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Contabilidade ambiental e sustentabilidade: um estudo nas empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agrícolas, listadas na BOVESPA.

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CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ADRIELIO KELISON DUARTE SOUSA

CONTABILIDADE AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO

NAS EMPRESAS DO RAMO DE FERTIZANTES E DEFENSIVOS

AGRÍCOLAS, LISTADAS NA BOVESPA

SOUSA - PB

2010

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CONTABILIDADE AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO

NAS EMPRESAS DO RAMO DE FERTIZANTES E DEFENSIVOS

AGRÍCOLAS, LISTADAS NA BOVESPA

Monografia apresentada ao Curso de

Ciências Contábeis do CCJS da

Universidade Federal de Campina

Grande, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em

Ciências Contábeis.

Orientador: Professor Me. João Marcelo Alves Macedo.

SOUSA - PB

2010

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CONTABILIDADE AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO NAS E M P R E S A S DO RAMO D E FERTILIZANTES E DEFENSIVOS A G R I C O L A S ,

LIST ADAS NA B O V E S P A .

Monografia aprovada em: 23/11/ 2010,

Prof. MSc. Joao Marcelo Alves Macedo (orientador)

Prof. MSc. Eduardo Lima Leite

Prof. MSc Thayseane de Freitas Rego

SOUSA 2010

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Por este termo, eu, abaixo assinado, assumo a responsabilidade de autoria do conteudo do referido Trabalho de Conclusao de Curso, intitulado: "CONTABILIDADE AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO NAS EMPRESAS DO RAMO DE FERTILIZANTES E DEFENSIVOS AGRJCOLAS, LISTADAS NA BOVESPA", estando ciente das sancoes legais previstas referentes ao plagio. Portanto, ficam, a instituicao, o orientador e os demais membros da banca examinadora isentos de qualquer agio negligente da minha parte, pela veracidade e originalidade desta obra.

Sousa, 23 de Novembro de 2010.

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Dedico este trabalho aos meus pais, Francisco dos Santos Sousa e Maria de Lourdes Duarte Sousa, por sempre terem me incentivado, para concretizacao deste sonho.

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Agradeco ao criador de tudo e de todos, o Senhor Deus, pelo dom da vida, pela sua infinita bondade e misericordia.

Aos meus pais e irmaos, que sempre acreditaram na minha capacidade e estiveram sempre comigo, ajudando-me a construir esse sonho. Esse merito tambem e de voces.

Ao meu orientador Professor Joao Marcelo, que com muito carinho, amizade e paciencia, minha acompanhou no exito desse trabalho.

A todos os professores, pelo apoio, incentivo, amizade e contribuicao que tive ao longo do curso.

Aos membros da banca examinadora, pela contribuicao que me deram para esse trabalho. Aos meus amigos de sala, que caminhamos juntos na realizam deste sonho, a voces desejo muito sucesso.

Em especial aos amigos Maria Aparecida, Gilenilda, Givanaldo, Valderan, Mirele, Thiago, Paloma, Maria de Lourdes (Malu) que sempre estiveram ao meu lado nas horas dificeis, a voces muito obrigado pela amizade.

A minha namorada Karla (Kaka), a quern compartilhei as minhas angustias e alegrias, muito obrigado pela compreensao.

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natureza e um pecado contra o Criador e suas criaturas. Nos, seres humanos, podemos apenas fazer uso da terra mas nao podemos danifica-la, pois somos apenas inquilinos e Deus e o proprietario".

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Para que as empresas funcionem necessita-se do uso de recursos financeiras, recursos naturais extraidos do meio ambiente, como tambem de recursos sociais. Para que as atividades produzidas pelas empresas possam expandir deve-se haver urn equilibrio entre as empresas e os recursos utilizados para que nao venham a faltar futuramente, como tambem a consciencia de preservagao do meio ambiente. Em visto disso, e com a imposicao da sociedade cobrando para que se poluam menos, as companhias comecaram a se preocupar com o meio ambiente, ja que ela e a grande propulsora da maior parte da poluicao colocada no planeta. A Contabilidade vem atraves da evidenciacao dos itens ambientais em seus relatorios, demonstracoes contabeis e notas explicativas, demonstrarem a situacao da azienda em relacao ao seu comportamento com o meio ambiente. A pesquisa elaborada se deu em documentos das empresas, como: relatorios da administracao, relatorios de problemas ambientais das empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas. Como tambem se pesquisou em livros, artigos, dissertacoes, monografias, teses, dos assuntos abordados nesse trabalho. Comentou-se tambem em temas como: as causas e os efeitos de poluicao na natureza, os tratados internacionais que tratam da protecao do meio ambiente, o protocolo de kioto, dos mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL), os certificados de reducao de emissoes de poluentes (CREs), os creditos de carbono, a norma ISO 14001 que trata do equilibrio da protecao ambiental e prevencao da poluicao, os principios ambientais. Esse estudo teve como objetivo: Como as empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas, listadas na Bolsa de Valores de Sao Paulo (BOVESPA) evidenciam itens ambientais? Diante disso, esse trabalho visa relevar como as empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas, cadastradas na BOVESPA e na CVM, evidenciam seus itens ambientais. Portanto, foi elaborado urn estudo das empresas Fertilizantes Fosfertil S.A, Fertilizantes Heringer S.A, Nutriplant Industria e Comercio S.A e Yara Brasil Fertilizantes S.A, que na oportunidade realizou-se urn levantamento dos dados atraves dos relatorios da administracao, dos relatorios de problemas ambientais, das demonstracoes contabeis, das notas explicativas dos anos de 2005 ate 2009 de cada empresa citada. Portanto, verificou-se que a maioria das empresas examinadas nao evidencia em valores reais sua participacao em combater as poluicoes causadas pelas mesmas, e que a empresa Fosfertil Fertilizantes S.A., foi a unica que apresentou nos seus relatorios nos 05 anos investigados, valores em reais de investimentos no meio ambiente e ficou constatado tambem que nenhuma dessas empresas mencionadas evidencia informacoes ambientais nos demonstratives (BP, DRE, DMPL, DVA, DFC).

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For that companies operate requires the use of financial resources, natural resources extracted from environment, but also of social resources. For activities produced by companies to expand and should be a balance between companies and resources utilized for the future will not miss, but also consciousness of environment preservation. In addition, visa and the imposition of society charging for that pollutes less, companies began to worry about the environment, since it is the great driving most pollution placed on the planet. Accounting comes through the disclosure of environmental items on their reports, financial statements and explanatory notes, demonstrate the situation of azienda over its behavior with the environment. The search produced in documents of companies such as: Administration reports, reports of environmental problems of the companies of the branch of fertilizers and agrochemicals. How well researched in books, articles, dissertations, monographs, theses, covered in this work Affairs. Also Commented on topics such as: the causes and effects of pollution in nature, international treaties dealing with the protection of the environment, the Kyoto Protocol, clean development mechanisms (CDM), certificates of reducing emissions of pollutants (CREs), carbon credits, ISO 14001 that comes to balance environmental protection and pollution prevention, environmental principles. This study aimed to: how companies branch of fertilizers and agrochemicals, listed on the Sao Paulo Stock Exchange (BOVESPA) highlight environmental items? That said, this work aims to highlight how companies in the industry of fertilizers and agrochemicals, indexed in CVM, BOVESPA and demonstrate their environmental items. Therefore, a study was prepared Fertilizer companies Fosfertil S.A, fertilizer Heringer S.A, Nutriplant Industria e Comercio S.A. and Yara Brazil Fertilizer S.A, that in this occasion a survey of data through the reports of the Administration, the reports of environmental problems, of the financial statements, of the explanatory notes of the years 2005 to 2009 of each company. Therefore, it was found that most companies examined not evident in actual values your participation to combat pollution caused by the same, and that the company Fosfertil Fertilizers S.A., was the only one that presented their reports in 5 years investigated, values in real investment in the environment and was noted also that none of these companies mentioned highlights environmental information in the financial statements (BP, DRE, DMPL, DVA, DFC).

