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As dificuldades da gestão esportiva na fase de classificatória do campeonato brasileiro sub-20 em Santa Rosa/RS

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

AS DIFICULDADES DA GESTÃO ESPORTIVA NA FASE CLASSIFICATÓRIA DO CAMPEONATO BRASILEIRO SUB-20 EM SANTA ROSA/RS

FRANCIELI NÖREMBERG BOICZUK SANTA ROSA, RS

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AS DIFICULDADES DA GESTÃO ESPORTIVA NA FASE CLASSIFICATÓRIA DO CAMPEONATO BRASILEIRO SUB-20 EM SANTA ROSA/RS

FRANCIELI NÖREMBERG BOICZUK

ORIENTADOR: LEOMAR TESCHE

Monografia apresentada à Banca Examinadora do Curso de Educação Física da Unijuí-campus Santa Rosa, como exigência parcial para obtenção do título de Bacharel e Licenciatura em Educação Física.

Santa Rosa, RS 2013

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"Uma coisa é ser uma pessoa positiva num ambiente positivo ou neutro. Outra bem diferente é ser instrumento de mudança num ambiente negativo."

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AGRADECIMENTOS

Seriam muitas pessoas para mencionar neste momento de agradecimento. Pessoas que fizeram parte desde as primeiras motivações para ingressar neste curso e aqueles que estiveram junto nessa caminhada. Deus sempre estará em primeiro lugar, pois foi Ele que plantou esse sonho no meu coração.

Agradeço aos meus pais, amigos mais chegados, colegas e familiares, os quais se fizeram presentes em momentos importantes, tanto bons como ruins. Momentos estes em que um simples sorriso, palavras amigas e de compreensão fizeram a diferença para dar continuidade nesse projeto dessa etapa da minha vida.

Meu respeito e apresso em especial ao meu orientar Leomar Tesche e aos demais professores. E por fim preciso mencionar a figura do meu pai, Antônio de Souza Boiczuk e do professor Júlio Andreazza, os quais foram representantes e entusiastas do esporte, contribuindo significativamente para meu crescimento acadêmico.

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RESUMO

Com a intenção de realizar um levantamento sobre as dificuldades da gestão esportiva na fase classificatória do Campeonato Brasileiro Sub-20 em Santa Rosa/RS no anos de 2009 a 2011 que este trabalho foi desenvolvido. Através de uma revisão bibliográfica e de uma pesquisa nos arquivos existentes no Juventus Atlético Clube, Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e no município, pudemos entender melhor a respeito da dimensão e de como organizar um importante evento à nível nacional. A pesquisa também foi focada em diferentes setores, tais como: hotelaria, alimentício, e nos principais acessos aéreos da região, os quais estiveram presentes diretamente e indiretamente no campeonato e na vida de Santa Rosa/RS.

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ABSTRACT

With the intention to conduct a survey on the difficulties of sports management in the qualifying round of the Campeonato Brasileiro Sub-20 in Santa Rosa / RS in the years 2009 to 2011 this work was developed. Through a literature review and a survey of the existing files in the Club Atlético Juventus, Gaucho Football Federation (FGF) and in the city could better understand about the size and how to organize an important event to the national level. The research has also focused on different sectors, such as hospitality, food, and the main air hits the region, which were present directly and indirectly in the league and in the life of Santa Rosa / RS.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 8

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 11

2 .1 Histórico do futebol de campo em Santa Rosa/RS ... 14

2.1.1. Os Clubes: ... 15

3. Campeonato Brasileiro Sub-20 ... 17

3.1 Edições do Campeonato Brasileiro Sub-20 em Santa Rosa/RS ... 19

3.1.1 Edição 2009 ... 19

3.1.2 Edição 2010 ... 20

3.1.3 Edição 2011 ... 21

4. Análise das condições estruturais atuais em Santa Rosa/RS ... 22

4.1 Hospedagem ... 22

4.2 Serviços de Alimentação ... 24

4.3 Aeroporto e principais acessos aéreos na região. ... 25

5. Análise das Informações ... 26

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 31

REFERÊNCIAS ... 34

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INTRODUÇÃO

O Município de Santa Rosa está localizado à Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, na faixa fronteira do Brasil com a Argentina, sendo município pólo da região. Localiza-se a uma distância de 504 km da capital do estado. Sua área territorial é de 419 km2, população 2010 é de 68.595 habitantes, é um importante centro econômico, pólo de referência turística, tendo como carro chefe da economia a agricultura, pecuária e a indústria metal mecânica. O Município estimula o esporte através das escolas municipais, estaduais e particulares, assim como a formação de escolinhas esportivas através de associações e ligas esportivas e estas, muitas vezes não conseguem cumprir as necessidades e expectativas dos alunos participantes.

Na sociedade capitalista contemporânea, o futebol tem se mostrado um fenômeno de grande relevância sociocultural, econômica e é também, amplamente vivenciado pelo brasileiro em seu cotidiano. Podemos dizer que o futebol desempenha um papel central na nossa cultura e de oportunidades. Seja vivenciado pela competição, seja impregnado pelo sentimento lúdico, ou seja, utilizado pelos organizadores na prevenção ou na socialização, portanto, temos entendimento sobre o papel que essa prática esportiva assume na construção dos estilos de vida e dos imaginários das crianças e jovens adeptos ao futebol.

O Campeonato Brasileiro Sub-20 é uma competição de futebol que acontece no Rio Grande do Sul para jogadores até 20 anos de idade. Já aconteceram sete edições. A primeira foi no ano de 2006. Este é o principal campeonato desta categoria no país. Ele está amparado pela organização da FGF (Federação Gaúcha de Futebol) e CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Atualmente alguns municípios pequenos do Rio Grande do Sul, como o de Santa Rosa apresentam dificuldades de uma maneira geral, no tocante à realização de um evento esportivo de maior porte, um exemplo a ser citado é a fase Classificatória do Campeonato Brasileiro Sub-20, o qual aconteceu em três anos seguidos: 2009, 2010 e 2011, o local escolhido foi o Estádio Municipal Carlos Denardin.

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Neste cenário esportivo aparece o Juventus Atlético Clube, filiado à Federação Gaúcha de Futebol, que juntamente com a Administração local oportunizaram a comunidade esportiva vivenciar de perto a prática do futebol através de um grande campeonato. Santa Rosa se destacou pela hospitalidade, organização e eficiência, superando a estrutura existente, mesmo sendo ela um tanto precária. Porém a cada edição que se realiza novas dificuldades e exigências vão surgindo. Sob a perspectiva resolver problemas futuros que muitas ações envolvendo melhorias estruturais e organizacionais devem ser feitas, para em longo prazo elevarem o nome de Santa Rosa para outros possíveis eventos de maiores dimensões, não somente pelo esporte, mas em outras vertentes de interesse da comunidade.

Poderemos citar inúmeros benefícios desta modalidade, mas quando trazemos à tona a realidade estrutural e socioeconômico de um Município como Santa Rosa e as demais cidades sedes da fase classificatória do Campeonato Brasileiro Sub-20, nos deparamos com muitas dificuldades que requerem ser encaradas com urgência. As três edições deste campeonato deixaram expostos de maneira bem visível os setores do município que devem procurar as mudanças necessárias.

