Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
Introdução
Introdução
Todas as decisões financeiras da empresa estão ligadas
ao objetivo de criação de valor e maximização da riqueza
dos acionistas Os modelos de avaliação mais coerentes com a moderna
teoria das finanças são baseados nos fluxos de caixa
descontado (FDC)
Um ativo é avaliado por sua riqueza econômica
Um ativo é avaliado por sua riqueza econômica
esperada no futuro, descontado por uma taxa que
esperada no futuro, descontado por uma taxa que
reflete o custo
reflete o custo
de oportunidade dos provedores de capital
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
Introduçã Introduçã o oPor se basear em resultados esperados, os modelos de avaliação possuem certo grau de subjetividadegrau de subjetividade
O analista financeiro também imprime sua margem de margem de
arbítrio ao retratar a realidade da empresa com base arbítrio
em
algumas premissas e hipóteses comportamentais
Existe uma relação de risco e retornorisco e retorno no processo de avaliação, mensurável por meio do modelo CAPM
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Os métodos patrimoniais chegam ao valor da empresa através do valor contábil do patrimônio líquido
A
A
C
C
A
A
P
P
RL
RL
P
P
P
P
C
C
EL
EL
P
P
PL
PL
VALOR DA EMPRESA
VALOR DA EMPRESA
=
=
PASSIVO TOTAL
PASSIVO TOTAL
+
+
PATRIMÔNIO
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
LÍQUIDO
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
Principais conceitos de mensuração de
Principais conceitos de mensuração de
ativos:
ativos:
Valor histórico
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Valor histórico corrigido
Valor de realização de mercado Valor realizado líquido
Valor de liquidação Valor de reposição
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Está fundamentado no princípio do valor registrado no momento da aquisição ou elaboração dos ativos
A determinação do valor patrimonial admite a hipótese de
preços constantes ao longo do tempo
Principal limitação: baseado em valores passados e não
em expectativas futuras de resultados
1
1
VALOR VALORHISTÓRICO
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Realiza uma correção dos valores originais, atualizando-os
para moeda de mesmo poder de compra
Ao depurar o efeito da inflação, permite uma avaliação com
valores monetariamente comparáveis
Tem pouca relevância na determinação do valor da empresa, pois está vinculado ao capital aplicado na sua aquisição
2
2
VALOR HISTÓRICO VALOR HISTÓRICO CORRIGIDOCapítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Determina o valor dos ativos a partir do preço que se pode
conseguir na sua venda em uma mercado organizado O mercado costuma apresentar um bom parâmetro do valor
esperado de uma ativo no curto prazo
Limitações: não leva em consideração a possível sinergia dos
ativos e possui dificuldades naturais de avaliação
3
3
VALOR DE REALIZAÇÃO DE VALOR DE REALIZAÇÃO DE MERCADOFinanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Medido pela diferença entre o valor de venda do ativo e os custos incorridos na transação
Custos venda: produção, comissões, etc. Custos entrega: fretes e outros
O preço líquido permite uma melhor aproximação do valor corrente de mercado
4
4
VALOR REALIZADO VALOR REALIZADO LÍQUIDOCapítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Representa o valor de mercado que se obteria dos ativos em caso de um encerramento das atividades da empresa
O custo de liquidação é estabelecido em condições
desvantajosas de mercado, valorando os ativos a preços reduzidos e abaixo de seus custo
Obrigações ocultas devem ser consideradas na determinação
dos passivos (ex.: passivos trabalhistas)
5
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Equivale ao preço de repor os ativos da empresa ao custo de mercado admitindo-se que se encontram em estado de novo
Baseia-se no pressuposto da continuidade do
empreendimento, preocupando-se com as variações nos preços específicos dos ativos
As diferenças com relação aos valores históricos apontam os ganhos ou perdas de estocagem
6
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Ganhos ou perdas nos valores de
Ganhos ou perdas nos valores de
reposição
reposição
