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Eixo Temático – Saúde e Educação - Sala nº 29

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Academic year: 2021

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XV ERIC – (ISSN 2526-4230)

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XV ERIC – (ISSN 2526-4230) UTILIZAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO

ÂMBITO EMERGENCIAL: VIVÊNCIAS DOS ENFERMEIROS

Dulcinéia Martins Pinto RESUMO

Objetivo: compreender como enfermeiros enfrentam os desafios/dificuldades para o desenvolvimento da SAE no ambiente de atendimento emergencial. Métodos: Pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa a desenvolvida com os enfermeiros assistenciais de duas unidades de pronto atendimento localizadas no municípios de Mandaguari e Marialva no norte do Paraná. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas áudio-gravadas a realizadas entre janeiro e março de 2019. Os dados foram tratados à luz do referencial metodológico da Análise de Conteúdo, modalidade temática. Resultados: os entrevistados apontaram que existem fatores que impulsionam a aplicabilidade da SAE, ainda que ela seja realizada de forma fragmentada. Entre esses fatores destacam-se: a melhoria qualidade no atendimento prestado à população; a melhoria do registro das informações nos prontuários; a melhor organização do setor; e por fim, a maior valorização do trabalho da enfermagem. Por outro lado, os enfermeiros apontaram que existem fatores que dificultam a implementação da SAE, tais como: as características do serviço de emergência, a falta de apoio do setor administrativo das unidades, a falta de treinamentos específicos e a falta de espaço no prontuário para o registro. Considerações finais: espera-se que a partir dos resultados seja possível facilitar a implementação da SAE no cotidiano de trabalho, o que, por sua vez, tem potencial para estimular que outros enfermeiros busquem a superação das dificuldades e implementem de forma paulatina e crescente a SAE no processo de trabalho no âmbito emergencial.

Palavras-chave: Processo de Enfermagem; Planejamento de Assistência ao Paciente; Enfermeiros e Enfermeiras; Enfermagem; Serviços médicos de emergência.

INTRODUÇÃO

A sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é a organização do instrumento metodológico utilizado pelo enfermeiro e sua equipe com o propósito da implementação do processo de enfermagem, com vistas a melhorar o atendimento ao paciente e a organização do trabalho (MEDEIROS, 2013 a). Por meio da SAE o enfermeiro aplica seus conhecimentos técnicos e científicos para melhorar a organização, o planejamento e a execução de ações, que são realizadas não só pelo próprio enfermeiro, mas também pela equipe responsável pela assistência de enfermagem ao cliente (CASTRO, 2016; GIEHL, 2016).

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Segundo a Resolução nº 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a implantação da SAE é obrigatória em todas as unidades de atendimento à saúde que ofereça assistência de enfermagem, o que inclui os serviços emergenciais. As fases da SAE são constituídas pelo histórico de enfermagem ou coleta de dados; diagnóstico de enfermagem; planejamento da assistência, implementação da assistência e avaliação de enfermagem (NERY, 2013; CASAFUS, 2013).

Dessa forma, o enfermeiro ao utilizar a metodologia da SAE, que consiste em uma ferramenta sistemática, composta por cinco etapas sequenciais não lineares, tem o objetivo principal de organizar a assistência de enfermagem, bem como otimizar o cuidado e o atendimento das necessidades do paciente, da família e da comunidade (SOARES, 2015). Por permitir o direcionamento da atenção a partir do estabelecimento de prioridades, permitindo a implementação de cuidados holísticos, humanos e individuais (CASTRO, 2016).

No entanto, apesar dos benefícios advindos de sua utilização e da obrigatoriedade para a implantação da SAE, muitas vezes, ela é realizada de forma incorreta e/ou incompleta. Isto porque enfermeiros alegam falta de conhecimento e preparo para a aplicação da metodologia, bem como sobre os modelos teóricos utilizados; percebem que há sobrecarga de trabalho, excesso de atividades burocráticas e administrativas; e identificam a existência de recursos humanos insuficientes para a sua aplicação (MEDEIROS, 2013 b; SOARES, 2015).

Por outro lado, também podem ser considerados como dificultadores para a implantação da SAE a falta de envolvimento da equipe técnica na concepção do plano de cuidados, falta de comunicação entre profissionais de enfermagem para o conhecimento das prescrições elaboradas pelo enfermeiro, bem como falta de apoio e interesse da instituição de saúde e seus gestores (NERY, 2013).

No que tange aos serviços de urgência e emergência, estes possuem características próprias que influenciam a organização do trabalho e a gerência do cuidado. Eles estão inseridos no atual contexto político e estrutural do sistema de saúde brasileiro como o componente responsável pelo atendimento de situações graves em que há risco de morte e são necessárias intervenções rápidas e precisas. No entanto, na prática, esses serviços também são utilizados por usuários com

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demandas que não se caracterizam clinicamente como urgências, de maneira a complementar a atenção recebida nas unidades básicas de saúde, o que acarreta superlotação do serviço e sobrecarga de trabalho para os profissionais (COSTA, et al, 2017). Isto influencia na aplicação da SAE nestes serviços (BARETO, et al, 2015).

Sendo assim, a soma de todos esses aspectos anteriormente mencionados coopera para que seja crescente a lacuna entre a teoria e a prática. Por isso, frente aos inúmeros desafios que os enfermeiros, sobretudo aqueles inseridos no ambiente de assistência emergencial, enfrentam no cotidiano de trabalho para implementar a SAE, é que justifica-se a realização deste trabalho.

Ademais, compreender como enfermeiros do serviço de emergência vivenciam na prática a implementação da SAE e identificar as formas de superação utilizadas por eles para desenvolverem, integralmente ou em partes, a SAE, pode ampliar o conhecimento sobre este tema e auxiliar que outros enfermeiros consigam aplicar o método em sua prática assistencial cotidiana e, consequentemente melhorem o processo de trabalho e a assistência ao paciente gravemente enfermos, promovendo cuidados mais humanizados, qualificados e seguros.