A proposta norteadora é encontrar quais são as dificuldades na gestão esportiva para a realização de um evento de grande porte, como sediar uma fase classificatória do Campeonato Brasileiro Sub-20.

Diante disso, o objetivo desde trabalho é sanar as dificuldades estruturais e organizacionais para a realização de um campeonato desta dimensão, além de entender como funciona a estrutura deste evento, verificando também o papel do futebol no contexto da cultura e crescimento e por fim refletir sobre as possibilidades de melhorias.

As dificuldades vão além da questão estrutural do espaço sediado ao Campeonato (estádio), mas como comportar as delegações, imprensa e público, este último que também precisa se tornar mais participativo, pois um dos interesses maiores em trazer eventos como a Sub-20, é fazer da comunidade parte disso, não apenas como expectadores.

Serão abordados temas relacionado ao histórico do futebol de campo em Santa Rosa/RS, bem como um histórico dos clubes (os já extintos e os que

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permaneceram). Também serão tratados os temas relevantes às Edições do Campeonato Brasileiro Sub-20, como ele iniciou e como as edições dos anos de 2009 à 2011 ocorreram.

Após isso, será feita uma análise das condições estruturais atuais em Santa Rosa/RS, focando de maneira mais específica na hospedagem, serviços de alimentação, aeroporto e principais acessos aéreos na região, e por fim, realizando uma análise geral dos apontamentos anteriores.

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1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para melhor entender o funcionamento do futebol e suas vertentes no município de Santa Rosa/RS, através da realização de eventos esportivos oficiais, analisaremos alguns pontos importantes. A gestão esportiva entraria neste contexto para definir as competências e qualificações do profissional da Educação Física que de fato seria de suporte fundamental na organização.

Segundo Maximiano (1992) "uma organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um hospital ou uma escola são todos exemplos de organizações."

O mesmo autor também salienta que uma organização é formada pelo soma de pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos financeiros e outros. Entendendo que organização então é o resultado da combinação de todos estes elementos orientados a um objetivo comum. A qualidade é o resultado de um trabalho de organização.

Já para STONER e FREEMAN (1985; 4), organização é definida como “duas ou mais pessoas trabalhando juntas e de modo estruturado para alcançar um objetivo específico ou um conjunto de objetivos”.

Vieira et. al. menciona Parkhouse (1996) apud Zouain e Pimenta (2003) em algumas definições e funções da gestão esportiva salientando que ela engloba todas as áreas relativas ao esporte tais como: turismo, hotéis, equipamentos, instalações, investimentos públicos e privados no setor de fitness, merchandising, esportes escolares e profissionais. Enquanto a administração esportiva seria mais limitada e sugere um foco nas relações esportivas escolares. Zouain e Pimenta (2003) ainda destacam a visão de Parkhouse (1996) sobre a questão da gestão esportiva, onde esta se compõe de dois elementos básicos: esportes e gestão. "Conseguir as coisas executadas por meios das pessoas e com elas via planejamento, organização, direção e avaliação (controle), é a definição contemporânea da gestão esportiva".

Rocha et.al entendem a gestão esportiva como a aplicação de princípios de gestão a organizações e usam também a definição de gestão de BATEMAN E

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SNELL (1996) como um processo de trabalhar com pessoas e recursos materiais para realizarem objetivos de organizações esportivas, de maneira eficaz.

Diante das iniciativas de trabalhar em prol de um evento de maior porte, verificamos que ele refletirá em diversas vertentes. Para Bechara (2008) entender o esporte como fenômeno social é admitir o princípio de que ele pode ser fator de desenvolvimento em qualquer nação e que o mesmo tem o compromisso de gerar legados para o progresso humano.

O fenômeno esportivo tem um cunho muito importante em nossa sociedade, muito mais nos dias atuais, podendo ser difundido pela mídia. Mas vale ressaltar as áreas em que ele pode atingir. Se tornou muito relevante na área da saúde, educação, turismo, entre outros. A prática do esporte proporciona aquisição de habilidades físicas e sociais, valores, conhecimentos, atitudes diante de normas e regras, podendo atingir com complexidade o desenvolvimento tanto físico, como cognitivo.

A universalização do esporte faz com que ele possa entrar em diferentes ambientes e classes sociais, podendo estar presente na vida de pessoas que poderão aprender mais sobre cooperação, socialização entre novo aprendizado de valores.

Podemos agregar ao fator social a questão de que um evento esportivo tem o seu retorno positivo, pois a sociedade em si vê atividades esportivas, como exemplo o próprio futebol, como uma motivação significante, sendo em frente à televisão, dentro de estádios ou em roda de amigos. Além dessa intensa socialização, existe a circulação financeira que é gerada, pois quanto mais expectadores, maior será este giro financeiro. Hatje (2003), enfatiza o fato citado nos dizendo que quanto mais envolvido e apaixonado o indivíduo está, maior o seu investimento no setor esportivo.

Além da vertente social que o esporte proporciona é importante também entendermos melhor sobre os legados, os quais não são apenas de infraestrutura das práticas esportivas mas, principalmente da criação de melhores ambientes urbanos, melhores condições ambientais, melhores condições de inserção social e criação de oportunidades para a comunidade em geral.

Poynter (2006) apresenta uma proposta de definição de legados em duas grandes categorias iniciais: os legados tangíveis e os legados intangíveis. Para este autor, pode ser considerado como legado tangível toda a infraestrutura construída

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por causa do megaevento e não apenas aquela diretamente relacionada à sua realização, pois ela é suscetível a análise econômica de custo-benefício.

Já o impacto cultural de um evento esportivo de maior porte pode ser considerado como um legado intangível, pois seus efeitos repercutem sobre a autoimagem do lugar e seus habitantes, as atitudes, a identidade projetada e outros aspectos socioculturais cuja mensuração exata, para Poynter, é mais duvidosa.

O autor diz que os legados do evento em si, são considerados: as construções como os estádios e outros locais para realização de práticas esportivas; as construções de infraestrutura em geral, como as obras de transporte e alojamento; o investimento em equipamentos esportivos, de segurança e tecnologia; a criação de empregos sejam eles temporários ou não, assim como um aumento nas oportunidades para profissionais especializados; como eventos secundários decorrentes do evento principal pode-se observar também um aumento da prática de atividades físicas pela população em geral. Ou seja, tudo que ocorre em virtude da realização do megaevento.

Acrescenta que os legados da candidatura do evento são decorrentes da candidatura e independem do local ser escolhido ou não, podem ser exemplificada a candidatura de um país para um evento internacional como um Pan-americano ou Olimpíada. Durante a candidatura o país já necessita de projetos e uma organização, assim como um planejamento urbano, tais projetos podem ser utilizados mesmo se o megaevento não ocorrer.

Já os legados de imagem para Poynter constatam que o país contará com uma grande projeção de imagem internacional e as cidades sede com uma projeção nacional e internacional. Tal projeção irá mostrar a capacidade econômica e as oportunidades existentes em tais locais. No que se refere ao sentimento nacional, tal projeção irá gerar um nacionalismo e um sentimento de orgulho.

Os legados de governança englobam as mudanças administrativas e podem abranger desde o planejamento até a cooperação entre diferentes setores, sejam eles públicos ou privados.

