoidal (sin.180) e para ondas retangulares (rec.60) e (rec.120). Fig. 1.27.b - Temperatura da cápsula Tc em função da temperatura ambiente Ta para diferentes

resistências térmicas Rthca.

Fig. 1.28 - Impedância térmica transitória Z(th)t para corrente contínua pura, em função do tempo t. A impedância térmica para correntes impulsivas Z(th)p, é obtida pela soma dos valores dados pela tabela

(17)

b) Tiristores

(a) (b)

Fig. 1.29.a - Potência dissipada PTmed em função da corrente média ITmed, para diferentes ângulos de condução, para correntes senoidais.

Fig. 1.29.b - Potência dissipada PTmed em função da temperatura ambiente Ta, para diferentes resistências térmicas totais junção-ambiente, Rthja.

Fig. 1.30 - Potência dissipada PTmed em função da corrente média ITmed, para diferentes ângulos de condução, para correntes retangulares.

(18)

Fig. 1.31 - Resistência térmica entre junção e a cápsula, Rthjc, em função do ângulo de condução para correntes senoidais e retangulares. Para corrente contínua pura, deve ser tomada Rthjc cont.

Fig. 1.32 - Impedância térmica em função do tempo. As curvas são interpretadas como as da figura 1.28. Para tempos grandes a impedância térmica tende assintoticamente para um valor constante igual a

resistência térmica em regime permanente. Para tempos pequenos a impedância depende do dissipador empregado e das condições de ventilação.

Na tabela é dada a resistência térmica cápsula-ambiente Rthca para vários dissipadores,

(19)

c) Relação de Dissipadores Semikron **

DIODOS DISSIPADORES Massa

Resistência Térmica (Incluindo a Resistência de contato

cápsula-dissipador Aproximada Convecção Natural Ventilação Forçada 6m/s SKN12, SKR12 K9 - M4 50g 10,5oC/W - SKN20, SKR20 SKN26, SKR26 SKNa20 K9 - M4 K5 - M6 K3 - M6 K1,1 - M6 50g 100g 200g 700g 9,5oC/W 5,7oC/W 3,8oC/W 2,2oC/W - - - - SKN45, SKR45 SKN70, SKR70 K5 - M8 K3 - M8 K1,1 - M8 P1/120 - M8 100g 200g 700g 1300g 5,0oC/W 3,0oC/W 1,3oC/W 0,85oC/W - - 0,60oC/W 0,40oC/W SKN100, SKR100 SKN130, SKR130 K3 - M12 K1,1 - M12 P1/120 - M12 K0,55 - M12 200g 700g 1300g 2000g 3,1oC/W 1,2oC/W 0,65oC/W 0,65OC/W - 0,40oC/W 0,27oC/W 0,25oC/W SKN240, SKR240 K1,1 - M16x1,5 K0,55 - M16x1,5 P1/120 - M16x1,5 P1/120 - M16x1,5 P4/200 - M16x1,5 700g 2000g 1300g 2200g 4000g 1,1oC/W 0,55oC/W 0,58oC/W 0,40OC/W 0,29OC/W 0,35oC/W 0,17oC/W 0,21oC/W 0,17OC/W - SKN320, SKR320 K0,55 - M24x1,5 K0,1 F K0,05 W P1/200 - M24x1,5 P4/200 - M24x1,5 P4/300 - M24x1,5 2000g 2150g 900g 2200g 4000g 6000g 0,55oC/W - - 0,40oC/W 0,29OC/W 0,25OC/W 0,17oC/W 0,11oC/W 0,065oC/W* 0,16OC/W - - (*) - Refrigeração por água.

(**) - O formato e as dimensões dos dissipadores poderão ser obtidos diretamente com o fabricante.

(20)

1.5

-

E

XEMPLO DE

C

ÁLCULOS

T

ÉRMICOS

a) Retificador de Meia Onda a Diodo

Seja a estrutura representada na figura 1.33. D R v(t) f 60Hz R  10 v(t) 2 220 sen(t) D = SKN20/04 Fig. 1.33 - Retificador de meia onda a diodo.

O objetivo do cálculo é determinar a resistência térmica do dissipador a ser empregado para manter a temperatura da junção abaixo do limite estabelecido pelo fabricante.

A partir da relação de dados técnicos fornecidos pelo fabricante, obtém-se: Rjc = 2 o C/W (Rthjc) Rcd = 1 o C/W (Rthch) Tj = 180 o C (Tvj) V(TO) = 0,85V rT = 11m

Seja Ta = 50oC (Ta = temperatura ambiente)

a.1) Cálculo das correntes no diodo Seja a corrente representada na figura 1.34.

    t Vo 2

Fig. 1.34 - Corrente no diodo.