Deste modo, diante do exposto o objetivo deste estudo foi compreender como enfermeiros enfrentam os desafios/dificuldades para o desenvolvimento da SAE no ambiente de atendimento emergencial

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem qualitativa, a ser realizado em três unidades de pronto atendimento, localizadas nos municípios de Mandaguari, Marialva e Jandaia do Sul, Paraná, Brasil. As instituições são públicas e atendem a pacientes de forma ininterrupta como porta-aberta e referência para todos os casos de emergências. Ainda, apresentam semelhanças em relação a estrutura física, processo de trabalho e demanda de usuários, com média de 150 atendimentos/dia. Os pacientes críticos, em sua maioria, possuem agravos clínicos e/ou traumáticos, os quais podem ser encaminhados às unidades pela defesa civil, ambulância municipal ou pelos próprios familiares. Cada unidade possui cerca de oito enfermeiros e para se obter maior número de participantes, além de maior

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variabilidade de vivências e opiniões dos enfermeiros acerca do fenômeno investigado, optou-se por realizar o estudo nestes três serviços.

O único critério de inclusão utilizado será: ser enfermeiro assistencial em uma das unidades participantes do estudo. Por sua vez, serão excluídos os profissionais que no momento da coleta de dados exerçam cargos de chefia/gerência da unidade e aqueles que estiverem afastados por licença maternidade, auxílio doença ou férias.

A coleta de dados ocorrerá por meio de entrevista aberta, a ser realizada nos meses de novembro de 2018 a janeiro de 2019, conduzida por um questionário semi-estruturado, composto por duas partes, sendo a primeira referente a questões sócio-demográficas para caracterização da população estudada, e a segunda composta por questões de apoio e das seguintes questões norteadoras: a) Em sua opinião, existem dificuldades para a implementação da SAE em seu cotidiano de trabalho? Se sim, quais e porquê? b) Como você enfrenta essas dificuldades/desafios para conseguir implementar a SAE ou etapas dela? As entrevistas serão realizadas em horários estabelecidos pelos funcionários, conforme sua disponibilidade, e em um local reservado na própria unidade de saúde. Caso autorizado pelo participante o áudio será gravado e posteriormente transcrito na íntegra para permitir a análise.

Será utilizado o referencial metodológico da Análise de Conteúdo, modalidade temática proposto por Bardin (BARDIN, 2016), aplicando-se suas etapas de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados obtidos. A pré-análise consiste na fase de organização do material, leitura flutuante das entrevistas, observando-se há relação entre o conteúdo e os objetivos propostos. Na segunda etapa a exploração do material, leituras intensivas ocorrerem e os fragmentos são agrupados, por similaridade semântica, em categorias mais abrangentes que consistem na classificação dos elementos segundo suas semelhanças e diferenças, com posterior reagrupamento, em função de características comuns.

Na última etapa, o tratamento dos resultados, a inferência e a interpretação dos principais achados se baseiam na apresentação das falas em quadros descritivos no qual são acrescentadas inferências específicas sobre o conteúdo de acordo com a literatura específica, pertinente e atual sobre o tema.

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O projeto será encaminhado para aprovação pelo Comitê Permanente em Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Maringá (COPEP). Os participantes antes das entrevistas serão esclarecidos quanto ao objetivo do estudo e a seus direitos, conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, e neste momento assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias de igual teor.

RESULTADOS

Caracterização dos entrevistados

Participaram do presente estudo 15 enfermeiros, cuja idade que variou de 23 a 48 anos. A maioria era do sexo feminino (13 casos), de cor branca (13), possuía pós-graduação (6) e atuava há mais de um ano na unidade emergencial (14), com experiência profissional variando de xx a xx anos.

Motivos que impulsionam a utilização da SAE na emergência

Após a análise das entrevistas evidenciou-se que, segundo os enfermeiros, existiam diferentes motivos favoreciam a implementação da SAE no serviço de emergência, entre eles destaca-se a maior qualidade no atendimento prestado à população.

A motivação vem pela questão da qualidade do atendimento seria, se padronizando a equipe trabalharia 24 horas na mesma linha de pensamento (Enf. 01).

A SAE ajuda para organizar o atendimento e padronizar o atendimento de enfermagem e no setor de emergência eu vejo com a mesma finalidade de padronização e qualidade na assistência de enfermagem (Enf. 04).

Com a SAE você tem uma sistematização do cuidado. No ambiente onde ela é aplicada o trabalho em si é bem melhor, pela organização dos dados do paciente, trazendo uma melhoria tanto para os profissionais, como também para ao atendimento ao paciente (Enf. 02).

Além da melhoria na qualidade do atendimento os enfermeiros revelaram que o atendimento prestado com base na SAE ocorre de forma mais ágil e rápida, o que precisa ser considerado, sobretudo, em setores emergenciais.

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Melhora o atendimento, pode ser que haja um atendimento até mais rápido, evitando assim complicações para o paciente, pela melhoria no desempenho dos profissionais que estão ali trabalhando (Enf. 02).

Outros entrevistados apontaram que por meio da SAE o trabalho da enfermagem se torna mais valorizado pelos usuários e seus acompanhantes.

Eu vejo que o nosso serviço seria muito mais valorizado pela população, por aqueles que adentram o nosso pronto atendimento, porque às vezes a gente vê as pessoas falarem mal, pela falta de organização mesmo (Enf. 05).

Outro aspecto destacado pelos entrevistados como motivador para a realização da SAE se relacionou à importância do registro de enfermagem, especialmente em setores emergenciais.