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ART Artigo

BOVESPA Bolsa de Valores de Sao Paulo BP Balango Patrimonial

CE Comercio de Emissoes

CFC Conselho Federal de Contabilidade C 02 Dioxido de Carbono

COP3 Kyoto Protocol Climate Conference — Global

CQNUMC Convengao-Quadro das Nacoes Unidas sobre Mudangas Climaticas CRE Certificado de Redugao de Emissoes

CVM Comissao de Valores Mobiliarios DFC Demonstragao do Fluxo de Caixa

DMPL Demonstragao das Mutagoes do Patrimonio Liquido DRE Demonstragoes de Resultado

DVA Demonstragao do Valor Adicionado EIA Estudo de Impacto Ambiental ERU Unidade de Redugao de EmissSes GEE Gases de Efeito Estufa

IASB International Accounting Standard Board

IBRACON Instituto dos Auditores Independente do Brasil IC Implementagao Conjunta

IFRIC International Financial Reporting Interpretations Committee LTDA Limitada

MDL Mecanismos de Desenvolvimento Limpo MG Minas Gerais

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ONU Organizacoes das Nacoes Unidas R!MA Relatorio de Impacto Ambiental RMU Unidades de Remocao

PR Parana R$ Reais

S.A Sociedade Anonima

SGA Sistema de Gestao Ambiental

SNSA Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

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Quadro 1 Empresas Listadas no Segmento de Fertilizantes e Defensivos

Agricolas 24 Quadro 2 Empresa: Fosfertil - Relatdrios, demonstracoes e notas explicativas no ano

de 2005 62 Quadro 3 Empresa: Fosfertil - Relatorios, demonstracoes e notas explicativas

no ano de 2006 64 Quadro 4 Empresa: Fosfertil - Relatdrios, demonstrates e notas explicativas no ano

de 2007 65 Quadro 5 Empresa: Fosfertil - Relatdrios, demonstracoes e notas explicativas no ano

de 2008 66 Quadro 6 Empresa: Fosfertil - Relatdrios, demonstrates e notas explicativas no ano

de 2009 67 Quadro 7 Emp: Fertilizantes Heringer - Relatdrios, demonstracoes e notas explicativas,

ano 2006 68 Quadro 8 Emp: Fertilizantes Heringer - Relatdrios, demonstracoes e notas explicativas,

ano 2007 69 Quadro 9 Emp: Fertilizantes Heringer - Relatorios, demonstracoes e notas explicativas,

ano 2008 69 Quadro 10 Emp: Fertilizantes Heringer - Relatdrios, demonstracoes e notas explicativas,

ano 2009 70 Quadro 11 Empresa: Nutriplant - Relatorios, demonstracoes e notas explicativas no ano

de 2007 72 Quadro 12 Empresa: Nutriplant - Relatorios, demonstracoes e notas explicativas no ano

de 2008 72 Quadro 13 Empresa: Nutriplant - Relatdrios, demonstracoes e notas explicativas no ano

de 2009 73 Quadro 14 Empresa: Yara Fertilizantes - Relatorios, demonstracoes e notas explicativas

ano 2005 75 Quadro 15 Empresa: Yara Fertilizantes - Relatorios, demonstracoes e notas explicativas

ano 2006 76 Quadro 16 Empresa: Yara Fertilizantes - Relatorios, demonstracoes e notas explicativas

ano 2007 76 Quadro 17 Empresa: Yara Fertilizantes - Relatorios, demonstracoes e notas explicativas

ano 2008 77 Quadro 18 Empresa: Yara Fertilizantes - Relatorios, demonstrates e notas explicativas

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1 INTRODUCAO 15 1.1 Delimitacao do tema e problematica 19

1.2 Objetivos 21

1.2.1 Objetivo geral 21 1.2.2 Objetivos especificos 21

1.3 Justificativa 21 1.4 Procedimento metodologico 22

1.4.1 Natureza da pesquisa quanto a abordagem do problema 22

14.2 Classificagao quanto aos procedimentos 22 14.3 Classificagao quanto aos objetivos 23

1.4.4 Universo da pesquisa 24

14.5 Apresentagao e interpretagao dos dados 25

1.4.6 Procedimento da coleta dos dados 26

2 FUNDAMENTACAO TEORICA 27 2.1 Aquecimento global causas e efeltos de poluicao na natureza 27

2.2 Tratados internacionais de protecao ao meio ambiente 28

2.3 Protocolo de Kyoto 30

2.3.1 Comercio de emissao entre paises do anexo I 33 2.3.2 Implementagao conjunta de projetos para redugao das emissoes 33

2.3.3 Mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL) 34

2.4 Certificado de redugao de emissoes (CRE) 35

2.5 Credito de carbono 36

2.5.1 Contabilizagao dos creditos de carbono 37

2.6 Norma NBR ISO 14001 38 2.7 Principios Ambientais 40

2.71 Principio do desenvolvimento sustentavel 40

2.7.2 Principio da prevengao 41 2.7.3 Principio da precaugao 41 2.7.4 Principio do poluidor-pagador 42

2.8 Contabilidade ambiental 43 2.9 Sustentabilidade ambiental 45

2.91 Teoria do desenvolvimento sustentavel 46

2.9.2 Relagao homem/meio ambiente 47

2.10 Demonstracoes contabeis para fins de informacdes ambientais 48

2.11 Intangiveis 5 0

2.11.1 Ativos ambientais 50 2.11.2 Passivos ambientais 52

2.11.2.1 Estudo de impacto ambiental (ElA) 54 2.11.2.2 Relatdrio de impacto Ambiental (RIMA) 55

2.11.3 Custo de natureza ambiental 56 2.11.4 Despesa de natureza ambiental 57

2.11.5 Receita ambiental 57

3 DESCRICAO E ANALISE DOS DADOS 59 3.1 Empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas 59

Empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas, cadastradas

3 2 naCVM 61

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4 CONSIDERACOES F1NAIS 78

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recursos ambientais renovaveis e nao renovaveis. Ha tambem urn aumento da importancia dos temas ambientais para a comunidade dos negocios em termos de responsabilidade social. Para ALMEIDA (2002 apud ELIAS et. al. 2009, p. 03) nas empresas "as suas atividades produtivas devem, portanto, promover a interseccao entre os interesses dos investidores e os da sociedade em prol do desenvolvimento sustentavel." Nota-se que deve haver um equilibrio entre as empresas e os recursos utilizados, para que nao venha a faltar e tambem um processo de conscientizacao quanto a necessidade de preservar o meio ambiente das agressoes advindas dos processos de desenvolvimento.

Para BRAZ et al. (2009, p. 04) "Em uma perspectiva economica, as atitudes ambientais geram a ideia de aumento de custos do processo produtivo, com consequente impacto no resultado das empresas."

Inversamente DONAIRE (2009, p. 51) comenta:

[...] algumas empresas, porem, tern demonstrado que e possivel garthar dinheiro e proteger o meio ambiente mesmo nao sendo uma organizacao que atua no chamado 'mercado verde', desde que as empresas possuam certa dose de criatividade e condicoes intemas que possam transformar as restricSes e ameacas ambientais em oportunidades de negocios.

Na mentalidade dos administradores em referenda a natureza, o meio ambiente existia para que se pudessem explorar os seus recursos naturais, pois, nao havia uma preocupacao, crendo que servia apenas como materia prima para o processo de industrializagao de suas atividades e que nao necessitava de uma reposicao ou controle desses recursos naturais utilizados. As empresas se mostravam sem interesse em concordar com os problemas ambientais causados por elas (empresas), por pensarem que haveria aumento de gastos sem retorno, mas, hoje ha uma preocupacao maior, ja que as mesmas poderao sofrer prejulzos, se nao contribuirem em preservar o meio ambiente.

Segundo NEVES (2006, p. 36):

O aumento em nivel mundiai dos danos ambientais causados pelo desenvolvimento principalmente nos paises do primeiro mundo, bem como a crescente conscientizacao planetaria da necessidade de se encontrar barreiras as acoes agressivas ao ambiente, surgiu a preocupacao de se tentar diminuir o impacto ambiental direto produzido pelos frutos desse desenvolvimento, que sao os seus produtos. Consequentemente as indostrias foram forcadas por esta nova conscientizacao a adaptarem-se a uma nova realidade mais condizente com os anseios de preservagao, sob pena de perda de competitividade.

(17)

ParaMUNIZ (2008, p. 18):

No momento atual, o desafio das empresas esta relacionado as questoes ambientais e sociais, ou seja, a interacao harmoniosa entre seus processos e o meio no qual a empresa esta inserida, bem como arcar com as consequencias provenientes de suas atividades que tenham provocado alteracoes negativas no meio ambiente. Hoje os impactos ja podem ser reconhecidos em razao do conhecimento das atividades das entidades. Porem essa discussao nao existia ha decadas. Iniciou-se em um processo lento e gradativo.

Com a conscientizacao da populacao em obrigar as empresas a tomar atitude de responsabilidade com o planeta em referenda ao meio-ambiente, faz com que a contabilidade ambiental seja um dos temas mais debatidos na atualidade dentro das empresas, pois existe entre as nacoes uma intensa preocupacao com o futuro do planeta, uma vez que a poluicao ja esta interferindo na natureza ao ponto de prejudicar a saude do homem.

Segundo SINGER (2006 apud BEN e TONELLO 2007, p. 04), a consciencia de que a questao ambiental e o principal problema do seculo XXI esta cada vez mais ampla, apesar da resistencia de alguns paises, como os Estados Unidos e a Australia, de aderirem ao Protocolo de Kyoto.

Para LACERDA et. al. (2009, p. 06).

A sociedade esta diante de um dos seus maiores desafios, as alteracoes climaticas preconizadas pela comunidade cientffica, e que dia-a-dia vem se confirmando. A superacid deste desafio dependera de uma juncao estrategica das agendas governamental, empresarial, da sociedade civil organizada e ate mesmo de mudanca de valores individuals.