Um ganho de estocagem ocorre quando o custo do produto estocado sobe no mercado mais que o preço pago, já
considerada a inflação
Os ganhos ou perdas são realizados no momento da venda, mediante uma correção do preço de compra
Muitos bens e serviços apresentam evoluções peculiares de preço, não acompanhando os níveis de preços da economia
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos de Ativos Exemplo Exemplo ilustrativo ilustrativo
Uma empresa adquiriu, no início de determinado período,
100 unidades de mercadorias
100 unidades de mercadorias a um preço unitário de $ $
500
500
Ao final do período seguinte, essa empresa vende 60 60
unidades de seus estoques
unidades de seus estoques a um preço de $ $
700/unidade
700/unidade
Nessas condições, a contabilidade a valores históricos apura um resultado (lucro) bruto nominal igual a $ resultado (lucro) bruto nominal igual a $
12.000
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Receitas de Vendas: 60 un. x $ 700 = $ 42.000 Custo de Venda Histórico: 60 un. x $ 500 = ($ 30.000) Lucro Bruto Histórico = $ 12.000
Estoque Final Histórico: 40 unid. x $ 500 = $ 20.000
Se na data de realização da venda a empresa tivesses de
Se na data de realização da venda a empresa tivesses de
despender de $ 620/unidade para repor as 60 unidades
despender de $ 620/unidade para repor as 60 unidades
em estoque, teríamos:
em estoque, teríamos:
Receitas de Vendas: 60 un. x $ 700 = $ 42.000 Custo de Venda Corrente: 60 un. x $ 620 = ($ 37.200) Lucro Bruto Corrente = $ 4.800
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Custo de reposição Corrente = 37.200 (-) Custo histórico = 30.000 Ganho de estocagemGanho de estocagem = 7.200= 7.200
Esse lucro de $ 7.200 precisará ser reinvestido na reinvestido na
renovação
renovação
do estoque para a empresa manter sua sobrevivênciado estoque
As disponibilidades de caixa da empresa, após a venda descrita, estão superavitárias em apenas $ 4.800 em função
do preço de reposição do produto vendidopreço de reposição do produto vendido
Análise dos
Análise dos
resultados
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Economias de custo não
Economias de custo não
realizadas
realizadas
As mercadorias que ainda não foram vendidas (40 un.) tiveram uma valorização de estocagem não realizada Estoques em Valores Históricos: 40 un. x $ 500 = $ 20.000 Estoques a Preços de Reposição: 40 un. x $ 620 = $ 24.800
Supondo uma inflação de 5% no período, temos:
Supondo uma inflação de 5% no período, temos:
Estoques em Valores Históricos Corrigidos:
40 un. x $ 500 x 1,05= ($ 21.000)
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos de Ativos RESULTAD O HISTÓRICO PURO RESULTADO HISTÓRICO CORRIGIDO RESULTADO CORRENTE PURO RESULTADO CORRENTE CORRIGIDO Receitas de Vendas 42.000 42.000 42.000 42.000 Custo de Vendas (30.000) (31.500) 37.200 37.200 Lucro Bruto: 12.000) 10.500 4.800 4.800 Economia de Custo Realizada – – 7.200 5.700 Lucro Realizado: 12.000 10.500 12.000 10.500 Economia de Custo Não Realizada – – 4.800 3.800 Lucro Global: 12.000 10.500 16.800 14.300
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Análise das influências dos valores correntes
O resultado histórico corrigido apura um lucro de maior
qualidade, porém, não leva em conta os preços de reposição
O resultado a valores correntes corrigidos mostra o acréscimo
patrimonial global da empresa segregando o que está
embutido nos estoques (economia de custo não realizada) Fica evidenciado que, do lucro realizado de $
10.500, estão
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.1
27.1 Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração Métodos Patrimoniais e Critérios de Mensuração de Ativos
de Ativos
Observações finais sobre os custos de reposição
Os custos de reposição possuem caráter muitas vezes subjetivo quando aplicado a produtos sazonais e de moda
Em segmentos com acentuada evolução tecnológica,
se complicado apurar os respectivos valores de reposição Para superar essa dificuldade, são geralmente adotadas comparações com ativos que prestam serviços aceitos como
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.2
27.2 Valor da Empresa e Valor dos Valor da Empresa e Valor dos Balanços
Balanços
O uso de balanços patrimoniais elaborados pela Contabilidade
não evidenciam os valores de venda dos ativos