E por fim, o autor abrange também os legados de conhecimento, os quais incluem toda a transferência de conhecimento que ocorre em função do megaevento, como novos profissionais treinados e capacitados. Os conhecimentos gerados também podem ser repassados, de maneira indireta, chegando à comunidade em geral. A geração de informações e instituições capacitadas a analisar tais eventos, assim como o incentivo à pesquisa. Considerando também a permanência da infraestrutura que será aproveitada pela população local após o

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megaevento e a permanência do conhecimento, podendo este ser aplicado a eventos futuros, tendo a vantagem de comparação e análises de quais intervenções obtiveram sucesso.

O termo legado é um conceito complexo e possui múltiplos significados, mas em uma definição reducionista podemos entendê-lo como heranças duradouras e de caráter positivo.

Eventos são uma forma inigualável de atração turística, afirma Getz (apud REIS,2008) e megaeventos esportivos são excelentes produtos turísticos (PREUSS, 2008). Evento pode ser definido da seguinte maneira: uma concentração ou reunião formal e solene entre pessoas e/ou entidades realizada em data e local especial, com o objetivo de celebrar acontecimentos importantes e significantes e estabelecer contatos de natureza comercial, cultural, social, familiar, religiosa e científica, etc. (ZANELLA, 2006, P. 13). Turismo de eventos é definido por Getz (apud ZANELLA,2006) como a sistematização do desenvolvimento e do marketing de eventos como atração turística. Devido a esta característica, eles são considerados lucrativos e, portanto, interessantes para a indústria do turismo, que é baseada na promoção de um local.

Neto (1997) define eventos como uma promessa de entretenimento, uma expectativa de sucesso. E algo que promete algo e que assim funciona no inconsciente coletivo. O evento, sendo ele esportivo, cultural, social ou ecológico, é um fato ocorrido que deve atrair a atenção do público e da mídia.

O mesmo autor salienta que um evento é uma sucessão de momentos agradáveis que podem gerar uma variedade de sensações no público presente alegrias, tristezas, surpresas, encantamento, dor, paixão.

Para focarmos com maior especificidade a questão de um evento esportivo, suas contribuições positivas e problemas enfrentados ao decorrer das experiências vividas no Campeonato Brasileiro Sub-20 (período de 2009 a 2011) em Santa Rosa/RS, que faz-se importante sabermos um pouco sobre o histórico do futebol neste local. Abordaremos sobre as equipes que foram precursoras nesta modalidade, bem como a sua importância para a sociedade.

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2 .1 Histórico do futebol de campo em Santa Rosa/RS

2.1.1. Os Clubes:

A equipe do Uruguay Futebol Clube foi fundada em novembro de 1925, por um grupo de rapazes que além do futebol promovia encontros sociais. Foi o primeiro clube de futebol de Santa Rosa. Usava camisa azul e no lado esquerdo como escudo, a bandeira da República.

Os jogos eram realizados no estádio onde hoje está o Cemitério Municipal, na Avenida Borges de Medeiros próximo ao trevo da ERS 344. No período, Santa Rosa ainda era distrito de Santo Ângelo, conseguindo sua autonomia político-administrativa em 1931.

Com o desaparecimento do Uruguay F.C, inexistiam clubes de futebol em Santa Rosa. Foi quando chegou à cidade, vindo de Gravataí, Waldemar Simeão, que ficara lotado na Delegacia de Polícia. Juntou-se ao Senhor Moré, juntamente com os filhos deste, Dino e Arnildo, fundaram em 21 de julho de 1946, o Paladino Futebol Clube, mesmo nome do de Gravataí/RS, escolhendo como cores o vermelho e o branco.

Faziam amistosos contra o Oriental de Três de Maio, Aurora de Cerro Largo, Grêmio e Elite de Santo Ângelo, dentre outros. E assim foi crescendo e tendo relativamente, longa vida, até a atualidade.

O Juventus Atlético Clube foi fundado no dia 12 de março de 1951, por um grupo de estudantes do Colégio Santa Rosa de Lima, liderados pelo Professor Albino Werlang, sendo este grupo, descontentes, deixaram os aspirantes do Paladino F.C. Insatisfeitos com a condição de reservas resolveram fundar uma nova equipe, para disputar campeonatos e jogos amistosos. Os primeiros encontros foram sediados no Hotel Liberali, de propriedade de Ernestina Liberali, que passou a ser a sede da entidade.

Após muita conversa, foi sugerido o nome de Juventus Atlético Clube. Nome sugerido e aprovado pela juventude de seu elenco. As cores originais e predominantes, que perduram até hoje, o verde e o vermelho, foram escolhidas em homenagem a Portugal, por sugestão do Professor Albino Werlang, sendo também o primeiro presidente do clube.

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Em 1958, por iniciativa do grupo liderado pelo presidente Sr. Elíbio Fredrich, sócio proprietário de uma concessionária de automóveis, o Juventus foi o primeiro clube de Santa Rosa a ser profissionalizado, para disputar campeonatos da Federação Rio Grandense de Futebol. Neste período o clube adotou como símbolo a ave denominada periquito, por ser a cor verde predominante no seu uniforme, inclusive confeccionando flâmulas do clube onde estava esta ave desenhada para distribuição às equipes visitantes e comercialização entre os torcedores. Em função dos altos custos e falta de estrutura para continuar as atividades o Juventus licenciou-se no ano seguinte, encerrando assim a primeira fase há história do Juventus. De 1959 a 1970, manteve-se licenciado.

O Dínamo foi fundado em 20 de setembro de 1970 sendo o primeiro clube a disputar a Divisão Principal do Campeonato Gaúcho (1991, 92 e 93). Primeiramente disputaram jogos amistosos, depois campeonatos municipais e regionais, mais tarde estadual de amadores. As aspirações se tornaram maiores. Em 1986, veio o profissionalismo com a Segundona. Mas, o objetivo era chegar à Divisão Principal, hoje Primeira Divisão. E, chegou em 1991. No seu primeiro estatuto conta como finalidade, proporcionar a difusão do civismo e da cultura, a prática de esporte, entre outros o futebol, sendo este de caráter amadorista.

Muitos jogos da Divisão Principal foram marcantes para o clube, principalmente com a dupla GRENAL. No Estádio Municipal Carlos Denardin, a equipe não perdeu: foram dois empates em zero com o Grêmio em jogos oficiais e uma derrota (1 x 2) em amistoso e dois empates (1 a1 e zero a zero) em jogos amistosos com o Internacional. As tardes de domingos e as quartas-feiras à noite eram de lotar o estádio local.

Vale destacar um pouco do que a imprensa da capital gaúcha comentava na época. O jornal Zero Hora, do dia 03/09/1991, destacava em matéria: “Dínamo a felicidade de um líder: Em Santa Rosa, tudo é alegria na liderança do Gauchão. O recorde de público no Carlos Denardin ocorreu em 11/09/1991, no empate em zero com o Grêmio com publico de 7.576 pagantes (Correio do Povo de 12/09/91)”.

Após este breve levantamento do histórico das equipes de futebol de Santa Rosa/RS, os quais tiveram sua rica parcela de contribuição para o desenvolvimento do esporte no município, faz-se necessário conhecer como iniciou o Campeonato Brasileiro Sub-20, os responsáveis por essa ação, bem como os primeiros locais que aconteceram este importante evento.