Como se ve, ha uma responsabilidade geral em se combater a poluicao colocada na natureza, ja que ocorrem mudancas no clima, detectado pelos estudiosos. Portanto, faz necessario que todos, governos, empresas, organizacoes governamentais e nao governamentais, combata os efeitos danosos expelidos na maior parte pelas empresas. Segundo BARBIERI (1997, p. 199 apud MATUCHEVSKI et al. 2006 p. 01-02):

O crescimento da consciencia ambiental, ao modificar os padroes de consumo, constitui uma das mais importantes armas em defesa do meio ambiente. Quando a empresa busca capturar oportunidades atraves do crescente contingente de consumidores responsaveis atraves de acoes legitimas e verdadeiras, essas acoes tendem a reforcar ainda mais a consciencia ambiental, criando um cfrculo virtuoso, na qual as atuacoes mercadologicas, marketing verde, como querem alguns se torna um instrumento de educacao ambiental.

(18)

A contabilidade como ciencia que registra os ativos e passivos das aziendas, e considerada uma importante fen-amenta para registrar os efeitos contra ou a favor da natureza, responsabilizados pelas empresas. Ha urgencia em encontrar uma solucao para o desequilibrio da natureza; para tanto se busca meios de progredir sem agredir o meio ambiente, ou seja, dai surgiu normas e processos nas empresas para assessorar no melhoramento ao combate da poluicao depositada no meio ambiente, na tentativa de alcancar solugoes sobre os efeitos danosos a natureza.

Segundo RIBEIRO (1992, p.56):

A contabilidade, enquanto instrumento de comunicacao entre empresas e sociedades, podera estar inserida na causa ambiental. A avaliacao patrimonial, considerando os riscos e beneficios ambientais inerentes as peculiaridades de cada atividade econdmica, bem como sua localizacao, podera conscientizar os diversos segmentos de usuarios das demonstracdes contabeis sobre a conduta administrativa e operacional da empresa, no que tange o empenho da empresa sobre a questao.

Como um importante instrumento na gestao comercial, a contabilidade com o intuito de quantificar a riqueza humana, ou seja, o patrimonio, podera tambem contribuir com os gestores na administracao empresarial do meio ambiente, tratando de cumprir com as normas e as leis que impulsionam as empresas a exerce-las.

Dentre essas normas, encontra-se no Brasil, atraves do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) por meio da Norma Brasileira de Contabilidade (NBT T15), a regulamentacao das informacoes para que as entidades devam demonstrar as informacoes de responsabilidade social e ambiental.

Para SOUZA et. al. (2010, p. 06):

A Norma Brasileira de Contabilidade NBT 15, de 06 de setembro de 2004, do Conselho Federal de Contabilidade, estabelece procedimentos de evidenciacao de informacoes de natureza social e ambiental. Estas informacoes tern o objetivo de demonstrar a sociedade a participacao e a responsabilidade social da entidade.

Segundo EPELBAUM (1997, p. 235):

Pode-se expressar sucintamente o comprometimento com o meio ambiente como sendo a continua intencionalidade e pratica em considerar a protecao ambiental nas decisoes gerenciais e operacionais cotidianas. Tal nocao de comprometimento, para ser considerada abrangente dentro das organizacoes, deve ser adotada por todos os seus niveis e funcSes, desde a alta administracao ate o nivel operacional.

(19)

No Brasil constitui no art. 225 paragrafo 1°, inciso VI, da Carta Magna que: "Todos tern direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Publico e a coletividade o dever de defende-lo e preserva-lo para presentes e futuras geracoes". Portanto, varios incentivos foram lancados para que se busquem medidas e alternativas com o menor prejuizo ambiental para o planeta, ou a neutralizacao efetuada anteriormente ao meio ambiente. Tem-se tambem o trabalho da contabilidade que auxilia as empresas na contabilizacao desses ativos e passivos ambientais, demonstrando o que se pode melhorar no sentido de produzir sem prejudicar o meio ambiente. Conforme destaca PAIVA (2003, p. 17), "a contabilidade ambiental pode ser entendida como a atividade de identificacao de dados e registros de eventos ambientais, processamento e geracao de informacoes que subsidiem o usuario servindo como parametro em suas tomadas de decisoes."

Dentre esses incentivos foram elaborados diversos projetos destinados a redueao da emissao de gases na atmosfera, principalmente o C 02, como se destaca nesse trabalho os

creditos de carbono, que se assemelham a uma moeda que se pode obter em iransacoes, ou seja, e um certificado que e emitido pelas agendas de protecao ambiental reguladoras, atestando que houve redueao de emissao de gases que contribuem para o efeito estufa. A comercializacao e feita por paises que tern um indice de emissao de C 02 reduzido, e

paises com alto indice de poluicao. A quantidade de credito de carbono das transacoes varia de acordo com a quantidade de emissao de carbono reduzido.

Ha pessoas que questionam sobre este sistema de credito de carbono, pois, veem como uma forma de favorecer o mercado global e nao apenas combater a poluicao. Observa-se que por outro angulo considera-se que, o sistema de credito de carbono da aos paises menos poluidores o incentivo para que continuem o processo de valorizar o meio ambiente. Deste modo, a contabilidade se apresenta em contribuir com a responsabilidade socio-ambiental das empresas, registrando os atos ambientais ocorridos, estando o atual trabalho baseado em informacoes das empresas cadastradas na Bolsa de Valores de Sao Paulo (BOVESPA) e na Comissao de Valores Mobiliarios (CVM) do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas.

O presente estudo se apresenta com o intuito de verificar se os relatorios, as demonstracoes e notas explicativas das empresas do segmento de fertilizantes e defensivos agricolas demonstram informacoes ambientais, conforme determinagao do conselho Federal de Contabilidade (CFC) e do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).

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11 Delimitagao do tema e problematica

Por serem mais exigidas pela sociedade, em relagao a ter mais cuidado com o meio ambiente, as empresas passaram a ter um comportamento e compromisso bem maior com a responsabilidade social. De acordo com TINOCO e KRAEMER (2004, p. 45), "a excessiva degradagao do meio ambiente e a redueao dos recursos naturais tern chamado a atencao em todo o mundo, e com isso o meio ambiente vem atraindo cada vez mais atencao e interesse."

A deterioracao no meio ambiente sao evidentes, crescentes e perigosas, o que se precisa urgentemente encontrar sao caminhos para amenizar ou solucionar essas poluigoes produzidas pelas empresas.

Para BEZERRA (2006, p. 07):

As provas da degradagao ambiental sao visiveis, ameacadoras e crescentes. O efeito estufa, causador do aumento da temperatura no planeta e, consequentemente, a elevacao do nive! dos oceanos; as chuvas acidas, destruindo lagos e solos; o buraco na camada de ozonio, considerado o causador da elevacao da incidencia de radiagoes ultravioletas, pondo em risco a propria existencia de vida na terra.

Essa preocupagao vem aumentando espago junto a sociedade, e a contabilidade tambem tern seu papel de contribuigao quando publica as atividades de comercializagao e contabilizagao ambientais das empresas.

Diante desses fatos os contabilistas passaram a compor tambem em seus trabalhos, o registro dos acontecimentos socio-ambientais, trazendo ao conhecimento dos usuarios as informagoes da aplicagao dos recursos para amenizar, ou mesmo combater os danos causados pelas empresas ao meio ambiente.

Portanto, e por meio de seus demonstratives que a contabilidade permite alertar os usuarios das informagSes em relagao a futuros passivos no acaso de nao preservar e nem recuperar os danos ambientais causados pelas entidades, porem, mesmo com o auxilio da contabilidade nao sao todas as empresas que entram nesse merito de evidenciar suas informagoes ambientais.

Nesse trabalho sao apresentadas as empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas, cadastradas no BOVESPA e na CVM, que demonstram nos relatorios da administragao, nos relatorios de problemas ambientais e notas explicativas, os investimentos de natureza socio-ambiental durante os anos de 2005 a 2009.

(21)

As atividades de fertilizantes e defensivos agricolas compoem-se de produtos cuja intencao e na melhoria do ecossistema, com a finalidade de produzir com qualidade os produtos sujeitos a suas aplicacoes. Por outro lado, sua composicao tern efeitos reagentes de produtos fisicos, quimicos ou biologicos, o que traz uma grande preocupacao, uma vez que, a aplicagao desses produtos nas lavouras sem orientacao responsavel pode acarretar danos ao solo e ao meio ambiente, o que provocaria aumento de poluicao nos solos e consequentemente na natureza.

Para GONCALVES & MONTEIRO (2007, p. 19):

O uso de defensivos agricolas e uma necessidade real em diversas lavouras, a descoberta de produtos e agentes capazes de preservar a lavoura da acao danosa de seres vivos considerados nocivos possibilitou grandes avancos na producao primaria no combate a diversas pragas. Porem, o mau uso deste metodo pode acarretar serios danos ao ambiente como a contaminacao de fontes de abastecimento de agua, das pessoas que manipulam e aplicam este o produto, da fauna e flora local, do ar e do solo.