Eu me sinto motivada a trabalhar com a SAE, porque isso vai melhorar muito a qualidade do atendimento ao paciente, e principalmente o registro da SAE é um respaldo da equipe, traz mais segurança no procedimento que será feito (Enf. 04).

Quando a gente faz a SAE o registro é melhor, com maior qualidade e sistematizado, com uma visão holística. Enfim, é mais organizado o atendimento da equipe do local (Enf. 02). Por fim, alguns entrevistados apontaram que um dos fatores que colabora para que a SAE seja realizada, ao menos em parte, é decorrente da obrigação legal de sua implantação nos serviços de saúde que oferecem assistência de enfermagem.

O que o enfermeiro pensa que é apenas na questão do paciente da qualidade, mas isso também em lei, e precisa-se de um informação desse paciente, que às vezes leva para frente para um juiz (Enf. 02).

É uma determinação do COREN [Conselho Regional de Enfermagem] que seja implantada. Inclusive eu estou em fase de de elaboração de um protocolo para a implantação da SAE aqui e eu tenho um prazo determinado pelo COREN para estarmos usando todas as etapas aqui (Enf. 04).

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Motivos que dificultam a utilização da SAE na emergência

Durante as entrevistas os enfermeiros reconheceram que a SAE era realizada de forma fragmentada no setor. De maneira mais consistente e recorrente eles demonstraram que há fatores que dificultam a implementação da SAE. Entre esses fatores houve destaque para a falta de apoio do setor administrativo das unidades de saúde e para a influência política que os setores municipais enfrentam no cotidiano de trabalho.

Quanto à implantação a gente infelizmente fica atado a questão administrativa a implantação a gente consegue implantar sim conseguimos, desde que haja apoio da parte administrativa (Enf. 01).

Nunca existiu a SAE aqui, pois não há apoio nem de gestores, nem da equipe mesmo (Enf. 09).

Acredito que a implementação não teria problema pelo profissional, não haveria uma barreira, mas aqui a gente enfrenta no setor público infelizmente é a questão política, onde alguns atores não veem a necessidade da implantação da sistematização em pronto atendimento (Enf. 10).

Outros profissionais destacaram que o prontuário utilizado nas unidades impediam eles de empregarem e, principalmente, registrarem a SAE. Por isso, houve menção para que a gestão e os enfermeiros assistenciais pudessem se organizar de forma a apresentar uma melhor proposta de prontuário para registro.

O prontuário em si não nos deixa fazer todas as fases [da SAE]. Precisaria uma melhoria no prontuário, assim ficaria mais fácil pra gente, conseguir realizar a SAE (Enf. 02).

A SAE deveria ser aplicada não por obrigação, mas sim pela qualidade e a ética profissional. Deveria ser feito acontecer, mas acredito que deveria juntar o órgão municipal, a coordenação junto com todos os enfermeiros e fazer acontecer, sentar e conversar e melhorar na qualidade desses prontuários (Enf. 07).

Houve relatos que apontaram para os profissionais se sentem desatualizados e que há a falta de treinamentos e educação continuada da equipe para que a SAE fosse discutida entre os profissionais e colocada em prática na assistência.

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O que falta na verdade é uma reorganização na verdade, no serviço, com a criação de novos POPs, que seria o Procedimento Operacional Padrão, porque nós estamos todos desatualizados (Enf. 05).

Em quatro anos que eu estou aqui, houve dois treinamentos, eu chamei um médico para falar sobre atendimento sobre protocolo de atendimento de emergência, e outro sobre ética. Então faltam treinamentos diversos (Enf. 02).

Nunca foi realizado nem um treinamento desse tipo até o momento (Enf. 04).

As características do serviço de emergência também foram apontadas como dificultadoras da implementação da SAE. Entres elas a falta de funcionários e o intenso fluxo de pacientes no setor.

Por falta de organização a gente acumula mais funções, por ter pouco funcionário, porque o quadro está defasado não é possível realizar [a SAE] (Enf. 05).

Você esbarra nas dificuldades de falta de funcionário, falta de profissional enfermeiro, pacientes que estão aguardando vaga nas enfermarias, outros na sala de emergência (Enf. 03).

Mas quando chegamos no plantão e iniciam as atividades, você simplesmente vai com a correnteza, começa a nadar, você tenta organizar, planejar de um modo padronizado, de um modo sistematizado com a SAE, mas é impossível (Enf. 02). Tem que resolver rápido as coisas aqui, você tem que ter habilidade rápida, ter pensamento rápido, daria para fazer a SAE se você tivesse oportunidade ou um tempo, daí seria interessante (Enf. 10).

DISCUSSÃO

A partir dos resultados obtidos pode-se identificar que os enfermeiros vivenciavam diferentes desafios no cotidiano de trabalho, o que dificultava a implementação da SAE. A realidade apresentada neste estudo, em certa medida, pode também ser vivenciada por outros enfermeiros alocados em hospitais de pequeno porte do interior do Brasil. Portanto, os achados aqui arrolados podem ser úteis para se pensar e repensar a prática profissional do enfermeiro e direcionar a elaboração de estratégias de intervenção que possam buscar diminuir as

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fragilidades e fortalecer as potencialidades no sentido de que seja crescente a utilização da SAE no campo de trabalho do enfermeiro.

Entre os principais desafios enfrentados pelos enfermeiros entrevistados nesta investigação estavam o desconhecimento acerca da SAE. Analogamente, estudo realizado com 32 enfermeiros de três hospitais do sudeste brasileiro verificou que a principal razão para a não aplicação da SAE no processo de trabalho assistencial era a falta de capacitação profissional(SOARES 2015). Sabidamente, o desconhecimento dos enfermeiros quanto à aplicabilidade e importância da SAE no exercício profissional, gera desinteresse na adesão desta metodologia. (BARDIN L, 2016)

Para além da falta de conhecimento, estudo realizado com 13 enfermeiros de uma maternidade pública localizada em uma capital do nordeste brasileiro, evidenciou que dificuldades concernentes à associação daquilo que é aprendido no campo teórico e sua aplicação no campo prático, também influenciavam negativamente sobre a implementação da SAE (MEDEIROS, 2013). Isto, por sua vez, pode levar ao descrédito referente à utilização da SAE enquanto ferramenta qualificadora da assistência e promotora da autonomia profissional(MEDEIROS, 2013).