A Contabilidade expressa seus valores com base no princípio
princípio
do custodo custo, com o objetivo de apurar o lucro
O montante do patrimônio líquido ou o valor patrimonial de
uma ação, nada têm a ver com o genuíno valor de mercado
Deficiência dos números contábeis como estimativa de valor
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.2
27.2 Valor da Empresa e Valor dos Valor da Empresa e Valor dos Balanços
Balanços
Goodwill = quando uma empresa tem seu valor de mercado fixado acima do valor de reposição de seu patrimônio
líquido
O investidor será atraído a desembolsar um valor maior que o
patrimônio da empresa a preços de mercado se ela for capaz
de produzir lucros acima do padrão do seu setor de atividade
Valor individual de compra que cada um de seus
Valor individual de compra que cada um de seus
ativos poderiam alcançar no mercado em
ativos poderiam alcançar no mercado em
determinado momento, deduzido as obrigações
determinado momento, deduzido as obrigações
passivas
passivas
Goodwill como indicativo de valor da
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.3
27.3 Método de Múltiplos de Mercado ou Método de Múltiplos de Mercado ou de de Transações Comparáveis Transações Comparáveis Método de Múltiplos de Método de Múltiplos de Mercado Mercado
Consiste em determinar o valor da empresa comparando seu
desempenho com o de outras empresas cotadas em bolsa A comparação seria uma indicação de quanto o mercado estaria disposto a pagar pela empresa em avaliação
Porém, a fragilidade do mercado de capitais no Brasil impõe
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.3
27.3 Método de Múltiplos de Mercado ou Método de Múltiplos de Mercado ou de
de
Transações Comparáveis
Transações Comparáveis
Método de Múltiplos de Transações
Método de Múltiplos de Transações
Comparáveis
Comparáveis
Refere-se à aplicação de múltiplos pagos em vendas de
ativos semelhantes à empresa em avaliação Problemas do
Problemas do
método:
método:
Diferentes momentos de vendas implicam diferentes
avaliações
As características de mercado em que atua cada empresa
implicam diferentes potenciais de riqueza futuros
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC)
(FDC)
O valor de uma empresa é função dos benefícios benefícios
econômicos
econômicos
esperados de caixaesperados de caixa, do risco associado a esses resultados
previstos e do retorno requerido pelos proprietários de capital
As expectativas inseridas na avaliação podem alterar-se ao longo do tempo e em função das oscilações conjunturaisoscilações conjunturais
Por se trabalhar com valores esperados, algumas análises análises
de
de
sensibilidades devem ser incorporadas nos cálculos, sensibilidades
tornando
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC)
(FDC)
Na avaliação econômica de investimentos, o método de
Fluxo
Fluxo
de Caixa Descontadode Caixa Descontado é o que representa o maior rigor técnico
e conceitual para expressar o valor econômico
Está voltado para apuração da riqueza absoluta do investimento, estando perfeitamente consistente com o
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC)
(FDC)
Uma empresa é avaliada por sua riqueza econômica
expressa a valor presente, dimensionada pelos benefícios de caixa esperados no futuro e descontados por uma taxa
de atratividade que reflete o custo de oportunidade dos vários provedores de capital
Princípio do Método de Fluxo de Caixa Descontado
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC) (FDC) Princípios Princípios gerais: gerais:
a avaliação do investimento é processada com base nos
fluxos de caixa de natureza operacional
o risco é incorporado na avaliação econômica de investimento, respeitadas as preferências do
investidor
a decisão identifica o valor presente do ativo com base na
taxa de desconto apropriada a remunerar o
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC)
(FDC)
O FCD pressupõe de que um investidor somente abre mão
de um consumo atual em troca de um consumo maior no futuro
A taxa de atratividade definida para a avaliação econômica
é a que proporciona a remuneração do capital A base de avaliação do modelo são os fluxos de caixa, definidos em termos operacionais
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC) (FDC)
1
K
NFCO
...