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3. Campeonato Brasileiro Sub-20

O Campeonato Brasileiro SUB-20 é uma competição que há sete anos recebe os vinte maiores clubes formadores do país. Realizado pela Federação Gaúcha de Futebol. Serve de importante laboratório para os futuros jogadores do país, os quais terão grandes chances de se estabilizarem profissionalmente conforme o desempenho demonstrado nessas etapas do futebol.

Os responsáveis pela iniciativa foram o ex-jogador Branco e Bruno Costa, representantes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e Luiz Fernando Gomes Moreira, diretor executivo da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), o qual aproximou os idealizadores ao presidente da FGF. A partir daí, a ideia foi desenvolvida e aprovada pelo Presidente Francisco Novelletto Neto, que já estava à frente da entidade há um ano.

Segundo o diretor executivo da FGF, Luiz Fernando Gomes Moreira, mais precisamente no dia 25 de maio de 2006, foi feita a primeira reunião para o desenvolvimento da ideia. Por ser uma competição desconhecida, teve enormes dificuldades, principalmente por ser uma competição de base.

As primeiras cidades que sediaram a competição na primeira edição foram Porto Alegre, Bagé, Novo Hamburgo e Santana do Livramento. O Governo do Estado, Secretaria de Turismo Esporte e Lazer, SESC, Ligafa, extintito Clube dos 13 e Governos Municipais das respectivas prefeituras, se engajaram no projeto patrocinando e apoiando.

A partir de 2007 a competição passou para dezembro, pois antes ela acontecia no período de inverno, não sendo favorável pelo clima da época, e foi desenvolvido um calendário criterioso para que, pudesse ser realizado de forma que não entrasse em conflito com outras competições. Estes jogos foram somando e agregando aos outros calendários de campeonatos, mas não com o intuito de se chocar com outras competições, outra justificativa da escolha do mês de dezembro.

Ao passar dos anos o evento foi sendo aprimorado, um exemplo disso foi a confecção de um book’ era entregue aos clubes para que, ao final da competição, pudessem preencher o formulário de prós e contras sobre a edição do evento naquele ano, e isso tem sido feito até os dias atuais.

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Em 2006, a competição iniciou com cinco grupos. Grupo A composto da seguintes equipes: Coritiba, São Caetano, Grêmio e São Paulo F.C. O Grupo B: Paraná Clube, Ponte Preta, Internacional, Corinthians e Criciúma. Grupo C: Portuguesa, Vasco, Juventude, Palmeiras e Fortaleza. Grupo D: Londrina, Goiás, Flamengo, Vitoria E.C. e Guarani (SP). Grupo E: Botafogo, Bahia, Cruzeiro, Atlético (PR) e Remo (PA). Grupo F: Santos, Atlético Mineiro, Santa Cruz e Fluminense. A partida final foi entre o Grêmio e Internacional. O confronto terminou com o placar de 4x0 em favor do Internacional.

Em 2007, a competição iniciou com quatro grupos. Grupo A composto da seguintes equipes: Flamengo, Palmeiras, Internacional, Náutico e Paulista. Grupo B: Fluminense, Corinthians, Grêmio, Goiás e Fluminense. Grupo C: Atlético (PR), Santo André, Cruzeiro e Figueirense. Grupo D: Atlético (MG), Botafogo, Santos, Juventude e Coritiba. A partida final foi entre o Internacional equipe do Cruzeiro. O confronto terminou com o placar de 1x0 em favor do Cruzeiro.

Em 2008 as equipes foram divididas em quatro chaves. Sendo elas: Chave 1: Corinthians, Náutico, Botafogo, Grêmio e Coritiba. Chave 2: Santos, Goiás, Juventude, Cruzeiro e Vitoria E.C. Chave 3: Fluminense, Figueirense, Palmeiras, Atlético (MG) e Ipatinga. E por fim a Chave 4: Flamengo, Sport Recife, Atlético (PR), Internacional e Portuguesa. Placar final: Ipatinga 1x2 Grêmio.

Em 2009 as equipes se dividiram novamente em quatro grupos. Sendo elas compostas assim: Grupo A: Vitoria E.C., Botafogo, Internacional, Santo André e Figueirense. Grupo B: Grêmio, Atlético (PR), Atlético (MG), Santos e Avaí. Grupo C: Cruzeiro, Leão da Ilha, Fluminense, Corinthians e Barueri. Grupo D: Palmeiras, Coritiba, Goiás, Flamengo e Náutico. O Grêmio tornou a ganhar novamente, com o placar de 1x0 sobre a equipe do Atlético (MG).

Em 2010 os grupos foram estes: Grupo A: Flamengo, Guarani (SP), Atlético (MG), Palmeiras e Atlético (GO). Grupo B: Coritiba, Vitoria E.C., Fluminense, Santos e Avaí. Grupo C: Cruzeiro, Botafogo, Barueri e Grêmio. Grupo D: Goiás Corinthians, Internacional, Vasco e Atlético (PR). Final da competição com o seguinte placar: Palmeiras (2) 0x0 (4) Cruzeiro.

No ano de 2011 os grupos foram estes: Grupo A: Fluminense, Ceara, Atlético (PR), Palmeiras e Atlético (MG). Grupo B: Cruzeiro, Bahia, Figueirense, Internacional e Flamengo. Grupo C: Corinthians, Coritiba, Atlético (MG), Vasco e Vitoria E.C.

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Grupo D: Santos, Atlético (GO), Avaí, Botafogo e Grêmio. Placar desta final: Atlético (MG) 2x1 Fluminense

E por fim, o ano de 2012, último realizado, contou com o Grupo de Alvorada: Corinthians, Figueirense, Botafogo, Internacional e Náutico. Grupo de Gravataí: Vasco, Sport Recife, Santos, Cruzeiro, Ponte Preta. Grupo de Eldorado do Sul: Fluminense, Avai, Portuguesa, Grêmio e Atlético (MG). Grupo de Porto Alegre: Palmeiras, America (MG), Flamengo, Coritiba e Atlético (GO). Resultado final favoreceu a equipe mineira do Cruzeiro, com o seguinte placar: Internacional 1x2 Cruzeiro.

Atualmente a Diretoria da Federação Gaúcha de Futebol é composta por oito pessoas, sendo Francisco Novelletto como Presidente, Luciano Hocsman como 1º Vice-Presidente, Nilo Job como 2º Vice-Presidente, Luiz Fernando Gomes Moreira como Diretor Executivo e Diretor do Departamento de Árbitros, Luiz Fernando Costa como Diretor Jurídico, Edir de Quadros como Diretor do Departamento de Futebol Profissional, Rubens Rossetto Filho como Diretor do Departamento de Futebol Amador e Ivan Pacheco como Diretor do Departamento Médico.

Após conhecermos como tudo começou neste importante evento, os colaboradores que exerceram papel fundamental no início da competição, bem como um relato breve das equipes que participaram desde o seu início, iremos abordar as etapas que aconteceram em Santa Rosa/RS, a qual foi sede consecutiva nos anos de 2009 a 2011.

3.1 Edições do Campeonato Brasileiro Sub-20 em Santa Rosa/RS

3.1.1 Edição 2009

A data de 08 de dezembro de 2009 foi histórica para Santa Rosa/RS, o grupo D: Palmeiras, Coritiba, Goiás, Flamengo e Náutico foram as equipes que

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participaram da fase classificatória do Campeonato Brasileiro Sub-20 no Estádio Municipal Carlos Denardin.