Outro aspecto identificado como interferente sobre a aplicação da SAE no presente estudo foi a dificuldade existente para o estabelecimento de um bom processo de comunicação e um bom relacionamento profissional entre o enfermeiro líder e a equipe de enfermagem. Esta dificuldade impactava sobre a implementação da SAE, pois os enfermeiros se sentiam desestimulados a realizá-la, já que os técnicos em enfermagem eram resistentes ao seguimento do plano de cuidados.

O estudo realizado com 13 enfermeiros de uma maternidade pública do nordeste brasileiro, anteriormente citado, também destacou que o fato de os técnicos em enfermagem desvalorizarem a SAE, desconsiderando o que foi prescrito pelo enfermeiro e priorizando apenas a prescrição médica, era algo que dificultava sua implementação (MEDEIROS, 2013).

Em contrapartida, estudo realizado por meio de revisão integrativa da literatura acerca da participação do técnico em enfermagem na SAE, demonstrou que a imposição do cuidado pelo enfermeiro, a falta de comunicação entre a equipe

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e as falhas na prescrição de enfermagem, deixando de elaborar cuidados integrais e específicos para cada paciente, faziam com os que os técnicos questionassem a validade da SAE e sua aplicabilidade no processo de trabalho(SALVADOR ,2013).

Diante dessas divergências é preciso que a equipe de enfermagem compreenda que cuidados competentes e de qualidade aos pacientes envolvem o interesse pessoal de cada membro da equipe e, ao mesmo tempo, um trabalho conjunto. Portanto, é fundamental que enquanto líder, o enfermeiro tenha habilidades como comunicação e bom relacionamento interpessoal para planejar a assistência e ajudar a sua equipe a executar o planejamento, alcançando desse modo os resultados esperados e melhorando a qualidade da assistência prestada ao paciente e sua família(SALVADOR ,2013).

Também foi possível identificar em meio aos relatos dos enfermeiros que a não implementação da SAE ocorre pelas várias funções, sobretudo burocráticas, atribuídas a eles, bem como pela sobrecarga de trabalho pela equipe reduzida. Diferentes pesquisas realizadas com enfermeiros na região norte( CASTRO,2016) e sul do Brasil(GIEHL ,2016) apontaram que entre os vários desafios para a adequada implementação da SAE havia destaque para a sobrecarga de trabalho do enfermeiro, acarretada pela insuficiência da mão de obra na equipe de enfermagem e pelo elevado número de pacientes para serem assistidos.

Desse modo, a sobrecarga que acomete os enfermeiros, especialmente aqueles inseridos em pequenos hospitais e que acabam por realizar atividades/funções de outras áreas de atuação, tem representado um obstáculo à qualificação do atendimento de enfermagem por meio da utilização da SAE (MEDEIROS, 2013). Por conseguinte, o enfermeiro passa a não ter tempo para aplicar todas as etapas que envolvem a SAE de forma contínua, sistemática e adequada. Porém, a falta de tempo não é vista como um motivo sólido para impedir a implementação da SAE quando ela é colocada como prioridade ( MARINELLI. 2015).

A prescrição de enfermagem é um processo fundamental para as ações de enfermagem, momento em que é planejado um conjunto de medidas estabelecidas pelo enfermeiro com a finalidade de direcionar a assistência ao paciente (FAEDA, 2017). Porém, alguns participantes deste estudo referiram que o fato de os médicos

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decidirem sobre os cuidados de enfermagem destinados aos pacientes, fazia com que os enfermeiros não reconhecessem a necessidade de aplicar a SAE. Entretanto, é preciso que os enfermeiros percebam que a SAE proporciona autonomia e valorização ao seu trabalho profissional(GUTIÉRREZ, 2017)

Por fim, houve destaque para a ausência de impressos próprios ou espaços maiores no prontuário do paciente que fossem destinados ao adequado registro referente à aplicação da SAE. Logo, esta também é uma dificuldade a ser superada, pois prejudica a continuidade da assistência e compromete a segurança do paciente, visto que muitas das informações referentes ao seu quadro clínico estão centralizadas na enfermagem, uma vez que é a equipe mais próxima e que permanece por mais tempo junto ao paciente (KIRCHESCH , 2016)

Nesse sentido, estudo realizado com 32 enfermeiros em três hospitais localizados no sudeste brasileiro evidenciou que havia importante deficiência nos registros de enfermagem relacionados à SAE (SOARES,2015). Outra pesquisa realizada com graduandos de enfermagem de uma Universidade Federal do sul do Brasil, revelou que para o aluno o preenchimento da SAE no prontuário ocupava demasiado tempo do profissional (SILVEIRA.2015). Estes aspectos precisam ser trabalhados, pois a ausência de registro e a falta de entendimento acerca de sua relevância dificultam a avaliação da prática profissional e resultam em pouca visibilidade e reconhecimento para o enfermeiro (SOARES,2015).

Mesmo frente a todos os desafios mencionados pelos participantes deste estudo, para a aplicação da SAE no cotidiano, alguns profissionais utilizavam diferentes estratégias úteis para colocar em prática esta metodologia de trabalho. Para estes sujeitos a SAE era percebida como ferramenta indispensável para a qualificação do cuidado e, por isso, ela era implementada, ainda que de forma fragmentada.