O Decreto n° 4.074/02, que regulamenta a Lei n° 7802/89 (Lei dos Agrotoxicos) define que: Os defensivos agricolas s§o produtos e agentes de processos fisicos, quimicos ou biologicos destinados ao uso nos setores de producao, no armazenamento e beneficiamento de produtos agricolas, nas pastagens, na protecao de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hidricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composicao da flora ou da fauna, a fim de preserva-las da acao danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substancias de produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.

Observa-se que por utilizacao de processos fisicos quimicos e biologicos, fertilizantes e defensivos agricolas sao agentes que, se nao utilizados de forma ecologicamente correta pode provocar danos ao meio ambiente, o que transforma em uma preocupagao para humanidade, a exploracao dessa atividade.

Portanto, o presente trabalho pretende realizar uma abordagem nos relatorios, notas explicativas e demais demonstracoes das empresas da atividade de fertilizantes e defensivos agricolas, que estao cadastradas na BOVESPA e na CVM, a fim de apresentar quais os itens ambientais sao evidenciados. Diante do exposto surge o seguinte problema de pesquisa. Como as empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas, listadas na Bolsa de Valores de Sao Paulo (BOVESPA) evidenciam os itens ambientais?

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1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

• Demonstrar como as empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas, listadas na Bolsa de Valores de Sao Paulo (BOVESPA) evidenciam os itens ambientais.

1.2.2 Objetivos especificos

*> Apresentar a literatura acerca do tema Contabilidade Ambiental; • Identificar os itens ambientais;

• Analisar os instrumentos de evidenciacao;

• Demonstrar as diversas formas de evidenciacao dos itens ambientais; • Identificar atraves dos relatorios apresentados por estas companhias

onde sao evidenciados os Itens Ambientais;

1.3 Justificativa

O motivo da escolha do tema prende-se diretamente aos estudos sobre poluicao do meio ambiente e medidas preventivas, como a comercializaeao e contabilizacao dos itens ambientais, que e um recurso tecnologico que reduz a agressao ao meio ambiente.

Os efeitos gerais da poluicao tendo como consequencia a redueao da camada de ozonio e que pode trazer consequencia para o nosso planeta desperta importancia em estudar procedimentos que possam reduzir o efeito estufa, dai o valor de aprender todo procedimento em relagao a sensibilizacao das empresas em relac§o ao desequilibrio ambiental.

O estudo e de suma importancia para todos, pois a historia das chamadas relacoes entre sociedade e natureza e decisiva para salvar o planeta terra, pois, o future das geracoes esta se comprometendo, em virtude da poluicao ocasionada pelo veloz processo do desenvolvimento industrial.

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Para compreender o assunto, pode-se considerar o item ambiental "credito de carbono" como um titulo difundido no mercado capitalista mundial, uma nova "moeda" que tern por finalidade combater o aquecimento global.

Como a contabilidade utiliza-se de ferramentas para contabilizagao de todas as receitas e despesas das empresas, torna-se importante utiliza-la para verificar como as empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas que sao cadastradas na Comissao de Valores Mobiliarios (CVM) e na Bolsa de Valores de Sao Paulo (BOVESPA), registram seus ativos, passivos, receita e despesas ambientais.

1.4 Procedimentos metodologicos

O estudo realizado procedeu-se em livros, artigos, dissertacoes, monografias, pesquisa na internet, que foi abordado assunto relacionado ao meio ambiente, ja que as empresas estudadas, para a producao de suas atividades absorvem recursos naturais extraidos do solo, agua, produtoras de fertilizantes e defensivos agricolas.

1.4.1 Natureza da pesquisa quanto a abordagem do problema

Nessa pesquisa o problema abordado compoe-se de dois tipos de pesquisa: qualitativa e quantitativa.

Predomina-se nesse estudo a pesquisa qualitativa, pois de acordo com BEUREN (2006, p. 92) nessa pesquisa "concebem-se analises mais profundas em relagao ao fenomeno que esta sendo estudado".

Segundo MOREIRA (2004, p. 04), "a pesquisa empirica e necessaria para que enunciados sejam verificaveis ou para confirmar conjecturas no campo das ciencias humanas e sociais." Consequentemente, esse trabalho monografico trata tambem de pesquisa qualitativa, tendo em vista que, proporciona informagoes atraves da analise, compreensao e descrigao do objeto de estudo.

1.4.2 Classificagao quanto aos procedimentos

Utilizou-se para esta pesquisa os tipos, bibliografico e documental, que permite um aprofundamento da pesquisa. O presente trabalho buscou um embasamento acerca

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do tema em diversas fontes como: livros, dissertacoes, artigos cientfficos, periodicos, internet, com o intuito de fornecer um conhecimento previo sobre o tema em estudo. BEUREN (2006, p. 86) focaliza que "por ser de natureza teorica, a pesquisa bibliografica e parte obrigatoria, da mesma forma como em outros tipos de pesquisa, haja vista que e por meio dela que tomamos conhecimento sobre a producao cientifica existente".

Segundo GIL (1996, p.48), a pesquisa bibliografica "e desenvolvida de material ja elaborado, constituido principalmente de livros e artigos cientfficos".

Portanto, utilizou-se nesse trabalho de dados bibliograficos com o intuito de proporcionar conhecimento necessario para o desenvolvimento da pesquisa.

Para SILVA e GRIGOLO (2001, apud BEUREN 2006, p.89) a pesquisa documental:

Vale-se de materials que ainda nao receberam nenhuma analise aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa, assim, selecionar, tratar e interpretar a informac§o bruta, buscando extrair dela algum sentido e introduzir-lhe algum valor, podendo desse modo, contribuir com a comunidade cientifica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel.

Verifica-se que a pesquisa documental desenvolve-se por materials que nao houve uma verificacao profunda, que permita detalhar melhor sobre o assunto analisado. Portanto proporciona o conhecimento melhor sobre o tema abordado servindo de embasamento para posteriores analises. Portanto, os documentos analisados foram os relatorios da administracao, as notas explicativas e os relatorios de problemas ambientais que sao encontrados no site da BOVESPA. Os relatorios da administracao sao documentos emitidos pelas empresas cadastradas na Bolsa de Valores de Sao Paulo, que relata as demonstrates financeiras consolidadas referentes a cada exercicio encerrado acompanhado do parecer dos auditores independentes e do parecer do conselho fiscal de cada empresa. Nas notas explicativas sao mencionados os resumos das principals praticas contabeis das empresas. Enquanto que os relatorios de problemas ambientais sao destacados o desempenho ambiental das empresas a cada ano.

14.3 Classificagao quanto aos objetivos

O presente estudo busca atraves da pesquisa exploratoria, proporcionar informagoes detalhadas sobre como as empresas cadastradas na BOVESPA e na CVM que exerce atividade na fabricacao de produtos quimicos e utiliza recursos naturais, possuem itens ambientais relacionados aos ativos, passivos, receitas e despesas ambientais.

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De acordo com BEUREN (2006, p. 80) "por meio do estudo exploratorio, busca se conhecer com maior profundidade o assunto, de modo a torna-lo mais claro ou constituir questoes importantes para a conducao da pesquisa".

Segundo VERGARA (1998, p. 45): "A investigagao exploratoria e realizada em area na qual ha pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, nao comporta hipoteses que, todavia, poderao surgir durante ou ao final da pesquisa".

Dessa forma, buscou-se aprofundar o conhecimento do tema abordado, com o intuito de torna-lo mais claro, bem como surgir novas questoes.

1.4.4 Universo da pesquisa

Na pesquisa buscou-se atraves dos relatorios e demonstratives contabeis das empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas, cadastradas que estao disponiveis no site da Comissao de Valores Mobiliarios (CVM) e da Bolsa de Valores de Sao Paulo (BOVESPA), demonstrar as evidenciagoes dos itens ambientais. As empresas relacionadas no quadro labaixo, para a fabricagao dos seus produtos usam na sua composigao materia prima extraida do meio ambiente, e ao mesmo tempo colocam no solo, nas aguas e na atmosfera componentes poluidores, proporcionando assim, que haja demonstragoes contabeis evidenciando informagoes ambientais de suas atividades.

Portanto, segue abaixo as empresas que compoe o estudo abordado nesse trabalho, cadastradas na BOVESPA e na CVM e que demonstram seus itens ambientais.

Quadro 1 - Empresas Listadas no Segmento de Fertilizantes e Defensivos Agricolas FOSFERTIL - Fertilizantes Fosfatados S.A.

HERINGER - Fertilizantes Heringer S.A. NUTRIPLANT - Industria e Comercio S.A. YARA BRASIL FERTILIZANTES S.A.