Antes de oficializar os jogos, O local do evento passou por obras de reforma que concentraram investimentos de mais de R$ 450 mil. A maior parte dos recursos (R$ 390 mil) foi liberada pelo Governo Federal através de emenda articulada pela deputada Manuela D'Ávila e com contrapartida do governo municipal de R$ 16 mil. Foram executadas obras como grade para a separação de torcidas, vestiário para visitantes, casa de proteção para reservatório de água, construção da secretaria do Juventus A C, além da reforma das arquibancadas, vestiário de juízes, cabine de TV, drenagem do Estádio e campo de futebol sete. Investimentos estes que partiram também em conjunto com o Juventus A.C. e empresários locais, os quais sempre se colocaram à disposição para auxiliar o clube em eventos menores, como campeonatos regionais, através das categorias de base e também com as equipes adultas nas fases do Gauchão Série B.

No decorrer do ano de 2009, diversas ações foram levantadas pela diretoria do Juventus A C. no sentido de aumentar o quantitativo de sócios, desde campanhas vinculadas na imprensa escrita e falada, bem como, jantares, bingos, atividades entre pais e alunos das escolinhas de categoria de base, entre outras. Fazer com que a população local e regional voltasse a respirar um clima de novidade no futebol era um dos maiores objetivos do clube e da Administração Municipal.

3.1.2 Edição 2010

No dia 7 de dezembro de 2010 iniciou mais uma etapa da competição. O Grupo D era composto pelas seguintes equipes: Goiás Corinthians, Internacional, manter a competição em seu segundo ano consecutivo em Santa Rosa/RS faz entender que de modo geral os objetivos da primeira edição foram alcançados.

Outro motivo de caráter positivo foi a vinda de um representante gaúcho, como no caso o Internacional de Porto Alegre/RS, equipe esta, que agregou valor para a competição, sendo grande parte do público torcedor das tradicionais equipes gaúchas.

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A abertura oficial ocorreu também no dia 7 de dezembro, às 18h15 minutos no Estádio Municipal Carlos Denardin, com a presença de várias autoridades, desde o prefeito municipal, imprensa, diretorias de clubes locais, além da própria comissão organizadora.

No tocante à infraestrutura, foram adquiridos novos assentos para a arquibancada através de projetos da Secretaria de Esporte e Lazer durante a sua gestão, bem como a compra de equipamentos de manutenção para todo o Estádio, destacando a aquisição de um trator para realizar o corte do gramado.

3.1.3 Edição 2011

No dia 5 de dezembro de 2011 iniciou a terceira edição deste evento em Santa Rosa/RS. O Grupo D neste ano era composto pelas seguintes equipes: Grêmio de Porto Alegre/RS, Santos, Botafogo, Avaí e Atlético Goianiense. A abertura ocorreu às 18h no Estádio Municipal Carlos Denardin, novamente contando com as autoridades representativas do município.

Neste ano, a presença em destaque ficou por conta da equipe do Grêmio, a qual também serviu de fator imprescindível para influenciar o público em geral para estar comparecendo ao Estádio nestes dias de jogos.

Quanto à estrutura e reformas, o local recebeu durante o ano de 2011 uma nova cabine coberta para a equipe de imprensa, foi construído um espaço para a torcida visitante com banheiros, além de um novo vestiário para a arbitragem. E dando continuidade à captação de investimentos junto ao Governo do Estado, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer fechou a compra e instalação de novos assentos para a arquibancada, complementando com os que foram adquiridos no ano anterior.

O evento encerrou no dia 15 de dezembro, momento em que ocorreram os jogos de quartas de final. As equipes do Vitória e do Coritiba vieram até Santa Rosa para disputar essas partidas decisivas, as quais saíram do cruzamento de chave de outras cidades sedes no Estado.

Após essas informações, relacionadas com as edições anteriores do evento em Santa Rosa/RS, vamos abordar informações pertinentes à estrutura, tão

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importantes e fundamentais para que qualquer atividade esportiva e cultural de maior porte ocorra em um local como este.

Informações estas referente à hospedagem, hospitalidade, questão alimentícia (restaurantes e estabelecimentos adequados para o evento), bem como outros fatores não menos importantes.

4. Análise das condições estruturais atuais em Santa Rosa/RS

4.1 Hospedagem

Antes de abordarmos a questão de hotéis no município de Santa Rosa/RS, faz-se necessário verificarmos a importância dos conceitos de hospitalidade, hospedagem, bem como os requisitos importantes do Ministério do Turismo para entendermos que antes de um evento de maior porte ser recebido em determinado local, deve ser planejado e visto como elemento de grande valor para não se tornar um problema na organização e andamento deste evento.

Conceitualmente, a hospitalidade é entendida como o ato de acolher e prestar serviços a alguém que por qualquer motivo esteja fora de seu domicílio, sendo esta uma relação especializada entre dois protagonistas, o que recebe e o que é recebido (GOTMAN 2001).

Segundo Moraes Dias (2002), a definição de hospitalidade tem uma proximidade conceitual à noção de hotelaria quando se entende que ambos caracterizam-se pelo ato de acolhimento ao viajante em deslocamento, entretanto enfatiza-se também outra característica essencial da hospitalidade que se refere ao ato de se relacionar, que é estimulado a partir de trocas de informação, contato e experiências realizadas pelos anfitriões e pelos hóspedes, aonde ambos saem modificados a partir desta relação.

A hospitalidade para Derridá (2001) é vista como uma reciprocidade de responsabilidade entre o “eu” e o “outro”, enfocando o crescimento das relações proveniente dessa aproximação, do encontro e do contato estabelecido entre aqueles que a princípio nos parecem “diferentes”, ou por características culturais, ou até mesmo porque são desconhecidos.

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Outro ponto passível de associação à hospitalidade no campo mercadológico é com relação à capacitação dos funcionários de uma empresa de serviços ou à própria cidade. Mas será que existe treinamento para a hospitalidade? Alguns autores consideram que as práticas podem ser “educadas” / treinadas, proporcionando um atendimento satisfatório para os clientes, tendo como retorno uma propagação da imagem da empresa / do destino e, consequentemente, um melhor retorno financeiro.

A hospedagem é um ponto muito importante no desenvolvimento de um destino turístico, uma vez que, a estrutura e serviços disponíveis, bem como a qualidade ofertada serão essenciais para garantir o potencial competitivo do destino e influenciar o tipo de visitante captado pelo mesmo. (COOPER, FLETCHER, WANHILL, GILBERT, SHEPERD, 2003).

A hospedagem é uma edificação que exerce o comércio da recepção e de alojamento dos turistas e visitantes em geral e ela funciona, portanto, como um elemento essencial do conceito de hospitalidade, cuja qualidade dos serviços hoteleiros tem papel central na experiência do turista em determinado destino turístico.

O Ministério do Turismo utiliza os seguintes conceitos de meio de hospedagem:

Consideram-se meios de hospedagem os empreendimentos ou

estabelecimentos, independentes de sua forma de constituição, destinados a prestar serviços de alojamento temporário, ofertados em unidades de freqüência individual e de uso exclusivo do hóspede, bem como, outros serviços necessários aos usuários, denominados de serviços de hospedagem, mediante adoção de instrumento contratual, tácito ou expresso, e cobrança de diária”.(Lei 11.771/2008, art 23).