Pesquisa realizada com oito enfermeiros, de um hospital pediátrico localizado na região nordeste do Brasil, demonstrou que a aplicação da SAE acarretava melhorias na organização do serviço e na assistência oferecida ao paciente, possibilitando avaliação ampliada de suas necessidades do cuidado, o que estimulava os enfermeiros a aplicarem as etapas da SAE(SOUZA, 2013).

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Uma das estratégias engendradas pelos participantes do presente estudo, para promover/estimular a realização da SAE, era a priorização dos pacientes, ou seja, aqueles mais gravemente enfermos é que recebiam mais comumente, a assistência de enfermagem pautada na SAE. Estudo realizado com cinco enfermeiros no setor da clínica médica de um hospital público do nordeste brasileiro, identificou que, frente às dificuldades em se implementar a SAE para todos os pacientes em acompanhamento, sua ocorrência estava limitada àqueles mais graves ( CASTRO, 2016).

Por outro lado, estudo desenvolvido com 10 enfermeiros atuantes no setor de terapia intensiva adulto, em um hospital privado de grande porte, localizado no sudeste do Brasil, revelou que a complexidade dos pacientes neste setor gerava barreiras na aplicação da SAE, relacionadas à elevada demanda de procedimentos invasivos

( CARVALHO, 2013). Por isso, não apenas a gravidade do quadro clínico do paciente deve direcionar a realização da SAE, como também o fato de a quantidade de enfermeiros ser suficiente para elaborar a SAE e realizar os cuidados de maior complexidade técnica e científica.

Os enfermeiros participantes do presente estudo também mencionaram, como estratégia para a aplicação da SAE, a utilização de um plano de cuidado pré-estabelecido tipo checklist. Neste modelo havia uma série de riscos cujos pacientes estão expostos e logo abaixo os principais cuidados de enfermagem aplicáveis. Isto contribuía para um diagnóstico mais rápido do quadro geral do paciente e para a identificação da assistência mais adequada ao caso. Além disso, este checklist cooperava para a disseminação de informações sobre o quadro clínico do paciente, já que permanecia em local de fácil e rápida visualização para todos os membros da equipe de saúde.

Nesse sentido, estudo realizado com 13 enfermeiros atuantes em um hospital no sul do Brasil, que oferta atendimentos de média e alta complexidade, evidenciou que a aplicação da SAE melhora a comunicação e o gerenciamento do cuidado de enfermagem, contribui para tomada de decisão do enfermeiro e facilita o funcionamento do serviço

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( TRINDADE, 2015). Portanto, pacientes e profissionais são beneficiados com maior segurança a partir da implementação da SAE nos diferentes serviços de saúde.

É oportuno lembrar que foi possível identificar neste estudo, que para a efetividade da aplicação da SAE é necessário treinamento dos membros da equipe de enfermagem nos serviços de saúde. Isto já havia sido destacado em prévia investigação com oito enfermeiros, no serviço hospitalar, situado em um estado do nordeste, os quais apontaram que a educação continuada e permanente são indispensáveis para suprir as dificuldades com a aplicação prática da SAE (SILVA, 2016). O reconhecimento da necessidade de capacitação da equipe também foi mencionado em outro estudo, desenvolvido na Pediatria de um Hospital Universitário no sudeste do país, com oito técnicos em enfermagem, permitindo identificar que a implantação efetiva da SAE somente ocorre quando toda a equipe de enfermagem esta devidamente preparada(SILVA,2014).

Considera-se também outro aspecto importante mencionado pelos entrevistados à ausência do apoio, estímulo e vontade política dos administradores das instituições hospitalares para a efetivação da SAE. Portanto, os enfermeiros acreditavam que caso houvesse maior cobrança dos gestores hospitalares acerca da aplicabilidade da SAE, seria possível estimular sua utilização de forma sistematizada e continuada. Nesse sentido, estudo bibliográfico mostra que a implementação da SAE é desconhecida por grande parte de gestores hospitalares, já que, muitas vezes, ela é entendida como um conhecimento específico e exclusivo do enfermeiro(MARINELLI, 2015).

Verificou-se em outro estudo levado a cabo com 30 enfermeiros, em um Hospital Universitário localizado na região sudeste, que para a implementação efetiva da SAE é necessário planejamento, bem como, a realidade da instituição, estrutura política e gestão, o interesse institucional pela proposta e sua viabilidade prática, número de profissionais da equipe de enfermagem e a capacitação dos profissionais envolvidos (REIS, 2016). Todavia, é necessário que o profissional enfermeiro busque sensibilizar a direção da instituição hospitalar sobre os benefícios originários da aplicação dessa ferramenta de trabalho.

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Diante disso, o reconhecimento da SAE, por parte dos profissionais de saúde, só será possível por meio de divulgação dos benefícios tanto para enfermeiro e sua equipe, como também para os pacientes e a instituição de saúde. Assim, fica evidente a necessidade de sensibilizar todos os envolvidos acerca da relevância das ações de enfermagem para a melhoria da assistência. Por isso, a estratégia da implementação é um passo importante a ser adotado pelas instituições, para potencialização do cuidado e também a possibilidade de desenvolver um trabalho com qualidade, obtendo assim resultados positivos na assistência prestada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Foi possível identificar que diferentes fatores dificultaram a implementação da SAE nas unidades de emergência de pequeno porte, cenários deste estudo, tais como, sobrecarga de trabalho do enfermeiro, falta de impresso adequado para registro, desinteresse da equipe para implementação e falta de apoio da instituição hospitalar e seus gestores. Isto fez com que a operacionalização da SAE ocorresse de forma fragmentada e parcial, principalmente por aquele enfermeiros que reconheciam a relevância desta metodologia de trabalho.