Fonte: http://www.bmfbovespa.com.br/cias-listadas/empresas-listadas/BuscaEmpresaListada.aspx?segmento=Fertilizantes+e+Defensivos&idioma=pt-br

A empresa Fosfertil - Fertilizantes Fosfatados S.A. tern como atividade constatada no seu estatuto social, o aproveitamento de jazidas minerais, mediante a pesquisa, a lavra e a concentragao de rochas fosfaticas; o aproveitamento industrial de minerios fosfatados e associados, incluindo nestes o aproveitamento de outros minerios e minerais, associados ou

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nao a estes e tambem a obtencao de outros produtos quimicos; a fabricacao de fertilizantes e outros produtos para a agricultura e pecuaria; e o comercio, transporte, exportagao e importagao desses produtos.

No estatuto social da empresa Fertilizantes Heringer S.A., as atividades sao: a importacao, exportacao, comercio e industria de fertilizantes, corretivos agricolas em geral e insumos de solo, a importagao, exportacao e comercio de materiais agricolas em geral, insumos agropecuarios modernos e produtos veterinarios, a exploracao de transporte rodoviario, a prestaeao de servicos a terceiros, e a construcao civil de fabricas de sua propriedade.

As atividades fabris da empresa Nutriplant Industria e Comercio S.A., sao a industrializacao e comercio, importagao e exportagao, manufatura, venda, distribuigao e preparagao de fertilizantes, fertilizantes organo-minerais, micro-nutrientes, herbicidas, fungicidas,

inseticidas, espalhantes adesivos e outros defensivos agricolas em geral, produtos quimicos industrials, bem como seu processamento, ragao animal, sementes, comercio de mercadorias, processamento e enriquecimento de metais secundarios e produtos afins.

Ja a empresa Yara Brasil Fertilizantes S.A., expoe no seu estatuto social que as atividades compoem-se na industrializagao, comercio, importagao e exportagao de fertilizantes, simples ou compostos, materias-primas correlatas e corretivos do solo; na produgao, importagao, exportagao e comercio de mercadorias e insumos relacionados com as atividades agricolas e pecuarias, tais como sementes, lonas, defensivos, maquinas e implementos agricolas. O estudo foi realizado nas empresas do ramo de atividade de fertilizantes e defensivos agricolas, conforme cadastro na Comissao de Valores Mobiliarios e na Bolsa de Valores do Estado de Sao Paulo, visando atender as problematicas do referido estudo.

1.4.5 Apresentagao e interpretagao dos dados

A realizagao dos estudos desse trabalho definiu-se por uma leitura dos documentos relativos a cada empresa, no sentido de alcangar as informagoes divulgadas nos seus documentos. Portanto, se buscou examinar os balangos, as demonstragoes contabeis, os relatorios da administragao, os relatorios de problemas ambientais e as notas explicativas publicadas pelas empresas do ramo de fertilizantes e defensivos agricolas, cadastradas na BOVESPA. Observados todos os documentos, foi elaborada uma investigagao, que se procurou evidenciar em quais demonstragoes e relatorios estao abordadas e evidenciadas as questoes referentes ao problema questionado nesse trabalho.

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1.4.6 Procedimento da coleta dos dados

Para a coleta de dados foi utilizado o site da BOVESPA que localizado, procurou-se nas empresas listadas o setor de atuagao e o segmento de cada empresa dos anos de 2005 ate o ano de 2009. Pesquisou-se nos relatorios financeiras atraves das demonstragoes financeiras padronizadas (DFP) e nas informagoes anuais (IAN) de cada empresa mencionada nesse trabalho. Alem da coleta desses dados, ainda foi levantado no site de cada empresa outras informagoes que produzisse efeitos de conhecimento a respeito de investimentos no meio ambiente.

Atraves da pesquisa foram encontrados nas demonstragoes financeiras padronizadas e nas informagoes anuais, os relatorios da administragao, as notas explicativas, os relatorios de problemas ambientais elementos que comprove evidenciagoes de natureza ambiental. Alem desses documentos citados acima, ainda foi analisado os balangos patrimoniais, as demonstragoes de resultado do exercicio, as demonstragoes de fluxo de caixa, as demonstragoes das mutagoes do patrimonio liquido e a demonstragoes do valor adicionado, que nao apresentaram nenhuma informagao da natureza socio-ambiental. Sendo atraves dos relatorios da administragao, das notas explicativas e dos relatorios de problemas ambientais que se podem extrair os dados.

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A estrutura industrial dos paises que possuem tecnologia de ponta resulta em implicates drasticas para a sociedade, considerando que estes liberam uma grande quantidade de gases poluidores na atmosfera provocando o efeito estufa, devido tambem a varios fatores como, o desmatamento e queimadas em longa escala, emissao de poluentes jogados nas fontes naturais como os lencois freaticos, contaminacao do solo, etc.

MACIEL et. al.(2009, p. 02) atentam que:

De acordo com os estudos realizados pelo Intergovernmental Panel on

Climate Change, o qual reune mais de 200 cientistas de diversos paises e

areas de conhecimento, as principals consequencias decorrentes do aquecimento global sao: a) a elevacao do nivel dos oceanos; b) o derretimento das geleiras e das calotas polares; c) a perda da biodiversidade da fauna e flora; d) o aumento da incidencia de doencas transmissi'veis por mosquitos e outros vetores (malaria, febre amarela e dengue, por exemplo); e) a mudancas no regime de chuvas; f) a intensificacao de fendmenos climaticos extremos (tais como secas, inundacdes, ciclones e tempestades tropicais); g) a desertificacao e perda de areas agriculturaveis; h) o acirramento dos problemas relacionados ao abastecimento de agua doce; i) o aumento de fluxos migratorios de animais.

SCHOENINGER (2006, p. 04) comenta que "o acumulo de carbono na atmosfera, oriundo da queima de combustiveis fosseis ou de queimadas, e um dos principais responsaveis pelo aumento da temperatura na terra, constituindo-se no principal gas do efeito estufa.

Assim sendo, tudo isso produzindo situacSes para o desequilibrio da terra, e com isso provocando aquecimento do nosso planeta, elevando a temperatura da terra, ou seja, o efeito estufa, e o que se observa devido a essas situacoes e que todos os tipos de vida existentes na biodiversidade nao suportariam e por consequencia deixariam de existir dentro de pouco tempo se nao for feito alguma coisa para impedir tanta poluicao no planeta terra. Diante de tanta poluigao produzida por nos, diversos paises comecaram a se preocupar com a degradagao da natureza e apresentar situacoes para o seu equilibrio e redugao de suas participates no volume de poluigao do planeta, ja que de imediato torna-se imposslvel erradicar todas essas producoes maleficas no nosso planeta.

Segundo MACIEL et. al. (2009, p. 02) Ha alguns anos atras, com as novas constatacoes cientificas alarmantes sobre o aquecimento global, os principais paises considerados

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poluidores do meio ambiente, pressionados pela midia e organizagoes, passaram a discutir o assunto.

Para BITO e SEGRETI (2006, p. 03):

As constantes emissoes de gases e a ameaga ambiental, por meio da destruicao de florestas e do ecossistema, aumentam o efeito estufa, situagao que causa mudangas climaticas e aquecimento global, pois os gases retem o calor e alteram o equilibrio termico e climatico.

Observa-se que diversas atitudes poluidoras produzidas pelo homem e depositadas na natureza e a grande ameaga para a extincao da qualidade de vida de todos nos, como tambem a perda da biodiversidade. Portanto, se faz necessario estudar as melhores maneiras, na tentativa da estabilizacao ou o controle de poluigao, para que seja possivel conviver poluindo-se pouco, senao a propria humanidade pagara por essa deterioragao. Assim sendo, um dos indicadores positivos para esse equilibrio e a aquisigao e venda de credito de carbono.

2.2 Tratados internacionais de protecao ao meio ambiente

Marcada como a decada da abordagem dos problemas ambientais, surgiu nos anos 80 as primeiras discussoes referentes aos assuntos relacionados ao meio ambiente, onde, destacou-se o efeito estufa, como uns dos desafios a serem perseguidos por todas as nagoes. Naquela epoca nao havia uma preocupagao quanto aos efeitos reais que causariam o aquecimento do planeta. Diante disso diversos paises ignoravam esses fatos e continuavam a prejudicar mais ainda o meio ambiente.

Segundo TRIPOLI et a/. (2008, p. 02):

O aquecimento global e uma realidade. Estudos cientfficos demonstram uma forte correlagao entre o incremento da temperatura e o aumento vertiginoso da concentragao de gases de efeito estufa na atmosfera, em especial de dioxido de carbono, verificado a partir do inicio da era industrial. Esse tema constitui uma preocupagao crescente da comunidade internacional desde a decada de 1980. Tanto e assim que durante a Conferencia das Nagoes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, foi firmada a Convengao-Quadro das Nagoes Unidas sobre Mudangas Climaticas e, em 1997, aprovado o Protocolo de Quioto, que cria meios de controle das emissoes daqueles gases.