K
1
FCO
K
1
FCO
K
1
FCO
Valor
1 22 33 N
Expressão de cálculo:Valor = valor econômico (presente) do investimento
FCO = fluxo de caixa operacional
K = taxa de desconto que representa o custo médio
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC) (FDC)
1
K
FCO
Valor
1
n j J JAdmitindo a perpetuidade e a manutenção dos valores de fluxo de caixa, tem-se:
De forma resumida, admitindo-se um FCO constante e
De forma resumida, admitindo-se um FCO constante e
perpétuo, o valor econômico pode ser representado
perpétuo, o valor econômico pode ser representado
pela expressão: pela expressão:
1
K
FCO
Valor
1
n j J JFinanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC)
(FDC)
Considerando que os fluxos de caixa cresçam todo ano
Considerando que os fluxos de caixa cresçam todo ano
a uma taxa
a uma taxa gg constante, temos: constante, temos:
g
K
FCO
1
Valor
Esta expressão, conhecida por modelo de Gordon,
Esta expressão, conhecida por modelo de Gordon,
permite apurar o valor presente de um fluxo de caixa
permite apurar o valor presente de um fluxo de caixa
perpétuo
perpétuo
que apresenta um crescimento constante
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC)
(FDC)
Exemplo
Admitindo um fluxo de caixa de $ 100/ano perpetuamente. Não se prevendo nenhuma alteração nesse resultado anual de caixa, o valor presente do fluxo para uma taxa de desconto de K = 20% a.a. atinge
500
$
0,20
100
$
FCO
Valor
K
Ao se estimar um crescimento anual de g = 4% nesses fluxos de caixa, o valor presente da perpetuidade atinge:
625
$
0,04
-0,20
100
$
FCO
Valor
1
g
K
Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO Finanças Corporativas e Valor – ASSAF NETO
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
27.4
27.4 Método do Fluxo de Caixa Descontado Método do Fluxo de Caixa Descontado (FDC) (FDC) Observações dos Observações dos resultados resultados
O crescimento esperado de 4% a.a. proporcionou uma valorização de 25% no valor econômico do investimento
Uma empresa que incremente seus investimentos a uma taxa de retorno acima do custo de oportunidade do capital, demonstra maior capacidade de agregação de valor
econômico
O modelo de Gordon assume que a taxa de desconto dos fluxos de caixa situa-se acima da taxa de crescimento esperada
Capítulo 27 – Avaliação de
Empresas
Bibliografi Bibliografi a aBENNINGA, Simon Z.; SARIG, Oded H. Corporate finance: a valuation approach. New York: McGraw-Hill, 1997.
COPELAND, Thomas; KOLLER, Tim; MURRIN, Jack. Avaliação de empresas. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
DAMODARAN, Aswath. A face oculta da avaliação. São Paulo: Makron Books, 2001.
_____. Avaliação de investimentos. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997. FERNÁNDEZ, Pablo. Valoración de empresas. Barcelona: Ediciones Gestión 2000, 1999.
MARTINS, Eliseu (Org.). Avaliação de empresas: da mensuração contábil à econômica. São Paulo: Atlas, 2001.
PALEPU, Krisha G.; HEALY, Paul M.; BERNARD, Victor L. Business analysis & valuation. 2. ed. New York: South-Western College Publishing, 2000.
RAPPAPORT, Alfred; MAUBOUSSIN, Michael J. Análise de investimentos. Rio de Janeiro: Campus, 2002.