Em detrimento aos resultados encontrados é preciso ponderar que este estudo possui limitações. Por exemplo, considera-se como limitação da pesquisa o fato de as entrevistas terem sido realizadas na unidade de emergência, durante a jornada de trabalho dos enfermeiros, o que possivelmente influenciou sobre a brevidade de alguns depoimentos já que, por vezes durante a entrevista, eles demonstraram preocupação em retornar às atividades laborais ou mesmo o receio em revelar aspectos relacionados às unidades como desafiadores para a implementação da SAE. Contudo, destaca-se que a escolha por conduzir as entrevistas nas próprias unidades de saúde decorreu do fato de o acesso aos participantes ser facilitado e, por conseguinte, potencializar-se a participação dos mesmos no estudo.

Ao se identificar os desafios enfrentados pelos enfermeiros de unidades de emergência de pequeno porte para implementar a SAE em sua rotina de trabalho e apontar a forma como eles tem conseguido, ao menos em parte, operacionalizar a SAE, acredita-se que os resultados podem ser úteis para se favorecer a discussão

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da temática e frisar a relevância da aplicação da SAE, mesmo em serviços emergenciais de pequeno porte e de que maneira os desafios podem ser criativamente superados.

REFERÊNCIAS

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v. 16, n. 6, p. 833-841, 2015.

CASAFUS, K. C. U.; DELL’ACQUA, M. C. Q.; BOCCHI, S. C. M. Entre o êxito e a frustração com a sistematização da assistência de enfermagem. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 17, n. 2, p. 313-321, 2013.

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REFERÊNCIAS

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XV ERIC – (ISSN 2526-4230) ACIDENTES INFANTIS EM AMBIENTE PRÉ-ESCOLAR: EXPERIÊNCIAS E

CONDUTAS DE PROFESSORES

Angel Braiani Lança Hipolito Sonia Silva Marcon Orientadora: Viviane Cazetta de Lima Vieira APRESENTAÇÃO ORAL RESUMO

Introdução: O ambiente escolar é propício à ocorrência de acidentes uma vez que possibilita a interação de um grande número de crianças que desenvolvem as mais diversas atividades, ávidos por explorar o mundo. Assim, a criança que convive nesse espaço deve estar amparada por uma equipe multiprofissional conhecedora das ações de prevenção e assistência à criança vítimas de qualquer tipo de acidentes evitando quadros de morbimortalidade. Objetivo: identificar as experiências e as condutas de professores e educadores da educação infantil diante de situações de acidentes no ambiente escolar. Metodologia: estudo transversal, descritivo exploratório de abordagem quantitativa realizado com 99 professores e educadores de pré-escolas do Município de Mandaguari no período de agosto de 2018 a fevereiro de 2019. Os dados foram coletados por meio de questionários semiestruturado e analisados segundo estatística descritiva. Resultados: encontrou-se que 76% dos participantes já vivenciaram acidentes em ambiente escolar, 42,6% recorreram à direção nestas situações e 58,6% não receberam treinamento em como agir em casos de acidentes. A falta de informação sobre qual conduta tomar foi evidenciada por 77,7% dos participantes. Conclusão: Os professores e educadores vivenciaram acidentes e não souberam como proceder nestes casos, o que nos permite repensar a interface da saúde e a educação na implementação de políticas que atuem na formação destes profissionais.

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INTRODUÇÃO:

A infância é uma etapa da vida composta por várias modificações de aspectos físicos e psicológicos. O conceito de infância como “fase de preparação para a vida adulta” foi a muito tempo superada. Isso não invalida ignorar os desdobramentos futuros das condições que ocorrem, mas, simplesmente, reconhecer que, independente disso, o mundo adulto tem o compromisso de garantir que a criança seja protegida no momento presente. (DEL PRETTE, 2017)

A Educação Infantil, considerada a primeira etapa da Educação Básica, tem recebido crianças cada vez mais cedo e, assim, permanecem por um período maior de tempo em instituição de educação infantil (ALVES et al, 2017). Desta forma, ficam propícios à ocorrência de acidentes, uma vez que possibilitam a interação de um grande número de crianças, desenvolvendo as mais diversas atividades, ávidos por explorar o mundo.

Segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade em 2016, ocorreram 81 óbitos em menores de 1 ano no Estado do Paraná e 69 óbitos de crianças entre 1 e 4 anos por causas externas, o que juntos representam 7,7% do total de óbitos nestas faixas etárias. Dentre as causas externas dos óbitos destaca-se 33 casos ocorridos por Inalação do conteúdo gástrico, 12 casos de sufocação e estrangulamento em acidentes na cama, 5 por agressão por objetivo cortante, penetrante ou contundente (SIM, 2016). Vale considerar que todos estes eventos são passíveis de prevenção e ocorrem rotineiramente em diversos ambiente, incluindo o espaço escolar.

Por ser um ambiente propício a acidentes, as pré-escolas devem estar amparadas por uma equipe multiprofissional conhecedora das ações de prevenção e assistência à criança vítimas de qualquer tipo de acidente (OLIVEIRA, SOUZA; 2014). Desse modo, é essencial detectar o conhecimento e a percepção de educadoras de creches sobre o acidente na infância, pois elas têm um papel de grande importância por aplicar a organização e a adaptação destas crianças a esses espaços possuindo maior contato com a criança durante o tempo de permanência diária nas pré-escolas.

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Assim, este trabalho tem como objetivo identificar as experiências e as condutas de professores e educadores da educação infantil diante de situações de acidentes no ambiente escolar.

METODOLOGIA:

Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva exploratória de abordagem quantitativa realizada em pré-escolas públicas e privada do município de Mandaguari-Paraná no período de agosto de 2018 a julho de 2019.

O município de Mandaguari conta com nove Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) e três pré-escolas particulares. Participaram deste estudo os nove CMEIs e uma pré-escola privada, totalizando 99 professores e educadores. As outras duas pré-escolas privadas não aceitaram participar do estudo.