Portanto, a Organizagao das Nagoes Unidas (ONU), pioneira em tentar combater o aquecimento do nosso planeta, que com sua credibilidade comegou a adotar normas imediatas para a solugao da situagao. Logo depois foi firmada a Convengao-Quadro das Nagoes Unidas sobre Mudangas Climaticas (CQNUMC) durante a Rio-92, na cidade do Rio

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de Janeiro, realizada entre os dias 3 e 14 de julho de 1992, que objetivou tracar compromissos para as nagoes estipulando metas de redueao de emissoes de gases poluentes e ampliou mecanismos de mercado a fim de auxiliar paises a diminuirem suas emissoes. Foi estabelecida uma agao conjunta das nagoes para combater os efeitos do aquecimento global, com o aparecimento da Agenda 21.

Depois da Agenda 21, outros quatro processos foram assinados: a Declaracao do Rio, a Declaracao de Principios sobre o Uso das Florestas, o Convenio sobre a Diversidade Biologica e a Convengao sobre Mudangas Climaticas.

Segundo PIRES (2006, p. 18):

Nessa Assembleia, na esteira da Conferencia das Nagoes Unidas sobre o Meio ambiente Humano (Conferencia de Estocolmo, 1972), da Convengao de Viena para Protegao da camada de Ozonio (1985) e do Protocolo de Montreal sobre Substancias que Destroem a Camada de Ozdnio (1987), foi aberta a assinaturas, no dia 04 de junho de 1992, a Convengao-Quadro das Nagoes Unidas sobre Mudangas Climaticas (CQNUMC), regulamentada pelo Protocolo de Kioto, com o objetivo de estabilizar, por meios de mecanismos especificos, a concentragao de gases causadores do efeito estufa (GEE) na atmosfera terrestre, que estao a ameagar, perigosamente, o sistema climatico, causando danos irreparaveis a biodiversidade do planeta.

Esses mecanismos estao expressos no documento que ficou conhecido como Protocolo de Kyoto. Este documento preve o acordo entre diversos paises em programar e lutar por um conjunto de medidas no sentido de sustentar para que se tenha um desenvolvimento limpo do planeta, atraves de meio de mecanismos flexiveis. Importantes alternativas e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Mecanismo esse que cria redugoes certificadas de emissoes, comumente conhecida como creditos de carbono, que acordados entre paises para o cumprimento de pactos ambientais.

A partir do protocolo de Kyoto elaborado no Japao, foram criados mecanismos para redugao de gases de efeito estufa, principal gerador do aquecimento global do nosso planeta. O Protocolo de Kyoto classificou os paises em grupos, conforme o Anexo 11 do referido

protocolo que apresenta aqueles paises desenvolvidos e que emite alto indice de emissao de gases poluentes e, assim sendo com a obrigatoriedade de reduzir tal emissao no periodo de 2008 a 2012 que e de 5,2% tomando por base as emissoes do ano de 1990, que ficou

1 Partes Anexo I: compostas pelos paises desenvolvidos, ricos e industrializados, e alguns paises

com sua economia em transigao, como a Russia e a Europa Oriental;

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conhecido como periodo de compromisso, e que implica contabilmente os resultados das empresas que produzem e colocam na natureza, poluentes.

Para KUNZ e PALHARES (2004) apud JUSTI (2007, p. 51), "isto criou um conceito importante dentro do protocolo, possibilitando a formagao de um mercado internacional para comercializacao de creditos de carbono, facultando as empresas ou paises que estiverem abaixo do indice de redugao esperada vender estes creditos para outras empresas ou paises que nao conseguirem alcancar a redueao esperada".

Conforme o Ministerio de Ciencia e Tecnologia (BRASIL 2006):

Os paises signatarios do Protocolo de Quioto foram divididos em dois grupos, de acordo com seu nivel de industrializacao; no primeiro grupo foram agrupados os paises desenvolvidos, que assumiram o compromisso de diminuir, no horizonte compreendido entre os anos de 2008 e 2012, suas emissoes de GEEs em 5,2% na media, com relagao aos niveis de 1990. O segundo grupo, formado pelos paises em desenvolvimento, pode auxiliar na redueao de emissao desses gases, embora nao tenham um compromisso legal de redueao ate 2012.

A importancia de saber da gravidade das mudangas do clima na terra e o procedimento da mobilizagao internacional, iniciando assim no final dos anos 80, ficam evidenciados a partir desse momento, onde diversas conferencias internacionais aconteceram. A Conferencia das Nagoes Unidas sobre o Meio Ambiente Humano de Estocolmo em 1972 foi o marco normativo sobre o sistema de protegao ao Meio Ambiente, onde gerou varios estudos sobre o clima, chegando ao consenso para o regime da mudanga climatica.

2.3 Protocolo de Kyoto

Em meio as conferencias realizadas, destaca-se a desempenhada em Kioto no Japao, denominada de COP-3, realizada em dezembro de 1997, onde logo foi nomeada de Protocolo de Kioto, que representa metas de diminuigao de gases do efeito estufa. Elaborado em 1997, mas, so em 16 de fevereiro de 2005 e que de fato comegou a ser executado com objetivo a redugao das taxas de emissao de gases do efeito estufa na atmosfera. Com a incorporagao da Russia, foram designadas com os seus companheiros de nagoes, responsabilidades comuns, mas com diferengas entre os paises que compoem o anexo do protocolo com os que nao fazem parte.

Segundo MACIEL et. al. (2009, p. 93):

O Protocolo estabelece que os paises desenvolvidos, principais responsaveis pela poluigao do planeta, reduzam as emissoes dos gases de efeito estufa em 5% abaixo dos niveis del 990, para o primeiro periodo de

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compromisso de 2008 a 2012. Esse compromisso com vinculagao legal promete produzir uma reversao da tendencia histdrica de crescimento das emissoes iniciadas nesses paises ha cerca de 150 anos.

Para CALSING (2005, p. 143) "uma das grandes inovagoes do Protocolo foi justamente definir metas proprias para cada pals e vincular o cumprimento dessas normas com medidas sancionatorias, fazendo assim com que a Convengao ganhe em eficacia e efetividade."

Ja ARAUJO (2007, p. 47) comenta:

Vale ressaltar que dos 28 artigos do Protocolo merecem destaque a proposta de um sistema nacional para a estimativa das emissoes de gases do efeito estufa e da quantidade de gases removida pelos sumidouros, regides cuja dinamica ambiental e capaz de absorver os GEEs; a busca por transferencia de tecnologias ambientalmente seguras de propriedade publica; e a criagao, no setor privado, de um ambiente propicio a promogao dessas tecnologias.

A inquietagao do mundo em referenda ao aquecimento global desencadeou um novo aspecto relacionado ao tratamento a protegao ambiental, ja que as mudangas no clima atingem todos os paises, que contribuiram ou nao para desencadear ainda mais o aquecimento global. Com isso, diversas reunioes entre os paises visando encontrar solugoes para amenizar os problemas ambientais do planeta foram discutidas.

ARAUJO (2007, p. 14) cita que o Protocolo de Kioto tern a "missao alcangar a estabilizagao da concentragao de gases na atmosfera, reduzindo sua interferencia no clima e, portanto, contribuindo para a sustentabilidade do planeta".

Um acordo estipulando um vinculo legitimo com a intengao de reverter os impactos Iniciado ha mais de 150 anos pelos paises desenvolvidos, exemplifica bem esse protocolo.

Para GUTIERREZ (2007, p. 04)

O aspecto mais interessante do protocolo e a criagao de mecanismos que estimulem o surgimento de mercados/projetos geradores de redugdes certificadas, atraves dos artigos 12 e 17, que abrem a possibilidade de que os paises em desenvolvimento, como o Brasil, por exemplo, participem desse mercado numa situagio, possivelmente, de vendedores Ifquidos de direitos de emissao.

Diante do exposto, o protocolo de Kyoto estabelece que os paises desenvolvidos que sao os que mais poluem o meio ambiente, reduzam sua emissao de gas na atmosfera em ate 5% com relagao ao historico de 1990, a fim de reduzir os efeitos estufa com a emissao de gases que destroem a camada de ozonio. Os principais paises que compoem o Anexo I, estao distribuidos na Tabela I, abaixo.

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Tabela 1 - Protocolo de Kyoto, composicao do Anexo I, paises selecionados. Paises do (a) Emissoes CO Participacao % sobre % redueao em

AnexoI 2

em 1990 (mil t) Anexo I Total Total Global relagao a (a)

EUA 4.819.166 34,5 21,62 7,0 Russia 3.708.734 26,55 16,64 0,0 Japao 1.071.444 7,67 4,81 6,0 Alemanha 1.012.443 7,25 4,54 8,0 Reino Unido 563.647 4,04 2,53 8,0 Canada 425.055 3,04 1,91 6,0 Italia 399.142 2,86 1,79 8,0 Poldnia 347.838 2,49 1,56 6,0 Australia 266.204 1,91 1,19 0,0 Outros 1.354.932 9,7 6,08

-Total/media 13.968.605 100 62,66 5,2%

Fonte: Adaptada da Pesquisa UNFCCC (2003)

Observa-se que na tabela 01, os paises que mais emitiram poluentes na natureza foram Estados Unidos da America, Russia, Japao e Alemanha. Os Estados Unidos da America totalizou um percentual de 21,62% de emissoes de poluentes, a Russia emitiu quase 17% de gases poluidores, o Japao perfez uma quantia de 4,81% de emissao de gases, ja a Alemanha colocou na natureza um montante de 4,54% o que corresponde a 1.012.443 de emissao de C02. Em contrapartida os paises que menos exportaram para o meio ambiente

gases de efeitos estufa foram: Australia com 1,19%, Polonia com 1,56%, Italia com 1,79% alem do restante dos outros paises que compoem o Protocolo de Kioto, que totalizaram 6,08% de emissao de gases poluentes.