“Empreendimento, público ou privado, que fornece, entre as suas atividades, serviços de acomodação. O meio de hospedagem pode ter outras atividades e oferecer outros serviços turísticos”, (NBR 15.401).

O município de Santa Rosa/RS recebeu durante o período de 2009 a 2011 aproximadamente 15 delegações das equipes de futebol do Campeonato Brasileiro Sub-20, além de equipes de imprensa, membros da Federação Gaúcha de Futebol, bem como a arbitragem escalada para os dias dos jogos.

Cada delegação era composta em média de 35 pessoas. A Federação Gaúcha de Futebol enviava em torno de 3 membros por edição, a arbitragem era composta de 4 profissionais por edição e a imprensa, como por exemplo, a equipe da SporTV de Porto Alegre enviava em torno de 12 a 15 pessoas por ano para

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realizar a transmissão à nível nacional. Estes números são representados como hóspedes para a cidade, ainda que não foram mencionados os possíveis públicos desta região e das outras que circulavam nos dias dos jogos como expectadores e fãs do esporte.

Foram poucos hotéis que puderam oferecer, mesmo com reservas, a hospedagem para algumas equipes e delegações. A diretoria do Juventus A C. e parte da comissão organizadora do campeonato precisou trabalhar intensamente para que o evento não fosse prejudicado em função dos problemas de hospedagem.

Através do cadastro fornecido pela Secretaria Municipal da Fazenda – Setor de Alvarás de Localização e Funcionamento, foram encontrados em registros onze hotéis no período de 2009 a 2011. Sendo que destes onze, apenas cinco estavam disponíveis para receberem hóspedes, principalmente as delegações do evento que vieram em maior número, aproximadamente trinta e cinco pessoas em média para cada uma delas.

Juntamente com a questão da hospedagem, o setor alimentício também é considerado primordial para um bom andamento de qualquer evento ou atividade proposta em que agreguem maior número de pessoas. Será abordado no próximo tema a importância dos estabelecimentos que englobam os restaurantes, ou melhor falando, serviços de alimentação em geral.

4.2 Serviços de Alimentação

O serviço de alimentação é uma prática necessária como prestação de serviços. As viagens, o ir e vir, o crescimento e desenvolvimento das cidades proporcionam de maneira natural um impulso à grande necessidade de se ter acesso aos estabelecimentos comerciais de alimentos e bebidas.

A qualidade do setor alimentício é fator primordial e deve estar presente também nos meios de hospedagem, e baseando nas perspectivas do setor de hotéis, pousadas e afins, vincularia um novo serviço com vistas a gerar lucro e possibilidade de aumento de equipe de trabalho, ao mesmo tempo, deixaria o hóspede por mais tempo consumindo no local, proporcionando melhor satisfação dos serviços prestados.

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A qualidade pode não ter uma definição única, pois depende da área em que ela vai estar associada. Mas pode-se dizer que ela tem um sentido e significados amplos. OLIVEIRA (2006) define a qualidade como a adaptação às necessidades dos clientes.

VIEIRA (2000) diz que a qualidade do serviços prestado por um colaborador do hotel contagia a visão que o hóspede pede ou cliente faz da qualidade dos serviços de todo o hotel. Entende-se que é sim, muito importante trabalhar no sentido do entusiasmo, excelência e esmero para que o hóspede sinta-se que está sendo tratado de maneira especial, não mais que os outros, mas que ele perceba que está recebendo o cumprimento do estabelecimento.

Um evento esportivo com uma abrangência à nível nacional pode ser um ponto positivo para auxiliar o meio socioeconômico de uma cidade ou região. Ao oferecer uma programação que envolve um número interessante de pessoas, ou melhor dizendo, público e visitantes em si, pode-se ter a economia mais dinamizada, pois além de movimentar o setor alimentício, também influencia setores do comércio em geral. Pode-se otimizar também o uso de outros meios que o turismo pode abranger.

MATIAS (2002), ressalta que um evento representa um grande estimulo para a economia deum município, uma vez que envolve uma grande movimentação nos mais diversos setores da economia, ocasionando um aumento geral na arrecadação das receitas, números de empregos (diretos e indiretos), além de criar novas oportunidades para a população local, redistribuindo a renda individual, local e regional.

Iremos em seguida abordar sobre os acessos ao município de Santa Rosa/RS, fator este que também é importante para um bom andamento de eventos.

4.3 Aeroporto e principais acessos aéreos na região.

O Aeroporto Municipal Luís Alberto Lehr está localizado Campo de Aviação do município de Santa Rosa/RS. Possui pista com 1.200m de asfalto. Atualmente está liberado somente para pouso e decolagens de aeronaves, mas está em precárias condições, não tendo também linhas de vôos diários.

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Segundo informações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e outros órgãos competentes na Prefeitura Municipal foram diagnosticados sérios problemas de manutenção no aeroporto. Por longos períodos ele ficou fechado para não oferecer riscos aos serviços aéreos. Estão sendo realizadas vistorias frequentes, reuniões entre gestores competentes e sendo averiguadas junto ao Governo Estadual e Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC) futuras ações que possam colocar o aeroporto em condições de uso novamente da comunidade.

A maioria dos destinos de idas e vindas para a região do Grande Santa Rosa tem sido através de transportes terrestres, como linhas estaduais de ônibus, acessos aéreos até a capital Porto Alegre/RS e em sua sequência de ônibus ou conduções mais conhecidas como vãs, estas usadas em vários momentos para transportar as equipes de arbitragens, responsáveis pelas transmissões da Sportv, entre outros membros da imprensa. As equipes que competiram no Campeonato Brasileiro Sub-20, durante as três edições, chegaram até a cidade através de ônibus. Exceto a equipe do Goiás que realizou a sua viagem de ônibus desde o seu ponto de partida, não utilizando transporte aéreo até o aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre/RS.

Depois de realizado um levantamento sobre o histórico do futebol em Santa Rosa/RS, salientando pontos que foram significativos para o desenvolvimento do esporte, tanto neste local como na região, também foram levantadas informações importantes sobre o Campeonato Brasileiro Sub-20, tema este que norteia de maneira considerável o desenvolvimento deste trabalho, iremos analisar de maneira geral como este evento influenciou e gerou mudanças, tanto para o município, como para as vertentes do esporte local.

5. Análise das Informações

Uma das primeiras conclusões que podemos tirar sobre a realização de um evento de maior porte para o município de Santa Rosa/RS e sua realidade local, tanto geográfica, como em condições estruturais é de que trazer as etapas classificatórias do Campeonato Brasileiro Sub-20 em três anos consecutivos foi encarado como um dos maiores desafios na área de eventos esportivos que já se foi visto ao longo dos anos.

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O passo dado foi grande, pois em se tratando de planejar um evento amador com suas características específicas e comparar com um evento à nível nacional precisou realmente envolver diversas escalas do futebol profissional na cidade, Governo Municipal, entidades esportivas, além da própria intrepidez em confiança dos representantes da Federação Gaúcha de Futebol para com as pessoas que deram os primeiros passos para que isso acontecesse.