Como critérios de inclusão adotou-se: professores e educadores de escolas públicas e privadas de Mandaguari com tempo de serviço em ambiente escolar superior a três meses. Por sua vez, foram excluídos aqueles que estiverem de licença médica durante a coleta de dados.

Os profissionais e educadores receberam um questionário elaborado pelos autores que versou sobre suas experiências e conhecimentos prévios sobre acidentes na infância em ambiente escolar. A aplicação do questionário ocorreu após reunião pedagógica, conforme solicitado pela secretaria de educação do município com os profissionais dos CMEIs e após horário de aula com os professores da pré-escola privada. Os dados coletados foram inseridos em uma planilha eletrônica (Microsoft Excel®), analisados por meio de estatística descritiva e apresentado em formas de frequência absoluta e relativa.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade Estadual de Maringá, sob parecer 3.071.905 e, de acordo com os preceitos éticos vigentes, foram cumpridos todos os requisitos necessários à realização de pesquisas com seres humanos determinados na Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.

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RESULTADOS:

Foram entrevistados 99 professores e educadores da educação infantil. Destes 86 eram dos Centros Municipais de Educação Infantil e 13 da uma pré-escola privada.

Quanto ao perfil destes profissionais, todas eram do sexo feminino, a maioria (52%) possuía idade entre 30 e 49 anos, eram casadas (72%), servidoras efetivas (94%) e com filhos (79%), como pode ser observado na tabela 01.

Tabela 01: Perfil dos professores e educadores da educação infantil. Mandaguari-PR. Idade N % 20 - 29 anos 20 20,20 30 - 39 anos 30 30,30 40 - 49 anos 27 27,27 50 - 59 anos 20 20,20 60 e mais 2 2,02 Estado civil Casado 72 72,73 Solteiro 25 25,25 Viúva 1 1,01 Não informado 1 1,01 Tem filhos Sim 79 79,80 Não 20 20,20 Tempo de carreira < 5 anos 41 41,41 5 à 10 anos 54 54,55 > 10 anos 1 1,01 Não informado 3 3,03 Vínculo empregatício Contrato temporário 4 4,04 Servidor efetivo 94 94,95 Não informado 1 1,01

(24)

Em dados não documentados em tabelas, verificou-se que 22% dos professores nunca vivenciaram algum acidente no ambiente escolar. Dentre os demais, 64 % vivenciaram de uma a cinco vezes, 4% de 6 a 10 vezes e 10% 11 vezes ou mais. A tabela 02 apresenta a experiência dos professores em situações de acidentes em ambiente escolar.

Tabela 02- Distribuição dos participantes segundo sua experiência com acidentes na infância em ambiente escolar. Mandaguari, 2018.

N %

Local onde ocorreu

Pátio 38 31,7

Refeitório 19 15,8

Sala de aula 38 31,7

Outros: parque, banheiro, quadra 25 20,8

A quem recorreu

Outros professores e funcionários da escola 27 16,7

Direção da escola 69 42,6

Unidade básica de saúde 11 6,8

Hospital 4 2,5

SAMU 10 6,2

Pronto atendimento 31 19,1

Não informado 12 7,4

Há treinamento no centro de educação infantil onde atua

Sim 7 7,1

Não 92 92,9

Observa-se na tabela que o local onde mais ocorreram os acidentes foi no pátio e na sala de aula, e 42% dos professores e educadores recorreram à direção da escola para busca de atendimento. Chamou atenção o fato de 92,9% dos participantes relatarem que não possuíam nenhum treinamento para agir em caso de acidentes. Quando questionados sobre o local onde acreditam que estes acidentes mais ocorriam, 55% informou que era no domicílio e 28% na escola.

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Tabela 03: Vivencia de professores e educadores da educação infantil sobre acidentes na infância. Mandaguari, 2018.

Sim Não

N % N % Recebeu treinamento sobre acidente em ambiente escolar 41 41,4 58 58,6 Na sua opinião, esse tipo de trein. deve ser realizado pela

escola? 86 86,9 13 13,1

Já presenciou algum acidente na infância em ambiente

escolar? 75 75,8 24 24,2

Soube como proceder? 48 48,5 51 51,5

Se sente bem informado sobre o que fazer em caso de

acidente? 22 22,2 77 77,8

Tem bastantes dúvidas sobre como aplicar os prim.

socorros? 74 74,7 5 5,1

Verifica-se que 75,8% dos participantes já presenciaram acidentes em ambiente escolar, 48,5% não soube como proceder e 74,7% referiram que possuem muitas dúvidas sobre como aplicar os primeiros socorros.

Tabela 04: Opinião dos professores e educadores sobre os tipos de acidentes que podem ocorrer nos Centros de Educação Infantil. Mandaguari-Pr, 2019.

Sim Não Não respondeu

N % N % N % Afogamento 91 91,9 5 5,1 3 3,0 Quedas 98 99,0 - - 1 1,0 Aspiração 96 97,0 1 1,0 2 2,0 Choque 93 93,9 4 4,0 2 2,0 Ferimentos 98 99,0 - - 1 1,0 Fraturas 98 99,0 - - 1 1,0 Outros acidentes 94 94,9 1 1,0 4 4,0

Observa-se que 99,0% concordam que os acidentes que mais ocorrem dentro dos centros de educação infantil são quedas, ferimentos e fraturas. Embora os participantes em sua maioria acreditassem que afogamentos e choques possam ocorrer nas pré-escolas, os mesmos acreditam que estes estão entre os acidentes que menos ocorrem.