Alem dessas imposigoes relatadas no protocolo de Kioto, ha tambem tres mecanismos flexiveis, para transferencias para outros paises que nao conseguiram cumprir esses tratados, ou seja, objetiva ajudar as nagoes do Anexo I a diminuir o custo na finalidade de cumprir as metas de emissao de gases de efeito estufa na atmosfera. Sao eles:

•/ Comercio de emissoes (CE);

s Implementagao conjunta (IC); e

V Mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL).

Esses mecanismos visam encontrar um meio para que as empresas possam explorar suas atividades, sejam elas com a capacidade de produzir cumprindo o que determina o protocolo, como tambem empresas que pagam para que possam poluir, enquanto outras investem em projetos onde as mesmas conseguem diminuir a emissao de gases poluidores na natureza.

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2.3.1 Comercio de emissao entre paises do anexo I

No atendimento aos paises que cumpriam com a redueao de emissao de gases de efeito estufa, necessarios era proporcionar uma maneira que oferecesse a esses paises praticantes dessa redugao, uma compensagao pelo cumprimento determinado no Protocolo de Kioto. Constituido no artigo 17, este dispositivo visa a compra e venda de emissoes de carbono, onde os Estados Unidos ja usa para a redugao do dioxido de enxofre, causador da chuva acida.

ParaMUNIZ (2008, p. 31):

0 comercio de emissdes consiste em permitir que paises comprem e vendam cotas de emissoes de gas carbdnico, chamado tambem de permissoes de emissoes, pois os paises que poluem muito podem comprar "o direito de emitir" nao usados daqueles que "tern direito" a mais emissoes do que o que normalmente geram.

Esse comercio e realizado com repartigao de cotas, ou seja, e a negociagao da venda de cotas nao usadas pelas nag5es que alcangam emissao menor do que suas cotas previstas, aos paises que nao atinge suas emissoes ao numero de suas cotas estipuladas.

2.3.2 Implementagao conjunta de projetos para redugao das emissoes

Havia tambem entre os paises composto do anexo I, aqueles que conseguiam reduzir seus efeitos devastadores e com isso haveria uma sobra, na qual tambem poderia ser colocada a disposigao de paises que nao cumpriam o determinado no Protocolo de Kioto.

Conforme consta no artigo 6 do Protocolo de Kyoto (1997), "as Partes incluidas no Anexo I podem transferir para qualquer outra parte, ou adquirir de quaisquer outras, unidades de redugao de emissoes (Emission Reduction Unit- ERU), resultantes de projetos."

De iniciativa dos Estados Unidos da America e de exclusividade dos paises do Anexo I, que propoe a aquisigao de paises do Anexo I com outros paises do mesmo anexo, compra de Unidades de Redugao de Emissoes (ERUs) que representa o restante de projeto destinado a diminuir as emissoes, ou Unidades de Remogao (RMUs) que trata da remogao por sumidouros, dos gases de efeito estufa e contabilizar essas ERUs e RMUs nas suas cotas de redugao de emissao.

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2.3.3 Mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL)

Em entendimento no encontro que marcou a ECO-92, pafses pactuaram um laco onde propuseram a elaborar uma estrategia global para proteger o sistema climatico para geragoes presentes e futuras.

Segundo JUSTI (2007, p. 53):

O denominado MDL, apresentado como a terceira estrategia possfvel para redueao dos Gases do Efeito Estufa (GEE), consiste em um mecanismo de mercado, pelo qual o desenvolvimento sustentavel promove acdes atenuantes aos impactos ambientais adversos, tambem, promove ganhos econdmicos e financeiras aos parceiros envolvidos, atraves da comercializacao dos creditos de carbono.

Como tentativa de oferecer ao mundo um dispositivo inibidor de poluentes na atmosfera, o MDL se apresenta como uma estrutura minimizadora com efeito de ganho para os paises que nao praticam alem do permitido a exportacao de gases de efeito estufa na natureza, que comercializam com paises nao capaz de cumprir o regulamento do artigo 12° do Protocolo de Kyoto.

O Brasil esta localizado numa posicao privilegiada, onde ocupa lugar de pais em desenvolvimento e que pratica as determinagoes do Protocolo de Kioto em minimizar os efeitos dos gases poluentes.

Para KLABIN (2000, p. 41):

O Brasil encontra-se em uma situagao impar, pelo grande territorio que ocupa em latitudes tropicais e semitropicais, para desenvolver reflorestamentos voltados para absorgao de carbono. A opgao mais correta sao os sistemas agroflorestais, onde a recuperagao da vegetagao original esta associada a florestas de uso multiplos, atraves do plantio de especies nativa e especies de crescimento rapido, implicando na absorgao de C02 e na manutengao dos outros servigos ambientais das florestas.

Ja COELHO er. al. (2008, p. 1) "O Brasil nao tern compromisso de redugao de emissoes dos GEEs, pois e considerado um pais em desenvolvimento e sua energia e considerada limpa." Como pais em desenvolvimento e por ter a maior area de florestamento do mundo, o Brasil incorpora como uma nagao que polui menos, com isso, esta inserida como o grande fornecedor de credito de carbono, ja que suas especies de mata sao de variedades multiplas, com a vantagem de reprodugao instantanea, portanto, conquistando assim, lugar de destaque como um dos paises que menos causa danos a natureza.

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Nota-se que, o MDL atende aos paises desenvolvidos como tambem os paises em desenvolvimento, na proporgao que, enquanto os paises em desenvolvimento recebem recursos para refazer suas areas atingidas pela poluicao causada pela empresas, os paises desenvolvidos pagam pelas suas contas ambientais, complementando o dispositivo do artigo 3° do Protocolo de Kioto, usando-se das reducoes certificadas e exercendo o ajuste enumerado do limite de redueao de emissoes.

Para ARAUJO (2007, p. 47):

Por meio desse mecanismo, os paises desenvolvidos podem optar por financiar a redugao da emissao fora de seus territdrios, notadamente em paises em desenvolvimento, onde os custos de tal redugao sao menores. Esse tipo de mecanismo foi estruturado a partir do principio "Poluidor Pagador", no qual se preve a cobranga de uma taxa para alguma iniciativa de corregao daquela poluigao.

Como representagao da unica maneira de compensagao entre poluidores e nao poluidores o MDL, sofre criticas quando admite a continuagao de grandes poluidores colocarem na natureza substancias nociva a toda natureza. Por outro lado o MDL e o meio de angariar recursos para aplicagao em projetos de limitagao de degradagao do meio ambiente ocasionado pelos paises desenvolvidos.

2.4 Certificado de redueao de e m i s s o e s ( C R E )

Decidido pelo Protocolo de Kioto e enunciado pelo Comite Executivo, o Certificado de Redugao de Emissoes e uma unidade publicada, com objetivo de comercializagao do carbono evitado, nos Projetos de MDL que logo apos ser apresentada, uma entidade operacional estuda os moldes do projeto, que estando de acordo com o conjunto de regras do Protocolo, destina as etapas de validagao e registro, com objetivo de aprovagao de uma autoridade nacional para participagao no MDL.

MACIEL et. al. (2009, p. 95) afirma que:

A Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) define os Certificados de Redugao de Emissoes (CREs), em ingles Certified Emission

Reduction, como documentos emitidos pelo Conselho Executivo da

CQNUMC no ambito do Protocolo de Quioto. Referidos documentos provam que determinado projeto traduziu o sequestra ou a absorgao de gas carbdnico ou a redugao de emissao de gases de efeito estufa por meio de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

ARAUJO (2007) apud MACIEL et. al. (2009, p. 07) "destaca que os CERs serao emitidos por uma organizagao credenciada e corresponderao a redugoes que decorram da implementagao de um projeto, sem a existencia do qual as emissoes seriam mais elevadas".

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O certificado de redueao de emissoes tern o objetivo de destacar os esforcos reaiizados pelas empresas na busca por mecanismo de preservacao do meio ambiente, atraves de acoes de diminuicao de emissao de gases e absorgao de gas carbonico.

Origina-se de dois tipos de atividades, sendo os que diminuem a emissao de gases de efeito estufa na atmosfera, ou seja, essa atividade visa o nao langamento de gases poluentes na natureza, e os que retiram da atmosfera os gases ja produzidos na natureza, denominados de sequestra de carbono.