I V R A Dmed  o    0 45 0 45 220 10 9 9 , , , I V R A Def  o    0 707 0 707 220 10 15 55 , , ,

a.2) Cálculo da potência dissipada PV(TO)IDmedr IT Def2

(21)

P0 85 9 9 11 10,  ,   3( ,15 55) 2 P8 415, 2 660, 11 07, W

Há um método mais rápido para se determinar a potência. Com o valor médio da corrente e a forma de onda, entra-se na figura 1.27.a do catálogo de diodo do fabricante. Assim para Imed = 9,9A e uma senóide de 180o obtém-se P  11W.

a.3) Cálculo do dissipador TP R( jc RcdRda) R T P R R T P da   jc cd        2 1 130 11 3 Rda 8 8, oC W/  Rda Rcd 8 8 1,  9 8, oC W/

Para realizar o cálculo do dissipador é possível também o emprego das curvas oferecidas pelo fabricante. Ainda na figura 1.27.b, tomando-se Ta = 50oC e P  11W, obtém-se

Rca 11 o

C/W, assim Rda 11 - 1 = 10 o

C/W.

É recomendável portanto o emprego do dissipador K5, cuja resistência térmica é igual a 5,7 oC/W.

a.4) Temperaturas resultantes para o dissipador escolhido

P=11W = 2,0 Rjc o C/W Rcd = 1,0 o C/W Rda = 4,7 o C/W Ta50oC Td Tc Tj Tj P Rja Ta 11 2 ( 5 7, )50 Tj 134 7, oC Tc P R( cd Rda)Ta  11 5 7, 50 Tj112 7, oC

b) Retificador de Meia Onda a Tiristor

Seja a mesma estrutura, para R = 8 e  = 60o. Seja o tiristor SKT16 com os seguintes parâmetros: Rjc = 0,94 o C/W (obtida na figura 1.31) Rcd = 0,5 o C/W Tj = 130 o C  = 120o

(22)
(23)

b.1) Cálculo da corrente média I V R Tmed  o     0 225 1 0 225 220 10 1 0 5 , ( cos ) , ( , ) ITmed 9 28, A

b.2) Cálculo da potência média

Entrando-se na figura 1.29.a com  = 120o, ITmed = 9,28A obtém-se P = 17,5W.

b.3) Cálculo do dissipador

Entrando-se na figura 1.29.b com Ta = 50 o C e P = 17,5W obtém-se: Rja 4 5, oC W/ Mas: Rja Rjc Rcd Rda Assim: Rda Rja RjcRcd 4 5, 0 94, 0 5, Rda 3 06, oC W/

Caso os dissipadores previstos para o tiristor SKT16/04 não satisfaçam, restam dois recursos: empregar ventilação forçada ou um tiristor com maior capacidade em corrente.

c) Impedância Transitória

Seja o diodo SKN20 montado em um dissipador K5 inicialmente com corrente nula e à temperatura ambiente igual a 30oC. Determinar o valor máximo de uma corrente contínua que ele pode conduzir durante um tempo de 1s, de modo que a temperatura de junção não ultrapasse o valor limite de 180oC. Solução:

T

j

1s

180 Co

i

F o 30 C

I

Entrando-se na figura 1.28 com t = 1s obtém-se Z(th)t 1,5 o C/W. Z(th t) PTjTa P T T Z W j a th t      ( ) , 180 30 1 5 100

(24)

PV(TO)Ir IT 2 I V r I P r TO T T 2 ( ) 0 Assim: I V r V r P r V V e r m TO T TO T T TO T              ( ) ( ) ( ) , 2 2 0 85 11 2  I        0 85 0 022 0 85 0 022 100 0 011 2 , , , , , I64A

d) Temperatura Média Instantânea de Junção

Seja o tiristor SKT16 conduzindo uma corrente com a forma de onda indicada na figura abaixo. Determinar a temperatura média e máxima da junção.

I=20A t Dados do Tiristor: VT(TO) = 1,0V rT = 20m  = 180o PVT TO( )Ir IT 2 P 1 200 020 20,  2 28W (Potência Instantânea) Seja f = 50Hz Assim: t T f ms      2 1 2 1 2 50 10 Pmed  P       W 2 1 10 0 02 1414 2 28 2 14 2 ( ) , ( , )

Seja o dissipador K5. Assim:

Rthja 0 80, 5 5, 6 30, oC W/ Seja Ta = 30oC. Assim:

Tj 6 30 14,  30118 20, oC (Temperatura Média) Para t = 10ms, da figura 1.32 obtém-se:

(25)

Z(th t) 0 15, oC W/ Tj  P Z(th t) 28 0 15 , 4 2, oC T o 120,30 C t o 116,10 C j o 118,20 C 10ms 20ms

Verifica-se assim que para f = 50Hz a temperatura da junção varia de 120,30oC até 116,1oC. Por mais surpreendente que possa parecer, tal fenômeno ocorre porque em relação aos tempos envolvidos as constantes de tempo térmicas são baixas.

Referências

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