(26)

DISCUSSÃO:

Na educação infantil é frequente a feminização da atividade laboral e esta é associada ao cuidar enquanto característica essencial do trabalho com as crianças pequenas. Dados consoantes a este estudo pode ser observado demonstrando que grande parte da educação infantil é formada por professores e educadores do sexo feminino. (COSTA et al, 2017; CARMO et al, 2017)

O estudo evidenciou que a maioria das participantes possuía vínculo efetivo com o serviço, o que facilita o desenvolvimento do trabalho, pois a alta rotatividade prejudica o repasse de informações e o planejamento das atividades. Esta não é a realidade de todos os centros de educação infantil. Estudo realizado em Cuiabá MT com 148 professores da educação infantil encontrou que 56,7% possuíam contrato temporário. Ainda que destoantes na relação do vínculo, as pesquisas se assemelham no que tange ao fato da maioria nunca ter participado de capacitação sobre prevenção e acidentes, embora já tenham presenciado acidentes nas pré-escolas. (COSTA et al, 2017)

À medida que a criança se desenvolve, aumenta o seu interesse em explorar novas situações, surgem novas habilidades e diferentes interações com o meio ambiente, favorecendo a ocorrência de acidentes, devido à inexperiência e incapacidade de prever e evitar situações de perigo. Por isso, é importante que todos os envolvidos no cuidado da criança tenham conhecimento acerca das intercorrências mais prevalentes na infância, primeiros socorros e as formas de prevenção (COSTA et al, 2017). Contudo essa não foi uma realidade evidenciada neste estudo, em que 77,7% dos participantes relataram não se sentir bem informada sobre o que fazer em caso de acidente.

Os acidentes na infância se constituem como um grave problema na saúde pública mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 950.000 crianças e adolescentes morrem anualmente devido a acidentes que poderiam ter sido evitados. Além dos óbitos, milhões de vítimas demandam atendimento por ferimentos não fatais, que resultam em lesões permanentes e imensuráveis repercussões sociais, econômicas e emocionais para as crianças, famílias e a sociedade (BELELA-ANACLETO; MANDETTA, 2016).

(27)

Segundo relato dos professores e educadores deste estudo as quedas, ferimentos e fraturas estão entre os acidentes que mais pode ocorrer em ambiente escolar. Dentre os acidentes mais comuns nas escolas encontram-se: as quedas, as colisões, os cortes, as lesões musculares, os ferimentos, as hemorragias, asfixia, engasgo e até mesmo a parada cardiorrespiratória. (BOTTIGER; AKEN,2015; MARTIN ALBA, 2015).

Sabe-se que as pessoas que podem prestar os primeiros socorros são as que estão devidamente capacitadas, as que trabalham em serviços de emergência, porém, a presença de alguém que sabe como dar suporte à vítima pode ajudar a evitar consequências mais graves (PEREIRA et al., 2015)

Assim, a presença de pelo menos uma pessoa treinada em primeiros socorros pode melhorar consideravelmente o prognóstico imediato e a longo prazo da vítima.(AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2015, MARTIN ALBA, 2015). Assim, torna-se essencial que pessoas treinadas estejam sempre presentes nestes locais e que no planejamento do funcionamento destes, estejam inclusas políticas emergenciais escritas e praticadas regularmente (pelo menos uma vez a cada três meses). (HAZINSKI et al,2015; TRAVERS et al,2015).

A conduta em situações de emergência deve ser rápida e eficaz de modo a afastar os riscos à vida. Por esse motivo, a educação em saúde deve ser entendida como uma prioridade no ambiente escolar, principalmente, no que tange aos primeiros socorros. Definido como a prestação de cuidados imediatos as vítimas de acidentes ou mal súbito, proporcionando a manutenção das funções vitais para redução das chances de agravamento até a chegada de uma assistência especializada (SILVA et al., 2018).

Para tanto, faz-se necessário um programa de treinamento com professores que estão a maior parte do tempo em contato com as crianças. Estudo realizado em uma instituição privada no interior de São Paulo constatou que os professores não receberam preparo ou capacitação para atuação em acidentes escolares. (CARMO et al, 2017), semelhante aos dados deste estudo.

Um acidente, além de trazer transtornos aos envolvidos pode acarretar problemas de responsabilidade legal. Diante disto, a omissão de socorro, caracterizada como deixar de prestar assistência ou não pedir o socorro de

(28)

autoridade pública, configura-se indiscutivelmente como um crime que fere o código penal (CABRAL; OLIVEIRA, 2017).

Nos cursos de licenciatura, com raras exceções, não se fazem vigente uma disciplina que aborde a temática. Tal fato pode ser modificado através de novos projetos pedagógicos validados pelo Ministério da Educação, exigindo consolidação durante o período de formação acadêmica (CHAVES et al., 2018; SILVA et al., 2018).

Neste sentido, as escolas têm um papel importante e crescente na promoção de saúde, prevenção de doenças e de acidentes entre crianças e adolescentes. Apesar disso, estudos afirmam que a assistência prestada à criança em situação de emergência na escola ainda é baseada no empirismo, sendo primordial a capacitação dos profissionais de educação (SANTOS et al., 2017).

A educação em saúde, considerada ferramenta estratégica para prevenção de complicações e/ou óbitos decorrentes de acidentes escolares, deve promover autonomia e liberdade dos professores para realização de práticas positivas no primeiro atendimento a vítima (SILVA et al., 2018; MESQUITAT et al., 2017). Esses profissionais são considerados atores fundamentais, necessitando capacitá-los de forma contínua para as diversas situações emergenciais (CALANDRIM et al., 2017)

CONCLUSÃO:

Verificou-se que a maioria das professoras e educadoras já vivenciou um acidente no ambiente escolar embora não tivessem recebido treinamento de como proceder nestes casos, o que nos permite repensar a interface da saúde e educação, incentivando a implementação de ações e políticas que atuem na formação destes educadores para atender a tal temática.

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