2.5 Credito de carbono

Para as empresas sediadas nos paises em desenvolvimento, receita pode ser obtida proveniente da nao emissao de gases poluentes, ou seja, gerar renda atraves da venda de carbono proveniente da redugao de emissao de gases de efeito estufa.

Segundo RIBEIRO et. al. (2002) apud TASSO e NASCIMENTO (2005 p. 05) "ativos ambientais sao todos os investimentos reaiizados pela empresa que possuam perspectiva de geragao de beneficios futuros, no processo de controle, preservagao e recuperagao ambiental."

Essa receita se da atraves de projetos registrados e aprovados pela Organizagao das Nagoes Unidas (ONU) por meio do conselho do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) que emitira titulos chamados "Redugoes Certificadas de Emissoes" (RCE) para cada "tonelada igual de dioxido de carbono" que o projeto deixou de langar ou retirou da atmosfera. Uma tonelada equivalente de dioxido de carbono e a quantidade de gases GEE com o mesmo potencial para o aquecimento da atmosfera do que uma tonelada de C 02.

Para CAVALCANTI (2009, p. 1) "O credito de carbono se trata de uma quota parte pertencente a qualquer pais industrializado e que nao esta sendo utilizada pelo mesmo." Na opiniao de SEGRETI et. al. (2007) apud RODRIGUES e GARCIA (2010, p. 2):

Com o advento do Protocolo de Quioto, estabeleceu-se para as empresas sediadas nos paises em desenvolvimento, tais como o Brasil, a oportunidade de gerar renda (ativos e receitas) com a venda de Credito de Carbono, provenientes de redugdes de GEE. Consequentemente, cria-se uma obrigagao para as empresas em paises desenvolvidos, que deve ser estimado e provisionado para gastos com a redugao de C02, inclusive com a compra de Credito de Carbono.

Verifica-se que paises que no periodo de 1990, que nao emitiram um percentual acima do que foi levantado, fica isento de pagar pelos danos causados a natureza atraves de C 02, e

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como certifica os artigos 12 e 17 do protocolo de Kioto, uma possibilidade de venda de creditos de carbono. Ja as empresas sediadas em paises desenvolvidos geram-se passivos, ou seja, uma obrigacao, tendo que acatar com gastos para a redugao de C 02 o que

determina tambem, a compra de credito de carbono.

No entendimento de RIBEIRO et. al. (2002) apud TASSO e NASCIMENTO (2005 p. 4) "Os passivos ambientais sao obrigagoes contraidas pela empresa perante terceiros, que tern como origem um gasto ambiental (ativos, passivos, despesas, etc,)."

Para TASSO e NASCIMENTO (2005, p. 08):

Verifica-se que o Credito de Carbono nada mais e do que uma autorizagao nao gratuita para um pais ou empresa poluir, como havera cotas e o nao cumprimento das mesmas gerara custos para as empresas, esse direito de poluir sera na verdade um limitador que nao sera desejado por nenhuma empresa ou pais, dando um novo enfoque na busca pela recuperagao do meio ambiente.

Fica evidente que essa despesa que eventualmente venha ter que desembolsar, por motivos de nao cumprir determinadas cotas, trara prejuizos incalculaveis, tanto para a propria empresa que nao estara demonstrando uma preocupagao com o nosso planeta e, por conseguinte sendo desacreditado pelos investidores, quanto para o meio ambiente, provocando o despejo de mais poluentes na atmosfera.

2.5.1 Contabilizagao dos creditos de carbono

Saber evidenciar as ocorrencias ambientais nos relatorios e balangos das empresas demonstra uma forma de comprometimento das aziendas com a sociedade, na tentativa de comprovar o quanto de receita e despesa e deslocado para preservagao do meio ambiente. Segundo RIBEIRO (2005) apud BEN e TONELLO (2007, p. 10) "desde 2003, o International Accounting Standard Board (IASB), por meio do International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC), tern discutido a forma mais adequada para contabilizagao dos direitos de emissoes (emission rights), o que deu origem ao IFRIC3, de dezembro de 2003". Forma essa que, compoe-se de titulos onde o Governo negocia com as companhias para que as mesmas tenham direitos de emissao de quantidades de poluentes, sendo que essa quantidade pode ser paga ou nao.

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Ja no Brasil atraves do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) foi emitida a Norma Brasileira de Contabilidade - NBC T 152, que trata do assunto sobre contabilizagao dos

impactos ambientais, formalizada em 1° de Janeiro de 2006, cuja finalidade e regulamentar as informacoes de natureza socioambiental3.

As informagoes obtidas junto as entidades com o meio ambiente sao regulamentadas pela citada norma, as quais devem ser evidenciadas. Cita-se: os investimentos e gastos com manutengao nos processos operacionais para a melhoria do meio ambiente; os investimentos e gastos com a preservagao e/ou recuperagao de ambientes degradados; os investimentos e gastos com a educagao ambiental para empregados, terceirizados, autonomos e administradores da entidade; os investimentos e gastos com educagao ambiental para a comunidade; os investimentos e gastos com outros projetos ambientais; a quantidade de processos ambientais, administrativos e judiciais movidos contra a entidade; os valores das multas e das indenizagoes relativas a materia ambiental, determinadas administrativas e/ou judicialmente; e os passivos e contingencias ambientais. Outras informagoes de carater relevantes tambem devam ser evidenciadas.

A NBC T 15, ainda atenta para as informagoes das demonstragoes de natureza social e ambiental, que a responsabilidade tecnica fica a cargo do profissional registrado no Conselho Regional de Contabilidade, onde se sugere aquelas onde as informagoes foram obtidas de fontes nao-contabeis e que se predomina para assegurar a honestidade dos dados, a evidenciagao do criterio e do controle.

2.6 Norma NBR ISO 14001

Percebe-se que com a certeza ou nao da responsabilidade social as empresas estao buscando se adequar aos requisitos legais e a certificagao ISO 14001 demonstrando uma evidente mudanga de comportamento em relagao aos custos ambientais, por pensarem que economicamente eram desfavoraveis as empresas.

Pode-se conceituar como uma norma internacional adotada, onde se resolve o que deve ser feito a fim de constituir um sistema de gestao ambiental (SGA) essencial. A norma NBR ISO

2 Esta norma estabelece procedimentos para evidenciagao de informagdes de natureza social e

ambiental, com o objetivo de demonstrar a sociedade a participagao e a responsabilidade social da entidade.

3 Para fins desta norma, entende-se por informagoes de natureza social e ambiental: a) a geragao e a

distribuigao de riqueza; b) os recursos humanos; c) a interagio da entidade com o ambiente externo; d) a interagao com o meio ambiente.

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14001 tern por finalidade "equilibrar a protegao ambiental e a prevencao de poluigao com as necessidades socioeconomicas" (NBR ISO 14001, 1996, p. 2).

A NBR ISO 14001, (1996, p. 2) define Sistema de Gestao Ambiental de seguinte maneira: "Muitas organizagoes tern efetuado 'analises' ou 'auditorias' ambientais a fim de avaliar seu desempenho ambiental. No entanto, por si so, tais 'analises' ou 'auditorias' podem nao ser suficientes para proporcionar a uma organizagao a garantia de que seu desempenho nao apenas atende, mas continuara a atender aos requisitos legais e de sua propria politica. Para que sejam eficazes, e necessario que esses procedimentos sejam conduzidos dentro de um sistema de gestao estruturado e integrado ao conjunto das atividades da gestao."

Para MOREIRA (2008, p. 1):

Enquanto algumas empresas se perguntam quanto custa implantar um sistema de gestao ambiental, outras ehegam a conclusao de que fica muito mais caro nao ter o sistema, face aos diversos riscos a que estao sujeitas, como acidente ambientais, muitas, processos na justiga, custos de remediagao de passivos, danos a imagem, barreiras a exploragao de seus produtos, perda de competitividade etc. E com certeza a visibilidade de um certificado perante as exigencias de certos mercados influenciam fortemente a decisao de muitas organizagdes.

Ja VALLE (1995) apud ANDRADE e TURRIONI (2000, p. 2) "A identificagao dos riscos inerentes as atividades da empresa e a avaliagao de suas possiveis consequencias constituem os passos iniciais para a implementagao do sistema de gestao ambiental."

Essa norma e desenvolvida com objetivo de instituir o equilibrio entre a conservagao da rentabilidade e a diminuigao do impacto ambiental; com a obrigagao de toda empresa. E admissivel com ela que sejam atingidos os dois objetivos.

Apos a certificagao da ISO 14001 diversos beneficios podem ser observados: » Melhorias no desempenho ambiental;

» Melhor organizagao e documentagao;

» Maior certeza de estar cumprindo a legislagao ambiental; » Melhor imagem da empresa junto a sociedade em geral; » Melhor imagem da empresa junto aos clientes;

» Maior motivagao dos funcionarios para o trabalho;

» Redugao no uso de recursos: energia, materia-prima e agua; » Maior seguranga industrial;

Referências

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