Muito se ouvia da imprensa local sobre os apaixonados pelo futebol, pessoas que se envolviam sem receber remuneração alguma, e iam além disso, até contribuíam financeiramente de maneira espontânea para que tais ações viessem se tornar realidade. Profissionais estes que na maioria de suas formações não estão incluídas áreas da Educação Física, muito menos experiências relacionadas à essa. Mas estas pessoas que se envolveram desde o início nada mais foram aquelas que possuíam sonhos em comum de ver o futebol se tornando palco novamente de grandes eventos para a comunidade santa-rosense.

Antes de Santa Rosa ter se tornado sede deste campeonato, o município enfrentava dificuldades alarmantes no tocante à infraestrutura do Estádio Municipal Carlos Denardin. Se alguma vistoria fosse realizada por parte de membros do comitê de avaliação dos locais de jogos, seríamos reprovados com louvor, porém várias medidas e acordos firmados entre a diretoria do Juventus A.C., além gestores municipais, como Secretaria Municipal de Esporte e Lazer e os demais setores do Governo Municipal se engajaram em providenciar as adequações necessárias para a realização do evento.

O ano de 2009 se tornou um divisor de águas para qualquer administrador que recebesse nas mãos as tantas mudanças que eram necessárias. Muitas opiniões da comunidade se dividiam, pois ainda se falava sobre fechar o Estádio e construir alguma outra obra significativa para agregar valor ao local, como exemplo, um shopping center.

O gramado foi um dos primeiros passos para a tão sonhada modificação no Estádio. Após isso as reformas foram aparecendo, sendo monitoradas e mantidas em parceria constantemente. Já fora mencionado anteriormente os investimentos realizados nesta primeira etapa, ressaltando o apoio fundamental do governo federal através de emenda parlamentar. Assim, este espaço vai começando a ter as “ferramentas” necessárias para comportar um campeonato à nível nacional.

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O planejamento é uma das chaves para que qualquer ação se encontre ao caminho do êxito. Planejar é uma função administrativa permanente, ou melhor dizendo, trata-se de uma antecipação de resultados a alcançar. Levar o planejamento realmente à sério transporta uma base rasa para fundamentos mais solidificados, fundamentos em que o nível de confiança é maior.

Como todos projetos iniciais, e neste se tratando de um evento precursor nem Santa Rosa/RS teve seus altos e baixos, conflitos e grandes dificuldades que saíram do campo de futebol para outros áreas não menos importantes, neste caso, a despreparação do setor hoteleiro, transportes, setor alimentício e um dos setores mais delicados, o apoio financeiro para custear o evento em si e percalços que estavam fora do planejamento.

O município trabalha em prol do turismo, mas ao que se entende, um turismo um tanto quanto raso no que se diz respeito a alertar o setor hoteleiro em preparar-se para oportunidade maiores. Entende-preparar-se que feiras locais, regionais ou até de portes maiores, como a Feira Nacional da Soja (Fenasoja) agreguem significativamente um público maior a cada ano ou a cada dois anos, porém é necessário medidas preventivas para que o público alvo não sejam apenas viajantes e feirantes, mas que possam focar em novas possibilidades ao tratarmos no sentido de hospedagem agregada à hospitalidade.

Conforme informações de representantes da diretoria do Juventus A.C. era grande o descaso e a falta de preocupação e iniciativas em melhorar o atendimento e as instalações do setor hoteleiro a cada ano que o Campeonato Brasileiro Sub-20 acontecia na cidade. Mesmo efetuando reservas com a antecedência adequada, poucos administradores dessa área estavam interessados em oferecer bons serviços.

Além das próprias delegações dos times, representantes da imprensa e arbitragem também não ficaram totalmente satisfeitos com os serviços prestados. A falta de preparação dos empregados e responsáveis desses estabelecimentos foi uma das marcas negativas nas três edições do evento, poucos hotéis e pousadas que estavam melhor preparados.

O setor alimentício deixou muito a desejar, tanto que a única alternativa encontrada foi a de organizar, ou melhor, improvisar no restaurante do Parque de Exposições Alfredo Carlson, um local para servir as principais refeições, como

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almoço e jantar e quem auxiliou nesta ideia foram pessoas voluntárias, que se dispuseram em realizar esta tarefa.

A maioria dos restaurantes da cidade não aceitaram antecipar e prolongar o horário de atendimento para receber as delegações durante as suas refeições. O receio da mudança e a necessidade de alterar horários de atendimentos foi um dos pontos críticos desse setor. Falta de visão ou um pouco de falta de preparação para conseguir administrar os seus serviços e equipes além da rotina de trabalho foi o que mais ficou saliente nesses ambientes.

As tentativas de se contornar os percalços existia constantemente, até na questão de pessoas que se comprometiam nesse voluntariado e depois não cumpriam com as expectativas esperadas. Qualquer que seja a função delegada, seja em uma incumbência simples até a mais complexa, devem ser realizadas com excelência. Neste momento que o perfil dos organizadores nos faz retomar à importância do perfil de um gestor esportivo.

Segundo Caboclo (2012), o profissional de gestão que o mercado atual demanda deve estar a par das novas tendências do esporte e dos atuais desafios que enfrentam os diversos agentes do meio. O autor também acrescenta que as relações que se estabelecem no âmbito desportivo, encontram-se cada vez mais complexas, fazendo com que as amarrações contratuais e as eventuais resoluções de conflitos, preventivas ou contenciosas fiquem permeadas por questões cada vez mais profundas e específicas.

Diante disso, entendemos que existe sim uma necessidade considerável para que profissionais da área da gestão esportiva possam encabeçar ou ser um dos intermediadores principais no planejamento e execução de eventos esportivos. O fato mesmo é que as pessoas que conduzem devem ter características de tomadoras de decisões, de planejar, controlar e conduzir muito bem atividades de uma organização.

A tensão de ter a organização geral sob controle diante do público, expectadores em geral, principalmente diante daqueles que deliberaram o evento para acontecer (Federação Gaúcha de Futebol), influencia e muito. Alguns detalhes quase imperceptíveis, aqueles que acontecem por trás dos bastidores de um evento. Muitos desses detalhes aparecem no relacionamento entre as pessoas que estão exercendo as suas funções. Por isso que se faz necessário um cuidado maior, tanto

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na coordenação das atividades como um todo, como na área dos relacionamentos da equipe de trabalho.

Estes detalhes acima foram mencionados em virtude dos problemas gerados em se trabalhar com pessoas que se dispuseram em caráter voluntário, e a sua maioria tentou desenvolver muito bem as suas funções, porém outras, felizmente a minoria, por falta de conhecimento, enfrentou dificuldades. Mas como em vários setores de organização de eventos também acontecem, o ponto positivo então, seria encontrar formas para sanar estes imprevistos, para que não prejudique outras áreas o evento.

A imprensa escrita e falada cumpriu muito bem o seu papel na cobertura do evento, além de trabalhar as informações previamente junto à comunidade local e região. Jornalistas na área do esporte aproveitaram a oportunidade e elevaram o município em suas transmissões e reportagens, pois muitos destes profissionais por executarem matérias constantes sobre a realidade do esporte em Santa Rosa, puderam vivenciar a evolução gradativa do evento, baseado em seus dados. E além disso, fizeram parte dos acontecimentos que servirão de arquivos para a história do esporte.

Outro fator positivo da imprensa, foi o importante fato dos jogos serem transmitidos ao vivo pela Sport TV, em cadeia nacional. E uma das marcas que o Campeonato Brasileiro Sub-20 deixou em sentido de orgulho, foram os comentários positivos que estes profissionais fizeram sobre a cidade e as diversas tentativas da comissão organizadora em realizar o evento com as suas tantas limitações.

De maneira geral, este campeonato pode trazer à existência algumas questões que deverão ser reanalisadas para serem melhoradas nas ações futuras no tocante à organização de eventos. Os primeiros passos foram dados para contribuir com o esporte nesta região.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prática da organização de eventos, bem como, as ricas vivências de caráter positivo e negativos foram fatores importantes para encarar e dar continuidade no sonho e desafio de comportar um evento em Santa Rosa/RS, no caso, as três edições do Campeonato Brasileiro Sub-20.

Este trabalho pode ser considerado como um dos primeiros levantamentos sobre este campeonato no município, um dos motivos pelos quais me impulsionaram em contribuir no sentido de se ter um arquivo significativo sobre esse momento que o futebol viveu em nossa região.

Foram várias etapas que aconteceram até a confirmação de Santa Rosa/RS ser uma das sedes oficiais da Sub-20, e estas etapas foram decisivas para a remodelação da estrutura do Estádio Municipal Carlos Denardin, assim como todo o envolvimento para direcionar a parte organizacional entre o Juventus Atlético Clube, Governo Municipal (em destaque a Secretaria de Esporte e Lazer), representantes do Governo Federal, empresários, imprensa em geral, além do voluntariado e apaixonados pela modalidade.

A primeira edição do campeonato gerou um grande impacto. A população se dividiu em diferentes opiniões, mas tudo foi válido, no sentido de preparação para a edição de 2010. O medo maior estava no prazo para a entrega das primeiras obras no Estádio, bem como, a regularização de diversos setores do local, pois além das exigências da Federação Gaúcha de Futebol, estavam também as exigências do Corpo de Bombeiros e da Brigada Militar, todas estas, que foram sanadas a tempo.

Também podemos concluir que nada se alcança com êxito sem a cooperação de diferentes setores do município. O trabalho em parceria foi fundamental para a organização do evento poder “respirar melhor” em alguns momentos. Um exemplo disso são as condições climáticas e uma forte chuva em um dos primeiros dias de jogos, situação embaraçosa para a imprensa que ficou praticamente sem local adequado para a transmissão dos jogos, no caso a emissora de TV local. Várias pequenas reformas nas cabines de transmissão eram feitas conforme a necessidade.

A questão financeira foi uma das mais instáveis, pois a dotação orçamentária da Prefeitura Municipal se modifica a cada virada de ano e a Câmara de Vereadores

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ainda não contava com um projeto de lei que assegurasse verbas para cada ano do evento. Várias medidas eram tomadas para garantir esse apoio através de atividades extras do Juventus A. C. e de voluntários, como jantares, bingos e rifas. Atitudes como essas traziam maior unidade entre a organização, pois o retorno desse voluntariado crescia conforme cada edição passava.

Os municípios do interior do Estado possuem um foco voltado para o futebol em jogos de Campeonato Gaúcho e campeonatos amadores locais, foi voltando os olhos para este ponto que notamos um avanço sob o aspecto de credibilidade de Santa Rosa/RS dar um passo além. Sair da “rotina” do amadorismo para um maior crescimento e esta visão vale e muito para prestarmos mais a atenção na grande necessidade de gestores no esporte.

Se levado em consideração a especificidade e atribuições de um gestor no esporte vemos como este profissional está em falta no mercado e em regiões interioranas como a do Grande Santa Rosa.

A capital gaúcha possui uma outra realidade, porque o crescimento dessa área fez com que isso acontecesse. A demanda dos profissionais de Educação Física, em sua maioria, ainda não estão se encaminhando para este foco em Santa Rosa. Está aí uma porta aberta e oportunidades para se pensar nestes desafios, pois a cada ano que passa, o esporte está em desenvolvimento e sendo atualizado em suas mais diversas vertentes.

De maneira geral muitas dificuldades foram encontradas, e poderão ser melhor encaradas e sanadas com planejamento adequado, maior profissionalismo que parta de todas as áreas envolvidas, além de priorizar ações em melhorias de hospedagem, hospitalidade, serviços de manutenção e logísticas em geral. Além de termos a responsabilidade de anfitriões, também precisamos alastrar conhecimentos e sermos mais visionários.

Ter o município em pauta à nível nacional talvez não possa ter impulsionado de maneira expressiva, tanto a população “leiga” do assunto futebol como o comércio local, pois se um evento dessa dimensão for encarado como oportunidade de movimento e giro financeiro, poderíamos ter visto a comunidade local mais envolvida neste campeonato. Mas como toda mudança gera seus resultados, este também pode ter sido considerado válido para tentar se gerar mudanças nesta área também.

Podemos dizer que o futebol sempre terá características especiais e diferenciadas, além de ser conhecido pela sua criatividade intensificada no Brasil. Falar de futebol também é falar de saúde e qualidade de vida, pois o espetáculo

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“bola rolando” faz com que a população se torne cada vez mais participativa. Esta qualidade de vida mencionada pode ser melhor caracterizada pelo despertamento de emoções, para quem possui o seu time de preferência, como para as famílias que podem acompanhar seus filhos vivenciando uma atividade que proporciona vários benefícios.

Finalmente, concluímos que o mundo do esporte vive hoje um momento de grande e crescente profissionalização e comercialização, prova disso, é o termo megaevento tão destacado neste trabalho, o qual é sinônimo de Copa do Mundo e Olimpíadas. O Brasil está em um patamar mais elevado e será muito mais visado depois de cumprir com as suas obrigações com estas oportunidades tão importantes. Santa Rosa/RS deu os primeiros passos para organizar um evento de maior porte e demonstrou estar apta, mesmo com os enfrentamentos e dificuldades encontradas. Um legado foi deixado nestas três edições do Campeonato Brasileiro Sub-20 e que isso possa gerar benefícios para toda comunidade local e região.

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REFERÊNCIAS

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Esporte – A Revista do Profissional de Administração Esportiva, Ano I, Edição 2, 2012 (p.66).

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MATIAS, Marlene. Organização de eventos. 2.ed. Barueri: Manole, 2000.

MELO Neto, Francisco Paulo, Marketing Esportivo e Social: Elaboração e Comercialização de Projetos. Londrina. Midiograf, 1997.

OLIVEIRA, Otávio J (Org). Gestão de Qualidade: Tópicos Avançados. São Paulo.

Pioneira Thomson Learning.2006.p.35.

PINTO, Leila Mirtes S. Magalhães, Lazer, turismo e hospitalidade: desafios para as cidades-sede e sub-sedes de megaeventos esportivos. 2ª Ed. revisada, ampl.

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Acervo de documentos – Juventus Atlético Clube de Santa Rosa/RS

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Equipe do Coritiba em 2009

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Faixa de Agradecimento - Abertura dos Jogos do Campeonato Brasileiro Sub-20 em 2009

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Torcida com a maioria de colorados durante a rodada entre Vasco x Internacional durante a Sub-20 em 2010.

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Instalação de novos assentos no Estádio Municipal Carlos Denardin – Readequações e manutenção durante os eventos esportivos.

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